AULA 01 : CIDADANIA
Mas os escravos que trabalhavam nas minas de prata e que fizeram de Atenas uma cidade rica, não tinham esperança de liberdade. Marcados a ferro e amarrados uns aos outros por correntes, trabalhavam por longos períodos em pequenos túneis subterrâneos até morrerem de exaustão.
A cidadania está diretamente relacionada com o ser Cidadão, deste modo procuremos descobrir qual importância e que valores são atribuídos a um indivíduo para que venha se tornar ou já passo nascer cidadão. No sentido mais contemporâneo do termo ser cidadão é ter direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar e ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: a educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. . Deste modo a cidadania está ligada a garantia de direitos, em três dimensões civil, político e social, o primeiro está ligado a garantias fundamentais como à vida, à liberdade, à igualdade etc. possibilitando o fundamento da vida comunidade, mesmo porque o nosso direito não termina quando o direito do outro começa, mas sim possuímos um direito que se completa com o direito do outro, perceber a importância do outro numa dada comunidade é crucial para a sobrevivência desta mesma comunidade, a legitimidade que nos aponta o caminho possível na construção da sobrevivência humana, todos os povos ou civilizações que destruíram completamente seus valores, enfim o conjunto de normas que fundamentavam a moral, encontraram a destruição, assim aconteceu com Sodoma e Gomorra, Egito antigo entre outros.
CROSHER. Judtih. Os Gregos. São Paulo: Melhoramentos, 1992.p. 12, 13 e 28.
ANOTAÇÕES
A DEMOCRACIA ATENIENSE: CIDADÃOS DE ATENAS E ESCRAVOS Por volta do século V a.C., todos os cidadãos e cidadesestados, como Atenas, tornavam parte no governo. Isto se assemelha a uma moderna democracia. Mas os nossos Estados de hoje tornaram-se tão grandes, que elegemos representantes para debaterem a votarem por nós. Os atenienses não se limitavam a decidir como governar o seu Estado. Tinham participação efetiva. Todos os anos, cerca de uma quinta parte dos quarenta mil cidadãos, homens adultos de Atenas, era convocada para exercer as funções de juízes, funcionários públicos e membros do conselho. Cada indivíduo exercia o seu cargo por um ano. Assim, um homem podia ser general num ano e simples soldado no ano seguinte. Quase todos os cargos públicos eram exercidos em meioexpediente. Como vários cidadãos tinham propriedades agrícolas ou oficinas, dispunham assim de tempo livre quando precisassem. Este sistema de governo só funcionava, porque a população acreditava que governar o Estado era tão importante quanto as suas atividades privadas. A população menosprezava quem não manifestasse interesse pelos assuntos do Estado. Qualquer indivíduo podia ser conselheiro, juiz ou funcionário público pelo menos uma vez. E mesmo que fizesse parte do governo, o ateniense participava dele através da Assembleia. Quem de fato governava o Estado era a assembleia, na qual todos os cidadãos se reuniam mensalmente. Todas as pessoas sabiam exatamente como desempenhar cada cargo público, porque todos os cargos eram debatidos em Assembleia. Generais e funcionários públicos não podiam entrar em guerra, aumentar impostos, alterar leis ou gastar o dinheiro público sem o prévio consentimento da Assembleia. (...) Mesmo em estados democráticos, nem toda a população tomava parte do governo da cidade. As mulheres, os estrangeiros e os escravos não eram considerados cidadãos e, portanto, não podiam votar. Mesmo quando um escravo era libertado, podia ter uma loja ou servir no exército, mas nunca se tornava cidadão. Atenas e muitas outras cidades-estados tinham grandes populações de escravos. Qualquer pessoa podia se tornar escrava, podia ser raptada por piratas ou capturada na guerra. Os escravos que viviam com uma família eram bem tratados e, muitas vezes, benquistos. Esperava-se deles fidelidade e eram torturados antes de deporem no tribunal, porque do contrário, podiam esconder fatos que lesassem seus donos. Os escravos tinham que trabalhar para quem os comprasse, a menos que seus amigos lhes fornecessem dinheiro para adquirir sua liberdade. Podiam também poupar dinheiro para comprar sua liberdade ou serem libertados quando o dono morria.
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HISTÓRIA
EXERCÍCIOS DE SALA
EXERCÍCIOS DE CASA
01. A respeito da democracia Ateniense. Assinale as verdadeiras: ( ) na democracia ateniense, Péricles transformou a assembléia em conselho democrático, no qual todo cidadão masculino, independentemente de origem social e riqueza, tinha voto de mesmo, peso. ( ) a rivalidade entre as cidades-estado era constante, especialmente entre Atenas e Esparta. Eventos aproximavam os dois estados, como os Jogos PanHelêncios. ( ) Clistenes criou condições para os cidadãos de Atenas desenvolverem seu potencial. No lugar da economia, prometeu isonomia (igualdade). Institui o ostracismo bandido da cidade por dez, anos qualquer cidadão perigoso ao sistema. ( ) Péricles presidiu a era de ouro de prosperidade e proeminência cultural ateniense. Consolidou a democracia ao instituir a remuneração aos pobres pelo tempo despendido como jurados ou na Eclésia, e restringiu a cidadania aos filhos de pai e mãe ateniense.
1)Na democracia Ateniense: a)Só os nobres participavam b)As mulheres eram as únicas excluídas c)Homens livres sem cidadania não tinham participação d)Uma parcela de cidadãos não tinham direitos políticos e)Até mesmo um escravo participava 2) Para responder à questão considere o texto abaixo: Não parece fora de propósito aqui os outros jogos nacionais que eram realizados na Grécia. Em primeiro lugar, havia os Jogos Olímpicos ou Olimpíadas, estabelecidas, segundo a tradição, pelo própria Júpiter, e se realizavam em Olimpia, na Elida. Acorriam inúmeros espectadores, de todas as partes da Grécia, bem como da Ásia, África e Sicília. Os jogos realizavam-se no verão, de cinco e cinco anos, e duravam cinco dias. As Olimpíadas serviam, ainda, para marcar o tempo no calendário. A primeira Olimpíada realizouse no segundo século, no ano 776 a.C. (Thomas Bulfinhc. O livro de ouro da Mitologia. São Paulo: Ediouro. 2001. 18. Ed, p. 190)
O texto faz referência à importância dos jogos olímpicos na Grécia Antiga. O conhecimento histórico dessa civilização permite afirmar que os jogos olímpicos: a)Contribuíram para o pacifismo do povo grego, que buscava laços de solidariedade entre suas diferentes cidades e com outras civilizações. b)Refletiam a unidade socioeconômica e política das regiões gregas e facilitaram a difusão do ideal democrático por todas as regiões da Grécia. c)Representavam um dos fatores de unidade cultural grega, cujo significado não correspondia necessariamente a outras atividades, em razão de autonomia política das cidades-Estado. d)Consolidavam uma tendência dos gregos ao distanciamento dos valores religiosos, haja vista o incentivo à competição entre os indivíduos. e)Se tornaram momentos importantes para a construção da cidadania, já que, durante sua realização, o povo pobre podia expressar sua liberdade de opinião.
02. A civilização Ocidental tem na Grécia antiga uma de suas fontes mais ricas. Um dos seus legados mais expressivos foi o termo e a noção de democracia. A respeito da prática da democracia entre os gregos da antiguidade, é correto afirmar: ( ) Na democracia ateniense, participavam com plenos direitos políticos apenas os cidadãos . ( ) Havia um grande número de indivíduos que não eram considerados cidadãos e, por conseguinte, não tinham os mesmos direitos que eles. ( ) Entre os que eram atingidos pela restrição dos direitos políticos figuravam os metecos (estrangeiros) em Atenas. ( ) Os escravos, recrutados entre populações livres endividadas ou tomados como presas de guerra, não gozavam de direitos políticos. ( ) Os escravos gregos conseguiram melhores condições de vida após promoverem constantes revoltas, em particular aquela liderada por Crixus, Oenomaus e Spartacus em 73-71 a.C. ( ) Muito embora o regime democrático tenha funcionado com perfeição em Atenas, jamais foi admitida a participação direta do cidadão no governo.
3)Conselho formado por quinhentos cidadãos com mais de trinta anos: a)Eclésia b)Heliéia c)Bulé d)Estrátegas e) nenhuma das anteriores
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HISTÓRIA
Os magistrados plebeus Uma das primeiras conquistas dos plebeus foi a possibilidade de terem representantes, magistrados, no governo romano: eram os tribunos da plebe, que defendiam os interesses dos plebeus. Os edis, inspetores plebeus, ajudavam o trabalho dos tribunos, vigiavam a limpeza da cidade, controlavam os preços das mercados e exerciam certas funções policiais. Para equilibrar essas conquistas, os patrícios criaram os censores, que também eram patrícios. Eles eram encarregados de fazer as listas de todos os candidatos a cargos públicos e os julgavam, para ver se eram dignos de ocupá-los. Muitas vezes, os censores não permitiam que os candidatos que defendiam os interesses dos plebeus chegassem ao governo.
AULA 02 : CIDADANIA Roma: Fundamentos de uma Cidadania. Patricius Clientes Plebeus Escravos
Na estrutura social da monarquia romana, encontramos as seguintes camadas sociais: Patrícius Aristocracia latifundiária constituída pelos descendentes diretos dos fundadores de Roma. Os patrícios organizavam-se em clãs (comunidades familiares em sentido amplo, que em Roma eram chamadas de gens ), cujos membros diziam-se descendentes de um mesmo antepassado que era por eles cultuado; cada clã tinha seu homem mais velho, o seu chefe ( Pater Familias ).
As leis escritas Outra conquista dos plebeus foi acesso às leis romanas. Só os patrícios podiam julgar as disputas que surgiram entre as pessoas, pois só eles conheciam as leis. Os plebeus não tinham como se defender. Em 454 a.C., formou-se uma comissão de dez juízes que se encarregaram de escrever as leis. A publicação da Lei das Doze Tábuas, assim chamada porque estava escrita em doze pranchas de bronze, facilitou a defesa dos plebeus, e foi o ponto de partida do direito romano. Com o passar do tempo, os plebeus conseguiram o direito de participar dos comícios. As leis começaram a ser discutidas nas assembléias dos integrantes das centúrias. Cada centúria constituía um batalhão do exército. Essas assembléias eram chamadas de comícios centuriados. Como todos os romanos faziam parte do exército, todos participavam desses comícios. Apesar disso, as patrícios ainda tinham mais poder: o exército era formado levando em conta a riqueza dos cidadãos. Em 470 a.C., a cidade foi dividida em bairros chamados tribos. Cada bairro formava uma assembléia que tinha direito a voto. Nesses comícios por tribos, que também eram chamados de plebiscitos, os plebeus sempre eram a maioria. No início, os patrícios não aceitaram as decisões tomadas pelos plebiscitos. Mas, com o passar do tempo, tiveram de se submeter a essa conquista da plebe.
Clientes Parentes afastados e pobres dos patrícios; prestavam todo tipo de serviço junto a um clã, em troca de sua subsistência. Plebeus Eram os homens que não estavam ligados a nenhum clã; eram os estrangeiros, os artesãos, os comerciantes e os proprietários de terras menos férteis; originavam-se de povos que se integravam a Roma ao longo de sua formação. Na organização política da monarquia romana, o rei era a autoridade máxima e era tido como de origem divina; seu poder estava lastreado em duas instituições fundamentais: o imperium (comando supremo do exército) e o auspicium (capacidade de conhecer a vontade dos deuses). O rei era auxiliado no governo por um conselho de anciões, o Senado, cujos membros eram recrutados entre os Pater Familias das clãs patrícios. Havia ainda um conjunto de assembléias (Curiata, Centuriata e Tribal) que não possuíam atribuições claramente definidas, mas que sempre eram controladas pelos patrícios. Segundo a tradição, durante a Monarquia, Roma teve sete reis: quatro latinos ou sabinos e três etruscos. Efetivamente, por volta de 650 a.C., os etruscos conquistaram Roma, cujo domínio mantiveram até 509 a.C., quando de lá foram expulsos por uma revolução patrícia que instituiu a República. Era ano de 509 a.C. e a República perduraria como sistema governamental de Roma até 27 a.C. Na mesma época em que as cidades-estados da Grécia iniciavam sua decadência, uma cidade-estado na planície do Lácio, na Itália, transformava-se em grande potência, através do estabelecimento do seu domínio, inicialmente por toda a Península Itálica e, depois, por todo o Mediterrâneo. Roma passou da condição de uma simples cidade-estado, como Atenas ou Esparta, para a posição de senhora do mais vasto império da Antigüidade. Estudar a história de Roma é, exatamente, analisar as condições e as formas através das quais ocorreu a evolução.
*As leis licícias, promulgadas em 367 a.C., abrigavam um dos dois cônsules a ser plebeu. *As leis canuléias, promulgadas em 345 a.C., permitiam que os plebeus se casassem com patrícios. Depois das conquistas obtidas pelos plebeus, todo cidadão romano podia candidatar-se a qualquer cargo público e exercê-lo, fosse ele plebeu ou mesmo patrício. A CIDADE DE ROMA É sempre difícil calcular o número de habitantes de uma cidade antiga. Com efeito, as cifras dos censos que possuímos para Roma correspondem apenas ao número de cidadãos romanos na idade de portar armas, o que elimina as mulheres, as crianças, os estrangeiros, os escravos, ou seja, uma boa parte do conjunto dos habitantes da cidade! Está-se de acordo em supor que, no final da República, a população de Roma elevava-se a mais de um milhão de indivíduos. Isso representa, portanto, uma população comparável à de Alexandria. Mas a configuração das duas cidades é bem diferente e a coabitação de tantos indivíduos apresenta mais dificuldades em Roma do que em Alexandria. Nessa última, tudo foi concebido para que um número importante de indivíduos pudesse se instalar nela. Em troca, Roma foi construída, como vimos, de modo anárquico. Sua superfície atinge exatamente 320 hectares. É muito pouco para alojar uma população de cerca de um milhão de pessoas. O problema da população é ainda mais agudo, porque as autoridades romanas se encontram desarmadas diante de imigração selvagem . Quando se torna urgente, por razões de segurança reduzir o número de habitantes, decretos ordenam a exportação em massa de vários milhares de miseráveis. E, como sempre ocorre em tais circunstâncias, todos os pretextos são bons para se desembaraçar de tais indesejáveis. Em 214 a.C., uma
As lutas sociais entre patrícios e plebeus A desigualdade social imposta pelos patrícios sobre o resto dos romanos foi contestada pelos plebeus, que lutavam durante duzentos anos para conquistar os mesmos direitos dos patrícios. No final desses duzentos anos, os plebeus conquistaram muitos desses direitos sociais. A diferença que existia entre patrícios e plebeus praticamente desapareceu. Essas conquistas foram possíveis porque os plebeus foram possíveis porque os plebeus formavam a maioria das tropas romanas. Se eles lutavam nas guerras, era justo que eles também participassem do governo da cidade. Com o passar do tempo, os patrícios não tiveram outra saída senão ceder às pressões dos plebeus.
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HISTÓRIA
embaixada enviada pelos habitantes da cidade siciliana de Leontium vem solicitar aos romanos em envio de tropas para proteger seu território. Os romanos sabem imediatamente se aproveitar do pedido: irão resolver seus problemas policiais e, ao mesmo tempo, prestar serviço a uma cidade aliada. (...) Seria demasiado longo enumerar as medidas que, sob um outro pretexto, tentaram reduzir o número de habitantes de Roma. Assim, em 95 a.C., a Lei Licinia Mucia expulsou em bloco os italianos e os latinos; em 65 a.C., todos os estrangeiros foram expulsos pela Lei Papia. As três deportações em massa de judeus em 19, 27 e 49 a.C. - , justificadas oficialmente por razões religiosas, situam-se em período de crise econômica: e deve-se ver em tal crise o motivo profundo de tais medidas. Embora se tomem precauções para levar esses exilados para bem longe de Roma e evitar assim que eles regressem imediatamente, não se obtém êxito. Eles retornam e, inexoravelmente, o número de habitantes aumenta.
