AULA 01: Movimentos migratórios no Brasil Os imigrantes começaram a chegar o Brasil em 1850 (alemães), seguidos de italianos, eslavos, japoneses, etc. Assim se distribuíram: Italianos (30% do total atual): se deslocaram para os cafezais no interior de SP ou para o sul do Brasil, onde povoaram as regiões serranas e fundaram cidades como Caxias do Sul e Bento Gonçalves (RS) ou Chapecó (SC). Portugueses (31%): não são considerados, por alguns, imigrantes pois o Brasil pertencia a Portugal. Se espalharam por todo o território nacional. Espanhóis (13%): se deslocaram para várias áreas urbanas da região Sul. Alemães (4%): se deslocaram para o sul, onde povoaram o vale de grandes rios e fundaram cidades importantes como Novo Hamburgo (RS) e Blumenau (SC). Eslavos: representados por ucranianos, russos, poloneses, se deslocaram para o PR, morando próximo a Curitiba ou no interior. Japoneses (4%): última corrente imigratória a chegar ao Brasil, em 1908. Foram residir no interior de SP, ou se espalharam para o norte do PR, região Bragantina (PA, onde plantaram juta, pimenta-do-reino, etc). A partir de 1934, com a Constituição de 34, Vargas restringiu a entrada de imigrantes, e a partir daí, o Brasil tem se caracterizado como um país de repulsão populacional. Migrações internas A figura abaixo mostra que os movimentos migratórios internos mudaram de 1940 até hoje. Os deslocamentos de paus-dearara do nordeste para o sudeste foram substituídos pela ―Marcha para o Oeste‖ (fronteiras agrícolas, para onde a agricultura se deslocou com o incentivo do governo) e, atualmente, os movimentos intra-regionais tem aparecido, além do retorno dos nordestinos para casa
Podemos citar também: * êxodo rural: deslocamento da população rural para as cidades, possibilitou a rápida urbanização a partir dos anos 70. Tem como causas a modernização do campo, concentração fundiária, secas, inundações, baixa remuneração, o sonho de viver na cidade, etc. As conseqüências são: perda da população ativa na zona rural, queda da produção no campo se ao houver compensação com mecanização, urbanização, problemas urbanos (pobreza, ocupação de territórios, ...), etc. * Pendular: são as migrações diárias de trabalhadores de suas casas, na periferia, para o trabalho, no centro das cidades, retornando à noite para suas residências, ou dos bóias-frias, que se dirigem para as fazendas e voltam à noite. * Transumância: movimento típico nordestino, em que o trabalhador rural se desloca do Sertão, na época da seca, para o litoral para trabalhar no cultivo da cana, retornando, então, para então, para sertão quando as condições físicas melhorarem
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Exercícios de sala
Exercícios de casa 1.
1)(FGV/06) O processo de globalização, somado à ampliação do acesso a novas tecnologias de transporte e comunicação ajudou a impulsionar novos deslocamentos populacionais a partir do final dos anos sessenta. Indique abaixo a resposta correta em relação a este tema. a) os fluxos migratórios contemporâneos referem-se não apenas à chegada de orientais aos Estados Unidos, com destaque para os chineses, coreanos e japoneses, mas principalmente à chegada de turcos à Europa, em particular à Alemanha. b) Apesar de a tecnologia beneficiar os imigrantes atuais, pouca coisa mudou. Se comparados aos imigrantes que chegaram à América no século XIX, os atuais imigrantes estão sendo rapidamente incorporados ao mercado de trabalho formal, ocupando postos-chave dos setores industriais. c) O Brasil não mais recebe imigrantes, encontrando-se, portanto, excluído dos circuitos migratórios internacionais. Os últimos imigrantes que aqui chegaram foram os japoneses e coreanos, durante a Segunda Guerra Mundial. d) O Brasil continua recebendo imigrantes, embora em número bastante reduzido. Coreanos, bolivianos e chineses são exemplos de imigrantes recentes que chegam ao país à procura de trabalho e melhores oportunidades. e) O atual processo de emigração brasileira deve ser denominado ―migração de retorno‖. Os brasileiros estão sendo atraídos para aqueles países que, no fim do século XIX, expulsaram para cá sua mão-de-obra, particularmente Portugal, Inglaterra e estados Unidos.
Por ser de lá Na certa, por isso mesmo Não gosto de cama mole Não sei comer sem torresmo Eu quase não falo Eu quase não sei de nada Sou como rês desgarrada nessa multidão boiada Caminhando a esmo. Na letra dessa canção, os autores levantam o tema: a) do coronelismo e da chamada ―indústria da seca‖, que há década afetam a vida da população nordestina. b) Da decadência de atividades econômicas tradicionais do nordeste, , como a criação extensiva de gado. c) Da importância de hábitos alimentares tradicionais na dieta das populações de diferentes populações nordestinas. d) Da dificuldade de adaptação, nas grandes cidades, de imigrantes oriundos do campo. e) Da precariedade dos sistemas de transportes, que compromete os deslocamentos de migrantes do nordeste para o Sudeste do país.
2)(UFRN/00) O f l u xo m i g ra t ó ri o d e b r a s i l e i ro s t em s o f ri d o g r a n d e s t ra n s f o rm a ç õ e s . Nas três últimas d é c a d a s , o Paraguai se constituiu o segundo destino da emigração nacional. Esse fato se deve à (ao) a) incentivo à colonização, pelo governo paraguaio, na região fronteiriça. b) disponibilidade de áreas agrícolas com preço inferior ao das terras do centro-sul brasileiro. c) perseguições políticas a grupos de trabalhadores rurais. d) sistema produtivo, que concentra melhores oportunidades de emprego.
2. (UFRN/01) Segundo a ―Contagem Populacional de 1996‖ (IBGE, 1997), têm acontecido, no curso dos últimos anos, mudanças no crescimento populacional das regiões geoeconômicas brasileiras. No referido documento, o Centro-Sul e a Amazônia apresentam as maiores taxas de crescimento populacional. Isso se deve, respectivamente, a a ) m el hores condiç ões de quali dade de vida e à distribuição das áreas indígenas. b) concentrações da prestação de serviços e a aspectos naturais. c ) c o nc e nt raç ões ur b an o - i nd us t r i a i s e a migrações internas. d) melhores condições téc nico -ci ent íf icas e à formação de tecnopolos.
3) (UECE) Na Câmara de Vereadores de São Paulo, foi apresentado o projeto de lei nº 229/90 propondo que ―todos os desempregados há mais de dois anos e os imigrantes que morem em São Paulo há menos de dois anos não tenham direito a serviços e benefícios municipais‖. (Folha de S Paulo, 14 ago. 1990.) Caso seja aprovado esse projeto, teremos criado na maior cidade brasileira um: a)sistema defensivo contra os roubos na metrópole. b)apartheid, especialmente contra os nordestinos. c)sistema eficaz contra a imigração e um maior equilíbrio social dos serviços urbanos. d)meio de proteção aos paulistanos e maior democratização dos serviços.
3. (UEPB/01) Assinale a alternativa em que os fatores explicam a rapidez com que o campo tem jogado trabalhadores rurais em direção aos centros urbanos: a) Estímulo a agricultura de subsistência, mecanização agrícola e modernização do sistema de trabalho. b) Prática da cooperação agrícola, concentração fundiária e centralização do capital na cidade. c) Concentração fundiária, mecanização agrícola, alteração das relações de trabalho e alocação do capital no campo. d) Fascínio pela cidade, desenvolvimento das colônias agrícolas e práticas do sistema policultor. e) Especulação imobiliária, segregação social e instalação de comunas populares.
4)(UFPB) As Constituições brasileiras de 1930 e 1934 estabeleceram cotas restritivas à imigração estrangeira. Esta restrição ocorreu porque: a)não havia mais terras disponíveis no Sudeste, e os imigrantes europeus não se adaptavam ao clima tropical. b)Toda a imigração estrangeira se dirigia para o Sul e Sudeste do Brasil, provocando um desequilíbrio regional e acarretando problemas de desnacionalização. c)Os imigrantes japoneses e alemães, com seu nacionalismo exacerbado, provocavam lutas internas pela posse das terras. d)O imigrante europeu era possuidor de um elevado nível de consciência políticas, fato que tornava a migração interna (Nordeste-Sudeste) mais interessante, tanto para o empregador como para o governo. e)Os imigrantes formavam colônias onde mantinham brasileiros sob um regime de semi-escravidão (ou colonato), fato que provocou a revolta dos constituintes.
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(FGV/04-2) Lamento Sertanejo Gilberto Gil e Dominguinhos, 1973 Por ser de lá do Sertão De lá do Cerrado Lá do interior, do mato Da caatinga, do roçado Eu quase não saio Eu quase não tenho amigo Eu quase não tenho amigo Eu quase que não consigo Ficar na cidade sem estar contrariado.
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Aula 02: Agricultura no Brasil
modernização subordinou a agropecuária às necessidades do capital urbano industrial, definindo novas funções para a economia rural no interior da economia nacional. Atualmente, a agricultura funciona como retaguarda do crescimento do setor industrial e financeiro. A economia rural transformou-se, antes de tudo, em fornecedora de matérias-primas para as indústrias. As culturas agrícolas que conheceram um maior desenvolvimento foram justamente aquelas voltadas para a produção de insumos industriais, enquanto as culturas tradicionais de alimentos básicos viviam um longo período de estagnação. A alta lucratividade de produção de insumos agroindustriais atraiu capitais e investimentos para culturas como as da laranja (indústrias de cítricos), soja (indústria de óleos vegetais) e cana (indústria de açúcares e álcool combustível). A economia rural tornou-se, além de fornecedora de insumos industriais, consumidora de mercadorias do setor industrial. À medida que se voltava para as necessidades da economia urbana, a agricultura modernizava a sua base técnica, incorporando tratores, arados mecânicos, colhedeiras e semeadeiras, adubos, fertilizantes e pesticidas. Com isso, ela alargou o mercado de consumo dos produtos fabricados pelas indústrias de máquinas agrícolas e pelas indústrias químicas. Nas duas pontas - na saída e na entrada de mercadorias - a economia agrícola integrou-se à economia industrial. Esta modernização diferenciou ainda mais aqueles produtores rurais (que tem capital necessário para construir tecnologia e aumentar a produtividade de suas fazendas) dos produtores familiares (que empregam técnicas rudimentares e que continuaram atolados no círculo vicioso que conduz das técnicas arcaicas às baixas produtividades, baixos lucros e, conseqüentemente, à ausência de capital para aquisição de tecnologias). Este mesmo processo de modernização implicou na crescente mecanização das atividades agrícolas, especialmente no Centro-Sul do país. Em conseqüência, ocorreu intensa liberação de trabalhadores, expelidos da agropecuária e forçados a procurar ocupação na indústria e nos serviços. Desse modo, a economia rural comportou-se como fonte de trabalho para a economia urbana. Nas décadas de 70 e 80, o Brasil empreendeu um esforço exportador, direcionado para a conquista de saldos comerciais positivos e crescentes, em função da necessidade de equilibrar as contas externas. A economia rural participou deste esforço, ampliando e diversificando as exportações de produtos agrícolas e agroindustriais.. Na etapa atual, o crescimento das exportações agrícolas adquire importância estratégica na inserção do Brasil na economia globalizada. Esta é uma outra função crucial que o Brasil rural cumpriu e continua a cumprir: a de gerador de divisas. A riqueza oriunda das exportações acaba revertendo em benefício do setor urbano, tanto no pagamento de juros e serviços da dívida externa contraídos precisamente para o desenvolvimento industrial como na importação de equipamentos e maquinaria para as fábricas. Em 1970, as exportações agrícolas concentravam-se no café, seguindo muito atrás pelo açúcar, algodão e cacau. Desde esta época, as exportações cresceram vertiginosamente e diversificaram-se. Começaram a ser exportados soja, laranja, fumo e a carne de aves (veja fig. Abaixo, à esquerda). Isto significa que o mercado externo absorveu uma parcela considerável do aumento de produção de insumos industriais. Com relação ao mercado interno, a produção per capita de alimentos básicos como o arroz, feijão e mandioca retrocedeu, até consideravelmente (veja fig. Abaixo, à direita). O baixo poder aquisitivo da população tornou pouco lucrativa a produção de alimentos para o mercado interno, levando os agricultores empresariais a se dedicarem à exportação. A exceção foi o trigo, nos anos 80, que recebeu incentivos e subsídios governamentais pois é responsável por pesadas importações, onerando a balança comercial. Assim, o crescimento da produção esteve ligado às mesmas causas que estimularam a produção de soja, laranja ou cacau. O trigo é usado na fabricação de massas e refletiu a pobreza do mercado consumidor. Com a abertura da economia brasileira, nos anos 90, os subsídios para o trigo foram drasticamente reduzidos, provocando a queda da produção per capita, que retornou aos níveis de 1970.
