CENARIUM apresenta os candidatos aos governos e ao Senado nos nove Estados da Amazônia Legal e os principais desafios na região AGOSTO DE 2022 • ANO 03 • N.º 26 • R$ 15,99 A PELODISPUTAPODERNAAMAZÔNIAELEIÇÕES2022 82062764ISSN 782764 9 820605 026
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– Roraima Marcela Leiros – Brasília Priscilla Peixoto Wânia Lopes – Colunista Brasília Fotojornalismo/Cinegrafia Ricardo Oliveira Jander EmersonSouzaLeandro Redes Sociais Bruno Sena (1º turno) Diego Sampaio (2º turno) Designers Mateus Moura (1º turno) Thiago Alencar (2º turno)
Supervisor de Logística e Marketing Orson Oliveira Consultor Jurídico Christhian Naranjo de Oliveira (OAB 4188/AM) Telefone Geral da Redação (92) 3307-4394 Circulação Manaus (AM),
Paula Litaiff – MTb www.paulalitaiff.compaulalitaiff@revistacenarium.com.br793/AM
“Um político pensa na próxima eleição. Um estadista, na próxima geração”, diz a frase atribuída ao escritor norte-ameri cano James Freeman Clarke (1810-1888), que serviu de objeto de estudo para acadêmicos ao longo dos séculos, deixando hiatos e carências na história brasileira e da Amazônia.
Os estadistas possuem a capacidade de avaliar quais são as travas ao desenvolvimento e ao fortalecimento das instituições democráticas. Eles sabem que somente com órgãos públicos consolidados é possível assegurar a prosperidade do povo, com segurança, sem a codependência dos partidos políticos. Em sua origem, as agremiações partidárias tinham uma missão vital para o estadismo, a de interpretar as aspirações da sociedade, orientando-as para o bem comum, oferecendo a todos os cidadãos a possibilidade efetiva de participar da formulação de políticas públicas. Com o passar do tempo, o que era missão virou um ideal inalcançável. Diante disso, cabe, agora, ao líder e representante do Estado tomar para si a responsabilidade de lutar pelos interesses das gerações atuais e das futuras na defesa de projetos de inclusão social, de diversidade e biodiversidade, um desafio àqueles que pretendem deixar seus nomes marcados na história da política, não pela necessidade do voto, mas pelo respeito à humanidade.
Editora-Executiva – Revista Digital/Impressa Márcia Guimarães Editor-Executivo – TV Cenarium Web Gabriel Abreu Núcleo de Reportagem – On-line/Digital/ Impresso Ana Carolina Barbosa Bruno Pacheco Iury Lima – Rondônia Ívina GabrielGarciaAbreu
Paula Litaiff Diretora-Geral
Com 29,2 milhões de habitantes, de acordo com dados Ins tituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a Amazônia Legal, representa 13,73% da população brasileira. E, deste total, pelo menos 68,72% estão aptos a votar nas eleições deste ano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os eleitores da região deverão escolher entre um total de 63 candidatos aos governos dos nove Estados da Amazônia Legal, 77 candidatos às vagas ao Senado e outros tantos mais concorrentes à Câmara Federal e aos parlamentos estaduais.
Belém (PA), Brasília (DF) e São Paulo www.revistacenarium.com.br(SP)
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Gerente Administrativa Elcimara Oliveira Supervisora de Recursos Humanos Edne Ramos Gestores de Conteúdo – On-line Gustavo Gilona (1º turno) Eduardo Figueiredo (2º turno)
Editorial
Diante de um cenário em que a Amazônia tem sido ainda notícia mundial pelo avanço do desmatamento e domínio do crime organizado, é preciso estar preparado para escolher. Assim, a REVISTA CENARIUM traz para esta edição um panorama dos Estados da região e mostra quem são os candidatos aos governos e ao Senado. No dia 2 de outubro, o eleitor tem o poder de dar novos rumos da Amazônia Legal.
Novos rumos para a Amazônia
Cientistas políticos têm entre si o consenso de que em gestão pública é necessário haver líderes capazes de fazer as reformas institucionais sem as quais se está condenado à mediocridade.
Hugo Moura Núcleo de revisão Adriana Gonzaga – on-line Jesua Maia – Revista digital/Impressa Assessora-Executiva Ana Pastana - MTb 1553/AM (92) 99904 anapastana@revistacenarium.com.br0443
Nas eleições deste ano, vamos escolher presidente da Repú blica, senadores, deputados federais, governadores e deputados estaduais. O jogo político já está posto à mesa, os grupos forma dos, a propaganda eleitoral nas ruas e nas mídias. Cabe à Justiça Eleitoral garantir a integridade do pleito, aos candidatos focar em propostas, na verdade e no respeito e, aos eleitores, cabe estar atento e consciente do poder do voto em suas mãos. E a Amazônia está no centro do debate político.
Recente pesquisa de opinião divulgada pela Fundação Amazo nas Sustentável (FAS) e realizada pelo instituto Action apontou que, para 62,4% dos eleitores é fundamental o conhecimento dos candidatos sobre a região e a defesa da floresta, influenciando sua decisão no voto para a Presidência da República. O mesmo pode ser aplicado aos demais candidatos que disputam cargos de liderança nos Estados onde a Amazônia se faz presente. Na pesquisa, os participantes também afirmaram que os atuais governantes não fazem o suficiente pela região.
Em jogo, estão enormes desafios a serem vencidos na Ama zônia. Desafios que passam por alguns dos menores Produtos Internos do Brutos (PIBs) do País e inexpressivos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs), números que são reflexos também de questões ambientais, de saúde e de segurança pública.
A Amazônia precisa de estadistas Mais do que líderes, a Amazônia precisa de estadistas para os próximos quatro anos. Essa é uma reflexão que a REVISTA CENARIUM leva a seus leitores ao apresentar, na edição de agosto, as conjunturas sociais e econômicas de cada uma das nove entidades federativas da região amazônica.
Com 20.072.839 eleitores, representando 9,829% do total de eleitores do Brasil, a Amazônia Legal pode não deter o maior capital eleitoral do Brasil, mas possui algo que nenhuma região do mundo tem, seus povos e sua biodiversidade. Falta ao Brasil e outros países compreenderem a sua importância e dar à região o valor que ela merece, mas para isso, precisamos de porta-vozes à altura.
Projeto Gráfico e Diagramação Revista Digital/Impressa
Acredito que os ataques à ZFM são mais frutos da desinfor mação e da ignorância do que propriamente de má vontade. O governo estadual em conjunto com a bancada amazonense em Brasília deveriam internalizar a necessidade de desenvolvimento de outros polos, além do industrial. A região é riquíssima em biodiversidade, recursos naturais (exploração de novos produtos, natureza) e potencial turístico e não vemos esforços em desen volver essas novas oportunidades. A ZFM é muito importante, mas não deve ser a única alternativa de renda e desenvolvimento do povo amazonense. Rosimar Almeida de Oliveira Manaus – AM �� ‘Amazonizar o mundo’
A REVISTA CENARIUM demonstra que é possível “amazonizar” o mundo, por meio da rede mundial de computadores, levando uma comunicação de muita credibilidade e competência.
“A REVISTA CENARIUM é uma revista com a cara do Brasil que sonhamos para um futuro digno e com condições de igual dade para todos, em todos os parâmetros da sociedade. Com conteúdos contundentes, atuais, polêmicos e reais, transmite ao seu público o alvo principal, que é a veracidade das informações, com reportagens investigativas, sobre todos os diversos tipos de temas e, principalmente, a educação e as políticas públicas. Laryssa Christina Lima Folador - Estudante Vilhena – RO �� Mulheres na Ciência “A REVISTA CENARIUM aborda conteúdos relevantes e atuais. Parabéns pela edi ção passada, que deu voz às mulheres cientistas. Ótima matéria”. Pesquisadora Aldenora Vasconcelos, Mestranda em Biotecnologia. Manaus – AM
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Raquel Freitas Reis - Engenheira Civil Manaus – AM �� Refletir o futuro
Edjales Benício - Ex-Secretário de Meio Ambiente de Porto Velho; Tecnólogo em Gestão Ambiental e conselheiro da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. Porto Velho – RO �� Meio ambiente e sustentabilidade “Parabéns para a equipe da REVISTA CENARIUM. As matérias de meio ambiente e sustentabilidade trazem conteúdos gran diosos e relevantes para a sociedade. Sugiro matérias sobre os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e a situação das implantações de aterros sanitários no Amazonas.
�� MANDE SUA MENSAGEM �� E-mail: cartadoleitor@revistacenarium.com.br | WhatsApp: (92) 98564-1573 Sumário Agosto de 2022 • Ano 03 • Nº 26 4614 60 ► MEIO AMBIENTE & SUSTENTABILIDADE Amazônia e Cerrado devastados 08 Manaus em cinza 10 ► CENARIUM+CIÊNCIA Reflexo da miséria 12 ► PODER & INSTITUIÇÕES ELEIÇÕES 2022 Candidatos encaram desafios na Amazônia .................. 14 Acre busca crescimento do PIB 16 Amapá: riquezas minerais e florestais em jogo 18 Desemprego, desmatamento e violência são desafios no Amazonas .............................................. 20 Informalidade preocupa no Maranhão 22 Mato Grosso: PIB em alta e desemprego em baixa 24 Pará tem questões ambientais e conflitos como entraves .................................................. 26 Rondônia: renda e meio ambiente em pauta 28 Roraima: economia frágil e questões indígenas são desafios 30 Tocantins cresce em PIB e tem queda no desemprego ................................................................ 32 Entender a Amazônia 34 TCE-AM em defesa do meio ambiente 36 Lei barra medidores de energia ...................................... 38 Coluna Via Brasília ......................................................... 40 ► ARTIGO – ODENILDO SENA A revolução pela leitura .................................................. 42 ► ECONOMIA & SOCIEDADE AM ‘força’ decreto que preserva Zona Franca 44 Covid-19: Quarta onda no Amazonas 46 XP na Amazônia 50 REVISTA CENARIUM vence prêmios 54 Selo Internacional 56 ► POLÍCIA & CRIMES AMBIENTAIS Investigações avançam no Vale do Javari 58 Crimes ambientais em RO 60 ► MUNDO E CONFLITOS INTERNACIONAIS Calor extremo .................................................................. 64 ► ENTRETENIMENTO & CULTURA Celebração às artes .......................................................... 66 ► DIVERSIDADE É “índio” ou “indígena”? ................................................ 68 ► ARTIGO – ROSANE GARCIA ‘Marco legal na resistência’ 70 Leitor&Leitora �� Sobre Rondônia Exponho minha grande apreciação à REVISTA CENARIUM e aos seus redatores pelas exposições de notícias que têm apre sentado sobre o Estado Rondônia. A Revista prima pelos conceitos, opiniões e informações com exatidão sobre os acontecimentos deste valoroso Estado da Amazônia Brasileira. A vida é uma jornada com suces sões de grandes desafios e as informações que a revista vem apresentando são essenciais para os desafios da Amazônia. Criticar e elogiar é o papel de todo veículo de comunicação, porém a CENARIUM procura equidade em suas exposições, razão por que vem ganhando respeito e conceito, em tão pouco tempo. A imprensa não tem outro papel, senão a relevante função de bem informar com o fim de que os cidadãos se mantenham atualizados e a CENARIUM é um veículo de comunicação que tem contribuído desta forma. Rondônia agradece. Carlos Alberto da Silva de Souza - Orientador Educacio nal, graduado em Filosofia, Pedagogia e Teologia. Costa Marques – RO �� Desinformação
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09 REVISTA CENARIUMMEIO AMBIENTE & SUSTENTABILIDADE 08 www.revistacenarium.com.br
“O MapBiomas tem como propó sito entender as transformações que acontecem no território brasileiro por meio da ciência e tornar acessível o conhecimento sobre a cobertura e o uso da terra, para buscar a conser vação e o manejo sustentável dos recursos naturais, e a mitigação das mudanças naturais”, destacou Tasso Azevedo.
“A área desmatada, média, por dia, no Brasil, foi de 4,5 mil hectares. Se a gente olhar na Amazônia, inclusive, a gente teve, em média, 1,9 hectare por minuto, o que dá 18 árvores por segundo, uma velocidade bem grande”, frisou Tasso Azevedo.
“O maior desmatamento detectado em 2021 no Brasil foi no município de Jaborandi, no cerrado da Bahia, com 4.977 hectares. Esse é um desmatamento que possui uma autorização de Supressão da Vegetação Nativa (AVN), emitida pelo Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), na Bahia, em setembro de 2020, para imóvel”, frisou Azevedo.
OliveiraRicardoCrédito:
MANAUS (AM) – O Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), realizado pelo MapBio mas Alerta, mostrou que a Amazônia e o Cerrado concentraram 89,2% de todo o desmatamento registrado no Brasil, em 2021. Ao todo, o País perdeu 16.557 quilômetros quadrados da cobertura de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros, no ano passado, um aumento de 20% em relação a 2020 (13.853 quilômetros quadrados).
rou Tasso Azevedo, coordenador-geral do MapBiomas. Os dados foram divulgados no dia 18 de julho. Ainda segundo a pesquisa, apresentada em uma live no YouTube, a Caatinga repre sentou 7% de todo o desmatamento no País, com 116.260 hectares de destruição. Os demais biomas têm os seguintes núme ros: Mata Atlântica, com 30.155 hectares (1,8%); Pantanal, com 28.671 hectares (1,7%) e Pama, com 2.426 (0,1%). O MapBiomas mostrou ainda que 97% do desmatamento no Brasil ocorreu por conta da Oagropecuária.garimpo,a mineração, a expansão urbana e outras causas completam os dados de vetores da destruição, de acordo com a pesquisa. O Estado do Pará foi o que mais desmatou no ano passado, com 402.492 hectares destruídos, seguido pelo Amazonas (194.485 hectares), Mato Grosso (189.888 hectares), Maranhão (167.047 hectares) e Bahia (152.098 hectares).
A pesquisa também detectou 69.796 alertas de desmatamento, validados e refi nados em 2021. Além disso, o MapBiomas registrou que o total desmatado no Brasil nos três últimos anos, em 2019, 2020 e 2021, foi de 42.517 quilômetros quadra dos, o que representa quase a área total do território do Estado do Rio de Janeiro, que tem 43.750 quilômetros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Biomas responderam por 89,2% do desmatamento no Brasil, em 2021, de acordo com relatório anual do MapBiomas Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium devastadoseAmazôniaCerrado
“Em 21 Estados, houve aumento no desmatamento. Somente quatro Estados - Santa Catarina, Amapá, Espírito Santo e Rio de Janeiro - tiveram queda e dois, praticamente, ficaram estáveis. O Amazo nas passou a ser o segundo Estado com mais desmatamento”, salientou Marcos Rosa, coordenador-técnico do MapBiomas.
O MapBiomas Alerta é uma inicia tiva do consórcio MapBiomas, for mado por mais de 20 organizações, entre Organizações Não-Governamen tais (ONGs), universidades e empresas de tecnologia, e que processa alertas de desmatamento emitidos por cinco sistemas: o Deter (do Inpe, para a Amazônia e o Cerrado), o SAD (do Imazon, para a Amazônia), o Glad (da Universidade de Maryland, para Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), o Sirad-X (do Instituto Socioambiental, para a bacia do Xingu), e o novo SAD Caatinga (da Universidade Estadual de Feira de Santana e da Geodatin).
VELOCIDADE DO DESMATAMENTO
A velocidade média com que o desma tamento ocorreu no Brasil chegou, no ano passado, a 0,18 hectares por dia para cada evento detectado. Em 2020, esse número era de 0,16 hectares. O MapBiomas tam bém registrou que o País teve 189 hectares desmatados por hora, em 2021.
