pcp confronta governo sobre move-on
Março.2012
NÃO AO Despedimento colectivo!
O PCP, através do seu Grupo Parlamentar, questiona o Governo sobre a situação desastrosa do despedimento de 100 trabalhadores daquela empresa. A par disso, não deixa de apelar aos trabalhadores que se mobilizem para a luta em defesa dos seus postos de trabalho.
Pergunta Parlamentar Assunto: Empresa Move-On Destinatário: Min. da Economia e do Emprego Após um longo e penoso processo através do qual se foi desmantelando, peça por peça, aquele que chegou a ser o maior grupo de calçado português e principal exportador, assistimos hoje a mais um episódio trágico para os poucos trabalhadores remanescentes deste macabro processo. Importa referir que este grupo, hoje sob a designação de Move-on, empregava com o nome de Investvar, directamente nas suas diversas fábricas em Portugal (DCB, Glovar, Ilpe e outras) quase dois mil trabalhadores, tendo igualmente largas dezenas de outras fábricas em concelhos circunvizinhos a trabalhar em regime de subcontratação. Com a conivência do Governo que chegou a ser accionista maioritário da empresa e a indiferença da Câmara de Ovar, a verdade é que, apesar dos sucessivos apelos do PCP, nunca houve vontade política para recuperar uma empresa estratégica para o concelho e para a região. Num balanço trágico, o Governo depois de gastar mais de 50 milhões de euros, segundo notícias públicas, acabaria por vender a sua participação maioritária à multinacional Tata, com sede na Índia, em 2010, tendo a este propósito o PCP apresentado um requerimento sobre esta operação. Posto isto, venho solicitar ao Governo os seguintes esclarecimentos: • Em todo este processo, voltamos a perguntar que avaliação faz o Governo acerca da incapacidade dos 2 fundos públicos de capital de risco, INOV-Capital (dependente do Ministério da Economia) e AICEP (na dependência da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) em concretizar um plano de viabilização do grupo? • Qual a contabilização dos prejuízos resultantes de toda esta operação, incluindo os fundos gastos durante o período que o Estado deteve a maioria do capital da empresa, bem como a venda dos activos da Move-on detidos pelo Estado Português, ao grupo Tata cujos valores nunca chegaram a ser divulgados? • Que está o Governo disposto a fazer relativamente às garantias públicas dadas pelo Grupo Tata relativamente à manutenção dos cerca de 200 postos de trabalho em Portugal e como avalia, já agora, o facto deste grupo ter como representante em Portugal o antigo presidente do Grupo Investvar, o Dr. Artur Duarte, tido como principal responsável pelo descalabro financeiro do grupo? JORGE MACHADO, deputado do PCP Palácio de São Bento, quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2012
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