Caderno final aup 5859 cmc

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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

-Caderno Final-

PROJETO DA PAISAGEM DAS INFRAESTRUTURAS DAS ÁGUAS BACIA DO CÓRREGO ÁGUA PODRE, SP.

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-Caderno Interativo-

http://carmemachi.wix.com/baciaaguapodre

AUP5859 - Estudo de Infraestrutura Verde 2º Semestre 2015 Professor: Paulo Renato Mesquita Pellegrino Aluna: Carme Machí Castañer


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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3 Localização e Caracterização da Área ...................................................................................... 3 Análise da Problemática ........................................................................................................... 3 LEVANTAMENTO DE DADOS, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO ........................................................... 5 Levantamento e Análise da Área de contribuição da Bacia .................................................... 5 Análise Ambiental Áreas de Preservação Permanente (APP) do Córrego e Nascentes ......... 8 APLICAÇÃO DE INFRAESTRUTURA VERDE NA BACIA DO CÓRREGO ÁGUA PODRE..................... 12 Projeto de IEV na Área de Contribuição da Bacia do Córrego Água Podre .......................... 13 Projeto para Parque Infraestrutural na APP do Córrego Água Podre e suas Nascentes ..... 15 ANEXOS ....................................................................................................................................... 19 Anexo 1. Dispositivos de IEV para Manejo das Águas Pluviais ............................................. 19 Anexo 2. Elementos da Engenharia Ambiental para Estabilização de Encostas .................. 20 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 21


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INTRODUÇÃO Localização e Caracterização da Área Bacia do Córrego Água Podre O Córrego de Água Podre, também conhecido como Riacho Água Podre, constitui um dos 16 córregos da Bacia do Jaguaré, localizada na periferia urbana da metrópole de São Paulo. Esta bacia é uma das afluentes mais significativas do Rio Pinheiros, e sofreu um processo de urbanização recente. Dentro desta bacia há os Distritos Raposo Tavares, Butantã e Rio Pequeno, onde se encontra o Córrego Água Podre.

Fig.1: Foto aérea destacando a estrutura hídrica; Fonte: I Simpósio de Revitalização de Rios Urbanos. Disponível em: http://isrru-jaguare.wix.com/isrru. Fig.2: Imagem satélite do Recorte da Bacia do Córrego Água Podre. Fonte: Elaborado pela autora a partir da base do Google Earth.

O distrito Rio Pequeno se apresenta como um dos mais adensados na região. Os usos desenvolvidos são principalmente do tipo residencial, mesmo havendo presença de algumas áreas industriais, comércios locais, grandes lojas e shoppings, e equipamentos.

Análise da Problemática da Perda de Qualidade das Águas e a Degradação Ambiental na Bacia O problema analisado na bacia hidrográfica urbana do Córrego Água Podre é o da perda de qualidade das águas causada pela degradação ambiental durante o desenvolvimento urbano. Esta análise envolveria vários assuntos, entre os quais se aponta principalmente a geração e destinação do lixo, o problema do esgoto e a presença da carga difusa. Foca-se na questão da carga difusa, tanto na análise quanto no projeto, em que são empregados sistemas específicos para o tratamento deste tipo de contaminação. O trabalho segue uma metodologia concreta, que será exposta a continuação, e que orientaria na determinação das medidas adotadas e na sua localização, tanto na área de contribuição da bacia como nas Áreas de Preservação Permanente do Córrego e Nascentes, no obstante, estas ações devem estar sempre integradas a um Projeto de Paisagem, cujos objetivos abrangem, além da Melhora Ambiental, a Requalificação Urbana no recorte da bacia ocupada.


4 Também se considera que, além da carga difusa gerada pelas águas pluviais urbanas (ou esgoto pluvial), um dos problemas fundamentais é o do esgoto residual não coletado e lançado no córrego sem tratar, situação frequente dentro da Bacia do Córrego Água Podre, (que se repete para a maioria das demais bacias que se encontram no perímetro da Bacia do Jaguaré), do desenvolvimento urbano cuja expansão da rede coletora está ainda em processo. Somando o fato das frequentes ampliações dentro das moradias, faz-se necessário o estabelecimento de um contínuo controle, como por exemplo, os programas atuais casa-esgoto que demandam revisar a ligação à rede de esgoto do todo novo aparelho sanitário dentro dos imóveis das famílias.

Fig. Mapa superposição de informações da rede coletora, áreas públicas, limite da bacia e estrutura hídrica sobre base Google Earth. Fonte: Elaborado pela autora.

Fig. Fotos da vistoria em campo em Agosto 2015 mostrando várias situações de degradação ao longo do córrego Água Podre.

