CADERNO 1 - ÁGUA NO PLANETA E CICLO DA ÁGUA

Page 1

ÁGUA NO PLANETA E CICLO DA ÁGUA

Cartilha 1


SUMÁRIO Introducão..................................................... 1 1.Água no Brasil e no Mundo............................ 3 2.Águas superficiais e sua importância.............. 11 3.Águas subterrâneas e aquíferos.................... 20 4.Ciclo da água.............................................. 28 5.Água – Conhecer para cuidar......................... 36 6.Glossário.................................................... 43 7.Brincadeiras e experimentos........................... 46 8.Referencias Bibliográficas............................. 57

PAESA


INTRODUCÃO A Água é o recurso mais importante do nosso Planeta. Sem ela não seria possível a vida na Terra. Essa é uma questão que já foi bastante debatida. A Cartilha “Água no Planeta e Ciclo da Água” aborda esse tema de uma forma leve, simples e interativa, ou seja, é necessário que você, leitor, esteja junto comigo em cada capítulo, pois a Cartilha tem como principal objetivo despertar a sua curiosidade, o senso crítico, a manifestação da empatia pelo próximo e, acima de tudo, incentivar a criatividade e o questionamento. Acreditar que sua busca por respostas será sempre incessante. Durante a leitura da Cartilha você terá contato com temas como: a quantidade da água no Brasil e no mundo e sua disponibilidade; o passo a passo do ciclo da água; conceitos sobre águas superficiais e subterrâneas, aplicações e sua relevância na manutenção da reserva hídrica do Planeta. Por último, irá refletir sobre a importância dos temas que serão abordados, promovendo uma participação mais ativa na preservação do meio ambiente, começando por sua escola, com seus amigos, difundindo para a comunidade local e além dela.

PAESA

1



1.ÁGUA NO BRASIL E NO MUNDO Esse é o primeiro capítulo da nossa Cartilha e é através dele que vamos iniciar uma jornada muito especial com o Planeta Água. Sim, água! E você entenderá o porquê desse recurso natural ser abundante e fundamental para a nossa vida. A água, em estado líquido e em grande quantidade presente apenas no Planeta Terra foi, desde o início, o que permitiu a existência das primeiras formas de vida até as formas mais complexas que são conhecidas hoje, ou seja, a evolução de todas as espécies só foi possível porque 2/3 do Planeta é coberto por água. Afinal, é a água que possibilita o clima agradável para os seres vivos e possui papel fundamental na produção de alimentos. Fatores que permitiram nossa sobrevivência até hoje! Não é interessante? Como demonstrado na Figura 1, desses 2/3 de água, 97,5% é salgada e estão nos mares e oceanos, o que não permite sua utilização para consumo humano e nem para irrigação de plantações. Dos 2,5% de água doce que sobra, a maior parte (69%) não é possível utilizar, pois pertence ao grupo das geleiras, ou seja, água congelada. 30% são das águas subterrâneas (abaixo do solo) e apenas 1% estão em rios e lagos (ANA, 2018).

PAESA

3


Água Salgada

96%

31,10% 68,9%

97,5%

Água Subterrânea

Água Doce Liquida

Gelo, Calotas polares

4% Água

2,5% De toda água presente no planeta Terra,

Água Doce (Gelo + Liquida)

Figura 1: Distribuição da água no Planeta. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28137

Agora eu pergunto: será que essa quantidade é suficiente para todas as pessoas que vivem nesse Planeta? Vou dar uma ajudinha! A divisão da água doce nos países não é uniforme, ou seja, alguns países são mais privilegiados que outros. Países como Brasil, Rússia, China, Canadá, Indonésia, EUA, Índia, Colômbia e República Democrática do Congo possuem 60% da água doce global (ANA, 2009). Dessa forma, é preciso ir em busca de alternativas locais que produzam acordos e garantam um bom relacionamento entre os países, na tentativa de fornecer água para toda a população do Globo.

Por Exemplo... No Brasil existem 82 rios que são compartilhados com países vizinhos. Além dos rios, os sistemas dos aquíferos Guarani e Amazonas

4

PAESA


e algumas bacias hidrográficas do território brasileiro também são utilizados por outros países da América do Sul (ANA, 2018).

Voce sabia O Brasil é o país que possui a maior quantidade de água doce do mundo! Aproximadamente 12%. Porém, sua divisão dentro do país não é equilibrada, pois 80% dessa água localiza-se na Região Norte do Brasil (destaque para a região verde do mapa da figura 2), onde vivem apenas 5% da população. É por essa e outras razões que ainda há falta d’água e crises hídricas em algumas regiões do país (ANA, 2018a). O rio por definição é um corpo d’água que possui uma nascente (um início) e que flui através da força da gravidade até o Oceano mais próximo. Algumas vezes pode secar antes de terminar seu caminho. E o que são Aquíferos e Bacias Hidrográficas?

PAESA

5


Figura 2: Mapa das Regiões Hidrográficas do Brasil. Fonte: Agência Nacional de Águas, 2018.

6

PAESA


BACIA HIDROGRÁFICA – é uma área formada por uma rede de escoamento de um conjunto de rios e seus afluentes (rios menores) (CEAP, 2018). AQUÍFERO – são águas subterrâneas que se encontram embaixo da superfície da terra preenchendo os espaços vazios entre os grãos do solo (MMA, 2007). Foi visto que há uma abundância de água doce no Brasil. Bacias hidrográficas, aquíferos, rios e lagos que privilegiam esse país e sua população. Agora perguntese: Por que será que um país com abundância de água em várias regiões, principalmente na Região Norte, ainda possui uma precária disponibilidade de água em Estados como o do Amapá?

para refletir O Último Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto de 2016, do SNIS, mostra que o Amapá é o Estado com menor atendimento urbano de água (SNIS, 2018). Recebe menos de 40% de serviços (Figura 3). Também está entre os três Estados com menor atendimento urbano de coleta de esgoto, com índice inferior a 10% (Figura 4).

