PUBLICAÇÃO SEMESTRAL DA COORDENAÇÃO DE PASTORAL DA REDE MARISTA RS | DF | AMAZÔNIA - ANO 4 - NÚMERO 7 - 2013
e d e r m e s ó N
A força das juventudes Os jovens já são mais de 20% da população brasileira. Na história Marista, tiveram papel definitivo, impusionando Champagnat a fundar o Instituto Páginas 6 a 9
CONHEÇA PROJETOS DE UNIDADES MARISTAS QUE ESTIMULAM O PROTAGONISMO JUVENIL Páginas 4 e 5
POR QUE VIVER EM GRUPO? SAIBA MAIS SOBRE A METODOLOGIA QUE MOVE A PJM Páginas 12 e 13 1
NÓS ACREDITAMOS
COOrdeNAÇÃO de PASTOrAL
Celebrar e impulsionar o protagonismo juvenil Esta edição do Nós em Rede chega para nos ajudar a ampliar entendimentos e conceitos sobre protagonismo juvenil, assim como instigar-nos a conhecer e estudar este tema que vem ao encontro ao principal interlocutor de nossa Instituição. Tema que ocupa um lugar especial e prioritário no carisma marista. Nas próximas páginas, você terá um encontro com exemplos de ações realizadas em nossas Unidades, assim como conceitos e perspectivas juvenis, que compõem a matéria central. Na editoria Pastoral nas Unidades, projetos e ações concretas que são desenvolvidos em duas de nossas Unidades, Colégio Marista Imaculada e o Centro Social Marista Santa Isabel. Já os Jovens Irmãos contam, na editoria Missão, suas experiências de vida como jovens religiosos. Nas Diretrizes o coordenador da Pastoral Juvenil Marista (PJM), José Jair Ribeiro, ressalta duas atitudes fundamentais, o respeito e o cuidado, no artigo A arte de ser presença significativa com os jovens. A editoria PJM vai contar como a metodologia das vivências grupais é um espaço propício para o desenvolvimento do protagonismo, tema abordado no Encontro Provincial de Animadores e Assessores. Que possamos não só divulgar ações que acontecem neste viés, mas impulsionar para o protagonismo de fato! Como Maristas de Champagnat, que possamos trilhar estes caminhos com e pelos jovens! Ir. Dionísio Rodrigues Gerente da Coordenação de Pastoral
eXPedIeNTe Informativo da Coordenação de Pastoral da Rede Marista (RS | DF | Amazônia) Ano 4 - Nº 7 - 2013 Gerente Ir. Dionísio Rodrigues equipe responsável Karen Silva, Jaqueline Debastiani, José Jair Ribeiro, Laura Aparício, Marcos J. Broc, Miriam Quarti da Silveira Comentários e sugestões pastoral.pmrs@maristas.org.br
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Produção: Comunicação Corporativa Textos e edição: Letícia de Castilhos e Lidiane Amorim Fotos: Arquivo Coordenação de Pastoral, Unidades Maristas e Assessoria de Comunicação da PUCRS diagramação: Design de Maria revisão: Ir. Salvador Durante Jornalista responsável Rosângela Florczak (DRT 4862/94)
“Cremos no protagonismo juvenil que transcende as diversidades na luta por uma sociedade justa, solidária e fraterna. Cremos no espírito transformador e criativo da juventude que, no amor e na esperança, alimenta seus sonhos.” (Trecho do Credo da Pastoral Juvenil Marista) Os jovens são os primeiros evangelizadores dos próprios jovens. A fé consciente e encarnada das juventudes pode transformar a realidade circundante, o Brasil e o mundo. Está em nosso DNA, como Maristas, a opção pelo protagonismo. Ainda muito jovem, nos seus 27 anos, São Marcelino Champagnat sonhou com uma sociedade de Irmãos e desencadeou um processo de formação da juventude que persiste até os dias de hoje, com frutos evidentes. Há bonitos processos de protagonismo juvenil desencadeados em instituições escolares, nas unidades sociais, universidade, em organizações da sociedade civil ou em lugares onde se reúne a juventude. Uma verdadeira revolução está acontecendo, e isso fica evidente também nas manifestações que aconteceram, em junho deste ano, em todo o Brasil. “O movimento teve início com protestos contra o aumento das passagens em várias capitais e expandiu-se para outras regiões e para outras pautas (não à PEC 37, mais investimentos para a educação, para a saúde e para o transporte público, investigação sobre os gastos públicos, transformação da corrupção em crime hediondo, auditoria das dívidas públicas, reforma política, etc.). De modo especial, os jovens têm se constituído como um dos segmentos mais ativos nas articulações e nas diversas manifestações. Isso representa um processo importante para a formação política dos jovens, pelo seu engajamento com as questões sociais” (Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS). Quando falamos de protagonismo juvenil estamos falando de um processo pedagógico a ser vivido junto com a juventude, e que leva o jovem a assumir a sua identidade e a inserir-se na história social como sujeito e não mero cumpridor de ordens de outros. Sujeitos em lutas concretas e em espaços onde as Juventudes sejam “autoridade”, isto é sujeitos de transformação, construindo sua identidade, sua personalidade integral, construindo-se e fazendo construir suas várias dimensões.