No obstante, há um contingente populacional significativo na área da Bacia Água Podre sem acesso a estes atendimentos, lançando esgoto não tratado no córrego. Conforme comenta a engenheira Mônica Porto, entrevistada durante a pesquisa: “há interrupções frequentes da rede pela presença das favelas, o que dificulta sua consolidação definitiva” (PORTO, 2015). Este lançamento é causa da proliferação de micro-organismos, resíduos tóxicos e nutrientes que influenciam ao crescimento de outros tipos de bactérias, vírus ou fungos, afetando ao equilíbrio local 1 (WHATELY, 2009). A falta de saneamento básico nas várias favelas existentes dentro da bacia Água Podre é uma das principais causas de doenças. Além de não possuírem infraestrutura básica, também não dispõem de sistema de coleta e gestão de resíduos e, quando perto dos córregos, suas águas residuais são lançadas diretamente na água sem nenhum tipo de tratamento. Por fim, voltando ao problema da poluição difusa, é importante pensar na conscientização pelo meio ambiente na minimização dos danos causados pelo lixo não coletado. Este é, em esse sentido, um problema cultural 2, e, conforme explica a engenheira Mônica Porto, “a confrontação deste tipo de problema requer da sociedade ter conhecimento das repercussões do lixo jogado na rua para a qualidade da água” (PORTO, 2015). 1

O esgoto e efluente domésticos não tratados nos rios pode levar ao surgimento de microalgas pelo processo de eutrofização, que pode provocar o sufocamento de peixes e outras espécies. 2 Cidades como São Francisco, cuja população despertou sob a magnitude do impacto deste problema, desenvolveram campanhas estratégicas de conscientização para alertar seus habitantes. Uma delas foi a incorporação de mensagens nas tampas de bueiro, avisando que resíduos ali acumulados iriam ser levados aos corpos de água com a próxima chuva.


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LEVANTAMENTO DE DADOS, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO Levantamento e Análise Área de contribuição da Bacia Hidrográfica Urbana do Córrego Água Podre Esta análise se estabelece partindo da identificação de quais os mecanismos de elaboração da paisagem em relação à ocupação urbana existente (SHUTZER, 2012). O motivo pelo qual não foi empregado o tipo de análise mais comum é porque este projeto devia partir do entendimento das relações entre cidade e território, e não mais da categorização padrão dividida em usos, vegetação e circulação (LYLE, 1999). Para tal, tem sido levantado um zoneamento dos compartimentos do relevo que determinem os processos ecológicos vinculados. Estes processos tem servido para entender quais os mecanismos mediante os quais a paisagem funciona, na dimensão do tempo e espaço (AHERN, 2007).

O processo de análise da Área de Preservação Permanente (APP) da Bacia do Córrego Água Podre tem sido estruturado nas etapas de Levantamento e Análise; Interpretação da Análise; e, por último, Cruzamentos destas informações. A continuação se mostram os mapeamentos correspondentes a cada fase:

Levantamento e Análise:

Fig. Mapas de usos urbanos, sistema viário, tipologias construídas, favelas, relevo e estrutura hídrica. Fonte: Elaborado pela autora a partir das informações da Base Digital Prefeitura de São Paulo, CESAD, MDC e Google Earth.


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· Levantamento de Zoneamento dos Compartimentos Ambientais da Bacia:

Dentro da fase do Levantamento, também foi realizado manualmente um mapa de Zoneamento dos Compartimentos Ambientais na Bacia a partir da observância das curvas de nível, estrutura hidrográfica e sentido de escoamento superficial. Foram determinados os seguintes compartimentos:

Fig. Mapa do Zoneamento dos Compartimentos Ambientais da Bacia do Córrego Água Podre. Fonte: Elaborado pela autora.

· Áreas íngremes:

Presentes entre as áreas altas ou em platô e fundo de vale do córrego ou fundos de vale menores que drenam suas águas até o córrego. O processo predominante existente é o do escoamento superficial das águas alcançando velocidades altas se não houver nenhum sistema de contenção, o que é fator gerador de enchentes a jusante. Qualquer tipo de atuação urbana aqui deve preservar a cobertura vegetal suficiente para o controle do escoamento superficial 3 e, se houver construções estas devem ser muito controladas, e preservando, quanto possível, a permeabilidade da área.

· Nascentes ou cabeceiras dos caminhos de escoamento superficial:

Estas unidades do relevo estão na parte inferior das vertentes, e se comportam como anfiteatros de drenagem. O principal processo é o de escoamento superficial, de forma que pode provocar deslizamentos que acumularia assoreamento a jusante. Deve ser evitada a urbanização destas áreas, a fim de preservar e/ou retornar a Mata Ciliar da Mata Atlântica e manter as funções biológicas dos espaços das águas.

