PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA COORDENAÇÃO DE PASTORAL DA PROVÍNCIA MARISTA DO RS - ANO 3 - Nº6 - 2012
Nósem rede Cuidar da vida! O horizonte da nossa missão, a rotina do dia a dia, a situação do planeta nos alertam: é tempo de cuidar da vida em todas as suas dimensões. Páginas 6 a 10
UNIDADES MARISTAS E A MISSÃO DE CUIDAR DE EDUCADORES E EDUCANDOS Página 4
NOVIÇOS E O CUIDADO COM COMUNIDADES ECLESIAIS DE PASSO FUNDO Página 11
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COORDENAÇÃO DE PASTORAL
As múltiplas dimensões do cuidado Está em suas mãos a 6ª edição do Nós em Rede reunindo ações e reflexões acerca da pastoral nas Unidades Sociais, no Hospital São Lucas, nos Colégios e na PUCRS. Nesta edição, tratamos do cuidado, tema que inspira o 4º. Capítulo Provincial, assembleia que reúne os Irmãos para a definição dos rumos da Província nos próximos três anos. O cuidado é uma forma de se posicionar na vida, diante das realidades que nos circundam. Por isso, temos exemplos de como esse tema se concretiza no dia a dia de nossas Unidades. A Pastoral nas Unidades traz experiências do Centro Social Marista Mário Quintana, de Gravataí, do Colégio Marista João Paulo II, de Brasília, e do Centro de Atenção Psicossocial da PUCRS, expressando diferentes maneiras de cuidar. Na matéria principal, a Ir. Márian Ambrosio, presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil, e o Ir. Evilázio Teixeira, Vice-Reitor da PUCRS, abordam os desafios do cuidado atualmente. Na editoria de Missão, apresentamos a forma do cuidado pastoral dos Irmãos Noviços, em Passo Fundo, em comunidades eclesiais que eles acompanham. Na seção Diretrizes, Rosangela Florczak, Assessora de Comunicação Corporativa da Província, a partir do Curso do Patrimônio Espiritual Marista, aborda elementos do cuidado em Champagnat. O cuidado também está presente na seção da PJM em que abordamos o acompanhamento aos grupos e, neste ano, especialmente a formação realizada por meio do curso de assessores e animadores. Por fim, é uma alegria poder, mais uma vez, estabelecer esse canal de comunicação. É o nosso jeito de mostrar a vida e o entusiasmo que pulsa nas Unidades Maristas! Que Maria e Champagnat continuem inspirando no seguimento do Mestre que ensinou a cuidar. Boa leitura! Ir. Deivis Fischer Gerente da Coordenação de Pastoral EXPEDIENTE Informativo da Coordenação de Pastoral da Província Marista do Rio Grande do Sul Porto Alegre - RS Ano 3 - Nº 6 - 2012 Coordenador Ir. Deivis Fischer Equipe responsável Aline Cunha, Karen Silva, Jaqueline Debastiani, José Jair Ribeiro, Maria Lucia Machado, Marcos J. Broc, Miriam Quarti da Silveira. Comentários e sugestões pastoral.pmrs@maristas.org.br
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Produção: Comunicação Corporativa Textos e edição: Letícia de Castilhos e Lidiane Amorim Fotos: Arquivo Coordenação de Pastoral, Unidades Maristas e Assessoria de Comunicação da PUCRS. Diagramação: Roberto Winck Revisão: Ir. Salvador Durante Jornalista Responsável Rosângela Florczak (DRT 4862/94)
Cuidar – atitude diante da vida para viver os valores Na última edição do Nós em Rede tratamos dos valores que nos movem como Província Marista do Rio Grande do Sul. É difícil vivenciar esses valores se não integramos o cuidado em nosso modo de ser. O cuidado é uma forma de se posicionar diante no mundo, contemplando as várias dimensões que nos constituem, racional, física, psíquica e emocional. É o desafio de superarmos uma racionalidade que trata o mundo de maneira instrumental e buscarmos uma forma mais integrada e integral de ser. Precisamos cuidar da nossa casa comum e da vida que nela habita. Somos chamados a cuidar da vida, como expressa o lema do nosso 4º. Capítulo Provincial. Nossa forma de cuidar da vida é integrar a solidariedade, o amor ao trabalho, a presença, a audácia, a simplicidade e o espírito de família, no que chamamos ser a nossa espiritualidade. Somos chamados a cuidar da vida, a buscar desenvolver em nós, cada vez mais, o cuidado como atitude cotidiana. Vamos juntos cuidar da vida!
sumário
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Pastoral nas unidades /confira DE QUE FORMA as unidades EXERCEM O CUIDADO COM SEUS EDUCADORES, EDUCANDOS e com a comunidade
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Especial / A GÊNESE DO CUIDADO NA EXISTÊNCIA HUMANA, NA VIDA CONSAGRADA E NA MISSÃO EDUCATIVA MARISTA
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DIRETRIZES / O CUIDADO INSPIRADOR DAS EXPERIÊNCIAS E ATITUDES DE CHAMPAGNAT
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MISSÃO / O TRABALHO DESENVOLVIDO PELOS IRMÃOS NOVIÇOS EM COMUNIDADES DE PASSO FUNDO
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PJM / UM ANO DEDICADO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE ANIMADORES E ASSESSORES
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em rede / CENAS DA AÇÃO PASTORAL EM ALGUMAS DAS NOSSAS UNIDADES 3
PUCRS/ASCOM/Arquivo Fotográfico/Bruno Todeschini
Pastoral nas unidades
Na Universidade, o Centro de Atenção Psicossocial (CAP) dedica-se ao cuidado com os jovens universitários.
As dimensões do cuidado O cuidado pode ser visto e sentido em pequenos gestos e atitudes. E está diretamente ligado ao respeito com o próximo e ao compromisso com o que nos cerca. Iniciativas de três unidades maristas nos mostram as dimensões do cuidado com o educando, o educador e a comunidade.
O cultivo do cuidado por meio do diálogo Qualificar as relações e auxiliar o processo ensino-aprendizagem de alunos e professores estão entre os principais objetivos do Centro de Atenção Psicossocial (CAP), da PUCRS. Ligado à Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (PRAC), o CAP é um espaço especial de escuta, apoio e orientação, que materializa o compromisso da Universidade em buscar constantemente a excelência acadêmica, com o olhar voltado ao ser humano. Lançado em 2006, o Centro oferece atendimento personalizado aos alunos e professores de todas as Unidades Aca4
dêmicas, no que se refere a intervenções sociais, psicopedagógicas, clínicas, de orientação profissional e mediação, conforme necessidades detectadas. O cuidado e a atenção com alunos e professores da Universidade são fatores marcantes na história e atualidade da Universidade. Os Irmãos Hermes Pandolfo e Pedro Finkler, durante a sua atuação na PUCRS, primavam pelo diálogo e já realizavam atendimentos pontuais a alunos. O CAP possui uma equipe de professores multiprofissional, que trabalha em caráter interdisciplinar, composta por psicólogos, psiquiatra, assistente social e educadores. Essa equipe faz os atendimentos e também é responsável
em integrar as ações do Centro às necessidades que emergem através das Pró-Reitorias Acadêmicas (Pró-Reitoria de Graduação e Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação), Recursos Humanos e Centro de Pastoral e Solidariedade. O diálogo materializa o cuidado na atuação do CAP, que também oferece palestras nas unidades, conversas com as turmas de formandos, acolhida de alunos vindos de outras cidades, estados e países.
Dúvidas e inquietações Dúvidas em relação ao futuro profissional e problemas de adaptação e convivência são dificuldades comuns a serem enfrentadas por universitários. Integrante da equipe técnica do CAP, a professora Dóris Helena Della Valentina ressalta que “estes momentos são mais decorrentes nos períodos de ingresso na Universidade, no meio do curso e ao final, próximo
à formatura”. Considerando este contexto, a equipe do CAP promove, além dos atendimentos pessoais, o Grupo de Convívio Psicossocial, com o foco de motivar e preparar os alunos a reorganizarem suas rotinas de vida universitária, possibilitando o diálogo, a troca de experiências e debate. Qualquer aluno pode participar do Grupo, que se reúne semanalmente. Também é desenvolvido, juntamente com a PRAC, um projeto de mobilidade, no Campus Central, para alunos cegos. O CAP forma alunos monitores responsáveis em acompanhar e auxiliar os alunos cegos a se locomoverem no Campus. “Estamos capacitando os dois lados, de um lado o aluno que é portador de uma especifica deficiência, e o aluno que vai auxiliar o outro. Esses alunos ficam encantados com essa experiência de vida, desde a chegada de alguém que conduz, ampara e empresta a sua visão”, ressalta a professora Jurema Kalua Vianna Potrich, integrante da equipe do CAP.
O cuidado com o cuidador O cuidado com a qualidade de vida e bem-estar dos educadores inspirou a criação do Projeto Mais Espaço. A Direção do Colégio Marista João Paulo II, localizado em Brasília, elaborou e implementou o Projeto ao observar a necessidade da aquisição de hábitos de vida mais saudáveis. A iniciativa possibilita que cada colaborador possa cuidar mais de si mesmo, equilibrando a mente, o corpo e o espírito. A essência do Projeto é o cuidado consigo e com os outros. Todas as atividades são desenvolvidas por colaboradores da Unidade, o que favorece o cuidado e a dedicação pelo próximo. Para o Diretor do Colégio, Ir. Claudiano Tiecher “é possível perceber a disseminação da ideia, incentivando o cuidado coletivo nas atividades
diárias. Quando nos sentimos cuidados e valorizados, automaticamente desenvolvemos uma habilidade para cuidar do próximo e valorizá-lo ainda mais”. As ações e atividades propostas pelo Projeto Mais Espaço promovem a qualidade de vida, a motivação e a satisfação dos educadores. As áreas de abrangência do Projeto são corpo, espírito, profissão e lazer. Cada uma das áreas oferece aos educadores ações específicas de cuidado. ● Corpo: integração por meio de atividades aquáticas, ginásticas, lutas, caminhadas e corridas, de forma responsável, sadia e orientada, melhorando a autoestima, a saúde e a qualidade de vida dentro e fora do Colégio. É oferecida estrutura para as refeições, acompanhamento de nutricionista, workshops, orientações individuais e em grupos, além do controle preventivo periódico de pressão arterial e medições corporais. ● Espírito: formação espiritual dos educadores por meio de catequese para adultos – em que se preparam para receber os sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma). Realização dos Retiros MarCha (Maria e Champagnat), Encontro AME (Agentes Maristas Evangelizadores) e o Projeto ConViver, que
propiciam aos educadores momentos de cultivo da espiritualidade, formação marista, integração e convivência. ● Profissão: cuidado com a formação profissional continuada, que incentiva a participação em cursos, workshops, encontros, palestras, entre outros eventos que visam à busca constante da melhoria e do aperfeiçoamento na área de atuação profissional. Ações de capacitações em diversas áreas no próprio ambiente do colégio – educação, alimentação e saúde, segurança escolar, sustentabilidade, educação financeira, atendimento, redes sociais e outros temas de interesse. Promovem também treinamentos e formação ao ar livre. ● Lazer: convênios de natureza cultural e de lazer, tais como cinema, teatro, restaurante, livraria, academia, parques infantis, espetáculos, etc., são oferecidos a fim de que os funcionários sintam-se incentivados a ter uma vida social e familiar interessante e motivada. Há também o Grupo de Futebol de campo que reúne educadores em jogos amistosos entre escolas do Distrito Federal. Criado e implementado no mês de abril de 2011, o projeto já reúne na sua trajetória resultados gratificantes. Segundo a Vice-Diretora Administrativa do Colégio,
O Retiro MarCha propicia aos educadores momentos de reflexão sobre seu projeto de vida. 5
Pastoral nas unidades Andrea Maria da Costa Pinto Pacheco de Andrade, “os educadores têm apresentado, visivelmente, melhoria na saúde, na autoconfiança e no desempenho de suas tarefas profissionais. Relatam que se sentem mais dispostos e mais conscientes da necessidade de uma alimentação equilibrada, da prática de atividade física semanalmente”. Para o encarregado pela manutenção do Colégio, Raimundo Nonato, “a atividade física de natação foi a realização de um sonho. Nunca havia nadado assim. Melhorou o meu desempenho profissional, pois estou trabalhando com mais entusiasmo, motivação e disposição. Eu consegui emagrecer muito, o que estava tentando há muito tempo e não conseguia. Me sinto muito feliz. O mais emocionante é a minha evolução. Meu desafio agora é a persistência e motivar outros para que façam parte do grupo”. O senso de cuidado é essencial para o êxito e a eficácia do Projeto e garante a continuidade das atividades e o envolvimento de todos os participantes, que buscam cuidar de si e dos outros.
