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mercado internacional
a expansão internacional do etanol como
solução de baixo carbono
Ao longo da história, o etanol tem sido estratégico em situações adversas. Basta dizer que seu primeiro grande salto no Brasil se deu com o Proálcool, principalmente para garantir o abastecimento em um cenário de escassez. Contudo, sua principal característica foi percebida apenas décadas depois: em um mundo aflito pelos efeitos das mudanças climáticas, percebeu-se que o etanol era capaz de reduzir até 90% das emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo, assim, para a mobilidade sustentável. Tudo isso ganhou ainda mais sentido a partir do Acordo de Paris.
Na 21ª Conferência do Clima, em 2015, tornou-se evidente que as ações para reduzir o aquecimento global abrangeriam, necessariamente, a descarbonização do setor de transportes, responsável por quase 25% das emissões. Nessa perspectiva, a experiência consolidada do Brasil, em mais de 40 anos com o etanol, apresenta não apenas uma alternativa energética à gasolina, mas uma solução viável e eficiente para uma das maiores demandas globais – a mitigação da crise climática. A mistura de etanol na gasolina, quando adotada por meio de políticas públicas claras e de longo prazo, pode proporcionar diminuição imediata das emissões no setor automotivo. Ao lado da sua contribuição para evitarmos o aquecimento global, o etanol também proporcionou uma bem-sucedida experiência para o controle das emissões de poluentes. É conhecida a sua contribuição, por exemplo, para que a cidade de São Paulo, quarta mais populosa do mundo, seja hoje uma das metrópoles com o menor nível de poluição atmosférica.
devemos considerar o potencial da África como a nova fronteira para o etanol no mundo. Com incentivos institucionais adequados, países com forte tradição na produção de açúcar podem desenvolver um programa bem-sucedido para a produção do biocombustível. "
Evandro Gussi Presidente da Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar