NOS LIVROS DA COLEÇÃO CONHECENDO A TERRA VOCÊ PODERÁ CONHECER MELHOR O UNIVERSO, O PLANETA TERRA E TODOS OS QUE NELE VIVEM. ESTA JORNADA COMEÇA NA SUA CASA, ESCOLA, BAIRRO, CIDADE, ESTADO, REGIÃO, ATÉ CHEGAR AO PAÍS ONDE VOCÊ VIVE. SÃO CONHECIMENTOS QUE O LEVARÃO A SABER MELHOR COMO PRESERVAR ESTE PLANETA QUE TANTAS MARAVILHAS NOS OFERECE E QUE, EM TROCA, PEDE MUITO POUCO: RESPEITO À VIDA E A TODOS OS NOSSOS COMPANHEIROS NESTA JORNADA UNIVERSO AFORA. LIVROS DESTA COLEÇÃO: OS LIVROS DA COLEÇÃO CONHECENDO A TERRA: UM OLHAR ECOLÓGICO SOBRE O PI.ANETA OFERECEM INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS IMPORTANTES A RESPEITO DO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS, EM LINGUAGEM APROPRIADA AOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL. COLEÇÃO CONHECENDO A TERRA A CASA – A ESCOLA – O BAIRRO A CIDADE – O ESTADO – A REGIÃO – O PAÍS – O PLANETA O ESPAÇO – A TERRA – OS ELEMENTOS DA NATUREZA – OS SERES VIVOS A ADAPTAÇÃO – O MEIO AMBIENTE – OS PROBLEMAS AMBIENTAIS O UNIVERSO – A TERRA – A BIOSFERA – A LITOSFERA – A HIDROSFERA A ATMOSFERA – A FLORA – A FAUNA – A SUSTENTABILIDADE
ISBN 978-85-62475-07-8
9 788562 475078
A CASA • A ESCOLA • O BAIRRO 2ª edição CONHECENDO A TERRA - A CASA • A ESCOLA • O BAIRRO
GIRANDO AO REDOR DO SOL E VIAJANDO POR ESTE IMENSO E MARAVILHOSO UNIVERSO, A TERRA NOS TRANSPORTA, HOSPEDA, ALIMENTA, VESTE, FORNECE O AR QUE RESPIRAMOS, ENFIM, NOS MANTÉM VIVOS.
com a participação de Eduardo Gruzman e Neimar Ferreira Nobre
A CASA • A ESCOLA • O BAIRRO Livro do professor
2a edição
Rio de Janeiro
Editora Pollux 2012
EQUIPE DE PRODUÇÃO EDITORIAL AUTORES
Patrick Goltsman Moreno Biólogo pela UFRJ, Mestre em Genética – ênfase em Educação (UFRJ), Professor de Ensino Médio e Fundamental e Coordenador de Ciências do Colégio A. Liessin e Coordenador da Pós-graduação em Sistema de Gestão Integrada em Saúde, Meio Ambiente e Segurança no SENAC-Rio. Pedro Luiz de Freitas Engenheiro Agrônomo (USP/ESALQ), Mestre em Hidrologia (UFRGS/IPH), Ph.D. em Ciência do Solo (Cornell University, USA) e Pós-Doutor (IRD, França). Pesquisador Científico (Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ). Autor e editor técnico de cadernos interativos para o ensino fundamental como instrumento para o aumento da percepção e conscientização ambiental.
COAUTORES
Eduardo Gruzman Biólogo pela UFRJ, Mestre em Tecnologia Educacional nas Ciências da Saúde (NUTES/UFRJ), Professor do Ensino Fundamental. Neimar Ferreira Nobre Geógrafo, especialista em tecnologia educacional, Professor do Ensino Fundamental. Vitor Manoel Rodrigues do Nascimento Geólogo e Geógrafo, Mestre em Geologia e Geofísica Marinha pela UFF e Professor Assistente da UFF. Curso de Licenciatura em Ciências Naturais.
COLABORADORES
Carlos Eduardo Gonçalves Ferreira Licenciado em Geografia pela UERJ, mestre em Geomática pela UERJ (mapas).
Luíza Saldanha Licenciada em Pedagogia (Asoec) e Ciências Biológicas (UERJ/FFP), Pós-Graduada em Supervisão Escolar (UCAM), Professora do Ensino Fundamental I , II e Ensino Médio.
PROJETO GRÁFICO
Renato Wildt Designer Gráfico, Pós-graduado em Marketing e com cursos de extensão na SVA (School of Visual Arts - NY).
ILUSTRAÇÕES
Felipe Paes de Almeida Designer Gráfico.
Fernando Costa Pereira Designer Gráfico.
Rafael Baldissara Belcastro Designer Gráfico.
REVISÃO ORTOGRÁFICA, GRAMATICAL E DE ESTILO
Heloisa Mesquita Portes Professora de Língua Portuguesa e Literatura. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
M842c Moreno, Patrick Goltsman, 1977 Conhecendo a Terra : um olhar ecológico sobre o planeta, a casa • a escola • o bairro : livro do professor / Patrick Goltsman Moreno e Pedro Luiz de Freitas ; com a participação de Eduardo Gruzman e Neimar Ferreira Nobre. - 1.ed. - Rio de Janeiro: Pollux , 2012. 48p. : il. color. ISBN 978-85-62475-06-1 1. Ciências - Estudo e ensino (Ensino fundamental). 2. Geografia - Estudo e ensino (Ensino fundamental). 3. Ecologia - Estudo e ensino (Ensino fundamental). 4. Educação ambiental - Estudo e ensino (Ensino fundamental). I. Freitas, Pedro Luiz de, 1953-. II. Título. 11-0564. CDD: 372.35 CDU: 373.3.016:5 28.01.11 31.01.11
024237
Copyright © 2012 Editora Pollux Ltda. 2a edição Rua da Assembléia, 10, grupo 3111 – parte CEP 20011-901 – Rio de Janeiro, RJ – Tel.: (21) 3021-3831. Site: http://www.editorapollux.com.br Contato: contato@editorapollux.com.br Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por quaisquer meios, inclusive eletrônicos, sem a devida autorização por escrito da editora. A editora processará os infratores pelas penas máximas previstas nos Códigos Civil e Penal.
Impresso no Brasil. Printed in Brazil.
ÍNDICE
................ 5 O MINHA CASA................ ND CE HE ON C – 1 LO TU CAPÍ ........................................ 6 .... .... .... .... .... .... . . lar ce do r La .......................... 7 o da nossa casa...................... nd ida Cu .............................. 8 o desperdícios...................... nd ita Ev .......................... 9 izando energia elétrica.......... om on Ec .......................... 12 izando água........................ om on Ec ........................ 14 o menos lixo....................... ind uz od Pr reaproveitado... 15 ADE: brinquedo de material ID IV AT ......... 19 INHA ESCOLA................ M O ND CE HE ON C – 2 CAPÍTULO .......................... 20 ............................................ ola esc A ....................... 21 aula...................................... de a sal A .......................... 23 ial escolar........................... ter ma O ......................... 26 comuns da escola.................. as áre As ........................... 28 ............................................ tio pá O ........................ 29 ADE: construindo uma horta ID IV AT ...................... 30 na escola.............................. nia da da Ci .......................... 31 ADE: campanha da água.... ID IV AT ....................... 32 lixo no recreio...................... de a let Co IRRO............................... 33 BA EU M O ND CE HE ON C CAPÍTULO 3 – .......................... 34 ndo o seu bairro................... ece nh Co ......................... 36 ntes bairros.......................... ere dif Os ........................ 37 ntos naturais e artificiais...... me ele Os ....................... 38 ormações do seu bairro.......... nsf tra As ........................... 40 os públicos.......................... viç ser Os ......................... 41 canada.................................. en ua Ág ........................... 42 esgoto.................................. de de Re ........................ 43 lixo...................................... de a let Co ....................... 44 verdes.................................... as áre As ........................... 45 ADE: clima........................ ID IV AT ..................................... 47 .... .... .... .... .... .... AS ST PO ES R EXERCÍCIOS - ........................ 47 1.......................................... ulo pít Ca ........................ 49 2.......................................... ulo pít Ca ........................ 51 3.......................................... ulo pít Ca .................... 55 AFIA.................................... GR IO BL BI S IA NC RÊ REFE ....................................... 56 .... .... S.. DO RI GE SU S TE SI .......... de A até H E – EXERCÍCIOS................ RT CA EN
identificou uma A EDITORA POLLUX brasileiro e carência no mercado editorial sobre ecologia e lançou uma coleção de livros NHECENDO conscientização ambiental. CO ico sobre o planeta A TERRA, Um olhar ecológ ental. destina-se ao Ensino Fundam aos alunos as Neste livro apresentamos com ênfase primeiras noções de ecologia, nte e na na preservação do meio ambie os com o mundo que sustentabilidade. Trabalham o deles, que expressa os cerca, que está mais próxim com maior clareza. a sua consciência ambiental e o bairro. Estudaremos a casa, a escola
tico em que a Vivemos um momento crí da intensamente pelo natureza tem sido prejudica l para a sobrevivência ser humano. É fundamenta conhecemos, do nosso planeta, tal como o ento e passarmos a mudarmos nosso comportam meio ambiente. agir de forma a respeitar o pequeno planeta Considerada apenas um a estrela dentre rochoso orbitando o Sol, um Via Láctea, a Terra, bilhões de outras estrelas da a da natureza, da no entanto, é uma maravilh loração exagerada biodiversidade, da vida. A exp co toda esta riqueza. dos seus recursos coloca em ris para que aprendam Educar as novas gerações ito importante e a viver sustentavelmente é mu Um olhar ecológico CONHECENDO A TERRA, orar intensamente sobre o planeta pretende colab neste sentido. OS EDITORES
Capítulo 1
A consciência ambiental começa pelo local em que se vive. Por esta razão, neste livro dedicado à educação ambiental, atuaremos diretamente no ambiente em que o aluno vive – sua casa, sua escola e seu bairro. Neste primeiro capítulo, discutimos como a criança pode aplicar práticas ecológicas e sustentáveis no local em que está mais acostumada, ou seja, sua casa. Estamos lidando com crianças e estes ensinamentos podem contribuir para modificar seu comportamento em relação ao meio ambiente. Ao desenvolver uma consciência ambiental, estas crianças poderão influenciar outras pessoas a também mudar sua forma de agir. Por isso, você, professor, tem uma importante e difícil missão que é a de transformar seus alunos para ajudar a garantir o futuro do nosso planeta.
Capítulo1 conhecendo minha casa
Capítulo1 CONHECENDO MINHA CASA
Foto: Patrick Goltsman
Foto: Patrick reno Goltsman Mo
Moreno
torano
Foto: Lucietta Mar
Foto: Patrick Goltsman Moreno
Foto: Patrick Goltsman Moreno
Foto: Patrick Goltsman Moreno
Ei, psiu! É, você mesmo... Você sabia que o futuro da Terra está nas suas mãos? Não só nas suas, mas também nas dos seus amigos, da sua família, dos seus vizinhos e de cada um dos habitantes do nosso planeta. Pois é, para garantir que ele continue “saudável” temos que estar conscientes do nosso papel. E, por onde começar? Sem dúvida, a melhor forma é dentro da nossa própria casa. Vamos nessa? 5
Capítulo 1
Lar, doce lar
As casas diferem em muito de local para local. Mas, independente do tipo, é muito importante ter uma casa para morar, pois é o lugar onde descansamos, comemos, guardamos nossas coisas, nos protegemos do sol e da chuva.
Capítulo 1
No Brasil, encontramos vários tipos de casa: as de palafitas são feitas em madeira e ficam suspensas por estacas em locais alagados como nas margens dos rios. Os barracos são, normalmente, casas localizadas nas favelas. São muito simples, geralmente construídos com restos de madeira, isopor, latão e papelão que as pessoas encontram nas ruas das cidades. As casas de pau a pique também são muito simples, geralmente construídas nas estradas e nas cidades do interior. Suas paredes são feitas com barro e varas retiradas de árvores. As casas feitas de tijolos, cimento e areia são as mais comuns e são chamadas de casas de alvenaria. Já os edifícios são construídos com armações de ferro, cimento, tijolos, areia e concreto. Cada edifício possui vários apartamentos, sendo que em cada um geralmente vive uma família. Devido a tanta diversidade, o texto do capítulo tenta ser geral para permitir a atuação do professor, seja qual for a realidade de seus alunos, sem causar impasses. O importante é mostrar aos alunos que qualquer lugar onde se vive pode ser chamado de lar se lá estão as pessoas que lhe são queridas e amadas, sejam parentes ou não. 6
Você sabia? Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE/ PNAD, 2008), a necessidade quantitativa de moradias no Brasil corresponde a 5,5 milhões de novas unidades, das quais 4,6 milhões nas áreas urbanas e 0,9 milhões nas áreas rurais. 96% do déficit habitacional urbano está concentrado nas famílias
com renda de até cinco salários mínimos. Em todas as regiões, inclusive nas áreas metropolitanas, o problema recai sobres as faixas de menor renda. A maior parcela da necessidade habitacional concentra-se nos estados do Sudeste (37%) e do Nordeste (35%). Do total do déficit, 28% encontrase em regiões metropolitanas.
LAR, DOCE LAR Você já pensou em como é sua casa? E como você gostaria que ela fosse? Mas será que todas as casas são iguais? Com certeza não... Algumas casas são maiores que outras. Algumas têm quintal, outras não. Algumas ficam em condomínios e outras em comunidades. Outras podem ser apartamentos localizados em pequenos prédios ou grandes edifícios. Mas isso não é importante. O que realmente importa é que nossa casa, independente de como seja, é o nosso lar, onde moramos junto com aquelas pessoas que mais amamos. E, por isso, precisamos cuidar muito bem dela!