SUmÁrIO
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PASTOrAL NAS UNIdAdeS / CONHEÇA COMO DUAS UNIDADES MARISTAS MOTIVAM E DESENVOLVEM O PROTAGONISMO JUVENIL
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mISSÃO / JOVENS IRMÃOS ENTRE OS JOVENS DA AMAZÔNIA
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eSPeCIAL / DIMENSÕES DAS JUVENTUDES E O DESAFIO DE COMPREENDÊ-LAS PARA CAMINHAR JUNTO
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PJm / VIVÊNCIAS GRUPAIS, O CORAÇÃO QUE MOVE A PJM
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dIreTrIZeS /ARTIGO ABORDA O DESAFIO DE SER PRESENÇA SIGNIFICATIVA
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em rede / IMAGENS DA AÇÃO EVANGELIZADORA NAS UNIDADES MARISTAS 3
PASTOrAL NAS UNIdAdeS
Protagonismo que leva adiante o sonho de Champagnat “O papel protagonista da juventude deve tornar-se realidade, em primeiro lugar, no próprio ambiente juvenil”. O trecho do documento Evangelizadores entre os jovens (2011) lembra que o protagonismo deve começar onde os jovens estão. Confira como duas unidades maristas incentivam, cultivam e vivenciam o protagonismo juvenil
Plantar a semente é assumir o compromisso Abraços de acolhida, olhares atentos com o outro e com o meio ambiente são responsabilidades dos guardiões da paz, no Colégio Marista Maria Imaculada, de Canela. O grupo de alunos tem a missão de promover a paz no ambiente escolar por meio de pequenos gestos. O projeto é desenvolvido com estudantes do Nível 1 ao quinto ano, desde 2011, e já apresenta resultados. “Percebemos que eles, mesmo muito pe-
quenos, já se sentem responsáveis pelas suas atitudes”, conta a Coordenadora de Turno e de Pastoral, Dionéia Castilhos. No Ensino Fundamental, o Greminho Estudantil, demonstra o espaço que os alunos têm, desde pequenos, para implementar ideias e contribuir com a gestão da escola. A atual presidente, Luisa Zilio, está no sexto ano e também compõe o grupo dos Amigos Ajudando o Planeta (AAP), criado por seis estudantes do Colégio. “A gente se espelhou em Champagnat. Ele ajudava as pessoas
Desde maio, os grupos AAP e UPT fazem parte da ação Tribos nas Trilhas da Cidadania, promovida pela ONG Parceiros Voluntários 4
sem esperar nada em troca, e a gente também faz isso”, explica Sophia Polo, de 11 anos. O grupo se reúne no turno inverso da aula e já liderou campanhas de arrecadação de alimentos, agasalhos, rações para animais abandonados e sugeriram a instalação de mais lixeiras seletivas no pátio do Colégio. O cuidado com o meio ambiente também inspirou a criação do grupo Unidos para transformar (UPT), formado por estudantes do quinto ano, que visa melhorar o mundo por meio de ações de solidariedade. É por meio desses e outros projetos que a escola desenvolve o protagonismo dos estudantes. Entre os adolescentes, a visita ao Hospital de Caridade de Canela é uma das ações idealizadas pelos próprios alunos e realizada em parceria pela Pastoral Juvenil Marista e Grêmio Estudantil. Uma vez por mês eles transformam a rotina do hospital, contando histórias, cantando, tocando músicas para os pacientes, entre outras atividades planejadas por eles. “Ver a alegria das pessoas hospitalizadas nos deixa feliz também”, conta Emílio Fogaça, aluno do 3º ano do Ensino Médio. Exercitar o que se aprende em sala de aula também é foco das iniciativas. É o caso do projeto Doe vida, que alia ensinamentos de biologia com experiências vivenciais que mobilizam toda a comunidade educativa para captação de doadores de sangue. Enquanto a Educação Infantil elabora os cartões de agradecimentos para quem participar, os estudantes do Ensino Fundamental convidam novos doadores, e os jovens do Ensino Médio realizam a acolhida.
A Assembleia reúne anualmente os educandos do Centro Social
Desde 2000 a ação faz parte do calendário escolar, e o número de doadores supera as expectativas a cada edição. Os jovens do Colégio também estão engajados no projeto Agita Marista, que une educadores, educandos e famílias em ações solidárias. A Casa Lar, que abriga menores abandonados ou vítimas de maus-tratos, é uma das entidades beneficiadas pelo projeto. Os voluntários transformaram uma das salas do abrigo em uma mini brinquedoteca e biblioteca. Dessa forma, o Colégio vem criando espaços e condições que estimulam a reflexão, a iniciativa, a ação das crianças e jovens. A vice-diretora, Fabiane Kohler, afirma que ao estimular o protagonismo infantil e juvenil o Colégio visa à formação de cidadãos atuantes e capazes de realizar profundas transformações no meio em que vivem, reforçando seu compromisso com a evangelização. “Os valores deixam de ser conceitos ideais ou abs-
tratos, e passam a ser vivenciados em sua mais pura essência”, ressalta Fabiane.