Histórico da agricultura no Brasil De 1500 a 1822, todas as terras brasileiras pertenciam a Coroa Portuguesa, que as doava ou cedia seu direito de uso a pessoas de confiança ou conveniência, visando à ocupação do território e à exploração agrícola (cap. 8). Durante um longo período, a Coroa controlava a posse da terra através da criação das capitanias hereditárias e das sesmarias, que atendiam às necessidades da obtenção de lucros a partir da exportação de produtos agrícolas cultivados no sistema plantation, ou seja, em grandes propriedades monocultoras escravistas, e cuja produção era voltada à exportação. Entre 1822 e 1850 vigorou no Brasil o sistema de posse livre em terras devolutas, já que o Império não criou leis que regulamentassem o acesso à propriedade e não havia cartórios ou registros de imóveis. Ao longo deste período, a terra não tinha valor de troca (compra ou venda ), possuindo apenas valor de uso a quem quisesse cultivar e vender sua produção. A escravidão continuou nestas propriedades, com a importação dos escravos forçadamente da África, e os escravos negros eram prisioneiros dos latifundiários, o que os impediam de ter acesso às terras devolutas no imenso território nacional. A entrada de imigrantes nesse período foi muito pequena e restrita às cidades. Em 1850, com o aumento da área cultivada com café e com a Lei Eusébio de Queiroz, este quadro sofreu profundas mudanças. A partir de então, dada a proibição do tráfico negreiro, a mão-de-obra que se encontrava no Brasil para trabalhar nas lavouras seria constituído por imigrantes livres europeus, atraídos pelo governo brasileiro. Se estes imigrantes encontrassem um regime de posse em terras devolutas, cercaria um pequeno pedaço de terra para produzir alimentos de forma independente. Se a posse de terras continuasse livre, eles se instalariam ao redor das cidades, em vez de trabalhar como assalariados semi-escravizados nas lavouras de café. Com o claro intuito de garantir o fornecimento de mão-deobra barata aos latifúndios, o governo impediu o acesso dos imigrantes às propriedades através da criação, também em 1850, da Lei de Terras. Com esta Lei, todas as terras devolutas tornaramse propriedades do Estado, que somente poderia vendê-las através de leilões, beneficiando quem tivesse mais dinheiro, e não o imigrante. Ainda de acordo com a Lei de Terras, o dinheiro arrecadado deveria ser utilizado no financiamento das viagens de novos imigrantes que se dispusessem a vir trabalhar no Brasil. Tudo isso nos leva a concluir que esta lei, além de garantir o aumento do fornecimento de mão-de-obra para os latifúndios, servia também para financiar o aumento do volume de imigrantes que ingressava, e ao chegar ao Brasil, eram obrigados à se dirigir às fazendas, praticamente o único lugar em que podiam encontrar emprego. Nessa época, a posse de terras e não a de escravos, era considerada reserva de valor e símbolo de poder. No início da década de 30, em conseqüência da crise mundial que se iniciou com a queda da bolsa de valores de NY, em 1929, a economia brasileira, basicamente agroexportadora, entrou em crise. A região Sudeste, onde se desenvolvia a cafeicultura, foi a que enfrentou o maior colapso. Na região Nordeste, ocorreu novas crises de açúcar e do cacau, enquanto a região Sul, com produção direcionada para o mercado interno, sofreu efeitos menores. Outro desdobramento da crise foi um maior incentivo à policultura, voltada para o abastecimento interno, e uma significativa fragmentação das grandes propriedades, cujos donos venderam suas terras para se dedicar à atividades econômicas urbanas, sobretudo indústria e comércio. Foi um dos raros momentos em que houve um aumento, embora involuntário, do número de pequenos e médios proprietários rurais. A agricultura no Brasil industrial A agropecuária emprega cerca de 23% da população ativa nacional e pratica com menos de 10% na formação do produto PIB do país, participando com 20% da pauta das exportações brasileiras. A safra de cereais alcançou recorde, em 1997, com mais de 77 milhões de toneladas. A urbanização e industrialização do país não apenas reduziram a importância do setor agrícola. Este processo de
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Exercícios de casa
1. (UFRGS) Considere os itens abaixo. I.Subaproveitamento do espaço agriculturável. II.Produção voltada exclusivamente para o mercado interno. III.Emprego da mecanização somente nas grandes propriedades. Quais deles caracterizam a atividade agrícola no Brasil? a) apenas I d) apenas I e II b) apenas II e) todas c) apenas III
1. (Unicamp/11) Com relação à fruticultura na região do Vale do São Francisco no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que a) a região tem terras férteis e adequadas à fruticultura graças à inserção de projetos irrigáveis, o que compensa o clima seco e o alto índice de insolação durante a maior parte do ano. b) a região tem clima úmido, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, característica favorável à fruticultura. c) a região é importante produtora de frutas, mas não foi possível implantar a vitinicultura, apesar de várias tentativas, porque a cultura não se adapta ao clima. d) os maiores produtores de frutas tropicais da região e do país encontram-se em polos agroindustriais dos municípios pernambucanos de Juazeiro e Petrolina.
2. (FGV/05-2) Em relação aos fatos noticiados pela mídia: a) conflitos relacionados à reforma agrária, resultando em assassinatos encomendados b) choque de interesses resultante da aprovação da Lei de Biossegurança, especialmente no que se refere à liberação do plantio de soja transgênica. c) Tentativa de revalorização de espaços urbanos deteriorados pelo tráfico e consumo de drogas e, consequentemente, pela violência. Os palcos desses fatos são, respectivamente, os Estados: a) Tocantins – Pará- Rio de Janeiro b) Goiás – Rio Grande do Sul – Rio de Janeiro a) Pará – Bahia – Paraná b) Amazonas – santa Catarina – São Paulo c) Pará – Paraná – São Paulo
2. (UFRN/99) Sobre a questão agrária brasileira, é correto afirmar que: A) A estrutura econômica e social, assentada na desigual repartição da terra e da renda, é geradora de privilégios, da miséria e da violência no campo. B) A estrutura fundiária brasileira reflete uma distribuição democrática da terra, consolidada a partir de um modelo de posse baseado na pequena propriedade. C) Nos conflitos pela posse de terras, os ―capangas‖ agem legalmente ao defender os grandes p r o p r i e t á r i o s r u r a i s , q u e p a g a m em d i a s e u s impostos. D ) C o m a f i n a l i d a d e d e f i xa r d e v e z o h o m e m n o campo, a reforma agrária é simples questão de distribuição de terras devolutas do Estado.
3. (Mackenzie-SP) Entre as alternativas abaixo, referentes à pecuária brasileira, indique a incorreta: a) na região Norte, a pecuária é encontrada nas áreas de campos naturais do Marajó, no alto Rio Branco e no litoral do Amapá. b) A região Sudeste destaca-se na pecuária bovina de corte e leite. c) Tradicional região da pecuária desde o século XVI, o sertão nordestino ainda desenvolve criação intensiva com alta rentabilidade. d) Um dos problemas enfrentados pelo pecuária de corte e leiteira é a alternância das estações, a safra e a entresafra. e) Na região Centro-Oeste, predomina a criação extensiva nas áreas de vegetação de cerrado.
3. (Unesp/04-2) Sobre a violência no campo e a estrutura fundiária no Brasil, é correto afirmar: a) é grande o número de grandes proprietários e que os conflitos pela posse de terras são poucos. b) É pequeno o número de grandes proprietários, assim como o de conflitos pela posse da terra. c) É grande o número de pequenos proprietários, assim como o de conflitos pela posse de terra. d) É pequeno o número de pequenos proprietários e que os conflitos pela posse de terra são muitos. e) É equilibrado o número de pequenos e grandes proprietários, assim como o das áreas com e sem conflito pela posse de terras.
4. (ENEM/10) A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é hoje exportadora de trabalhadores. Empresários de Primavera do Leste, Estado de Mato Grosso, procuram o bairro de Vila Maria para conseguir mão de obra. É gente indo distante daqui 300, 400 quilômetros para ir trabalhar, para ganhar sete conto por dia. (Carlito, 43 anos, maranhense, entrevistado em 22/03/98).Ribeiro, H. S.. Araraquara: Wunderlich, 2001(adaptado). O texto retrata um fenômeno vivenciado pela agricultura brasileira nas últimas décadas do século XX, consequência: a) dos impactos sociais da modernização da agricultura. b) da recomposição dos salários do trabalhador rural. c) da diminuição da importância da agricultura. d) dos processos de desvalorização de áreas rurais.