Ilustração: Fernando Costa Pereira
Capítulo 1
podem vazar se não forem bem cuidadas. pluviais. Esta rede difere da rede de Os registros e as torneiras não devem ser esgotos e vai diretamente para os rios e fechados com muita força, pois podem lagos, e por isto não deve receber sabões quebrar ou danificar os tubos e causar em excesso ou água de esgoto ou mesmo vazamentos. lixo. Calhas e ralos têm que estar • Existe uma rede que recolhe as águas sempre limpos, evitando que a água se • A água tratada passa por tubulações da chuva, dos jardins e da lavagem de acumule quando chover forte. geralmente embutidas nas paredes e que calçadas e quintal – chamadas de águas • O vaso sanitário deve estar sempre limpo e sem entupimentos – coisas que não devem ser jogadas no vaso sanitário: papel, absorventes, algodão, cabelo etc. • Ralos dentro da casa e sifões devem estar CUIDANDO DA NOSSA CASA sempre limpos. • As torneiras e os chuveiros acabam entuPara cuidar da sua casa, a primeira tarefa é mantê-la sempre limpa. A sujeira, pindo por acúmulo de além de deixar uma aparência muito ruim, pode atrair insetos, ratos e outros sujeira na peneirinha ou seres que causam doenças. Por isso, nada de deixar sujeira espalhada pela casa! na grelha e precisam ser limpos com frequência. Além disso, é importante tentar conservar sua casa. Se destruí-la, além dela • A caixa d’água precisa ficar com um aspecto ruim, seus pais terão que gastar dinheiro para consertáestar sempre coberta e deve ser limpa pelo mela. E o dinheiro gasto poderia ser usado para outra finalidade como passeios, nos uma vez por ano. viagens etc. • As paredes pintadas devem ser limpas com Outra preocupação é evitar os acidentes domésticos. Claro que acidentes frequência, evitando o acontecem, mas se tomarmos bastante cuidado, poderemos evitá-los. Para excesso de umidade ou o aparecimento de mofo. isso, basta seguir algumas regrinhas: Depois de limpo, secar bem e ver como está a aeração do local. • Cuidado ao furar a parede para não perfurar as tubulações de água, Cuidado com os cantos dos móveis e os objetos gás ou de condução de pontudos. Evite brincar energia elétrica. perto deles. CUIDANDO DA NOSSA CASA
Capítulo 1
Dicas para conservação da casa (baseado em http://decoracione.blogspot. com/2009/08/como-conservar-casa-dicasuteis.html)
Nunca, em hipótese alguma, tente comer ou beber algo que você não conhece. Muitas substâncias que existem em casa podem ser venenosas.
Sugestão de atividade Uma atividade interessante é pedir para os alunos realizarem um levantamento de todos os problemas de conservação que eles encontram em suas casas. Em seguida, peça para eles relatarem como eles podem ajudar a resolver estes problemas. Aproveite para conscientizar os alunos sobre a importância da boa conservação das nossas casas.
Nunca tente pegar algo que esteja fora do seu alcance. Se tiver dificuldade, chame um adulto.
ilustraçÕES: Felipe Paes de Almeida
Não brinque com facas, tesouras, ferro de passar, ferramentas etc.
Muito cuidado com as escadas e janelas, principalmente se não tiverem corrimão ou rede de proteção.
Nunca tente mexer no fogão nem em nada que esteja sobre ele. Se quiser algo, peça ajuda.
Não coloque os dedos nem outros objetos nas tomadas. Além do perigo de levar um choque, você poderá danificar muitos aparelhos eletrônicos da sua casa.
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Capítulo 1
• As cascas da batata, depois de bem Você sabia? lavadas, podem ser fritas em óleo quente e Estudos indicam que metade dos alimentos servidas como aperitivo. produzidos no mundo é jogada fora. No • A casca da laranja fresca pode ser usada Brasil, o desperdício começa no campo em pratos doces à base de leite, como – 10% dos alimentos desperdiçados arroz doce e cremes. são perdidos na colheita, 50% durante • A parte branca da melancia pode ser usada o manuseio e transporte, 30% são para fazer doce, que se prepara como o perdidos nas centrais de abastecimento como a CEASA. Em casa acontecem 10% das perdas. Só nas feiras do estado de São Paulo, mais de 1.000 toneladas de EVITANDO DESPERDÍCIOS alimento vão para o lixo todos os dias.
doce de mamão verde. • Com as cascas das frutas (ex: goiaba, abacaxi etc.) pode-se preparar sucos, batendo-as no liquidificador. Este suco pode ser aproveitado para substituir ingredientes líquidos no preparo de bolos. Adaptado de: http://www.bancodealimentos .org.br/por/receitas/index.htm
Capítulo 1
EVITANDO DESPERDÍCIOS
Desperdiçar significa gastar sem necessidade. Assim, toda vez que gastamos alguma coisa mais do que precisamos, estamos cometendo um tipo de desperdício. O desperdício pode ser de água, de luz, de comida e até mesmo de tempo.
Dicas de combate ao desperdício de alimentos • Os talos de couve, agrião, beterraba, brócolis e salsa, entre outros, contêm fibras e devem ser aproveitados em refogados, no feijão e na sopa. • Não jogue fora os talos do agrião, pois eles contêm muitas vitaminas. Limpe, pique e refogue com tempero e ovos batidos. • As folhas da cenoura são ricas em vitamina A e devem ser aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou picadinhas em saladas. O mesmo podese dizer das folhas duras da salsa. • A água do cozimento das batatas acaba concentrando todas as vitaminas. Aproveite-a, juntando leite em pó e manteiga para fazer purê.
Os especialistas calculam que, no Brasil, mais da metade dos alimentos produzidos é desperdiçada. Já imaginou quantas pessoas poderiam aproveitar todo esse alimento que vai para o lixo? Outro problema é que quando existe desperdício, quem paga a conta somos nós. Isso porque a utilização dos recursos naturais, ou seja, que a natureza produz, aumenta desnecessariamente. E, para piorar, muitos destes recursos não são infinitos e um dia poderão acabar.
Desperdício de alimentos em feira (fotos: editora pollux)
Por isso, é importante estarmos sempre atentos para evitar o desperdício. O problema é que esse desperdício pode se esconder nos mínimos detalhes, ou seja, em hábitos que adquirimos e nem nos damos conta. Quem nunca escovou os dentes com a torneira aberta ou colocou mais comida no prato do que poderia comer? Mas mudar nossos hábitos não é impossível! É tudo uma questão de força de vontade. Para isso, é fundamental conhecer formas de evitar o desperdício no dia a dia. Depois é só colocar tudo em prática. Vamos tentar? 8
Capítulo 1
Para ajudar a economizar eletricidade, o governo instituiu em nosso País o horário de verão. Como no verão os dias são mais longos, adiantamos os relógios em uma hora em muitos lugares do País. Assim, quando a maioria das pessoas chega em casa do
trabalho, ainda é dia. A iluminação pública também começa a funcionar mais tarde. Assim, o consumo de energia elétrica cai 5% no horário de pico. No Brasil, o horário de verão foi adotado pela primeira vez em 1 de outubro de 1931, através do decreto 20.466, abrangendo
todo o Território Nacional. Porém, apenas a partir de 1985 o horário de verão passou a ser adotado anualmente. De lá para cá, a abrangência, inicialmente nacional, foi reduzida diversas vezes, até que em 2003 atingiu a atual. Atualmente, o horário de verão é adotado apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Capítulo 1
ECONOMIZANDO ENERGIA ELÉTRICA
ECONOMIZANDO ENERGIA ELÉTRICA Com certeza você já deve ter escutado seus pais falando: Não esqueça de apagar as luzes! ou Não ligue todos os aparelhos eletrônicos ao mesmo tempo! Mas porque será que eles se preocupam tanto com isso? A primeira explicação é bastante simples: quanto mais energia elétrica sua casa consumir, mais cara será a conta que seus pais precisarão pagar no final do mês. Isso significa que se você deixar todas as luzes acesas, mais dinheiro seus pais gastarão para pagar a conta de luz.
Usinas hidrelétricas Geralmente, quando se fala de usina hidrelétrica, lembramos de grandes obras, como a Usina de Itaipu. Esta usina foi construída no rio Paraná, próximo à cidade de Foz do Iguaçu, um pouco antes de o rio Paraná receber as águas do rio Iguaçu, onde estão as famosas e belíssimas Cataratas do Iguaçu. Existem várias usinas de médio e pequeno porte, que requerem reservatórios bem menores. Uma simples roda d’água, como as utilizadas no interior do País até hoje, pode produzir energia elétrica quando ligada a um gerador.
Mas também existe outra explicação. Produzir energia elétrica, ou eletricidade, não é tão simples. Na verdade é um processo bem complicado e caro. No Brasil, a maior parte da eletricidade é produzida pelas usinas hidrelétricas, como a de Itaipu.
O uso de turbinas modernas e eficientes, mesmo em pequenas usinas, pode produzir uma boa quantidade de energia, causando um impacto ambiental negativo bem menor.
Essas usinas são grandes construções que utilizam a força da queda d’água dos rios para produzir eletricidade. Quer saber como isso acontece? Veja na próxima página. hidrelétrica de itaipu
(foto: caio coronel/itaipu binacional)
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Capítulo 1
ECONOMIZANDO ENERGIA ELÉTRICA
Os primeiros impactos acontecem durante a construção dos grandes reservatórios. Essa etapa, se não for bem planejada, pode acabar com a fauna e a flora do local. Além do corte das árvores, muitas espécies acabam submersas e, consequentemente, morrem.
Capítulo 1
Atualmente existe uma grande discussão acerca dos impactos ambientais gerados pelas usinas hidrelétricas. Como praticamente qualquer atividade econômica, as hidrelétricas causam impactos negativos ao ambiente. A grande questão é saber qual a real dimensão dos impactos e como eles podem ser amenizados, já que, dentro das fontes energéticas atuais, as hidrelétricas são consideradas fontes de energia renovável.
drasticamente. Há, também, o período da piracema, época em que os grandes cardumes normalmente sobem o leito do rio, no sentido contrário ao da correnteza, para depositar suas ovas. Para tentar amenizar o problema são construídas escadas nas barragens para que os peixes migratórios possam circular.
Termoelétricas As usinas termoelétricas produzem energia elétrica a partir da queima de carvão, óleo combustível ou gás natural. Independente do combustível utilizado, o funcionamento é semelhante: o combustível é queimado em caldeiras específicas, que aquecem a água presente em uma extensa
Geralmente, a usina hidrelétrica é instalada em um local do rio onde existe uma cachoeira ou uma corredeira. Ali, se constrói uma barragem para represar a água. Na barragem são instalados grandes dutos que levam a água até as turbinas. À medida que a água vai passando, as turbinas giram e acionam os geradores que produzem eletricidade. A eletricidade produzida é levada, através das linhas de transmissão, até as nossas casas. O problema é que para construir o reservatório de água de uma usina é preciso inundar uma grande área. Isso significa que as famílias que vivem na região precisam se mudar, a vegetação precisa ser retirada e os animais têm que ser transferidos para outros locais.
Durante a inundação, muitas espécies de animais acabam fugindo do seu habitat natural. Isso poderia ser resolvido com o remanejamento antecipado das espécies. Mesmo assim, algumas espécies correm o risco de não se adaptarem ao novo habitat.
usina hidrelétrica (Ilustração: Rafael Baldissara Belcastro)
Com o excesso de nutrientes decorrentes da flora submersa ocorre o aumento de proliferação de microrganismos. Outro problema é a mudança climática que os lagos podem causar. Afinal, onde havia floresta agora há um lago, o que pode elevar a temperatura ambiente e mudar o ciclo de chuvas.
LINHAS DE TRANSMISSÃO BARRAGEM
GERADOR DUTO
RIO
Além disso, como a hidrelétrica possui uma barragem, o fluxo natural dos peixes acaba sendo interrompido 10
TURBINAS
RESERVATÓRIO
Capítulo 1
rede de tubos que revestem suas paredes. Ao ser aquecida, a água se transforma em vapor que movimenta as turbinas que estão ligadas ao gerador. À medida que as turbinas giram, o gerador produz energia elétrica. O vapor é resfriado em um condensador e convertido outra vez em água, dando origem a um novo ciclo.
O maior problema destas usinas é que os vapores gerados pela queima do combustível são liberados na atmosfera, poluindo o ar e contribuindo para o aquecimento global. Além disso, os altos preços dos combustíveis fazem com que o custo de produção de eletricidade seja maior do que nas usinas hidrelétricas.
ECONOMIZANDO ENERGIA ELÉTRICA
Capítulo 1
Energia limpa Os alunos, provavelmente, irão descobrir várias formas de produção de energia elétrica de forma limpa, além da hidráulica. Entre elas, a nuclear (que causa baixo impacto, mas produz resíduos radioativos que precisam ser descartados em minas de sal ou de carvão mineral abandonadas), a solar (que pode ser utilizada para aquecer a água usada nas casas e também para produzir Outra forma também utilizada para produzir eletricidade em nosso eletricidade), a eólica (pela País é através das usinas termoelétricas. Elas utilizam carvão mineral, óleo força dos ventos girando combustível ou gás natural para produzir eletricidade. Porém, estas usinas enormes cata-ventos), liberam gases poluentes que podem causar o aquecimento do planeta. das marés (que aproveita as ondas do mar para movimentar turbinas), de Além das hidrelétricas e termoelétricas, também existem outras formas de biogás (que utiliza o gás produzir eletricidade. Algumas delas são menos poluentes e, por isso, são gerado pela decomposição chamadas de energia limpa. Tente pesquisar quais são estas formas de de lixo orgânico), de bioproduzir energia. Em seguida, explique o que você descobriu para sua turma. combustíveis (pela queima de resíduos de produtos agrícolas, como canaAssim, quanto mais eletricidade utilizarmos, mais usinas precisarão ser de-açúcar, soja, algodão, construídas. Isso significa provocar um maior impacto ambiental e destruir mamona, árvores como mais a natureza. Por isso, é tão importante economizar. eucalipto e pinus, capins etc.).
Mas como podemos usar a eletricidade sem desperdício? Existem algumas dicas que podem ajudar você e sua família a economizar. Vamos conhecê-las?
Sugestão de atividade Peça aos alunos para trazerem uma conta de energia elétrica e ensine-os a verificarem o consumo de energia elétrica em kwh (kilowatts-hora). Consulte na internet uma tabela de consumo de energia de cada aparelho elétrico existente em casa (www. eletrobras.com/elb/procel/ main.asp?TeamID={32B0 0ABC-E2F7-46E6-A3251C929B14269F}) e mostre aos alunos para que eles descubram quanto consome cada aparelho ligado.
ilustração: Felipe Paes de Almeida
• Ajuste o chuveiro elétrico para a posição verão/ inverno dependendo da época do ano. Também desligue a água quando estiver se ensaboando.
• Nunca deixe a televisão ligada quando não tiver ninguém assistindo. O mesmo vale para os rádios e outros equipamentos.
• Não deixe as luzes acesas sem necessidade. • Peça para seus pais trocarem as lâmpadas incandescentes pelas econômicas. Além de consumirem menos energia, duram 10 vezes mais.
• Evite usar aparelhos que utilizam muita energia no horário de pico, ou seja, entre 18 e 21 horas. Durante este horário, o consumo de energia é maior em nosso País.
• Não deixe a porta da geladeira aberta durante muito tempo. • Caso seus pais precisem comprar eletrodomésticos, peça para eles darem preferência aos aparelhos mais eficientes, ou seja, aos que consomem menos energia.
Para saber o quanto custa o uso de cada aparelho, multiplique o seu consumo pelo valor da tarifa cobrada por cada kwh.
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Capítulo 1
ECONOMIZANDO ÁGUA
Praticamente 70% do planeta Terra são formados de água. O problema é que a maior parte dessa água, 97,5%, é salgada e imprópria para o consumo. Da água doce, 2,49% estão em lençóis subterrâneos ou congelados nos polos, e apenas 0,006% está em rios e lagos, disponível para nosso consumo. Porém, de toda água doce disponível para nosso consumo, 70% vão para a agricultura; 22% para a indústria e 8% para o consumo individual.
Capítulo 1
Economizar água não é apenas uma questão de escolha. Se não aprendermos a conservar as reservas de água que ainda temos, logo, logo, vai faltar água em várias partes do mundo. Caso isso aconteça, as pessoas vão começar a brigar por causa da pouca água que restar. Isso não é impossível de acontecer, pois a água logo pode valer mais do que o ouro ou o petróleo.
Muitos países do Oriente Médio, norte da África, China e Índia já sofrem problemas relacionados com a falta d’água. E o quadro tende a piorar – a organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, mais de 50 países enfrentarão crise no abastecimento de água. Isso significa que os cidadãos
destes países ou vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. Isso mostra o quanto é importante preservarmos as nossas fontes de água doce.
ECONOMIZANDO ÁGUA Agora que você já sabe como economizar eletricidade, vamos falar de outro recurso natural muito importante – a água. Nesse ponto, nosso País é bastante favorecido. Além de ter um litoral gigantesco, quase 15% da água doce de todo o mundo está no Brasil, seja em rios ou lagos ou até mesmo debaixo da terra (água subterrânea). Porém, se você acha que ela nunca vai acabar, está muito enganado! Hoje, estamos vivendo um problema muito sério que é a falta de água potável. De toda água do mundo apenas 2,5% correspondem à água doce, sendo que a maior parte dela está na forma de gelo. Do restante, apenas uma pequena parte está apropriada para o consumo. Mas como parece que nunca vai faltar água, as pessoas não tomam o cuidado que deveriam para evitar sujar os rios e lagos, nossas fontes de água doce. Até os oceanos estão sujos. Além disso, a sujeira que fica no chão também pode penetrar no solo e acabar contaminando a água subterrânea. Assim, toda água nesses locais acaba contaminada e fica imprópria para ser consumida.
litoral da bahia
(foto: patrick goltsman moreno)
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Capítulo 1
Testes caseiros para descobrir vazamentos de água Caixa d’água: Deixe o registro do cavalete aberto, feche todas as torneiras da casa, inclusive as do banheiro. Vá até a caixa d’água e puxe a bóia para cima e
depois amarre um barbante nela para ficar presa. Isso não deixa a água da rua entrar na caixa. Com um giz ou lápis, faça um risco na parede da caixa onde está o nível da água. Aguarde 15 minutos. Se o risco do lápis não permanecer beirando o nível de água é porque existem vazamentos nos canos que saem da caixa d’água.
Vaso sanitário: Jogue um pouco de pó de grafite no vaso sanitário. Se a grafite ficar parada no fundo do vaso, não há vazamento. Caso a grafite desapareça, é sinal de que há vazamento na válvula ou na caixa de descarga. Nesse caso, é preciso trocar a válvula.
Mas além de tentar não poluir a água e o solo, você também pode economizar água limpa evitando desperdícios.
Se você escovar os dentes com a torneira fechada pode reduzir o gasto de água de 12 litros para menos de 1 litro.
Capítulo 1
ECONOMIZANDO ÁGUA
No banho, feche a torneira enquanto se ensaboa. O gasto de água pode diminuir de 160 litros para 50 litros em um banho de 10 minutos.
Rede hidráulica: Feche o registro do hidrômetro. Abra uma torneira ligada diretamente na água que vem da rua, que não recebe água da caixa. Geralmente, a torneira no tanque de lavar roupas é assim. Espere a água parar de sair da torneira. Como o registro do cavalete está fechado, essa água é a que estava nos canos. Depois coloque um copo cheio d’água na boca da torneira. Se a torneira sugar a água, há vazamento no cano que enche a caixa d’água. A solução, na maioria dos casos, é quebrar o chão e descobrir onde está o vazamento. Adaptado de: http:// www.consumidorbrasil. com.br
ilustração: felipe paes de almeida
Cada vez que você dá descarga, há um gasto de até 10 litros de água. Por isso, não use o vaso sanitário como lixeira.
Ao lavar a louça por 15 minutos com a torneira aberta, há um gasto de até 240 litros de água. Se abrir a torneira apenas para enxaguar a louça, esse gasto cai para menos de 80 litros.
Evite usar a mangueira para lavar a calçada. Em 20 minutos, há um desperdício de 360 litros de água.
Uma torneira pingando gasta mais de 46 litros de água por dia. Em um mês isso equivale a 1.380 litros de água desperdiçada.
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Capítulo 1
PRODUZINDO MENOS LIXO
Capítulo 1
O lixo sempre acompanhou a história do homem. Na Idade Média era comum o lixo acumular-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias epidemias e causando a morte de milhões de pessoas. Com a Revolução Industrial, iniciou-se o processo de urbanização, provocando um êxodo do homem do campo para as cidades e levando a um aumento populacional. O lixo, então, passou a ser encarado como um problema, o qual deveria ser combatido e escondido da população. A solução foi simplesmente afastá-lo, descartando-o em áreas mais distantes dos centros urbanos. Começaram, então, os primeiros ‘lixões’. Nos dias atuais, a produção de lixo pela população virou um problema difícil de ser combatido – afinal ele é inerente à existência humana. Em um passado não muito distante, a produção de resíduos era de algumas dezenas de quilos por habitante/ ano; no entanto, hoje, países altamente industrializados, como os Estados Unidos, produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor médio verificado nas cidades mais populosas é da ordem de 180 kg/hab/ano.
Para onde vai o nosso lixo? Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro convive com a maioria do lixo que produz. São 241.614 toneladas de lixo produzidas diariamente no País. Ficam a céu aberto (lixão) 76% de todo esse lixo. Apenas
24% recebem tratamento considerado mais adequado. E destes 24%, 13% são depositados em aterros controlados, o que ainda possibilita a contaminação das águas subterrâneas. Mesmo os 10% de aterro sanitário não significam eficiência e qualidade devido à necessidade constante de controle e manutenção nas instalações, o que nem sempre acontece.
PRODUZINDO MENOS LIXO Todo dia nós juntamos o lixo, colocamos em frente da nossa casa e ficamos com a consciência do dever cumprido. Mas será que o problema do lixo termina aí? O grande problema do lixo é que cada um de nós produz um pouquinho. Porém, numa cidade de milhões de habitantes, é tanto lixo produzido que vira um problemão. Em todo Brasil é produzido mais de 90 mil toneladas de lixo por dia. Isso equivale a 30 mil caminhões de lixo cheios. Todo dia! E o que fazer com tanto lixo? A maior parte dele acaba indo parar em locais inadequados, poluindo o solo, atraindo animais e transmitindo doenças. Para mudar esta situação, devemos sempre tentar reduzir a quantidade de lixo que produzimos. Isso significa só comprar o que realmente for necessário. Isso vale para roupas, brinquedos, calçados e até comida. Parece óbvio, mas pense em quanta coisa você comprou e quase nunca usou. Também podemos mudar alguns hábitos, como trocar as sacolas plásticas por sacolas de pano, que não são descartáveis. Se comprarmos apenas o necessário, além de evitar desperdício de dinheiro, estaremos gerando menos lixo no futuro. Podemos também tentar reaproveitar parte do que seria jogado fora. Uma lata de ervilhas pode virar um porta-lápis, uma garrafa PET pode virar um vaso de flores, caixas de sabonete e creme dental podem se transformar em brinquedos, e assim por diante. Basta ter um pouco de criatividade para dar outra função para o que iria virar lixo. excesso de lixo jogado na rua (foto: patrick goltsman moreno)
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Capítulo 1
Aproveite esta atividade para estimular seus alunos a transformar em brinquedos materiais que seriam descartados. É possível encontrar muitas ideias procurando na Internet.
Seguem dicas de alguns brinquedos feitos de material reaproveitado que você pode fazer com seus alunos.
bre as caixinhas. Com um estilete, recorte a imagem separando as caixinhas. Recorte as sobras se for necessário.
Quebra-cabeça de caixas de fósforos. Junte 9 caixas de fósforos vazias e coloque-as lado a lado, formando três fileiras. Escolha uma imagem qualquer e cole-a so-
Cai-não-cai de garrafa PET. Pegue uma garrafa PET grande e faça muitos furos por toda a lateral. Deixe apenas um espaço próximo à boca e próximo ao fundo da garrafa. Coloque vários palitos de churrasco atravessando os furos, de modo que se cruzem no interior da garrafa. Em seguida coloque algumas bolinhas de gude através da boca do gargalo da garrafa. Para jogar, basta ir retirando os palitos sem deixar que as bolas de gude caiam.
pião feito com um palito, cola e tampa de refrigerante
(foto: cris turek/ viladoartesao.com.br)
cavalo marinho, feito com garrafas pet
(foto: ricardo vait / www.brinquelobinho.com.br)
Capítulo 1
Atividade: Brinquedo de material reaproveitado
peixe, feito com caixa de ovo e espuma
Cobra de rolo de papel higiênico. Junte vários rolos de papel higiênico e pinte-os da cor que você quiser. Faça quatro furos em cada rolo, sendo dois em uma ponta e dois na outra. Amarre os rolos lado a lado, passando pedaços de lã pelos buraquinhos. Utilize uma embalagem plástica de ovo de páscoa para fazer a cabeça da cobra. Cole duas tampinhas na embalagem plástica para formar os olhos. Cole a ponta do último rolo para formar a ponta da cobra.
(foto: http://kidsindoors. blogspot.com)
atividade
Que tal juntar alguns materiais que iriam parar no lixo e fabricar o seu próprio brinquedo? Para isso você vai precisar de: • 1 garrafa PET
• 1 pedaço de barbante de 1 metro
• 1 folha de papel usada
• Fita adesiva
• 1 tesoura
Pegue a garrafa PET e, com a ajuda do professor, corte-a ao meio conforme mostra a ilustração. Você vai aproveitar a metade de cima, que tem a forma de uma taça. Amasse o papel até formar uma bolinha e depois envolva a bolinha de papel com fita adesiva. Pegue o barbante e prenda uma das pontas na bolinha. A outra ponta do barbante fica presa na garrafa. Abra a tampa, coloque a outra ponta do barbate no gargalo, e feche a tampa. Agora é só brincar! O objetivo desta brincadeira é segurar a taça com uma das mãos e tentar colocar a bolinha dentro, sem tocar nela.
ilustrações: Rafael Baldissara Belcastro
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Capítulo 1
reciclados em 2008. Porém, em termos de de um mineral chamado bauxita. Essa Segundo os Indicadores de quantidade dá para fabricar 70.000 coleta seletiva do lixo, são apenas 8,2% Desenvolvimento Sustentável 2010, latinhas de alumínio. A quantidade dos municípios brasileiros atendidos por do IBGE, o Brasil é o país que mais de energia necessária equivale ao este serviço. recicla latas de alumínio no mundo: em abastecimento de 100 residências por 2008, 91,5% de toda produção foram Você sabia? mês. Ao jogar a lata fora, toda energia reciclados. Em 1993, quando teve início Na fabricação de uma tonelada de e recursos usados na sua fabricação este estudo, esta proporção era de apenas alumínio são utilizados cinco toneladas também são jogados no lixo. 50%. Outro tipo de reciclagem que também cresceu foi a de papel, que aumentou de 38,8% em 93 para 43,7% em 2008. Porém, em 2005 Mas o que fazer com o material que não conseguimos reaproveitar? esse índice já havia chegado a 46,9%. A Podemos reciclar! Uma grande parte do lixo que produzimos em casa pode reciclagem de vidro ser reciclada. Isso significa que esse lixo pode se transformar em matériaaumentou de 25% em prima para fabricar novos produtos. Assim, quanto mais reciclarmos, menos 1993 para 47% em 2008 recursos naturais serão utilizados. e a de embalagens PET aumentou de 18,8% em 2004 para 54,8% em Na verdade, nós não conseguimos reciclar o lixo. Apenas indústrias 2008. Já a reciclagem de especializadas conseguem. O que nós podemos fazer é separar o lixo que embalagens longa-vida, pode ser reciclado daquele que não pode. Desta forma, pode ser feita a coleta devido à necessidade seletiva, ou seja, a coleta apenas do lixo reciclável. de separar os materiais componentes (papel, alumínio e plástico), ainda não atingiu um número tão expressivo, com apenas 26,6% do total produzido sendo Capítulo 1
produzindo menos lixo
produzindo menos lixo
Tempo de decomposição de alguns materiais • Papel: de 3 a 6 meses • Pano: de 6 meses a 1 ano • Filtro de cigarro: 5 anos • Chiclete: 5 anos • Madeira pintada: 13 anos • Nylon: mais de 30 anos • Plástico: mais de 100 anos • Metal: mais de 100 anos • Borracha: tempo indeterminado • Vidro: 1 milhão de anos.
