A imagem alfabeto da energia

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ANTONIO MENEGHETTI

A IMAGEM

ALFABETO DA ENERGIA 5ª edição

Ontopsicológica

Editora Universitária

Recanto Maestro 2016


Original em italiano: MENEGHETTI, A. L’Immagine Alfabeto dell’Energia. 4. ed. Roma: Psicologica Ed., 2005.

M541i

Meneghetti, Antonio, 1936-2013. A Imagem Alfabeto da Energia / Antonio Meneghetti; tradução Ontopsicológica Editora Universitária – 5. ed. – Recanto Maestro, São João do Polêsine, RS: Ontopsicológica Editora Universitária, 2016. 288 p.; 21 cm. Título original italiano: L’Immagine Alfabeto dell’Energia ISBN 978-85-64631-35-9 1. Ontopsicologia. 2. Ontologia. 3. Mente. 4. Atividade psíquica. 5. Sonho - análise I. Título. CDU (1997): 111

Catalogado na publicação: Biblioteca Humanitas da AMF.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................9

PARTE I Primeiro Capítulo A IMAGEM COMO ALFABETO DA ENERGIA..................19 Segundo Capítulo A GÊNESE DO FENÔMENO E A ORIGEM TÉCNICA....29 Terceiro Capítulo INTRODUÇÃO AO IMAGINÍFICO COMO DESCOBERTA DO CRITÉRIO DE REALIDADE..............39 3.1 Esclarecimentos fundamentais............................................39 3.2 Quando o sonho não é revelador do organísmico ou realidade................................................59 3.3 Introdução aberta ao imaginífico como reencontro do critério de realidade.............................65 Quarto Capítulo IMAGOGIA ONTOPSICOLÓGICA.................................... 71 4.1..............................................................................................71 4.2..............................................................................................73 4.3..............................................................................................77


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4.4..............................................................................................81 4.5..............................................................................................84 4.6..............................................................................................87 4.7..............................................................................................97 4.8..............................................................................................99 4.9............................................................................................102 4.10..........................................................................................108 4.11........................................................................................... 110 4.12.......................................................................................... 112 4.13.......................................................................................... 116 4.14.......................................................................................... 118 Quinto Capítulo ESPECULARIDADE E ORGANÍSMICO............................125 5.1............................................................................................125 5.2............................................................................................130 5.3............................................................................................131 5.4............................................................................................131 5.5............................................................................................133 5.6............................................................................................134 5.7............................................................................................135 5.8 Funcionamento do relé.......................................................137 5.9 Funcionamento da célula fotoelétrica................................141 5.10 Funcionamento do monitor..............................................143 5.11 Efeito estroboscópico.......................................................146 5.12..........................................................................................149 Sexto Capítulo A GRELHA INIBITÓRIA ENTRE O PROCESSO PRIMÁRIO E O CONSCIENTE...............151 6.1............................................................................................151 6.2............................................................................................155 6.3............................................................................................157


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6.4............................................................................................158 6.5 ...........................................................................................164 6.6............................................................................................174 6.7 Notícia de documentação...................................................179 6.8 Indicação prospectiva acerca da situação e recuperação do inconsciente............................................180 Sétimo Capítulo A SÍNDROME PSICOTEICA...............................................189 7.1 O Eu dividido e vozes “de dentro”....................................189 7.2 O ser dentro ou o ser fora...................................................193 7.3 O fora do Eu dividido: da esquizofrenia às vozes “de dentro”. As imagens passivas......................................199 7.4 A síndrome psicoteica........................................................204

PARTE II Primeiro Capítulo IMAGEM E RACIONALIDADE INTEGRAL.....................217 Segundo Capítulo EMOÇÃO E ATIVIDADE PSÍQUICA.................................225 2.1............................................................................................225 2.2 Primeiro momento: o primeiro mover-se da mente sem objeto.........................226 2.3 Segundo momento: investimento da mente como formalização em si e projeção objetal......................227 2.4 Terceiro momento: atuação emotiva como fenomenologia da formalização mental....................230 2.5 Quarto momento: redução psicossomática em vetorialidade pulsional com necessidade de efeito.......231