PAESA

7


Figura 3: Índices médios de serviços de atendimento de rede de água. Fonte: SNIS, 2018

8

PAESA


Figura 4: �ndices de serviço de atendimento de rede coletora de esgoto. Fonte: SNIS, 2018.

PAESA

9


10

PAESA


2. ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA IMPORTÂNCIA O que são “Águas superficiais”? Antes de continuar a leitura, pense um pouco e tente definir sozinho(a). Conseguiu? Não tem problema, eu ajudo! No presente capítulos vamos mergulhar no mundo das águas superficiais e ao final da nossa caminhada você saberá o que são e por que são tão importantes no nosso Planeta. Águas superficiais estão na superfície da Terra, ou seja, estão acima do solo e não penetram nele. Sendo assim, escoam para vários lugares e dão forma a rios, lagos, riachos e córregos. Por esse motivo, atuam como as principais fontes de abastecimento de água potável em todo o mundo (ANA, 2018b).

Voce sabia Você sabia que existe uma área de estudo responsável apenas pelo estudo das águas? Se chama Hidrologia, que, de forma simples, significa “ciência que trata do estudo da água na Natureza” (De

PAESA

11


Sousa Pinto, Holtz, Martins, & Gomide, 1976). Ou seja, estuda onde a água ocorre, seu movimento e distribuição, sua reação com o meio ambiente e sua relação com os seres vivos. Águas superficiais estão presentes nos solos dos continentes, ou seja, água doce, água para consumo. Dessa forma, é necessário que haja um monitoramento constante da SAIBA MAIS: quantidade e qualidade dessa Lei nº 9433, 8 de janeiro de 1997. Política água. O que irá possibilitar a Nacional dos Recursos Hídricos gestão dos recursos hídricos e Acesse: www.mma.gov.br garantir o acesso adequado a água superficial disponível.

importante Um dos métodos utilizados para a melhoria da administração das águas superficiais foi a criação da Lei nº 9.433, em 1997. Essa Lei entende as bacias hidrográficas como uma unidade territorial, (CEAP, 2018), ou seja, um local que necessita ser monitorado e administrado. Dessa forma, foi possível implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos. Já parou para pensar que leis e políticas públicas são criadas para proteger, gerenciar e conservar algo realmente importante? Pois é, desta vez não foi diferente! Afinal, estamos falando de Água! Agora tente pensar na importância da água no seu dia a dia.

12

PAESA


Pensou? A figura a seguir irá lhe ajudar (olhar figura 5)! Geração de Energia Elétrica

Produção de Bens de Consumo

Abastecimento Residencial

Produção de Alimentos

Figura 5: Influência da disponibilidade de água no cotidiano. Fonte: Conjuntura dos Recursos Hídricos do Brasil, 2017.

PAESA

13


Pratique! De acordo com seus conhecimentos, use 3 minutos para encontrar mais dois fatores do cotidiano que demonstrem a importância das águas superficiais. Agora você pode pensar: “já aprendi os conceitos de águas superficiais, bacias hidrográficas, rios e sua importância, mas quais são os principais rios e bacias? Onde estão localizados? Quem é responsável por esses recursos? ” Para ajudar nessa questão, foi criada a divisão das bacias hidrográficas em Regiões Hidrográficas do Brasil, (Figura 6) que acompanha com maior detalhamento a situação dos recursos hídricos de cada região, ou seja, segundo a ANA “são regiões hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Esse critério de divisão das regiões visa direcionar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos em todo o país”.

14

PAESA


Figura 6: 12 Regiões Hidrográficas Brasileiras. Fonte: Conjuntura dos Recursos Hídricos do Brasil, 2017

PAESA

15


para refletir Como pode ser observado na imagem acima, as maiores regiões hidrográficas, ou seja, com maior abundância de água disponível estão na região Norte e Central do país. Dessa forma, essas regiões hidrográficas compreendem áreas com menor taxa populacional. Já as menores regiões hidrográficas, localizadas ao leste e sul apresentam características contrárias, pois a população mais expressiva do Brasil se concentra próximo à costa. Além das bacias hidrográficas e suas grandes regiões, não devemos deixar de citar os principais rios que ocorrem no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Águas, os principais rios que são monitorados por esse órgão são: Rio Amazonas, Rio Araguaia, Rio São Francisco, Rio Paraíba do Sul, Rio Paraguai, Rio Iguaçu, Rio Paraná e Rio Tapajós (ANA, 2018b). Esses rios possuem grande importância social, econômica e turística para os Estados por onde passam, além de fornecerem o abastecimento de água para várias cidades brasileiras.

Agora vamos falar sobre o Estado do Amapá, sua bacia e seus rios A rede hidrográfica no Amapá possui uma área de 82.696 km², o que representa 1% do país (CEAP, 2018). Corresponde à área de drenagem dos rios que desaguam ao norte da Região Hidrográfica do Amazonas (já falamos sobre esse conceito, certo?).

16

PAESA


Figura 7: Rios do Amapรก. Fonte: Bacia Hidrogrรกfica do Amapรก, CEAP, 2018

PAESA

17


O Amapá possui 34 rios, sendo os principais: •

Rio Araguari, que possui 36 cachoeiras (número 10);

Rio Oiapoque, fronteira natural entre Brasil e Guiana Francesa (número 01);

Rio Pedreira: utilizado na construção da Fortaleza de São José do Macapá, através da retirada de suas pedras (número 15);

Rio Gurijuba: já foi um rio com enorme concentração de peixes (número 28).

