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Heritage
The Theatre
Everyone knows this performance hall built at the end of the XIX century as "the theatre" Toda a gente conhece por “o teatro” esta sala de espetáculos construída no final do século XIX
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TEXT CARLOS COSTA, ARCHITECT
The Baltazar Dias Municipal Theatre, located right in the centre of Funchal, facing the Municipal Garden and with the main entrance to Avenida Arriaga, is a centennial building of great architectural value.
The current name is a tribute to the blind poet and playwright, born on the island of Madeira in the sixteenth century, who went to Lisbon in order to work in the capital of the Empire, close to the court and the King, and it was there that he produced most of his work.
It opened as the Dona Maria Pia Theatre, was once the Funchalense Theatre and the Dr Manuel de Arriaga Theatre and began to bear the current name of Baltazar Dias Theatre in 1935.
The final decision for its construction occurred in 1882, although the idea of building a theatre began earlier, according to some authors, in 1850, the Councillor and Governor of Funchal José Silvestre Ribeiro, wrote to the City Council of Funchal informing it of his intention to build a theatre in the city.
Its construction was finished in 1887, although its solemn opening was only in 1888. The project was designed by the Porto architect Tomás Augusto Soller, who died before the work was finished. The engineers José de Macedo d'Araujo Júnior and José Bernardo Lopes de Andrade are the ones who will continue with the project until its completion.
It is a neoclassical building, rectangular in plan, with a horseshoe-shaped performance hall, a sloping audience with lateral friezes and boxes from 1st to 3rd order.
It has a large interior atrium, on the first floor, which gives access through three doors to the performance hall.
Its ornamentation was in charge of two famous painters and decorators, the Portuguese Eugénio do Nascimento Cotrim and the Italian Luigi Manini, who worked at the Scala Theatre in Milan and was the author of the Hotel Palácio do Buçaco and Quinta da Regaleira in Sintra, where the decoration of the show room and its ceiling stand out, making this landmark of the civil architecture of Funchal, a must-see.
OTeatro Municipal Baltazar Dias, localizado bem no centro da cidade do Funchal, fronteiro ao Jardim Municipal e com a entrada principal para a Avenida Arriga, é um edifício centenário de grande valor arquitetónico.
O atual nome é uma homenagem ao poeta e dramaturgo cego, nascido na ilha da Madeira no seculo XVI, que foi para Lisboa com o objetivo de trabalhar na capital do Império, próximo da corte e do Rei, e foi aí que produziu a maior parte da sua obra.
Abriu como teatro Dona Maria Pia, já foi Teatro Funchalense e Teatro Dr. Manuel de Arriaga, passando a ostentar o atual nome de Teatro Baltazar Dias a partir de 1935.
A decisão final da sua construção ocorreu em 1882, embora a ideia de construir um teatro tenha começado anteriormente, segundo alguns autores, em 1850, o Conselheiro e Governador do Funchal José Silvestre Ribeiro, escreveu à Câmara do Funchal informando-a da sua intenção de construir um teatro na cidade.
A sua construção terminou em 1887, embora a sua abertura solene tenha sido só em 1888. O projeto é da autoria do arquiteto portuense Tomás Augusto Soller, que faleceu antes de a obra terminar. Os engenheiros José de Macedo d’Araujo Júnior e José Bernardo Lopes de Andrade é que seguirão com o projeto até o seu término.
É um edifício neoclássico, de planta retangular, com a sua sala de espetáculos em forma de ferradura, plateia em declive com frisas laterais e camarotes de 1.ª a 3.ª ordem.
Possui um amplo átrio interior, ao nível do rés-do-chão, que dá acesso através de 3 portas à sala de espetáculos.
A sua ornamentação esteve a cargo de dois famosos pintores e decoradores, o português Eugénio do Nascimento Cotrim e o italiano Luigi Manini, que trabalhou no Teatro Scala de Milão e foi o autor do Hotel Palácio do Buçaco e da Quinta da Regaleira em Sintra, de onde se destaca a decoração da sala de espetáculos e o seu teto que tornam este marco da arquitetura civil do Funchal, visita obrigatória.