Onde o jovem tem voz Promover a participação e o envolvimento dos jovens foram alguns dos objetivos que inspiraram a criação da Assembleia de Educandos, promovida pelo Centro Social Marista Santa Isabel, localizado na região do bairro Rubem Berta de Porto Alegre. Realizada duas vezes por ano, a atividade é um estímulo ao protagonismo, à formação de lideranças, ao exercício da cidadania, e desenvolve habilidades de escuta e negociação. Na primeira assembleia, são acolhidas as contribuições dos jovens e, na segunda, o Centro Social apresenta as melhorias que foram atendidas. A pauta é elaborada com a escuta a todos os estudantes que têm oportunidade de elaborar sugestões e críticas sobre as atividades e estrutura do Centro. As turmas também elegem seus
representantes, que irão compor a mesa diretiva da Assembleia. “Aqui o protagonismo é incentivado através da escuta, abrindo espaços de conversa com os jovens”, conta a educadora Rosinete de Souza, que integra a equipe organizadora da Assembleia. É um exercício no qual educandos e educadores podem dialogar e realizar juntos encaminhamentos com o objetivo de melhorar o Centro Social Marista e consolidar valores e atitudes éticas. “A Assembleia é um espaço democrático, onde os educandos podem exercer a cidadania e exercitar atitudes que podem inspirar suas ações na família, comunidade e futuros empregos”, afirma o educador Tiago Martins. Existe um compromisso do Centro Social em dar retorno aos jovens, sobre todas as solicitações recebidas. Após a Assembleia, todos os pontos são levados para a reunião pedagógica dos educadores que, juntos, se organizam para atender às solicitações, fortalecer os pontos positivos e tentar reverter as questões negativas. Desde 1997, o Centro Social realiza atividades socioeducativas para os cerca de 200 educandos que o frequentam no turno inverso ao do colégio. Entre as principais atividades realizadas está a que permite aos educandos pensar sobre seu projeto de vida, a partir das dimensões individual, familiar e social. “Essa é a oficina que eu mais gosto! Construir o projeto de vida está me fazendo pensar em como eu sou e o que eu quero para minha vida”, afirma Jéssica, de 15 anos. A elaboração do projeto de vida objetiva fomentar nos educandos o desejo de gerar mudanças nas suas vidas e no meio em que vivem. Este é um dos principais eixos de atuação da Unidade: buscar fortalecer os valores, responder aos princípios da educação integral, e, assim, motivar os educandos a exercer o protagonismo como meio de alcançar sonhos e fazer a diferença. 5
mISSÃO
Jovens entre os Irmãos
Encontro de formação com grupos de jovens no Distrito Marista da Amazônia
“Durante as férias como seminarista, Marcelino se valia de todas as oportunidades possíveis para encontrar-se com os jovens e falar-lhes do amor infinito que Deus sentia por eles”. Esse trecho da história de São Marcelino Champagnat, relatado no documento Evangelizadores entre os jovens (2011), muito tem a ver com estágio apostólico vivenciado por quatro jovens Irmãos da Rede Marista. A experiência missionária vivenciada pelos Irmãos Fabrício Basso, Jader Henz, José Bittencourt e Neimir Mentges, responde ao apelo do 21º Capítulo Geral, de lançar-se em novas terras. Além disso, o Encontro Nacional de Jovens Irmãos, ocorrido em 2012, também desafiou todos os participantes a fazerem uma experiência de missão no Distrito Marista da Amazônia (DMA). Em janeiro deste ano, Ir. Fabrício e Ir. Jader rumaram a Tabatinga (AM) e Ir. José e Neimir a Tarauacá (AC). Além do convívio em comunidade, visitaram famílias e trabalharam com crianças e jovens das regiões nas quais os Irmãos do Distrito já atuam. “É muito marcante ver o trabalho que os Irmãos Maristas vem 6
fazendo no DMA. A realidade do povo mudou muito com essa significativa presença”, conta Ir. Jader. Mesmo em cidades diferentes, os dois estágios têm em comum as experiências vivenciadas numa realidade geográfica e cultural muito diferente da que os jovens Irmãos estão habituados. “O povo de lá tem muita fé, é muito receptivo, acolhedor, solidário e são muito abertos à conversa”, afirma Ir. Jader. “Conhecemos famílias com 10, 12 pessoas, que moram numa pequena casa, dormindo em todos os cômodos”, relata Ir. José. Situações como essas geraram reflexões e alguns questionamentos. O Ir. Fabrício conta que, por vezes, se perguntou “qual seria a atitude de Jesus no meio das crianças? Qual a partilha que Jesus faria ali?”. Muitas atividades foram realizadas junto aos jovens das localidades. “Jovem é jovem em qualquer região do Brasil, do Sul, do Norte, Nordeste. Eles têm expectativas, anseios e desejos”, analisa Ir. Neimir. “Eu acredito que o testemunho do Irmão, como protagonista da sua vida, ajuda os jovens a construírem o