4. (UFRGS/10) As grandes empresas sojíferas têm como base uma logística que visa reduzir os custos da produção. No Brasil, elas realizam um verdadeiro reordenamento territorial, em uma rede densa e ramificada. Em relação à logística adotada na exportação de soja, considere as seguintes afirmações. I. ela excluiu os portos das regiões norte e nordeste. II. A hidrovia do rio Tapajós integra a logística de exportação. III. A exportação pelo porto de Paranaguá garante os menores custos de transporte. Estão corretas apenas: a) I b) II c) III d) II e III e) todas
5. (UFRN/05) Desde a década de 1980, vem ocorrendo uma significativa expansão da produção de soja no território brasileiro, incorporando novas áreas agrícolas, que têm atraído grande número de pessoas dos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. As áreas agrícolas a que o enunciado se refere correspondem ao: A) sul do Tocantins e ao sudoeste do Maranhão. B) norte da Bahia e ao leste do Piauí. C) oeste da Bahia e ao sul do Piauí. D) norte do Tocantins e ao noroeste do Maranhão. Gabarito 1. A
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Aula 03: CARTOGRAFIA
Exercício: Uma cidade dista 10 cm de outra em um mapa de escala 1: 500.000. Qual a distância real entre elas? a) 5 Km b) 50 Km d) 500 Km d) 0,5 Km
“Cartografia é a ciência e a arte de representação gráfica da superfície terrestre.‖ A representação pode ser total ou parcial, e produto final da cartografia é o mapa. Cabe considerar que na atualidade a cartografia não se restringe somente à representação da superfície terrestre, visto que os progressos alcançados pela astronomia e pela aeronáutica têm possibilitado uma considerável ampliação de seus objetivos, passando à representação também dos planetas e do próprio Universo, além das cartas espaciais.
D= d.E D= 10 cm . 500000 D= 5000000 cm = 50 Km 6.4. Tamanho das escalas
Elementos De modo prático, podemos dizer que, quanto maior for o denominador da fração, menor será a escala e, inversamente, quanto menor for o denominador, maior será a escala. Assim: Escala A- 1: 100.000 Escala B- 1: 30.000.000 Nesse caso, a escala A é maior que a B.
A confecção de um mapa é tarefa de certa complexidade, pois abrange um conjunto de operações de caráter científico, técnico e artístico, que vão desde levantamentos no próprio terreno, análise de documentação até o estudo das expressões gráficas e outros aspectos. Os mapas apresentam os seguintes elementos fundamentais: título, convenções e escala. Título Considerando-se que você pode representar graficamente a informação que melhor lhe convier em um mapa, como apenas o terreno e os rios, a vegetação, as fronteiras, etc, você pode ter uma infinidade de tipos de mapas, sendo que o título do mapa lhe informará que tipo de características o mapa possui. Podem ser: Mapa físico- relevo, clima, solo, hidrografia, etc. Mapa biogeográfico- distribuição das plantas e animais Mapa rodoviário: estradas, fronteiras, cidades, ... entre outros.
Quanto à grandeza, as escalas podem ser assim classificadas:
Concluindo, o grau de detalhamento aumenta dos mapas para as cartas e para as plantas.
Convenções São um conjunto de sinais ou ―símbolos‖ (figuras, cores, etc) escolhidos para representar no mapa os elementos desejados. Apesar de ainda não existir uma padronização universal dos símbolos, esforços tem sido feitos, a nível nacional e internacional, por alguns organismos, para se chegar a esta padronização. Escala É o elemento que estabelece a relação ou proporção entre a dimensão real de um lugar e sua representação no mapa. A função da escala é, portanto, informar a quantidade de vezes que uma determinada área ou distância foi reduzida em relação à sua representação no mapa. Exemplificando: num mapa de escala 1: 1.000.000 (lê-se ―um para um milhão‖), devemos entender que a dimensão real sofreu redução de 1.000.000 de vezes ou, então, que cada unidade do mapa, digamos 1 cm, equivale a 1.000.000 de unidades (no caso 1.000.000 cm) no lugar real. Lembre-se que 1.000.000 cm = 10 Km (basta cortar 5 zeros). Tipos de escala A escala costuma ser apresentada sob uma das três formas seguintes: Numérica- representada sob a forma de uma razão (1: 200.000) ou de uma proporção (1 / 200.000). Em ambos os casos,significa que cada unidade no mapa corresponde a 200.000 unidades no terreno. Gráficagraduada. Exemplo:
representada
0
através
de
1 quilômetros
uma
linha
6.6. Projeções cartográficas É importante lembrar que uma projeção cartográfica nada mais é do que o resultado de um conjunto de operações que permite colocar no plano, fenômenos inscritos em uma esfera ou, no caso da Terra, num geóide, que é a forma específica de nosso planeta. Entretanto, ao realizar essa transferência de informações, surge um problema insolúvel para os cartógrafos: qualquer que seja a projeção adotada, sempre haverá algum tipo de distorção, seja nas áreas, nas formas ou nas distâncias das superfície terrestre. Cilíndrica (ou de Mercator): baseiam-se na projeção dos paralelos e dos meridianos em um cilindro envolvente, posteriormente planificado. Tem as seguintes características: os paralelos e os meridianos são linhas retas que se cruzam em ângulos retos. O intervalo entre os meridianos é constante, e a escala é verdadeira sobre o Equador. As regiões de elevadas latitudes aparecem bastante exageradas (na latitude 60º chega a ser de 100%). A mais conhecida projeção cilíndrica é a de Mercator (1569), a preferida pelos navegantes pois representa de forma bastante fiel os detalhes da costa, embora distorça a forma dos continentes, quanto mais próximos eles estejam dos pólos.
reta
Cônica: baseiam-se na projeção do globo terrestre sobre um cone que o tangencia, sendo depois planificado. Apresenta as seguintes características: os meridianos são linhas retas e convergentes e os paralelos são círculos concêntricos. Os paralelos e os meridianos estão separados por distâncias iguais. É mais utilizada para representar regiões de latitudes médias.
2
Nesse caso, a régua foi seccionada em dois pedaços iguais, cada um medindo 1 cm. Isso quer dizer que 1 cm no mapa equivale a 1 Km no terreno. 6.3. Cálculo cartográfico
Azimutal: baseiam-se na projeção da superfície terrestre num plano, possuindo as seguintes características: os meridianos são linhas retas divergentes e os paralelos são círculos concêntricos. As distorções aumentam a partir do centro (ponto de tangência). São as preferidas para representar as regiões polares.
D=dxE onde D= distância real d= distância no mapa/carta E= escala do mapa/carta
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grande escala: até 1:250.000 média escala: de 1:250.000 a 1:1.000.000 pequena escala: acima de 1:1.000.000
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1. (UFRGS/98) Sabendo que a Terra tem um raio médio de 6371 Km e que um globo que a representa tem 25,4 cm de diâmetro, é correto afirmar que a escala desse globo corresponde, aproximadamente, a: a) 1: 81.000 b) 1: 5.000.000 c) 1: 6.300.000 d) 1: 50.000.000 e) 1: 100.000.000
(UNESP) Sobre um mapa, na escala 1: 500.000, tenciona-se demarcar uma reserva florestal de forma quadrada apresentando 7 cm de lado. A área da reserva medirá, no terreno: a) 12,15 Km2 c) 12250 Km2 e) 12255 Km2 2 2 b) 1225 Km d) 122,5 Km 2. (UPF/10) O sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas utilizado pela cartografia para analisar e interpretar o espaço geográfico. A alternativa que indica corretamente o material utilizado por essa técnica é: a) termógrafo, bússola, curvímetro b) cartas marítimas, cartas topográficas, radar c) fotografias aéreas, imagens de radar, imagens de satélites d) telescópio, bússola, clinômetro e) altímetro, GPS, astrolábio
2. UFRGS/06) Considere as afirmações abaixo relativas à cartografia. I. O GPS (Global Positioning System) é um sistema eletrônico apoiado em uma rede de satélites que permite a localização instantânea de objetos em qualquer ponto da Terra. II. As imagens de satélite com uma resolução espacial de 100 metros são adequadas para identificar as árvores de um pomar, as casas e os edifícios de uma cidade. III. Os mapas temáticos pedológico, geomorfológico e hipsométrico representam o solo, o relevo e a altimetria, respectivamente. Estão corretas apenas: a) I b) II c) I e III d) III e) II e III
3. (Unipê/03) Para realizar estudos de fenômenos que se verificam na superfície terrestre, o geógrafo dispõe de um importante instrumento cartográfico, que são os mapas. Assinale V ou F: ( ) O apogeu da cartografia grega está associado ao nome de Cláudio Ptolomeu, que escreveu uma obra que trata dos mapas. ( ) Uma das operações mais freqüentes em cartografia é a mudança das escalas, que visa ampliar ou diminuir o detalhamento dos mapas. ( ) A latitude, um dos elementos que estão obrigatoriamente nos mapas, varia de 0º a 180º leste e oeste. ( ) As coordenadas geográficas de um mapa são: altitude, longitude e latitude; alguns autores consideram, ainda, a distância do mar. ( ) Os mapas que apresentam curvas de nível auxiliam consideravelmente os estudos de caráter geomorfológico.
3. (Luciano/01) Assinale a alternativa que melhor completa corretamente as lacunas. Um dos maiores problemas ambientais que assolam a Amazônia brasileira é o problema do desmatamento. Se quisermos melhor analisar a evolução deste problema nos últimos dez anos, um mapa de escala .................. deve ser ........................... para ............................ a) 1: 50.000.000 – ampliado – 1:15.000.000 b) 1:10.000 – ampliado – 1:5.000.000 c) 1:1.000 – reduzido – 1:1.000.000 d) 1:7.000.000 – reduzido – 1:200.000 e) 1:7.000.000 – ampliado – 1:200.000
4. (FGV/04-2- modificada) Tentativas de criar novos sistemas de projeção ainda não conseguiram impor-se, a exemplo desta que aumenta sensivelmente as zonas localizadas nas proximidades do Equador, tirando assim das zonas temperadas a pecha de arrogância. Nessa projeção, o comprimejto original da África passa de 8013,6 Km para 10622,3 Km e a imagem tradicional do continente fica quase irreconhecível. Adaptado de Dreyer-Heimbecke, Oswald. Descobrimento da Terra. São Paulo: Melhoramentos, Edusp. 1992, p. 38-39. Assinale a alternativa que contém a projeção mencionada no texto, que se trata de uma projeção equivalente: a) Peters b) Mercator c) cônica d) azimutal e) nenhuma delas
4. (UEMA) Os mapas, por muitos anos, estiveram a serviço do poder. Não é a toa que o traçado do mapa-múndi do nosso planetaesfera traz como centro a Europa, retratando a realidade dominadora da época dos primeiros traçados. Isto significa que os mapas: a) mostram apenas realidades locais. b) contêm uma visão do mundo e um contexto político-ideológico. c) interpretam o pensamento do leitor. d) são neutros e sem ideologia. e) são opções apenas técnicas. 5. (PUC-MG- adaptada) Em um mapa de escala 1:13.220.000, a distância em linha reta entre Macapá e Belém é de 2,5 cm. A distância real entre as duas cidades é de: a) 3305,5 Km c) 330,5 Km e) 33,3 Km b) 2830,5 Km d) 2830,3 Km
5. (FGV/04) Os mapas constituem importantes instrumento de auxílio à gestão ambiental. Mapas na escala 1: 250.000 e 1: 25.000.000 seriam mais adequados para a representação dos seguintes problemas ambientais, respectivamente: a) destruição das florestas tropicais e ocorrência das ilhas de calor (nas cidades). b) Previsão do fenômeno El Niño e área de abrangência das chuvas ácidas. c) Ocorrência de chuvas ácidas e enchentes em áreas urbanas. d) Destruição da camada de ozônio e abrangência do fenômeno El Niño. e) Ocorrência das ilhas de calor urbanas e elevação da temperatura global (efeito estufa).