Outro recurso hídrico bastante importante para o Estado do Amapá é o Rio Amazonas. Em termos de volume é o maior rio do mundo. Flui do Norte até o Leste do país e deságua no Oceano Atlântico. É fundamental para a economia da região, no que diz respeito à pesca, transporte e turismo (Aloian, 2010). Você percebeu a importância dos rios para o Estado do Amapá? Não só para o Amapá, mas para todo o país e para o Planeta? Recursos hídricos são fontes de valor econômico, considerados essenciais para a sobrevivência e desenvolvimento dos seres vivos (Kobiyama, Courseuil & Mota, 2008). Por esse motivo devem ser conservados, monitorados e fiscalizados pelos responsáveis (lembra quem são?) e zelados por quem utiliza (nós!).

18

PAESA


PAESA

19


3. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E AQUÍFEROS Se ainda não descobriu o que significam “Águas Subterrâneas”, ao final deste capítulo será muito fácil identificar, definir e conhecer o que são águas subterrâneas, aquíferos e sua respectiva importância. Para explicar melhor, águas subterrâneas fazem parte de toda água que ocorre abaixo da superfície da Terra. Preenche os vazios entre os grãos das rochas presentes no solo e quando submetida a duas forças (adesão, ou seja, efeito de aderir e a gravidade), atuam como papel chave para umidade do solo e no fluxo dos rios, lagos e brejos (Figura 8), (Borghetti, Borghetti & Da Rosa Filho, 2011).

Voce sabia A presença de água no subsolo é influenciada por alguns fatores, como por exemplo: Material do solo que permite ou não a passagem da água; Cobertura vegetal - um solo desmatado é menos permeável, ou seja, que se pode atravessar; Inclinação do terreno - quando o solo é muito inclinado, a infiltração da água é menor, pois corre com mais

20

PAESA


facilidade pelo terreno; Tipo de chuva - chuvas intensas atingem o limite de infiltração do solo. Já as chuvas lentas e finas se infiltram de forma mais demorada (Borghetti, Borghetti & Da Rosa Filho, 2011).

ZONA N

ZONA DE UMIDADE DO SOLO ÃO SA TURA DA

ZONA INTERMEDIÁRIA FRANJA CAPILAR

NÍVEL FREÁTICO

RIO OU LAGO

ZONA SATURADA

Figura 8: Caracterização esquemática das zonas não saturada e saturada no subsolo. Fonte: Borghetti, Borghetti & Da Rosa Filho, 2011.

PAESA

21


importante É fundamental conhecer todos os elementos que compõe o ambiente das águas subterrâneas. Esses elementos são divididos basicamente em Zonas (não saturada e saturada): •

Zona não saturada: parte do solo parcialmente preenchida por água. Que se divide em:

Zona de umidade do solo - parte mais superficial do solo;

Zona intermediária - região entre a zona de umidade e a franja capilar;

Franja de capilaridade - região mais próxima ao nível da água do lençol freático.

Zona saturada: fica abaixo da zona não saturada e é a região em que os poros ou fraturas estão totalmente preenchidos por água.

22

PAESA


Pratique! Baseado na Figura 8, identifique na Figura 9, os elementos das águas subterrâneas divididos em zonas na imagem abaixo:

Figura 9: Caracterização das zonas saturada e não saturada no subsolo. Fonte: http://www.perfuradores.com.br/index.php?CAT=pocosagua&SPG=noticias&NID=0000008637-aqu%EDferos-e-aguas-subterraneas

Conseguiu? Se a resposta foi sim, muito bem! Agora você já conhece os elementos presentes nas águas subterrâneas. Se não, olhe mais atentamente a Figura 8 e tente identificar suas zonas na Figura 9.

PAESA

23


Aquíferos Aquífero é uma formação geológica, ou seja, um conjunto de rochas do subsolo que possui seus poros saturados (preenchidos) de água. Além disso, possibilita a transmissão facilitada da água armazenada. Aquífero vem do grego: aqui = água; fero = transfere ou suporte da água. Você já ouviu falar do Aquífero Guarani? Tenho certeza que sim, pois é uma importante reserva de água subterrânea na América do Sul. Abrange uma população de aproximadamente 34,3 milhões de habitantes. Possui uma área de aproximadamente 1,2 milhão de km2 e abrange o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (Figura 10).

Figura 10: Localização do Aquífero Guarani (em azul). Fonte: G1 - Globo.com

24

PAESA


E sobre o Aquífero Alter do Chão você já ouviu falar? Em 2013, estudos feitos pela Universidade Federal do Pará indicaram uma área maior e criaram uma outra definição: Sistema Aquífero Grande Amazônia, o SAGA (Figura 11) (FAMA, 2017). De acordo com a pesquisa, o aquífero apresenta reservas hídricas estimadas em 162.520 km3 – fazendo desse aquífero o maior que se tem conhecimento no Planeta. Suas reservas de água são suficientes para abastecer o planeta por aproximadamente 250 anos. E está localizado nas bacias do Marajó (PA), Amazonas, Solimões (AM) e Acre.