seu projeto de vida. Por isso, conversamos muito com ele, partilhamos experiências”, conta Ir. José Bittencourt. Após dias de conversas e encontros, os Irmãos Jader e Neimir conseguiram formar seis grupos de jovens em Tarauacá. Convidaram aqueles que já tinham experiência de grupos da Igreja para serem os Assessores e promoveram uma oficina de formação para Animadores, dos jovens e adultos que manifestaram interesse. Com a união, um dos grupos quer lutar por escolas, outro por estradas. Ir. Neimir conta que recebeu, há pouco tempo, uma mensagem de uma das jovens relatando que o grupo continua se reunindo, que estão contribuindo com a Paróquia, e que foram os responsáveis por organizar a procissão de Páscoa na comunidade. Os Irmãos Jader e Fabrício também tiveram retorno dos jovens de Tabatinga. “O fato de estarmos lá motivou alguns jovens a continuarem o trabalho de visitas”. Eles receberam a seguinte mensagem de um dos jovens: “montamos um grupo de visita às famílias e vamos brincar com as crianças uma vez por semana. Todo sábado, depois da catequese, faremos um momento de descontração com as brincadeiras que vocês nos ensinaram. Se vocês puderem me mandar sugestões de dinâmicas, ficaremos muito agradecidos!”. Relatos como esse mostram que os jovens Irmãos fizeram a diferença na comunidade onde permaneceram inseridos por cerca de um mês. “Vemos que fizemos a diferença para eles, por mais que tenhamos passado pouco tempo lá. Mas acredito que para nós a diferença foi muito maior”, ressaltam.
CONHEÇA OS JOVENS IRMÃOS E SAIBA O QUE ELES PENSAM SOBRE O PROTAGONISMO JUVENIL
Ir ao encontro dos que mais precisam é exercer o protagonismo na sua essência. Ser protagonista é fazer a diferença onde se está. De nada adianta eu, como Irmão, ser protagonista, desenvolver um bom trabalho, vivenciar bem a minha missão, se isso não faz com que os jovens sejam fortes e se vejam protagonistas também. Ir. Fabrício Basso | 26 anos, de Palmitinho (RS) Atualmente atua como facilitador de comunicação no Colégio Marista Santa Maria (Santa Maria - RS)
Eu vejo o protagonismo, como a pessoa que se coloca à disposição para fazer e/ou realizar algo. Ir. Jader Henz | 23 anos, natural de Campinas das Missões (RS) Atualmente é Agente de Pastoral e Assessor da PJM do Colégio Marista São Luís (Santa Cruz do Sul - RS)
Protagonismo para mim é ser o personagem principal das escolhas que se faz. Ir. José Bittencourt | 23 anos, natural de Júlio de Castilhos Atualmente é Agente de Pastoral do Centro Social Marista Boa Esperança (Santa Cruz do Sul - RS)
O jovem protagonista é aquele que dita a sua própria história. Deve ser constante na nossa caminhada, como Irmãos. Ir. Neimir Mentges | 23 anos, natural de Campina das Missões Atualmente é Agente de Pastoral e Assessor da PJM do Colégio Marista Santa Maria (Santa Maria - RS)
Ação apostólica junto a crianças e jovens marcou a ida dos Irmãos para a Amazônia 7
mente nos espaços onde são definidas as políticas públicas. Criado há pouco mais de um ano, o Observatório tem como principal objetivo a pesquisa e o monitoramento das questões sobre juventudes, possibilitando subsídios, dados e informações para a Rede Marista. “As pesquisas servem tanto para questões internas da Rede Marista, como subsídio para a evangelização e educação dos jovens, e também para a criação de políticas públicas, que vão além da atuação da Rede Marista em escolas, centros sociais e a universidade. É uma maneira de contribuir socialmente”, afirma o assessor do Observatório, Maurício Perondi.
Eles são a maioria. #sonhos #pluralidade #protagonismo Conforme dados do último censo demográfico, realizado em 2010 pelo IBGE, o Brasil atingiu o maior número de população jovem da história do país, desde 1872. Atualmente, são 51,3 milhões de jovens, o que equivale a 24% da população brasileira. Diante desses números, é compreensível e necessário que a juventude passe a ser um tema na pauta de inúmeras instituições e movimentos
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No Observatório de Juventudes, está em andamento a pesquisa Perfil sócio-econômico-cultural e crenças dos jovens universitários, com até 29 anos. O estudo, reconhecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é realizado em conjunto com as Faculdades de Educação e de Serviço Social da PUCRS. A primeira etapa foi quantitativa e teve a participação de 4.970 jovens. A segunda fase será qualitativa, por meio de grupos de discussão sobre os temas relevantes aos objetivos da pesquisa, entre eles, afetividade e sexualidade, crenças e práticas religiosas, projetos de futuro e profissão, formação, entre outros.