6. (UFPE) Analise as alternativas corretas: (01) Cartografia é a arte de representação gráfica da superfície da Terra, em parte, ou no seu todo, de acordo com a escala. (02) A representação de uma superfície esférica, num plano (a exemplo do mapa), traz forçosamente deformações que podem ser de distâncias, de áreas e de ângulos. (03) Nos mapas de grandes escalas, as deformações são muito sensíveis, enquanto nas cartas de pequenas escalas as deformações se tornam cada vez menos importantes. (04) As curvas de nível são linhas imaginárias que ligam os pontos situados na superfície da Terra e de igual altitude. (05) Em toda elevação as cotas das curvas de nível diminuem da periferia para o centro, segundo uma proporção constante. O somatório das alternativas corretas resulta em: _________________ Gabarito 1. D 2. C 6. 01+02+04
3. E
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4. B
6. (UFRGS) Assinale entre as alternativas abaixo aquela que não representa uma característica da projeção cartográfica cilíndrica. a) Baseia-se na projeção dos paralelos e dos meridianos em um cilindro envolvente, posteriormente planificado. b) Os paralelos e os meridianos são linhas retas que se cruzam em ângulos retos. c) O intervalo entre os meridianos é constante. d) As regiões de elevadas latitudes aparecem bastante exageradas. e) O intervalo entre os paralelos é constante.
5. C
Gabarito 1. B
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2. C
3. VVFFV 4. A
5. E
6. E
QUÍMICA
Em 7 de setembro de 1822 foi proclamada a Independência do Brasil, iniciando um novo período da história que veremos no capítulo a seguir.
Aula 04: Brasil- potência regional
O Brasil nos séculos que antecederam a Independência Século XVI Chegada dos portugueses se deu em 22 abril 1500. Após se certificarem do potencial exploratório do nosso território, voltaram para Portugal, retornando ao Brasil em 1530. a ocupação portuguesa foi essencialmente periférica, litorânea, sendo o Oceano Atlântico a via de comunicação com a metrópole. O interior era o espaço mitológico, assustador, onde os nativos saboreariam a carne alva do colonizador. Como a monocultura canavieira, e as técnicas de refino do açúcar, eram praticadas pelos portugueses em outras colônias, a partir de 1534 foi aplicada também nas capitanias, iniciando o Ciclo da Cana, que se prolongaria por mais dois séculos. As primeiras mudas de cana foram trazidas por Martim Afonso de Souza, em 1531, que inauguraria, em 22 janeiro 1532, o primeiro engenho de açúcar da colônia, em São Vicente, SP. Foi no nordeste, entretanto, devido ao solo e clima favoráveis, que os canaviais proliferaram-se intensamente, firmando a Bahia e Pernambuco como centros da empresa agrícola colonial, principalmente na segunda metade do século. O êxito reduzido das capitanias obrigou a Coroa Portuguesa a implantar o Governo-Geral, primeiramente em Salvador, em 1549, com o intuito de descentralizar o poder das capitanias e remete-las ao Governador-Geral. O três primeiros Governadores-Gerais foram Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá. Estas empresas agrícolas, conhecidas como engenhos, eram latifúndios monocultores que utilizavam mão-de-obra escrava e denominava-se plantation. O açúcar produzido nos engenhos era enviado pelos rios até os grandes portos exportadores: Recife e Salvador. O aguardente, subproduto dos engenhos, era trocado por escravos, na África. Século XVII Começou um alargamento da ocupação costeira, surgindo novas atividades econômicas (como o algodão, fumo, ouro, ...). O sucesso comercial do açúcar nos mercados europeus fez com que a produção de cana avançasse sobre as terras de pastos. O gado, assim, foi expulso do litoral e avançou para o sertão, sendo o vale do rio São Francisco o palco desta evolução. A decadência da capitania de São Vicente, que havia iniciado na segunda metade do século anterior devido ao afastamento dos portos exportadores e núcleo econômico da colônia, além da pobreza do solo, cuja produtividade declinou bastante, fez com que, já no século seguinte, corresse a marcha de muitas pessoas para o povoado mais próximo, São Paulo de Piratininga. No final do século XVII, as expedições bandeirantes encontraram ouro nas Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, que promoveu um afluxo populacional sem precedentes na história colonial, alargando ainda mais a faixa de ocupação luso-brasileira. Produzido em Alagoas e Recôncavo baiano, o tabaco assumiu importância na pauta das exportações lusitanas. Intensificaram-se as expedições oficiais pelo vale amazônico, tendo um sentido geopolítico e comercial: tratava-se de expulsar holandeses e ingleses e impedir o contrabando de produtos nativos, tais como madeira e pescado. Acabou por ser construído, na região, o Forte Presépio de Belém, em 1616. Século XVIII A exploração de ouro no interior do país fez surgir importantes núcleos urbanos, como Vila Rica de Ouro Preto, Mariana, Caeté, Sabará, entre outros, além de transformar a geografia do Centro-Sul. O deslocamento do ouro do interior para o rio São Francisco se dava através de dois caminhos, conhecidos como Caminho Geral do Sertão e Caminho Velho. As fronteiras entre as possessões espanholas foram diplomaticamente resolvidos com a assinatura do Tratado de Madri (1750). O princípio geral adotado na partilha (―cada um fica com o que tem‖) beneficiou a Coroa portuguesa, cujo território havia avançado substancialmente sobre as terras espanholas graças ao bandeirantismo e às expedições coletoras no grande norte. No extremo sul, Portugal cedeu a Colônia de Sacramento à Espanha.
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O Brasil-Império e o Brasil-República A partir da Proclamação da Independência (07/09/1822), inicia-se uma nova caracterização do território brasileiro, a de um Estado-Nação, sendo que a Proclamação da República ter ocorrido apenas em 15 de novembro de 1889. A primeira metade do século XIX é marcada por uma continuidade nos indicadores econômicos que vinham sendo carreados desde o século XVI (cana, metais), mesmo depois da chegada da Coroa Portuguesa em 1808. A segunda metade do século, entretanto, mostrou muitos eventos importantes. Em 1850, duas leis foram promulgadas simultaneamente, e não por acaso: a Lei Eusébio de Queiroz e a Lei de Terras. A Lei Eusébio de Queiroz representou o fim do tráfico negreiro para o Brasil. Era o início das conversações entre o setor escravocrata e os que lutavam pela libertação dos escravos. Em consequência, o preço médio dos escravos teve uma brutal elevação, enriquecendo muitos fazendeiros. Como continuidade do estágio lento de libertação dos escravos, foram assinadas as Leis do Ventre Livre(1871; os filhos de escravos nascidos a partir desta data eram livres) e dos Sexagenários (1885; os escravos acima de 60 anos estavam livres), assinalando para a libertação total dos escravos, que aconteceu em 1888 (Lei Áurea). Pela Lei de Terras, por sua vez, estava vedada qualquer acesso às terras devolutas que não fosse através da compra. Apenas, assim, os grandes proprietários de terras (que tinham recursos financeiros) teriam acesso à terra. Essa lei foi promulgada em simultaneidade com a Lei Eusébio de Queiroz por dois motivos: evitaria que os escravos, libertos vagarosamente, assumissem terras devolutas e; o dinheiro arrecadado pela venda das terras seria utilizado para financiar a vinda de imigrantes europeus que substituiriam, como mão-de-obra, os escravos, que estavam na iminência de serem libertados. Originário do Norte da África, os primeiros cafezais foram introduzido na metade do século XVIII na Amazônia mas não houve boa adaptação. No início do século XIX foi levado para a baixada fluminense e se expandiu até o Vale do Paraíba (SP), onde obteve resultados positivos. Era o início do principal ciclo econômico brasileiro, o Ciclo do Café (1850-1930), onde o café tornava-se o núcleo das relações brasileiras com o mercado mundial através da exportação acentuada. O Brasil tornou-se o fornecedor de café para o mundo. Esta produção em grande escala mudou completamente a cara do Sudeste: os fazendeiros transformaram-se em ―barões do café‖, enriquecendo-se ainda mais; em 1867 foi inaugurada a primeira, de muitas, ferrovia paulista, a E.F. Santos-Jundiaí, que servia apenas para escoar os grãos ao Porto de Santos; antes da libertação dos escravos, o ciclo cafeeiro era dito escravista; depois, capitalista. Os primeiros imigrantes europeus que chegaram ao Brasil, convencidos por uma propaganda governista brasileira, foram alemães, italiano e eslavos. Os japoneses chegaram apenas no início do século XX. Estes imigrantes forma importantes para a ocupação de uma região até então desconhecida: a região Sul. Os imigrantes alemães ocuparam o vale dos grandes rios, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul; os italianos ocuparam as regiões serranas destes dois estados; os eslavos foram responsáveis pela ocupação do Paraná. Os japoneses se dirigiram para o interior de São Paulo ou para o norte, onde forma cultivar chá, pimenta-do-reino, entre outros produtos. De 1870 a 1910, o Brasil presenciou o Ciclo da Borracha, que deu novo impulso à ocupação da região Norte. Apenas após a concorrência com a borracha asiática foi que este setor econômico declinou. O final do século XIX também marca o início da industrialização brasileira, mesmo que incipiente, até então boicotada pela Coroa portuguesa. Em 1885, São Paulo tinha 13 fábricas têxteis, 3 de chapéus e 7 metalúrgicas. Esta industrialização se intensificou no início do século XX, junto com a imigração em massa, a abolição da escravatura e a instauração da República. Mas foi apenas em 1929 que o setor industrial teve um papel importante na nossa economia, e isto será discussão para o próximo subcapítulo.
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O fim do Ciclo do Café A crise da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, repercutiu em todo mundo desenvolvido na forma de uma crise industrial sem precedentes. No mundo subdesenvolvido, entre os países agrícolas, provocou uma recessão pois estes países não encontravam no exterior compradores para suas mercadorias (subentende-se Brasil e seu café). Era o fim do Ciclo do Café
Exercícios de casa 1. (UFPB/09-2) Sobre o espaço colonial brasileiro, é correto afirmar que a) foi ocupado, visando a integração econômica das diferentes e vastas regiões naturais, transformadas pela metrópole colonizadora em fazendas, currais e engenhos. b) se limitava às fronteiras estabelecidas pelo tratado de Tordesilhas, que garantia aos portugueses e espanhóis as terras do Novo Mundo. c) teve a sua população indígena substituída inicialmente pelas populações lusitanas e negras e, posteriormente, pelos imigrantes europeus. d) possuía uma organização produtiva, voltada para o setor agrícola de exportação e determinada pelas políticas protecionistas dos estados mercantilistas europeus. e) possuía uma economia estruturada no comércio paulista, cuja força econômica integrava os espaços agropecuários e fortalecia as grandes cidades portuárias do país.