Figura 11: Localização, área e reserva de água do SAGA. Fonte: https://goo.gl/UixLoA

PAESA

25


Por Exemplo: No Estado do Amapá, as águas subterrâneas são utilizadas em sua maioria para abastecimento humano. Em Macapá, uma quantidade muito pequena de domicílios possui ligação à rede de esgoto, a maioria despeja em fossas irregulares, rios, lagos e valas. Ainda de acordo com Grott, a capital do Amapá apresenta uma situação de completa ineficiência das políticas públicas de saneamento básico, pois o poder público local não atende adequadamente a distribuição e a segurança qualitativa de água tratada e a coleta e tratamento de esgoto.

para refletir É preciso prestar atenção nos acontecimentos da sociedade, identificar os problemas, propor soluções aplicáveis e que promovam desenvolvimento local. Para isso, é fundamental incentivar ações que levem muito a sério a conservação dos recursos hídricos, o efetivo abastecimento urbano e saneamento básico.

26

PAESA


PAESA

27


4. CICLO DA ÁGUA Agora que você já conhece o que são águas superficiais e subterrâneas, está na hora de aprender sobre um conceito que envolve esses dois temas. Sabe qual é esse conceito? Se pensou em Ciclo da Água você acertou! Ao final da nossa jornada por esse ciclo tão importante, você será capaz de explicar cada fase da água e onde elas ocorrem no Planeta. O ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, considera que toda a água utilizável pelo homem vem da atmosfera (camada de gases que envolve a Terra) (De Sousa Pinto, Holtz, Martins & Gomide, 1976). Esse processo, como o próprio nome já diz, refere-se a um ciclo fechado, ou seja, é uma sequência de fenômenos que partem de um ponto inicial e que se completa no mesmo ponto.

importante Será mais fácil acompanhar os próximos conceitos se você mantiver a ideia de “ciclo fechado” sempre em mente. Primeiramente, devemos conhecer o ponto de partida deste ciclo.

28

PAESA


Figura 12: Ciclo Hidrológico ou Ciclo da Água. Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/7130910

Pratique! Vá até a janela mais próxima e olhe para fora. Imagine um círculo grande, maior que você. Ele começa no céu e segue em direção ao solo e fica sempre girando. Agora pense que o que faz esse círculo girar, é a água! Isso mesmo, o ciclo da água se inicia pelo Sol, pois é o calor do sol que aquece os corpos d’água presentes na superfície terrestre. Uma

PAESA

29


parte dessa água aquecida evapora e então começa a fazer parte da atmosfera, por onde circula até que se condensa, ou seja, passa do estado de vapor para o estado líquido e precipita sobre os oceanos e continentes, alimentando assim rios, lagos, aquíferos e regiões de geleiras (Borghetti, Borghetti & Da Rosa Filho, 2011) (Figura 11). Para compreender inteiramente o ciclo da água é necessário entender o conceito de cinco fatores muito importantes: •

Precipitação;

Escoamento superficial;

Infiltração;

Evaporação;

Transpiração.

Precipitacão É água que tem sua origem na atmosfera, como vapor de água e é depositada na superfície da Terra de qualquer forma, como chuva, granizo, orvalho, neblina, neve ou geada.

Escoamento Superficial É parte do ciclo hidrológico responsável pelo deslocamento da água na superfície da Terra.

30

PAESA


Infiltracão É a penetração da água nas camadas de solo próximas à superfície do terreno, através dos poros do solo, percolam por gravidade até alcançar uma camada que a retenha, formando as águas do solo.

Evaporacão e Transpiracão A evaporação define-se como a transformação da água da superfície terrestre em vapor de água. Já a transpiração é a evaporação que ocorre de acordo com a ação fisiológica dos vegetais. As raízes das plantas retiram água do solo para realizar suas atividades vitais. Parte desta água vai de encontro a atmosfera em forma de vapor presente na superfície das folhas. A soma desses dois conceitos denomina-se evapotranspiração. (De Sousa Pinto, Holtz, Martins & Gomide, 1976). Para resumir as fases do ciclo da água verifique a tabela 1.

SAIBA MAIS: Ciclo da Água - Conjuntura dos Recursos Hídricos do Brasil em 2017, página 6. Acesse: www.snirh.gov.br

PAESA

31


Tabela 1: Descrição dos fenômenos físicos que determinam o ciclo hidrológico. FASES

DESCRIÇÃO As moléculas de água na superfície dos oceanos e corpos

Evaporação

de água, nos continentes, energizados pelos raios solares, escapam para a atmosfera em forma de vapor.

Evapotranspiração

Através desse processo, as plantas eliminam a água em excesso, liberando-a para a atmosfera na forma de vapor. Atingindo as camadas mais altas e frias da atmosfera,

Condensação

o vapor de água, originado nos oceanos e continentes, condensa-se, formando as nuvens. Impulsionadas pelo vento ao redor do mundo, as nuvens

Precipitação

chegam a um ponto de saturação tal que liberam a água em excesso, sob a forma de chuva, neve, ou granizo. Parte da água da chuva evapora-se novamente à

Escoamento

atmosfera, enquanto que a outra parte escoa na superfície

Superficial

(alimentando córregos e rios), para finalmente voltar aos lagos e mares, que lhes deram origem. A água que não escoou na superfície, infiltra-se no

Infiltração e percolação

subsolo, alimentando as raízes das plantas (que a transpiram de volta para a atmosfera), ou percolam por gravidade, na razão de alguns centímetros por dia, através das fissuras e poros dos solos e das rochas.

Escoamento Subterrâneo

É a descarga dos aquíferos que aflora na interface água doce (rios, lagos) /água salgada (diretamente no mar).

Fonte: Borghetti, Borghetti & Da Rosa Filho, 2011 - baseado em Hydrology, 2003.

32

PAESA


Voce sabia Você sabia que quando comparado aos outros países, o Brasil é o país mais rico em recursos hídricos renováveis? Com um total de 8.233 km2/ano, quase o dobro do total da Rússia, que aparece em segundo lugar (FAO, 2003) (Figura 13).

