gestão do plantio florestal
o tripé da
sustentabilidade
Se os seus interesses estão voltados para a sustentabilidade econômica da atividade produtiva florestal na propriedade rural, seja bem-vindo a esta reflexão. Desempenho econômico vai além da simples relação com o mercado e deve considerar o tripé que, pela simplicidade com que é definido em inglês, apoia-se em três pês: people, planet e profit. Os plantios florestais homogêneos, como os de produção monoespecífica, ou os heterogêneos, como os sistemas de produção agroflorestal, de restauração de áreas degradadas e de recuperação de áreas de reserva legal ou
preservação permanente, são opções que o produtor rural avalia quando planeja as atividades na sua propriedade. Os heterogêneos, entretanto, são menos polêmicos quando avaliados em termos de sustentabilidade, e, por esse motivo, trataremos aqui apenas dos plantios homogêneos de uma única espécie. Os plantios florestais homogêneos, quer seja pela forma e extensão, ou ainda pela duração dos ciclos de produção, se destacam na paisagem rural brasileira. São, em geral, plantios florestais de alto rendimento, manejados para fins industriais que desafiam a silvicultura a evoluir e a buscar soluções mais rentáveis, que se harmonizem também com as questões sociais e ambientais.
O futuro do setor produtivo florestal depende de uma convergente estratégia de conciliação da produção com os temas ambientais e sociais. A sociedade e o planeta agradecerão. "
Luiz Carlos Estraviz Rodriguez Professor de Economia e Planejamento Florestal da Esalq-USP
Para buscar essa harmonia, vamos começar pelo terceiro pê (profit), de tratamento mais objetivo e básico, antes de avaliarmos as demais dimensões da sustentabilidade. Buscam-se regimes de manejo que maximizem o potencial produtivo da terra sem degradá-la, caso contrário, haveria desperdício e subutilização.
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