Estatuto da Juventude, um marco histórico
eSPeCIAL
No contexto eclesial, por exemplo, os jovens são tema central desde 2006 e 2007, quando duas Assembleias da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) abordaram o tema. Do ponto de vista das políticas públicas, no âmbito social e político, o debate começou em 2004 e 2005, com a articulação da Secretaria Nacional da Juventude, que até então não existia, o Conselho Nacional de Juventude e o Plano Nacional da
Pesquisa em andamento no Observatório Juventudes
Juventude. Pela primeira vez, na história do país, passaram a existir políticas pensadas para os jovens. Até então, apenas iniciativas isoladas eram realizadas, sem o respaldo da legislação brasileira. Neste contexto, a Rede Marista, que tem, em seus apelos fundacionais, o jovem em um lugar central, ao lado das crianças, vem fortalecendo as iniciativas que sempre foram desenvolvidas e investindo em novas ações. Um dos
importantes projetos surgidos nos últimos anos é o Observatório Juventudes, iniciativa conjunta da Coordenação de Pastoral da Rede Marista com o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS. A concepção do Observatório também atende a um dos apelos do 21º Capítulo Geral, que conclama o Instituto Marista a converter-se em peritos e defensores dos direitos das crianças e jovens, de maneira valente e profética, especial-
Estatutos são uma espécie de carta de direitos, que contribuem para nortear políticas públicas. O Estatuto da Juventude, que favorece uma série de direitos aos jovens de 15 a 29 anos, foi aprovado no dia 16 de abril e sancionado em 5 de agosto deste ano, após nove anos de tramitação. Entre as garantias que o documento agrega na vida dos jovens brasileiros, algumas delas são: transporte público gratuito, meia passagem nos transportes interestadual e intermunicipal, além de descontos em ingressos para eventos culturais. “A aprovação do Estatuto da Juventude é um passo muito importante para olhar os jovens como sujeitos de direitos e não mais como problema, como portadora de uma pauta de políticas públicas próprias e não mais à mercê de decisões somente partidárias. Enfim, é um marco decisório para todas as juventudes do Brasil”, explica o coordenador do Observatório Juventudes, José Jair Ribeiro. Maurício Perondi, Analista de Pastoral e integrante do Observatório, complementa afirmando que o Estatuto proporcionará que o jovem cresça de 9
Animadores da PJM, durante a Missão Jovem Marista, vestem avental simbolizando a atitude de fazer a diferença e de se colocar à serviço da construção do Reino de Deus
uma forma sadia, “pois o jovem ainda é visto como problema na sociedade”. Para Raquel Pulita, o importante é que o Estatuto ganhe vida e passe a pautar e provocar mudanças e ações na sociedade. “O Estatuto da Juventude é um movimento importante, um documento que por muitos anos vem sendo estudado, trabalhado e vem construindo uma história. Mas precisamos ter alguns cuidados, para que tudo que esteja previsto, consiga ser vivenciado na prática por todos os jovens do país”.
Projeto de vida é o caminho que revela o protagonismo Raquel Pulita, Assessora de Comunicação na Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), é reconhecida por ser defensora das questões juvenis e possui forte ligação com a Pastoral da Juventude. Mais do que isso, é exemplo de pessoa que acredita na construção do projeto de vida dos jovens como forma de fortalecimento do protagonismo. A história de vida de Raquel é totalmente voltada para as causas e ideais das juventudes. Atualmente, atua como assessora 1010
PrOT
AGONISmO
PROVÉM DE PROTOS, QUE EM LATIM SIGNIFICA PRINCIPAL
AGONISTES, QUE QUER DIZER LUTADOR
dos jovens da Pastoral Juvenil do Distrito Federal, e destaca que o protagonismo juvenil é fruto da clareza do projeto de vida dos jovens. “No momento em que eu consigo conversar com os jovens sobre o seu projeto de vida, eu consigo entrar na questão do protagonismo. Eu acredito que a partir do momento que eles têm clareza do momento de vida, dos momentos tristes, alegres, dos sonhos e convicções, eles conseguem desempenhar o protagonismo nos seus espaços”. Raquel usa a pipa, ou pandorga, como metáfora para ilustrar o que acredita. Para ela, a parte colorida, que fica mais ao alto, são os sonhos. A estrutura, que permanece nas mãos e por meio da qual se desenrola a linha, são os valores e os momentos marcantes de vida. E a
rabiola, que dá movimento para a pipa, representa as ações que devem ser feitas para atingir os sonhos. Essa ligação alia os sonhos à história de vida de cada um. “É esse o caminho que a gente faz, para se descobrir protagonista”, explica.