Exercícios de sala 1. (UFPB/07-2) Verifica-se que a ocupação do Brasil, no período colonial, privilegiou o litoral face à sua posição em relação ao Oceano Atlântico, que funcionava como via de comunicação com Portugal. Posteriormente, esse movimento de ocupação estendeu-se para o interior do continente, sendo reconhecido pelos Tratados de Madri e de Santo Ildefonso, com base nos princípios de Uti Possidetis (quem tem a posse, tem o domínio). Em relação a esse movimento de ocupação do território brasileiro, é correto afirmar: a) O Vale do São Francisco serviu de rota para a penetração dos bandeirantes, devido à existência de recursos minerais, principalmente o manganês. b) O movimento das bandeiras, mesmo penetrando o interior de São Paulo, conseguiu despovoar outras áreas como o Rio de Janeiro, situado na região Centro-Sul. c) Algumas áreas, durante o movimento de interiorização no Brasil, no século XIX, esvaziaram-se logo após o esgotamento dos recursos naturais, a exemplo dos recursos minerais. d) O negro teve grande importância no movimento de penetração no território brasileiro quando da ocupação em direção à Amazônia. e) O litoral foi a região mais densamente povoada devido, principalmente, ao clima ameno e à existência de portos para o escoamento da produção da pecuária.
2. (UEPB/11) Identifique a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto. A estrutura produtiva do país passou por dois ciclos de profundas alterações nas últimas décadas. O primeiro refere-se ao projeto de __________ da economia, consolidado com o desenvolvimento __________ a partir da década de 1960. Juntamente com a modernização do __________, desde então redesenhou-se a ocupação do espaço brasileiro. A reorganização econômica e geográfica não se faz de forma isolada. A crescente importância da __________ na produção da riqueza nacional trouxe consequências para a divisão __________ do trabalho. As mudanças de rumo do capitalismo internacional decorrentes da crise do __________ e do endividamento do Estado, alteraram os padrões da __________ brasileira. As __________ tornaram-se peças fundamentais do cenário econômico do país. No final da década de 1980 e inicio de 1990 inaugura-se um novo ciclo de mudanças: reestruturação do papel do __________, busca de qualidade, redução de custos para elevar a produtividade do país no comércio internacional e alterações na divisão setorial do trabalho. A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto é: a) industrialização / do estado / multinacional / indústria petrolífera / agropecuária / meio inter-regional / modernização / industrial / campo b) industrialização / do estado / multinacional / indústria petrolífera / agropecuária / meio inter-regional / vida campestre / redes industriais / ciclo de modernização c) modernização / do campo / inter-regional / industrialização / estatal / meio industrial / agropecuária / pesquisa petrolíferas / produto multinacional d) modernização / industrial / campo / agropecuária / inter-regional / estado / empresa multinacional / industrialização / petróleo e) modernização / industrial / campo / agropecuária / inter-regional / petróleo / industrialização / multinacionais / estado
2. (UFC/03) A economia básica do Brasil, durante os períodos colonial e imperial, esteve voltada para o comércio de exportação. Assinale a alternativa que caracteriza o espaço geográfico brasileiro nesta época. a) Havia intensos fluxos rodoviários e ferroviários entre as regiões brasileiras. b) Os espaços regionais achavam-se integrados através de intensos fluxos rodoviários. c) O transporte ferroviário possibilitou o desenvolvimento de intenso mercado interno. d) Os espaços regionais achavam-se integrados através dos fluxos de transporte fluvial. e) As regiões eram isoladas e o comércio externo se fazia através do transporte marítimo. 3. (Fuvest/05) Pode-se caracterizar parte da complexidade socioeconômica do Brasil pela: a) elevada dívida externa, usada para financiar o alto Índice de Desenvolvimento Humano do país. b) Elevada concentração de terras que são utilizadas como reserva de valor e para agronegócios. c) Exportação de produtos tecnológicos, principal componente da balança comercial brasileira. d) Concentração da renda no eixo Sul-Sudeste, em virtude da presença de imigrantes europeus. e) Queda da produção agrícola para exportação, devido ao protecionismo de países centrais.
Gabarito
1. C
2. E
(Cesgranrio) A organização político-administrativa do Brasil colônia estava calcada na divisão territorial em capitanias, no estabelecimento dos governos-gerais e na criação das câmaras municipais. Tal organização atendia às necessidades inerentes à relação metrópole-colônia apontadas abaixo, com exceção de: a) promover a ocupação territorial através do povoamento. b) Evitar gastos supérfluos com o envio de funcionários da metrópole para a colônia. c) Possibilitar a efetivação dos interesses metropolitanos, que tinham por base a política mercantilista. d) Restringir a participação política nas câmaras municipais aos chamados ―homens bons‖. e) Defender a colônia dos ataques e invasões das potências rivais.
3. B
Gabarito 1. D
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2. E
3. A
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Aula 05: A regionalização do território brasileiro As Divisões oficiais Em 1941, o IBGE lançou a primeira divisão regional oficial do Brasil. Delimitava 5 grandes regiões (Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste) tendo em vista finalidades estatísticas e didáticas. Foi substituída pela divisão regional de 1945 que, embora tenha conservado as mesmas regiões da divisão anterior, foi acrescida de um sistema hierárquico de regiões (grandes regiões, regiões, subregiões e espaços fisiográficos) e dos novos Territórios Federais criados em 1946 (Fernando de Noronha) e Iguaçu (vide figura abaixo). Estas divisões foram elaboradas com base no conceito de região natural (divisão dos territórios fundamentado nos elementos naturais).
*Nordeste Ocupa uma área de 1,5 milhão de Km 2 (18% da área do país) e estende-se desde a metade leste do Maranhão até o norte de Minas Gerais. Concentra cerca de 30% da população brasileira e constitui uma ‗‘região-problema’’, em virtude dos graves problemas sociais e econômicos que apresenta: pobreza, fome, subnutrição, elevadas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo, baixos salários, elevada concentração de renda e das terras, secas, entre outros. Marcado por acentuados contrastes naturais (litoral úmido, interior seco,...), o complexo regional do Nordeste apresenta quatro porções ou regiões distintas, conforme figura ao lado. » Zona da Mata: primeira área do Brasil ocupada pelo colonizador europeu é, e sempre foi, a principal região do espaço geoeconômico nordestino. Sua economia é baseada no setor terciário (visto que concentra as principais capitais do NordesteSalvador, Maceió, Aracajú., Recife, João Pessoa e Natal) e na agricultura baseada no latifúndio monocultor exportador (plantations). Concentra, também, grande parte dos problemas que afetam o Nordeste: pobreza, desemprego, subemprego, criminalidade, etc. » Agreste: área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, sendo uma estreita faixa de terras que se estende desde o Rio G. Norte até o Sul da Bahia. Corresponde, em parte, ao espaço ocupado pelo Planalto da Borborema. A parte em contato com a Zona da mata apresenta solos férteis e boas condições de umidade. Já a porção em contato com o Sertão apresenta estéreis e pouca umidade. As densidades demográficas no Agreste são muito superiores às encontradas no Sertão, porém inferiores às da Zona da Mata.Área com predomínio de médias e pequenas propriedades, tem como principais atividades econômicas a policultura comercial e a pecuária leiteira, ambas voltadas, principalmente, para o abastecimento da Zona da Mata. Fazem parte do Agreste: Campina Grande (‗‘capital‘‘), Caruaru e Feira de Santana. » Sertão: é a mais extensa das subregiões e corresponde ao domínio do clima tropical semi-árido, da vegetação de caatinga, da pecuária extensiva, da agricultura de subsistência, dos rios temporários e das secas periódicas, cuja área afetada por este fenômeno é denominado Polígono das Secas. Esta área inclui o norte de Minas Gerais e todo o sertão nordestino. O único rio perene da região é o Rio São Francisco. » Meio-Norte: formado pelos estados do Maranhão e Piauí, trata-se de uma área de transição entre a Amazônia e o Nordeste. Destaca-se o clima tropical semi-úmido, a Mata dos Cocais e o relevo formado por planaltos, planícies e chapadas. Apresenta população pouco numerosa e economia baseada no extrativismo mineral ( babaçu) e na agricultura tradicional ( algodão, arroz, etc ).
A divisão de 1969 foi elaborada em decorrência dos novos conhecimentos adquiridos sobre o território brasileiro e também das profundas transformações nele ocorridas em razão do desenvolvimento industrial e urbano (figura abaixo).
A divisão do Brasil em regiões geoeconômicas é uma proposta de estudo do espaço com base em três grandes unidades territoriais (Amazônia, Nordeste e Centro-Sul), individualizada segundo critérios geográficos e econômicos. Trata-se de uma divisão regional não-oficial, elaborada em 1967 pelo geógrafo Pedro Geiger (vide figura abaixo). Assim: * Centro-Sul Abrange cerca de 2 milhões de km 2 (24% da área do país) e inclui, além das porções mais industrializadas do país (Sudeste e Sul), as áreas de economia mais dinâmica do CentroOeste: o sul do Estado de Mato Grosso e os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. Constitui o centro econômico do país. Concentra mais de 60% da população brasileira, a maior parte do parque industrial e da agropecuária, os maiores portos e aeroportos, a maior densidade rodoferroviária, as maiores e melhores universidades, a grande maioria dos cientistas, as maiores cidades do país, concentra 78% do PIB brasileiro, etc. Mas possui também problemas, principalmente nas grandes cidades: criminalidade, mendicância, desemprego, subemprego, falta de moradia, poluição ambiental, etc.