EXERCÍCIOS DE SALA 01. Sobre a Roma Antiga. Marque V ou F: ( ) os romanos conquistaram notável avanço na construção e engenharia civil, principalmente pelo hábil desenvolvimento de princípios obtidos de civilizações com as quais tiveram contato. Além de usarem com mestria tijolo cozido, telhas e pedra, aperfeiçoaram o cimento, criando um tipo que podia ser usado em construções sob água. A partir do séc. III a.C., construtores romanos foram os primeiros a usar o concreto de forma generalizada, em grandes projetos arquitetônicos e de engenharia. ( ) era distinto o tratamento que Roma dispensava aos povos conquistados. Os considerados Civilizados e com afinidade suficiente recebiam direitos semelhantes aos dos cidadões Romanos. Aqueles que resistiam ativamente recebiam duro tratamento. Os dois métodos eram vistos como forma efetiva de impor poder a influência. ( ) republica, sociedade não governada por um monarca, na qual o poder é dividido entre aristocracia e pessoas comuns. O termo moderno vem do latim res publica: A coisa pública.
SALLES, Catherine. Nos submundos da Antiguidade. São Paulo: Brasiliense, 1987. P. 166-168.
Os patrícios eram membros de algumas grandes famílias cujas tradições gentílicas mantinham uma organização de caráter arcaico. Os chefes dessas famílias tinham acesso exclusivo ao Senado, o conselho instituído pelo rei e que sobreviveu à queda da realeza. Esses patrícios tinham à sua volta, para aumentar a sua influência, não só os seus próximos e aliados, mas também os clientes, isto é, homens que não possuíam qualquer fortuna e que se ligavam a um rico e nobre patrão, do qual recebiam ajuda e proteção em troca de certas obrigações definidas (...). Os patrícios começavam a surgir como proprietários rurais, dedicando-se sobretudo à criação de animais. Os plebeus, pelo contrário, são essencialmente agricultores (camponeses livres), ou, quando residem na cidade, são artífices, pequenos comerciantes, cidadãos que não se encontram apoiados nem enquadrados pelas tradições de qualquer gens.
02. Não era característica dos Romanos: a) a originalidade b) o ecletismo c) a tolerância d) o senso prático e) o consenso 03. Os Plebeus eram: a) os grandes proprietários b) os escravos c) os pequenos proprietários d) os intelectuais
GRIMAL, Pierre. A civilização romana. Lisboa: Edições 70, 1984. P. 35.
ANOTAÇÕES
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04. Os irmãos Graco se envolveram na questão: a) militar b) agrária c) escrava d) religiosa
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AULA 03 :A CRISE NA REPÚBLICA ANOTAÇÕES O Últimos Anos da República As conquistas romanas tornaram as classes dominantes, inclusive os plebeus enriquecidos pelo comércio e pelas guerras, mais poderosas, enquanto os interesses dos camponeses eram afetados, uma vez que os produtos provenientes das regiões conquistadas fizeram baixar os preços e eles não suportaram a concorrência. Assim ocorreu um grande êxodo rural, provocando o inchamento da cidade, com uma população que buscava assistência do Estado. Essa população urbana, desocupada e dependente dos favores do Estado e dos Patrícios, veio a se tornar uma massa de manobra para os que desejam o poder. Além dos escravos, havia uma insatisfação da plebe que assistia aos patrícios se apossarem das terras públicas. No ano de 133 a.C., o tribuno Tibério Graco fez votar uma lei agrária que implicava em retornar as terras públicas ilegalmente apropriadas pelo patriciado. Aprovada a lei, os ricos revoltaram-se e Tibério foi assassinado. Dez anos depois, seu irmão Caio Graco, também eleito tribuno, promoveu reformas na magistratura conseguindo que membros da classe dos eqüestres pudessem ter assentos nos tribunais. Depois, fez aprovar as Leis Fomentarias para, então, fazer aplicar a lei criada por Tibério Graco. Perseguido pelos rios, Caio fez um escravo matá-lo para não cair nas mãos de seus inimigos. A não-solução pacífica do problema social levou à guerra civil, aos conflitos sociais. A primeira crise envolvia Mário, chefe de uma função democrática, e Sila, representante dos interesses da aristocracia patrícia. Mário havia sido eleito cônsul várias vezes e promoveu mudanças no exército. Inclusive passou a pagar soldos aos soldados, ao mesmo tempo em que lhes garantia um pedaço de terra após 25 anos de trabalho. Da luta entre Mário e Silva, este saiu vencedor, estabelecendo uma ditadura militar com perseguições aos seguidores de Mário. Um outro grande conflito ocorreu entre Cícero, senador representante da facção aristocrática, e Catalina, senador ligado à facção popular que por várias vezes tentou se eleger cônsul, mas sempre teve a oposição de Cícero. Quando Catalina liderou uma conspiração contra o Senado, foi perseguido e morto. O conflito entre Cícero e Catalina foi apresentado de acordo com os interesses das classes sociais. Enquanto Cícero foi apresentado como um ardente defensor do direito e da lei. Catalina foi sempre apresentado como um demagogo que liderava as massas romanas para alcançar objetivos pessoais. A situação social reserva, cada vez mais, um papel mais forte dos militares sobre Roma. Dessa forma, três deles uniram-se em um acordo secreto para manter Roma sob seus desígnios: Pompeu, vencedor dos seguidores de Mário, na Espanha e vitorioso contra Spartacus, conquistador da Síria: Júlio César, conquistador da Gália; Júlio César. Eles formaram o que se convencionou chamar Primeiro Triunvirato Em 60 a.C. Enquanto Pompeu ficava como governador da Espanha, Júlio César mantinha a Gália sob seu comando, Crasso ficou com as províncias orientais e do norte da África. Com a morte de Crasso, em combate, e da esposa de Pompeu, aliando-se ao Senado, pretendia impedir o crescimento da população de Júlio César, este decidiu ir a Roma sem a permissão do Senado, o que deu início a uma guerra civil entre 54 e 49 a.C., com a vitória de Júlio César. Pompeu havia fugido para o Egito onde foi assassinado assim que chegara. Júlio César conquistou o Egito de Cleópatra e derrotou os exércitos fiéis a Pompeu. Júlio César recebeu do exército o título de Ditador e acumulou as funções de: cônsul, sumo pontífice e tribuno. Promoveu algumas reformas de cunho popular, melhoramentos em Roma, nas estradas e em vários portos. As reformas provocaram descontentamento entre os patrícios que temiam o estabelecimento de uma monarquia. Júlio César foi assassinado em pleno Sendo Romano, nos idos de março de 44 a.C.
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1)Os irmãos Graco, na Roma Antiga, estiveram envolvidos na: a)Questão Militar b)Questão Religiosa c)Questão Agrária d)Revolta de Spartaco
1)Quando venceu, apresentou imediatamente sua proposta de reforma agrária, na Assembleia Popular. Não permitia que cidadão algum tivesse mais de 500 iugera de terras públicas total que era duplicado se o concessionário de terra tivesse dois filhos crescidos. Todas as terras no momento em mãos dos grandes senhores deveriam ser distribuídas aos cidadãos romanos que não eram proprietários. O período que vai de 133 a 27 a.C., corresponde à desintegração da República e às origens do Império Romano. Nesse período, a proposta de lei acima foi feita por: a)Caio Graco b)Mário c)Sila d)Tibério Graco
2)Análise as seguintes proposições sobre a Sociedade Romana: I.A reforma agrária proposta pelos Graco se constitui num sucesso II.A conspiração contra Júlio César foi dirigida pelo Plebeu que aspirava à igualdade econômica III.A lei das Doze Tábuas foi a primeira Lei Romana escrita a)Todas corretas b)Estão corretas I e III c)Estão certas I e II d)Estão falsas I e II 3)Sabemos que a enorme expansão romana atingiu um período de crise no terceiro século, dentre as quais apareceu a crise do escravismo, tendo como fatores principais: Marque V ou F. ( ) a diminuição das guerras de conquista, elemento básico de aquisição de escravos ( ) a alta do preço dos escravos importados das províncias não justificando sua utilização como mão-de-obra. ( ) o cristianismo, que passou a defender a liberdade como dom natural e universal ( ) a divisão dos latifundiários, não justificando a manutenção de um grande contingente de escravos. ( ) a emigração em massa da mão-de-obra escrava para as hostes do cristianismo, que condenava a escravidão até mesmo dos pagãos.
