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A pioneira na gestão de águas

Naquele momento, a Cogerh surgia como a primeira empresa de gestão de água do País e serviu de referência até mesmo para a criação da Agência Nacional das Águas (ANA) sete anos depois. A Cogerh foi um divisor de águas no Estado. Pensar na importância da Companhia é destacar o valor do monitoramento dos corpos hídricos, seja produzindo dados quantitativos ou qualitativos.

Por corpos hídricos, se entende de rios e águas subterrâneas à açudes - as tão conhecidas barragens construídas para reter grandes quantidades de água. Da barragem do Tijuquinha ao Castanhão, o maior do território estadual, seguido de Orós. O monitoramento é o próprio exemplo de descentralização da Companhia, já que parte da gerência na Capital para outras regiões do Estado, a exemplo de Sobral, Limoeiro do Norte, Crato, Quixeramobim e Iguatu.

De acordo com a Cogerh, compreende-se que, em caso de rios, por exemplo, a cota do nível de água, a profundidade da lâmina d’água, a vazão e o comprimento dos rios perenizados são objetos de monitoramento. Já nos reservatórios, são monitorados a cota do nível de água, a área inundada e o volume de água armazenado.

A Cogerh monitora hoje 155 açudes no Ceará. Esse número representa cerca de 90% das águas acumuladas. Tudo isso distribuído em 12 bacias hidrográficas e nos aquíferos de água subterrânea. É a partir dessa sistemática de gerenciamento que é possível entender o procedimento hidrológico e fazer a gestão da água, tão importante em um Estado inserido dentro do semiárido nordestino. Com isso, a Companhia entende as demandas e o potencial de oferta de cada equipamento. Há um papel até educativo da Companhia ao fazer com que a sociedade civil se aproprie do uso de forma adequada, entendendo as formas de usabilidade e como a qualidade da água precisa ser conservada.

Para entender melhor essa distribuição, é preciso compreender o que são os Comitês de Bacias Hidrográfi cas (CBH). Vinculados ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), eles foram estabelecidos a partir da lei estadual nº 11.996, que os define como “entes regionais de gestão de recursos hídricos com funções consultivas e deliberativas, atuação em bacias, sub-bacias ou regiões hidrográficas”.

Secretariados pela Cogerh, os Comitês têm se consolidado como peças chave, formando uma forte instância de participação nas ações na área dos recursos hídricos e no que condiz ao planejamento dessas atividades. Semestralmente, são recebidos pelo governador do Estado, Camilo Santana, no Fórum Cearense de Comitês de Bacias.

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