MapBiomas
Somente na Amazônia, foram 997.773 hectares devastados em 2021, ou seja, 59% da área total desmatada no Brasil. O Cer rado, de acordo com o estudo, registrou 500.537 hectares (30,2%) destruídos em todo o ano passado. “Juntos, em todos os biomas houve crescimento. Não é um fenômeno que acontece apenas na Amazô nia ou no Cerrado, mas em todos”, decla Amazonas passou a ser o segundo Estado com mais MapBiomassegundodesmatamento,orelatóriodo
Ele destacou regiões com registros de queimadas, como Rio Madeira, Baixo e Alto Madeira, além do Sul do Amazonas. O especialista citou, ainda, o fenômeno La Ninã, registrado no ano passado, que influenciou a quantidade de chuvas na região e, por isso, o calor foi pouco per ceptível. Este ano, o cenário será mais crítico, afirma “Provavelmente,ele. nós teremos um verão mais seco que no ano passado e é possível que, com isso, nós tenhamos um aumento expressivo no número de queimadas, se as ações de prevenção e controle não tiverem força”, disse Durigan. Ainda segundo o especialista, os efeitos danosos são inúme ros, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população em geral. “Além de perdemos nossas florestas, nós também teremos um aumento de emissões de gases diversos, com o monóxido de car bono, que vai contribuir fortemente com outros gases para o aquecimento global; e respirar fumaça, continuadamente, muitas vezes por dia, por semana, tem o potencial de causar problemas de saúde para muita gente”, afirmou Durigan. FENÔMENO CONTINUA Nas imagens é possível ver que a massa acinzentada tomou conta de todo o céu da capital amazonense. Moradores de todas as zonas da cidade puderam perceber o fenômeno.Segundo o meteorologista e mestre em Clima e Ambiente Willy Hagi, uma circulação atmosférica anormal encobriu a capital amazonense com a massa de fumaça. Conforme ele, a qualidade do ar pode continuar a mesma por um tempo. “A questão é que essa fumaça produzida pelas queimadas não chegaria a Manaus por meio da circulação atmosférica nor mal, mas a passagem de um sistema mete orológico frontal pelo Sul do Amazonas, Acre e Rondônia, nos últimos dias [final de agosto], acabou ajudando a trazer um pouco da poluição dessas regiões para cá”, destacou.OliveiraRicardoCrédito:
MANAUS (AM) – Uma massa cin zenta no céu da capital amazo nense, Manaus, vista desde as primeiras horas do dia 20 de agosto, cau sou estranheza nos moradores da cidade. Um forte odor também acompanhou o cenário. A razão para isso, segundo espe cialistas, são os focos de queimadas em regiões do Amazonas e do Estado do Pará. No início do mês de agosto, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espa ciais (Inpe) apontaram altos registros de queimadas nestas regiões. O Pará liderava com 948 focos de calor, apenas na primeira semana de agosto, seguido pelo Amazonas, que apresentou 649 registros. “Essa fumaça que está sobre Manaus, certamente, tem relação direta com o ‘boom’ de queimadas que está começando na região e é um problema generalizado. Nós tivemos, na primeira quinzena de agosto, os números do Inpe que já mostra vam um aumento expressivo de queima das. Agora, esses números estão crescendo e esses dados de queimadas são consequ ências do aumento de desmatamento”, afirmou o ambientalista Carlos Durigan. “Essa fumaça que está sobre generalizado”regiãoque‘boom’relaçãocertamente,Manaus,temdiretacomodequeimadasestácomeçandonaeéumproblema Carlos Durigan, ambientalista. Moradores de todas as zonas de Manaus puderam perceber a concentração de fumaça no céu
Manaus em cinza
‘Reflexo das queimadas’, afirmam especialistas sobre massa cinzenta que encobre o céu da cidade Karol Rocha – Da Revista Cenarium
1110 www.revistacenarium.com.br MEIO AMBIENTE & SUSTENTABILIDADE REVISTA CENARIUM
Renda não garante imunidade
A longo prazo, o reflexo da Covid-19 em crianças ainda é incerto, principalmente entre aquelas que estão mal alimentadas. No entanto, a pesquisadora pondera: “Não significa que as crianças cujas famí lias que tenham melhorem condições econômicas ou de nutrição não sejam vulneráveis à infecção, ou mesmo à manifestação clínica da doença. Por isso, a vacinação é uma medida importante e segura para a promoção da saúde, tanto das crianças quanto dos familiares e professores, de quem convive com essas crianças pequenas, que vão continuar, se não vacinadas, transmitindo o vírus”.
O estudo verificou ainda que, quanto pior a condição de moradia e menor a escolaridade dos pais, maior a vulnera bilidade. Questões sociais ligadas à etnia e à cor da pele também influenciaram, especialmente no caso de mães indígenas e negras em comparação às famílias brancas.
Insegurança alimentar aumenta o risco de crianças contraírem a Covid-19 na região amazônica
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Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, ligada à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marly Augusto Cardoso, conta como os problemas de saúde, que são agravados pela pobreza, chamaram a atenção dos autores da pesquisa. “As famílias mais pobres, expostas à insegurança alimentar em domicílio, tive ram uma chance maior de desenvolverem a doença. A gente também observa isso para outras infecções, como malária, que é endêmica nessa região do estudo, den gue, infecções intestinais e respiratórias. Seja por vírus, bactérias ou parasitas. São infecções da pobreza e que se expressaram, ainda mais, diante da pandemia”, explicou a especialista.
Para o ano de 2030, explica Cardoso, uma das metas da Organização das Nações Unidas (ONU) é a fome zero. “Um obje tivo que está, cada vez mais, distante de ser alcançado (…) é gritante essa situação. Já era assim antes da pandemia e, agora, agravou-se ainda mais. É necessário enfren tamento com ações e políticas com continui dade, abrangência e que sejam efetivas no combate à pobreza e à fome”, acrescenta a pesquisadora e coordenadora do estudo. tiveram sintomas da doença, enquanto que nas casas onde a insegurança alimen tar não ocorre, os sintomas apareceram em menos de 5% dos casos. Daí o risco muito mais elevado de crianças criadas por famílias mais pobres na região Amazônica desenvolverem a Covid-19. A pesquisa foi conduzida no município de Cruzeiro do Sul, no interior acriano, com um total de 1.246 crianças parti cipantes. Mais da metade delas – todas com cinco anos de idade – passou por acompanhamento ao longo de 2021; época em que a vacinação para essa faixa etária ainda não estava disponível.
RETRATO DA POBREZA Em entrevista à REVISTA CENARIUM, a coordenadora do estudo, professora de OliveiraRicardoCrédito:Crédito:RicardoOliveira
CENARIUM+CIÊNCIA VILHENA (RO) – É justamente nas casas mais pobres onde a pande mia causa o maior estrago na Ama zônia. Além de doenças endêmicas da região amazônica, como malária e febre amarela, filhos criados por famílias mais pobres estão mais expostos ao risco de desenvolverem quadros clínicos da Covid19 do que aqueles criados em domicí lios onde as condições econômicas são um pouco melhores. É o que aponta um estudo publicado por pesquisadores bra sileiros, na revista científica PLOS Neglected Tropical Diseases. Segundo o texto, crianças que sofrem com a insegurança alimentar têm 76% mais chances de terem a doença desen cadeada pelo novo coronavírus. Para determinar os dados relativos ao Sars-Cov-2, vírus causador da Covid-19, os pesquisadores selecionaram mais de 600 crianças integrantes de uma pesquisa ainda maior, em curso há sete anos, sobre a saúde de recém-nascidos no Estado do Acre. Parte delas, acompanhada desde a gestação. Com o objetivo de entender como a doença afeta o grupo, os cientistas subme teram as crianças a testes sorológicos para detectar a produção de anticorpos contra o Sars-Cov-2 no organismo delas. Além da testagem, mães e cuidadores também foram entrevistados. A conclusão foi que faltou comida, alguma vez, em pelo menos 54% dos domicílios. Entre aquelas famílias que passaram fome, quase 10% relataram que os filhos 600
Reflexo da miséria
Crianças que passam fome na Amazônia têm quase 80% mais chances de terem Covid-19, revela estudo Iury Lima – Da Revista Cenarium
Estudo analisou 600 crianças integrantes de uma pesquisa ainda maior sobre a saúde de recémnascidos em Cruzeiro do Sul, no Acre, realizada com um total de 1.246 crianças, em curso há sete anos. 54% A conclusão do estudo foi que faltou comida, alguma vez, em pelo menos 54% dos domicílios das crianças que tiveram sintomas da Covid-19.
Faltou comida em 54% dos pelaacompanhadosdomicíliospesquisa
Alta taxa de desemprego, crescimento da miséria e avanço dos crimes ambientais estão entre os principais obstáculos Sara Araújo – Da Revista Cenarium (*)
REVISTA CENARIUM PODER & ELEIÇÕESINSTITUIÇÕES2022 1514 www.revistacenarium.com.br
AmazôniadesafiosencaramCandidatosna
MANAUS (AM) – O primeiro turno das eleições gerais deste ano deve acontecer no dia 2 de outubro e com um possível segundo turno marcado para o dia 30 do mesmo mês. Na Amazônia Legal, que representa 13,73% da população brasileira, com 29.209.000 habitantes, pelo menos 68,72% estão aptos a votar neste pleito, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os números da última estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) na Amazônia Legal soma, aproximadamente, R$ 659.886 bilhões. O Pará concentra 27% desse total, junto com os outros dois maiores Estados: Amazonas e Mato Grosso, representando 64,9% de tudo que é produzido na região. O maior PIB per capita da região da Amazônia Legal é o do Estado do Mato Grosso, com R$ 40,8 mil, quase três vezes maior que o PIB per capita do Maranhão, que tem o menor PIB per capita dentre os nove Estados, com apenas R$ 13,7 mil. Em 2021, o Amazonas, onde está loca lizada a Zona Franca de Manaus (ZFM), foi responsável por 48,71% da arrecadação federal da 2ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil. A porcentagem equivale a mais de R$ 15 bilhões.
DESEMPREGO Um grande desafio a ser superado pelos governadores eleitos para comandar os Estados que compõem a Amazônia Legal será diminuir a taxa de desemprego na região. Ainda segundo o IBGE, em todo o País, o desemprego atinge 10 milhões de brasileiros e, embora a taxa, no Bra sil, tenha caído para 9,8%, no segundo trimestre deste ano, na Região Norte o mercado de trabalho está desenhando uma nova configuração. A pesquisa mostrou que a população desocupada parou de procurar emprego registrado e escolheu o trabalho informal. A taxa de desocupação do Amazonas (13,0%) segue maior do que a nacional, mas é a menor taxa observada no Estado, desde o 1° trimestre de 2016 (12,9%). O Pará, segundo maior Estado da Região Norte, também apresentou redução sig nificativa em relação ao trimestre anterior. Os números refletem o tamanho do desafio para os concorrentes à eleição deste ano nos Estados da Amazônia Legal. A seguir, confira quem são os candidatos na região. (*) Dados sobre os candidatos atualizados até o dia 27 de agosto.
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DESAFIOS E OBSTÁCULOS A taxa de desocupação no Acre caiu no segundo trimestre deste ano, com um recuo de 2,9% em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís tica (IBGE). A taxa de desocupação era de 14,8% e recuou para 11,9%. A economia acriana, assim como nos demais Estados da Amazônia Legal, baseia -se no extrativismo vegetal, sobretudo na exploração da borracha, grande res ponsável pela ocupação da região. Atual mente, a madeira é o principal produto de exportação e tem como desafio manter o crescimento nas exportações.
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium Candidatos ao Governo do Acre David Hall AVANTE Gladson Cameli PROGRESSISTAS Mara Rocha MDB Sérgio Petecão PSD Nilson Euclides PSOL Jorge Viana PT 1716 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
MANAUS (AM) – O Acre, último Estado a ser integrado ao Brasil, possui o segundo menor Produto Interno Bruto (PIB) do País, com R$ 13,9 bilhões e é o terceiro menor em popula ção. Atualmente, a população do Estado é estimada em 907 mil habitantes, dos quais mais de 588 mil eleitores estão aptos a votar nas eleições de 2022, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A maioria deles, assim como nas demais unidades da Amazônia Legal, são mulheres (303.832), representando 52%. Os homens somam 284.599 eleitores, sendo 48% do total. Candidatos ao Governo do Acre são sete, tendo Gladson Cameli, do Progres sistas, candidato à reeleição ao governo do Estado. O candidato aparece na frente das pesquisas do Real Time Big Data de junho, com 41%, seguido por Mara Rocha (MDB) com 17%, Sérgio Petecão (PSD) com 14%, e os candidatos Nilson Euclides (PSOL) e David Hall (Avante), que não pontuaram na pesquisa. Jorge Viana (PT) e Márcio Bittar (União Brasil) entraram para a disputa, mas ainda não possuem dados de intenção de votos. Já para o Senado, existem nove candida tos na disputa, são eles: Alan Rick (União Brasil), Carlos Beyruth Borges (PSDB), Dimas Sandas (Agir), Márcia Bittar (PL), Nazareth Araújo (PT), Ney Amorim (Pode mos), Sanderson Moura (PSOL), Jenilson Leite (PSB) e Vanda Milani (Pros). Essa é a primeira vez que o Estado registra tantas candidaturas para o Senado.
Márcio Bittar UNIÃO sete ao governo e nove disputam vaga no Senado
Entre janeiro e abril de 2022, o Estado teve um salto de 23% nas exportações, segundo dados do Ministério da Economia. A maior parte da arrecadação vem do setor madeireiro, que, atualmente, representa 49% de exportação em madeira compensada e perfilada, bem como madeira serrada ou em folha, representando 27% dos R$ 21,9 milhões arrecadados em exportação. O comércio exterior também tem sido importante para as relações econômicas do Acre, tendo os Estados Unidos (16%), Portugal (13,2%), Peru (11,8%), Bolívia (11,0%) e Israel (9,4%) como os principais destinos dos produtos acrianos.
BRASIL Acre docrescimentobuscaPIB Estado tem
MANAUS (AM) – Dos 877.613 habi tantes registrados no Amapá pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 550.687 estão aptos a votar no primeiro turno das eleições de 2022, que ocorre no dia 2 de outubro. Considerado o segundo menor Estado do Brasil, o Amapá se desmembrou do Pará em 1943 e, desde então, vem crescendo e se desenvolvendo econômica e politica mente. Assim como os demais Estados da Amazônia, as potencialidades do Amapá estão nas riquezas minerais e florestais.
1918 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
Amapá: emmineraisriquezaseflorestaisjogo
Gilvan Borges MDB Candidatos ao Governo do Amapá Clécio Luís (SOLIDARIEDADE) Gesiel Oliveira PRTB Gianfranco Gusmão PSTU Jaime Nunes PSD Jairo Palheta PCO
O atual governador, Waldez Goés (PDT), não poderá se candidatar ao governo esta dual por já estar em seu segundo mandato, com isso há seis candidatos ao cargo, Clécio (Solidariedade), Gesiel Oliveira (PRTB), Gianfranco (PSTU), Jaime (PSD), Jairo Palheta (PCO) e Gilvan Borges (MDB). De acordo com a pesquisa do instituto Doxa, divulgada no dia 3 de agosto, Jaime Nunes (PSD), atual vice-governador do Estado, obteve 37,7% das intenções de votos, seguido por Clécio Nunes (Solida riedade), que aparece com 29,7% e Pastor Gesiel (PRTB), com 3,3%. Para o Senado, são oito candidatos: Davi Alcolumbre (União Brasil), Capi (PSB), Marinaldo Silva (PCO), Gilberto Laurindo (Patriota), Guaracy (PTB), Pastor Valdenor Guedes (Avante), Rayssa Furlan (MDB) e Sueli Pini (PRTB). Alcolumbre lidera a corrida pela única cadeira no Senado do Amapá com 30,4% das intenções de voto, o ex-presidente do Congresso é forte candidato à reeleição no cargo que ocupa desde 2014. DESAFIOS O Estado do Amapá passou a reali zar eleições para governador no ano de 1990, quando foi oficialmente reconhe cido como Estado da Federação. Criado em meio a um momento de mudança nas atividades econômicas, a migração para o Amapá também se deu em uma época onde a garantia de terra na Amazônia se dava por meio de desmatamento. Com bases econômicas fincadas na exploração e na mineração, o Estado agora busca novos rumos e tenta se livrar da “economia do contracheque”.Porserumdos Estados que mais pre serva a floresta, o Amapá é dependente dos recursos naturais, tendo como base a exploração de matérias-primas, produtos primários e semielaborados. O ouro e o manganês são responsáveis por mais de 60% das exportações do Estado. De acordo com o IBGE, o Amapá arrecadou R$ 157 milhões para o Produto Interno Bruto (PIB), em 2019. Ainda de acordo com o IBGE, o Estado foi o único do País com queda no índice de desempregados, redu zindo 3,3 pontos percentuais, de 17,5% para 14,2%, entre dezembro de 2021 e março de 2022.
Estado tem seis candidatos ao governo e oito para o Senado Ívina Garcia – Da Revista Cenarium
DESEMPREGO E POBREZA Dados da Pesquisa Nacional por Amos tra de Domicílios (Pnad) do IBGE, divul gada em 12 de agosto, apontaram que a taxa de desemprego no Amazonas, entre abril e junho de 2022, chegou a 10,4%, maior que a média nacional, de 9,3%. O Amazonas ainda é uma das Unida des Federativas com o maior número de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza na Amazônia Legal brasileira. A Síntese de Indicadores Sociais, também do IBGE, mostrou que 12,5% dos habitan tes do Estado, cerca de 500 mil pessoas, viviam com menos de US$ 1,90 por dia, no ano passado. O Estado só “ficava atrás” do Maranhão, com 14,4% da população nessa situação. MEIO AMBIENTE Quanto ao desmatamento do maior bioma do Brasil, o Amazonas também ocupa a segunda posição. O Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, em 12 de agosto, dados dos últimos 12 meses sobre alertas de desmatamento na Amazô nia Legal, apontando que junto ao Pará, o Estado lidera a destruição da floresta. Foram desmatados 8.590,33 quilômetros quadrados em toda a região no período de 1° de agosto 2021 a 31 de julho 2022, com o Pará registrando 3.072 quilômetros quadrados de perda de vegetação, e o Amazonas 2.292 quilômetros quadrados.
PSOL
e violência são desafios no Amazonas
O Estado, que faz fronteira com os países Venezuela, Colômbia e Peru, e com os Estados do Pará, Roraima, Mato Grosso, Rondônia e Acre, tinha 4,6 milhões de habitantes em 2021, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís tica (IBGE). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta 2,6 milhões de eleitores divididos em 62 municípios.