2)O Direito Romano, instituição legada pelo Império Romano à civilização ocidental, resultou da preocupação em: a)Determinar as obrigações dos patrícios em relação aos plebeus. b)Garantir aos primitivos italiotas seus direitos diante dos invasores etruscos. c)Assegurar aos primeiros reis de Roma a continuidade de seu poder. d)Aumentar o poder da Republica romana diante das nações vizinhas. e)Regulamentar a vida do cidadão romano estabelecendo seus direitos e deveres diante do Estado.
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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AULA 04: CIDADANIA NO ESTADO ROMANO
A época dos imperadores ilírios tem marcas claras, como a acentuação da perseguição aos cristãos que se recusavam a adotar aos deuses protetores de Roma e, externamente, o crescimento da pressão dos Povos Bárbaros sobre os limites de Roma. Apesar das perseguições, crescia o número de adeptos, o que levou Constantino a associar-se a eles para alcançar o poder, em 313. Roma estava vivendo uma época de crise que afetava a economia, pois as guerras retiravam a mão-de-obra da agricultura, além dos constantes confiscos para a alimentação das tropas. Diocleciano tomou decisões para garantir o abastecimento nas cidades, tabelando os gêneros alimentícios em preços mínimos. Ao longo do período, foi sendo percebida a perda da importância da cidade de Roma e, dessa forma, o poder foi sendo transferido mais para o Oriente, conforme atesta a transferência da capital para Bizâncio. Quando Teodósio estabeleceu a divisão em favor dos seus filhos: Honório, no Ocidente, e Arcádio, no Oriente, apenas reconhecia oficialmente a situação de fato.
O Governo de Otávio Augusto A exemplo de Júlio César, Otávio Augusto acumulou as magistraturas: foi cônsul, tribuno, imperador, somo pontífice. No seu governo, não foram feitas novas conquistas, mas foram consolidadas as anteriores: o exército tornou-se permanente e profissionalizado; a cidade de Roma foi embelezada por novos edifícios sob a orientação de Mecenas. Ao morrer, em 14 d.C., o Senado concedeu-lhe a apoteose. Otavio não havia concebido um sistema de sucessão, embora houvesse associado o genro Tibério ao poder, desde o ano 4. Dinastia dos Antoninos Nerva: 96-98 Trajano: 98-117
ANOTAÇÕES
Adriano: 117-138 Antonio, o Pio: 138-161 Marco Aurélio: 181-180 - Foi um imperador seguidor da Filosofia estóica, escreveu meditações e reflexões diárias de sua vida. Cómodo: 180-192 Essa fase foi considerada como sendo o apogeu do Império, quando foi mantida a Pax Romana, estabelecida por Otávio Augusto, especialmente nos governos de Trajano, Adriano, Antônio Pio e Marco Aurélio, considerados como imperadores marcaram o período, como a Revolta da Judéia, no ano 70, quando Jerusalém foi quase destruída por Tito. Uma nova revolta na Judéia, durante o governo de Adriano, levou Jerusalém à destruição total. Adriano havia decidido construir um templo em homenagem a Júpiter, no lugar do Templo de Salomão, como também havia proibido a prática de circuncisão. Adriano mandou destruir a cidade e espalhar os remanescentes pelo Império. A região passou a ser chamada Palestina. Era o ano de 135. Embora Trajano tenha realizado ações de conquistas. Antonino Pio desenvolveu uma política de alianças com os povos fronteiriços. Assim, os Limes de Roma passaram a ser pressionados pelas tribos germânicas em busca de novos pastos para os animais. Por outro lado, o gigantismo do exército aumentava de tal forma os gastos que os impostos começavam a criar problemas internos. Por outro lado, à medida que as guerras de conquistas diminuíam, a oferta de escravos tornava-se escassa. A Desagregação O medíocre governo de Còmodo favoreceu a tendência de chefes militares querendo se alçar ao poder. Assim, com a sua morte, estabeleceu-se uma crise, da qual emergiu um novo tipo de imperador, não mais sustentado, também, pela vontade do Senado, mas unicamente pelas armas. Eram imperadores provenientes, principalmente, da Itália. Nessa época, o Cristianismo, uma obscura região que surgira no governo de Tibério, passava a ter bastante influência, pois grande parte dos soldados a ele havia aderido. É a fase do Império Romano Cristão. Imperadores Cristãos Constantino: 306-337 - Aliou-se à Igreja Cristã em 313. Fez-se cristão próximo à morte. Levou a capital para Bizâncio que passou a chamar-se Constantinopla. Constâncio II: 337-361 Juliano: 361-363 Cognominado restabelecer o pagamento.
de
Apóstata,
procurou
Teodósio: 379-395 Promoveu a divisão do Império em duas partes: o Império do Ocidente, com capital em Roma, e o Império do Oriente, com capital em Bizâncio/Constantinopla.
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1)A cultura Romana apresentava-se como: a)Cosmopolita e universal b)Original e rural c)Teocêntrica e segurança d)Pagã e monoteísta
1)(Comvest) A cristianização do Império Romano era decorrente de que fato? a)Tendência dos romanos às fantasias da imaginação mística b)Processo de expansão romana na direção do Oriente Próximo c)Definição do Imperador Augusto d)Cultos secretos: os mistérios Elêusis e Orfismo e)Prática religiosa pagã da família patriarcal romana.
2)Sobre a família Romana marque V ou F: ( ) o pai tinha autoridade absoluta, inclusive como direito de vida e de morte do filho ( ) a adoção era prática comum como forma de legitimação de formação da família, o nome da família transmitindo à pessoa adotada, era considerado mais importante do que a voz de sangue . ( ) aos 12 anos as meninas eram consideradas aptas ao casamento, a partir do qual elas passavam a ter uma vida reclusa. ( ) após aos 12 anos os jovens frequentavam prostitutas, tornavam amantes, escolhiam favoritos. ( ) a pederastia era prática recorrente e considerada natural ( ) a juventude encerrava com o casamento, mas os filhos, mesmo casados e adultos, continuavam sob autoridade paterna até a morte do pai.
2)(UFPA) Enfraquecida pelas lutas intensas e pelas conseqüências do expansionismo, a República cedeu lugar ao Império na Roma Antiga. Em relação à ordem imperial, afirma-se que: a)A concentração dos poderes de Otávio, nos primeiros momentos do Império, respondia pelas necessidades da nobreza senatorial em dispor de um governo capaz de sufocar a anarquia e as rebeliões de escravos. b)A organização do Império contou com expressiva participação popular, haja vista a importância que o Partido Democrático ocupou na queda do regime republicano. c)O Império nasceu no interior da grave crise econômica que caracterizou os últimos tempos da República, crise provocada pelas derrotas de Roma nas guerras pela conquista da Itália. d)A criação do Império, obra elaborada pelo Primeiro Triunvirato, representou o produto da vontade dos generais no sentido de criar um governo capaz de controlar a crise social do final da República.] e)As bases do Império foram, politicamente falando, sustentadas pelo poder dos camponeses romanos, principais interessados na existência de uma ordem que lhes assegurasse o domínio da terra.