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2.6 Quinto momento: reflexão e atuação eidética para a consciência...................232 2.7 Sexto momento: situação do consciente – pré-consciente e inconsciente.....240 2.8 Sétimo momento: possibilidade de controle.................................................... 242 Terceiro Capítulo A IMAGEM COMO REVELADORA DAS ESTRUTURAS DINÂMICAS......................................245 3.1............................................................................................245 3.2 Esclarecimento...................................................................249 3.3 Conclusão...........................................................................253 Quarto Capítulo REVERSIBILIDADE ENTRE IMAGEM E DINÂMICA.......................................................255 Quinto Capítulo O EU E A SUA AÇÃO: O EU METAFÍSICO E O EU HISTÓRICO.......................259 5.1............................................................................................259 5.2 O Eu e a ação mediada pela matriz complexual................263 Sexto Capítulo IMAGEM E ESTÉTICA........................................................267 Sétimo Capítulo A IMAGEM ALFABETO DA ENERGIA..............................275 BIBLIOGRAFIA DO AUTOR..............................................283


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INTRODUÇÃO

I. Este texto usa metódicas ontopsicológicas para dizer a quais resultados pode-se chegar, portanto tem uma novidade de ação científica. Nele procurei descrever qual é o real poder da imagem. Para entender qualquer autor, é preciso vê-lo baseado em três aspectos. 1) Em qual contexto histórico-cultural fala? Séculos de civilização, de pesquisa científica, no final homologam uma estrutura portante em sincronismo com a época do autor, o qual vive também em um momento resultante de um passado e, se é um grande autor, coloca uma semente que depois se tornará virtualidade para aquele tempo, aquele espaço, aquela civilização que continua. 2) Qual é a angulatura do problema ao qual queria dar solução? Qual é a interrogação que o autor se pôs? 3) É preciso entender quem é o autor, que cultura específica possui: é química, é biologia, é arte? Depois, é preciso conectar a especificidade da sua cultura com a especificidade da globalidade da sua pessoa: quanto vale, quanto entende? Que experiência tem? Quanto pesa a sua autoridade ao dizer aquelas coisas? Esse é o “triângulo da morte” quando se quer fazer uma hipercrítica sobre qualquer autor: em que contexto vive, o problema que se põe, quem é. Respondo aos dois primeiros. Para além da cultura exposta, há sempre uma sub-cultura do espírito que pertence a poucos grandes homens presentes em todas


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as épocas que podem ter diversas vestes: podem ser sacerdotes, filósofos, sapientes matemáticos, o hábito não faz a substância. O contexto cultural nasce após a familiaridade com todos os contextos psíquicos, não apenas aqueles do Eu lógico ou a visão do Eu a priori, mas sobretudo familiaridade com o inconsciente humano, pessoal e dos outros, o qual, uma vez entendido, é um gracioso fanciullo1, não entendido, é um monstro. O primeiro órgão do inconsciente é o corpo todo, por isso é este que sente, que vê. Uma das tentações de um cientista que indaga até o último estágio aquilo que se refere aos processos psíquicos da mente, é aquela de ser surdo, cego, de não ter olfato, de não ter paladar, isto é, de não ter os assim chamados sentidos externos, porque esses o tornam redutivo da centralidade onde pulsa soberana a percepção da existência. Porém, se perde estes monitores externos, o cientista sábio não tem mais a comunicativa, os outros o acreditarão incapaz. Aqui retorna o discurso-base de toda a Ontopsicologia: se você quer o saber, deve prosseguir além dos estereótipos, até a pesquisa última do fundamento de você mesmo e, depois, procurar ali a evidência daquilo que é ciência do ser. A minha cultura, no âmbito da última introspecção dos processos do inconsciente, permitiu-me evidenciar também a realidade do campo semântico. O campo semântico é um fato visível interno, é um saber e um ver do interior, antes mesmo de formalizá-lo. De per si é um ver todo unido, sucessivamente pode emocionar-se tecidualmente sobre um preciso espaço onde se deve exercitar a função ad extra. Além disso, atingi um grande conhecimento sobre a estruturação da constante H, a qual usa uma certa imagem, que porém estrutura realismo matérico. A constante H dá a mediação científica para   Faunciullo(a) - Alma que, por princípio, ainda é pura e cândida frente à vida [Nota do Tradutor - N. d. T.]. 1