Estado tem oito candidatos ao governo e sete ao Marcela –
Senado
Da Revista Cenarium Candidatos ao Governo do Amazonas Peter Júnior Miranda AGIR Marília Freire PSOL Elissandro Bessa SOLIDARIEDADE Omar Aziz PSD Luiz Castro PDT Coronel Menezes PL Arthur Virgílio Neto PSDB aoCandidatosSenadoWilsonLima UNIÃO BRASIL Amazonino Mendes CIDADANIA Eduardo Braga MDB Carol Braz PDT Henrique Oliveira PODEMOS Nair Blair AGIR Ricardo Nicolau SOLIDARIEDADE 2120 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
O caso pôs sob os holofotes algo que não era novidade para os moradores e indígenas da região: crimes ambientais e o narcotráfico avançando sobre o segundo maior território dos povos originários do APaís.investigação da Polícia Federal iden tificou uma associação criminosa armada dedicada à pesca ilegal no Vale do Javari. Nove homens estão presos por envolvi mento com o grupo e na ocultação dos cadáveres. Indícios dão conta de que Bruno e Dom Phillips foram assassinados após flagrarem um dos suspeitos praticando atividade ilegal. Israel Tuyuka
desmatamentoDesemprego,
Leiros
VIOLÊNCIA O Amazonas ficou no centro dos olha res do mundo no mês de junho, após os desaparecimentos do servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), Bruno da Cunha Araújo Pereira, e do jor nalista britânico Dominic Mark Phillips, o “Dom Phillips”, na região do município de Atalaia do Norte, onde fica localizada a Terra Indígena (TI) Vale do Javari, lar do maior número de povos indígenas isolados do mundo. Os restos mortais dos dois foram encontrados no dia 15 daquele mês, dez dias após os desaparecimentos.
São oito os candidatos na disputa ao governo do Estado: Wilson Lima (União Brasil), que tenta a reeleição, Amazo nino Mendes (Cidadania), Eduardo Braga (MDB), Carol Braz (PDT), Henrique Oli veira (Podemos), Nair Blair (Agir), Ricardo Nicolau (Solidariedade) e Israel Tuyuka (PSOL).Assim como para o chefe do Execu tivo estadual, há apenas uma vaga a ser ocupada no Senado, com sete candidatos na disputa: Arthur Virgílio Neto (PSDB), Coronel Menezes (PL), Luiz Castro (PDT), Omar Aziz (PSD), também buscando a reeleição, Elissandro Bessa (Solidarie dade), Marília Freire (PSOL) e Peter Júnior Miranda (Agir).
BRASÍLIA (DF) - Além dos desafios naturais impostos aos governantes de um Estado, como desenvolvi mento econômico e prestação de serviços de qualidade nas áreas de saúde e educa ção, o próximo mandatário do Amazonas terá que combater, também, uma das maiores taxas de desemprego do País, desmatamento recorde da Floresta Ama zônica e a violência que impacta em povos tradicionais, como os indígenas.
Weverton Rocha PDT Edivaldo Holanda Júnior PSD Candidatos ao Governo do Maranhão Carlos Brandão PSB Enilton Rodrigues PSOL Frankle Costa PCB Hertz Dias PSTU Joas Moraes DEMOCRACIA CRISTÃ Lahesio Bonfim PSC Simplício Araújo SOLIDARIEDADE MaranhãopreocupaInformalidadeno Nove candidatos disputam o governo do Estado, enquanto cinco concorrem ao Senado Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium 2322 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
Para conseguir se eleger, os postulan tes terão que apresentar propostas que convençam os 5.042.999 eleitores aptos a exercer o poder do voto no Maranhão, de acordo com o Tribunal Superior Elei toral (TSE).
MANAUS (AM) – Situado na Região Nordeste do País, o Maranhão tem a maior parte de seu território situada na Amazônia Legal, estando na região 79,3% dos 329.651,496 quilôme tros quadrados de sua área total. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta tística (IBGE), a população estimada é de 7.153.262 pessoas, espalhadas pelo território do Estado. Quarto maior Estado da Amazônia Legal, o Maranhão também é o Estado com o maior número de candidatos ao governo. No total, são nove concorrentes disputando o posto de chefe do Executivo estadual, são eles: Carlos Brandão (PSB), Edivaldo Holanda Júnior (PSD), Enilton Rodrigues (PSOL), Frankle Costa (PCB), Hertz Dias (PSTU), Joas Moraes (Demo cracia Cristã), Lahesio Bonfim (PSC), Sim plício Araújo (Solidariedade) e Weverton RochaOutros(PDT).cinco políticos almejam a vaga ao Senado Federal: Antônia Cariongo (PSOL), Flávio Dino (PSB), Ivo Nogueira (Democracia Cristã), Roberto Rocha (PTB) e Saulo Arcangeli (PSTU).
INFORMALIDADE EM ALTA Apresentando um Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um ano –em R$ 97,340 milhões, um dos principais desafios para quem assumir o governo do Estado será aumentar a arrecadação e tentar diminuir a taxa de desemprego e a taxa de emprego informal. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgada no dia 12 de agosto pelo IBGE, o Maranhão é o segundo Estado com a maior taxa de pessoas que trabalham na informalidade, são 59,4%. O Estado perde apenas para o Pará, que lidera o ranking com 61,8% da população trabalhando de formaSomenteavulsa.em junho de 2022, foram registradas 23.052 admissões em todo o Estado, enquanto 16.462 pessoas foram desligadas de suas funções no mesmo período do ano, os dados são do novo Cadastro Geral de Empregados e Desem pregados (Caged).
Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium Candidatos ao Governo do Mato Grosso
Mauro Mendes UNIÃO Moisés Franz PSOL Márcia Pinheiro PV Pastor Marcos Ritela PTB
2524 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
Quatro candidatos disputam a cadeira de governador do Estado
ECONOMIA Além de convencer os eleitores de que são a melhor opção para chefiar o Estado e representar os interesses da população no Senado, os candidatos terão outros desafios a superar. Entre eles, fortalecer a economia do Mato Grosso que apre senta o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) da região, avaliado em R$ 142,122 milhões e manter os índices de crescimento, que tiveram alta de 4,1% em relação ao ano anterior. Ainda segundo o IBGE, o aumento do PIB foi puxado pela agricultura, que contribuiu com 21,4% na economia do Estado, seguido pela indústria, que teve participação em 16,3% e pelo setor de serviços, com 9,5% de contribuição. Outro desafio será manter o Estado com a segunda menor taxa de desocupação do País. Dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, no dia 12 de agosto, mostram que, com 4,4% de taxa de desemprego, o Mato Grosso perde apenas para Santa Catarina, com 3,9%. Os números são referentes ao segundo trimestre de 2022. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda do Mato Grosso, a educação ambiental é a principal ferramenta de trabalho a ser utilizada pelas instituições ambientais para conscientizarem a popu lação sobre a importância da preservação do Meio Ambiente. Esse é mais um dos desafios levantados por ambientalistas, professores, técnicos e, até mesmo, repre sentantes do setor produtivo, que deve ser superado pelo próximo governante.
MANAUS (AM) – Apesar de estar localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, o Mato Grosso é um dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal. Com área territorial de 903.207,047 quilômetros quadrados, o Estado tem população estimada em 3.035.122 habi tantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgadas em 2021. Para comandar o Estado, quatro can didatos se colocaram à disposição dos 2.469.414 eleitores aptos a exercer o poder do voto, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já para o Senado Federal, sete postulantes estão entre as opções de escolha da população. Os candidatos ao Governo do Mato Grosso são: Mauro Mendes (União), Moi sés Franz (PSOL), Márcia Pinheiro (PV) e Pastor Marcos Ritela (PTB). Para o Senado, concorrem Antônio Galvan (PTB), Feli ciano Azuaga (Novo), Jorge Yanai (DC), José Roberto Freitas (PSOL), Kássio Coelho (Patriota), Neri Geller (PP), Wellington Fagundes (PL).
Mato Grosso: PIB em alta emdesempregoebaixa
O desmatamento intenso também é outro fator a ser combatido pelos eleitos no Estado paraense. Os dados mais recen tes do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, pelo terceiro ano seguido, ao lado do Amazonas, o Pará também lidera o ranking de destruição da floresta na Amazônia Legal com 8.590,33 quilômetros quadrados de devastação em toda a região no período de 1° de agosto 2021 a 31 de julho 2022.
Nove candidatos disputam a vaga para
o governo do segundo maior Estado da Região Norte Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium Candidatos ao Senado Candidatos ao Governo do Pará Helder Barbalho MDB Zequinha Marinho PL Cleber Rabelo PSTU Adolfo Neto PSOL Major Marcony SOLIDARIEDADE Sofia Couto PMB Shirley de Souza PROS Doutor Felipe Augusto PRTB Paulo Roseira AGIR Flexa Ribeiro PP Manoel Pioneiro PSDB Mário Couto PL Beto Faro PT Delegado Jardel PODEMOS Elielton Lira AVANTE João Santiago PSTU Prado Sá PV Paulo Castelo Branco PROS Márcio Sabbá PMB Gideon da Silva AGIR Renata Fonseca PRTB 2726 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
Na corrida para ocupar a cadeira do Executivo estadual estão o atual gover nador do Pará, Helder Barbalho (MDB), o atual senador pelo Estado Zequinha Marinho (PL), Cleber Rabelo (PSTU), Adolfo Neto (PSOL), Major Marcony (Soli dariedade), Sofia Couto (PMB), Shirley de Souza (Pros), Paulo Roseira (Agir) e Doutor Felipe Augusto (PRTB).
MANAUS (AM) – No dia 2 de outu bro, 6.082.312 votos serão dis putados pelos nove candidatos que concorrem ao cargo de governador do Pará nas eleições deste ano. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apontam um quantitativo 10,6% maior em relação ao período de 2018, quando ocorreu o último pleito geral e o Estado apresentou 5.499.283 eleitores aptos a votar.
MEIO AMBIENTE E PAUTAS INDÍGENAS A atividade garimpeira, a grilagem, a invasão e os conflitos em terras indígenas integram a lista de assuntos que carecem de medidas políticas as quais o Estado precisa se dedicar. Em 2021, por exemplo, das quase 680 mil pessoas envolvidas em con flitos de terra no País, grande parte estava no Pará, Estado que liderou o ranking, com 156 casos, tendo como principais vítimas os povos indígenas, os sem-terra e os assentados da reforma agrária. Os dados constam no relatório Conflitos no Campo Brasil – 2021, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgado em maio deste ano.
Pará
Os eleitos terão que administrar uma região com 8.777.124 habitantes, con forme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segundo maior Estado da Região Norte apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) no valor de R$ 178,377 milhões, o que representa 27% de todo o PIB concentrado na Amazônia Legal, que chega a R$ 659,886 bilhões.
Neste ano, 12 nomes estão no páreo para ocupar a única vaga no Senado dis ponível, após o fim do mandato do sena dor Paulo Rocha (PT/PA), são eles: Flexa Ribeiro (PP), Manoel Pioneiro (PSDB), Mário Couto (PL), Beto Faro (PT), Dele gado Jardel (Podemos), Elielton Lira (Avante), João Santiago (PSTU), Paulo Castelo Branco (Pros), Gideon da Silva (Agir), Renata Fonseca (PRTB), Prado Sá (PV) e Márcio Sabbá (PMB).
tem comoambientaisquestõeseconflitosentraves
DADOS E DESAFIOS
Manter os postos de trabalho e a renda é um dos tópicos fundamentais na Unidade Federativa que mais gerou empregos na Região Norte do País. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e junho deste ano, houve 14.307 contratações com carteira assinada contra 12.412 demissões. Ainda segundo o Caged, de junho de 2021 a junho de 2022, foram registradas 28.377 novas vagas de trabalho e 25.180 demissões, um saldo de 3.197 novos empregos.
Rondônia: renda e meio ambiente em pauta
PERFIL DO ELEITORADO
Iury Lima – Da Revista Cenarium Valclei (Comendador)Queiroz
alguma formação superior; 5% ainda vão terminar a faculdade. Já os analfabetos são 4%, enquanto 8% dos eleitores rondo nienses não avançaram nos estudos, mas leem e escrevem. DESAFIOS À VISTA Segundo o IBGE, são as atividades da agricultura e da pecuária que impulsionam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Rondônia, por isso a maioria dos gestores que sobem ao poder são, historicamente, mais alinhados às pautas da bancada ruralista e pouco preocupados com a preservação do meio ambiente ou mesmo com a promoção da qualidade de vida de populações originárias e tradicio nais, que habitam as Áreas Protegidas do Estado: 45% do território, ou seja, mais de 106 mil quilômetros quadrados.
AGIR CoronelRochaMarcos UNIÃO BRASIL
VILHENA (RO) – O quinto Estado mais populoso da Amazônia, Ron dônia, com quase 2 milhões de habitantes, pelas contas do Instituto Bra sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ganhou mais de 50 mil novos eleitores aptos a votarem, nos últimos cinco meses, segundo balanço mensal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizado em julho. Até fevereiro, o ritmo seguia sem muita diferença e começou a saltar em março. O eleitorado é formado, agora, por mais de 1,2 milhão (1.230.987) de rondonienses. É pela confiança deles que os sete candidatos ao governo e os quatro nomes lançados ao Senado, já anunciados pelos partidos, vão disputar até o mês de outubro.Quem vencer – ou permanecer no poder - terá de colocar a casa em ordem e encontrar soluções para os problemas, que não são poucos, especialmente ligados a questões ambientais e qualidade de vida.
Má qualidade da água e esgoto sem tratamento são outros grandes desafios de Rondônia, segundo o ranking do Ins tituto Trata Brasil, que apontou a capital, Porto Velho, como a segunda pior em saneamento básico entre as 100 maiores cidades do País. Esse indicador está intrin secamente ligado ao Índice de Desenvolvi mento Humano (IDH), que, atualmente, é de 0,690 no Estado, considerado médio.
Já o desemprego, que recuou em 22 Estados no segundo trimestre, manteve-se estável, em Rondônia, atingindo 5,8% e, o rendimento médio mensal do cidadão rondoniense é de R$ 1.021, sendo a renda per capita de R$ 26.497,12, segundo dados do IBGE.
A corrida eleitoral conta com sete can didatos ao cargo de governador: Comen dador Valclei Queiroz (Agir), Coronel Marcos Rocha (União Brasil), Daniel Pereira (Solidariedade), Ivo Cassol (PP), Léo Moraes (Podemos), Marcos Rogério (PL) e Pimenta de Rondônia (PSOL). Militar, alinhado aos interesses do presi dente Bolsonaro, defensor do agronegócio e crítico à preservação ambiental, Marcos Rocha tenta a reeleição. Nos últimos qua tro anos, dedicou-se muito a alavancar a economia rondoniense, especialmente pela abertura de pastagens e diversos meios de incentivo à produção rural; distribuiu cloroquina e outros remédios não reco mendados contra a Covid-19 no pior momento da pandemia, tentou legalizar o garimpo e reduziu Unidades de Con servação (UCs). Eleito no segundo turno das eleições, em 2018, ele teve 66,34% dos votos, ou seja, a confiança de 530 milEssaeleitores.corrida conta com figuras já conhe cidas na política, como o candidato do PL, Marcos Rogério, que deixou o Senado para tentar a vaga de comandante do poder executivo estadual; Daniel Pereira, que já foi governador e Ivo Cassol, que enfrenta vários imbróglios na Justiça Eleitoral de Rondônia. Entre os nomes com menos expressão, está Valclei Queiroz, que tra balhou muitos anos como garimpeiro e hoje é empresário da mineração. Já concorrendo ao Senado, o proprie tário de uma grande rede de televisão e comunicação em Rondônia, o empresário Acir Gurgacz (PDT), que já ocupa uma das cadeiras como Senador, tenta a ree leição - ele informou ter ensino superior incompleto à Justiça. Além dele, estão na disputa a jornalista e redatora Cláudia Moura (MDB), a deputada federal Jaque line Cassol (PP) e a também deputada federal de Rondônia, Mariana Carvalho (Republicanos), além de Dra. Rosângela Lázaro (Agir), Expedito Júnior (PSD), Pas tor Jozinélio (PMB) e Jaime Bagattoli (PL).
QUEM SÃO ELES?
A maioria do público votante em Ron dônia, 304 mil eleitores, tem entre 45 e 59 anos. Adolescentes são raros nesse grupo: apenas 5.540 têm 16 anos - a idade mínima para emitir o título de eleitor -, e, somando todos os que têm até 20 anos, a conta fecha em 121 mil pessoas, a menor expressão entre todas as faixas etárias. Já o segundo grupo mais expressivo, 266 mil, é formado por quem tem entre 35 e 44 anos. Em terceiro, estão mais de 270 mil pessoas dos 25 aos 34. No Estado, a maioria dos votos é de mulheres, que lideram no eleitorado: elas são quase 630 mil, portanto, 51%. Já na comparação por escolaridade, 26% dos eleitores não chegaram a sair do ensino fundamental. E eles são a maioria: 324 mil pessoas. Os que concluíram, são 5%. 23% completou o ensino médio, enquanto 15%, não. Quase 10% têm
Cargo de governador é disputado por sete candidatos. Nove estão na disputa pelo Senado
Candidatos ao Governo de Rondônia
Apostando na consolidação do café e na ascensão da soja e da piscicultura, por exemplo, o governo estadual divulga o lema de que “Rondônia é o melhor Estado para investir”. Em 2019, o PIB somou R$ 47 bilhões, o 22º de todo o País.