Conhecedores de causa Raquel Pulita e Mauricio Perondi, entrevistados nesta edição do Nós em Rede, destacam-se não apenas por sua atuação, mas também por suas histórias de vida, por serem, essencialmente, protagonistas de sua história. “Minha trajetória enquanto jovem, ajudou a construir o que eu sou hoje. Inclusive, a me preparar para o acompanhamento e assessoramento dos jovens”, conta Raquel Pulita. Ela é natural de Caxias do Sul, e desde muito cedo se
envolveu com as atividades da Igreja. Aos 13 anos já participava do grupo de jovens. Integrou a Coordenação Paroquial da Pastoral da Juventude em Caxias do Sul, e da Diocese. Representou a Diocese na Coordenação Regional Sul 3 da CNBB. Com 22 anos, integrou a Secretaria Regional da Pastoral da Juventude. Viajava por todo o Estado para visitar e conhecer os jovens com o objetivo de articular a Pastoral da Juventude. A experiência desenvolvida de 1999 até o início de 2002 possibilitou aprender a conviver com culturas, pessoas e espaços diferentes. “Viajar o estado inteiro, se reunindo com os jovens, que têm uma cultura diferente da sua, me proporcionou descobertas muito legais”. Ela também trabalhou no Centro de Juventude, na Pastoral Universitária do Estado (CNBB) e na Cáritas. Foi uma das fundadoras da ONG Trilha cidadã, de São Leopoldo, que desenvolve projetos com os jovens no âmbito da evangelização, e também na esfera social. Maurício Perondi, natural de Santa Catarina, também é exemplo de jovem protagonista de sua vida. Desde adolescente participou dos grupos da Pastoral da Juventude Estudantil (PJE). Tornou-se assessor estadual e também integrou Coordenação Nacional como representante do seu Estado. Por três anos fez parte da Assessoria Nacional da PJE. Acompanhou, como assessor, grupos de movimentos juvenis e estudantis. “Consegui mesclar as questões práticas, de estar junto aos jovens, com a dedicação ao estudo das juventudes”, comenta. Na sua dissertação de mestrado investigou o aprendizado que os jovens possuem nos grupos, e na tese de doutorado ampliou a temática sobre juventudes e sua participação social. Atualmente, integra um grupo internacional de pesquisa sobre juventudes, do qual é o representante do Brasil. “O protagonismo ajuda o jovem a se descobrir.
JOVENS PROTAGONISTAS HOJE? Hilário Dick* Embora seja uma conquista da juventude e de cada jovem, o vigor do protagonismo juvenil depende, também, de certos contextos. Assim como a juventude atual é mais livre, ela também nasceu num contexto mais “libertário”. Ao mesmo tempo, contudo, essa mesma juventude sofre uma manipulação ímpar na história. A técnica das comunicações, com todas as suas conquistas, tem condições de oferecer, sempre mais coisas e oportunidades, mas oferece igualmente situações que não ajudam (ou ajudam pouco) a criatividade e a liberdade. Tudo vem feito, de cima para baixo. Temos uma sociedade e uma juventude envolvida numa parafernália de comunicações que carrega consigo, também, cargas e mais cargas de isolamento. Não é por nada que a doença do futuro será a depressão. É falta de encontro com as pessoas. O protagonismo tem tudo a ver com empoderamento, com autonomia, mas precisamos ter consciência que todas estas qualidades não são “dadas”; devem ser conquistadas. O grande instrumento de conquista de autonomia, empoderamento e protagonismo é a organização. A organização vai além da massa; a organização exige povo. Se há um gosto (meio estranho) de ser massa, de encontrar-se perdido na multidão (de ser objeto), o que está em jogo é a descoberta do prazer de ser povo (de ser sujeito). O que vimos em junho de 2013, em todo o Brasil, foi massa nas ruas, sem organização. Organização tem tudo a ver com pessoas que se reúnem para discutir, conviver, planejar, pensar em conjunto. O que temos visto muito, neste junho de 2013, foi um individualismo coletivo; não uma coletividade organizada. As movimentações de junho de 2013 nos confirmaram que uma das características da juventude de hoje é a vivência grupal, o grupalismo, mas não a vivência de grupo. Talvez uma das grandes conquistas da juventude de hoje seja, realmente, a vivência grupal. Esta, contudo, será frustrante se não se transformar em vivência de grupo. Arrisco-me a dizer que todo esse espírito de “redescoberta” vai unido à “redescoberta” da dignidade juvenil. Um dos grandes gritos dos milhões de jovens nas ruas é contra o desrespeito na educação, na saúde, no uso do capital, no uso dos bens, no direito de locomoção, na participação do espaço político e social (também nas igrejas), no uso do corpo e da liberdade, no direito de ser jovem. Não é isso que está presente quando se vê uma “Campanha contra o Extermínio da Juventude”? Esse desrespeito relaciona-se, portanto, com a manipulação. A novidade da “redescoberta da dignidade juvenil” vai sendo empurrada por outra “descoberta” invisível, mas real: o poder do sagrado. Mas ainda: a “redescoberta” da juventude como uma realidade teológica. Isso se chama: dignidade. A luta pelo protagonismo juvenil situa-se, igualmente, nesta geografia. Ela é profunda e leva tempo a ser descoberta. Talvez por isso dizia alguém que dura muito tempo saber o que é juventude. *O Padre Hilário Dick trabalha há mais de 40 anos com a pesquisa e acompanhamento das juventudes. Participou da construção do livro da Mística da Pastoral Juvenil Marista (PJM) e das Diretrizes Nacionais da PJM. Atualmente é o coordenador do Observatório Juvenil do Vale, da Unisinos. 11