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*Amazônia: a Amazônia Brasileira corresponde a 60% do território brasileiro, tendo 6,7% da população total do país. Isso mostra que a região é escassamente povoada, pois sua densidade demográfica é de aproximadamente 2 hab/Km 2. As áreas mais densamente povoadas são a foz do Amazonas, o nordeste do Pará, o Médio Amazonas e o Vale do Madeira (Porto Velho). Atualmente, com a abertura de rodovias e o povoamento também pelas terras firmes, a população se distribui de maneira linear ao longo dos rios, vias de circulação de que dispõem os caboclos. A Amazônia não
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QUÍMICA
Exercícios de casa
possui os diferentes graus de hierarquização entre suas cidades, o que a leva a apresentar uma rede urbana com falhas. Belém é a metrópole regional, não apenas por ser a cidade mais populosa, mas também pela área que polariza através dos seus serviços. A economia da Amazônia ainda se baseia no extrativismo mineral e vegetal e na pesca, que no conjunto representam as maiores fontes de renda da região. Na década de 1970, dentro dos planos governamentais a construção de rodovias recebeu prioridade absoluta. Assim, a Amazônia já está em contato com o restante do país, através de diversas rodovias
1)(UFF/01) Nas três últimas décadas, os grandes empreendimentos econômicos introduziram profundas transformações na Amazônia. Esses empreendimentos estabeleceram formas de ocupação territorial que implicaram o deslocamento de diversas populações locais. Como exemplo dessa situação, pode-se assinalar: a)a criação de centros industriais e de serviços ao longo das rodovias que passaram a atrair mão-de-obra das regiões Nordeste e Centro-Oeste; b)a construção de grandes hidrelétricas, o que provocou a inundação de vastas áreas e, conseqüentemente, a remoção de populações tradicionais; c)a expansão da agricultura de trigo e soja nas áreas de extração de castanha e látex, o que ocasionou a emigração de castanheiros e seringueiros; d)a extração de petróleo em jazidas localizadas nas reservas indígenas, o que implicou o deslocamento de diversas nações; e)a instalação de uma ampla e moderna rede de navegação fluvial, o que proporcionou uma intensa mobilização intra-regional de populações.
Exercícios de sala 1)(UPF/06) Analise as afirmações em relação às divisões político-administrativa e regional do Brasil. I.A divisão político-administrativa já sofreu muitas alterações, mas a atual configuração apresenta 26 Estados e 1 Distrito Federal. II. Na divisão administrativa, uma das últimas mudanças foi a fragmentação do estado de Goiás e a consequente criação do Estado de Tocantins, que passou a pertencer à Região Norte. III. Um outro critério de regionalização divide o Brasil em três regiões geoeconômicas. É correto apenas: a) I e II d) II; b) II e III. e) I e III. c) I, II e III.
2)(Mackenzie/02) Apesar de haver certa integração entre os estados do Sudeste brasileiro, as características econômicas de cada um determinam significativas desigualdades intra-regionais. Quando se fala em Sudeste, em geral se fala em Sudeste geoeconômico. Igor Moreira Para a delimitação do chamado Sudeste geoeconômico, deve-se: a)excluir os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, de localização litorânea e mais identificados com a Zona da Mata Nordestina. b)Incluir toda a região Sul, por apresentar as mesmas características naturais, demográficas e econômicas. c)Excluir a zona semi-árida do norte de Minas Gerais e incluir o norte do Paraná (área de Londrina e Maringá), um prolongamento do Oeste paulista. d)Excluir todo o estado de Minas Gerais, o menos industrializado da região. e)Excluir o estado do Espírito Santo e incluir a região Centro-Oeste, que apresenta as mesmas identidades econômicas.
2)(Fuvest-SP/95) A partir da década de 70, o espaço amazônico passou por uma série de transformações socioeconômicas importantes, dentre as quais se citam: a) a perda de importância das tradicionais migrações nordestinas em favor das migrações de produtores rurais sulistas e a crescente concentração de terras. b) O crescente aumento da polarização de cidades de porte médio em detrimento das duas metrópoles regionais. c) A estagnação do processo de urbanização regional e a substituição da colonização oficial pela privada, reduzindo a interferência do Estado na economia. d) A intensa retomada da extração da borracha para exportação e o rápido aumento da participação do setor primário na economia regional. e) A redução do êxodo rural e a difusão de atividades agrícolas como a cafeicultura e a fruticultura. 3)(PUC-MG/99) Caracterize a região geoeconômica Centro-Sul do Brasil. I-Apresenta atividades agrícolas mais modernas, com uso intensivo da mecanização e insumos, voltadas para a maior produtividade e rentabilidade. II-Seu adensamento demográfico dispersou-se acentuadamente nas últimas décadas, das áreas de metropolização para as fronteiras agrícolas e extrativas do território. III-Contém as bases do eixo industrial do Brasil, em decorrência das políticas governamentais, que direcionaram os investimentos públicos e privados e agravaram os desequilíbrios regionais. Estão corretas: ______________________ 4)(FGV/05-1) Considere o texto sobre a atual dinâmica territorial brasileira. Enquanto nas regiões _____I_______ e ____II____ a modernidade se superpõe a um território já mecanizado e portador de um denso sistema de relações, na região ___III___ ela o faz sobre áreas quase desprovidos de acréscimo de técnicos.Confrontam-se, assim, um sistema urbano denso, com muitos núcleos e intensa divisão do trabalho nas duas primeiras regiões e, na região III, um sistema urbano formado de poucos núcleos separados por distâncias hoje fáceis de vencer, graças aos progressos dos transportes. IBGE, Atlas Nacional do Brasil, 2000, adaptado Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas: Regiões I e II Região III a) Sudeste e Sul Nordeste b) Sudeste e Nordeste Norte c) Sudeste e Sul Centro-Oeste d) Sul e Nordeste Norte e) Sul e Centro-Oeste Norte
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Gabarito sala :
1. B
2. C
Gabarito casa :
1. C
2. A
3. D
QUÍMICA
Soviética, que buscavam ampliar suas respectivas zonas de influência. Mergulharam em uma acirrada corrida armamentista, na tentativa de chegar a um equilíbrio de forças, a uma paridade bélica. A paz era impossível porque as superpotências apresentavam, sob vários aspectos, um antagonismo latente. No entanto, a guerra era improvável porque, caso ocorresse, significaria o fim de todos, sem vencedores. Em suma, o que garantiu a paz durante este período foi a premissa da mútua destruição assegurada. Imperou a ―paz armada‖! As armas eram construídas mas nunca usadas, servindo apenas como instrumentos de dissuasão. Era somente pelo poderio destrutivo de suas armas convencionais e nucleares que estes dois países eram chamados de superpotências, e isso revelou-se válido principalmente para a União Soviética. Os Estados Unidos emergiram como o grande vencedor da 2ª Guerra Mundial. Acumularam vultuosas reservas durante o conflito e mantiveram intactas suas cidades, suas propriedades agrícolas e suas indústrias. Vitoriosos, empenharam-se, então, na tarefa de reoganizar o mundo capitalista sob sua hegemonia: aumentaram suas exportações, difundiram sua tecnologia, sua cultura e sua moeda pelo mundo. O mundo foi dividido em blocos geopolíticos e ideológicos: o bloco ocidental designava os países capitalistas alinhados aos Estados Unidos; o bloco oriental tornouse sinônimo de países socialistas, ou de economia planificada, alinhados à União Soviética. Era o conflito Leste-Oeste, marcado pelo antagonismo geopolítico militar e ideológico-propagandístico entre os blocos liderados pelas duas superpotências. Na Conferência de Bretton Woods, foram constituídos dois organismos muito atuantes no cenário políticos, econômico e financeiro mundial: o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), mais conhecido como Banco Mundial, e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ambos com sede em Washington. Ao BIRD caberia, inicialmente, o financiamento da reconstrução dos países devastados pela guerra e, posteriormente, o financiamento, a longo prazo, de projetos visando o desenvolvimento dos países-membros. Já ao FMI caberia zelar pela estabilidade financeira mundial, inclusive garantindo empréstimos, a curto prazo, a esses países, quando estivessem em dificuldades para fechar seu balanço de pagamentos. O FMI zelaria também pela estabilidade nas taxas de câmbio, pela paridade e conversibilidade das moedas dos vários países membros, sempre tendo o dólar como padrão de referência. Assim, esses organismos, claramente dominados pelos Estados Unidos, deveriam se encarregar de viabilizar a reconstrução do bloco capitalista e traçar novas diretrizes para a economia mundial, evitando crises e garantido seu crescimento. No entanto, o acirramento das tensões oriundas da Guerra Fria é que iria, de fato, garantir a reconstrução do mundo ocidental sob a influência norte-americana. A ONU foi criada com o objetivo de preservar a paz e a segurança no mundo, além de promover a cooperação internacional para resolver problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários. O órgão de maior poder da ONU é o Conselho de Segurança, sendo apenas colocado em pratica se houver consenso entre as 5 potencias: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia. O Conselho de Segurança pode investigar disputas e conflitos internos ou entre países, recomendar soluções visando acordos de paz ou adotar sanções que vão desde o corte das comunicações ou das relações diplomáticas até o bloqueio econômico. Em último caso, pode autorizar o uso da força militar, como ocorreu nas intervenções na Bósnia e Kosovo, ambos na Iugoslávia. A ONU, na prática, ficou paralisada na bipolaridade da Guerra Fria. Neste período, todas as decisões que tomava contrariavam interesses norte-americanos ou soviéticos. A superpotência que se sentia prejudicada vetava qualquer resolução tomada pela entidade.
AULA 06: GEOPOLÍTICA E ECONOMIA DO PÓS-GUERRA A Nova Divisão Internacional do Trabalho Com o final da 2ª Guerra Mundial, a economia mundial voltou a crescer e as empresas dos países industrializados se fortaleceram, tornando-se transacionais e expandindo-se pelo mundo, globalizando a produção e o consumo. O objetivo desta globalização é uma só: a busca de melhores negócios, de maior rentabilidade para o capital, de maior lucratividade, enfim. É isto que explica, fundamentalmente, o fato de alguns países subdesenvolvidos terem se industrializados nesse período. E o que permite altos lucros em muitos destes países é a mão-de-obra abundante, politicamente desmobilizada e, portanto, barata, disponibilidade de fontes de energia e matérias-primas a baixo custo; mercado interno em crescimento; facilidade de exportação e de remessa de lucros para as sedes dessas empresas no exterior; incentivos fiscais e subsídios governamentais; mais recentemente, ausência de legislação de proteção ao meio ambiente ou, na sua existência, possibilidades de burlá-la. No imediato pós-guerra, esses fatores, com destaque para a mão-de-obra barata, constituíam vantagens comparativas importantíssimas para a alocação de investimentos no exterior. Estas vantagens, evidentemente, não eram encontradas em todos os países, nem mesmo todas juntas num mesmo país. Por isto, dentre as dezenas de países subdesenvolvidos, somente alguns se industrializaram e romperam com a tradicional divisão internacional do trabalho(conforme já referido anteriormente). Muitos deles passaram gradativamente de exportadores de matérias-primas a exportadores de produtos industrializados. No entanto, não é possível situa-los, pelo menos por enquanto, no mundo desenvolvido. Inserem-se, então, numa nova divisão internacional do trabalho. O processo de industrialização ocorrido nesses países foi, em grande parte, decorrente da implantação de um modelo dependente de interesses externos, embora muitas vezes em associação com capitais nacionais, privados ou estatais. O processo é desigual porque os tipos de indústria e tecnologia empregada normalmente não são os mesmos das matrizes. Cada vez mais tendem a se instalar, nos países subdesenvolvidos, indústrias poluidoras, que consomem grandes quantidades de matérias-primas e energia e que necessitam de muita mão-de-obra, cuja manutenção, nos países desenvolvidos, portanto, não é mais interessante. Esta tendência está definindo uma realocação das indústrias no mundo, ou seja criando uma nova organização industrial no planeta. Nos países desenvolvidos ficariam as indústrias leves, não-poluentes, de alta tecnologia, e nos subdesenvolvidos industrializados, as indústrias situadas num patamar tecnológico inferior. A reordenação geopolítica A Alemanha foi o pivô da 2ª Guerra Mundial, visto que vinha de uma profunda crise e recessão após sua derrota na 1ª Guerra Mundial. Com isto, cresceu o nazismo (em 1933, com a posse de Hitler e, com um discurso de ―expansionismo alemão‖, aliado no Japão e Itália (‗eixo‘), recebeu o apoio do povo alemão. A consequente derrota, com o enfraquecimento econômico, militar e político do Reino Unido e França, causaram transformações mundiais, com a consolidação da hegemonia norte-americana no bloco capitalista, e da União Soviética no bloco socialista. Unidos para vencerem o ‗eixo‘ na 2ª Guerra, Estados Unidos e Rússia iniciaram uma disputa pela hegemonia do globo, dando início à Guerra Fria, que durou até o fim dos anos 80 . Com as explosões das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos mostraram que eram contra o expansionismo socialista no planeta. Com a Doutrina Truman e o Plano Marshall, em 47 e 48, respectivamente, os Estados Unidos procuraram sustentar governos pró-ocidentais na Europa. A Doutrina Truman propôs a concessão de créditos para a Grécia e Turquia, enquanto o Plano Marshall objetivava um plano de ajuda econômico para acelerar a recuperação dos países da Europa Ocidental.