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Daniel Pereira SOLIDARIEDADE Ivo Cassol PP Leonardo Barreto de Moraes (Léo Moraes) PODEMOS Marcos Rogério PL Nascimento Antônio da Silva (Pimenta de Rondônia) PSOL
Candidatos ao Governo de Roraima vamente, levando a uma diminuição média de, aproximadamente, 13% nos saláriosAindaformais.segundo a Nota da Presi dência, a partir de 2018, observou-se que o efeito da migração começou a diminuir, o que pode ser atribuído a ações do governo brasileiro, como o controle de fronteiras, a operação aco lhida e os acordos de interiorização.
Romero
VIOLÊNCIA CONTRA OS INDÍGENAS Dados divulgados pelo Atlas da Violência mostram que Roraima registrou taxa de 57 assassinatos de indígenas por 100 mil habitantes, em 2019. O percentual é o segundo maior do País. O Estado perde apenas para o Rio Grande do Norte (68,8). O levantamento mostra também que, em números absolutos, 41 indígenas foram mortos em Roraima, em 2019, atrás apenas do número registrado no Amazonas (49) e à frente do Mato Grosso do Sul (39). A taxa de assassinatos também chega a ser maior que a de habitan tes não indígenas (38,6), conforme o Atlas. O mesmo foi registrado no Mato Grosso do Sul (44,8 ind;17,7 hab), Santa Catarina (24,3 ind;10,7 hab), Rio Grande do Norte (68,8 ind;38,4 hab) e Rio Grande do Sul (20 ind;19,2 hab).
PATRIOTA 3130 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
Teresa Surita MDB Antônio Denarium PP Juraci Escurinho PDT Rudson Leite PV Fábio Almeida PSOL Candidatos ao Senado Jucá MDB Telmário Mota PROS Hiran Gonçalves PP Maranhão do Povão PDT Ozéas Colares Helder Girão PMN Dr. Ilderson PTB Bartolomeu da Silva Costa
PSOL Maurício
Cinco nomes disputam vaga ao Governo de Roraima e nove concorrem ao Senado Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
PODEMOS
BOA VISTA (RR) – Em Roraima, dos mais de 652.713 habitantes do Estado, 366.240 estão aptos a votar nas eleições de outubro para escolher deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente da República. Cinco candidaturas disputam a vaga para governador no Estado mais pobre do País. Segundo o Instituto Brasileiro de Geo grafia e Estatística (IBGE), Roraima tem Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 14,3 bilhões. Disputam a vaga, o atual governa dor Antônio Denarium (PP), a ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB), Juraci Escurinho (PDT), Rudson Leite (PV) e Fábio Almeida (PSOL). Já a disputa para a única vaga no Senado nas eleições deste ano tem nove nomes, o ex-senador Romero Jucá (MDB) tenta a reeleição; o senador Telmário Mota (Pros); o deputado federal Hiran Gonçalves (PP); Maranhão do Povão (PDT); Ozéas Colares (Podemos); Helder Girão (PMN), Dr. Ilderson (PTB), Maurício Costa (Patriota) e Bartolomeu da Silva (PSOL).
ECONOMIA Roraima apresentou uma queda de 2,6 pontos percentuais na taxa de desemprego no segundo trimestre de 2022, conforme os dados divulgados pelo IBGE. A taxa ficou em 6,2%, menor que a do primeiro trimestre, com 8,8%. Segundo o instituto, o número colocou o Estado abaixo da média nacional de desemprego, que é de 9,3% e recuou no trimestre encerrado emAtualmente,junho. a atividade econômica de Roraima concentra-se nos serviços, mas também tem considerável contribuição do setor público. Na área de saneamento básico, o abaste cimento de água chega a 90% das residên cias e o esgotamento sanitário a menos de 30%. De cada dez domicílios, sete contam com o serviço de coleta de lixo. No campo da educação, a taxa de anal fabetismo é de 6%, menor que a média nacional de 7%. Os jovens que não estu dam nem trabalham somam 23%. Em Roraima, 90% do território é formado por reservas ecológicas e indígenas, além de terras da União e do Exército.
CRISE MIGRATÓRIA Uma nota publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em junho, concluiu que os salários formais em Roraima tiveram uma redução de quase 10%, após o início da onda de migração. A nota fez uma análise sobre o impacto da crise instaurada na Venezuela, que, desde 2013, provoca instabilidade no Estado brasileiro, principal porta de entrada para os imigrantes venezuelanos. O estudo utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con tínua (Pnad Contínua) e o Método de Controle Sintético proposto por Abadie e Gardeazabal (2003) e Abadie, Diamond e Hainmueller (2010) para avaliar como o choque migratório venezuelano afetou os salários no mercado de trabalho local. O ápice do impacto negativo ocorreu em 2017, exatamente no momento em que fluxos migratórios aumentaram expressi Roraima: economia frágil e desafiosindígenasquestõessão
É a primeira vez que o Atlas da Violência, elaborado a partir de uma parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Instituto de Economia Aplicada (Ipea) e o Ins tituto Jones dos Santos Neves (IJSN), e que tem como base os números apre sentados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, divulga dados sobre violência letal contra indígenas.
DESAFIOS ECONÔMICOS Tocantins apresenta o Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 39,356 milhões. O Estado atingiu o primeiro lugar no cresci mento do PIB e registrou o maior percen tual de crescimento entre os Estados. Com isso, um dos desafios dos próximos gover nantes será manter em alta os números.
Outro desafio no setor econômico será manter em queda a taxa de desemprego, que no segundo trimestre deste ano che gou a 5,5%. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de janeiro a junho de 2022, foram registrados 58.762 novos postos de trabalho no Estado, enquanto 50.937 pessoas perderam seus empregos.
POTENCIAL TURÍSTICO Com uma grande variedade de mani festações culturais, o Tocantins é repleto de cenários naturais com grande poten cial turístico. Os locais, moldados prin cipalmente pela fé e pela religiosidade, formam a identidade dos tocantinenses. Entre as belezas naturais, destacam-se: a Ilha do Bananal, o Jalapão e o Cantão, ambientes de grande importância socio ambiental. Luciano DC PIB e tem queda no desemprego mais novo Figueiredo – Da
do Brasil busca o oitavo governante Eduardo
Carmen Hannud PCO Ricardo Macedo PMB Irajá PSD Karol Chaves PSOL Paulo Mourão PT cresceTocantinsem
Ronaldo Dimas PL Wanderlei Barbosa REPUBLICANOS Candidatos ao Governo do Tocantins Dr.
Estado
MANAUS (AM) – O mais novo Estado do Brasil, com 33 anos de criação, Tocantins é habitado por 1.383.445 pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, 1.094.003 eleitores estão aptos a votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e devem escolher o oitavo governador do Estado caçula. Ao longo de sua existência, o Tocantins teve sete governadores, mas apenas quatro deles foram escolhidos pela população por meio do voto, os outros chegaram ao poder após renúncia ou cassação dos titulares. Neste pleito, oito candidatos estão na disputa pela cadeira de governa dor e outros 12 lutam pela única vaga ao SenadoConcorremFederal.ao
cargo de governador os seguintes candidatos: Carmen Han nud (PCO), Ricardo Macedo (PMB), Dr. Luciano de Castro (DC), Irajá (PSD), Karol Chaves (PSOL), Paulo Mourão (PT), Ronaldo Dimas (PL) e Wanderlei Barbosa, candidato à reeleição pelo Republicanos. Ao Senado, os 12 candidatos que dispu tam a vaga são: Andreia Schmidt (PMB), Ataíde Oliveira (Pros), Carlos Amastha (PSB), Guaracy Batista (Avante), Kátia Abreu (PP), Lazara Marley (DC), Lúcia Viana (PSOL), Mauro Carlesse (Agir), Claudemir Lopes (Patriota), Professora Dorinha (União), João Helder Vilela (PT) e Vanderlan Gomes Araújo (PRTB).
Revista Cenarium 3332 www.revistacenarium.com.br ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES REVISTA CENARIUM
de Castro
MANAUS (AM) – Uma pesquisa de opinião encomendada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e realizada pelo Instituto Action aponta que 62,4% dos eleitores afirmam que o conhecimento sobre a região e a defesa da floresta são fatores que influenciam o voto para a presidência da República. O levantamento intitu lado “Amazônia Legal Brasileira aliada a Questões Socioambientais” ocorreu entre os meses de maio e junho de 2022, e ouviu 2.776 pessoas dos nove Esta dos da Amazônia Legal, sendo 384 do Amazonas. Segundo a pesquisa, os participantes também afirmam que os atuais governantes não fazem o suficiente pela região. Outros tópicos, como saúde, educação e segurança, foram considerados temas mais importantes pelos entrevistados. As pautas, porém, foram classificadas como “genéricas” e sempre abordadas nos debates, podendo fazer a diferença no voto, se forem relacionadas a questões amazônicas.
O superintendente-geral da FAS, Virgí lio Viana, ressalta que a pesquisa revela, de forma inédita, que a população amazônida está alinhada com a conservação das florestas, o desenvolvimento socioeconômico da região e a proteção de direitos dos povos indígenas.
Entre os temas mais citados pelos entrevistados como importantes para o desenvolvimento da região, estão: combate ao desmatamento (43,3%), preser vação da floresta (21,9%) e diminuição das quei madasDesenvolvimento(12,5%). sustentável, combate ao garimpo ilegal, aumento das áreas de conservação na floresta, poluição de rios e igarapés, e recursos aos povos indígenas e ribeirinhos também fazem Visão socioambiental Também foi pedido aos participantes da pesquisa, que abrangeu os nove Estados da Amazônia Legal brasileira, que resumissem o que pensam sobre a Amazônia com uma palavra, apenas. A mais mencionada foi a palavra “preservar”. As demais foram “nossa casa”, “vida”, “cuidar”, “bom lugar”, “amor” e “investimento”.Aindasegundo a pesquisa, 88,5% concor daram com a afirmativa de que as árvores, nas ruas e praças, podem diminuir o calor. Além disso, 90,9% concordaram ainda que conservar a floresta faz bem para a quali dade de vida da população de toda a Região Amazônica.Para91,4%, as escolas deveriam ensinar mais sobre a região e 89,6% afirmaram que os povos que vivem na floresta precisam ter seus direitos e vidas respeitados, para garantir que a floresta permaneça viva.
SOBRE A PESQUISA DE OPINIÃO Para os jovens, a Amazônia é o “coração do mundo”. Neste contexto, os eleitores de 16 a 24 anos são, dentre todos, os que mais consideram necessário que os candidatos apresentem propostas e projetos concisos para proteger e explorar a floresta de forma legal e sustentável. A pesquisa também abordou os temas que a população do Amazonas considera prioritários nos debates dos presidenciáveis. Para 85,6% dos eleito res amazonenses, a conservação da floresta precisa fazer parte do plano de governo dos candidatos à Presidência nestas eleições.
parte dos temas que os eleitores esperam que sejam debatidos nas Eleições 2022. A conservação das terras indígenas, explo ração ilegal de madeira, bioeconomia, eco turismo, fiscalização de recursos naturais e a importância de fazer o Polo Industrial de Manaus (PIM) se envolver na conservação da floresta, por meio da bioeconomia, integram a lista de temas.
ENTENDER A AMAZÔNIA
Conhecimento sobre a região é fator decisivo para 62% dos eleitores, diz pesquisa Ana Luísa Alverca – Especial para a Revista Cenarium
“Em todas as faixas etárias, de renda e esco laridade existe uma visão de que o desmata mento é algo ruim, que as queimadas fazem mal à saúde e que o garimpo ilegal é fonte de problemas para quem mora na Amazônia. Tudo isso é importante para o debate nacional e para as eleições”.
ELEIÇÕES 2022 PODER & INSTITUIÇÕES 3534 www.revistacenarium.com.br
MANAUS (AM) – O Tribunal de Contas do Estado do Amazo nas (TCE-AM) tem avançado para além do dever de analisar as contas públicas, investindo na preservação do meio ambiente e do bioma amazônico. A vocação da Corte de Contas amazonense em ser defensora do meio ambiente teve início em 2011 e encontrou coro em uma ação conjunta de diversos conselheiros -presidentes.“Quando iniciamos essas ações com foco no controle ambiental, tanto de forma externa, quanto internamente, algumas pessoas nos criticaram, pois não entendiam que essa era uma prerrogativa dos Tribunais de Contas. No entanto, é dever das Cortes de Contas zelar pelos patrimônios públicos dos seus Estados e a Floresta Amazônica é um dos maiores patrimônios do Amazonas, deixando clara a necessidade de encamparmos essa defesa pela sustentabilidade com seriedade e compromisso”, explicou o coordenador de Ações Ambientais do TCE-AM, conselheiro Júlio Pinheiro.
“Além das lâmpadas, também fazemos a destinação correta de pilhas, papelões, plásticos, metais e diferentes materiais que poderão ser reciclados ou incinerados de forma responsável. Quem ganha com isso, além do meio ambiente, é a própria sociedade, que pode ter a tranquilidade de que, além de cobrar e punir, o TCE também dá o bom exemplo”, concluiu.
Tribunal de Contas do Estado do Amazonas investe em descarte sustentável de resíduos e materiais Pedro Sousa - Especial para a Cenarium TCE-AM em defesa do meio ambiente
A trituração das lâmpadas serve para separar o pó de vidro dos resíduos de mercúrio, aoaltamentematerialprejudicialmeioambiente
“Precisamos ser responsáveis também na hora de descartar esses materiais de forma correta e sustentável” Érico Desterro, conselheiro-presidente do TCE-AM.
“O procedimento de trituração serve para separar o pó de vidro dos resíduos de mercúrio contidos nas lâmpadas, material altamente prejudicial ao meio ambiente, caso descartado de forma incorreta, mas que pode ser transformado até mesmo em artesanato, após seguido o procedi mento completo de trituração, separação e incineração dos materiais”, detalhou o engenheiro.Segundo o conselheiro-presidente do TCE-AM, Érico Desterro, a ação acontece de forma recorrente na Corte de Contas.
Segundo o engenheiro ambiental Alacid Araújo, já na empresa, as lâmpadas são trituradas em uma máquina apelidada de ‘Papa Lâmpadas’.
“Essa é uma ação que já fazemos, há alguns anos, no Tribunal. É natural que os órgãos públicos precisem realizar trocas de diver sos equipamentos que vão se deteriorando com o tempo. O objetivo é sempre fazer a troca por equipamentos novos, eficientes e econômicos. No entanto, esse proce dimento gera os resíduos sólidos, mais conhecidos como lixos, e não podemos simplesmente descartar em um balde de lixo, ou pior, em algum lugar no meio ambiente. Precisamos ser responsáveis também na hora de descartar esses mate riais de forma correta e sustentável”.
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Ativas e em pleno funcionamento, as ações ambientais do Tribunal de Contas do Amazonas continuam sendo realizadas na gestão do conselheiro Érico Desterro. Uma das mais recentes ocorreu no início do mês de julho de 2022, quando a Corte de Contas destinou, de forma ambiental mente correta, 1.243 lâmpadas após pleno uso e substituição na sede do tribunal. Realizada em parceria com a empresa Ecomix Sustentável, a ação consistiu na separação, coleta e transporte do material.
‘PACOTE AMBIENTAL’
VIGILÂNCIA CONTÍNUA
“É dever das Cortes de Contas zelar pelos patrimônios públicos dos seus Estados e a Floresta Amazônica é um dos maiores patrimônios do Amazonas” Conselheiro Júlio Pinheiro, coordenador de Ações Ambientais do TCE-AM.
Conforme a diretora de Controle Externo Ambiental do TCE-AM, Anete Ferreira, essa ação faz parte de diversas outras destinações corretas realizadas pela Corte de Contas.
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Entre as demais ações do TCE-AM em defesa do meio ambiente estão a coleta seletiva de resíduos, uso de energia solar, reaproveitamento da água da chuva, plan tio de mudas de plantas e, até mesmo, a transformação de lixo orgânico em com posto que serve de adubo para os jardins no tribunal e para instituições parceiras.