· Áreas de fundo de vale ou de encostas abruptas das margens dos fundos:

Corresponde à área do córrego e suas margens. É essencial a conservação e/ou recomposição da Mata Ciliar Floresta Ambrôfila Densa necessária para a regulação da umidade e sustentação da fauna e flora, a instalação de mecanismos para a captação e retenção das águas, permitindo a recarrega do lençol freático, e podendo funcionar junto a sistemas de contenção do extravasamento da água dos leitos do córrego durante as cheias.

· Caminho de escoamento superficial indicado por um relevo topográfico de tabularidade marcante: São as linhas de escoamento natural da água conforme a topografia existente adaptada à malha viária urbana. Aqui é necessário o controle da velocidade de escoamento para evitar problemas de concentração de vazão a jusante e o arraste de partículas sólidas e poluentes até o córrego. Para isso, mecanismos de detenção de parte da vazão e a manutenção do solo permeável para infiltrar e filtrar essas águas podem ser interessantes (SCHUTZER, 2012).

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Qualquer construção deve ser sempre de baixa densidade, sem afeitar ao equilíbrio da encosta.


7 Primeiro Cruzamento:

Fig. Fluxos naturais de escoamento superficial intersectando com sistema da malha viária urbana. Fonte: Elaborado manualmente pela autora a partir dos mapeamentos anteriores.

Fig. Áreas íngremes intersectando com sistema de quadras urbanas e com zonas com massas arbóreas, áreas arbustivas e forrações. Fonte: Elaborado manualmente pela autora a partir dos mapeamentos anteriores.

Fig. Compartimentos ambientais intersectando com usos urbanos. Fonte: Elaborado manualmente pela autora a partir dos mapeamentos anteriores.

Segundo Cruzamento:

Fig. Trechos de viário urbano com escoamento superficial atuante e pontos potenciais para retenção/tratamento das águas pluviais. Fonte: Elaborado manualmente pela autora a partir das informações do primeiro cruzamento. Fig. Áreas não construídas carentes de arborização com risco de desabamento, deslizamento e/ou erosão. Fonte: Elaborado manualmente pela autora a partir das informações do primeiro cruzamento.

Terceiro Cruzamento:

Determinação das estratégias e ações para melhora.

Fig. Mapeamento dos locais para ações de naturalização do sistema de drenagem, troca de pavimento, arborização, etc.; também, das áreas para retenção e/ou tratamento das águas. Fonte: Elaborado pela autora a partir da síntese dos anteriores cruzamentos. Fig. Mapeamento das áreas propostas para adensamento da arborização, manutenção da cobertura vegetal e mecanismos de contenção de encostas, compatibilizando com usos urbanos. Fonte: Elaborado pela autora a partir da síntese dos anteriores cruzamentos.


8 Análise Ambiental Áreas de Preservação Permanente (APP) do Córrego e Nascentes

APP das Nascentes:

A área de nascentes do córrego está fechada, e não possibilita o seu acesso pela população, mas, pelo observado em campo, a água na sarjeta do terreno próximo, e ainda dentro da APP, parece apresentar um bom aspecto e não há mau cheiro perceptível, por último foram observadas larvas de anfíbios anuros que indicam a existência de vida aquática e saúde ambiental. Em relação a presencia de lixo, apesar de murada, há na área bastante acúmulo de resíduos. Já por último, em relação às áreas verdes, observa-se uma baixa diversidade de espécies nativas, mas a existência de floresta relativamente densa. APP do Córrego:

A APP ao longo do Córrego Água Podre, em quase toda sua extensão, possui área menor do que o estabelecido por lei 4 por causa da ocupação urbana, e o limite entre área urbana e as margens livres do córrego é sempre um viário perimetral que atende à circulação local de veículos na área. Para a análise tem sido descartado o último trecho do córrego a jusante, pois seu curso é subterrâneo. O córrego a céu aberto, depois do Centro Educacional Unificado (CEU), tem sido dividido em três setores, dois dos quais apresentam uma margem menor do que o setor intermediário. O diagnóstico tem sido elaborado a partir dos dados levantados nas visitas de campo e do Índice de Qualidade da Água (IQA) registrado, mesmo com as limitações que este pode apresentar 5.

No córrego Água Podre, o Índice de Qualidade da Água (IQA), desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta e utilizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) desde 1975, é considerado pé ssimo. Um resultado que surge dos dezesseis parâ metros de�inidos no sistema de avaliaçã o em seu respectivo peso e que seriam: resı́duos só lidos, odor, espuma, material sedimentá vel, peixes, larvas brancas, larvas vermelhas, toxicidade da á gua, OD (Oxigê nio Dissolvido), DBO (Demanda Bioquı́mica de Oxigê nio), Ph (Potencial Hidrogenionico), PO4 (Fosfato), Coliformes, NHO3 (Nitrato), temperatura e Turbidez (JTu). Parâmetros aplicados na Análise:

O diagnóstico ambiental dos trechos tem sido realizado partir dos seguintes indicadores ou parâmetros: 1· Largura da faixa marginal 2· Assoreamento e acúmulo de resíduos sólidos 3· Tratamento do leito 4· Vegetação existente 5· Avifauna, anfíbios, mesofauna e microfauna 6· Erosão e/ou desmoronamento 7· Aspecto da água observada

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Resolução CONAMA n. 303/2002

Este índice não analisa vários parâmetros importantes, muitos causados pela poluição difusa, como os metais pesados, e que são prejudiciais para o abastecimento. Entretanto, é muito útil para determinar o nível de poluição causada pela existência de esgoto doméstico na água.