Figura 13: Distribuição dos Recursos Hídricos Renováveis no Planeta. Fonte: Elaborado a partir de FAO (2009).

PAESA

33


para refletir Com a existência do ciclo hidrológico, a quantidade de água no Planeta está sempre constante. Porém, a humanidade está aumentando constantemente, o que gera poluição, contaminação e o uso inadequado dos recursos hídricos. Dessa forma, acaba por afetar as reservas de água qualitativamente, ou seja, atinge sua qualidade. O que torna essa água inadequada para consumo, impedindo sua reutilização, causando a diminuição no volume de água que pode ser aproveitada na Terra. Está aqui mais um alerta para o uso consciente da água! Procure sempre buscar informações sobre a água que está consumindo, para onde ela vai, se está sendo tratada ou não. Questione os responsáveis que devem fornecer água de qualidade e tratá-la de maneira correta.

34

PAESA


PAESA

35


5. ÁGUA – CONHECER PARA CUIDAR E ao final de mais um capítulo você conhecerá ainda mais sobre a água, pois este capítulo irá mostrar a importância do conhecimento para incentivar a participação das pessoas na proteção e no uso consciente da água. É importante que os indivíduos possuam cuidado e zelo em relação à natureza e seus recursos. O ideal é que os indivíduos das comunidades do mundo todo aprendam sobre Hidrologia (esse conceito foi visto lá no Capítulo 2), para que atuem na proteção e no uso adequado da água. Pois, quando um indivíduo possui conhecimento sobre tal tema, ele cria autoconfiança e começa a participar mais ativamente de sua comunidade (Kobiyama, Courseuil & Mota, 2008). Essa participação individual automaticamente aumentará a qualidade e quantidade das ações comunitárias. Dessa forma, se tornam capazes de executar um gerenciamento dos recursos hídricos de maneira SAIBA MAIS: consciente. Ou seja,

Leia os Artigos da Declaração Universal

indivíduos participam quando conhecem. E, se conhecem, cuidam!

36

dos Direitos da Água! Acesse: http://www.direitoshumanos.usp.br

PAESA


Voce sabia Você sabia que existe uma Declaração Universal dos Direitos da Água? Ela tem como objetivo atingir todos os indivíduos do Planet para que, através do conhecimento e do ensino, incentive cada pessoa a se esforçar e desenvolver o respeito aos direitos e obrigações e aplicá-la no cotidiano de maneira efetiva (Declaração Universal da Água, 1992). Águas superficiais e subterrâneas são utilizadas, em sua maioria, para o abastecimento urbano. Entretanto, essas águas estão mal distribuídas pelo país, como já foi visto em capítulos anteriores. O que gera escassez no abastecimento de água potável e dos outros componentes do saneamento em alguns Estados, cuja cobertura na prestação dos serviços não atinge a universalização em Estados como o Amapá, por exemplo. A saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença (OMS, 2014). O saneamento básico é considerado um dos principais fatores que influenciam a saúde (Kobiyama, Courseuil & Mota, 2008). O que deve ser feito então? É fundamental que alunos e professores locais promovam e multipliquem ações que incentivem a solução de problemas relacionados à água e saneamento. Foi buscando essa iniciativa que estudantes do Instituto Federal

PAESA

37


do Amapá (IFAP), do Campus de Laranjal do Jari, criaram o projeto “Filtro Ecológico – Oferta da Qualidade da água em regiões ribeirinhas carentes”, em 2015 e foram semifinalistas do Prêmio da Agência Nacional de Águas, em SAIBA MAIS: parceria com a Fundação Jari Notícia sobre Filtro Ecológico criado em na categoria de ensino. E a 2015 por estudantes do IFPA. utilização do filtro comprovou Acesse: www.tribunaamapaense.blogspot. com a diminuição de doenças veiculadas pela água na Região sul do Amapá. Outro problema que atinge a população amapaense é o elevado índice de perda de água durante o processo de distribuição e abastecimento de água potável (Gemaque, 2018). “Um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil mostra que no Amapá, as perdas chegam a 70%, ou seja, a cada dez litros produzidos, sete ficam pelo meio do caminho. Considerando que o Amapá tem o pior índice com perda de água do país, uma redução de apenas 10% traria um ganho de R$ 8,3 milhões, ou seja, valor 6.135% maior do que o Estado investiu em água em 2010, destaca ainda o mesmo estudo do Instituto Trata Brasil” (Gemaque, 2018). A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2016 demonstra que o fornecimento de água no estado do Amapá abrange 122 mil, das 207 mil residências. O restante dos domicílios ainda é abastecido por poços (35,5%), mas esta fonte de água ainda pode vir de rios e lagos, dentre outras. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

38

PAESA


uso de poços no Estado pode estar relacionado com a questão econômica, assim como pela letargia do poder público em ofertar um serviço que atinja mais regiões (Pacheco, 2017).

SAIBA MAIS: “A solução da água no Amapá pode vir da redução das perdas”, artigo de Adrimauro Gemaque. 2018. Acesso em: www.ecodebate.com.br

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou a Resolução A/HRC/RES/15/9 em 2010, que torna o Direito à Água Potável e Saneamento um Direito Humano (ONU, 2010).