A hegemonia da Guerra Fria Durante a Guerra Fria, os norte-americanos constituíram blocos militares com o objetivo de impedir a expansão da zona de influência da União Soviética, a superpotência rival. Estabeleceu-se, na Europa e na Ásia, um cordão de isolamento em torno do ―inimigo‖: o ―cordão sanitário‖. A mais importante das organizações militares surgidas durante a Guerra Fria foi a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949 para defender a Europa Ocidental da ameaça soviética. Sua sede fica em Bruxelas (Bélgica) e seus
O mundo da Guerra Fria foi marcado pela bipolarização de poder entre os Estados Unidos e União SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
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Exercícios de casa
países membros são os Estados Unidos, Canadá e vários países europeus ocidentais. Sua criação, na verdade, foi a resposta norteamericana ao bloqueio a Berlim Ocidental, implementado por Stálin, que havia causado a proclamação da República Federativa da Alemanha (RFA), em maio de 1949. A resposta soviética viria em outubro daquele mesmo ano, com a criação da República Democrática Alemã (RDA). Delimitava-se, assim, a zona de influência norte-americana na Europa Ocidental, com a construção de uma série de bases militares e a constituição de um gigantesco mercado de armamentos convencionais e nucleares para o complexo industrial-militar dos Estados Unidos e também de seus aliados. Quando a Alemanha Ocidental (RFA) ingressou na OTAN, em 1955, a resposta soviética veio com a criação de sua aliança militar, o Pacto de Varsóvia. A União Soviética delimitava, assim, sua respectiva zona de influência e seu principal mercado de armas
1)(Enem) Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas ater o fim da União Soviética, não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) Dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história desse período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS.Hobsbawn, E. J. 1996. Era dos Extremos. S. Paulo, Cia. Das Letras O período citado no texto e conhecido como ―Guerra Fria‖ pode ser definido como aquele momento histórico em que houve: a)corrida armamentista entre as potências imperialistas européias ocasionando a Primeira Guerra Mundial. b)Domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte. c)Choque ideológico entre a Alemanha nazista e União Soviética Stalinista, durante os anos 30. d)Disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, com ao China e o Japão. e)Constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.
Exercícios de sala 1. (Mackenzie/99) Dentre os fatos que contribuíram para as profundas mudanças verificadas no mundo, a partir do final da década de 80, destacam-se, exceto: a) a desintegração da URSS e seu desdobramento em diversos Estados. b) A expansão do comunismo nas jovens nações africanas. c) A explosão étnica ou das nacionalidades nas diversas regiões do mundo. d) A formação dos blocos econômicos regionais. e) O grande crescimento econômico de alguns países asiáticos.
2) (UFPB/11-3) Ao final da II Guerra Mundial, a derrota das forças do Eixo – Alemanha, Japão e Itália – e o enfraquecimento econômico, militar e político das potências europeias levaram o mundo a um período de grandes transformações geopolíticas, organizadas, especialmente, pelos Estados Unidos da América e pela então União Soviética. Esse processo de reorganização estendeu-se até o final dos anos de 1980. Durante esse período, o mundo passou por vários momentos de tensão, colocando as forças armadas desses dois países em alerta máximo, com a iminência de uma guerra nuclear. No âmbito da geopolítica mundial, é correto afirmar que, durante a chamada Guerra Fria, um dos momentos mais tensos entre Estados Unidos da América e União Soviética foi: a) A Guerra da Coreia, onde a porção norte, apoiada pelos Estados Unidos, invadiu a porção sul, apoiada pela União Soviética, causando a divisão do território coreano. b) A instalação, pela União Soviética, de mísseis balísticos de longo alcance nos países membros da OTAN localizados no leste europeu. c) A Guerra do Vietnã, onde a porção sul apoiada pelos Estados Unidos invadiu a porção norte apoiada pela União Soviética, ocasionando a divisão do território vietnamita. d) A instalação, pelos Estados Unidos, de mísseis balísticos nos países membros do Pacto de Varsóvia, localizados no oeste europeu. e) A instalação secreta, pela União Soviética, de mísseis balísticos em Cuba, país localizado no continente americano que se orientou para o socialismo.
2. (UFSC/99) O cenário mundial registrou mudanças a partir do final da década de 80. Assinale V ou F sobre estas mudanças: ( ) Proliferação de movimentos separatistas ( ) Expansão do capitalismo neoliberal ( ) Aumento da estatização dos meios de produção ( ) Equilíbrio econômico-social entre os países do Norte e do Sul ( ) Aumento dos conflitos relacionados a questões étnicoreligiosas 3. (UEPB/07) Em relação à Guerra Fria, que teve como marco inicial o fim da II Guerra Mundial e o seu término simbolizado pela queda do Muro de Berlim, pode-se afirmar: I. A Guerra Fria foi um confronto nuclear direto entre os Estados Unidos e a União Soviética. II. Os países latino-americanos foram diretamente afetados por esse confronto ideológico, com a implantação de ditaduras militares, cuja finalidade era evitar a expansão do comunismo nesses países. III. Países como a Coréia e o Vietnã tiveram seus territórios divididos por sangrentas guerras que separaram capitalistas e comunistas, alinhados respectivamente aos Estados Unidos ou à ex-União Soviética. IV. Em países do Terceiro Mundo, guerras, violações dos direitos humanos através de torturas e mortes, além do cerceamento de liberdades, foram justificadas em nome da democracia e do combate ao comunismo. Estão corretas APENAS as proposições: a) II e IV b) I e III c) I, III e IV d) I, II e IV e) II, III e IV 4. (UFPB) O termo ―segundo mundo‖, tradicionalmente empregado para denominar os países socialistas, não parece ser muito adequado pois: a) é sinônimo de planificação secundária. b) dá a impressão de subdesenvolvimento. c) é cronologicamente incorreto. d) evoca o mundo surgido após a Segunda Guerra Mundial. e) remete à localização de ―segundo mundo‖ apenas no Hemisfério Sul.
3)(UPF) Após o final da Segunda Guerra Mundial surgiu a bipolaridade do globo sob o ponto de vista político-militar e, com isso, a Guerra Fria. Não é correto afirmar-se que: a) A Guerra Fria trouxe a corrida armamentista, pesquisando constantemente o invento de novos armamentos, trazendo a evolução da tecnologia econômica e industrial. b) A importância político-militar divide as nações do globo em alianças militares, como a OTAN e o Pacto de Varsóvia. c) Aos EUA e URSS interessa que a Guerra Fria seja mantida, mesmo com alterações periódicas através de ―acordos‖. d) As disputas entre os EUA e a URSS, com vistas à manutenção de sua hegemonia político-econômica mundial, se refletem, de maneira quase imperceptível, nas regiões de Terceiro Mundo. e) Do ponto de vista ideológico aparece como uma disputa entre o capitalismo e o socialismo.
Gabarito :
Gabarito1. E
1. B
2. VVFV
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3. E
4. C
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2. E
3. c
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REVISÃO I : UFPB/UEPB
4)(ENEM/09) No mundo contemporâneo, as reservas energéticas tornam-se estratégicas para muitos países no cenário internacional. Os gráficos apresentados os 10 países com as maiores reservas de petróleo e gás natural em reservas comprovadas até janeiro de 2008.
1)(ENEM/10) Pensando nas correntes e prestes a entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o norte, lembrei-me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bola cor rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49º49‘ N, Longitude 23º49‘ W. Tampei e joguei na água. Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a estranha nota. KLINK, A. Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado).
No texto, o autor anota sua coordenada geográfica que é: a)a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da superfície cartografada. b)o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos imaginários, horizontais e equidistantes. c)a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou acidente geográfico na superfície terrestre. d)a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como a distância em graus entre um ponto e o Equador. e)A forma de projeção cartográfica usado para navegação, onde os meridianos e paralelos distorcem a superfície do planeta. 2)(ENEM/10) A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será inundada pelas águas da usina.
As reservas venezuelanas figuram em ambas as classificações porque: a)a Venezuela já está integrada ao Mercosul. b)São reservas comprovadas, mas ainda inexploradas. c)Podem ser exploradas, sem causarem impactos ambientais. d)Já estão comprometidas com o setor industrial interno daquele país. e)A Venezuela é uma grande potência energética mundial.
BACOCCINA, D.; QUEIROZ, G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da confusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, n.º 655, 28 abr. 2010 (adaptado).
Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão relacionados: a)ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográficas da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. b)à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforços para a conservação ambiental. c)à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direcionados para o pagamento pela desapropriação das terras. d)ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse direito por parte das empreiteiras. e)ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.
5)(ENEM/09) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nesta idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos personalizados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrarem na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos. THOMPSON, E.P. The makin g of the english working class. Harmond Penguin Books, 1979 (adaptado)
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque: a)A invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. b)Os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes. c)Os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados. d)Os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência. e)Os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.