3)(Covest) A conquista de novas terras trouxe riqueza para os Romanos, ao mesmo tempo em que contribuiu para: a)Diminuir a marginalidade nos centros urbanos. b)Aumentar o contingente de trabalhadores livres do campo. c)Diminuir o número de camponeses para o serviço militar. d)Desenvolver técnicas agrícolas, acelerando a produtividade no campo. e)Estagnar a economia romana, através do inexpressivo crescimento das forças produtivas.
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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AULAS 05 : SOCIEDADES HIDRÁULICAS DO ANTIGO ORIENTE
Daí também terem sido os vales fluviais palco de frequentes lutas entre as comunidades agrícolas sedentarizadas e os grupos nômades oriundos dos desertos e montanhas. Muito bem, esses eram as características do espaço onde os homens atuavam. Já dissemos que essas características não determinaram, por si só, este ou aquele modo de vida. Os diversos grupos humanos podiam responder de formas diferentes aos mesmos desafios. No entanto, é inegável que naquele momento histórico os homens ainda se mantinham extremamente dependentes do meio natural. Por isso, as sociedades que se desenvolveram no Oriente Próximo foram semelhantes em muitos aspectos.
Considerações Gerais Surgem as primeiras civilizações As sociedades humanas podem ser estudadas a partir de seus restos materiais ou de seus escritos. Quando uma sociedade inventa ou adota um sistema de escrita para registrar os acontecimentos, diz-se que ela tem uma história, pois as gerações futuras podem estudar os fatos passados por meio de documentos escritos. Dessa maneira é possível afirmar que as sociedades sem escrita encontra-se numa determinada fase da pré-história e as sociedades com escrita numa determinada fase da História. Como as sociedades que apresentam um sistema de escrita são civilizações, a História começa com o aparecimento das primeiras civilizações. Quando surgiu a escrita, já havia a propriedade da terra, a metalúrgica, o Estado e a sociedade estava dividida em classe. Portanto, a história das civilizações está marcada por esses acontecimentos. É importante destacar que o aparecimento da escrita foi resultado da formação do Estado. A medida que se estabeleciam as funções de reis e imperadores, criava-se também um corpo de funcionários públicos (uma burocracia de Estado) encarregados de anotar os gastos e cobrar impostos. Esses trabalhos exigem o uso da escrita. A época em que teve início a História, com o surgimento das primeiras civilizações, é conhecida como Idade Antiga. A Idade Antiga inicia-se no ano 4000 a.C., aproximadamente, e termina em 476 d.C., com a queda do Império romano. A maioria dos Estados que tem notícia forma-se na região conhecida como o Oriente Próximo. Correspondem às civilizações que surgiram e se desenvolveram por meio da agricultura praticada nas terras cultivadas às margens de grandes rios como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Indo. Essas civilizações controlavam a água dos rios, construindo açudes e canais de irrigação. Devido ao seu grande porte, as obras de controle das águas eram empreendidas pelo Estado, que passou a ser o grande proprietário de terras, além de dirigir todos os aspectos da sociedade. A grande maioria da população compunha-se de camponeses, que pagavam ao Estado impostos em forma de produtos e de prisioneiros de guerra transformando em escravos.
A economia Diversas sociedades desenvolveram a agricultura de irrigação, que envolvia a construção de obras hidráulicas canais, para regularizar a distribuição das águas e barragens para proteger as colheitas das inundações periódicas. Construíram-se também represas para o armazenamento das águas. Agora, responda: como seria possível a construção desses canais de irrigação, dessas barragens e represas? É evidente que tais empreendimentos exigiam um trabalho de cooperação mutua entre os homens. Era imperativo, portanto, que eles se organizassem de acordo com essa exigência. Vejamos como isso se deu. No antigo Oriente Próximo os homens se distribuíam em comunidades de aldeia, que reuniam pequenas e grandes famílias patriarcais, constituindo-se numa unidade socioeconômica básica, onde a terra era possuída coletivamente. O regime de trabalho era o de servidão coletiva em que dominava a produção de cereais principalmente o trigo e de alguns frutos. A criação de gado era comum a todos os grupos, sendo a atividade predominante dos grupos nômades das regiões montanhosas e das estepes. O comércio também representou uma importante atividade, na medida em que o intercâmbio de mercadorias se tornou, em muitos casos, imprescindível. Duas sociedades apresentam comércio desenvolvido: da Babilônia e, principalmente, a da Fenícia. Desenvolveram esboços de sistemas bancários e de associações mercantis. A princípio, o comércio era feito pela troca de produto, só mais tarde (século VII a.C.) aparecendo a moeda nas transações mercantis. Os fenícios dominaram as principais rotas marítimas e terrestres entre o Oriente e o Ocidente. Mas é claro que tudo isso também teve uma razão de ser. A Babilônia situava-se no Crescente Fértil que , como era passagem obrigatória de muitos grupos com interesses comerciais. A Fenícia, por sua vez, estava situada num litoral bastante recortado que favorecia o desenvolvimento da navegação e constituía o ponto de passagem entre o Egito e o Oriente Próximo, apresentando-se como uma das principais rotas entre a Mesopotâmia e o Mediterrâneo Oriental.
O espaço O antigo Oriente Próximo também chamado de Ásia Ocidental ou Ásia Anterior abrangia o Egito, a Arábia, e Síria, a Palestina, a Mesopotâmia, a América, o Irã e a Ásia Menor. Foi nessa região que surgiu as primeiras civilizações da Antiguidade geograficamente, apresenta o contraste de vales férteis (da Mesopotâmia, do rio Nilo, do Corredor Sírio-Palestino e do Hális) com desertos, estepes e montanhas. Destaca-se importância o Crescente fértil faixa de terra que forma a Mesopotâmia, a Síria e a Palestina, contrastando sua fertilidade com os desertos e estepes das regiões vizinhas, por ser uma área para onde convergem os interesses de muitos povos, pois se apresentava como passagem obrigatória das rotas comerciais do Oriente Próximo. Esses aspectos geográficos, embora não sejam determinados, muito influenciam a vida das sociedades que ali desenvolveram. Vejamos por quê... Os vales fluviais transformaram-se em pontos de convergência de populações, pois as enchentes periódicas deixavam uma camada de húmus que se tornavam férteis. Além disso, o baixo índice pluviométrico (poucas chuvas) e as enchentes periódicas exigiam o aproveitamento dos vales aluvionais, através de aperfeiçoadas técnicas de irrigação. Observe que a necessidade de desenvolver técnicas adequadas de irrigações constituíam um desafio que deveria ser vencido pelo trabalho dos homens, uma vez que as enchentes periódicas embora fertilizassem o solo podiam destruir as plantações e as concentrações humanas. Era preciso, então, aproveitar inteligentemente a água dos rios para garantir a fertilidade do solo e, de consequência, o alimento dos grupos ali localizados.
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O modo de produção asiático O chamado modo de produção asiático caracteriza os primeiros Estados surgidos no Oriente Próximo, China, África e Índia. A agricultura, base econômica desses Estados, era praticada por comunidade de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de servidão coletiva. Todas as terras pertenciam ao Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam do excedente agrícola (produção que supera o consumo imediato), distribuindo-se entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Esse Estado todo-poderoso, onde os reis ou imperadores eram considerados verdadeiros deuses, intervinha diretamente no controle da produção. Nos períodos entre as safras era comum o deslocamento de grandes levas de trabalhadores (servos e escravos) para a constituição de imensas obras públicas, principalmente canais de irrigação e monumentos.