lixeiras para coleta seletiva
(foto: patrick goltsman moreno)
Você já deve ter visto aquelas lixeiras nas cores azul, vermelho, verde e amarelo, certo? Elas têm essas cores para facilitar a separação dos materiais que podem ser reciclados. No vermelho colocamos os plásticos, no verde o vidro, no azul o papel e no amarelo os metais. Mas, calma que você não precisará colocar tantas lixeiras na sua casa. Basta ter dois recipientes diferentes, um para o lixo reciclável e outro para o não reciclável, que também é chamado de lixo orgânico. Separando desta forma, você estará facilitando o processo da reciclagem. 16
Capítulo 1
PRODUZINDO MENOS LIXo
ração dos materiais do lixo para a coleta seletiva aumenta a oferta de materiais recicláveis. Entretanto, se não houver demanda de produtos reciclados por parte da sociedade, o processo é interrompido, os materiais abarrotam os depósitos e, por fim, são aterrados ou incinerados como rejeitos. Por isso é importante, sempre que
possível, estimular o consumo de produtos feitos a partir de matéria prima reciclável no lugar da matéria prima tradicional. Sacolas Plásticas Quando as sacolas plásticas surgiram, no fim da década de 1950, elas eram vistas como símbolo de status e motivo de orgulho. Porém, em algumas décadas elas passaram a ser vistas como grandes vilãs do meio ambiente. Isso porque as sacolas plásticas podem levar mais de 300 anos para se decompor. Como atualmente são produzidas 500 bilhões de unidades por ano em todo o mundo, o descarte destas sacolas se tornou um problema global. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro. Isso equivale a cerca de 10% de todo o lixo produzido no País. Capítulo 1
A reciclagem não deve ser vista como a principal solução para o problema do lixo. Ela deve ser encarada como um dos elementos dentro de um conjunto de soluções. Estas são integradas no gerenciamento do lixo, já que nem todos os materiais podem ser reciclados. A sepa-
Mas o que pode ser feito a respeito disso? A primeira providência é evitar o consumo exagerado, ou seja, utilizar apenas as sacolas realmente necessárias. Os fabricantes estão desenvolvendo modelos mais resistentes para diminuir o consumo. Outra alternativa é substituí-las por sacolas de pano ou outros materiais reaproveitáveis. Muitas lojas e redes de supermercados já vendem estes modelos. Também podemos utilizá-las para outras finalidades como o descarte de lixo, por exemplo.
ilustração: Fernando Costa Pereira
Também é importante conferir se a empresa que recolhe o lixo da sua casa está preparada para a coleta seletiva. Isso já acontece em muitas cidades do nosso País. Caso contrário, existem muitas cooperativas de catadores que recolhem o lixo reciclável e o levam até as usinas de separação. Nas usinas, o lixo que chega é espalhado em esteiras e separado de acordo com o tipo de material de que é feito. Depois de separado, ele é vendido para as indústrias que reaproveitarão essa matéria-prima para fabricar novos produtos. Porém, nem todo o lixo pode ser reciclado. Esse tipo de lixo, o lixo orgânico, é formado por cascas de frutas, restos de legumes e verduras e vários outros tipos de alimento. Em muitas cidades do nosso País este lixo acaba enterrado de forma inadequada em lugares conhecidos como “lixões”.
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Capítulo 1
PRODUZINDO MENOS LIXO
Mais que apenas um documento, ela é um programa de ação abrangente, a ser implementado pelos governos, agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas e grupos setoriais independentes em cada área onde a atividade humana afeta o meio ambiente, visando atingir o chamado desenvolvimento sustentável. Segundo a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades”.
Capítulo 1
Agenda 21 A Agenda 21 é um documento que foi criado a partir de discussões realizadas durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992. É um documento de 700 páginas que se subdividem em 40 capítulos.
• está implícita uma preocupação com a igualdade social entre as pessoas de uma mesma geração e entre as pessoas de uma geração e de outra.
146, do dia 2 de agosto de 1994. Ele pode também ser acessado na página do Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov. br/port/se/agen21/capa/).
A versão em português do documento completo foi publicada no Diário Oficial da União como suplemento ao número
Adaptado de: http://qnesc.sbq.org.br/ online/cadernos/01/lixo.pdf
A boa notícia é que parte do lixo orgânico pode ser transformada em adubo através de um processo chamado de compostagem. Com a compostagem, além de diminuir a quantidade de lixo orgânico que vai para os “lixões”, podemos usar o adubo produzido nas plantas da nossa horta. Mas, para que tudo isso aconteça, temos que prestar bastante atenção quando separarmos o lixo reciclável do orgânico. Caso eles se misturem, grande parte daquilo que poderia ser reciclado acaba se perdendo. Assim, se reduzirmos a quantidade de lixo produzido e reaproveitarmos ou separarmos para a reciclagem o que sobrar, muito pouco lixo precisará ser descartado. Desta forma, uma quantidade menor de lixo precisará ser enterrada e a nossa cidade vai ficar mais bonita e saudável.
Podemos destacar alguns pontos importantes presentes na Agenda 21:
acima, usina de reciclagem de lixo de juiz de fora (foto: demlurb – prefeitura de juiz de fora, mg )
• as necessidades dos pobres são prioritárias; • por desenvolvimento entende-se o progresso humano, em todas as suas facetas – cultural, econômica, social e política –, que deve ser possível em todos os países; • essa sustentabilidade não é rígida; antes, deve admitir a possibilidade de mudanças, às quais se reage com adaptações;
ao lado, usina de reciclagem da cidade de santiago, rio grande do sul (foto: catiuscia bacin)
FAÇA SUA PARTE! Ao longo deste capítulo você encontrou várias ideias práticas para ajudar a economizar energia, água e produzir menos lixo. Nos próximos capítulos serão apresentadas várias outras dicas, neste espaço, para que você também possa ajudar o meio ambiente. Aí, é só fazer a sua parte... 18
Capítulo 2
Capítulo2 conhecendo minha escola
Capítulo2 CONHECENDO MINHA ESCOLA
A escola é, acima de tudo, o local onde a criança constrói a sua cidadania. Nas aulas, no recreio, no convívio com os professores, colegas e funcionários, o aluno aprende os diversos saberes, habilidades e atitudes necessárias ao seu melhor desenvolvimento e inserção no mundo em que vive. Neste capítulo, o aluno aprenderá a conhecer melhor a escola onde estuda e entenderá que a preocupação com o meio ambiente também deve estar presente nas relações que ele estabelece na escola. Qual é o lixo que ele produz em sala de aula? Que cuidados ele deve ter com o seu material? Como ele conserva Ilustração: Rafael Baldissara Belcastro o ambiente escolar? Essas são algumas das questões que o aluno deverá refletir ao longo do capítulo, relacionando as suas atitudes na escola com a preservação ambiental.
No capítulo anterior você aprendeu muitas coisas sobre o lugar onde você mora. Economizar água e energia e separar o lixo que produzimos são atitudes importantes para cuidar bem da casa onde vivemos e ainda ajudar o meio ambiente. E a escola onde você estuda? Será que também devemos cuidar bem dela? 19
Capítulo 2
legenda. Dessa forma, após colorir a que, por isso, ela deve ser encarada como Para o aluno perceber a importância da tabela com as três cores, o aluno poderá a segunda casa. Afinal, muitos passam escola em sua vida, no início do capítulo visualizar a proporção do dia que ele passa mais tempo na escola do que em casa ele é convidado a calcular o tempo que ele na escola. (excetuando o tempo em que eles estão passa nela. Faça essa tarefa junto com seus dormindo). Essa atividade pode ser uma alunos! Primeiro, peça para eles contarem Ao final da atividade, organize um debate ótima oportunidade para sensibilizar o quantas horas por dia ficam na escola, com a turma para que todos os alunos aluno sobre a importância de cuidar bem desconsiderando os fins de semana. Caso percebam como a escola é importante, e da escola. haja diferença de um dia para o outro, ajude-os a calcular uma média. Se, por exemplo, segunda, quarta e sexta-feira eles ficam seis horas, e terça e quinta-feira A ESCOLA somente quatro, pode-se determinar uma média aproximada de cinco Você já fez as contas de quanto tempo passa na escola? Vamos calcular? horas. Em seguida, peça para eles calcularem Para isso, conte quantas horas por dia você fica lá. Também conte também quantas horas quantas horas por dia você está dentro de casa e também dormindo. eles ficam dormindo e Você vai perceber que passa quase metade do tempo em que está quantas horas ficam em acordado dentro dela. Percebeu a importância da escola? casa, no curso, no clube ou em outros locais. Depois que cada um Cuidar bem da sua escola é tão importante quanto cuidar bem da sua casa. descobrir o número de horas que fica na escola, Afinal, a escola é a nossa segunda casa. É na escola que aprendemos a ler e a fica dormindo e fazendo escrever, a somar e a multiplicar, a entender o meio ambiente e a conviver em outras atividades, peça harmonia e respeitar as outras pessoas. para eles construírem uma tabela com esses Já imaginou ter que dormir em um quarto cheio de lixo jogado na cama? dados. Para isso, use Ou então jantar em uma cozinha com os talheres e pratos todos espalhados uma folha de papel ou cartolina, desenhando pelo chão? Seria muito ruim, não é? nela 24 quadradinhos de tamanhos iguais, cada Da mesma forma que gostamos da nossa casa limpa e arrumada, também um correspondendo a precisamos deixar a nossa escola da mesma forma. Em um ambiente sujo e uma hora do dia. Capítulo 2
A ESCOLA
desorganizado, fica mais difícil estudar e aprender as coisas importantes que os professores precisam ensinar.
ilustração: Rafael Baldissara Belcastro
Depois eles criarão uma legenda determinando uma cor para cada uma das três atividades. Em seguida, eles devem colorir os quadradinhos de acordo com o tempo que eles gastam em cada atividade. Se um aluno passa cinco horas na escola, por exemplo, ele deve colorir cinco quadradinhos da tabela com a cor definida na
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Capítulo 2
Na atividade proposta no livro, pede-se que os alunos prestem atenção em como está a sala de aula no início do dia, assim que eles chegam à escola. Depois, eles devem observar como ficou a sala no final do dia. Essa atividade pode ser feita como tema motivador, antes mesmo da leitura do livro pelos alunos. Caso a escola tenha uma máquina fotográfica disponível, pode ser interessante tirar fotos da sala no início e no final do dia, para que os alunos possam A SALA DE AULA comparar visualmente e perceber como eles se comportam em relação Você já reparou como está a sua sala de aula no início do dia, assim que você à limpeza da sala. chega à escola? Agora, antes de voltar para casa, preste atenção em como ficou
A SALA DE AULA
são fundamentais. É importante fazer os alunos perceberem que quanto mais limpa e organizada for a sua sala, mais prazer eles terão em estar ali e, consequentemente, melhor será a produção deles. E a limpeza da sala depende de todos, principalmente dos alunos.
Capítulo 2
Mais do que um local onde os alunos aprendem as lições ensinadas pelo professor, a sala de aula é um espaço de investigação, de construção do saber e de socialização. Porém, para que a sala de aula se constitua em um espaço de construção, a limpeza e a organização
a sala no final do dia! Será que você e seus colegas deixaram a sala de aula da mesma maneira como encontraram ao chegar à escola? Se a resposta for não, pense um pouco sobre os cuidados que você e seus colegas de turma estão deixando de tomar. A limpeza é muito importante para as nossas vidas, e com a sala de aula não pode ser diferente. Quando o chão da sala fica cheio de pontas de lápis, bolinhas de papel e outros tipos de lixo, além de deixar a sala suja, aumenta o trabalho dos funcionários que cuidam da limpeza da escola.
Ilustração: Rafael Baldissara Belcastro
ilustração: Rafael Baldissara Belcastro
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Capítulo 2
A SALA DE AULA
de higiene não se esgotam em lavar as mãos, tomar banho e escovar os dentes. O ambiente em seu entorno também deve ser limpo, a começar pela sala de aula. Oriente os alunos a jogar na cesta de lixo os resíduos normalmente produzidos
em sala de aula, como pontas de lápis, bolinhas de papel e outros tipos de lixo. Além de deixar a sala mais limpa, os alunos poderão aprender sobre a importância de manter um ambiente limpo e reproduzir essa prática em outros ambientes por eles frequentados.
Capítulo 2
A limpeza e a higiene são práticas essenciais para a sociedade, pois além de serem condições básicas para a saúde elas dão ao ser humano a sensação de conforto e bemestar. O aluno deve perceber que a limpeza não deve se restringir ao corpo. Os hábitos
Ilustração: Felipe Paes de Almeida
Por isso, quando estiver na sala de aula, preste atenção no que você faz com o lixo. Lugar de lixo é na cesta de lixo. Se você perceber alguém jogando lixo no chão, reclame e peça para jogar no local correto. Tente conscientizar todos os seus colegas. Com a sala limpa, a aula fica muito mais agradável.
Se no final do dia a sala estiver suja, chame os seus colegas para ajudar na limpeza. Não importa quem jogou o lixo no chão. É papel de toda a turma manter a sala limpa. Assim você está sendo um verdadeiro cidadão!
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Capítulo 2
Recursos naturais Podemos chamar de recursos naturais tudo aquilo que é necessário à sobrevivência do homem e que se encontra disponível na natureza. Como exemplo de recursos naturais podemos citar a água, os minerais, as florestas, os animais, entre outros. Os
recursos naturais são classificados em dois grupos: os renováveis e os não renováveis. Os recursos naturais renováveis são aqueles que, uma vez utilizados pelo homem, podem ser repostos pela natureza. A madeira, a água e o solo são exemplos desses recursos. Já os recursos naturais não renováveis são aqueles que não têm
capacidade de renovação, como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural. Uma vez utilizados pelo homem, não podem ser repostos rapidamente, já que a sua velocidade de renovação é muito lenta. Mas qual é a relação entre os recursos naturais e o material escolar que o aluno usa na escola? Tudo o que consumimos é fabricado a partir dos recursos naturais. O consumo exagerado de recursos pela humanidade, observado nos últimos anos, tem provocado um quadro de esgotamento dos recursos naturais. A população mundial consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Hoje se sabe que muitos dos recursos dos quais a humanidade depende para se manter podem desaparecer num prazo relativamente curto. Capítulo 2
O MATERIAL ESCOLAR
O MATERIAL ESCOLAR Livros, cadernos, agenda e estojo fazem parte do material que os alunos levam todos os dias para a escola. Mas você sabe como esses materiais são fabricados? Para fazer as folhas de papel do seu livro e do seu caderno, por exemplo, é preciso cortar e triturar muitas árvores. Para cada tonelada (1.000 quilogramas) de papel produzido, cerca de 30 árvores de eucalipto precisam ser cortadas e 100 mil litros de água são usados. Toda essa água daria para encher uma piscina!