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Lei demedidoresbarraenergia
MANAUS (AM) – O presidente da Assembleia Legislativa do Amazo nas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), assinou a promulgação da Lei n.º 5.981/2022, que proíbe a conces sionária de energia elétrica de instalar, no Amazonas, os chamados medidores aéreos, que vinham sendo motivo de reclamações e protestos por parte da população de Manaus. A edição do Diário Oficial do Legislativo de 19 de julho de 2022 traz a publicação da lei, que passou a vigorar imediatamente. “Cumprimos todos os prazos previstos em nossa Constituição estadual. Como o Poder Executivo não sancionou a lei em 15 dias úteis, esperamos as 48 horas constitucionais e, finalmente, pudemos dar essa resposta à população, com a lei pro mulgada e publicada”, explicou Cidade. Segundo o parlamentar, a nova lei era aguardada pela população, que não con cordava com a decisão unilateral da con cessionária de colocar os medidores nos postes, sem a anuência dos consumidores e tirando deles o direito de fiscalizar a medição de seu consumo. “Cumprimos o nosso papel de legis lar em benefício da população do nosso Estado. Precisamos que a concessionária de energia aja com mais transparência nessas questões. Aproveito para parabenizar os deputados Sinésio Campos, Carlinhos Bessa e Fausto Júnior, autores da lei, e os demais parlamentares que votaram de forma favorável à matéria”, disse. A nova lei estende a proibição da ins talação de medidores do Sistema de Medição Centralizada (SMC) ou Sistema Remoto Similar tam bém às concessionárias do fornecimento do serviço de água. E prevê multa, caso seja descumprida, com a fiscalização a cargo do Instituto de Defesa do Consumidor do Amazo nas (Procon-AM). PRESTAÇÃO DE CONTAS Roberto Cidade tam bém prestou contas das atividades parlamentares do primeiro semestre do parlamento estadual. Dentre os pontos destacados por Cidade estão as aprovações do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023 (LDO); do Plano de Cargos, Carreira “Cumprimos o nosso papel de legislar em benefício da população do nosso Estado” Roberto Cidade, presidente da Aleam. Presidente da Aleam assina promulgação da lei que proíbe a instalação de medidores aéreos de energia elétrica Da Revista Cenarium
e Salários dos servidores da Sefaz; do Ser viço Extra de Gratificação para Bombeiros e Policiais Militares; dos reajustes salariais para servidores da Saúde, para a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), para o Instituto de Desenvolvimento Agrope cuário e Florestal do Amazonas (Idam), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e para os peritos cri minais, legistas e odontolegistas da Polícia Civil. E ainda a criação do Fundo Estadual de Proteção e Defesa Civil, do Centro Integrado de Atenção à Criança Vítima de Violência e a autorização para o Executivo contrair empréstimos que resultaram em obras de infraestrutura na capital e interior. “Encerramos o primeiro semestre com a pauta de votação zerada. Todos os projetos que vieram do Executivo e dos demais poderes estaduais foram aprecia dos pelas comissões, tramitaram de forma regimental, tudo organizado como deve ser. Temos votado em torno de 30 projetos, por semana. Tudo que esteve apto, colo camos para votar e todos os projetos mais relevantes foram votados. Não seguramos nada. Trabalhamos todas as semanas de forma regimental e temos o sentimento de dever cumprido”, afirmou.
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O presidente destacou ainda a reali zação da segunda edição do Fórum Esta dual das Casas Legislativas do Amazonas (Feclam) e a consolidação do evento no calendário oficial da Casa; o aumento em 38% dos vencimentos dos servidores efetivos da Aleam; a conclusão da CPI da Energia; e a realização do programa Parlamento Jovem que, depois de alguns anos, voltou a ter alunos do interior. Neste ano, representantes de Parintins, Iranduba, Manacapuru e Presidente Figueiredo par ticiparam da edição do programa.
DE VOLTA AO “JOGO”
Entre as lideranças políticas do MDB de 11 Estados que declararam apoio a Lula já no primeiro turno, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) talvez seja um dos que mais lucraram com a adesão. Ao confirmar que será o palanque do ex-presidente no Amazonas, Braga, avaliam ana listas, “volta pro jogo” eleitoral e pode ganhar mais adesões e romper seu isolamento político. A aprovação do seu nome pela executiva da Federação PT/PV/PCdoB como candidato ao governo da chapa pode atrair mais apoios, sobretudo no interior, onde Lula leva vantagem sobre Bolsonaro, segundo as pesquisas.
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GUEDESEAZFM
DENUNCIAEX-SERVIDORBrasíliaFUNAI
POR CONEXÃO COM MILÍCIA E NEGLIGÊNCIA COM INDÍGENAS ISOLADOS
VEXAME INTERNACIONAL A repercussão internacional da gestão anti-indígena da Funai rendeu mais um vexame ao seu presidente, Marcelo Xavier. Ele teve de deixar, constrangido, um evento que discutia a situação dos povos indígenas da América Latina e Caribe, em Madri, aos gritos de “Miliciano”. As acusa ções mais graves partiram do ex-servidor da Funai, Ricardo Rao, que já apresen tou à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados um dossiê no qual acusa a chefia do órgão de crimes e denuncia a presença da conexão entre a milícia e o órgão federal. Rao já pediu asilo à Noruega, em virtude das ameaças que vem sofrendo.
Coluna Via
Documentos divulgados pela Orga nização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil revelam que o coor denador-geral de índios isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai), Geovanio Oitaiã Pantoja, mais conhe cido como Gevanio Katukina, traba lhou contra o objetivo do setor que comanda. O servidor ocupa o último cargo na Funai que foi do indigenista Bruno Pereira - assassinado no Vale do Javari (AM). Mesmo após funcio nários do órgão coletarem indícios de índios isolados no Igarapé Ipiaçava”, na Terra Indígena (TI) Ituna Itatá, sul do Pará, Katukina emitiu um parecer contestando a existência do “povo n.º 110”. A Funai chegou a divulgar que não iria renovar a portaria de proteção à TI por não ser possível constatar a presença destes, mas a Justiça interveio e garantiu a renova ção da proteção à área.
BOLSONARISTA PRESO Mesmo sem tomar posse como presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes já dá exemplos de como deve ser sua gestão. Mandou prender o bolsonarista Ivan Rejane, em Belo Horizonte (MG). Em vídeos, tuítes, mensagens de Instagram, ele diz que a direita vai caçar Lula e que é preciso matá-lo. Diz também que os ministros do STF devem fugir do País, caso contrário, serão assassinados pelas pessoas de bem do Brasil. Dada a dificuldade de combater o bolsonarismo nas redes sociais, a prisão parece a única medida didática e punitiva que pode deter a violência nas eleições.
Paulo Guedes sempre atacou aber tamente a Zona Franca de Manaus e demais políticas de desenvolvimento regional baseadas em subsídios fiscais. Com constância, aplica medidas que são nocivas não somente à ZFM, mas à ativi dade industrial no País, como a redução gradual do Imposto sobre Importação (II), que chegará a zero. As mexidas no II são um estímulo à importação, uma vez que produzir em Manaus alguns bens deixa de ser competitivo. O resultado dessa cartilha ultraliberal poderá ser o fechamento de empresas e a transferên cia dos empregos para a China, política que se manterá num segundo governo Bolsonaro, que garante manter Guedes no comando da Economia.
RETALIAÇÃO A coordenação da campanha Lula-Alckmin comemora o fato de ter destravado o diálogo com setores, até agora, refratários ao PT, como o dos militares e segmentos do agronegócio. A campanha avalia que outros ramos da sociedade e da economia ainda não estabeleceram pon tes abertamente por medo de retaliações por parte de Bolsonaro e do governo. Entre eles, estão segmentos da indústria, do mercado financeiro e os grandes pastores evangélicos. A ideia não é buscar os votos destes seto res que já se manifestaram em favor de Bolsonaro, mas abrir interlocução para garantir um convívio saudável na campanha eleitoral, em um eventual governo do PT.
(*) Odenildo Sena é linguista, com mes trado e doutorado em Linguística Aplicada e tem interesses nas áreas do discurso e da produção escrita.
Odenildo Sena como leitor, para despertar nos outros o desejo de também serem leitores apaixonados; Transformemos o livro no mais necessário e fascinante dos presentes. Vamos surpreender amigas, amigos, conhecidos e desconhecidos presenteando-os com livros em ocasiões de aniversário, em festas de confraternização no trabalho, na escola, na vizinhança ou em outro lugar qualquer. Idealizemos, sempre que possível, a brincadeira do amigo oculto, em que o livro já lido seja o presente da vez. Com isso, tenho certeza de que haverá sempre possibilidades do encantamento de novos leitores ou da reafirmação de antigos leitores; Que tal adotarmos a técnica do esqueci mento? Funciona que é uma beleza! Sabe aqueles livros que você já leu, não pretende fazer a releitura e que estão esquecidos na estante? Sempre que sair de casa, carregue um ou mais deles consigo e, deliberadamente, ‘esqueça-os” em algum lugar. Sempre haverá alguém disposto a resgatá-los. E as chances de fisgar leitores será muito grande. Mas estas são apenas algumas sugestões de estratégias de disseminação da leitura que acabam de me passar pela cabeça. Há outras, muitas outras nas quais você pode pensar.
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A revolução pela leitura
O importante mesmo é que somemos for ças e ações, num esforço coletivo forte e permanente, para acendermos a chama da leitura, em novos leitores, ou atiçarmos essa mesma chama em leitores que, por alguma razão, andam desanimados.
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Associem-se a esses fatores, em grau mais determinante ainda, as desigualdades econô micas e sociais. Neste aspecto, por exemplo, não tenho nenhuma dúvida de que, em lares onde pai e mãe são leitores e os livros estão sempre à mão, o despertar do interesse dos filhos pela leitura é muito mais provável de acontecer, inclusive, de forma acidental. Lembro-me de que em casa, de propósito, eu sempre tive o cuidado de deixar os livros ao alcance das mãos de meus filhos. Nada de sacralizar os livros no alto das estantes, como objetos inacessíveis e propriedade particular minha. Mas, ao lado disso, a verdade é que o livro é também um produto caro e está ao alcance de poucos. O quadro é, de fato, alarmante, porque projeta, como eu falei acima, uma queda de braço entre a civilização e a barbárie. E a barbárie, sobretudo no Brasil, por tudo o que se vê em toda e qualquer perspectiva, está levando a melhor. Diante disso, penso que cabe a nós, privi legiados leitores que somos, nos envolvermos direta e incansavelmente em sucessivas bata lhas, na esperança de conseguirmos, mesmo em longo prazo, revertermos essa situação. Estou aqui pensando em algumas estratégias de enfrentamento que estão ao nosso alcance: Façamos da leitura uma atividade osten siva, sem nenhuma discrição, para que todos possam ver que somos leitores com orgulho. Leiamos em casa, na frente dos nossos filhos, netos e parentes, nos trans portes públicos, nos bancos das praças, nos pontos de ônibus, na praia, na varanda, na sala de espera dos consultórios e por aí afora. Enfim, transformemos a prática da leitura em um exibicionismo libertador e contagiante, sem nenhuma contraindicação; Vamos reduzir nossa biblioteca particular ao mínimo indispensável. Deixemos que a maior parte dos nossos livros circule sem restrições nas bibliotecas públicas, nos centros de convivência, no balcão da mercearia do bairro, na vizinhança, nas mesas dos bares, nas áreas comuns do condomínio, em locais de reunião e por aí afora. Afinal, livros empo eirados e esquecidos em nossas estantes são escravos aprisionados que não cumprem o papel revolucionário de transformar vidas e contribuir para um mundo um pouco melhor; As redes sociais são um excelente espaço para contagiar amigas, amigos e até inimigas e inimigos com nossas leituras. Vamos com partilhar fotos com o livro que estamos lendo; falemos do tema do livro, da abordagem do autor, dos personagens, dos implícitos, dos possíveis desfechos, das lições de vida; vamos sugerir leituras às pessoas com quem mantemos interlocução. Enfim, vamos falar apaixonadamente sobre nossas experiências
ARTIGO – ODENILDO SENA
Asituação é alarmante. Debruço-me sobre os dados e entro em quase desespero. 41% dos brasileiros não leram nenhum livro durante o período de um ano. Apenas 1% leu quatro ou mais livros por ano. Busco os dados de Portugal. Proporcionalmente, o quadro não é menos preocupante. 61% dos portugueses não leram nenhum livro em 2020. Dos 38% que leram, entretanto, 1% leu mais de 20 livros. De uma forma ou de outra, fico com a impressão de que estamos nos distanciando perigosamente do que chamaríamos de patamar civilizatório e nos aproximamos, com razoável velocidade, da barbárie. Um dado curioso e determinante, no caso de Portugal, é que 71% dos inquiridos afir mam que os pais nunca os levaram a uma livraria; 75% dizem que os pais nunca os levaram a uma feira de livros e 77% nunca foram motivados a entrar numa biblioteca. Não deve ser muito diferente em relação ao Brasil. De qualquer modo, aí parece estar uma das causas mais nevrálgicas do distanciamento da prática da leitura: a falta de convivência mínima com os livros, o que neutraliza o despertar natural da curiosidade em tocá-los, folheá-los e, possivelmente, ser fisgado por algum lance, em alguma de suas páginas, e ali começar a se construir uma história de leitor. Eu sei que há muitos e muitos outros fatores a serem considerados nesse processo de deterioração da leitura. A atuação tímida da escola é um deles; a ausência de bibliotecas em áreas mais carentes é outro; a negligência do poder público em promover indiscrimina damente o livro é outro fator determinante.
Por fim, façamos da leitura o nosso estan darte revolucionário da luta contra a igno rância e a barbárie. No mínimo, estaremos a contribuir para um mundo mais pleno de consciência, para um mundo mais humano, mais civilizado e mais inclusivo.
Revista
preserva
Wilson Lima, governador do Amazonas. “Ganhamos hoje e seguiremos atentos”. “O governo só editou esse novo decreto, não é porque ele é bonzinho. Foi porque conseguimos as liminares no Supremo Tribunal Federal” Omar Aziz, senador pelo Amazonas. ‘força’ decreto que Zona Franca decreto do IPI que assegura Polo Industrial de Manaus repercute entre políticos: Da Cenarium
Também pelas redes sociais, o senador Omar Aziz (PSD) comemorou o decreto que acolhe os argumentos protocolados pelo partido Solidariedade em uma ação contra o decreto de redução do IPI, mas declarou que ainda vai avaliar os demais produtos da ZFM que estão listados.
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‘Vitória para os amazonenses’ Ívina Garcia –
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AM
ATAQUE Durante a madrugada do dia 30 de julho, Bolsonaro, publicou o Decreto n.° 11.158, na edição extra do Diário Oficial da União (DOU), atacando a Zona Franca de Manaus. Na publicação, constava que ele reduzia em 35% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de concentrados e que retirava itens produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM) da correção. Na publicação, o governo federal elen cou uma lista de Nomenclatura Comum do Mercosul (NCMs), utilizada para iden tificar os produtos que representariam grande parte do faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), medido em R$ 12 bilhões em importações. No entanto, o ex-superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e consultor tributário, Thomaz Nogueira, explica que dos produ tos elencados, dois tiveram venda zero e o presidente deixou de fora o NCM, que representa eletrônicos que produziram R$ 3,1 bilhões. De acordo com Nogueira, essa manobra de Bolsonaro tentava barrar ações já exis tentes no Supremo contra outros decretos já suspensos pelo ministro Alexandre de Moraes. Na publicação extra, Bolsonaro extinguia decretos anteriores, tentando tornar as ações no STF “sem objeto”, o que congelaria as ações movidas pela bancada federal do Amazonas. REAÇÃO Como reação, no dia 3 de agosto, o governador Wilson Lima (União Brasil), autorizou que a Procuradoria-Geral do Estado do Amazonas (PGE-AM) entrasse com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF contra o decreto federal para manter decisão que resguardava a Zona Franca de Manaus (ZFM). No dia 8 de agosto, decisão mono crática do ministro Alexandre de Moraes suspendeu o decreto presidencial n.º 11.158/2022. O ministro atendeu ao pedido de aditamento do governador do Amazonas feito por meio da PGE-AM, às ADIs 7155 e 7159, que já questionavam decretos presidenciais anteriores (11.047, 11.052 e 11.055), que tratavam do mesmo tema. Segundo os aditamentos às ADIs apresentadas por Wilson Lima, o novo decreto presidencial incidiria nos mesmos vícios de inconstitucionalidade apontados anteriormente.Nodia6demaio, Alexandre de Moraes já havia deferido liminar na ADI 7153 suspendendo os efeitos dos três decretos presidenciais que reduziram as alíquotas de IPI sem medidas compensatórias para os produtos da ZFM.
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“Estão de parabéns todos aqueles que se somaram à nossa bancada, no Congresso, para derrubar os decretos que feriam de morte nosso modelo econômico. Um novo decreto publicado, hoje, devolve a compe titividade da ZFM e mostra que os nossos esforços não foram em vão”, declara.
Em julho, decreto publicado pelo presidente da República reduzia o IPI de concentrados excluindo itens produzidos na ZFM
O ministro observou que o decreto era igualmente capaz de gerar impacto no modelo de desenvolvimento regional mantido pela Constituição Federal, que assegura o tratamento diferenciado da região como compensação pelos maiores custos decorrentes dos desafios enfrenta dos pela indústria local, afetando, assim, a competitividade do polo.
MANAUS (AM) – A publicação do Decreto nº 11.182/2022, no dia 24 de agosto, pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que garante a redu ção de 35% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da maioria dos itens fabricados no País e, simultaneamente, promete preservar a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM), foi come morada por políticos do Amazonas. O decreto publicado pelo Ministério da Economia atende à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de salvaguar dar o Polo Industrial, aumentando de 61 para 170 os produtos produzidos no Amazonas que não sofrerão o impacto da redução do IPI. Na lista de produtos que não vão ter redução, estão listados o xarope de refri gerantes, isqueiro, carregador de bateria, lâmina de barbear, caixa registradora, relógio de pulso, caneta esferográfica e máquina de lavar louça. Mesmo com a limitação, há outros 4 mil produtos que serão beneficiados pelo corte no restante do território nacional.
“Se houver alguma indústria que vá perder emprego, que não estiver inclu ída no documento, nós iremos ao STF novamente”, afirmou Aziz, senador do Amazonas.“Ganhamos hoje e seguiremos aten tos“, declarou Omar Aziz. “O governo (Bolsonaro) só editou esse novo decreto, não é porque ele é bonzinho conosco. Foi porque nós conseguimos as liminares no Supremo Tribunal Federal”, disse em vídeo publicado nas redes sociais. “Vitória para amazonenses!”os“Agora, mais de 109 produtos tiveram sua proteção reconstituída e a competitividade da ZFM está mantida”.
