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AULA 01 : CIDADANIA

Mas os escravos que trabalhavam nas minas de prata e que fizeram de Atenas uma cidade rica, não tinham esperança de liberdade. Marcados a ferro e amarrados uns aos outros por correntes, trabalhavam por longos períodos em pequenos túneis subterrâneos até morrerem de exaustão.

A cidadania está diretamente relacionada com o ser Cidadão, deste modo procuremos descobrir qual importância e que valores são atribuídos a um indivíduo para que venha se tornar ou já passo nascer cidadão. No sentido mais contemporâneo do termo ser cidadão é ter direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar e ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: a educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. . Deste modo a cidadania está ligada a garantia de direitos, em três dimensões civil, político e social, o primeiro está ligado a garantias fundamentais como à vida, à liberdade, à igualdade etc. possibilitando o fundamento da vida comunidade, mesmo porque o nosso direito não termina quando o direito do outro começa, mas sim possuímos um direito que se completa com o direito do outro, perceber a importância do outro numa dada comunidade é crucial para a sobrevivência desta mesma comunidade, a legitimidade que nos aponta o caminho possível na construção da sobrevivência humana, todos os povos ou civilizações que destruíram completamente seus valores, enfim o conjunto de normas que fundamentavam a moral, encontraram a destruição, assim aconteceu com Sodoma e Gomorra, Egito antigo entre outros.

CROSHER. Judtih. Os Gregos. São Paulo: Melhoramentos, 1992.p. 12, 13 e 28.

ANOTAÇÕES

A DEMOCRACIA ATENIENSE: CIDADÃOS DE ATENAS E ESCRAVOS Por volta do século V a.C., todos os cidadãos e cidadesestados, como Atenas, tornavam parte no governo. Isto se assemelha a uma moderna democracia. Mas os nossos Estados de hoje tornaram-se tão grandes, que elegemos representantes para debaterem a votarem por nós. Os atenienses não se limitavam a decidir como governar o seu Estado. Tinham participação efetiva. Todos os anos, cerca de uma quinta parte dos quarenta mil cidadãos, homens adultos de Atenas, era convocada para exercer as funções de juízes, funcionários públicos e membros do conselho. Cada indivíduo exercia o seu cargo por um ano. Assim, um homem podia ser general num ano e simples soldado no ano seguinte. Quase todos os cargos públicos eram exercidos em meioexpediente. Como vários cidadãos tinham propriedades agrícolas ou oficinas, dispunham assim de tempo livre quando precisassem. Este sistema de governo só funcionava, porque a população acreditava que governar o Estado era tão importante quanto as suas atividades privadas. A população menosprezava quem não manifestasse interesse pelos assuntos do Estado. Qualquer indivíduo podia ser conselheiro, juiz ou funcionário público pelo menos uma vez. E mesmo que fizesse parte do governo, o ateniense participava dele através da Assembleia. Quem de fato governava o Estado era a assembleia, na qual todos os cidadãos se reuniam mensalmente. Todas as pessoas sabiam exatamente como desempenhar cada cargo público, porque todos os cargos eram debatidos em Assembleia. Generais e funcionários públicos não podiam entrar em guerra, aumentar impostos, alterar leis ou gastar o dinheiro público sem o prévio consentimento da Assembleia. (...) Mesmo em estados democráticos, nem toda a população tomava parte do governo da cidade. As mulheres, os estrangeiros e os escravos não eram considerados cidadãos e, portanto, não podiam votar. Mesmo quando um escravo era libertado, podia ter uma loja ou servir no exército, mas nunca se tornava cidadão. Atenas e muitas outras cidades-estados tinham grandes populações de escravos. Qualquer pessoa podia se tornar escrava, podia ser raptada por piratas ou capturada na guerra. Os escravos que viviam com uma família eram bem tratados e, muitas vezes, benquistos. Esperava-se deles fidelidade e eram torturados antes de deporem no tribunal, porque do contrário, podiam esconder fatos que lesassem seus donos. Os escravos tinham que trabalhar para quem os comprasse, a menos que seus amigos lhes fornecessem dinheiro para adquirir sua liberdade. Podiam também poupar dinheiro para comprar sua liberdade ou serem libertados quando o dono morria.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

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HISTÓRIA


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