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O Poder Você deve ter observado que sobrevivência daquelas sociedades dependia principalmente dos agricultores, isto é, a maior parte da população precisava trabalhar nas atividades agrícolas sem regime de servidão coletiva. Tudo isso significa trabalho árduo e continuo para todos. Ser agricultor era, sem dúvida, ter a profissão mais importante para o grupo, mas, inegavelmente, a mais dura. Todavia, essa distinção a princípio pouco significava, pois naquelas comunidades primitivas toda a produção era um bem comum, assim como a terra. No entanto, tal estado de coisas evoluiu... A melhoria do nível técnico permitiu a produção de alimentos além de estritamente necessário à sobrevivência do grupo. Surgiu um excedente econômico, que logo passou a ser controlado por alguns elementos da sociedade. Estes, aos poucos puderam acumular uma riqueza que lhes permitiu imporem-se aos poucos, aos demais membros da comunidade como dirigentes. Ou seja, passaram a ter a melhor profissão daquelas comunidades. Assim, vimos que o nível econômico, ao desenvolver, ao evoluir, trouxe mudanças sociais e políticas: a produção de excedente econômico implicou a noção de propriedade eminente (teoricamente, as terras pertenciam à Monarquia que, no entanto, não tinha a propriedade efetiva). Esta, por sua vez, trouxe as desigualdades sociais (as classes sociais) e a formação do Estado.
1) Sobre as sociedades do Antigo Oriente Próximo, é incorreto afirmar que: a) Embora existissem escravos, eles nunca formaram, nem no Egito, nem na Mesopotâmia, a base das relações de produção b) Sua estrutura econômica era regida pelo chamado modo de produção asiático . c) Mantinham grande dependência dos rios perenes e desenvolveram importantes projetos de irrigação d) A corvéia ou corvéia real ,consistindo numa modalidade de trabalho compulsória, foi largamente utilizada pelos estados dessa região para obtenção dos excedentes na forma de tributo e) Baseavam-se no comércio mediterrâneo e no cultivo de trigo e vinhas em grandes propriedades senhoriais 2)O estado Egípcio era: a) teocrático b)despótico c)centralizador d) todas 3) A base econômica dos Egípcios e Mesopotâmicos era: a) a indústria b) o comércio c) a agricultura d) a pecuária
A MONARQUIA ERA ABSOLUTA, HEREDITÁRIA E TEOCRÁTICA
Ao nível político o Despotismo Oriental predominava, sendo um regime marcado pela concentração de poderes amplos nas mãos de um monarca, cuja autoridade se sustentava em uma religião. Era o representante dos deuses ou a própria encarnação divina (os Faraós).
4) No Egito, na Pérsia e na Mesopotâmia, o trabalho era essencialmente: a) escravo b) assalariado c) coletivo d) servil e) C e D estão corretas
Elite Dirigente Camada intermediária Classe camponesa
ANOTAÇÕES
Escravos
Dentre as diversas e pesadas tarefas dos camponeses, certamente, a mais difícil de suportar era a situação de opressão e de submissão a alguns poucos que, cercando a Realeza de um caráter sagrado, mantinham uma hierarquia sob a qual podiam desfrutar de privilégios econômicos e políticos... E neste contexto, inegavelmente, a Realeza era uma boa profissão... Ela detinha a prioridade eminente dos meios de produção, teoricamente, todas as terras pertenciam à Monarquia, que no entanto, não tinha a propriedade efetiva, toda a produção, porém, era controlada pela classe dominante.
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ANOTAÇÕES
AULAS 06 As relações sociais A propriedade eminente trouxe as desigualdades sociais. Vejamos, então, como as comunidades primitivas passaram a se estruturar, ou seja, como passaram a ser as relações sociais quando da introdução daquele importante elemento. Na verdade, surgiu uma nova sociedade em que relações entre os homens tinham por base a propriedade privada. Assim a sociedade passou a ser dividida em três camadas sociais distintas: a camada dirigente, as camadas intermediárias e as camadas inferiores. A aristocracia dirigente era constituída pelos sacerdotes mais categorizados, pelos altos funcionários, todos os senhores de grandes propriedades. Nas camadas intermediárias situavam-se os comerciantes (entre os fenícios formavam a classe dominante), os artesões e os sacerdotes menos categorizados. A maioria da população a classe camponesa integrada às comunidades de aldeia, onde as famílias patriarcas possuam as terras coletivamente, pagando os tributos ao Estado, com parte da produção ou com trabalhos em obras públicas ou de satisfação de aristocracia, como túmulos ou palácios. Finalmente, os escravos, na maioria prisioneiros de guerra, provenientes do comércio ou de penas por delitos, chegavam a ser numerosos, porém não constituíam mão-de-obra produtiva predominante. Religião Ao nível cultural ou ideológico, a região exerceu marcante influência nestas sociedades, sendo a base do poder dos governantes e o elemento que marcou profundamente o progresso das Letras, Artes e Ciências. Era politeísta, cultuando um considerável número de deuses locais, e quando a região se projetava, o deus se tornava nacional. Nessas religiões, acreditavase na vida extraterrena, porém com distinção entre as civilizações: os egípcios, por exemplo, se preocupavam com a vida além-túmulo, utilizando a mumificação, tal preocupação não atingia a Mesopotâmia que se voltava mais para vida imediata. A Arte e a Ciência Em relação às Artes estas civilizações refletiam nas suas produções artísticas seus condicionamentos históricos ou seja, as Artes se preocuparam expressar a riqueza dos governantes e dos deuses. A arquitetura predominava com construções de palácios e túmulos, como, por exemplo, as pirâmides, no Egito. A escultura estava sempre associada à arquitetura. A atividade cientifica era vetada ao povo, sendo monopolizada pelas elites. Tudo era extremamente prático. Da necessidade de dominar a natureza hostil, desenvolveram-se a Engenharia, a Matemática e a Geometria. A Astronomia e a Medicina foram muito desenvolvidas no Egito.
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EXERCÍCIOS DE SALA ANOTAÇÕES 1) As civilizações egípcias e mesopotâmica (babilônia e assíria) da Antiguidade Oriental apresentavam características em comum que levaram os estudiosos a denominá-las de sociedades hidráulicas dotadas de um Estado Teocrático Acerca das denominações sociedades hidráulicas e estado teocrático , relativas às civilizações egípcia e Mesopotâmica, é correto afirmar: a) A denominação sociedades hidráulicas se deve ao fato de que a sobrevivência das mesmas era extraída de uma agricultura situada em terras fertilizadas pelas cheias de grandes rios, melhor aproveitadas mediante o uso de grandes aparelhos mecânicos b) A denominação sociedades hidráulicas foi dada às civilizações egípcia e mesopotâmica, porque elas eram dependentes de um comércio marítimo no Mediterrâneo, como o poder de Estado controlado pelo grupo de comerciantes vinculados àquela atividade c)A denominação Estado Teocrático foi dada à organização política egípcia, porque esta era controlada por guerreiros, considerados como deuses supremos, responsáveis pela ordem social interna (coação dos trabalhadores) e externa ( controle das invasões inimigas) d)A caracterização da organização política do Egito com Estado Teocrático se deve ao fato de que o poder político também era religioso e o faraó, considerado um deus vivo com autoridade sobrenatural, responsável pelo controle de todas as atividades sociais e)A civilização mesopotâmica não pode ser caracterizada por um Estado Teocrático, porque era dirigida por guerreiros, sem uma classe de sacerdotes dotados de influência na esfera estatal 2)Sobre a vida das mulheres na sociedade egípcia, na antiguidade assinale as corretas: I. Alguma das esposas reais tinham um papel político, e às vezes diplomático II. As mulheres participavam de banquetes e festas muitas vezes associadas à prática musical e à audição de textos poéticos III. As mulheres viviam enclausuradas, raramente saiam de casa, suas funções eram exclusivamente domésticas. IV. As mulheres tinham alguns direitos reconhecidos, como o de serem proprietárias de alguns bens ou mesmo o de terem seu trabalho remunerado. V.A sociedade era patriarcal e exogâmica, o matrimônio entre parentes era proibido 3) Felás eram no Egito: a) os nobres b) Os funcionários públicos c) Os camponeses d) Os escravos 4) A religião Persa era: a) politeísta b) monoteísta c) dualista d) original e) C e D estão corretas
