editorial
as inovações contribuem para a rentabilidade do
negócio florestal
O modelo tradicional adotado pela maioria dos gestores do setor florestal, tanto em nível nacional como internacional, é o de focar, individualmente, suas necessidades nas mais avançadas tecnologias existentes para cada operação (silvicultura, colheita, transporte ou, ainda, processo industrial). Isso é relevante para fortalecer a busca do desenvolvimento de tecnologias e técnicas operacionais aplicadas em cada atividade. No entanto a opção de menor custo para a adoção de uma tecnologia específica, para uma fase qualquer das operações florestais, não garante o menor custo da madeira para o produto final desejado. Isso só poderá ser alcançado via utilização do perfeito conhecimento do contexto de tecnologias e operações na cadeia pro-
dutiva, desde a silvicultura até o processamento industrial e a disponibilização do produto ao usuário final. É importante observar que, para alcançar resultados econômicos e financeiros significativos na cadeia de negócios florestais, é necessário ter conhecimento e experiência na identificação das reais potencialidades operacionais e produtivas das tecnologias disponíveis no mercado. Para tanto, é imprescindível a definição e a escolha rigorosa de um modelo de custeamento robusto para minimizar os erros de planejamento orçamentário, até mesmo como forma de garantir a rentabilidade prevista em cada negócio. A seguir, são apresentadas as inovações ocorridas nos últimos 15 anos. Produção de mudas (viveiro): As tecnologias de produção de mudas florestais no Brasil, particularmente dos gêneros Eucalyptus spp e Pinuss pp, evoluíram tanto no que se refere a melhoramento genético como a técnicas operacionais da produção em viveiro. No âmbito genético, a busca das empresas por mudas (clonais ou de sementes) que resultem em florestas de qualidade superior, de acordo com a necessidade industrial (propriedades físicas e mecânicas), e elevada produtividade vem sendo alcançada através de elevados investimentos em biotecnologia. Essa evolução tecnológica é considerada, em nível nacional, um dos maiores avanços, em todas as áreas, obtidos no Brasil, nos últimos 30 anos.
Joésio Deoclécio Pierin Siqueira Vice-presidente da STCP
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