O cuidado além dos muros Uma célebre frase do escritor Mário Quintana, diz que “somos todos anjos de uma asa só, e só podemos voar, se unidos uns aos outros!”. Essas palavras ilustram as vivências no Centro Social Marista, que tem o mesmo nome do autor. O Centro Social Marista Mário Quintana, em Gravataí (RS), atende um grupo de 130 educandos, basicamente formado por deficientes auditivos e ouvintes em situação de vulnerabilidade social. É um espaço onde o cuidado está presente na acolhida, na formação e na convivência diária. Para a Coordenadora do Centro Social, Berenice Saudt, “o Centro Social é espaço de pertencimento, de uma diversidade muito 6
grande, onde o cuidado com o outro está sempre presente”. Iniciativas e projetos desenvolvidos no Centro agregam princípios e valores na vida dos educandos, para que eles aprendam e se integrem na sociedade. De acordo com a necessidade formativa de cada atendido, são oferecidas oficinas e aulas de música, banda, dança, gourmet, teatro, esportes, taekwondo, consumo responsável, oficina de cidadania, informática e curso de libras. São iniciativas internas que preparam o educando a conviver da melhor maneira possível com a sociedade. Um dos projetos distribuiu placas de trânsito no pátio para possibilitar a familiarização e compreensão das sinalizações vigentes. É um lugar onde o cuidado, o zelo e a superação transcendem os muros do Centro Social, localizado em Gravataí. Como a mamãe com deficiência auditiva sabe que o bebê está chorando? Como uma pessoa com deficiência auditiva se comunica com a família por um telefone que não tenha o mecanismo de enviar mensagem? De que maneira um deficiente auditivo chama uma ambulância? Essas e outras dúvidas são
respondidas e explicadas no Curso de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), que o Centro Social Marista oferece para a comunidade, gratuitamente. Qualquer pessoa pode participar do curso, no entanto, têm prioridade na inscrição profissionais da saúde, educação, assistência social, educação física e psicologia. O curso é ministrado por uma professora com deficiência auditiva, dura de três a quatro meses e os participantes se reúnem uma vez por semana, no turno vespertino. O objetivo é mostrar para a comunidade que é possível amenizar diferenças se soubermos nos comunicar. Aparecida é de Contagem/ MG, e participou do curso que ocorreu neste ano. “O curso de Libras foi uma experiência surpreendente, foi excelente para a minha vida! Ampliou os meus conhecimentos e a minha capacidade de comunicação”, conta. Não é só o Centro Social que deve estar preparado para falar e conviver com pessoas com deficiência auditiva, a responsabilidade também é da comunidade. Deste modo, a intenção é preparar os participantes para que convivam e busquem a integração dessas pessoas.
Educandos do Centro Social Marista Mário Quintana vivenciam na prática ações de cuidado.
ESPECIAL
Nascidos para o cuidado “O cuidado é aquela sombra que nos acompanha e nunca nos abandona porque somos feitos a partir dele.” A citação do filósofo e poeta romano Horácio é um bom ponto de partida para abordarmos um tema que tem estado presente em nosso cotidiano, nas conversas, reflexões, discussões sobre o modo de ser e viver nos dias de hoje. Do cuidado com o corpo e com o espírito, com o próximo, com a família, com a saúde, com a alimentação, ao cuidado com as andanças pelas ruas, com o lar, com o trânsito, com os perigos das cidades e com o meio ambiente. O cuidado está presente em todas as dimensões da vida humana. É inerente à nossa existência e se revela não apenas em ações grandiosas, mas, sobretudo em pequenos gestos e atitudes. “O cuidado não se esgota num ato que começa e acaba em si mesmo. É
uma atitude, fonte permanente de atos, atitude que se deriva da natureza do ser humano.” O trecho é da mais recente obra do teólogo e escritor Leonardo Boff, O Cuidado necessário, em que ele aprofunda as reflexões presentes no livro anterior Saber Cuidar e retoma algumas formas de compreender o ato de cuidar. Boff ressalta dois significados preponderantes quando pensamos no cuidado enquanto atitude. O primeiro tem relação com os atos de desvelo, solicitude, atenção, diligência, o zelo que
devotamos a uma pessoa, a um grupo, e até mesmo a um objeto de estimação. Nessa perspectiva o cuidado mostra que o outro tem importância e nos sentimos envolvidos com a sua vida, com a sua existência. O segundo sentido deriva do primeiro. Ao existir o envolvimento afetivo, o cuidado assume o sentido de preocupação, inquietação, a perturbação em relação a quem devotamos nosso cuidado. A pessoa amada, alguém a quem estamos ligados por laços de fa7
ESPECIAL mília, amizade, proximidade, afeto, amor. Por meio do cuidado vínculos se estabelecem, nasce um sentimento mútuo de pertença. Acabamos participando da vida e dos acontecimentos daquelas pessoas que nos são caras. Não por acaso encontramos os sentidos de amor e amizade na origem etimológica da palavra cuidado. Em latim, significa cura, que foi a expressão usada na tradução da célebre obra do filósofo alemão Martin Heidegger, Ser e Tempo. Cura, por sua vez, em latim escrevia-se coera, expressão que se usava no contexto das relações humanas de amor e amizade.