Por isso, torna-se cada vez mais importante diminuir o uso dos recursos naturais, adotando o que chamamos de consumo consciente. O consumo consciente é aquele que busca satisfazer as nossas necessidades sem comprometer as necessidades das gerações futuras. É fundamental que os alunos percebam que a economia de recursos não depende apenas dos governantes ou da direção da escola. Cada um precisa fazer a sua parte. O aluno deve fazer uso consciente do seu material escolar para evitar desperdício de recursos. Discuta essa questão com os alunos, pedindo que façam uma lista de como eles podem diminuir o uso de materiais na escola, como papel, cartolina, caneta etc.
material escolar
(foto: editora pollux)
Agora, pense um pouco: o que pode acontecer se todas as pessoas continuarem desperdiçando papel? A resposta é simples: mais árvores serão cortadas e mais água será consumida. Assim, para diminuir o consumo dos recursos naturais da Terra e ajudar a preservar o nosso planeta, é fundamental usar os produtos com responsabilidade. Que tal começar pelo material escolar? PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO (foto: Ronaldo Trecenti)
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Capítulo 2
ser produzidos, diminuindo assim o corte Há alguns anos o Ministério da de árvores e o consumo de água. Educação, órgão responsável pela compra e distribuição dos livros didáticos para É preciso orientar os alunos a não os alunos da rede pública, realiza uma rasgarem e nem escreverem no livro. campanha nacional de conscientização Além de conscientizar os alunos, é de alunos, pais e professores sobre a importante também adotar algumas importância da boa conservação dos estratégias para garantir a devolução. livros didáticos e de sua devolução à escola no fim do ano. Além de reduzir os gastos do governo, a devolução do livro didático contribui Cuide bem de seu livro para diminuir o uso de recursos naturais. didático! Não rabisque nem Com a devolução e o rasgue suas páginas, pois, afinal, aproveitamento do livro no próximo ano, ele poderá por outro aluno, menos ser usado por um outro exemplares terão que Capítulo 2
O MATERIAL ESCOLAR
Gincanas no fim do ano, dando pontos extras para as turmas com maior percentual de livros devolvidos, ou a realização de avaliações com consulta nos últimos dias do ano, aproveitando para recolher os exemplares, são exemplos de estratégias que podem ser adotadas.
Ilustração: Felipe Paes de Almeida
colega. Com a devolução e o reaproveitamento do livro didático, menos livros terão que ser fabricados e menos árvores serão cortadas. O planeta todo agradece!
Evite também usar muitas folhas de papel. Se usar só um lado, não jogue a folha fora. Guarde a folha e depois use o verso do papel. Imagine quantas árvores deixarão de ser cortadas se todo mundo fizer isso? E aquela cartolina que o seu grupo usou para preparar um cartaz? Também não jogue fora! Utilize o lado da cartolina que não foi usado para fazer outro cartaz.
Ilustração: Felipe Paes de Almeida
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Capítulo 2
Problemas de coluna De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% das pessoas têm, tiveram ou terão dores provocadas por problemas de coluna. O excesso de peso na mochila, portanto, é um problema grave, pois além de causar dores nas
costas dos alunos, pode gerar problemas como escoliose, cifose, hiperlordose da coluna lombar, entre outros. Diferentemente do que se imagina, estas deformidades da coluna geralmente se iniciam durante a adolescência, e quando não são tratadas adequadamente pouco se pode fazer para reverter o quadro. Diante
dessa situação, é fundamental orientar os alunos a diminuírem o peso de suas mochilas. Verificando sempre quais são as disciplinas que compõem o horário daquele dia, é possível levar só o material necessário e diminuir o peso da mochila. Deixar na escola alguns livros de uso diário também pode ajudar.
Além de pensar na saúde do planeta, temos que nos preocupar com a nossa saúde também. Você sabe quanto a sua mochila pesa? Se ela estiver muito pesada, preste bastante atenção!
Capítulo 2
O MATERIAL ESCOLAR
O excesso de peso nas mochilas, além de causar dores nas costas, pode gerar sérios problemas de coluna quando você for mais velho. Por isso, antes de sair de casa, verifique as aulas que você terá no dia para não carregar material desnecessário. Preste atenção no seu estojo! Será que todos aqueles lápis de cor e canetas coloridas são realmente necessários? Uma revisão no estojo pode diminuir em até 500 gramas o peso da mochila. Por falar nisso, sempre coloque a mochila nas costas da forma correta, como mostra a figura, evitando, assim, futuros problemas na coluna. ERRADO
CERTO
Ilustração: Felipe Paes de Almeida
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Capítulo 2
como também atrair animais transmissores problema, pode ser interessante pedir Cuidar do que é seu, de seus bens de doenças, como ratos, baratas e para os alunos pesquisarem sobre as privados, é uma prática comum para moscas. Esses animais podem transmitir principais doenças transmitidas por a maioria das pessoas. Os alunos do doenças aos seres humanos, tais como a animais e as formas de evitá-las. A partir 2.º ano, em sua maioria, já sabem da leptospirose, a raiva, a peste bubônica, dessa pesquisa, eles podem perceber a importância de cuidar bem do seu estojo, entre outras. É fundamental alertar os importância de jogar o lixo em locais da sua mochila ou do seu uniforme. Já a alunos quanto a esse perigo. Como forma apropriados. necessidade de cuidar dos bens comuns, de sensibilizá-los em relação a esse de uso comunitário, pode não ser tão clara para os alunos. O pátio, os banheiros, o jardim, a biblioteca e a quadra esportiva são exemplos de áreas comuns existentes AS ÁREAS COMUNS DA ESCOLA na escola. Todos usam e se beneficiam dessas áreas e, por essa razão, todos Quando toca o sinal de recreio é aquela alegria. É hora de brincar e encontrar têm o dever de cuidar os colegas de outras turmas. Durante o recreio você utiliza os espaços da escola bem delas. Capítulo 2
AS ÁREAS COMUNS DA ESCOLA
que chamamos de áreas comuns.
Procure desenvolver essa ideia com os alunos. Qualquer ação que prejudique essas áreas irá prejudicar a todos que compartilham do seu uso, inclusive os próprios alunos. Aproveite os jardins da escola para as aulas de ciências. Utilize a biblioteca nas aulas de português. Planeje uma aula a ser dada no pátio da escola. A realização de atividades pedagógicas nesses espaços, não se limitando apenas ao interior da sala de aula, pode ajudar a sensibilizar o aluno em relação à importância de cuidar bem das áreas comuns da escola.
Ilustração: Fernando Costa Pereira
O pátio, os banheiros, os jardins, os corredores, a biblioteca e a quadra esportiva são lugares de uso comunitário. Isso significa que todas as pessoas da escola utilizam esses espaços.
Animais que causam doenças Certos tipos de lixo, como papel engordurado e restos de comida, quando não são destinados corretamente e ficam jogados no chão, podem não só causar mau cheiro
Mas se todos usam, quem deve ser o responsável por cuidar dessas áreas? A resposta está na ponta da língua: Todos devem ser responsáveis pela sua conservação!
Jogue o lixo no lugar correto
(foto: editora pollux)
Após o lanche, não jogue embalagens, papel engordurado ou restos de comida no chão. Além de deixar a escola mais feia, esse lixo pode causar mau cheiro e atrair animais que causam doenças, como ratos, baratas e moscas. 26
Capítulo 2
AS ÁREAS COMUNS DA ESCOLA
manter o banheiro limpo. Em relação ao destino do papel higiênico, é importante informar-se sobre o sistema de esgoto da escola. Se o sistema for a fossa séptica, é imprescindível jogar o papel na cesta de lixo, pois quando lançado no vaso ele pode entupir mais rapidamente a fossa. Se a escola contar com uma rede coletora de
esgotos, é importante se informar com a concessionária de esgoto local se há uma estação de tratamento. Em caso positivo, o papel pode ir para o vaso sanitário. Caso a cidade não conte com uma estação de tratamento, é importante orientar os alunos a jogar o papel higiênico no lixo, já que o esgoto será despejado sem tratamento em rios ou no mar.
Capítulo 2
Manter os banheiros limpos é um dever de todos que frequentam a escola. Apesar de haver funcionários responsáveis pela limpeza dos banheiros, os alunos também devem se responsabilizar por isso. Dar a descarga e não esquecer a torneira aberta são atitudes fundamentais para
ilustração: Felipe Paes de Almeida
É fundamental estimular os alunos a usarem a biblioteca, não somente na hora do recreio mas também durante as próprias aulas, seja como fonte de informação para a realização de pesquisas, como local de leitura ou até mesmo para o desenvolvimento de atividades em grupo. Também é importante discutir com eles sobre as regras de funcionamento da biblioteca e a conservação do seu acervo. Eles não devem riscar, escrever ou sublinhar os livros e demais documentos. Também é importante que os alunos cumpram o prazo estipulado para a devolução dos livros que são levados para casa.
Falando em sujeira, já imaginou chegar ao banheiro e encontrá-lo todo sujo? Os banheiros da escola devem estar sempre limpos. Por isso, nunca se esqueça de dar a descarga e jogar o papel higiênico na cesta de lixo. Cuidado também para não esquecer a torneira aberta. Além de desperdiçar água, o banheiro pode ficar todo inundado. Na biblioteca, também é importante respeitar algumas regras. Os livros devem ser tratados com muito cuidado porque são de todas as crianças. Por isso, manuseie os livros com atenção para que eles não se danifiquem. Ao acabar de ler, guarde o livro no mesmo local onde você pegou ou então coloque em cima da mesa da bibliotecária para que ela o guarde no local certo. E não se esqueça: a biblioteca é um lugar de silêncio, pois outras pessoas precisam se concentrar nas suas leituras.
Biblioteca A biblioteca escolar constitui um centro de informação e de dinamização de uma escola, assim como um recurso pedagógico fundamental para o desenvolvimento de atividades curriculares. Ela pode promover o gosto pela leitura, o interesse pela escrita e motivar os alunos a, após a escolaridade básica, utilizarem regularmente as bibliotecas como meio de informação e aprendizado contínuo.
biblioteca escolar (foto: colégio a. liessin)
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Capítulo 2
Sem os animais polinizadores, a maior animais herbívoros, como vacas e Procure levar os alunos para o pátio da parte das plantas não teria como se carneiros, morreriam por falta de alimento. escola e converse sobre a importância das reproduzir, e consequentemente não Também não teríamos o algodão, o plantas e dos animais em nossas vidas. sobreviveria por muito tempo. Isso afetaria mel, além de diversas frutas e verduras As plantas são indispensáveis à vida na não apenas as próprias plantas, mas que utilizamos em nossa alimentação. Terra porque produzem parte do oxigênio também todos os outros seres vivos que Aproveite esse momento para questionar que permite a respiração da maioria delas dependem para a sua sobrevivência, os alunos sobre a importância de outros dos seres vivos. Também são a base da inclusive nós. Sem a polinização, diversos animais para a natureza. alimentação de todos os seres, pois na fotossíntese são capazes de produzir alimento (açúcares) a partir da luz solar, dos minerais do solo, do gás carbônico e da água. As O PÁTIO plantas também fornecem sombra, amenizando a temperatura, e protegem O pátio é outro lugar frequentado por todos os alunos, professores e o solo das fortes chuvas, funcionários da escola. Neste local, você pode brincar, lanchar e até ficar evitando que ele seja apenas conversando. Por isso, é importante deixá-lo limpo e bem cuidado, destruído. Pode ser além de respeitar todos que estão ali. interessante sentar com os alunos no pátio, pedir para eles observarem as plantas Também temos que ter atenção com os animais e plantas que encontramos ali presentes e fazer uma no pátio da escola. As plantas que crescem nos canteiros devem ser muito lista sobre as diversas bem cuidadas. Além de deixarem a escola mais bonita, elas produzem uma utilidades das plantas. Capítulo 2
O PÁTIO
sombra bem fresquinha que ajuda a proteger do calor. Elas também servem de moradia para vários animais.
Polinização Ao falar sobre a importância dos animais, chame atenção para o processo da polinização. A reprodução das plantas com flores só é possível graças ao processo da polinização, que consiste no transporte de grãos de pólen de uma flor para outra. Essa transferência de pólen pode ocorrer de duas maneiras: através do vento ou, como acontece na maioria das espécies de plantas, através do auxílio de animais. Abelhas, borboletas, besouros, morcegos e aves são exemplos de animais que realizam a polinização. Estima-se que somente as abelhas sejam responsáveis pela polinização de 38% das plantas do mundo.
Falando em animais, sabe aquela borboleta, lagartixa ou passarinho que de vez em quando encontramos no pátio da escola? Também temos o dever de cuidar bem deles. Todos os animais devem ser respeitados e protegidos. Eles ajudam as flores a se reproduzirem e também ajudam a diminuir a quantidade de insetos transmissores de doenças. Pense nisso: uma lagartixa a menos, são milhares de moscas e mosquitos a mais!
Ilustração: Felipe Paes de Almeida
ilustração: Felipe Paes de Almeida)
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Capítulo 2
ATIVIDADE: CONSTRUINDO UMA HORTA
A construção de uma horta na escola pode servir para a realização de diversas atividades didáticas, relacionando diferentes conteúdos e servindo para a prática da interdisciplinaridade. É possível trabalhar conteúdos como a fotossíntese, o desen-
volvimento dos vegetais, a decomposição, a importância do solo, entre outros. Até mesmo a matemática pode ser abordada: no momento da construção da horta, será necessário realizar medidas e calcular o número de tijolos de garrafas PET que deverão ser confeccionados para fazer a demarcação da horta. A construção da horta
também pode colaborar com uma grande variedade de alimentos para o lanche das crianças, proporcionando uma alimentação equilibrada e balanceada.