Em vídeo enviado à imprensa, o deputado federal e candidato à reeleição Marcelo Ramos destacou que a medida preserva não só empregos, mas escolas, hospitais, a Universidade do Estado do Amazonas e os recursos que financiam serviços no interior do Estado. Marcelo Ramos agradeceu, em nota, os envolvidos que somaram com a bancada, no Congresso, para derrubar os decretos que prejudicavam a ZFM. “Nossa luta pela Zona Franca de Manaus foi vito riosa! Enfim, o governo reconheceu que ao baixar o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, dos itens produzidos aqui colocava 400 mil empregos e a nossa economia em risco.
Já o deputado federal Bosco Saraiva (Solidariedade) havia comemorado o aco lhimento da ação pela Procuradoria-Geral da República, no dia 21, e declarou que na época isso já era um avanço para “a vitória definitiva da manutenção intocada da nossa Zona Franca de Manaus”. O deputado também afirmou em publicação que vai continuar lutando em Brasília pelo Polo.
REPERCUSSÃO O governador do Amazonas, Wilson Lima, declarou nas redes sociais sobre a redução do imposto: “Vitória para os amazonenses!”, comemorou. “Um novo Decreto do IPI foi publicado, nesta quar ta-feira, 24, no Diário Oficial da União (DOU) revogando os itens prejudiciais ao Amazonas. Agora, mais de 109 produtos tiveram sua proteção reconstituída e a competitividade da ZFM está mantida”, disse o governador.
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“Nós ainda temos mais de 1,5 milhão de pessoas que não retornaram para completar o ciclo vacinal”. Nelson Barbosa, médico infectologista.
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“Com isso, ressalta-se a importância de intensificar os esforços para a vacina ção da população, com ampliação das campanhas publicitárias de incentivo à vacinação, principalmente, na oferta da administração da vacina contra a Covid19 para pessoas com idade a partir de 3 anos e da segunda dose de reforço para pessoas com idades a partir de 18 anos, e profissionais de saúde, bem como a contí nua oferta de exames de diagnósticos nas portas de entrada dos serviços de saúde e pontos estratégicos”, alerta a FVS-RCP, no boletim.
“Nós ainda temos mais de 1,5 milhão de pessoas que não retornaram para com pletar o ciclo vacinal. Sem falar que nós temos mais de 250 mil que não tomaram nem a primeira dose, e são essas pessoas que servem de celeiro para o aparecimento de novas variantes e subvariantes”, afirmou o médico infectologista Nelson Barbosa. Para o especialista, é necessário que haja investimento pesado na vacinação por parte das autoridades de Saúde, mesmo diante da diminuição de casos da doença. “O importante, agora, com essa queda no número de casos e internações, é que os agentes públicos devem investir pesado na vacinação e levar as vacinas às pessoas”, destacou.NoAmazonas, o rebaixamento de fase, de acordo com o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), é con sequência da estabilização na taxa de positividade e internações pela doença, nas últimas semanas de julho. A funda ção, contudo, alerta para a circulação, no Estado, de novas variantes da Ômicron, as sublinhagens BA.4 e BA.5, que são as de maior transmissibilidade.
AM volta à fase amarela da pandemia, em meio ao aumento das internações pela doença na Região Norte; ‘Ainda requer cuidado’ Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
Crescimento do número de casos confirmados levou ao aumento das internações Covid-19 em alta Segundo o Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados até 30 de julho, as hospitalizações por Covid-19 ainda mantêm tendência de alta na Região Norte. Segundo o órgão, em todo o Brasil, somente os Estados de Mato Grosso, Maranhão e Piauí apre sentam sinais claros de manutenção de crescimento, enquanto em Sergipe é possível que a alta seja apenas uma oscilação.Apesar do Amazonas voltar à fase amarela da Covid-19, o Estado foi incluído no Boletim InfoGripe: além dele, outras 7, das 27 Unidades Fede rativas, apresentaram sinal de cres cimento, nas últimas seis semanas, que são o Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe. Os demais Estados e o Distrito Federal mostram estabilidade ou queda na tendência de longo prazo. Ainda de acordo com o estudo, nas quatro últimas semanas epide miológicas, oito em cada dez casos virais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram causados pelo SARS-CoV-2. A prevalência entre os casos, como resultado positivo para o vírus respiratório, foi de 1,9% para Influenza A, 0,1% para Influenza B, e 5,6% para o Vírus Sincicial Respira tório (VSR).
MANAUS (AM) – Em meio ao aumento de hospitalizações na maioria dos Estados da Região Norte do País associado à Covid-19, o Amazonas está na contramão e voltou à fase amarela da pandemia, a de baixo risco de transmissibilidade, após três semanas na fase laranja, de risco moderado. Para especialistas, o cenário epidemiológico, no entanto, ainda requer cuidado.
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Djan Amorim, líder regional da XP no Amazonas.
SÃO PAULO (SP) E MANAUS (AM) –O foco na inclusão socioeconômica e a integração mercadológica da Amazônia ao restante do País nortearam importantes debates, palestras e workshops de um dos maiores festivais de investimen tos do mundo, o Expert 2022, promovido pela empresa XP, em São Paulo, por onde passaram mais de 30 mil pessoas, nos dias 3 e 4 de Distanteagosto.mais de 3,8 mil quilômetros dos grandes centros comerciais do Sudeste do País, Manaus, no Amazonas, está entre as capitais brasileiras que compõem a rede da XP, com um espaço de 250 metros quadrados localizado na Zona Centro -Sul da capital, para fortalecer estudos sobre mercado, educação financeira e ser referência em pesquisas no Norte do País.
Presente no Expert 2022, o líder regio nal da XP no Amazonas, Djan Amorim, informou que a instalação de um escri tório da empresa em Manaus – ocorrida em abril deste ano – faz parte da política de integração regional da empresa e de análises das potencialidades da região.
XP Amazôniana
“Manaus possui a sexta maior eco nomia do Brasil e sedia um importante Polo Industrial para a Região Norte. Não é justo que seus habitantes deixem de ter acesso a projetos de educação financeira e estudos de mercado da XP por conta da sua condição geográfica”, apontou o executivo.Acapital amazonense possui participa ção de 20,18% no Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte, e 1,12%, no PIB nacional. O Amazonas, onde está locali zada a Zona Franca de Manaus (ZFM), foi responsável por 48,71% da arrecadação federal da 2ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, em 2021 — formada, ainda, pelos Estados do Acre, Amapá, Pará, Roraima e Rondônia.
Escritório implantado em Manaus faz parte da política de integração regional da empresa e considera potencialidades da região Ana Pastana – Da Revista Cenarium*
Escritório da XP Investimentos em Manaus está localizado no edifício Cristal Tower, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul
“Manaus possui a sexta maior economia do Brasil e sedia um importante Polo Industrial para a Região Norte. Não é justo que seus habitantes deixem de ter acesso a projetos de educação financeira por conta da sua condição geográfica”
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O percentual equivale a mais de R$ 15 bilhões. Soma-se ao valor econômico, a contribuição ambiental, pois, segundo informações da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o modelo é responsável pela preservação de 98% da Floresta Amazônica no Estado. O desenvolvimento sustentável na Amazônia entrou, também, na linha de grandes palestras do Expert 2022, como a da primeira-ministra do Reino Unido, entre 2016 e 2019, Theresa May. May reali zou participação remota, com transmissão ao vivo, na qual falou sobre assuntos de meio ambiente e liderança mundial. “Posso dizer que acredito que o mundo se preocupa com a Amazônia. É uma parte importante do meio ambiente mundial
Líder regional da XP no Amazonas, Djan Amorim falou sobre a potencialidades econômicas de Manaus
MERCADO DE INVESTIMENTOS A falta de estrutura financeira, por vezes, também leva ao adiamento de sonhos e planos que dependem de recursos financei ros. Transformar essa realidade é possível por meio de uma rotina de investimentos, mas muitos acreditam que esse universo é limitado apenas aos conhecedores de mercado e grandes investidores, o que não é verdade. As aplicações podem ajudar a trazer maior saúde financeira para quem ainda está organizando suas economias. Para o líder regional da XP Inc. no Amazonas, Djan Amorim, investir com segurança é fundamental para trazer ren tabilidade aos investidores, já que apenas economizar e guardar dinheiro “embaixo do colchão” significa perda de oportuni dades de monetizá-lo. Mas, conhecer as diversas oportunida des de fazer o seu dinheiro crescer de forma mais rápida e constante não elimina o falso pensamento de que é preciso dispor de uma quantia grande para investir. “É um mito que é preciso muito dinheiro para começar a investir. Atual mente, já é possível aplicar quantias de R$ 1 a R$ 100, por exemplo. Também não vale a pena deixar o dinheiro parado na poupança ou na conta-corrente do banco, porque a tendência é que o investidor leve mais tempo para concretizar seus objetivos”, explica Amorim. O especialista conta que, por exemplo, no Tesouro Direto, que é o programa de negociação de títulos públicos do governo, é possível investir com pouco mais de R$ 30. Porém, alerta para a importância da periodicidade, para que o investidor tenha resultados.“Aideia de como investir dinheiro é sobre ter recorrência, não importando muito, em um primeiro momento, o quanto você está aplicando. Afinal, a recorrência vai de encontro à lógica dos juros compostos, que ajuda muito a multi plicar o dinheiro a longo prazo, mas tudo isso passa pela busca do conhecimento”, analisa Djan Amorim.
Um dos maiores festivais de investimentos do mundo, a Expert 2022 recebeu mais de 30 mil pessoas, em dois dias acontecerfaz“QuemoBrasilsão empreendedores”.os Guilherme Benchimol, fundador da
UMAEMPREENDEDORISMO,CULTURA
Reafirmando o papel da educação para o futuro econômico do País, o fundador da XP Investimentos Guilherme Benchi mol palestrou no evento Expert 2022, no painel “Transformando o Futuro do Brasil”, com gerações de empresários e lembrou das oportunidades geradas pelos empreendedores brasileiros. “Quem faz o Brasil acontecer são os empreendedores”, disse o fundador da XP Investimentos. Segundo ele, educa ção, empreendedorismo e uma cultura de excelência são os fatores principais no processo de desenvolvimento. Na visão de Benchimol, existe muita assimetria de informação no mercado, em diferentes temas. Então, estar perto de gente que já fez a coisa acontecer faz toda a diferença. Segundo ele, às vezes, é um detalhe que faz toda a diferença e muda a sua trajetória. “Sempre dá para tirar coisa boa das Comoconversas”.sustentar uma cultura de star tups em empresas que já estão longe de serem startups? Nesse tema, Benchimol foi pragmático: a empresa que fica grande demais corre o risco de não ter ownership: “Ninguém sabe quem faz o que e, no final, tudo se perde”. Para o fundador da XP, é preciso ter os líderes certos, alinhados com o mindset da empresa, com os valores certos. Benchi mol destacou ainda a importância de ter agilidade e que todo mundo sinta que pode fazer diferença. “É um processo que engaja e conecta, desse modo a empresa sai ganhando sempre”, concluiu.
XP Manaus O Espaço XP em Manaus dá acesso a experiências com atividades intera tivas sobre educação financeira e o mercado de bolsas de valores, dentre outras formas de aplicações finan ceiras, além de análises de cenários econômicos. Sobre a XP A XP é a plataforma líder em ser viços financeiros no Brasil. A empresa faz parte da XP Inc., que tem como propósito transformar o mercado finan ceiro para melhorar a vida das pessoas, promovendo educação financeira e democratizando o acesso a investimen tos de qualidade. Fundada em 2001, a empresa criou um modelo inovador de assessoria de investimentos. Para mais informações, acesse o site XP. Sobre a XP Inc. A XP Inc. é uma das maiores ins tituições financeiras do País, dona das marcas XP Investimentos, Rico, Clear, Infomoney, XPeed, Spiti, entre outras. A XP Inc. tem mais de 3,5 milhões de clientes e R$ 873 bilhões de ativos sob custódia. Nos últimos 21 anos, a empresa vem transformando o mercado financeiro brasileiro para melhorar a vida das pessoas, garan tindo relações mais transparentes entre os clientes e as instituições financeiras. Para mais informações, acesse: https://www.xpinc.com/ (*) Com material de apoio da Assessoria de Imprensa e queremos que possa ser preservado. Quem quer que esteja no poder tem que honrar esse compromisso e implementar formas desse compromisso ser cumprido. O mundo está olhando”, observou.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA A autonomia financeira das pessoas que vivem na Amazônia foi abordada pelo líder regional da XP no Amazonas, Djan Amorim, em entrevista no evento Expert 2022, que tinha, entre seus objetos de estudos, diretrizes da Educação Financeira. Apesar de estar entre os maiores gerado res de riqueza do País, o Amazonas lidera o ranking na lista das Unidades da Fede ração com mais adultos inadimplentes. Segundo dados da Serasa Experian, 51,8% dos amazonenses estão com o nome sujo, seguido de habitantes do Rio de Janeiro e do“OAmapá. altograu de endividamento aponta para uma necessidade urgente de revisão da gestão financeira e isso ocorre em todo o Brasil, uma vez que não há a cultura de Educação Financeira nas escolas, mas a XP tem projetos nessa área e quer contri buir com o Amazonas”, completou Djan Amorim.Deacordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econô mico (OCDE), educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreen são em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com infor mação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessárias para se tornarem mais.
A cultura do empreendedorismo foi objeto de análise do fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol
Assessoria/XPCrédito: Assessoria/XPCrédito: Assessoria/XPCrédito:
InvestimentosXP 5352 www.revistacenarium.com.br REVISTA CENARIUMECONOMIA & SOCIEDADE
Reportagem sobre a Zona Franca de Manaus foi vencedora do Prêmio Imprensa Econômica como a melhor de 2022
O presidente do Corecon-AM, o eco nomista Marcus Evangelista, agradeceu aos participantes e falou sobre o reco nhecimento do jornalista manauara. “O prêmio é um reconhecimento do trabalho do jornalista e um estímulo a todos os profissionais que estão ingressando na área, além de fazer parte das homenagens da Semana do Economista 2022”, disse o presidente. FINALISTAS A reportagem de Priscilla Peixoto foi uma das três finalistas da premiação, que contou com um total de 21 inscri tos. Além dela, a comissão julgadora do evento escolheu as matérias “Alta no preço da botija de gás faz famílias cozinharem à lenha”, do jornalista Ibrahim Ossame, da Rede Amazônica, e “Amazonas desce no ranking da produção de banana e produtores enfrentam crise financeira após curto período de cheias históricas do Rio Negro”, da jornalista Samira Benoliel, da TV Norte Amazonas – SBT, que ganharam os prêmios de segundo e terceiro lugar, respectivamente.Oevento,realizado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sindicato dos Jornalistas Profis sionais do Estado do Amazonas (SJPAM) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), também concedeu homenagens ao supe rintendente do Banco da Amazônia (Basa), Esmar Manter Dutra do Prado, como “Per sonalidade do Ano”, ao economista Osíris de Araújo Silva, como “Destaque do Ano”, e ao economista Francisco de Assis Mou rão, como “Economista do Ano”, além de agraciados do “Projeto Memórias”. A iniciativa faz parte da “Semana do Economista 2022 – O Amazonas que queremos”, realizada pelo Corecon-AM, entre os dias 8 e 13 de agosto, voltada aos profissionais de Economia, estudan tes, pesquisadores da Economia e demais públicos interessados. O evento contou com maratonas, mesa-redonda, palestras, homenagens e entregas do prêmio de jornalismo.
A REVISTA CENARIUM venceu o 9° Prêmio Sebrae de Jornalismo, na Categoria Foto, com a imagem “Manejar é Preciso” do fotojorna lista Ricardo Oliveira. A cerimônia de premiação teve como tema “A importância dos pequenos negó cios para a economia do País” e foi realizada, no dia 1° de agosto, na sede do Sebrae Amazonas, localizada no Centro de Manaus. Além da melhor fotografia, a etapa estadual premiou a melhor reportagem de televisão e o melhor texto veiculado em diferentes canais de imprensa sobre empreendedorismo e pequenos negócios. “Todos que participaram fazem um trabalho de excelência. Para mim, é uma vitória estar entre os seleciona dos. Estou feliz com o reconhe cimento. Agora, é aguardar a etapa nacional”, celebra Oliveira ao lado dos colegas jornalistas Bruno Pacheco e Priscilla Pei xoto, que também concorreram ao prêmio na categoria texto. O prêmio é uma iniciativa do Sebrae para valorizar os profissionais de imprensa que contribuem para fortalecer o empreendedorismo brasileiro. A premiação ocorre em três etapas: a primeira, em nível estadual, que classifica os concorrentes para a etapa regional, que defi nirá os finalistas da etapa nacio nal, que acontece em dezembro deste ano. Priscilla Peixoto recebeu o prêmio das mãos do economista Marcus Evangelista, presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM)
O fotojornalista da REVISTA CENARIUM Ricardo Oliveira com o estadualprêmiodoSebrae
DivulgaçãoCrédito: OliveiraRicardoCrédito:
Carreira Jornalista profissional associada à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Priscila Daniela da Silva Pei xoto, conhecida no meio jornalístico como Priscilla Peixoto, é formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e tem mais de dez anos de experiência. Ao longo da carreira, atuou em jornal impresso, portais, rádios, sites, revistas, assessorias, TVs e como auxiliar de produção de eventos e trabalhos audiovisuais. Voltada às pautas consideradas tabus pela sociedade, como ques tões LGBTQIAP+, sexualidade e empoderamento feminino, contextos étnico-raciais, socioculturais e antro pológicos – temas defendidos pela REVISTA CENARIUM, Priscilla Peixoto trabalha na empresa, desde 2021, na editoria Cenarium Diversidade, assumindo o cargo de subeditora on-line, em 2022.
