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Governança das águas
by O POVO
Oeixo Governança das Águas envolve fortalecimento de quatro perspectivas estruturais: arcabouço legal, estrutura institucional, sustentabilidade financeira e instâncias de participação da sociedade. Em termos de fortalecimento de cada um dos órgãos integrantes do Sigerh, a Companhia visa a instalar suas gerências das bacias da Serra da Ibiapaba, Litoral, Coreaú e Médio Jaguaribe. Outras pretensões se voltam à área de recursos humanos, com ampliação do quadro efetivo, entre outras medidas. No aspecto da busca por sustentabilidade financeira do Sistema, a Cogerh se configura como modelo e tem suas operações constituindo a base financeira para ações dos demais braços dos Sigerh. Agora, a ideia é encontrar uma diversificação de captação de recursos para que as instâncias do Sistema tenham asseguradas suas ações em prol da segurança hídrica do Estado.
“Uma instituição que não consegue ter esse nível de relacionamento com a sociedade vai se tornando cada vez mais tecnocrática e burocrática e há uma tendência a se retrair. Se consegue manter esse relacionamento entre Estado e sociedade, pode consolidar um trabalho e crescer”, aponta João Lúcio Farias, presidente da Cogerh.
Nesse contexto, o suporte aos colegiados - Conselho Estadual de Recursos Hídricos, Comitês de Bacias Hidrográficas e Comissões Gestoras de Sistemas Hídricos - é estratégico. É papel da Cogerh conduzir as oportunidades e organizações que dão espaço à participação dos atores sociais no debate sobre o destino da água. Isso se dá, fundamentalmente, através do suporte técnico à tomada de
CRÉDITO: FÁBIO LIMA/ O POVO
ROSANA GARJULLI
decisões e da capacidade de articular documentos regulatórios junto a esses organismos.
“Em termos do fortalecimento da gestão participativa ainda há muito espaço a ser ampliado, especialmente em relação à comunicação com a sociedade cearense, de modo a conscientizá-la sobre o que é ser um cidadão do semiárido e estimulá-lo à participação ativa nos colegiados e na sua relação diária com a água”, analisa a consultora Rosana Garjulli.
E é justamente no empoderamento e na conscientização da população sobre a necessidade de cuidar da preservação dos recursos hídricos que se prevê lançar o programa educativo Cidadão do Semiárido, com ações específicas às diferenças entre os ambientes urbanos e rurais.