Capítulo 2
O primeiro passo é pedir para os alunos trazerem garrafas PET de casa e definir com a direção da escola um local apropriado para a instalação da horta. O ideal é que essa área seja plana e de terra, já que será necessário cavar um pouco o terreno para encaixar os tijolos atividade de garrafa PET. É importante também que o local Que tal deixar o pátio da sua escola mais bonito construindo uma horta tenha boa luminosidade com materiais recicláveis? Além de reaproveitar o lixo, vocês vão deixar a e disponibilidade de escola mais agradável e ainda produzir alimentos que poderão ser usados água para a irrigação. Se for possível, peça a na merenda. Para isso vocês vão precisar dos seguintes materiais: colaboração de um pai, • Garrafas PET • Terra adubada (pode ser professor ou funcionário produzida na própria escola) • Sementes de verduras, legumes e temperos com conhecimento prático sobre cultivo de vegetais. Esta pessoa Peça para sua professora combinar com a direção da escola para reservar poderá ajudar na escolha uma pequena área do pátio para construir a horta. É importante que essa das espécies que serão área seja de terra, pois vocês precisarão cavar um pouco o terreno. cultivadas e na manutenção da horta. Agora vocês vão preparar os tijolos A horta deve ser regada que formarão o cercado da horta. duas vezes ao dia, evitando sempre os horários Corte uma garrafa PET ao meio mais quentes. Resíduos e encaixe a metade de cima dentro vegetais e animais, tais da metade de baixo, com a tampa como folhas e galhos voltada para baixo. Depois, encaixe secos, cascas de frutas, outra garrafa PET dentro, também pó de café e esterco, de cabeça para baixo. Está pronto o podem ser usados como ilustrações: Rafael Baldissara Belcastro adubo orgânico para seu primeiro tijolo! o solo. Lembre-se, no entanto, de que mais imMonte agora os outros tijolos com portante do que produzir o restante das garrafas PET. A os vegetais é envolver os quantidade de tijolos necessária vai alunos no projeto e relacionar todo o processo depender do tamanho da sua horta. de construção e colheita com os conteúdos trabaDepois que todos os tijolos lhados em sala de aula. estiverem prontos, marque no A escolha das hortaliças terreno as linhas que demarcam e todo o processo de a área da horta. Cave no local planejamento e execução da horta devem ser feitos marcado um pequeno buraco, com a participação direta aproximadamente da largura do tijolo de garrafa PET. Encaixe o tijolo das crianças, pois isso irá dentro do buraco e complete com terra para ficar bem firme. Repita o proporcionar motivação procedimento até completar toda a demarcação da horta. para o trabalho e para o aprendizado. 29
Capítulo 2
CIDADANIA NA ESCOLA
encontrados. Podem surgir questões como o desperdício de papel, o desperdício de energia, a falta de manutenção das áreas comuns, entre outros. Após a volta à sala de aula, os alunos podem ser divididos em grupos, por área de interesse, e pensar nas estratégias que podem ser tomadas para solucionar aqueles problemas por eles
Capítulo 2
Aproveite esse momento em que a turma irá desenvolver projetos ambientais na escola para discutir o que é cidadania. Nunca se falou tanto sobre esse tema como nos últimos anos, mas nem sempre há uma reflexão sobre o significado de cidadania e, principalmente, sobre como exercê-la. Podemos dizer que cidadania é o conjunto de direitos e deveres que orientam a atuação de um indivíduo na sociedade. É desta forma que o indivíduo pode exercer seu papel no desenvolvimento da sociedade em que vive, lutando por melhorias tanto individuais quanto coletivas e pelo direito à vida, à igualdade e à liberdade de expressão. Sugestão de atividade Para o aluno construir e exercer a sua cidadania, realizando práticas voltadas para o bem individual e coletivo, é fundamental que ele desenvolva também a sua autonomia, uma vez que a cidadania passa pelo desenvolvimento da emancipação intelectual e da liberdade de expressão. Nesse sentido, é fundamental mobilizar a turma para a elaboração e execução de outros projetos além daqueles sugeridos no livro. Ao criar os seus próprios projetos, mesmo que sejam bem simples, os alunos tornam-se autores de suas ações e podem ficar mais motivados e engajados.
ilustrações: Rafael Baldissara Belcastro
apontados. Depois é necessário que eles criem um plano de ação para o projeto ser realizado, prevendo a duração das ações e o resultado esperado. Entretanto, é fundamental que o professor acompanhe de perto todo esse processo, orientando a construção do plano de ação e avaliando a viabilidade do projeto.
Para terminar, espalhe a terra adubada dentro do espaço formado e, em seguida, plante as sementes seguindo as instruções escritas na embalagem. Você pode plantar algumas espécies, como couve, alface, cebolinha, rabanete, beterraba, cenoura, inhame, rúcula, vagem, orégano, alecrim e outras. Está pronta a sua horta! Não se esqueça de regála regularmente para que os vegetais possam crescer saudáveis.
É sempre bom lembrar: A escola é de todos. Faça a sua parte para que ela seja melhor, mais limpa e mais bonita!
CIDADANIA NA ESCOLA
Para que isso aconteça, o professor pode fazer um passeio com os alunos por toda a escola, pedindo que eles observem e apontem os principais problemas
Agora que você entendeu a importância de cuidar da escola, que tal a sua turma começar a dar o exemplo? Vocês podem fazer alguns projetos para conscientizar todos os alunos sobre a importância de manter a escola limpa e também sobre a importância de preservar o meio ambiente.
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Capítulo 2
CIDADANIA NA ESCOLA
Campanha da água O problema da escassez de água potável no planeta está sendo cada vez mais discutido em todo o mundo. De toda a água doce que existe na Terra, apenas uma pequena parte se encontra em locais de fácil acesso, como córregos, rios, lagos
ou aquíferos. O crescimento populacional e o consequente aumento do consumo de água, associado ao desperdício e à poluição dos mananciais, estão provocando uma redução na quantidade de água potável. À medida que a água se torna mais escassa no mundo, o desafio é descobrir como melhorar a sua utilização
e gastar menos. Por isso, é fundamental debater com os alunos formas de utilização mais racional da água potável, para que ela não se torne um recurso escasso num futuro próximo.
Capítulo 2
Porém, mais importante do que promover uma discussão, é transformar essa conscientização em ações concretas. O projeto Campanha da água tem justamente esse objetivo. É interessante os alunos iniciarem o projeto Campanha da Água com uma pesquisa prévia sobre a crise A água limpa, que chamamos de potável, é essencial para a humanidade. da água potável no Mas, muita gente não se dá conta de que a quantidade de água potável em mundo. Eles podem nosso planeta está cada vez menor. pesquisar, por exemplo, a distribuição de água no planeta, calculando Por isso, é cada vez mais importante economizarmos água, não só em casa, o percentual de água mas também na escola. Que tal a sua turma se dividir em grupos para fazer doce e salgada e, dentro cartazes alertando sobre a importância de não desperdiçar água? do total de água doce, qual é o percentual de O primeiro passo é pesquisar o assunto em livros, em revistas ou, se possível, água potável. Podem com a ajuda do computador. Qual é a quantidade de água potável existente no pesquisar também sobre o desperdício de água e planeta? Como podemos evitar o desperdício de água? as medidas e estratégias para evitá-lo. Aproveite para tentar descobrir de onde vem a água que vocês utilizam na
escola e onde ela fica armazenada. Provavelmente algum adulto poderá ajudar.
De posse dessas informações, os alunos poderão preparar os cartazes que serão espalhados pela escola. Valorize a criatividade dos alunos, mas não deixe de orientá-los em relação aos cuidados que se deve ter na seleção das imagens e na organização do cartaz. Depois que estiverem prontos, defina com eles os melhores locais da escola para fixar os cartazes para a campanha ganhar visualização.
Depois de fazer a pesquisa, pegue uma cartolina ou um papel pardo, recorte algumas fotografias de jornais e revistas e monte um cartaz com frases e fotos alertando sobre o desperdício de água. Coloque também dicas para economizar água. Depois, é só espalhar os cartazes da campanha pelos murais da escola. Alguns podem ser colocados até nas paredes dos banheiros. Quem sabe com essa campanha todos passem a usar a água de forma mais consciente? ilustração: Fernando Costa Pereira
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Capítulo 2
CIDADANIA NA ESCOLA
O principal objetivo deste projeto é garantir a limpeza das áreas comuns da escola. Não somente pela coleta de lixo que a turma da limpeza irá fazer, mas principalmente pelo trabalho de conscientização que eles farão com os outros alunos da escola. É importante que os próprios alunos se mobilizem na formação da turma da limpeza e que ela seja feita a partir do interesse deles pelo projeto, e não por pontuação extra que o professor possa atribuir.
Capítulo 2
Coleta de lixo no recreio O planejamento e desenvolvimento de projetos ambientais na escola, tais como a Coleta do lixo no recreio e a Campanha da água, são ótimas oportunidades para trabalhar com os alunos a importância deles se envolverem em ações que garantam melhorias não só para eles, individualmente, mas para toda a coletividade.
Para não limitar o projeto somente à coleta do lixo durante o recreio e à exposição do mesmo, pode ser interessante pedir que os alunos separem os diferentes tipos de lixo coletados (metal, plástico, papel etc.) e pesquisem sobre o tempo de decomposição desses materiais na natureza. Isso poderá ser
uma informação valiosa no momento em que eles forem passar nas outras turmas. Também é importante que os alunos quantifiquem o lixo coletado para que se possa fazer uma comparação ao longo das semanas. Se houver uma diminuição do lixo, é sinal de que o trabalho da turma da limpeza está tendo resultados.
Coleta de Lixo no Recreio
Junte alguns colegas da sua classe para virar a Turma da limpeza! Vocês vão ajudar a coletar o lixo que os alunos jogam nas áreas comuns da escola durante um recreio inteiro. Peça para sua professora conseguir com a coordenação luvas e sacos de lixo para realizar a coleta. Depois que vocês coletarem todo o lixo jogado no chão durante o recreio, combine com sua professora para passar nas salas de aula da escola. Vocês vão poder mostrar a todos os alunos a quantidade de lixo deixada no pátio. Tem coisas que a gente só aprende vendo! Quando os alunos perceberem a quantidade de lixo que está sendo jogada no chão, é bem possível que todos tenham mais consciência e mudem de atitude.
ilustração: Felipe Paes de Almeida
Será que você tem ideia de outros projetos? Converse com a professora e com seus colegas sobre outros projetos que vocês podem fazer na escola. Quem sabe as boas ideias não saem do papel e se tornam realidade? Portanto, mãos à obra! FAÇA SUA PARTE! • Desligue as luzes e o ventilador ou aparelho de ar condicionado antes de sair da sala de aula. Assim, você economiza energia e ajuda a diminuir a poluição do planeta. • Deixe a torneira fechada ao escovar os dentes. Uma torneira aberta durante 3 minutos equivale a 23 litros de água desperdiçados. • Economize papel: reaproveite as cartolinas, utilize o verso de folhas e só imprima quando necessário. Dessa forma você evita o corte de novas árvores. 32
Capítulo 3
Neste capítulo vamos estudar e conhecer melhor os bairros da nossa cidade. Para isso, serão analisados tanto o espaço vivido como o espaço perceptivo.
Capítulo3 conhecendo meu bairro
Capítulo3 CONHECENDO MEU BAIRRO
O espaço vivido é o espaço que o indivíduo ajuda a construir através de sua relação com outro indivíduo e/ou com o próprio ambiente. Através desse espaço vamos analisar uma gama de elementos, de fenômenos, de acontecimentos, de fatores e de processos de diversas naturezas que ocorrem na vida e na ação dos nossos alunos e que adquirem significados e significâncias para os mesmos.
Vista do bairro de Copacabana a partir do Pão de Açúcar. Foto: Editora Pollux
Já o espaço perceptivo é o espaço que o aluno é capaz de identificar. Esse espaço também é conhecido como espaço da ação, pois é através dele que se pode verificar a forma como o aluno apreende aquilo que está a sua volta. Ao longo deste capítulo, os alunos serão estimulados a realizar ações investigativas e a compreender os fenômenos e os acontecimentos observados. Com isso, proporcionaremos aos alunos um aprofundamento do conhecimento do bairro onde ele vive.
Você conhece o bairro onde mora? Sabe localizar a rua onde está sua escola? Sabe dizer quais são as ruas próximas a sua casa? Não! Isso não é problema, pois a partir de agora você vai conhecer um pouco mais sobre o lugar onde você vive.
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Capítulo 3
Devido a essa indefinição de limites e do Um bairro pode ser definido a partir de surgimento espontâneo de novos bairros a quatro elementos: a paisagem urbana, partir dos critérios populares, as instituições o conteúdo social, a função e o sítio. A adotam critérios específicos para a delimitapaisagem urbana se reflete no tipo, estilo e ção dos bairros. Por exemplo, para a Prefeiidade das construções, no traçado de suas tura da Cidade do Rio de Janeiro, o “bairro é ruas etc.; já o conteúdo social se refere ao a porção do território que reúne pessoas que modo e ao padrão de vida de sua populausam o mesmo equipamento, que mantêm ção. A função corresponde à atividade básica que o bairro desempenha dentro do organismo urbano, isto é, função residencial, comercial ou administrativa, e o sítio é o local propriaCONHECENDO O SEU BAIRRO mente dito. A junção destes quatros elementos “definem ou Você já prestou atenção individualizam um bairro no lugar onde mora? Sabe (que) pode sofrer alterse ali existe alguma praça, ação ao longo do tempo”. parque ou campo de Com isso, a formação de futebol? Provavelmente, um bairro será o resultado “da ação de forças do passim. E como você faz para sado e fatores do presenchegar até estes lugares? te” (Teixeira e Machado, 1986).
relações de vizinhanças, e que reconhecem seus limites pelo mesmo nome. O mesmo órgão afirma, porém, que, com o objetivo de se trabalhar com uma unidade mínima de planejamento – o bairro – aventou-se a possibilidade de se procurar informações a nível censitário. Logo, segundo esse órgão, o bairro é constituído por agregado de setores”.
Capítulo 3
CONHECENDO SEU BAIRRO
Por exemplo, para ir da sua casa para a escola você precisa passar por algumas ilustração: fernando costa pereira ruas. E se a distância entre sua casa e a escola for muito grande, provavelmente você precisará passar por mais ruas. Além das ruas, você também passará por diferentes construções, como a padaria, o supermercado, a igreja, a praça etc.
Já a delimitação de um bairro pode ser pensada a partir de duas perspectivas: uma popular e outra técnica. Segundo Teixeira e Machado, “a noção do bairro é uma noção de origem popular, mais geográfica, mais rica e mais concreta do que qualquer outro tipo de definição. Ela se baseia no sentimento coletivo dos habitantes, no conhecimento global, numa percepção, fruto da coexistência de uma série de elementos que dão ao bairro uma individualidade”. Como essa noção se baseia em uma percepção, esta pode vir a mudar com o tempo, levando ao surgimento de novos bairros ou sub-bairros.