Vivências grupais:
Por que viver em grupos? Viver em sociedade é viver em grupo. Um grupo se constrói na constância das pessoas e no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante*. Grupo tem gosto, sabor, temperatura, intensidade vivida momento por momento. Um grupo se constrói na reflexão de cada participante... no prazer de se estar vivendo, conhecendo, sonhando, brigando, gostando, comendo, bebendo, imaginando, criando e aprendendo junto no grupo. (...) Vida de grupo. Ah! Vida de grupo. No grupo temos nossos códigos, combinações, regras. Estabelecemos uma sintonia entre quem faz parte do grupo, num sistema de cumplicidade. Uma vibração que agita quem participa. Faz com que o entusiasmo seja constante. Faz com que o pulsar seja um ritmo constante e acelerado. No grupo que convivemos com o diferente, nos reconhecemos no outro, fortalecemos
nossos valores, crenças, ousamos e arriscamos na cumplicidade com o outro. É, principalmente, com o outro que enfrentamos nossos desafios, nos integramos e convivemos com diferentes olhares e experiências significativas, formando a identidade do sujeito e do grupo. Falando de adolescentes e jovens, a vivência grupal tem um significado bem maior, tornando-se fundamental. Por esse motivo, e por acreditar nisso, a vivência grupal é o coração da PJM. PJM é um lugar em que curtimos viver em grupo. Não é feita por um ou por outro, ou para um ou para outro. É feita por grupos. É nos grupos que crescemos juntos, amadurecemos, criamos laços e vínculos importantes para a formação, partilha e comprometimento com sua história e com a história social. É o lugar onde adolescentes e jovens vivenciam a formação integral, de modo especial, o amadu-
recimento na fé e o cultivo da espiritualidade, a exemplo de Jesus de Nazaré e Marcelino Champagnat. Dentro da experiência grupal, o jovem é chamado a ser parte atuante da história. É incentivado a construir um futuro pessoal e coletivo, sendo agente de mudança social a partir do seu protagonismo. O incentivo a construir um futuro pessoal e coletivo desafia o adolescente e jovem a fazer parte de um grupo da Pastoral Juvenil Marista por opção, pois é dessa decisão livre que decorre a coerência de todo o processo de seu protagonismo. Hoje somos 65 grupos espalhados em 24 Unidades Maristas, em 15 municípios, em 2 estados, totalizando mais de 930 participantes. *FREIRE, Madelena. IN GROSSI, Esther Pillar & BORDIN Jussara (organizadoras). Paixão de aprender. Petropolis: Ed. Vozes, 1995.
Sou, PJm eu sou Renata Carvalho Bernardes – animadora da PJM do Marista Roque referindo-se à família PJM na despedida do Encontro de Animadores, que ocorreu nos dias 6 e 7 de abril de 2013. Deixar uma família é sempre uma experiência complicada. Seja por meses, seja por dias, seja uma vez a cada quatro meses, mas ela faz falta. Faz falta e cada abraço antes de um irmão, amigo ou mestre tomar o rumo de casa, é uma lembrança do quão especiais essas pessoas são pra mim. Sinto falta, assim, de antemão, daquele aperto no ombro pra afastar o nó da garganta depois de uma conversa difícil; sinto falta das músicas meio cantadas ou cantaroladas por quem só quer o prazer de ficar junto. Queria poder voltar pro abraço meio torto que me puxava no ritmo de “Sou, PJM eu sou”. Porque eu sou parte dessa conquista, sou parte dessa VIVÊNCIA, e mesmo sendo apenas uma das centenas de pessoas que já passaram por aqueles corredores e que se sentiram acolhidos, felizes e com o coração leve como eu senti, eu sei que eu estou em meio à minha segunda família. Eu amo vocês, de verdade.
FAÇA A DIFERENÇA
O mês de julho foi marcado por eventos que mobilizaram jovens do Brasil e do mundo. O Encontro de Jovens Maristas (EJM), que ocorreu de 17 a 22/7, e a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28/7. A diversidade de uma única família, de rosto jovem, movida pelo carisma deixado por Champagnat há quase 200 anos. Assim se resume o sentimento vivenciado pelos participantes do Encontro Internacional de Jovens Maristas | Change! Veja alguns depoimentos de quem viveu essa experiência.
O Change foi um grande momento para minha vida. Percebi que para fazer a diferença devemos primeiro entender e perceber quem nós somos. Tudo começa com a mudança interior. Existem muitas pessoas lutando com todas as forças para mudar sua realidade ao redor do mundo. Percebemos que podemos fazer o mesmo! Guilherme Alonso
(Colegio marista São Francisco) 12
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Representantes da Rede Marista no Change | EIJM
A experiência vivida proporcionou ver-me como pessoa, pude ter um olhar mais profundo sobre minhas atitudes perante minha família. A grande e intensa troca de experiências com os Maristas de diversos países foi uma conexão de espírito. O valor da família e da vivência grupal me ensinou a fortalecer o cuidar do outro.
Experiência rica e abençoada, duas palavras que descrevem bem a experiência vivida no Change. A troca de vivência com as juventudes de vários lugares me fez notar melhor a presença da Igreja e dos Maristas no mundo. Foi tudo muito incrível e belo. Muito do que vivi, guardo e tenho a certeza que ainda vai demorar um tempo para refletir bem sobre tudo.