Educar como expressão do cuidado O cuidado como sinal de amor, de zelo, de afeto, também está presente na essência da missão educativa Marista. “Na espinha dorsal da proposta Marista está presente o lema: educar é uma obra de amor. Ora, quem ama cuida”, lembra Irmão Evilázio Teixeira, Vice-Reitor da PUCRS, Doutor em Filosofia e Teologia. Ele retoma outros princípios presentes na proposta legada de São Marcelino Champagnat, como o próprio afeto e o espírito de família. “Marcelino Champagnat insiste em alguns pontos principais, que solicitam o empenho de todo o educador cuidadoso em formar o espírito dos seus alunos: cristianizar todo o ambiente da escola, entenda-se aqui também a Universidade, e impregnar todo ensino, do espírito cristão.” Cabe aqui lembrar que o cuidado está na base do Cristianismo e na missão que Jesus deixou para a humanidade: cuidar da vida em toda sua plenitude. O cotidiano das unidades maristas também está impregnado das dimensões de cuidado. O desejo de São Marcelino Champagnat para o seu Instituto era torná-lo
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lugar de cuidado de crianças e jovens, em especial dos menos favorecidos. O zelo do educador pelo educando, as amizades que despertam o desejo de cuidar uns dos outros, o cuidado com o ambiente físico e natural que esses espaços guardam. Nas escolas, unidades sociais, na universidade, no hospital, nas comunidades, fraternidades, nos centros de formação, onde houver vida e presença marista, há educadores-evangelizadores, e todos devem ser cuidadores por excelência. Para Ir. Evilázio, traços da nossa pedagogia também materializam o nosso jeito de cuidar. A pedagogia da presença, sendo
a presença mais diálogo que autoridade, a pedagogia da simplicidade, em que os dons de cada um são colocados a serviço, a pedagogia do trabalho e da constância como um elemento importante para chegar a bons resultados e na busca da plenitude da vida. “Ajudar os nossos alunos na sua busca pelo sentido da vida, da esperança, da solidariedade, da responsabilidade, da liberdade, da justiça, da consciência crítica, do trabalho criativo, da interioridade, da reconciliação e da paz” esses são os grandes desafios, afirma Ir. Evilázio, e devem estar presentes desde a nossa cotidianidade, ou seja, da “ordinariedade” do nosso dia a dia.
Educar é essencialmente um exercício de cuidar do outro.
Cuidado como compromisso na Vida Consagrada
Ir. Márian Ambrosio, presidente da CRB
O chamado à Vida Religiosa ou à vivência de outras vocações é também um exercício de cuidado consigo mesmo, na medida em que é necessária uma escuta atenta e cuidadosa ao coração e à alma. Depois de aceito o convite, realizada a entrega de si, é preciso cuidar da vocação, do apostolado, da missão assumida. “A Vida Religiosa tem seus olhos fixos em Jesus (cf. Hb 12,1-3), e isso faz uma diferença enorme em relação ao que se
compreende por cuidado, a quem nos referimos como sujeitos do cuidado, para onde olhamos em busca do modelo de cuidado”, ressalta a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Irmã Márian Ambrosio. O traço mais conhecido e amado de Deus é a vida em todas as suas formas, criar e cuidar da vida é a missão de Deus, de modo que, para a Vida Religiosa, o conceito de cuidado é missionário. “Ao mesmo tempo em que, inseridas/os no mundo que nos conclama ao cuidado pessoal, somos vocacionadas/os por Deus para cuidar de suas criaturas”, afirma Ir. Marián.
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ESPECIAL
CHAMADOS A CUIDAR DA VIDA O tema do 4°. Capítulo Provincial, Chamados a cuidar da vida, nos convida a refletir sobre o cuidado e agir a partir dele. A escolha do tema se deu mediante escuta às comunidades de Irmãos. “A partir dos assuntos sugeridos pelas comunidades, acreditamos que a dimensão do cuidado era a expressão que melhor congregava os desafios e perspectivas levantados pelos Irmãos”, explica Ir. Deivis Fischer, coordenador da Comissão Preparatória do Capítulo. O tema faz referência ao cuidado em comunidade, cuidado de si mesmo, cuidado com o outro e com todos os nossos interlocutores na missão: crianças, jovens, educadores, sociedade. “Inspiramo-nos na dimensão do cuidado que Deus tem por cada um de nós, é o ato de cuidar que perpassa as relações que estabelecemos com o mundo”, ressalta Ir. Deivis. Falar de cuidado também vem ao encontro do chamamento que o Superior-Geral do Instituto, Ir. Emili Turú, faz em sua circular Deu-nos o nome de Maria. Para construir o rosto mariano da Igreja, Ir. Emili ressalta a necessidade de manifestarmos uma atitude mariana, que se caracteriza por uma “atenção maternal às necessidades e aos sofrimentos dos homens, especialmente os mais simples”. Haverá uma expressão mais genuína do cuidado que a atitude materna?