As várias ruas de uma mesma área, juntamente com as construções daquele local, formam um bairro. O bairro é uma forma que os seres humanos encontraram para dividir uma cidade. Assim, fica mais fácil nos orientarmos dentro da cidade.
Ilustração: Fernando Costa Pereira
Você provavelmente conhece muitos bairros: onde mora, o da escola, onde mora um parente ou um amigo. Você já reparou como eles são diferentes?
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Capítulo 3
CONHECENDO SEU BAIRRO
Atividade: Pesquisa sobre o bairro Hoje uma das grandes dificuldades dos professores é a correlação do conhecimento trabalhado em sala de aula com a sua aplicabilidade no dia a dia. Através dessa pesquisa, buscamos um instrumento de complemento ao ensino que atue
nessa mediação e ajude no processo de aprendizagem. A atividade proposta estimula a busca de informações que não estão tão distantes dos alunos e que servem como complemento ao conteúdo do capítulo, criando uma ponte entre a sala de aula e o dia a dia.
O que propomos, então, é fazer do dia a dia de nossos alunos, seja no bairro ou na comunidade, um grande laboratório de aprendizagem.
É importante que ao final desta atividade os alunos percebam que os bairros não são todos iguais, mas sim possuem diversas diferenças entre si. Além disso, caso haja mais de um aluno morando no mesmo bairro, talvez seja interessante discutir como cada um pode ter uma visão diferenciada do local onde vive. Para conhecer um pouco mais sobre essas diferenças, vamos pesquisar
Em seguida, monte um cartaz com desenhos, fotos e outras informações sobre seu bairro. Seus colegas devem fazer o mesmo. Depois de tudo pronto, combine com sua professora para montarem um mural com todos os cartazes.
Capítulo 3
mais sobre o bairro que moramos. Para isso, converse com os seus pais e peça para que eles digam o que mais chama a atenção no bairro onde moram.
Agora observe os bairros representados pelos outros alunos. São iguais ou diferentes? ilustração: fernando costa pereira
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Aproveite também a oportunidade para discutir aspectos positivos e negativos de cada bairro e o que poderia ser feito para melhorá-los. Apenas tome cuidado para não criar uma disputa entre os alunos de qual bairro é o melhor.
Capítulo 3
OS DIFERENTES BAIRROS
O bairro significa para seus moradores, e para os moradores de outros bairros, uma importante fonte de identificação já que ele é, ao mesmo tempo, uma demarcação espacial e social.
Capítulo 3
Cada bairro possui feição própria, “uma alma”. Tem características que a topografia e a história podem explicar. O bairro constitui, no interior de uma cidade, um conjunto que tem sua própria originalidade. Esse conjunto se constitui de uma paisagem urbana (forma-aparência), de um conteúdo social (formaconteúdo), de uma função (papel do bairro como residencial, administrativo etc.) e de um sítio (local onde o bairro se implantou). A noção de bairro também se dá pela força das relações que estabelece com seus habitantes, dos processos (comerciais, profissionais) e dos fluxos (de visitantes) que ali ocorrem. O bairro, no entanto, é muito mais que um território com limites administrativos. Ele é um conjunto de relações
sociais que passam pela consciência histórica de pertencerem a uma localidade, cujos limites podem ser definidos pelo grau de relações entre as pessoas que vivem e dividem um mesmo cotidiano e até pelos problemas da rua ou do quarteirão. Ou seja, num bairro as relações de vizinhança se encontram bem configuradas.
O bairro é delimitado por uma barreira natural ou artificial – uma montanha ou um rio, por exemplo – ou por uma rua, mas, sobretudo o bairro é uma pequena parte da cidade, onde os moradores estabelecem relações de vizinhança, amizade e também comerciais.
OS DIFERENTES BAIRROS Analisando a pesquisa feita com seus pais, você pode perceber que no bairro onde mora não existe apenas a sua casa. Ele pode ter várias outras construções, como uma praça, uma igreja, um parque, um monumento, uma fábrica, um supermercado etc. IGREJA EM BAIRRO DE AMPARO, SÃO PAULO Outro fato que você (foto: maria luiza de freitas) deve ter percebido na sua pesquisa é que os bairros são muito diferentes uns dos outros. Essas diferenças podem existir por questões naturais, como a presença de rios ou córregos, de praias, de morros, ou pela forma como as pessoas ocupam aquele espaço, com a construção de fábricas, de escolas, de comércio e de prédios, por exemplo.
Praça Paris rio de janeiro, rj
(foto: editora pollux)
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Capítulo 3
Através desse desenho vai ser possível aos alunos representarem a realidade física e Sugestão de atividade social, inicialmente, através de símbolos Para ajudar a entender melhor a presença convencionados por eles próprios. Assim, dos elementos naturais e humanizados nos poderão ser desenvolvidas ações que os bairros, os alunos podem elaborar um desenho levem a identificar a posição, localizar representando o caminho de sua casa até a lugares e áreas, identificar direções e analisar escola. distribuição de dados físico-territoriais. OS ELEMENTOS NATURAIS E ARTIFICIAIS
Outro aspecto a ser analisado é o espaço vivido através das noções de vizinhança, através dos sentidos e do deslocamento do próprio entrevistado, permitindo, assim, enfatizar as relações topológicas, ou seja, buscar estudar noções de dentro e fora, interior e exterior, ordenamento, direito-esquerda etc. Dessa forma, pode-se estabelecer também uma operação todo/parte, fazendo uma conexão entre o lugar (parte) e o global (todo).
OS ELEMENTOS NATURAIS E ARTIFICIAIS
Além disso, a natureza também nos dá outros elementos naturais, como o ar que respiramos, o clima que sentimos, o calor e o frio, a chuva que cai do céu, os ventos que fazem as árvores balançarem e de muitas outras formas.
Capítulo 3
Você sabe se em seu bairro podemos encontrar algum elemento natural, ou seja, algum ponto que ainda não foi modificado pelos seres humanos? Certamente você já deve ter visto ali algum rio, córrego, lago ou alguma rocha que apresente uma forma ou cor diferente.
Montanha arborizada, exemplo de elemento natural (foto: editora pollux)
Todos esses elementos são naturais, mas normalmente não nos damos conta. Isso acontece porque normalmente os elementos artificiais, ou seja, construídos pelo homem por meio do trabalho e da tecnologia, acabam nos chamando mais a atenção. Por isso, é importante perceber o papel fundamental que a natureza tem na nossa vida. Para isso, usando sua pesquisa, tente identificar quais são os elementos naturais e quais são os elementos artificiais presentes no seu bairro. paço imperial na pça. xv, no rio de janeiro, rj, exemplo de elemento artificial (foto: editora pollux)
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Além disso, por meio desse desenho, é possível estudar a paisagem, que, na mais simples interpretação do seu conceito, pode ser compreendida como sendo o espaço geográfico onde a porção do lugar se individualiza através dos sentidos, nesse caso, através do olhar. Sendo assim, a paisagem tem que ser compreendida como sendo as combinações e interações dos vários processos naturais e sociais em um espaço geográfico, no decorrer do seu tempo histórico. Dessa forma, a paisagem acaba se revelando como resultante das condições sociais em que vivemos, e que, por esta razão, encontra-se em constante alteração.
Capítulo 3
AS TRANSFORMAÇÕES DO SEU BAIRRO
um registro sensível da observação. A resultante será uma seleção de aspectos fundamentais escolhidos criteriosamente pelo próprio aluno. Em cima do que foi selecionado pelo próprio aluno, será possível estabelecer uma discussão acerca dos diferentes aspectos que constroem um bairro.
O croqui é considerado uma atividade lúdica que permite aos alunos fazerem uso da representação como uma forma de interpretação do real através do simbolismo desenvolvido e criando uma significação para o espaço vivido. Com isso, o aluno começa a interpretar o real e acaba desenvolvendo algumas habilidades, como a de simbolizar, a de estabelecer vizinhança, separar e ordenar objetos, a de construção de perspectivas e de distâncias, elementos importantes para se trabalhar o conceito de paisagem e de lugar.
Capítulo 3
Sugestão de atividade Para ajudar a identificar as características de cada bairro, pode-se solicitar aos alunos a confecção de um croqui. O croqui é um sistema de representação esquemática dos fatos e fenômenos geográficos, no qual os alunos transformam-se nos próprios agentes de criação da representação, atuando na leitura das paisagens através da seleção, organização e interpretação da informação a ser AS TRANSFORMAÇÕES DO SEU BAIRRO estudada.
Por mais parecidos que sejam, cada bairro tem suas próprias características. Alguns bairros são chamados de residenciais por serem formados por muitas casas e prédios onde as pessoas moram. Outros bairros são chamados de industriais, pois ali praticamente só existem fábricas. Também existem os bairros comerciais, onde encontramos muitas lojas para o comércio.
bairro industrial (foto: patrick goltsman moreno)
Essas características existem principalmente pela forma como o bairro foi construído e pelo modo como os moradores vivem (ou viveram) naquele local, ou seja, pela sua história.
Para a realização dessa atividade, o primeiro passo é o da observação, que pode ser direta ou indireta. Através desta observação parte-se para o grafismo de reconhecimento, onde obteremos apreensão desta paisagem promovida por um olhar seletivo, que irá se transformar em
acima e ao lado, exemplos de bairros comerciais
(fotos: patrick goltsman moreno)
bairro residencial
(foto: maria luiza de freitas)
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Capítulo 3
AS TRANSFORMAÇÕES DO SEU BAIRRO
Geralmente, quando os alunos analisam o bairro onde moram, ocorre uma tendência a exporem sempre o lado negativo das transformações sofridas pelos bairros. Mas nem todas as transformações são negativas, e muitas delas ocorrem em função da
necessidade atual de nossa sociedade, visando melhorar o nosso conforto. Para ajudar a entender melhor essa transformação, o professor pode apresentar aos alunos o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade:
A rua diferente Na minha rua estão cortando árvores botando trilhos construindo casas. Minha rua acordou mudada. Os vizinhos não se conformam. Eles não sabem que a vida tem dessas exigências brutas. Só minha filha goza o espetáculo e se diverte com os andaimes, a luz da solda autógena e o cimento escorrendo nas formas.
Pesquise também fotos antigas do seu bairro. Em seguida, identifique o que mudou até os dias de hoje. Veja se essas mudanças melhoraram ou pioraram o seu bairro. Com todas essas informações, escreva um pequeno texto falando das transformações sofridas pelo seu bairro. Seus colegas também deverão escrever sobre os bairros onde moram. Combine com sua professora para que todos possam ler seus textos para os demais alunos.
Capítulo 3
Você conhece alguma transformação que seu bairro sofreu nas últimas décadas? Vamos descobrir? Para isso, converse com seus pais, avós, tios e vizinhos sobre como ele era tempos atrás.
ilustração: Felipe Paes de Almeida
A partir da leitura do poema pode-se iniciar uma série de discussões, do tipo: • O que o autor quis dizer com a vida tem dessas exigências? • Por que a filha gosta das mudanças? • Que transformações vêm sendo feitas? Elas são realmente necessárias? • Por que construímos casas? • O que está sendo modificado no seu bairro, que tem facilitado a sua vida? De posse do material apresentado e da discussão realizada, o professor pode ajudar o aluno a confeccionar os cartazes da atividade. Oriente os alunos, no cartaz, a apresentar tanto os aspectos positivos quanto negativos do bairro onde moram.
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Capítulo 3
prestação destes serviços. Algumas ações O serviço público é uma utilidade prestada são: armazenar o lixo em compartimenpelo Estado, realizado a fim de satisfazer tos adequados para facilitar seu recolhias necessidades coletivas. Por exemplo, a mento, não descartar óleo usado na pia, exploração racional da água, asfaltamento não danificar as calçadas nem os postes de ruas, construção de creches, escolas de iluminação das ruas, economizar água, e hospitais, polos de trabalho, lazer e não sujar as ruas e calçadas, não depredar cultura são alguns dos serviços públicos o patrimônio público etc. que visam garantir o bem-estar das pessoas e adequar a expansão urbana. Esses serviços são regularizados por meio de leis, que garantem a prestação de um serviço OS SERVIÇOS PÚBLICOS eficiente. Contudo, esses serviços nem sempre são prestados de forma adequada. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, isso não é exclusivo de países subdesenvolvidos. Países desenvolvidos também apresentam problemas na prestação dos serviços públicos. Áreas periféricas de cidades como Paris (França), Nova York, Los Angeles (EUA) e Tóquio (Japão) deixam também muito a desejar.
Capítulo 3
OS SERVIÇOS PÚBLICOS
OS SERVIÇOS PÚBLICOS
Água encanada Para ajudar a discutir a importância da água limpa, apresente aos alunos a declaração universal dos direitos da água: Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada
Praticamente todos os bairros do nosso País possuem algum serviço público, ou seja, água encanada, rede de esgoto, coleta de lixo, iluminação pública etc. Esses serviços são chamados de públicos por serem feitos pelos governos para melhorar a qualidade de vida de toda a população. O problema é que em alguns bairros esses serviços são precários ou até mesmo são realizados de uma maneira inadequada. Isso faz com que os bairros fiquem ruins para morar. Outras áreas nem possuem muitos destes serviços.