Ficou claro que a água é um direito de todos, sem exceção. Logo, é necessário parar de se acomodar com o que acontece ao nosso redor e começar a exigir água potável de qualidade e saneamento básico adequado para todos. Pois existem modelos que funcionam no Brasil e que são utilizados por empresas públicas brasileiras e reconhecidas. Como, por exemplo, a SANEPAR (Paraná), CORSAN (Rio Grande do Sul) e SABESP (São Paulo), empresas de saneamento ganhadoras do Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento (PNQS) em diferentes modalidades (ABES, 2017). Portanto, é imprescindível a busca por melhores condições de abastecimento

PAESA

39


de água e saneamento básico para o restante dos Estados. Em um modelo ideal, a água é captada do rio mais próximo, passa por processos de tratamento para que essa água esteja adequada para o consumo. A rede de distribuição deve abastecer os consumidores nas zonas urbana e rural. Após a utilização, essa água residual é descartada. Esse descarte vai para a rede coletora de esgoto, que deve fazer a coleta e direcionar para uma estação de tratamento de esgoto. Esse esgoto passará por diversos processos físicos, químicos e biológicos e só depois do tratamento, descartado como efluente no rio (Figura 14).

Figura 14: Modelo de Abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto de uma cidade. Fonte: Águas Guariroba http://201.41.82.130/agua/ciclo.

40

PAESA


CONSIDERACÕES FINAIS

A água é o principal recurso para a vida na Terra. Este recurso natural garante a reserva de recursos hídricos renováveis, auxilia na manutenção da temperatura e promove o desenvolvimento de povos e países. A quantidade de água no Planeta é sempre a mesma, mas com o aumento considerável da população humana no planeta e seu modo de vida, tem causado grandes perdas em relação à qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Dessa forma, é essencial a criação de ações e mudanças de comportamento para o uso consciente da água, assim como seu tratamento adequado referente ao esgotamento sanitário, garantindo-se assim, uma qualidade para o consumo das atuais e futuras gerações. Agora, você como um agente transformador, tem o poder em suas mãos para agir na propagação deste conhecimento, através da perpetuação da conscientização de outros amigos, família, comunidade local e além dela.

PAESA

41


42

PAESA


6.GLOSSÁRIO Agrotóxico: Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas. Capilaridade: Qualidade do que é capilar, do que tem a espessura de um fio de cabelo. Desaguar: Despejar água em algum lugar (exemplo: rios). Despejar: Colocar para fora, vazar, expulsar. Domicílio: Habitação, casa, local de residência permanente. Efluente: Diz-se de um rio, ou canal, por onde sai (eflui) as águas de outro rio ou lago. Energizados: Que contém energia. Fisiologia: Estudo das funções dos seres vivos. Fissuras: Rachadura; abertura pequena feita longitudinalmente. Gerenciamento: Ato de administrar.

PAESA

43


Inclinação: Algo que está tendendo, direcionado para algum lugar. Irrigação: É a técnica de fornecer, artificialmente, água às plantas, no momento certo e em quantidade suficiente, garantindo uma boa produção. Lençol Freático: Reservatório de água subterrânea que se infiltrou durante a chuva nos solos. Percolar: Capacidade de um líquido de atravessar um determinado meio; fluir. Poros: Pequeno orifício na superfície de um ser vivo ou corpo. Potável: Próprio para consumo. De potabilidade. Qualitativa: Indica qualidade. Recursos Hídricos: Reservas de água. Umidade: Qualidade ou estado do que está impregnado de vapor de água ou levemente molhado. Vitais: Algo essencial, relativo à vida.

44

PAESA


PAESA

45


7. BRINCADEIRAS E EXPERIMENTOS Vamos agora aprender na prática tudo o que discutimos? Que tal bancar o professor ou professora? Algumas brincadeiras e experimentos são sugeridos. Pratique sempre sob a supervisão de um adulto. Tudo bem?

Água no Brasil e no Mundo Jogo de Tabuleiro Vivo Materiais: - Papel cartão colorido (para construir o tabuleiro e um dado); - Cola, grampeador ou fita dupla-face; - Cartolina (para as fichas de perguntas e informações); - Canetas coloridas (ou podem ser fichas impressas no computador); - Fita adesiva (para envolver as fichas em cartolina para protegê-las); - Deixar fluir a criatividade!

46

PAESA


O primeiro capítulo fala de porcentagens, quantidade de água, dados e conceitos um pouco densos para você compreender ao primeiro contato. A sugestão é criar um jogo de tabuleiro junto com os colegas, onde eles são as peças e o caminho percorrido será construído por você. Uma ideia pode ser formar um caminho que vá do oceano até os rios e lagos, baseando-se no Capítulo 1. Criar fichas com as principais informações, dicas, dados e algumas curiosidades, em forma de perguntas. Se o colega que está jogando acerta a questão, ‘pula de casa’, caso erre, permanece no mesmo local ou pode sofrer outra correção, tudo de acordo com as cartas criadas por você. Por isso, a importância de deixar a criatividade fluir! Não se esqueça de retirar os calçados na hora de andar no tabuleiro, para garantir mais tempo de uso. As decisões devem ser tomadas sempre em conjunto para incentivar o espírito de equipe e valorizar o trabalho em grupo.

PAESA

47


Águas Superficiais e sua Importância Lendas e histórias

(baseado em SABINO e colaboradores, 2014)

Materiais necessários: - Formar duplas ou trios; - Uma folha de caderno por dupla ou trios; - Livros de História; - Livros sobre água e meio ambiente; - Papel e caneta; - Curiosidade! No Capítulo 2 é abordado o tema das águas superficiais, ou seja, rios, lagos, córregos, etc. Antes de iniciar a atividade, o ideal é provocar o questionamento e curiosidade dos participantes. Pergunte aos colegas se eles conhecem histórias, folclore, lendas ou exemplos antigos sobre a presença da água e sobre o desenvolvimento da humanidade ao redor de rios e lagos. A proposta é desafiar os participantes, em duplas ou trios, a buscarem na história registros antigos ou lendas sobre o uso da água, comunidades presentes ao redor de rios ou lagos, entre outras informações relacionadas à água. Outra forma de adquirir informação é procurar livros folclóricos do Amapá, obras de arte, entrevistar conhecidos, familiares e amigos com o objetivo de

48

PAESA


investigar sobre a presença de água na história, cultura, arte ou religião de onde você mora. Qualquer exemplo discutido deve ser anotado e depois explicado para o restante da turma ou para outra dupla/trio. Essa atividade pode ser realizada extra sala de aula.