{{Saiba mais}} bleia geral dos Irmãos Capítulo Provincial é a assem objetivos gerais e as priona qual são estabelecidos os ção para os próximos três ridades da atuação da Institui também se dá posse ao anos (2013-2015). Na ocasião Conselheiros Provinciais do Provincial e são escolhidos os s.org.br/capituloprovincial. triênio. Saiba mais em marista
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Desacelera-te Vivemos num mundo em que a rapidez e a aceleração assumem uma posição desproporcional em nossas vidas. Precisamos desacelerar, para cuidar melhor. Faz-me lembrar do chamado "Slow movement" ou movimento mundial de desaceleração. Trata-se de uma filosofia que vai contra a corrente do mundo moderno, desafiando um dos pilares da cultura global, a rapidez. No mundo da pressa, essa filosofia prega que façamos tudo no ritmo certo. Basicamente há dois modos de sermos no mundo: a) O modo de ser do trabalho. O modo de ser no mundo pelo trabalho se dá na forma de interação e de intervenção. O ser humano é um ser por natureza criativo. Não vive em uma sesta biológica com a natureza. Pelo contrário: intervém nela, procura conhecê-la, identifica suas leis e ritmos, tira vantagens dela e torna seu modo de viver mais cômodo. É pelo trabalho que faz tudo isso. Por ele constrói o seu habitat. Adapta o meio ao seu desejo e conforma seu desejo ao meio. b) O modo de ser do cuidado. A outra forma de ser no mundo se realiza pelo cuidado. O cuidado não se opõe ao trabalho, mas lhe confere uma modalidade diferente. Pelo cuidado não vemos a natureza e tudo que nela existe como objetos. A relação não é sujeito-objeto, mas sujeito-sujeito. A relação não é de domínio, mas de convivência. Não é pura intervenção, mas principalmente interação e comunhão. É de cuidado das coisas. Cuidar é estabelecer comunhão. O grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuidado. Eles não se opõem. Mas se compõem. Na verdade, dois terços da humanidade são condenadas a uma vida insustentável. Perdeu-se a visão do ser humano como ser-de-relações ilimitadas, ser de criatividade, de ternura, de cuidado, de espiritualidade, portador de um projeto sagrado e infinito. A mundialização é uma evidência. Menos evidente, porém, é que o mundo em rede esteja mais humano. O ser humano atingiu um limiar importante do desenvolvimento e aperfeiçoou as possibilidades de domínio da natureza, através das ciências e das tecnologias, mas parece ter perdido o controle das consequências dessa evolução, pois carece do senso de humanidade. Humanizar o mundo torna-se, portanto, uma questão crucial e decisiva para o destino do planeta e de seus habitantes. O ser humano precisa voltar-se sobre si mesmo e descobrir seu modo-de-ser-cuidado. Construímos o mundo a partir de laços afetivos. Esses laços tornam as pessoas e as situações preciosas, portadoras de valor. Ir. Evilázio Teixeira Vice-Reitor da PUCRS Doutor em Filosofia e Teologia
MISSÃO
Irmãos exercitam o cuidado nas comunidades eclesiais Desde 2011 a formação dos noviços de todo o Brasil ocorre em conjunto, no Instituto Marcelino Champagnat, em Passo Fundo (RS), e desde então desempenham uma importante missão na localidade. Os Formadores, Ir. Silfredo Klein, Ir. Rubens Falqueto e Ir. Tercílio Sevegnani, são responsáveis pelo acompanhamento de todos os jovens, oferecendo-lhes ajuda no discernimento para perceberem a vontade de Deus sobre si mesmos. Atualmente 20 Irmãos estão em processo de formação no Noviciado Interprovincial. Esta etapa formativa tem duração de dois anos, em que, além das aulas e momentos de formação, realizam um trabalho em comunidades eclesiais da cidade. Uma vez por semana os Irmãos Noviços se reúnem em duplas e se direcionam para comunidades da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. De acordo com a realidade e necessidade de cada bairro, promovem a primeira iniciação à catequese, crisma, acompanham catequistas da Paróquia, grupos de jovens, liturgia nas comunidades, assessoram retiros, encontros e visitas às famílias. Além disso, realizam trabalhos nos Colégios Maristas Conceição e Medianeira. De acordo com o Formador Ir. Rubens Falqueto, “essas são oportunidades que os Noviços têm de evangelizar e serem evangelizados. Experiências internas e externas que auxiliam na iniciação da Vida Consagrada de cada um”. O cuidado perceptível neste período de formação dos Irmãos se dá nas relações da vida comunitária, no diálogo fraterno e no contato com as comunidades.
Testemunhos da missão sob o olhar do cuidado pastoral
É uma alegria muito grande estar aqui na comunidade, para tornar Jesus Cristo conhecido e amado, é muito desafiador.