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Trecho 1

Fig. Fotos durante visita de campo Agosto 2015. 1· Possui uma faixa marginal bastante pequena, a qual varia de 1,50 metros a 0,50 metros na projeção horizontal, sendo às vezes quase inexistente.

2· Observou-se certa quantidade de resíduos no leito e nas margens. É em este primeiro trecho onde tem sido observado maior acúmulo de folhas nas laterais e no córrego.

3· No curso inicial do córrego há pedras no leito que ajudam a reter parte dos resíduos e minimizar, mesmo de maneira pouco significante, a velocidade de escoamento das águas. Em alguns trechos a montante, há blocos de concreto ou pedra, os quais foram dispostos como muro vertical de contenção. Esta situação muda à jusante, onde já têm sido executadas as obras de canalização do córrego com muro gavião em uma das laterais. 4· Há pouca diversidade de plantas, mesmo com a presença de arborização dos dois lados da rua: o acúmulo de folhas secas destas árvores sobre as laterais do córrego evidencia a escassez de cobertura vegetal e espécies arbustivas.

5· Podemos mencionar a presencia de algumas espécies da avifauna 6, larvas de anfíbios anuros e, mesmo não pudendo ser observados, pequenos organismos da microfauna e mesofauna, habitando na cobertura vegetal e forrações das árvores e solo. 6· Os maiores problemas de desmoronamento são observados nos trechos iniciais, bem nas margens mais íngremes sem tratamento e escassa presença de vegetação, onde as raízes das árvores atuariam como principal sistema estabilizador 7. Nos trechos sem margem existe um muro de pedra pouco estável, o qual separa o córrego da rua perimetral. As partes mais estáveis, com menos vegetação, seriam onde existe tratamento de muro gavião a jusante. 7· A água apresenta-se um pouco turva, com leve coloração cinza no trecho inicial, variando para marrom mais a jusante. Seu mau cheiro também aumenta em direção à jusante. Por último, observamos a presença de material particulado e espuma.

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Vanelus chilensis (quero-quero), Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira), garça branca, Columba sp (pomba). O que equivaleria ao sistema solo-raízes desenvolvido nos modelos de cálculo no campo de Mecânica do Solo (N.Janbú 1973), e que adiciona forças de tensão pela resistência da raiz, além da existência de outras variáveis hidráulicas. 7


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Trecho 2

Fig. Foto durante visita de campo em Agosto 2015. Fig. Corte tipo no trecho dois elaborado pela equipe durante o trabalho da disciplina AUP 5859.

1· Este trecho possui uma faixa marginal mais ampla, que varia bastante, em função da altura do trecho, entre 3 e 8 metros na projeção horizontal, e há interferência do viário passando sobre em um determinado momento.

2· Foi observado bastante acúmulo de resíduos sólidos, mesmo fosse de naturezas diversas, a grande maioria eram objetos e material proveniente das atividades de construção e/ou demolição. Este aparece tanto nas margens como no leito e ao longo de quase todo o trajeto. Porém não existe um acúmulo evidente de folhas como no primeiro trecho. 3· O córrego é tratado com muro gavião em todo o seu curso e seu fundo é de concreto.

4· Este é o trecho com maior presença de vegetação ao longo do Córrego Água Podre. Em algumas partes existe vegetação secundária 8 de Mata Atlântica, mas as mais abundantes são as espécies ruderais e também ornamentais.

5· Também foram observadas algumas espécies da avifauna, anfíbios pequenos, e larvas de anfíbios anuros. Associa-se à arborização, espécies arbustivas e forração vegetal existente, a integração de comunidades da microfauna e mesofauna que contribuem na reciclagem das nutrientes, decomposição da matéria orgânica e aeração. 6· Mesmo parecendo ter poucos problemas de desmoronamento, foram observados no Trecho 2 alguns taludes em situação instável, afeitados pelos fenômenos erosivos do escoamento das águas, que vertem direto em estas margens através de tubos conectados ao sistema de drenagem urbana. Estas afecções podem ser perigosas durante os períodos de chuva intensa. Isto se observa principalmente no setor intermediário, na margem esquerda (olhando em direção à jusante), em que a inclinação é mais acentuada e nem as raízes das árvores conseguem estabilizar o solo 9.