Águas subterrâneas e aquíferos Aquífero caseiro O Capítulo 3 aborda as águas subterrâneas e aquíferos. Para promover uma melhor compreensão dos conceitos de percolação da água, força de adesão e percolação, ou seja, o processo da passagem da água para o subsolo, podemos fazer uma atividade muito dinâmica e criativa. Materiais: - 1 aquário pequeno; - Caixa de leite (a quantidade das caixas irá depender do tamanho do aquário); - Areia (também irá depender do tamanho do aquário); - Dois tipos de pedras (com diferentes formatos); - Pedaços de cano de PVC; - Algodão; - Argila (barro); - Fita adesiva.

PAESA

49


Construção do filtro – passo a passo: 1. Passar a areia pela peneira para retirar possíveis partes maiores e outros materiais que possam estar presentes; 2. Cortar a caixa de leite para ficar do tamanho da superfície do seu aquário, cortando um dedo extra para cada lado. Caso necessário, faça a união das caixas de leite com fita adesiva para atingir o tamanho desejado; 3. Fazer vários furos na caixa de leite com a ajuda de uma agulha grossa ou um prego; 4. Corte os dois pedaços de canos para servir de suporte e coloque-os dentro do aquário (se o suporte for pequeno, utilize mais canos); 5. Coloque as caixas de leite cortadas em cima do suporte e passe a fita em volta para que fique bem vedado. Colocando a borda da caixa de leite na lateral do aquário; 6. Coloque uma camada de algodão em cima da caixa para que quando a água for despejada, não passe areia pelos buracos, somente água; 7. Coloque sobre o algodão a areia que foi peneirada; 8. Lave as pedras e depois coloque em cima da areia (pedras menores); 9. Lave as pedras maiores e depois coloque em seguida, em cima das 10. pedras menores; 11. Misturar em uma garrafa PET, água com argila (barro) e colocar essa mistura no filtro. A água sairá transparente.

50

PAESA


Ciclo da Água Terrário de garrafa PET Para promover um aprendizado mais efetivo e didático, vamos propor a construção de um terrário de garrafa PET para que você observe esse fenômeno de maneira mais natural.

PAESA

51


1/4 Garrafa Pet Fita Crepe 3/4 Garrafa Pet Plantas Terra Carvão Pedregulho

TERRÁRIO DE GARRAFA PET Materiais: - 1 xícara de pedrinhas para aquário; - 1 xícara de carvão vegetal; - De 3 a 4 xícaras de terra adubada organicamente; - 2 ou 3 mudas de plantas diferentes; - Pá e rastelo; - 1 xícara de água filtrada; Após o terrário pronto e fechado, se inicia o processo de evaporação dos vegetais (chamado de evapotranspiração). E, como o ambiente é

52

PAESA


fechado, esse vapor vai ficar lá dentro e aumentar a umidade. Quando a umidade aumenta até o ponto de saturação, a água se condensa. O fenômeno similar a chuva vai acontecer. Que legal!

Água – conhecer para cuidar Tempestade de sensações Vamos fazer uma atividade que incentive o seu lado criativo? Pode ser feito em sala de aula. Materiais: - Uma folha A4 para cada participante; - Lápis ou caneta; - Sensações escritos no papel. A tempestade de sensações propõe uma atividade de manifestação de sensações no papel. Ou seja, cada colega recebe uma folha e deverá escrever ou desenhar nesta folha todas as sensações boas e ruins que ele sente quando pensa em água. Você deve estimular a atividade relembrando em que momento da vida dele a água está presente e qual é a lembrança. Isto pode ser feito em 15 minutos. Após esse tempo, alguém escreve no quadro as suas sensações boas e ruins que foram escritas no papel. Os outros alunos devem ajudar falando 3 ou mais sensações. Todos podem ajudar. Depois disso, em conjunto, alunos e professor discutem, incentivando novas

PAESA

53


ideias para solucionar todas essas sensações ruins que foram causadas provavelmente por um motivo real de falta de saneamento básico, poluição, dentre outros. As sensações boas devem ser colocadas em uma cartolina que será pendurada na parede da sala, para os alunos sempre lembrarem do porquê eles devem preservar e utilizar com consciência os recursos hídricos.

54

PAESA


Vamos conhecer mais e mais? Alguns sites interessantes são apresentados. Pesquise, conheça e se torne um ser humano mais consciente sobre como usar corretamente a água e, assim, preservar esse bem essencial para nossas vidas.