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poder falar sobre o homem aqui, ainda que a espécie humana que aparece aqui não seja nem a única, nem a melhor. A tipicidade da psiquicidade humana é uma espécie intelectiva que se distribui em tantas outras partes do cosmo, esta é apenas uma das estações da grande viagem do universo humano no cosmo. Quando se entra na arqueologia do inconsciente humano, encontram-se constelações que demonstram uma atividade plurimilenar. Exatamente como no modesto campo da psicoterapia individual, a partir de um sonho um expert sabe visionar com atenção, aqui e agora, um passado de 50 ou 60 anos atrás: a psique tem condições de ser una para além do antes e do depois, do tempo e do espaço, tem percursos que extrapolam os perímetros dos nossos sentidos externos. II. O problema do qual parti foi este: encontrar aquele primeiro que ativa a fenomenologia existencial. Nós, com pouco mais de vinte letras, formalizamos qualquer discurso lógico, gramatical, de sentido científico, sócio-político, criativo, teológico, ao infinito possível do devir humano. As letras são reduções elementares para uma construção de sentido universal do nosso sistema lógico-linguístico. Quando digo lógico-linguístico entendo não apenas a formalização de uma palavra, de uma imagem, mas tudo. Lógica não é somente uma questão de retórica, mas é também algo de simples que permite organizar conjuntos complexos. Quando um grande físico intercepta uma fórmula, essa é o decantado de uma imagem, a qual – embasada em um espaço matérico – ativa consequências. Todos os organogramas do nosso organismo são precedidos por imagens e fórmulas. Quando examino um sonho, colho o


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organograma que o inconsciente ou o complexo – portanto, uma zona não prevista pelo Eu lógico, formal, consciente – fixou e preestabeleceu. Então, se eu quero saber o que aquele sujeito fará naquela manhã, para mim é suficiente ter uma imagem. Com a imagem, que é o programa por ele mesmo pré-formado, ao invés de cair em uma infinita pesquisa que reciclará sempre objeto com objeto, sem jamais ter o movente unificante, eu saberei exatamente aquilo que o sujeito fará. Se quero variá-lo, devo interferir sobre a imagem decisional (programa preestabelecido). Há um preciso momento, do ser ao devir, no qual se inicializa o alfabeto. Este pode também ser construído, mas uma vez inventado e aplicado, é inexorável história. Imagem significa aquilo que me age, mas aquele algo que me age eu o fiz em um princípio potencial: do momento que o fiz, o estruturo e sou Eu, tenho a contemporaneidade de me criar e de me suportar. Neste livro, entro no primeiro interno das causas dos processos psíquicos. No princípio, também o DNA é um momento psíquico, tudo é soberana e absolutamente psíquico. É inútil variar os efeitos externos, é preciso ter em mãos o primeiro programa, o primeiro código deste alfabeto, que é a imagem decisional. O gráfico reproduzido sobre a capa deste livro é uma estrutura que, bem lida, deveria representar que qualquer realístico matérico nasce de uma projeção de imagem. A imagem da qual eu falo não é aquela do inconsciente, nem aquela da memória. Temos cinco níveis de imagem: 1) A primeira imagem sensório-visiva é repetição primitiva: o espelho. Aquilo que vemos é tudo reduzido em imagem. Neste plano de imagem, há o mundo da repetição projetiva sensorial. 2) A imagem reflexiva é aquela que é metabolizada no nosso