Jean Lucas Agertt
Jose Vanin
(Comunidade Nossa Senhora de Fátima)
(PUCrS) 13
DIRETRIZES
em rede
A arte de ser presença significativa
Confira as ações evangelizadoras que marcaram o primeiro semestre nas Unidades Maristas.
Organizado por José Jair Ribeiro
Para educar bem as crianças, adolescentes e jovens é preciso demonstrar-lhes amor. (Constituições e Estatutos, p.81) Sabemos que existem diversos modelos de presença. Está presente o amigo com quem estamos conversando. É igualmente presente a lembrança de uma pessoa querida, quando nos sentimos arrastados pelas dificuldades. Temos um nome, uma família, uma história. Moramos num lugar. Trabalhamos, fazemos amizades, amamos e sofremos. Tudo isso é muito concreto e preciso, reforçando que são muitas as formas de se fazer presente. Marcelino Champagnat viveu entre crianças, adolescentes e jovens, amou-os profundamente e lhes dedicou todas as suas energias. Como seus discípulos, também experimentamos uma alegria especial em partilhar com eles o nosso tempo e as nossas vidas; fazemos eco das suas aspirações; sentimo-nos cheios de compaixão para com eles e fazemo-nos presentes nas suas dificuldades. Esforçamo-nos para ir às crianças, adolescentes e jovens lá onde eles estão. Buscamos encontrá-los nos seus próprios ambientes e através de sua própria cultura. Criamos oportunidades para nos envolver nas suas vidas 14
e acolhê-los nas nossas. Cada vez mais está complexa a tarefa de conhecer os jovens a partir de sua cultura. Mas é essencial, para ser presença significativa na vida deles, partir da cultura juvenil, conhecê-los, estar onde eles estão, vigiar amorosamente, pois do contrário, poderemos ser presença com a finalidade de, simplesmente, vigiar para manter a ordem em nossos ambientes. Nossa presença, para ser significativa junto às crianças, adolescentes e jovens, deverá ser marcada por pelo menos duas atitudes fundamentais: o respeito e o cuidado. O respeito supõe reconhecer o outro em sua alteridade e perceber o seu valor intrínseco. O outro é todo e qualquer outro, o não eu, que surge diante de mim. O respeito requer reconhecer valor nos outros seres, sejam vivos ou inertes. Já o cuidado remete à palavra latina cura ou coera, significando exatamente cuidar e tratar. Cuidar requer desvelo, solicitude, atenção, diligência e zelo. Tratar diz respeito a preocupação, inquietação, perturbação e até o sobressalto pela pessoa amada ou com a qual se está ligado por laços de parentesco, amizade, proximidade, afeto e amor. O cuidado faz do outro uma realidade preciosa. As atitudes do respeito e do cuidado requerem dos envolvidos na missão marista amor incondicional às crianças, aos adolescentes e jovens, pois cabe a
nós respeitá-los e cuidá-los dentro da comunidade da vida. Com essas atitudes conquistamos a sua confiança e promovemos neles uma atitude de abertura consigo mesmo, com Deus, com o mundo e com os outros. Este texto quer ajudar na reflexão e aprofundamento da prioridade 2, das Diretrizes da
As atividades de preparação para a Páscoa no Colégio Marista Assunção (Porto Alegre) possibilitaram reflexão sobre o verdadeiro sentido da data e o sobre o papel do jovem protagonista e transformador. Uma delas foi a apresentação do Grupo Movimento Cênico, do Cesmar. Fortalecer os laços de amizade e construir o Projeto de Vida foram os objetivos da atividade formativa de que educandos das 8ª séries da Escola Marista Santa Marta (Santa Maria) participaram.
Ação Evangelizadora da Rede Marista (RS | DF | Amazônia): ser presença fortemente significativa entre as crianças e jovens, prioritariamente os empobrecidos. Foi organizado por José Jair Ribeiro, Coordenador da PJM, com base nos documentos Evangelizadores entre os jovens (2011) e Missão Educativa (2003).
Professores do Colégio Marista Irmão Jaime Biazus (Porto Alegre) participaram de um encontro de vivência, partilha de vida e formação sobre a missão e as atividades da Pastoral Escolar na Unidade.
Estudantes do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Graças (Viamão) participaram de um encontro de formação, com ênfase no projeto de vida e nas escolhas profissionais.
O grupo de voluntariado Viva Alegria, constituído há mais de 10 anos no Colégio Marista Conceição (Passo Fundo), recebeu o Prêmio Construindo a Nação e o do Instituto Faça Parte, o Selo Escola Solidária 10 anos, do Instituto Cidadania Brasil.
As atividades da Semana Pastoral no Colégio Marista Vetorello (Porto Alegre), possibilitaram reflexão sobre o tema Estabelecendo pontes, tecendo diálogos e cultivando sonhos.
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ENCONTRO DE JOVENS MARISTAS 2013
Eis-me aqui! I’m here! Aqui estoy! Je suis ici! Is 6,8
19 de outubro Santa Cruz do Sul Mais informações | maristas.org.br/ejm