3)(ENEM/09) Três países- Etiópia, Sudão e Egito- usam grande quantidade de água que corre pelo Rio Nilo, na África. Para atender às necessidades de populações que crescem com rapidez, a Etiópia e o Sudão planejam desviar mais água do Nilo do que já desviam. Diante de dificuldades naturais que caracterizam o ciclo hidrológico nessa região, com baixa pluviosidade e altas taxas de evaporação, esses desvios feitos rio acima poderiam reduzir a quantidade de recursos hídricos disponíveis para o Egito, o último país ao longo da extensão do rio, que não pode sobreviver sem estes recursos naturais. Miller Jr, G. T. Ciência Ambiental. São Paulo: Thompson, 2007 Diante dessa ameaça, qual seria a melhor opção para o Egito? a)Entrar em guerra contra a Etiópia e o Sudão, para garantir seus direitos ao uso da água. b)Estabelecer acordos com a Etiópia e o Sudão visando o uso compartilhado dos recursos hídricos. c)Aumentar sua produção de grãos e exporta-los, elevando sua capacidade econômica de importar água de outros países. d)Construir aquedutos para trazer água de países que tenham maior disponibilidade desse recurso natural, como o Irã e Iraque. e)Estimular o crescimento de sua população e, desse modo, aumentar sua força de trabalho e capacidade de produção em condições adversas.
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6)(ENEM/10) A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura. Um desses estágios foi o artesanato, em que se: a)Trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada. b)trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série. c)empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas. d)realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado. e)faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.
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7)(ENEM/10) Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores Que vos mantêm na miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas Que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?
ANOTAÇÕES
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do texto permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada: a)na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões. b)no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias. c)Na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado. d)no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade. e)na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam. 8)(ENEM/09) Com a perspectiva do desaparecimento das geleiras do Polo Norte, grandes reservas de petróleo e minérios, hoje inacessíveis, poderão ser exploradas. E já atiçam a cobiça das potências. KOPP, D. Guerra Fria sobre o Ártico. Le monde diplomatique Brasil. Setembro , n. 2, 2007 (adaptado)
No cenário de que trata o texto, a exploração de jazidas de petróleo, bem como de minérios- diamante, ouro, prata, cobre, chumbo, zinco- torna-se atraente não só em função de seu formidável potencial, mas também por: a)Situar-se em uma zona geopolítica mais estável que o Oriente Médio. b)Possibilitar o povoamento de uma região pouco habitada, além de promover seu desenvolvimento econômico. c)Garantir, aos países em desenvolvimento, a cesso às matériasprimas e energia, necessárias ao crescimento econômico. d)Contribuir para a redução da poluição em áreas ambientalmente já degradadas devido ao grande volume da produção industrial, como ocorreu na Europa. e)Promover a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética mundial, dominada majoritariamente, pelas fontes renováveis, de maior custo.
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REVISÃO II : UFPB/UEPB
b)Da reestruturação, por volta de 1880, do pacto colonial entre a América Latina e as antigas metrópoles. c)Do domínio, em novos termos, do capital estrangeiro sobre a economia periférica, a América latina. d)Das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas instaladas em benefício do desenvolvimento integrado e homogêneo da América Latina. e)Do comércio e da implantação de redes de transporte, que são instrumentos de fortalecimento do capital nacional frente ao estrangeiro.
1)(ENEM/09) A industrialização do Brasil é fenômeno recente e se processou de maneira bastante diversa daquela verificada nos Estados Unidos e na Inglaterra, sendo notáveis, entre outras características, a concentração industrial em São Paulo e a forte desigualdade de renda mantida ao longo do tempo. Outra característica da industrialização brasileira foi: a)A fraca intervenção estatal, dando-se preferência às forças de mercado, que definem os produtos e técnicas por sua conta. b)A presença de políticas públicas voltadas para a supressão das desigualdades sociais e regionais, e desconcentração técnica. c)O uso de técnicas produtivas intensivas de mão-de-obra qualificada e produção limpa em relação aos países com indústrias pesadas. d)A presença constante de inovações tecnológicas resultantes de gastos das empresas privadas em pesquisa e em desenvolvimento de novos produtos. e)A substituição das importações e a introdução de cadeias complexas para a produção de matérias-primas e de bens intermediários.
As três questões a seguir tratam da problemática dos recursos hídricos, envolvendo sua gestão pelo poder público, a utilização inadequada por parte das pessoas e o ciclo da água. 4)(ENEM/09) À medida que a demanda por água aumenta, as reservas desse recurso vão se tornando imprevisíveis. Modelos matemáticos que analisam os efeitos das mudanças climáticas sobre a disponibilidade de água no futuro indicam que haverá escassez em muitas regiões do planeta. São esperadas mudanças nos padrões de precipitação, pois: a)o maior aquecimento implica menor formação de nuvens e, consequentemente, a eliminação de áreas úmidas e subúmidas do globo. b)As chuvas frontais ficarão restritas ao tempo de permanência da frente em uma determinada localidade, o que limitará a produtividade das áreas agrícolas. c)As modificações decorrentes do aumento da temperatura do ar diminuirão a umidade e, portanto, aumentarão a aridez em todo o planeta. d)A elevação do nível dos mares pelo derretimento das geleiras acarretará redução na ocorrência de chuvas nos continentes, o que implicará a escassez de água para abastecimento. e)A origem da chuva está diretamente relacionada à temperatura do ar, sendo que atividades antropogênicas são capazes de provocar interferências em escala local e global.
2)(ENEM/09) Na figura, observa-se uma classificação de regiões da América do Sul segundo o grau de aridez verificado.
5)(ENEM/09) Uma parcela importante da água utilizada no Brasil destina-se ao consumo humano. Hábitos comuns referentes ao uso da água pra o consumo humano inclui: tomar banhos demorados; deixar as torneiras abertas ao escovar os dentes ou lavar a louça; usar a mangueira para regar o jardim; lavar a casa ou o carro. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS: FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Caminho das águas, conhecimento , uso e gestão: caderno do professor. Rio de Janeiro, 2006. A repetição destes hábitos diários pode contribuir para: a)O aumento da disponibilidade de água para a região onde você mora e para o custo da água. b)A manutenção da disponibilidade de água para a região onde você mora e do custo da água. c)O diminuição da disponibilidade de água para a região onde você mora e para o custo da água. d)O aumento da disponibilidade de água para a região onde você mora e diminuição para o custo da água. e)O diminuição da disponibilidade de água para a região onde você mora e o aumento para o custo da água.
Em relação às regiões marcadas na figura, observa-se que: a)A existência de áreas superáridas, áridas e semiáridas é resultado do processo de desertificação, de intensidade variável, causado pela ação humana. b)O emprego de modernas técnicas de irrigação possibilitou a expansão da agricultura em determinadas áreas do semiárido, integrando-as ao comércio internacional. c)O semiárido, por apresentar déficit de precipitação, passou a ser habitado a partir da idade Moderna, graças ao avanço científico e tecnológico. d)As áreas com escassez hídrica na América do Sul se restringem à região tropical, onde as médias de temperatura anual são mais altas, justificando a falta de desenvolvimento e os piores indicadores sociais. e)O mesmo tipo de cobertura vegetal é encontrado nas áreas superáridas, áridas e semiáridas, mas essa cobertura, embora adaptadas às condições climáticas, é desprovida de valor econômico.
6)(ENEM/09) Inundações naturais dos rios são eventos que trazem benefícios diversos para o meio ambiente e, em muitos casos, para as atividades humanas. Entretanto, frequentemente as inundações são vistas como desastres naturais, e os gestores e formuladores de políticas públicas se veem impelidos a adotar medidas capazes de diminuir os prejuízos causados por elas. Qual das medidas abaixo contribui para reduzir os efeitos negativos das inundações? a)A eliminação de represas e barragens do leito do rio. b)A remoção da vegetação que acompanha as margens do rio. c)A impermeabilização de áreas alagadiças adjacentes aos rios. d)A eliminação de árvores de montanhas próximas do leito dos rios. e)O manejo do uso do solo e a remoção de pessoas que vivem em áreas de risco.
3)(ENEM/09) Por volta de 1880, com o progresso de uma economia primária e de exportação, consolidou-se em quase toda a América Latina um novo pacto colonial que substituiu aquele imposto por Espanha e Portugal. No mesmo momento em que se afirmou, o novo pacto colonial começou a se modificar em sentido favorável à metrópole. A crescente complexidade das atividades ligadas aos transportes e às trocas comerciais multiplicou a presença dessas economias metropolitanas em toda a área da América Latina: as ferrovias, as instalações frigoríficas, os silos e as usinas, em proporções diversas conforme a região, tornaram-se ilhas econômicas estrangeiras em zonas periféricas. DONGHI, T.H. História da América Latina. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 (adaptado)
De acordo com o texto, o pacto colonial imposto por Espanha e Portugal a quase toda a América Latina foi substituída em função: a)Das ilhas de desenvolvimento instaladas nas periferias das grandes cidades.
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7)(ENEM/09) O homem construiu sua história por meio do constante processo de ocupação e transformação do espaço natural. Na verdade, o que variou, nos diversos momentos da experiência humana, foi a intensidade desta exploração.
ANOTAÇÕES
Disponível em: http://www.simposioreformaagraria.propp.ufu.br. Acesso em 09 julho 2009 (adaptado)
Uma das consequências que pode ser atribuída à crescente intensificação da exploração dos recursos naturais, facilitada pelo desenvolvimento tecnológico ao longo da história, é: a)A diminuição do comércio entre países e regiões, que se tornaram autossuficientes na produção de bens e serviços. b)A ocorrência de desastres ambientais de grandes proporções, como o caso de derramamento de óleo por navios petroleiros. c)A melhora generalizada das condições de vida da população mundial, a partir da eliminação das desigualdades econômicas na atualidade. d)O desmatamento, que eliminou grandes extensões de diversos biomas improdutivos, cujas áreas passaram a ser ocupadas por centros industriais modernos. e)O aumento demográfico mundial, sobretudo nos países mais desenvolvidos, que apresentam altas taxas de crescimento vegetativo. 8)(ENEM/09) No presente, observa-se crescente atenção aos efeitos da atividade humana, em diferentes áreas, sobre o meio ambiente, sendo constante, nos fóruns mundiais e nas instâncias nacionais, a referência à sustentabilidade como princípio orientador de ações e propostas que eles emanam. A sustentabilidade explicase pela: a)Incapacidade de se manter uma atividade econômica ao longo do tempo sem causar danos ao meio ambiente. b)Incompatibilidade entre crescimento econômico acelerado e preservação de recursos naturais e de fontes não renováveis de energia. c)Interação de todas as dimensões do bem-estar humano com o crescimento econômico, sem a preocupação com a conservação dos recursos naturais que estiveram presentes desde a Antiguidade. d)Proteção da biodiversidade em face das ameaças de destruição que sofrem as florestas tropicais devido ao avanço de atividades como a mineração, monocultura, o tráfico da madeira e de espécies selvagens. e)Necessidade de se satisfazerem as demandas atuais colocadas pelo desenvolvimento sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades nos campos econômico, social e ambiental.
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