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MANAUS (AM) – A reportagem “Bioeconomia: desenvolvimento econômico a partir do emprego sustentável de recursos naturais”, escrita pela jornalista e repórter da REVISTA CENARIUM Priscilla Peixoto, foi eleita como a melhor do ano no Prêmio Imprensa Econômica, evento promovido pelo Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM). A premiação foi realizada no dia 12 de agosto. A cerimônia de premiação ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), no auditório Auton Furtado Júnior, Centro de Manaus, e con tou com a participação de economistas, empresários e jornalistas. Para a vence dora Priscilla Peixoto, o concurso é um incentivo à categoria e surge como uma justa recompensa aos profissionais que se dedicam ao combate às fake news e a levar informação de qualidade e credibilidade.
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
“Para uma mulher preta, de raiz humilde, como qualquer brasileiro, chegar numa premiação dessas, de reconheci mento, nesse setor que é predominan temente masculino, tem um significado maior e se torna um pouco mais especial. Representar a REVISTA CENARIUM, que só tem dois anos de vida, disputando com veículos com maior trajetória é uma grati ficação ótima e um sinal que estamos indo no caminho certo na profissão”, declarou Priscilla Peixoto.
Cenarium é vencedora na etapa estadual do Prêmio Sebrae
REVISTA CENARIUM VENCE PRÊMIOS
“Quero agradecer a toda a equipe da REVISTA CENARIUM. Esse prêmio não é só meu, mas de todos nós. É um reconhecimento de um trabalho sério de um jornalista que forma e informa, que inspira novos profissionais que estão para entrar no mercado de trabalho e aos que já atuam. Agradeço também à minha colega e chefe Paula Litaiff que, desde sempre, me ‘balança’ para ‘sair da caixa’, pensar de forma mais ampliada. Sou grata pelos ensinamentos e trocas de pensamentos e posicionamentos”, agradeceu a jornalista, que se emocionou ao discursar e receber a premiação.Ajornalista frisa que, em tempos de fake news, fazer jornalismo de qualidade não é fácil e a parceria com a matriz eco nômica só impulsiona os profissionais na realização de trabalhos comprometidos com a verdade, a ética e o respeito.
REVISTA CENARIUM Com dois anos de existência, a REVISTA CENARIUM estreou nas pla taformas digitais e, desde então, tem se tornado referência em jornalismo na Amazônia. Considerada multipla taforma, os meios de comunicação — podcast, TV Web e impressa — também são integrados no site, com a missão de abordar os mais variados temas, como: diversidade, meio ambiente, política, economia, sociedade, turismo e cultura, pautados na ética e seriedade, e dentro do contexto amazônico.
Paula Litaiff, CEO do Grupo Cenarium.
VANTAGENS DO ISSN
“O selo internacional da Cenarium aumenta, mais ainda, o trabalho da equipe de jornalismo em sempre aperfeiçoar a sua técnica de apuração escrita de matérias e artigos”
Na análise da CEO do Grupo Cena rium, Paula Litaiff, o reconhecimento traz a responsabilidade jornalística quanto ao aperfeiçoamento, desde a apuração até a disseminação das pautas e artigos. “O selo internacional da Cena rium aumenta, mais ainda, o trabalho da equipe de Jornalismo em sempre aper feiçoar a sua técnica de apuração escrita de matérias e artigos. É importante lem brar que o selo garante a publicação de artigos científicos pela Cenarium, uma vez que ela será acompanhada por um órgão internacional”, finaliza Litaiff.
Na leitura do gestor de redação e logística Orson Oliveira, a conquista qualifica e traz mais visibilidade aos materiais produzidos, além de facilitar o acesso às publicações mensais. “É grati ficante receber a notícia que a REVISTA CENARIUM obteve a certificação inter nacional ISSN, isso nos garante uma visibilidade qualificada. A revista passa a ter a sua periodicidade consultada em qualquer lugar do mundo. Ganha a REVISTA CENARIUM, ganha a Região Amazônica e ganham os leitores que encontram em nossos produtos uma notícia de qualidade”, salienta Oliveira.
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O Centro Brasileiro de ISSN destaca algumas vantagens aos que aderem ao número de identificação. De acordo com o centro, o selo pode ser usado onde a informação sobre publicações seriadas necessita ser registrada e comu nicada com precisão, como ordens de compra e pesquisas em base de dados, porAexemplo.certificação proporciona também um modo mais eficaz e econômico de comunicação entre editores, fornece dores e compradores de publicações seriadas. Além disso, as publicações com ISSN integram os registros de publi cações seriadas mantidos pelo Centro Internacional do ISSN, em Paris.
InternacionalSelo
Selo International Standard Serial Number (ISSN) está presente agora nas versões impressa e digital da REVISTA CENARIUM Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – As versões impressa e digital da REVISTA CENARIUM obtiveram o selo International Standard Serial Number (ISSN), que em português significa “Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas”. Em resumo, ele atua como um código válido interna cionalmente para individualizar o título de uma publicação seriada. A certificação de número 2764-8206 garante, ainda, a disseminação de artigos científicos e torna o material único e exclusivo, além de identificá-lo durante todo o processo de existência (lançamento, circulação e encerramento da revista). De acordo com o Centro Brasileiro do ISSN (CBISSN), que atribui o número padrão por meio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, junto ao Centro Internacional, coorde nado em Paris, além de ser amplamente utilizado por bibliotecas para identificar, ordenar e processar títulos de publica ções seriadas, o “ISSN é considerado um parâmetro para o controle de qualidade de revistas científicas e também um critério de indexação em base de dados nacionais e internacionais”. Para a editora-executiva da revista impressa, Márcia Guimarães, a obtenção do selo é mais uma etapa de avanço e reconhecimento do trabalho desenvol vido por toda a equipe. “A REVISTA CENARIUM vem buscando ocupar espa ços no mercado nacional e internacio nal, desde a sua criação, e a obtenção do selo do ISSN é mais um passo alcançado neste sentido. Ficamos muito felizes, porque é um sinal de avanço e mais uma forma também de reconhecimento do trabalho que estamos desenvolvendo, tendo como foco principal as questões da Amazônia”, celebra a editora.
ValeavançamInvestigaçõesnodoJavari é de pesca ilegal; PF
Caso Bruno e Dom: ‘Colômbia’
MANAUS (AM) – As investigações do duplo homicídio envolvendo o servidor da Funai, Bruno da Cunha Araújo Pereira, 41, e o jornalista inglês Dominic Mark Phillips, 57, leva ram ao cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, no dia 6 de agosto, contra familiares dos suspeitos do crime e contra os já presos, “Colômbia” e Ama rildo Costa de Oliveira, o “Pelado”, na região do Vale do Javari. A Operação Vale do Javari, deflagrada pela Polícia Federal do Amazonas (PFAM), entre os municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant, no interior do Amazonas, trouxe a identificação real do “Colômbia”. Ruben Dario da Silva Villar é cidadão colombiano e, segundo a PF, utilizava documentos falsos, como car teira de identidade brasileira, documento de identidade peruano, documentação indígena, dentre outros. Apontado como financiador de uma facção criminosa dedicada à prática da pesca ilegal na região do Vale do Javari, “Colômbia” seria também chefe da prin cipal rede responsável por comercializar pirarucus, tracajás e carnes de caça que seriam vendidos na região de fronteira do Vale do Javari com Peru e Colômbia. A região possui a constante presença do narcotráfico e da pesca ilegal que se retro alimentam.Alémdos sete mandados de prisão, outros dez de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant, distantes mais de mil quilômetros de Manaus. No começo de julho, “Colômbia” e Amarildo foram transferidos da carcera gem da Delegacia de Polícia Federal de Tabatinga até Manaus, por suspeita de que na região uma fuga poderia ser faci litada. Duas semanas depois, o irmão de “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, também foram tra zidos à capital, onde todos se encontram atualmente.Aligação de “Colômbia” com o crime de pesca ilegal e o duplo homicídio no Vale do Javari tem sido levantada pela União dos Povos Indígenas (Univaja) e relatada pela RIUM, desde o começo das investigações. A Univaja chegou a enviar docu mentos para o Minis tério Público Federal (MPF) e demais órgãos de con trole com fotos e provas de ame aças sofridas por servidores e membros da associação por parte
apontado como líder de quadrilha
Bruno e Dom foram assassinados no início de junho deste ano
cumpre mandados de prisão e apreensão Ívina Garcia – Da Revista Cenarium PessoalAcervoCrédito: 59 POLÍCIA & CRIMES AMBIENTAIS 58 www.revistacenarium.com.br
sãomoramcomparaaçãooviaiscaminhosflorestaSolimões,crimes,quadrilha.dessaOberçodosnoRioédedensaefluperigosos,quefacilitaacriminosaosenvolvidosapráticaequenaregiãoejáfamiliarizadoscom os caminhos e atalhos dos rios. O comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Mar cus Vinícius Oliveira de Almeida, afirmou, no fim de julho, que existe um planejamento para a criação de, pelo menos, cinco novas bases de operações nos rios.
Agentes do Ibama realizando operação em Rondônia Perseguição, tiroteios e naufrágio: leis e discursos antiambientais influenciam violência contra fiscalizadores Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Rondônia, o Estado que mais matou em confli tos no campo, em 2021, de acordo com os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), vive uma escalada de vio lência “fora do comum”. Troca de tiros durante fiscalizações, agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA) perseguidos e coibidos na tentativa de apreender madeira irregular e até o naufrágio de uma embarcação utilizada por PMs em uma operação contra o garimpo, no Rio Madeira, protagonizam os mais recen tes ataques. Um reflexo dos discursos, alinhamentos políticos e leis estaduais aprovadas a favor de invasores de terras públicas, na avaliação de especialistas e defensores da causa ambiental.
“É um absurdo o que vem ocorrendo em Rondônia e no Brasil. Não é à toa que este é o Estado que mais mata lideranças do campo, lideranças ambientalistas e lideranças indígenas”, lamentou o ex-se cretário de Meio Ambiente de Porto Velho e tecnólogo em Gestão Ambiental Edjales Benício, em entrevista à REVISTA CENARIUM
Reprodução|IbamaCrédito:
POLÍCIA & CRIMES AMBIENTAIS 6160 www.revistacenarium.com.br REVISTA CENARIUM
Crimes ambientais em RO
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3 Tocantins 3 Rio Grande do Sul 3 Pará 2
Em maio, outro episódio: madeireiros cercaram uma viatura da Polícia Militar que tentava apreender um carregamento de madeira ilegal. A situação foi gravada por um dos próprios integrantes do grupo criminoso, na região do município de Cuju bim, próximo à fronteira entre Rondônia e Amazonas.Umvídeo mostra vários carros cer cando o veículo da polícia para impedir que a PM persiga um caminhão carre gado com toras de madeira. Neste caso, o problema não foi a violência, mas a escancarada falta de respeito – e de limi tes – dos infratores, mesmo diante das autoridades. “Tampa aí, tampa aí, ó [a passagem dos policiais] (…) não pode deixar passar”, diz um dos madeireiros. Presidente da Organização Não Governamental (ONG) Kanindé, a indi genista Ivaneide Bandeira Cardozo, mais conhecida por Neidinha Suruí, no meio do ativismo ambiental, vê relação dessa
Ainda conforme o registro de ocorrên cia, ao perceber a aproximação da polícia, pelo menos dez garimpeiros fugiram em uma voadeira; foi quando teve início a perseguição dos PMs contra os infratores. Logo em seguida, a guarnição foi sur preendida por um segundo barco – este ainda maior –, que impediu a continui dade do trajeto sobre o Rio Madeira e conseguiu virar a lancha dos agentes fis calizadores.Oshomens foram resgatados por um barco rebocador particular que passava pela área. A embarcação dos PMs também foi recuperada e nenhum policial ficou ferido. Os garimpeiros – 20 homens, no total – conseguiram fugir. Ninguém foi preso ou, ao menos, identificado.
escalada de violência e de crimes con tra os ecossistemas com a retórica de representantes do povo. “O incentivo de políticos em seus discursos fortalece os infratores, que se veem protegidos e fortalecidos para continuarem a promo ver o crime ambiental”, disse a ativista à reportagem.Paraela,são falas como as do secre tário de Meio Ambiente de Rondônia, Marco Antonio Lagos, que criticou, durante a maior feira de agronegócio da Região Norte, a criação de novas Unida des de Conservação (UCs), bem como as declarações do deputado estadual – atualmente, com mandato cassado –Geraldo da Rondônia (PSC), feitas aos berros, incentivando a população, em nome dele, a incendiar veículos de órgãos fiscalizadores que inflam a sensação de conforto com a impunidade.
dual (PES) de Guajará-Mirim, distante mais de 200 quilômetros de Porto Velho. Os disparos foram feitos por homens encapuzados, enquanto os fiscalizadores passavam por uma estrada aberta, dentro da reserva, por criminosos interessados em tomar posse, ilegalmente, de lotes da área. Houve troca de tiros entre os invasores e os PMs que faziam a segurança dos fis cais. Os agentes da secretaria ambiental tiveram de se esconder atrás da viatura da polícia para se proteger do fogo cruzado. Ninguém ficou ferido. Para Edjales Benício, que também é conselheiro da ONG Kanindé, apesar de alarmante, a situação não apresenta nenhuma novidade. “É o que a gente sempre vem denunciando: em Rondônia, o crime organizado e crime ambiental prosperam. São verdadeiras milícias orga nizadas e armadas. Bem se vê que nem as forças policiais os invasores respeitam, imagine, então, se vão respeitar quem luta a favor do meio ambiente. É um verda deiro descalabro o que vem acontecendo”, disse o especialista. PessoalAcervoCrédito: Crédito: Gabriel Uchida Ong Kanindé
Toda a ação foi filmada pelos agen tes em um celular, mas o aparelho foi danificado pela água, segundo a polícia. A Sedam-RO, procurada pela reportagem da REVISTA CENARIUM , não se manifestou. DESCALABRO Este não é um caso isolado. Uma semana antes, fiscais da Sedam e policiais militares foram atacados a tiros durante uma fiscalização de rotina no Parque Esta A indigenista, ambientalista e presidente da ONG Kanindé, Ivaneide Bandeira Cardozo
Edjales Benício é conselheiro da ONG Kanindé
“O incentivo de políticos em seus discursos fortalece os infratores, que se veem protegidos e fortalecidos para continuarem a promover o crime ambiental” Ivaneide Bandeira Cardozo, Neidinha Suruí, indigenista presidente da ONG Kanindé.
Naquele mesmo ano, a CPT contabili zou 35 crimes contra a vida por conflitos de terra em todo o território nacional, sendo que dez vítimas, a maioria delas, eramAlémindígenas. disso,Rondônia se tornou, em 2021, palco de um novo massacre fruto de uma ação policial, segundo a pastoral: três trabalhadores sem-terra acabaram mortos. Para a entidade, enquadram-se como massacre “toda ocorrência de vio lência em que três ou mais pessoas são EM (TRISTES) NÚMEROS Segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra, publicado em abril deste ano, Rondônia foi, em 2021, o Estado campeão em mortes geradas por conflitos no campo, com um total de 11 assassinatos. RO LIDERA MORTES NO CAMPO Estado Mortes por conflitos no campo em 2021 Rondônia Maranhão Roraima: Bahia 2 Mato Grosso 1 Goiás 1 Fonte: Comissão Pastoral da Terra (CPT)
‘NAUFRÁGIO’ NO RIO MADEIRA O mais recente ataque ocorreu em Porto Velho, na madrugada do dia 8 de julho, uma sexta-feira, e segue em investigação, desde então. Naquela ocasião, quatro poli ciais do Batalhão Ambiental de Rondônia foram reprimidos por garimpeiros no Rio Madeira. Os criminosos afundaram a lan cha voadeira em que os agentes estavam, utilizando uma embarcação maior. O “naufrágio” do barco da polícia foi uma resposta à operação de fiscalização contra o garimpo ilegal, realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam-RO), com o apoio da PM, em uma Área de Preservação Per manente (APP), nas proximidades da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, onde a extração de minérios não é permitida. De acordo com a Polícia Ambiental, a região estava tomada por dez dragas garimpeiras em pleno funcionamento – drenando o fundo do rio.
“A violência ficou banalizada nas falas de quem deveria se contrapor. Quando uma campanha política e, depois, todo um mandato é feito com o discurso de armar a população, isso só gera mais violência. Quando os órgãos de controle e comando são enfraquecidos e suca teados, isso só gera falta de respeito e violência, e estamos vendo isso refletido nos ataques às equipes de fiscalização”, disse ainda Cardozo.
assassinadas”. RONDÔNIA
Violência inflada por políticos
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E a Transport for London, a agência de trânsito da cidade, pediu às pessoas que não viajassem porque os trilhos poderiam dilatar muito com o calor.