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cérebro e depois é refletida, portanto, é uma imagem introflexa, psicológica. 3) Um terceiro tipo de imagem é aquele do campo inconsciente, da fantasia, da realidade onírica e do mundo da arte. O inconsciente não gera as imagens, as sofre. São as imagens passivas, aquelas que articulam o sujeito em consequências preestabelecidas pelo voluntarismo ingênuo do sujeito, quando a situação energética era disponibilidade. O inconsciente é uma parte de vida subtraída do controle do Eu, porém tem a mesma realidade de uma mão que se move, faz parte do habitual genérico de todas as outras funções. 4) Temos as imagens metafísicas, de apercepção transcendental, das últimas intuições da filosofia, da ciência, em que se entra na pesquisa última das causas. Este pensamento poderia ser novamente influenciado, seja pelo inconsciente, seja pelo real externo, seja pelos arquétipos do inconsciente coletivo ou por subculturas de arqueologia da mente. Por exemplo, quando se faz psicoterapia, opera-se apenas no terceiro nível. No quarto nível estamos já na sublimação, nas sínteses últimas, em algo de enormemente avançado. Esse quarto elemento é uma forma de conscientização no nível do gênio, o qual com poucos elementos, com uma simplicidade de base, consegue concluir qualquer variável, o que significa que tem a causa que traz as outras causas. Neste nível, encontram-se os módulos elementares da intuição. 5) Dei-me conta que qualquer precipitado matérico é condicionado exclusivamente por imagens que não são ainda humanas, são anteriores ao humano. Isto é, trata-se de colher um alfabeto que preside os processos de alfabetização de todo o nosso sistema lógico e que formaliza também a nossa individuação, a nossa constante H. A prova disso é que quando se entra neste alfabeto, pode-se mudar o real, constroem-se relações, estruturas que serão história, para além da compreensão daqueles que deverão impactar-se conosco.


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A única coisa que poderemos aprender da leitura deste livro é de estar muito atentos à nossa fantasia, às nossas recordações. Antes que aconteça qualquer coisa, o ser humano já a pensou, consciente ou inconscientemente. Qualquer precipitado históricoorgânico acontece se antes foi formalizado pela mente, ou como fantasia, ou como reciclagem obsessiva de roteiros. Nos processos da atividade energética da existência não existem lugares neutros: toda imagem é inexorável ao próprio lugar. No terceiro nível, pode-se ainda bloquear. Caso não se consiga parar a imagem ali, o efeito é inexorável; por isso, se em um sonho, segundo a compreensão ontopsicológica, está acontecendo algo, ou muda-se aquela imagem, ou é inexorável a efetualidade. A natureza é sempre extremamente séria, na mente não há brincadeira, não há espetáculo; quando se faz espetáculo é preciso cancelá-lo antes que entre em programa executivo. Quem consegue vigilar as próprias imagens nos primeiros três níveis, tem o poder científico sobre a própria vida, pode se regenerar porque está em condições de ser exatamente onde se operam aqueles fatos na própria individualidade. Para dar um exemplo: se um sujeito, quando está sozinho, consegue ter o ponto zero da imagem, isto significa que chegou ao controle dos três planos. Enquanto se dá o ponto zero da imagem, significa que o sujeito se colocou como senhor em um a priori da causalidade. Se, ao contrário, confunde-se em fantasias, então quer dizer que ainda é objeto das próprias imagens ou daquilo que incentivou desde criança. Não se deve esquecer que nós não somos apenas o produto de vinte ou cinquenta anos de história individual, mas também de estruturas de milênios de história. Para os animais, para as plantas é diferente: eles procedem segundo um automatismo de imagem, não podem variar. Nós temos a liberdade, a qual nos dá a possibilidade de presidir no momento da organização deste alfabeto na nossa individuação.


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Não podemos acessá-las antes da nossa individuação, mas, a partir dessa, que é o terceiro nível, podemos controlá-las. Quem conhece a imagem pode entrar onde desejar, no âmbito de tudo aquilo que é o saber último, incluso o sentido último de si mesmo.



PARTE I


Para continuar lendo, adquira o livro em www.ontopsicologia.com.br

A_arte_de_viver_dos_sabios.indd 20

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