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AULA 07 : CULTURA GREGA
Além disso, calculou a ocorrência do eclipse de 585 a.C., criou o teorema com seu nome que ainda hoje é estudado. É considerado o criador da Geometria. Vários outros pensadores continuaram o caminho aberto por Tales. Anaximandro pensou num elemento indeterminado, que inclusive os quatro elementos considerados sagrados pelos persas: a terra, o ar, o fogo e a água. Anaxímenes colocou o ar como elemento primordial. Heráclito de Éfeso (500 a.C.) teria sido o iniciador do pensamento dialético, no qual o conceito de mudança era permanente, pois tudo se movia e o que está morto é o mesmo que está vivo . Assim podemos nos perguntar se a ladeira que sob é a mesma ladeira que desce . Devemos mencionar alguns outros pensadores desse período. Pitágoras de Samo (530 a.C.), criador de uma escola que teve influência política no sul da Itália, não deixou qualquer escrito, mas os seus seguidores mantiveram sua memória, muitas vezes fazendo adendos poucos prováveis. A ele se reconhecer a introdução do teorema que tem o seu nome, bem como a descoberta de que os intervalos musicais correspondem a proporções numéricas de oitava, quinta e quarta. Possivelmente, foi o primeiro filósofo a admitir a presença de mulheres entre seus discípulos. Um outro filósofo desse primeiro período foi Demócrito de Abdera, nascido por volta de 420 a.C., que desenvolveu a ideia do átomo, um elemento indivisível, constituinte de todos os corpos. No século de Péricles, contudo, os homens passaram a buscar o sentido da verdade. Essa revolução do pensamento teve início com os sofistas, que deram contribuição em direção ao estabelecimento da dimensão do saber. Um dos seus principais representantes foi Protágoras (490-420 a.C.) que ensinava ser O homem a medida de todas as coisas, das coisas que são, para que sejam, e das que não são, para que não sejam. A prática dos sofistas correspondia ao período da instalação e consolidação da democracia, e foram combatidos pelos setores mais conservadores. Eles foram professores e, profissionalmente, ofereciam seus serviços mediante remuneração, algo inteiramente inusitado até então, pois a filosofia era vista como uma bênção especial dos deuses, não podendo ser objeto de negociação. No momento de maior expoência do Período Clássico, a filosofia conheceu o instante de maior expressão com Sócrates (470-399 a.C.), Platão (429-348 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). Considerado o Pai da Filosofia , Sócrates não deixou nenhum escrito; foi através dos discípulos que ficamos conhecendo seus pensamentos. Para Sócrates, havia uma limitação ao saber, donde vem o aforismo a ele atribuído, só sei que nada sei . Sócrates combateu os sofistas que pareciam entender tudo. Platão, um aristocrata, apresentou Sócrates em conflito com a democracia, e Xenofonte como um moralista sem maiores influências na sociedade. Uma terceira vertente é a que fez de Sócrates um grande lógico: foi a versão de Aristóteles. O aristocrata Platão ensinava a prevalência das ideias sobre as coisas concretas, pois para ele o real era o existente no plano da ideias, sendo o mundo concreto apenas uma projeção desse mundo perfeito e ideal, cabendo aos filósofos libertar o homem do domínio das sensações, pois só assim os homens poderiam ver as coisas como elas eram na realidade. As ideias de Platão, bastante elitistas, entendiam uma sociedade governada pelos sábios que coordenariam o exército e o povo. No Estado sonhado por Platão, a educação estaria disponível aos cidadãos, inclusive às mulheres, porém sempre sob controle e a serviço do Estado. Discípulo de Platão, Aristóteles, por ser médico, não admitia a prevalência das ideias sobre a matéria, pois isso extinguiria o papel da experiência. Ele estabeleceu a primeira ordenação das ciências e das artes. O pensamento grego nos foi legado pelos romanos e pelos árabes. Ele nos chegou pela intermediação dos pensadores cristãos medievais, pois esses sempre procuraram compatibilizar a razão e a fé.
Características: *Antropocêntrica *Racionalista *Secular *Pagã As Artes O enriquecimento econômico de Atenas proporcionou-lhe o esplendor das artes. Arquitetura, Teatro, escultura, tudo impregnado de religião, serviu para embelezar Atenas, em parte, com o tesouro da Liga de Delos. Destruída pelos persas, Atenas tece, na Acrópole, o mais belo conjunto de obras arquitetônicas. O Partenon, dedicado à deusa Atena, em estilo dórico, é uma das mais expressivas construções da Antiguidade, com 46 colunas. O Erectéion, dedicado ao lendário Rei Erecteu, foi construído em estilo jônico, e as Cariátides esculturas em forma de mulher substituíam as colunas. Os templos, em verdade, foram construídos para o culto aos deuses e não para a presença das pessoas: estavam embelezados por obras de escultores como Miron o criador do Discóbolo Policleto e Fídias. Ao lado da escultura, a pintura, mais propensa à destruição, pode ser admiradas em vasos de cerâmica. O Teatro Nesse Período Clássico, o teatro floresceu, seja como espaço capaz de reunir a sociedade para, confortavelmente, assistir às peças, seja como obras em sua beleza literária. O teatro remonta às festas realizadas em honra a Dionísio, nas quais a mímica, a dança e a poesia eram utilizadas em louvor ao deus do vinho. Com temas ligados à mitologia à religião, o teatro veio a tornase independente, desenvolvendo às dois gêneros: a Tragédia e a Comédia. Dentre os autores trágicos, podemos citar Ésquilo (525-456 a.C.), autor de Orestia, Prometeu Acorrentado; Sófocles (495-405 a.C.), autor de Édipo, o Rei, Antígona e Electra; Eurípedes, criador de Medéia, Hipólito, Adrômeda, As Troianas. Os comediógrafos mais famosos foram: Aristófanes (445-385 a.C.), autor de A Paz, Litsístrata, A Assembléia das Mulheres; e Menadro (340-229) a.C.), autor de O Intratável. Mas, em uma sociedade democrática, tudo vem à luz pelo debate e, por conseqüência é necessário que se desenvolva a arte de falar, e os gregos contribuíram na produção do discurso com as orações de Lísias, Isócrates e Demóstenes. As Ciências e Filosofia Numa fase em que o homem discutia e pretendia conduzir o próprio destino, ocorreram os primeiros passos para o conhecimento a especulação filosófica e eclipses, os gregos pretendiam conhecê-los e entendê-los. Desse diálogo entre os homens, nas praças e nas Assembleias, surgiram indagações que levaram à Filosofia. Aqueles que levaram à chamados Filósofos, amigos da sabedoria , aqueles que sabiam, que portavam o saber divino e intemporal dos deuses e dos mitos, introduzindo a busca desse saber como se fizesse parte da tradição. Utilizando a tradição dos mitos, eles os superaram. Com o diálogo, o uso da razão, na qual os argumentos eram baseados, procurou refletir sobre a Física a natureza e a Metafísica aquilo que está além da Física, da natureza. Como vimos, foi nas cidades gregas da Ásia Menor que se deu o início da especulação filosófica. Em Mileto, Tales (600 a.C.) teria sido o iniciador da filosofia. Procurava o elemento primordial, a causa primeira de todas as coisas e seres. Tales atribui à água a condição de elemento primordial e constitutivo de toda a matéria.
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ANOTAÇÕES
1)A Cultura Grega valorizava: a)O homem b)A vida espiritual c)O sagrado d)A busca da salvação 2)A Arte Grega era: a)Antropocêntrica b)Teocêntrica c)Voltada para o sagrado d)Zoomórfica 3)Patrono da Filosofia Grega: a)Péricles b)Sócrates c)Platão d)Tales 4)Os estilos Arquitetônicos Gregos eram: a)O Gótico e o Coríntio b)O Romano e Dórico c)O Dórico, o Jônico e Gótico d)O Dórico, o Jônico e o Coríntio 5)Sobre o Teatro Grego é certo Exceto: a)As mulheres participavam b)Desenvolveram a tragédia e a comédia c)Se destacou na tragédia d)Era importante na formação cívica e moral do Grego.