Irmão Daniel Carvalho de Jesus
Como criar uma cultura de cuidado nas famílias da comunidade? Penso que desempenhamos um importante papel de orientação, para que o cuidado nasça dentro de cada um e seja vivido por todos. Irmão Lucas José Ramos Lopes
Noviços ministram iniciação à catequese para as crianças da comunidade Rainha da Paz. 11
MISSÃO
Nessa comunidade não existia estrutura de Igreja. Foi um grande desafio trazer os jovens e se aproximar das famílias. Nos sentimos evangelizados pela comunidade. Irmão Dirceu Alves dos Santos Junior
A comunidade aceita a nossa presença. Viemos para ajudar. Irmão Edevaldo Francisco Grizza
Este grupo de jovens aprende nos encontros e consegue desempenhar ações importantes na comunidade. Está envolvido e engajado com as iniciativas da Igreja. Irmão Ronivom Luiz da Silva
Noviços em encenação no retiro de preparação para a Primeira Comunhão.
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Saiba mais sobre o Noviciado O Noviciado é uma importante etapa da caminhada que o jovem faz até se tornar Irmão. É a fase central da formação, em que se inicia a experiência da Vida Religiosa Marista, sendo este o momento em que ele recebe o título de Irmão, anteposto ao seu nome civil. A experiência no Noviciado proporciona momentos pessoais de oração, encontro com Cristo, formação institucional e humana, vida fraterna, apostolado e convivência com a comunidade.
DIRETRIZES
Há 200 anos, um jeito de cuidar da vida Rosângela Florczak, #ComunicaçãoMarista O Instituto Marista nasceu pela inspiração do cuidado. Quando o Padre Marcelino Champagnat, sacerdote da pequena paróquia de La Valla, no interior da França, atendeu, em outubro de 1816, o jovem Jean-Baptiste Montagne que, aos 16 anos e no leito de morte, nada sabia sobre Deus e os mistérios da fé, decidiu que era preciso ter pressa e fundar um Instituto, ligado à Sociedade de Maria, que se dedicasse, exclusivamente, a cuidar de crianças e jovens, por meio da educação. O revolucionário jeito de cuidar que marcou a história pessoal de Marcelino é, até os nossos dias, o compromisso que define a identidade da atuação marista em qualquer canto do mundo e em todas as áreas de atuação. O zelo com as pessoas, com a natureza e com a vida está impresso na biografia de Champagnat desde a sua infância. O cuidado que recebeu em forma de dedicação e formação no seio familiar serviu como referência fundacional para o sonho de um mundo justo e fraterno impregnado de fé que o moveu na construção de seu Instituto. Homem inquieto, Marcelino sempre preferiu agir a esperar. Era o cuidado em movimento. Desde o rebanho, ao qual se dedicou antes de ingressar no Seminário, até a construção de l`Hermitage, passando pelas aulas de catequese que ministrava voluntariamente no período de férias na sua juventude, pela atenção minunciosa com a vida dos Irmãos nas escolas paroquiais e pela luta por garantir a continui-
dade do Instituto após a sua morte, entre muitas outras circunstâncias, teve uma vida pródiga em exemplos da prática de cuidar. Em tempos nos quais a Igreja se debatia, institucionalmente, com intrincadas relações de poder e lutava para manter um lugar privilegiado e de controle, o fundador do Instituto dos Irmãos Maristas escolheu o caminho da simplicidade e da ação. Cuidar, para ele, era, fundamentalmente, trabalhar. Foi o amor ao trabalho que proporcionou os meios práticos para colocar em marcha o projeto de fé e de simplicidade, dando à Igreja um rosto semelhante ao de Maria, a Mãe de Jesus. Com o Instituto, Marcelino trouxe à tona, para a vida da Igreja, a dimensão do cuidado amoroso com as crianças e jovens. Um cuidado materno e paterno que não mediu esforços para construir. Dois séculos se passaram, e o mundo contemporâneo está repleto de Jovens Montagnes. A prática do cuidado continua sendo chamado emergencial, um jeito viável e possível de construir a utopia da justiça e da fraternidade que embalou o sonho de Marcelino. Bem mais do que característica de uma bela história para contar, a prática do cuidado é traço da identidade e jeito de ser de todos aqueles que se comprometem com a Missão Marista. Um desafio complexo que se coloca todos os dias na história daqueles que continuam a trajetória do jovem padre camponês que revolucionou o jeito de evangelizar. 13