Cientistas do clima disseram que o aquecimento global está tornando as tem peraturas extremas mais comuns, mas eles estão investigando se eventos climáticos específicos estão se intensificando ou se tornando mais prováveis devido ao aque cimento do clima induzido pelo homem.
Os incêndios mais graves na França ocorreram na área de Gironde, perto da cidade de Bordeaux, onde mais de 1.200 bombeiros foram mobilizados. Météo France, a meteorologista nacional, previu temperaturas de, pelo menos, 40°C na costa atlântica do país. “Estamos passando por uma temporada excepcionalmente dura”, disse o presidente Emmanuel Macron, em Paris, em meados de julho. “Já temos três vezes mais florestas quei madas do que em 2020”.
TEMPERATURA MAIS ALTA O Ministério da Saúde de Portugal informou que houve 238 mortes em excesso no país de 7 a 13 de julho, durante um período de altas temperaturas. Não ficou claro quantas dessas mortes foram atribuíveis ao calor.
O primeiro-ministro de Portugal, Antó nio Costa, disse que o piloto de um avião de combate a incêndios morreu quando a aeronave caiu no nordeste do país. E na Grécia, os bombeiros combateram mais de 50 incêndios, os maiores na ilha de Creta e na região de Saronikos, a sudeste de AAtenas.onda de calor atingiu o Reino Unido, com temperaturas girando em torno de 40,2°C, pela primeira vez. Em um país não acostumado a tanto calor, os trabalhadores espalhavam areia nas estradas, temendo derreter sem proteção. As escolas informa ram que mudariam as aulas remotamente.
As ondas de calor na Europa aumen taram em frequência e intensidade nas últimas quatro décadas e um estudo publicado este mês descobriu que as mudanças estavam acontecendo mais rapidamente na região do que em outras partes do Mundo, incluindo pontos quen tes como o oeste dos Estados Unidos.
Nikos Christidis, cientista de atribuição climática do Met Office.focos de
Países europeus registram temperaturas recordes e
“A mudança climática já influenciou a probabilidade de temperaturas extremas no Reino Unido”, disse Nikos Christidis, cientista de atribuição climática do Met Office, em um comunicado à imprensa, acrescentando que a probabilidade de experimentar um calor recorde no Reino Unido já aumentou.
incêndio, com milhares de mortos e desabrigados Com informações do InfoGlobo extremoCalor
A temperatura mais alta registrada ofi cialmente no Reino Unido foi de 38,7°C em julho de 2019, de acordo com o serviço meteorológico nacional, o Met Office.
“A Unido”extremasdeaclimáticamudançajáinfluenciouprobabilidadetemperaturasnoReino
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Uma onda de calor na Europa, em 2003, matou 15 mil pessoas na França, muitas delas residentes mais velhos que viviam em casas sem ar con dicionado. Nenhuma morte foi relatada na França durante esta onda de calor mais recente.
EUROPA – Os países da Europa regis traram temperaturas recordes neste verão. As ondas de calor provocaram, aproximadamente, 1,7 mil mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e incêndios florestais de grandes proporções. Equipes no sul da França lutaram contra os focos de incêndio que consumiram mais de 8.900 hectares e levaram à evacuação de ao menos 12 mil pessoas, disseram as autoridades locais.
Na Espanha, a onda de calor também trouxe graves prejuízos. “Obviamente, quanto maior a onda de calor, maiores as repercussões na questão dos incêndios florestais e também na saúde das pessoas”, disse Rubén del Campo, porta-voz da agência meteorológica da Espanha. Um trabalhador de saneamento em Madri morreu depois de sofrer uma insolação no dia anterior, disse um funcionário da cidade.
Os bombeiros também combateram deze nas de incêndios na Grécia, Portugal e Espanha, que enfrentaram temperaturas excepcionalmente altas.
Bombeiros combatem incêndios florestais de grandes proporções na Espanha, causados por forte onda de calor Agravamento
Crédito: Márcio James Semcom SemcomVianaEltonCrédito:Semcom|JamesMárcioCrédito: Celebração às artes 6766 www.revistacenarium.com.br REVISTA CENARIUMENTRETENIMENTO & CULTURA
O festival Passo a Paço terá mais de cem horas de programação, com 80 artistas
que é de retomada, exige atenção e respon sabilidade por parte de todos, não apenas do poder público. Então, vamos exigir a apresentação da carteira de vacinação”, pontuou Alonso Oliveira.
De acordo com o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Alonso Oliveira, em virtude da flexibilização realizada pelo Governo do Estado do Amazonas e pela Prefeitura de Manaus, quanto aos protocolos contra a Covid-19, a utilização de máscara dentro do evento não será obrigatória, mas será exigido o comprovante de vacinação com, ao menos, duas doses ou dose única.
A programação, em todos os palcos, vai até as 23h40. Os intervalos serão comandados por DJs locais. A progra mação completa pode ser acessada site manauscult.manaus.am.gov.br.pelo
“A classe artística foi uma das mais afetadas durante a pandemia de Covid19, e isso trouxe uma rápida retração dos empregos do setor cultural. O momento, Programação
“O momento, que é de retomada, exige atenção e responsabilidade por parte de todos, não apenas do poder público. Então, vamos exigir a apresentação da carteira de vacinação” Alonso Oliveira, diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
Público reunido em frente ao Museu da Cidade de Manaus, no Passo a Paço de 2019
MANAUS (AM) – O festival #SouMa naus Passo a Paço 2022 promete posicionar Manaus entre os maio res destinos turísticos da América Latina, além de potencializar a carreira de artistas locais no cenário nacional. As atrações nacionais e internacional do festival foram anunciadas no final de julho, em coletiva de imprensa no complexo Armazém 15, localizado Centro Histórico de Manaus. Com mais de cem horas de programa ção distribuídas em dez áreas de ocupação, tendo 7 horas de duração, durante quatro dias de evento, o Festival #SouManaus Passo a Paço 2022 terá como âncora o palco Tucupi. O local, com vista para as margens do Rio Negro e mais de 43 mil metros quadrados, será palco de atrações como Djonga; Duda Beat; Jão; banda Inter nacional Double You; Jota Quest; Diogo Nogueira; Joelma, entre outros, e contará, pela primeira vez, com espaço radical equipado com pista de skate, tirolesa, escalada, roda-gigante e outros atrativos. Nesta edição, a Prefeitura de Manaus traz a estrela gastronômica Rodrigo Oli veira, chef dos restaurantes Mocotó, em São Paulo (SP), e do Caboco, em Los Ange les (EUA) – competidor do “Iron Chef”, reality show de competição culinária de alto nível, que teve a 1ª temporada lançada em junho, na Netflix – para compartilhar experiências por meio de uma aula-show destinada aos chefs profissionais e cozi nheiros e cozinheiras de feiras e mercados, no dia 3 de setembro, manhã e tarde, no Centro de Arqueologia de Manaus (CAM).
#SouManaus Passo a Paço 2022: mais de 80 artistas vão participar de festival que acontece em setembro Da Revista Cenarium
Reforçando a line-up do #SouManaus Passo a Paço 2022, o festival contará com o musical “A Hora da Estrela”, inspirado no último romance publicado por Clarice Lispector, em 1977, ano de sua morte. O espetáculo teatral, que ganhou 32 músicas inéditas de Chico César, terá duas récitas no palco do imponente Teatro Amazonas, nos dias 4 e 5 de setembro, com entrada gratuita.
Ao todo, serão quatro palcos onde mais de 80 artistas realizarão apre sentações simultâneas nos dias 3, 4, 5 e 6 de setembro, a partir das 17h. Na terça-feira, 6, o evento será exclu sivo para o público infantojuvenil e cristão, com atrações como o Mundo Bita; padre Antônio Maria; missioná rio Tony Allysson, considerado o novo fenômeno da música católica; Bruna Karla; André Valadão; Banda Art’Trio e Leandro Borges. No segundo maior palco, o Cabo quinho, se apresentarão ainda Bárbara Eugênia; Lia Sophia & Pinduca; Tasha e Tracie; Odair José; Banda Scalene e Felipe Araújo. Já no palco Coreto, na praça Dom Pedro 2, em frente ao Paço da Liberdade, apresentam-se artistas clássicos e contemporâneos, além da Orquestra Filarmônica do Amazonas. No entorno da praça, além das feiras gastronômicas e de economia criativa, haverá ainda o espaço “Manaus Fashion Day” que irá enaltecer o grafismo indí gena que se configura nos trajes e traça dos dos figurinos, pinturas e artesanatos que representam a especificidade de cada etnia dos povos originários, com um desfile de modelos indígenas numa passarela de mais de 10 metros, partindo do nível da porta de entrada do Museu de Manaus (Muma).
O palco Tucupi, o principal do Passo a Paço, fica em uma área com vista para o Rio Negro e mais de 43 mil metros quadrados
Indígenas no Brasil Apesar de ocuparem ape nas 13% do território nacional e representarem menos de 0,5% da população, os povos indígenas que ainda resistem são quase 1 milhão de pessoas, falam cerca de 274 idiomas, são integrantes de 305 etnias e habitam, especial mente, territórios protegidos, na Amazônia Legal, segundo dados da Survival International, organi zação que mapeia comunidades tradicionais ao redor do mundo. Estudiosos, especialistas e os próprios líderes de comunidades tradicionais concordam que o termo ‘índio’ é ultrapassado e preconceituoso Iury Lima – Da Revista Cenarium
O termo ‘indígena’ não é utilizado apenas no Brasil, mas pela antropologia, de modo geral, para se referir aos Povos Originário
“Essa é a ideia, pois, ‘Dia do Índio’ remete a um só povo. E, na verdade, o Brasil todo tem Povos Indígenas”, disse ele, em entrevista à CENARIUM.
VILHENA (RO) – O veto do pre sidente da República Jair Bolso naro (PL) ao Projeto de Lei n.º 5.466/2019 que altera o nome da data alusiva à Luta e Resistência dos Povos Originários do Brasil foi mal recebido por lideranças e, antes de ser derrubado pelo Congresso Nacional, fortaleceu uma crescente discussão: afinal, é “índio” ou “indígena”? Estudiosos, especialistas e os próprios líderes de comunidades tradicionais concordam que o termo “índio” é ultra passado e preconceituoso. Já o termo “indígena”, além de mais atual, abran gente e respeitoso, está muito mais ligado ao significado que vem do latim: algo próximo de “povo original”. À reportagem da REVISTA CENARIUM, a antropóloga do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Lúcia Helena Rangel, disse que, além de anular a pluralidade dos povos e culturas, a palavra “índio” remete ao Brasil Colônia e representa uma visão estereotipada. “Falar‘índio’ é pejorativo. Esse nome vem lá do século 16, quando Cristóvão
“Os antropólogos já não usam a pala vra ‘índio’. Quando usam, é para mostrar como ela é forte, como ela é pejorativa, como ela é sinônimo de ‘selvagem’, de ‘atrasado’, de ‘canibal’ (…) de toda essa carga negativa que pesou sobre a popu lação indígena, principalmente, aqui, no Estado Brasileiro, porque a nossa socie dade é racista”, disse ainda.
Lúcia Helena, que além de antropóloga e assessora do Cimi, também é vice-coor denadora do curso de Ciências Socioam bientais da Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e ressalta que trocar “índio” por “indígena” não é só respeito, mas, também, uma demonstração de aten ção e afeto. “Esses povos merecem todo o nosso respeito. E merecem, também, ter terras demarcadas”, acrescentou.
Colombo achou que estava chegando às Índias e chamou, aqui, a população, de “Índios”, detalhou a especialista. “Hoje, a gente diz: Povos Originários, Povos Indí genas. ‘Indígena’ quer dizer ‘originário daquela terra’, ‘nativo daquela terra’”, continuou explicando. Rangel esclarece que o termo “indí gena” não é utilizado apenas no Brasil, mas pela antropologia, de modo geral, para se referir aos Povos Originários “tanto de África, quanto de América” e que eles próprios, os povos tradicionais, “foram corrigindo” a nomenclatura.
Para ele, o desrespeito é um reflexo de como a sociedade ainda é preconceitu osa; uma “visão equivocada”, segundo ele. “O que precisamos é que a sociedade se eduque, respeite, conheça, considere os desejos, os princípios e os valores das etnias indígenas”, complementou. “Hoje, a gente diz: Povos Originários, Povos Indígenas. ‘Indígena’ quer dizer ‘originário daquela terra’, ‘nativo daquela terra”
AlencarThiagoCrédito:
Morador de Vilhena, no interior de Rondônia, o educador não concorda com as irregularidades e ajuda a sociedade civil a promover melhores condições para as populações tradicionais que ele tanto apoia e “Nessesadmira. 522anos da chegada dos euro peus em solo brasileiro, em terras indíge nas de povos que habitam essa região há mais de 10 mil anos, a gente vem assistindo a um processo de tentativa de opressão (…) Nessa questão do nome, quem tem que optar é o próprio indígena”, disse.
Também ouvido pela reportagem, o professor de Língua Portuguesa Cledmar Jeferson Batista avalia que toda a sociedade deveria respeitar os desejos dos Povos Indí genas, ainda que seja a mudança de uma “simples”, mas significativa nomenclatura.
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Lúcia Helena Rangel - antropóloga do Conselho Indigenista Missionário
PLURALIDADE Quem concorda com a especialista em antropologia é o cacique do Povo Karipuna, de Rondônia, André Karipuna. Para ele, assim como é mais correto dizer “indígena”, o dia que lembra a Luta e a Resistência das populações originárias do Brasil deveria ser o “Dia dos Povos Indígenas”.
A Amazônia nos salva da falta de biodiversidade, da seca, das mudanças climáticas e até da fome. Duvida?
(*) Rosane Garcia, nascida no Rio de Janeiro, mas há 62 anos em Brasí lia, jornalista, há 41 anos, trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo, Jornal do Bra sil e, hoje, é subeditora de Opinião do Correio Braziliense. legal resistência’na
Rosane Garcia DivulgaçãoCrédito:
O Marco Legal é um instrumento de reparação aos séculos de abomináveis condutas contra a maioria da população brasileira, formada por pretos e pardos, que somam 56% da sociedade nacional e pouco mais de 55% da força de traba lho, que garante a riqueza deste País. Em contrapartida, 75% dos mais pobres são negros. Tais discrepâncias são inomináveis e descabidas ante os valores civilizatórios de século 21, pois comprometem a con dição de ser humano dos brasileiros e perpetuam injustiças e comportamentos irracionais.
ARTIGO – ROSANE GARCIA
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A doação poderá ser utilizada de acordo com as demandas do Greenpeace Brasil. Ou nós salvamos a Amazônia agora, ou ela nunca mais vai nos salvar.
Após sequestrados, os negros eram obrigados a dar várias voltas em torno do baobá, a fim de esquecer seus laços com a cultura, hábitos e cos tumes do seu grupo étnico e da terra de origem. Concluído o ritual, eram embar cados nos navios, com destino ao Brasil, onde passavam a ser escravizados e sub metidos ao trabalho forçado e às mais diversas formas de tortura, resultantes da barbárie do tráfico de escravizados — um crime de lesa-humanidade. Assim, a baobá se tornou conhecida como a “árvore do esquecimento”. No Distrito Federal, há pelo menos 50 deles mapeados e vários outros espalhados pelo Nordeste e Sudeste do País. O ritual do esquecimento não eliminou a memória dos negros. Como a baobá, que vive por centenas de anos, ela se mantém viva e fortalecida entre os afrodescenden tes. Na contramão do racismo estrutural, da necropolítica e das expressões de discri minação e exclusão, os negros que assim se reconhecem estão, cada vez mais, resisten tes, organizados e buscam uma reparação pacífica dos crimes praticados contra seus antepassados, por meio da aprovação do Marco Legal dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (Projeto de Lei nº 1279, 17/5/2022), subscrito pela deputada Erika Kokay e 19 outros parlamentares, em tramitação na Câmara dosADeputados.propostavem sendo construída há muito tempo pelo Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Fonsanpotma). O estudo, inspirador do projeto de lei, resgata a tradição das diferentes matrizes dos povos Jêje, Bantu e Yorubá, desde a produção de alimen tos, respeito à soberania alimentar, tra dições, cultura e expressões religiosas, alvo da intolerância de denominações de fé eurocentristas.OPL1279/22 prevê a inviolabilidade dos territórios tradicionais, hoje deno minados popularmente de terreiros, barracões e casas de batuque, exceto por mandado judicial; estabelece como dever do poder público e da sociedade a adoção de ações voltas à valorização da ancestra lidade africana no Brasil e ao combate ao racismo, inclusive por meio de campanhas nacionais; determina ao poder público a realização de diagnóstico socioeconômico e cultural dos povos e comunidades tra dicionais de matriz africana; e determina que a política de segurança pública deverá conter medidas para coibir atos violentos ou de intolerância contra os afro-brasilei ros, entre outras providências que rompem com o segregacionismo étnico-racial.
Pois a oresta é a casa de milhões de espécies, protege as nascentes dos rios, ajuda a estabilizar o clima e a irrigar as plantações de alimentos do Centro-Sul.
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O desmatamento está batendo recordes. O Greenpeace Brasil está lutando para manter a oresta em pé há mais de 20 anos, monitorando o desmatamento, protestando e denunciando crimes ambientais. Somos independentes. Não aceitamos receber recursos de governos, empresas ou partidos políticos. Precisamos de pessoas como você para continuar a nossa luta.
Porém, a Amazônia nunca esteve tão ameaçada.
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