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AULA 08 : INTRODUÇÃO À HISTÓRIA
*A História consiste essencialmente em ver o passado através dos olhos do presente e à luz de seus problemas, que o trabalho principal do historiador não é registrar mas avaliar, porque, se ele não avalia, como pode saber o que merece ser registrado?
*A ciência histórica em si é dinâmica a reflete a vida do homem, seja na relações econômicas, de poder ou sociais, nas diferentes ideológicas no cotidiano, na cultura, na vida privada, nas mentalidades.
*A realidade do social, a realidade fundamental do homem revelase inteiramente nova aos nossos olhos e, queiramos ou não, nosso velho ofício de historiador não cessa de brotar e de reflorir em nossas mãos (...) sim, quantas mudanças! (...) todas as ciências sociais, inclusive a história, evoluíram, igualmente de maneira espetacular, mas, não menos decisiva. Um novo mundo; por que não uma nova história?...
*Heródoto relatou as guerras médicas com o objetivo de preservar a memória e evitar o esquecimento. *Para os gregos o movimento do tempo era o mesmo que o da natureza circular e repetitivo todo ser vivo nasce, cresce, reproduz e morre, e a partir da morte o ciclo recomeça.
Fernando Braudel *Na idade média, o cristianismo dominou todo o saber humano. Sua visão teocêntrica de universo dava sustentação à institucionalização da Igreja como reguladora das ações humanas.
Toda História é filha do seu tempo . Cada nova geração deve reescrever a História á sua própria maneira.
*No Séc. XVIII com o Iluminismo, desenvolveram-se métodos de observação. Nesse período a burguesia estava em ascensão e havia a necessidade de construção de um novo pensamento histórico.
*Por crítica histórica entendemos o trabalho metódico e crítico realizado sobre as fontes históricas, para verificar sua autenticidade, procedência e veracidade.
*A maneira de se analisar os acontecimentos históricos depende de uma série de fatores, dentre os quais se destacam os seguintes: a posição social que o historiador ocupa e defende no interior da sociedade, a postura política que adota e o tipo de função social do conhecimento que produz.
PARA QUE SERVE A HISTÓRIA A função da História, desde seu início, foi a de fornecer à sociedade uma explicação de suas origens. A História coloca-se, hoje em dia, cada vez mais próxima às outras do conhecimento que estudam o homem (a Sociologia, a Antropologia, a Economia, a Geografia, a Psicologia, a Demografia, etc.), procurando explicar a dimensão que o homem teve e tem em sociedade. Cada uma dessas áreas tem seu enfoque específico (...) A História procura especialmente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. A transformação é a essência da História; quem olhar para trás, na história de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que percebem as mudanças. Da minha perspectiva, a mais importante contribuição do grupo dos annales foi expandir o campo da história por diversas áreas. O grupo ampliou o território da história, abrangendo áreas inesperadas do comportamento humano e a grupos sociais negligenciados pelos historiadores tradicionais. Essas extensões do território histórico estão vinculadas à descoberta de novas fontes e ao desenvolvimento de novos métodos para explorá-las. Estão também associadas à colaboração com outras ciências, ligadas ao estudo da humanidade, da geografia à lingüística, da economia à psicologia. Essa colaboração interdisciplinar mantevese por mais de sessenta anos, um fenômeno sem precedentes na história das ciências sociais.
*A história tradicional ou positivista sobrepõe o tempo cronológico sobre o tempo histórico, isto é valoriza as datas deixando de lado o processo como um todo. Essa perspectiva acarreta um conhecimento passivo, pronto estático, que impossibilita a crítica e a reflexão. *A história Maxista é feita por meio do estudo das transformações econômico-social ocorridas nas sociedades, mais precisamente mediante a analise dos modos de produção. Coloca a classe trabalhadora com sujeito da história. *A história temática ou nova história pode envolver o estudo das mentalidades, das diversas relações sociais cotidianas, dos inúmeros sujeitos históricos, como a história da mulher, dos jovens, da infância, das diferentes etnias, da alimentação, do vestuário da moradia, das regiões, dos movimentos, das artes em geral, da vida privada, da história local. *A tradição historiográfica do ocidente está ligado, antes de tudo, à Grécia. *Em Tucídides já podemos sentir a preocupação com o sentido da História.
BURKE, Peter, Escolas dos Annales (1929-1989): a revolução francesa da historiografia. São Paulo: UNESP, 1997.p.126.
O proveito que se poderá tira do conhecimento certo do passado, para prejulgar acontecimentos análogos ou idênticos, a brotar futuramente no fundo comum da natureza humana. *No ambiente de crise, insegurança, instabilidade e medo gerado pela desagregação do império romano, o cristianismo, convertido em religião oficial, passou a assumir papel predominante na estruturação do pensamento medieval. *Na historiografia medieval, destacam-se como principais gêneros: anais, crônicas, biográficas, heliografias (vida dos santos). *Foi na Alemanha que surgiu a história que procurou compreender a realidade humana a partir das relações econômicas: Kal Max atribui a posição primordial ao nível econômico, elevado, em última instância, à categoria de fator determinante das transformações na vida dos homens. Criava-se o materialismo histórico como teoria e recorria-se ao método dialético.
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ANOTAÇÕES
EXERCÍCIOS DE SALA 01. A corrente historiográfica que se caracteriza pela narrativa linear dos grandes fatos e dos grandes heróis, denomina-se: a) Materialismo histórico; b) Historismo; c) Positivismo; d) História das mensalidades e) Marxismo de dialético 02. Assinale a afirmativa falsa: a) A conceituação moderna de história entende, acima de tudo, que a História é a ciência que estuda as mudanças, as transformações ocorridas no processo histórico. b) História é a ciência que estuda o passado, visando explicar o presente e projeta no futuro experiências humanas captadas por ela através dos tempos. c) História é a ciência pura, que não se confunde, nem tem conexões com nenhuma outra ciência. Ela tem método próprio e técnicas apropriadas para seu estudo. d) O processo histórico esta contido em toda produção cultural do homem, no relacionamento dos homens entre si e com a natureza do trabalho de produção e reprodução dos meios de subsistência. e) A concepção materialista tem em Karl Mark a sua base teórica. 03. Sobre as concepções básicas da História assinale C e E: ( ) para os historiadores positivista, o documento considerado autêntico é a expressão da verdade histórica, e por, isso, ele privilegia as fontes oficiais e escritas. ( ) o interesse por certos temas e as formas de abordar a história são influenciados pela experiências diretas do historiador e suas opções políticas e sociais. ( ) a história nova possibilitou que temas inéditos e de agentes históricos, antes marginalizados, ampliassem as análises. ( ) os depoimentos orais, assim como a escrita, constituem fontes à elaboração da história. 04. A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história de lutas de classe (...) A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismo de classe (...) De todas as classes que era ora enfrentam a burguesia, só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária (...) . A afirmação representa o pensamento: a) Do liberalismo político e econômico; b) Do socialismo revolucionário marxista; c) Do fascismo social da Igreja; d) Do positivismo de Augusto Comte. 05. O "trem da História" está em constante transformação, assim como a própria produção do conhecimento histórico. Considere as afirmações abaixo e assinale o FALSO: a) A concepção providencialista foi dominante durante a Idade Média, onde o homem, era visto como um ser secundário no processo histórico. b) A história idealista é aquela que toma como ponto de partida a ação de homens transformando-os em heróis, únicos sujeitos dos fatos históricos. c) A história Maxista parte do princípio de que o homem é o sujeito da história e os fatos a serem analisados giram em torno da luta entre as classes sociais pela posse dos bons necessários à vida. d) A história dos Annales busca romper com a narrativa dos feitos dos grandes homens e procura integrar a História com outras ciências. e) A história positivista trata da mudança, da transformação constante. A história é vista como um instrumento de análise a serviço da construção de um mundo novo, onde pão e poesia sejam repartidas por a igual.
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