A missão de cuidar de jovens “PJM é o meio privilegiado para a evangelização (...), portanto desejaria que os Maristas de Champagnat pudessem ser reconhecidos como ‘especialistas em PJM’. Talvez o objetivo possa ser meio ambicioso; mas não o será se em todas as Unidades houver um esforço para fazer nascer ou continuar desenvolvendo a PJM.” Ir. Emili Turu (Doc. Evangelizadores entre jovens, 2011, p. 11). Por acreditar nas palavras do Superior-Geral e compreender a importância da Pastoral Juvenil Marista (PJM), a Equipe Provincial da PJM colocou a formação continuada de assessores e animadores entre as prioridades deste ano. Um exercício de cuidado com aqueles que animam e acompanham os jovens que escolhem fazer parte da PJM. O Curso de Animadores e Assessores ocorreu em três etapas e procurou qualificar a vivência grupal e refletir sobre os projetos de vida de cada animador/a e assessor/a. “Sem dúvida, esta foi uma forma de cuidar de quem cuida, cuidar dos grupos de jovens da PJM, e de quem os acompanha”, conta a Assessora Provincial da PJM, Karen T. Silva. De março a setembro, os assessores e animadores foram convidados a refletir sobre suas dificuldades no acompanhamento dos grupos. Foram trabalhadas questões da metodologia pastoral, do acompanhamento e espiritualidade com os assessores, acompanhamento grupal, metodologia pastoral e vivências grupais com os animadores. Os cursos tiveram a duração de 27 horas e contaram com a presença de mais de 30 assessores e 100 animadores. Um dos trechos presentes no Caderno de Registros, entregues na primeira etapa do curso, resume a essência dos encontros: “um processo pastoral é verdadeiro processo quando responde às necessidades dos seus interlocutores, é autêntico quando consegue capacitar os seus cuidadores para acompanhar o processo e demonstra maturidade quando respeita o protagonismo dos envolvidos no processo”. Este é o horizonte que se busca alcançar a partir da formação continuada de assessores e animadores. A fala deles mostra que se está no caminho certo!
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Sem dúvida, adquiri muito conhecimento sobre a mística e como lidar com o grupo e isso foi ótimo. Fortaleci também o meu conhecimento pessoal e espiritual e por consequência reformulei minhas ideias. Creio que os desafios são imensos, mas nada que os meus assessores não possam me ajudar. Bruno Pereira Animador do Centro Social Marista Boa Esperança
Pensar em pastoral Juvenil Marista é pensar como agir pastoralmente (cuidando). Acredito que com estes encontros nos fortalecemos para esta missão. Adquiri mais confiança neste ‘novo andar’ não reformulei, apenas fortaleci a minha crença no protagonismo juvenil e na importância do acompanhamento. Com uma metodologia simples, mas sempre desafiadora, os conteúdos deram um horizonte/norte para os novos desafios da PJM. Janaina Guimarães Assessora da PJM do Colégio Marista Santa Maria
em rede
Confira ações pastorais que marcaram o segundo semestre das Unidades Maristas. Educandos da Casa Marista da Juventude (Porto Alegre/RS), em homenagem ao Dia dos Pais, presentearam seu pai ou responsável com um cartão confeccionado por eles. A programação contou também com danças e cantos.
Em celebração ao Mês da Bíblia, o Colégio Marista Ipanema (Porto Alegre/RS) promoveu uma semana de estudos, com a releitura de histórias bíblicas, oração, jogos e cantos. A PJM acompanhou algumas turmas.
Motivados pelo tema Chamados a cuidar da vida, os educadores do Colégio Marista Medianeira (Erechim/RS) vivenciaram momentos significativos de cultivo pessoal e de integração, no retiro de formação.
No mês de setembro o Centro Social Marista Irmão Antonio Bortolini (Porto Alegre/RS) também promoveu diversas atividades referentes à Bíblia e seus ensinamentos.
Educandos e educadores da Escola Marista de Educação Infantil Renascer (Porto Alegre/RS) participaram de uma celebração em honra ao mês da Bíblia. O momento de oração possibilitou reflexão sobre a importância da Bíblia na vida de todos.
Também em sintonia com o mês da Bíblia, a Escola Marista de Educação Infantil Tia Jussara (Porto Alegre/RS) promoveu a ação contação de histórias Bíblicas, oportunizando aos educandos momentos prazerosos no ato de ouvir as histórias de Jesus, para conhecê-lo melhor e amá-lo cada vez mais.
Momento de diálogo e reflexão sobre as escolhas de vida e os sinais do chamado de Deus marcaram o Encontro de Convívio, promovido no Colégio Marista Sant’Ana (Uruguaiana/RS). Com o tema Vocação, fé e vida, o Encontro reuniu estudantes do Ensino Médio, no mês das Vocações. 15
CHAMADOS A CUIDAR DA VIDA
4° CAPÍTULO PROVINCIAL DA PMRS 10 a 14 de dezembro Veranópolis O Capítulo Provincial é uma assembleia que reúne Irmãos para definir os rumos da Província nos próximos três anos. É tempo de discernimento e reflexão que, nesta edição, celebra o cuidado com todas as dimensões da vida.