7· A água apresenta-se turva, com coloração variando de cinza a marrom e mau cheiro. Observamos também presença de material particulado e resíduos sólidos e, em algumas partes, de espuma.

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Espécies do Bioma Mata Atlântica em estágio inicial de regeneração (Psidium guajava), ou estágios mais maduros (Peltophorm dubium, etc).

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É universalmente aceito que um dos efeitos mais importantes para a proteção da erosão é a vegetação, principalmente árvores altas com grande área de folhagem, mas também arbustos ou, em menor medida, forrações (BARKER, 1994).


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Trecho 3

Fig. Fotos durante visita de campo Agosto 2015. Fig. Cortes tipo no trecho três elaborado pela equipe durante o trabalho da disciplina AUP 5859.

1· Havia, na margem direita do Trecho três (olhando à jusante), uma área verde não ocupada onde nos últimos anos se estabeleceram várias favelas e cuja extensa margem livre diminuiu de forma significativa. Atualmente, a largura existente da margem ao longo de todo o trecho varia de 0,50 metros a não mais de 2 metros em sua projeção horizontal.

2· Em este trecho é muito presente o acúmulo de resíduos sólidos, provenientes de diversas fontes: dejetos e materiais de atividades da construção e/ou demolição, folhas secas, lixo doméstico e plástico. Se estima que a presencia destes resíduos deve ter propiciado a existência de comunidades de animais transmissores de doenças. Também, que pela ação das chuvas, os resíduos acabam sendo arrastados até o córrego. 3· Exceto na parte inicial, este trecho é sempre canalizado, de forma que seu primeiro trecho a montante possui tratamento de muro gavião e, o último trecho, de concreto. Seu leito é sempre tratado com concreto.

4· A presencia de vegetação é mínima, sobretudo se comparado com os dois primeiros trechos analisados. No obstante, cabe sinalar a existência de árvores de médio porte dispostos de forma bastante distanciada os uns dos outros e sempre ao longo das duas margens do córrego, fazendo parte do sistema de arborização das ruas perimetrais.

5· Não foram observadas espécies da avifauna ou anfíbios como nos outros trechos, e, conforme mencionado no apartado dois, se estima possível haver comunidades de animais transmissores de doenças.

6· Aparentemente não existem problemas de desmoronamento, o córrego encontra-se canalizado e as poucas margens desocupadas apresentam uma declividade mínima.

7· A água apresenta-se turva, com coloração cinza a marrom e mau cheiro (característico do esgoto). Observamos também presença de material particulado e resíduos sólidos, e, em algumas partes, de espuma.


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APLICAÇÃO DE INFRAESTRUTURA VERDE NA BACIA DO CÓRREGO ÁGUA PODRE: AÇÕES DE PROJETO PARA MELHORA AMBIENTAL E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS O objetivo aqui é apresentar como um Projeto de Paisagem das Infraestruturas das Águas pode contribuir na melhoria do quadro de degradação socioambiental da bacia. Isto significa, por um lado, retornar parte das funções ecossistêmicas que havia antes da ocupação, melhorar o funcionamento hidrológico interno da bacia e sua qualidade da água, e restituir os fluxos de biodiversidade e fauna; por outro lado, também transformar espaços degradados e subutilizados pela população em áreas de alta qualidade urbana, com os equipamentos e redes de caminhos necessários. Usamos a Infraestrutura Verde (IEV) integrando seus diversos elementos no Projeto Paisagístico para ampliar a disponibilidade e condição dos recursos hídricos.


13 Projeto de IEV na Área de Contribuição da Bacia do Córrego Água Podre 1 – Técnicas da Infraestrutura Verde (IEV) para estabilização de encostas.

Estas soluções serão aplicadas para melhora da estabilidade em áreas livres (não construídas), propensas à ocorrência de movimentos de massa e/ou efeitos de erosão superficial nas fortes chuvas. A localização das ações será estabelecida de acordo com o zoneamento ambiental levantado e as informações obtidas em campo.

Fig. Mapa elaborado pela autora a partir do terceiro cruzamento durante a fase de Análise da Bacia para localização das estratégias de Infraestrutura Verde (IEV) para melhora ambiental. Fig. Cortes tipo elaborados pela equipe durante o trabalho da disciplina AUP 5859 sobre as técnicas da IEV para estabilização de encostas em espaços de usos plurivalentes. O conceito é o emprego da vegetação como mecanismo estabilizador, junto a elementos estruturais adicionais 10 quando for necessário, trabalhando de uma maneira conjunta e integrada. A re-vegetação proposta em estas áreas se daria mediante recomposição da cobertura vegetal, aumento da arborização com espécies nativas da Mata Atlântica Floresta Ambrôfila Densa e espécies nativas arbustivas, que diversifiquem as tipologias de raízes.