SAÚDE AMBIENTAL e SANEAMENTo: http://portalms.saude.gov.br/component/tags/tag/saude-ambiental http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental http://www.funasa.gov.br/biblioteca-eletronica/publicacoes/saude-ambiental http://sites.usp.br/fsp/departamentos/saude-ambiental/ https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=579:san eamento-ambiental&Itemid=596 https://www.akatu.org.br/noticia/30-das-aguas-brasileiras-tem-qualidade-ruimou-pessima/ http://www.caesa.ap.gov.br/noticia.php?id=20296 https://portal.fiocruz.br/saude-e-ambiente

MEIO AMBIENTE, CIeNCIAS E TECNOLOGIA https://www.oeco.org.br/ http://www.iepa.ap.gov.br/projetos.php http://www.mma.gov.br/agua https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/agua/

PAESA

55


CIDADES SUSTENTĂ VEIS E RECICLAGEM http://www.mma.gov.br/informma/item/7656-reciclagem http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis https://www.terracycle.com.br/pt-BR/ https://www.cidadessustentaveis.org.br/ http://www.recicloteca.org.br/ http://cempre.org.br/sobre/id/1/institucional https://wribrasil.org.br/pt http://www.lixo.com.br/content/view/168/281/

56

PAESA


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABES. Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. (2017), disponível em Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental: <http://abes-dn.org.br/?p=14121>. Acesso em 28 de junho de 2018. Aloian, M. The Amazon River in a rainforest. USA: Crabtree Publishing Company, 2010. ANA. Agência Nacional de Águas, 2009. Disponível em Agência Nacional de Águas: <http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/publicacoes/fatosetendencias/edicao_2.pdf>. Acesso em 23 de julho de 2018. ANA. Agência Nacional de Águas. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil / relatório pleno. (2017).Disponível em http://www.snirh.gov.br/ portal/snirh/centrais-de- conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos/ relatorio-conjuntura-2017.pdf>. Acesso em 24 de julho de 2018. ANA. Agência Nacional de Águas. Água no Mundo, 2018. ANA. Agência Nacional de Águas. Quantidade de Água, 2018a. ANA. Agência Nacional de Águas. Água superficial, 2018b. Borghetti, N. R., Borghetti, J & Da Rosa Filho, E. A Integração das águas: revelando o verdadeiro Aquífero Guarani. (N. R. Borghetti, Ed.) Curitiba, Paraná, 2011.

PAESA

57


CEAP. Centro de Ensino Superior do Amapá. Bacia Amazônica, 2018. Disponível em Centro de Ensino Superior do Amapá: <http://www.ceap.br/ material/MAT0609201280201.pdf>. Acesso em 02 de julho de 2018. CEAP. Centro de Ensino Superior do Amapá. Bacia Hidrográfica do Amapá, 2018. Disponível em Centro de Ensino Superior do Amapá: <http://www.ceap.br/material/MAT18092012195628.pdf>. Acesso em 03 de julho de 2018. De Sousa Pinto, N. L., Holtz, A. C., Martins, J. A & Gomide, F. L. Hidrologia básica (11 ed.). São Paulo, Brasil: Edgard Blucher, 1976. FAMA. Fórum Alternativo Mundial da Água, 2017. FAO. Review of World Water Resources, 2003. Disponível em Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura: <http://www.fao. org/tempref/agl/AGLW/ESPIM/CD-ROM/documents/5C_e.pdf>. Acesso em 28 de julho de 2018. Gemaque, A. A solução da água no Amapá pode vir da redução das perdas, 2018. Grott, S. L. Água subterrânea para consumo humano em Macapá: subsídios às políticas públicas de saneamento e recursos hídricos. Fundação Universidade Federal do Amapá, Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental e Políticas Públicas, pp. 13-14, 2016. Kobiyama, M., Courseuil, C. W., & Mota, A. D. Recursos Hídricos e Saneamento. Curitiba: Organic Trading, 2008. MMA. Ministério do Meio Ambiente. Águas Subterrâneas, 2007. OMS. World Health Organization - Basic Documents - Forty-eighth edition. (31 de dezembro de 2014). Disponível em World Health Organization:

58

PAESA


<http://apps.who.int/gb/bd/PDF/bd48/basic-documents-48th-edition-en.pdf>. Acesso em 21 de julho de 2018. ONU. Human rights and access to safe drinking water and sanitation. Em ONU (Ed.), General Assembly - United Nations- Human Rights Council (pp. 1-3). ONU, 2010. ONU. Declaração dos Direitos da Água. In: Biblioteca virtual de direitos humanos da Universidade de São Paulo (USP) [online]. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html>. Acesso em 14 de julho de 2018. Pacheco, J. No AP, 58,9% das casas têm água tratada e um terço da população depende de poços. (27 de Novembro de 2017). Disponível em G1 AP, Macapá: <https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/no-ap-589-das-casas-tem-agua-tratada-e-um-terco-da-populacao-depende-de-pocos. ghtml>. Acesso em 12 de julho de 2018. SNIS. Sistema Nacional de Informações Sanitárias. Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos - 2016. Disponível em: <http://www.snis.gov.br/ diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2016>. Acesso em 05 de julho de 2018. Tribuna Amapaense. (10 de Julho de 2015). “Ecofiltros” são entregues a ribeirinhos de Laranjal do Jari. IFAP - “Ecofiltros” são entregues a ribeirinhos de Laranjal do Jari. Laranjal do Jari, Amapá, Brasil. Disponível em: <https://tribunaamapaense.blogspot.com/2015/07/ifap-ecofiltros-sao-entregues.html?m=1>. Acesso em 25 de julho de 2018.

PAESA

59


CRÉDITOS Conteudista: Giulia Helena Martins Pereira

Revisão: Jefferson Fernandes Juliana Bragança Herbert Cardoso Júnior Diagramação: Moa Digital Sônia Klann

Este material foi elaborado no âmbito do Termo de Execução Descentralizada nº 01/2018, cooperação técnica entre a Fundação Nacional de Saúde e a Universidade Federal Fluminense - Programa de Apoio e Educação em Saúde Ambiental.

60

PAESA


ANOTAÇÕES

PAESA

61



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.