Os efeitos da vegetação na estabilização são analisados a partir da complexa interação entre fatores hidrológicos e mecânicos (GRAY, 1982), sintetizados nos seguintes:

· Fatores hidrológicos: Interceptação da chuva; aumento da capacidade de infiltração; extração da umidade do solo. · Fatores mecânicos: Aumento da resistência a esforço cortante pela influência das raízes; aumento do peso sobre o talude; ancoragem do solo superficial aos estratos mais profundos; momento de rotação dinâmico favorável pela transmissão dos esforços do vento ao solo.

Os usos urbanos em estas áreas estarão vinculados à prática de atividades de lazer e/ou esportes que permitam que estas tenham um caráter multifuncional.

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Elementos da Bioengenharia que sejam, a sua vez, parte dum projeto de paisagismo: uso de estacas, blocos de rocha para reforçar os taludes, manta orgânica para controle da erosão, etc (GRAY, 1996).


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2 – Dispositivos da Infraestrutura Verde (IEV) para Manejo das Águas Pluviais. O plano para implantação de dispositivos (IEV) para manejo das águas na bacia, parte da análise das vias cuja declividade mais pronunciada é fator de ações de escoamento agressivas 11. A largura média destas ruas é de entre 8-10 metros, com carril para veículo motorizado asfaltado e sistema de drenagem superficial. O proposto em estas vias é:

Fig. Fotomontagem situação existente e proposta para dispositivos IEV de Manejo das Águas Pluviais nas vias com escoamento agressivo. Fonte: Elaborado pela autora.

· Instalação de biovaletas prevendo um tubo de drenagem na base conectando ao sistema existente. · Substituição do asfalto por pavimento com junta aberta de bloco paralelepípedo, incorporando grelhas no sentido transversal que conectem as biovaletas e conduzam vazão em excesso. · Arborização da rua e demarcação de carril para bicicleta como estratégias para amenização do tráfego.

Também, é prevista a implantação de jardins de chuva localizados de maneira estratégica no encontro entre ruas transversais mais íngremes e sempre ao longo do córrego, coletando e retendo a água para sua infiltração e tratamento da poluição difusa antes da chegada na APP do córrego.

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E que precisam, para o controle dos impactos consequentes, o aumento da capacidade de infiltração da água, redução da velocidade do escoamento superficial e estratégias para retenção da poluição difusa, sendo esta fonte de poluição mais acentuada, na primeira lavagem da chuva (first flush), principalmente durante as chuvas mais intensas.


15 Projeto para Parque Infraestrutural na APP do Córrego Água Podre e suas Nascentes Descrição do Projeto:

Este é um Projeto Paisagístico para implantar um parque que contribuirá na restituição das funções ecossistêmicas da APP do Córrego Água Podre e suas Nascentes. Este projeto pode se servir do marco legal do Parque Linear, instrumento aplicado nas Áreas de Preservação Permanente (APP’s) para a recuperação dos fundos de vale ocupados.

Empregamos o conceito de ‘Retrofite’ do canal do Córrego de Água Podre para enfatizar a ideia do retorno da paisagem hídrica não apenas como componente estética mais como organismo regulador das funções vitais da bacia e componente da vida diária e atividades da população residente.

Fig. Fotomontagem da MacroProposta para Parque Infraestrutural na APP do Córrego Água Podre. Fonte: Elaborado pela autora.

Objetivos do Projeto:

O tópico aqui é o da qualidade da água, e, portanto, os objetivos principais deste projeto serão:

• Melhora do sistema de drenagem urbana: redução da vazão de pico, retardamento do tempo de chegada das águas ao córrego, diminuição das águas de escoamento e recarrega dos aquíferos subterrâneos. • Melhora da qualidade das águas: medidas para eliminação de grande parte da carrega de poluição difusa proveniente das águas de escoamento das chuvas ao longo da Área de Preservação Permanente (APP) do córrego; medidas, aplicadas no córrego, para mitigação da poluição gerada pelas águas de esgotamento.

• Disponibilização de vazão para consumo indireto: volume de água retido em áreas reservadas para retenção das águas, filtrado e tratado, para diversos tipos de aproveitamento público.

E, adicionalmente:

• Tornar espaços de degradação urbana em áreas altamente qualificadas com equipamentos e caminhos para que os residentes as usem de forma ativa. Por que é multifuncional?:

É, em consequência, um Parque Multifuncional, pois há possibilidade de ser ocupado para desenvolvimento de diversas atividades, entanto que seus dispositivos verdes funcionam eficientemente para garantir ecossistêmicas do parque.


16 Ações de Projeto para Melhora Ambiental no Trecho 0 ou APP das Nascentes

Pelas visitas de campo constata-se uma boa qualidade de água e existência de bastante vegetação que constitui a Mata Ciliar (Mata Atlântica Floresta Ombrófila Densa) das nascentes e cursos de água. Abundam as espécies exóticas ornamentais 12.

As metas são duas, preservar as funções ecossistêmicas na APP das nascentes, e permitir o acesso de forma controlada.

Fig. Fotomontagem da área da APP das Nascentes para proposta de adensamento da arborização e recomposição da vegetação existente nos anfiteatros de drenagem. Fonte: Elaborado pela autora. Fig. Foto realizada durante vistoria em campo em Outubro 2015.

Para a primeira meta, deverá ser desenvolvido um plano de ação para a recomposição da vegetação existente, que adense com espécies nativas da Mata Atlântica Floresta Ombrófila Densa, preservando e/ou devolvendo as características nativas do anfiteatro das nascentes; e instaladas áreas de tratamento fitorremediador, mediante seleção de espécies, que contribuam à conservação das funções biológicas dos espaços das águas.

Para a segunda meta poderão ser instaladas passarelas elevadas para pedestres, que serviram como infraestrutura para circuitos, visitas e/ou eventos, dentro do recinto atualmente fechado. Estas atividades serviriam para mostrar e divulgar o valor do patrimônio ambiental existente, e orientar nas formas de conservação dos seus recursos. Pode ser estabelecido um circuito de visita que incorpore informações sobre o projeto e as funções dos dispositivos de Infraestrutura Verde instalados, tanto na área da APP das Nascentes, quanto ao longo do Parque do Córrego Água Podre.

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Como a Tipuana tipu.


17 Ações de Projeto para Melhora Ambiental nos Trecho 1 a 3 na APP do Córrego:

As metas são:

· Restituir parte da vegetação nativa da Mata Ciliar dentro da largura disponível a cada lado do canal do córrego, de preferência utilizando espécies da Mata Atlântica Floresta Ombrófila Densa.

· Tratar, reter, e infiltrar as águas de escoamento da chuva que hoje é lançada direto das galerias de drenagem no córrego. - Para isso serão instalados jardins de chuva paralelos ao curso do córrego e interceptarão as entradas de água coletada do escoamento da chuva na área de contribuição da bacia pelo sistema de drenagem. Além de diminuir a velocidade de escoamento e a quantidade de água lançada ao córrego, os jardins de chuva contribuem na redução da concentração de poluição.

- Também será trocado o asfalto por pavimento drenante nos trechos que desembocam as ruas com escoamento atuante, e, ao longo das ruas perimetrais, onde houver estacionamento ou no trecho completo do viário.

· Tratar o corpo principal de água mediante ilhas fitorremediadoras e muros fitorremediadores instalados nas paredes do canal que funcionariam durante os períodos de vazão alta, e, quando houver vazão base, como última fase de tratamento do escoamento da água da chuva.

· Instalar áreas deck elevadas em determinados pontos ao longo do canal, e passarelas que conectem as duas margens do córrego para circulação de bicicletas e pedestres. Estes espaços incentivam à população se aproximar à paisagem das águas e ter um contato mais íntimo com a natureza.

· Realizar campanhas de conscientização ambiental, (mensagens sobre o impacto do lançamento de lixo nas ruas sobre as tampas das bocas de lobo, por exemplo), e de divulgação, (mediante painéis informativos, por exemplo), dos serviços ecossistêmicos ofertados pelos dispositivos de Infraestrutura Verde instalados nas margens do córrego e sua contribuição à melhora qualitativa da paisagem hídrica. Sistema de drenagem convencional

Fig. Corte 1-1’ passando pelo córrego no Trecho três, mostrando conforme a topografia original do terreno. Fonte: Elaborado pela equipe durante trabalho da Disciplina AUP 5859.

Fig. Mesmo corte mostrando a situação hoje resultante da canalização e aterro das margens do córrego. Fonte: Elaborado pela equipe durante trabalho da Disciplina AUP 5859.

Fig. Mesmo corte mostrando proposta de emprego de elementos IEV para Manejo das Águas Pluviais, elementos da bioengenharia para estabilização de encostas e adensamento da vegetação Floresta Ambrôfila Densa para recomposição da Mata Ciliar. Fonte: Elaborado pela equipe durante trabalho da Disciplina AUP 5859.


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Fig. Corte 3-3’ passando pelo córrego no Trecho três, mostrando a situação existente e a proposta para tratamento das margens do córrego, instalação de dispositivos IEV para tratamento e manejo das águas pluviais e melhora da acessibilidade para uso pela população. Fonte: Elaborado pela autora.

Fig. Fotomontagem mostrando projeto específico para instalação de áreas de retenção das águas conectadas ao sistema de drenagem naturalizada. Fonte: Elaborado pela autora.

Fig. Corte 3-3’ em época de seca e cheia, mostrando proposta para verticalização de favela e liberação da margem, instalação de dispositivos IEV para tratamento e manejo das águas e elementos da bioengenharia, e ações para requalificação do espaço público para a população local. Fonte: Elaborado pela equipe durante o trabalho da Disciplina AUP 5859.


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ANEXOS Anexo 1. Dispositivos de IEV para Manejo das Águas Pluviais Biovaleta

Faixas lineares rebaixadas compostas por vegetação, solo e outros elementos filtrantes. Conduzem o escoamento retardando sua velocidade, para pontos de detenção como jardins de chuva e detenção como alagados construídos e o próprio córrego. Processos naturais passivos 13 e ativos 14 seriam: escoamento da água; infiltração; evapotranspiração; fitorremediação. Os serviços ecossistêmicos envolvidos seriam: manejo do escoamento superficial; conservação da infraestrutura de drenagem existente; aumento da umidade do ar; remediação da poluição difusa; conexão de áreas verdes; aumento da umidade do solo adjacente. Jardim de Chuva

Também conhecidos como sistemas de biorretenção ou bacias de infiltração, são caracterizados por depressões topográficas que tem função de receber a água do escoamento pluvial proveniente de áreas impermeabilizadas e tratar a poluição difusa. Processos naturais passivos e ativos seriam: escoamento das águas; infiltração; evapotranspiração; fitorremediação. Os serviços ecossistêmicos envolvidos seriam: manejo do escoamento superficial; conservação da infraestrutura de drenagem existente; aumento da umidade do ar; remediação da poluição difusa; conexão de áreas verdes; habitat para a fauna; redução dos ricos de enchentes. Ilhas fitorremediadoras

Ilhas fitorremediadores (floating wetlands) 15, são estruturas flutuantes com plantas macrófitas, usadas no tratamento de efluentes e das águas superficiais. As raízes das plantas cresce livre na coluna d’água e a associação da microbiota a rizosfera forma o biofilme que filtra os poluentes da água e a partir dos mecanismos de fitorremediação são eliminados.

Processos naturais passivos e ativos seriam: evapotranspiração; fitorremediação. Serviços ecossistêmicos envolvidos seriam: melhora da qualidade da água; habitat para a fauna. Alagados Construídos

São ecossistemas artificiais projetados para reproduzirem as funções das zonas úmidas naturais, através da utilização de plantas macrófitas flutuantes e emergente.

Desempenham as funções: detenção e retenção do escoamento pluvial; fitorremediação de metais, metalóides, nutrientes (N e P), demanda química de oxigênio, demanda bioquímica de oxigênio.

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Transporte passivo, também chamado de difusão, é o mecanismo de passagem natural de pequenas moléculas através da membrana plasmática que ocorre sem gasto de energia, e, portanto, sem proteína carreadora. 14 Transporte ativo: energia usada pelas células para transportar substâncias através de sua membrana plasmática, envolve uma proteína transportadora ou bomba que executa o transporte carregando uma substância de uma área de menor concentração para outra de maior concentração. 15

Tipologia eficiente no tratamento da poluição difusa do escamento superficial: metais, nutrientes (N e P), sólidos suspensos e compostos orgânicos.


20 Serviços ecossistêmicos envolvidos: habitat para a fauna silvestre, especialmente a fauna aquática e ribeirinha; Conforto ambiental; Sequestro de carbono; Melhora da qualidade da água; Manutenção do ciclo hidrológico; Redução dos riscos de enchentes; Recreação e cultura. Muros Fitorremediadores

Os muros fitorremediadores são semelhantes a um jardim vertical, jardineiras dispostas verticalmente que recebem o escoamento antes de atingir o córrego e a água do córrego quando há subida do nível da água. O escoamento que infiltra por fluxo vertical tem parte da poluição retida nas raízes das plantas e sofrem processos de fitorremediação. Assim como, os poluentes dissolvidos nas águas do córrego que alcançam os muros fitorremediadores. Processos naturais passivos e ativos seriam: Escoamento da água; Infiltração; Evapotranspiração; Fitorremediação. Os serviços ecossistêmicos envolvidos seriam: Manejo do escoamento superficial; Melhora da qualidade da água; Aumento da umidade do ar; Fornecimento de habitat para fauna.

Anexo 2. Elementos da Engenharia Ambiental para Estabilização de Encostas Estacas transversais

Estacas transversais ao fluxo do rio formam leques, onde o material sólido transportado e os sólidos serão protegidos contra a correnteza. A vegetação plantada se integra as estacas e com o tempo assume esse papel. Faixas cilíndricas

Faixas de vime preenchidas com material orgânico e plantas, fixadas à base do talude por estacas de madeira que protegem as margens até que as raízes da vegetação assumam essa função.


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