Essa falta de qualidade do serviço público é decorrente, em muitos casos, de um crescimento desorganizado das cidades, pois os espaços precisam de planejamento para crescerem de forma organizada e assim atender às necessidades de todos. exemplo de bairro com serviços públicos precários
Discuta com os alunos sobre a importância e a finalidade dos serviços públicos. Liste quais são os serviços públicos que os alunos conseguem perceber em seu bairro e como devemos contribuir para a boa
(foto: edney lisboa ramos de oliveira)
O que normalmente acontece no Brasil é que os bairros de pessoas mais ricas são bem servidos de serviços públicos. Já nos bairros de pessoas com menos posses, a qualidade do serviço fica muito a desejar. Porém, os serviços públicos são direito de todos os cidadãos, sejam eles ricos ou pobres. Por isso, é importante que toda a população exija dos governantes serviços de qualidade em todos os lugares do nosso País. 40
Capítulo 3
transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para
garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é Água encanada uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se A água limpa é fundamental para toda a população. Porém, antes de chegar saber que ela é, algumas à torneira da nossa casa, ela percorre um longo caminho. vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer Essa água vem de um rio, um lago ou de um poço muito profundo. Em região do mundo. seguida, a água vai para uma estação de tratamento, onde é filtrada e tratada Art. 7º - A água não deve para tirar as impurezas e os micro-organismos que podem causar doenças. ser desperdiçada, nem Assim, ela fica limpa para podermos utilizá-la. poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser Depois de limpa, essa água é conduzida através de uma rede de distribuição feita com consciência e até a nossa casa e fica armazenada em uma caixa d´água ou cisterna. Aí é só abrir discernimento para que a torneira e usar a água limpa! não se chegue a uma situação de esgotamento Mas atenção! Como você já sabe, a água limpa está cada vez mais rara em ou de deterioração da nosso planeta. Por isso, devemos utilizá-la com sabedoria e sem desperdícios, qualidade das reservas atualmente disponíveis. evitando banhos demorados e escovar os dentes com a torneira aberta. Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à E para piorar a situação, nem todos os bairros brasileiros recebem água lei. Sua proteção constitui encanada. Em alguns locais do nosso País, a população é obrigada a percorrer uma obrigação jurídica grandes distâncias para conseguir água potável. Por isso é importante valorizar para todo homem ou grupo social que a utiliza. a água que chega até a nossa casa. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. TRATAMENTO E Art. 9º - A gestão da água RESERVATÓRIO DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA impõe um equilíbrio entre (Ilustração: Rafael Baldissara Belcastro) os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. PRÉDIOS Art. 10º - O E CASAS planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. Capítulo 3
nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. Art. 3º - Os recursos naturais de
CAPTAÇÃO DE ÁGUA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO
41
Capítulo 3
refere-se apenas à existência do serviço metade da população brasileira. Esse triste Rede de esgoto no município, sem considerar a extensão quadro acaba se revertendo em problemas A oferta de saneamento básico é da rede, a qualidade do atendimento, o de saúde para as pessoas, que podem sofrer fundamental em termos de qualidade de número de domicílios atendidos, ou se o com problemas como diarreia, vômitos vida, pois sua ausência acarreta poluição esgoto, depois de recolhido, é tratado. e outras doenças. E, em alguns casos, dos recursos hídricos, trazendo prejuízo pode até ocasionar a morte do individuo, à saúde da população, principalmente o Estes dados indicam que a rede de esgoto se este não tiver acesso a um tratamento aumento da mortalidade infantil. Segundo é uma realidade para um pouco mais da adequado. a Pesquisa Nacional de Saneamento - PNSB 2008, pouco mais da metade dos municípios brasileiros (55,2%) tinham serviço de rede de esgoto esgotamento sanitário por rede coletora, que é o sistema apropriado. Essa Depois que utilizamos a água para tomar banho ou lavar louça, é preciso marca é pouco superior descartá-la. Mas nem nos damos conta de como isso acontece. à observada na pesquisa anterior, realizada em 2000, que registrava Costumamos utilizar a água de uma forma tão automática que nem 52,2%. Em 2008, a percebemos que essa água, depois de usada, passa pelo ralo e vai parar em uma proporção de municípios rede de esgoto. com rede de coleta de esgoto foi bem inferior à de municípios com rede A rede de esgoto é formada por um conjunto de encanamentos onde toda a geral de distribuição de água suja, com fezes, urina, sabão, gordura etc., é transportada até uma estação água (99,4%), manejos de tratamento. de resíduos sólidos (100,0%) e manejos de Na estação de tratamento de esgoto, essa água passa por diversos processos águas pluviais (94,5%). É até ficar limpa e poder ser descartada no mar ou num rio. Isso é importante importante ressaltar que a estatística de acesso à para não contaminá-los e causar danos à saúde das pessoas. rede coletora de esgoto Capítulo 3
OS SERVIÇOS PÚBLICOS
Porém, muitos locais do Brasil não possuem ainda uma rede de esgotos. Nesses lugares a água suja e contaminada é colocada em fossas ou jogada diretamente nos rios, lagos ou no mar. Isso significa que estes ambientes ficam poluídos e impróprios para uso.
REDE DE ESGOTO
(Ilustração: Rafael Baldissara Belcastro)
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO ESGOTO TRATADO SENDO DESCARTADO
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REDE DE ESGOTO
Capítulo 3
OS SERVIÇOS PÚBLICOS
coleta de lixo A melhor alternativa como destino para o lixo produzido pela população que não pode ser reaproveitado e nem reciclado são os aterros sanitários. O aterro sanitário é uma técnica para a deposição de lixo no solo, onde se tenta causar um menor grau de prejuízo ao meio
ambiente e onde se procura evitar danos à saúde pública. É um método de disposição final propriamente dito. Consiste basicamente na compactação dos resíduos em camadas sobre o solo, empregando-se, por exemplo, um trator de esteira e o seu recobrimento com uma camada de terra ou outro material inerte. Para causar menos danos ao meio ambiente
se utilizam técnicas para confinar o lixo na menor área possível, reduzindo o seu volume ao mínimo praticável.
Capítulo 3
Para não comprometer o meio ambiente, alguns cuidados devem ser tomados em relação à escolha da área, implantação do projeto executivo na sua plenitude, operação e principalmente o monitoramento constante do aterro sanitário. Desta forma, diminuem as chances de que a implantação desse sistema coleta de lixo cause prejuízo, como a poluição do solo e cursos de água superficiais ou Provavelmente você já deve subterrâneos; a geração ter visto um caminhão com de gases a partir da decomposição do lixo trabalhadores passando pela aterrado e a resistência sua rua recolhendo o lixo que dos moradores nas estava na calçada. Esse é mais cercanias do aterro um serviço público – a coleta que, muitas vezes, por de lixo. não serem ouvidos e devidamente esclarecidos quanto ao problema, serviço de coleta de lixo (foto: editora pollux) A coleta de lixo é um serviço acabam por criar impasses muito importante, pois permite desgastantes para a que nosso bairro fique limpo e organizado. Além disso, garante o bem-estar da Administração Municipal.
população daquele local.
O lixo recolhido no Brasil deve ser encaminhado para um aterro sanitário, um local apropriado para descartá-lo sem prejudicar o meio ambiente. Porém, isso nem sempre acontece. Como existem poucos aterros sanitários em nosso País, o lixo recolhido em muitos bairros acaba sendo descartado de forma inadequada, formando as áreas conhecidas como lixões. Esses lixões são montanhas de lixo que acabam contaminando todo o ambiente a sua volta. Outro grande problema acontece quando as pessoas jogam lixo no chão. Além de sujar a cidade, esse lixo pode parar dentro de um rio ou lago, contaminando suas águas. Também pode acabar nas praias, contaminando a areia e até mesmo o mar.
lixo jogado na praia
(foto: patrick goltsman moreno)
43
Capítulo 3
AS ÁREAS VERDES
As áreas verdes no ambiente humano proporcionam diversos tipos de benefícios, tais como a proteção da qualidade da água, atenuação da poluição, conforto térmico, sonoro e lumínico, quebra da monotonia das cidades, abrigo à fauna e amenização do desconforto psicológico causado pelas massas edificadas.
Assim, a criação e a manutenção das áreas verdes são fundamentais para o equilíbrio do bairro e para ajudar a melhorar a qualidade de nossas vidas. Contudo, para que isso possa acontecer, é preciso que as questões ambientais sejam prioridades nas políticas públicas desenvolvidas pelos governos.
O lixo jogado no chão também pode entupir bueiros e parar dentro da galeria de águas pluviais. Essas galerias formam uma rede construída para recolher a água das chuvas. Isso evita o alagamento das ruas quando chove muito. Quando o lixo fica preso nos bueiros e nas galerias, não deixa a água da chuva passar. Assim, as ruas ficam cheias de água, causando os alagamentos. Capítulo 3
Apesar de reconhecermos a importância das áreas verdes, em muitos casos o que verificamos é uma diminuição cada vez mais crescente destas áreas, principalmente nos grandes centros urbanos. No Brasil, os raros habitats naturais mais conservados dentro dos sistemas urbanos, que poderiam ser destinados a áreas verdes, estão continuamente
sujeitos à ação antrópica, além da crescente pressão gerada pelo aumento da densidade populacional. Como consequência, os espaços livres destinados ao lazer vêm experimentando uma avassaladora ocupação imobiliária, paralelamente a um crescimento intenso, desordenado e incontrolado da periferia urbana.
Os alagamentos são um grave problema das cidades, pois as ruas ficam sujas e muitas pessoas perdem os seus bens. A melhor forma de evitar este problema é descartando o lixo no lugar apropriado!
AS ÁREAS VERDES As áreas verdes são locais como praças, jardins, parques, canteiros etc. onde predominam as plantas e as árvores. Essas áreas são importantes por vários motivos: • melhoram o clima e a qualidade da água e do ar; • ajudam a proteger o solo;
• aumentam as áreas de lazer; • tornam nosso bairro mais bonito; • servem para relaxar e fugir um pouco da rotina estressante. parque em são josé dos campos, sp
(foto: patrick goltsman moreno)
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Capítulo 3
AS ÁREAS VERDES
Atividade: clima A atividade proposta nos ajuda a discutir a importância da evapotranspiração na composição da temperatura do ambiente. Segundo o dicionário Aurélio, evapotranspiração é “o fenômeno combinado de evaporação da água do solo e das
superfícies líquidas, e de transpiração dos vegetais”. Esses dois fenômenos, a evaporação e a transpiração, ocorrem concomitantemente. O processo de evapotranspiração fecha o ciclo da água, ou seja, esse processo transfere de volta para a atmosfera parte da água que foi precipitada e que ficou retida na superfície ou acumulada no solo.
É muito comum, quando falamos de evaporação, lembrar apenas do processo de transferência das águas líquidas superficiais de lagos, de rios, de reservatórios, de poças e de gotas de orvalho para a forma de vapor. Mas as águas contidas no solo também fazem parte desse processo. Através da primeira atividade, vai ser possível verificar a diferença de temperatura no solo. Esse calor armazenado no solo irá provocar a transferência de umidade para a atmosfera de uma forma direta, através do processo de evaporação.
atividade
- Termômetro
- Barbante
- Sacos plásticos pequenos e transparentes
- Uma árvore - Uma planta envasada
1.ª atividade
Escolha uma árvore com uma sombra bem grande. Com o termômetro, meça a temperatura debaixo da árvore. Em seguida, meça a temperatura ao Sol, ou seja, em um local aberto sem sombra. Houve alguma diferença nas temperaturas medidas? O que você concluiu com isso? Discuta com seus colegas.
Capítulo 3
Além de enfeitar o bairro, as áreas verdes são importantes para deixar o clima mais agradável. Quer saber como? Para isso, vamos realizar duas atividades. Você vai precisar do seguinte material:
(Ilustrações: Rafael Baldissara Belcastro)
2.ª atividade
Coloque os sacos plásticos cobrindo algumas das folhas da planta envasada, como mostra a ilustração. Com o barbante, feche a abertura do saco, tomando cuidado para não machucar os galhos da planta.
Entretanto, é mais comum a retirada da umidade do solo por meio dos vegetais, o que é possível verificar através da segunda atividade. Ela nos ajuda a explicar o processo de transferência de água do solo para a atmosfera por meio da transpiração dos vegetais. Esse processo de transpiração ocorre através da retirada da água do solo pelas raízes das plantas, que transporta essa água até as folhas e a libera para a atmosfera em forma de vapor, através dos estômatos da folha. Ao final da atividade é possível verificar como a evapotranspiração colabora para o aumento da umidade na atmosfera.
Deixe sua planta no Sol e regue-a normalmente. O que você acha que acontecerá? Espere alguns dias e observe o resultado. Você vai perceber que, depois de alguns dias, se formarão pequenas gotinhas de água dentro do saco plástico. Essas gotinhas se formam pela transpiração da planta. Qual será a relação das gotinhas que se formam com a umidade do ambiente? Discuta com seus colegas e tente encontrar a resposta.
45
Capítulo 3
não funcione é motivo suficiente para “A disponibilidade de espaços para reprodução desses e de outros tipos de recreação e prática de esportes nas cidades danos. Permanecer tranquilo em uma praça, não depende exclusivamente da existência hoje em dia, é algo difícil de acontecer. Na de áreas para o desenvolvimento dessas maioria das vezes não nos sentimos seguros. atividades. A conservação e manutenção de O que dá segurança em uma área verde na todos os elementos que compõem uma praça cidade é o seu uso constante pela população ou um parque devem merecer atenção cone uma guarda municipal que seja mais tinuada dos órgãos públicos que gerenciam educativa que punitiva. Esse uso ocorrerá essas áreas e da população que as utilizam. O uso público de uma área verde está intimamente ligado à manutenção, conservação A manutenção das áreas verdes e segurança que esta área recebe. fundamental para o equilíbrio do bairro AS ÁREAS VERDES
• podas em árvores com galhos podres, secos ou lascados; • extrações de árvores com risco de queda ou que apresentam algum problema fitossanitário irreparável; • plantio de novas árvores, visando a substituição daquelas extraídas; • poda de levantamento de copa; • trato com os problemas de pragas e doenças; • capina do gramado e poda das arbustivas.
Texto adaptado de http://educar.sc.usp.br/ biologia/prociencias/areasverdes.html
é e para ajudar a melhorar a qualidade de nossas vidas. Afinal, quem não gosta de fazer um piquenique no parque?
Capítulo 3
Todo elemento natural constituinte de uma área verde, principalmente a vegetação, deve ser manejado constantemente. Alguns tipos de manejo são citados a seguir:
se a praça estiver dotada de iluminação eficiente, equipamentos funcionando, gramados capinados, árvores de copas altas e muitos outros itens relacionados à conservação e manutenção dos elementos existentes na área.”
Além disso, essas áreas também servem de moradia para muitos animais, que utilizam as áreas de nossa cidade como habitat natural ou como rota durante a migração. Essas áreas verdes servem de proteção e como fonte de alimentos para várias espécies de animais, como pássaros, insetos e até alguns mamíferos. Muitos desses animais também ajudam na dispersão de sementes. Ao se alimentarem, esses animais acabam transportando as sementes para outros lugares, que se desenvolvem e viram uma nova planta. Por isso, as áreas verdes são tão importantes. Afinal, além de produzir uma sensação de bem-estar na população, elas ajudam a manter o equilíbrio ecológico das cidades.
Com relação aos equipamentos de lazer e a todo mobiliário urbano que faz parte da área verde, deve-se reparar todo dano existente e, paralelamente, desenvolver campanha educativa aos usuários para uso adequado e proteção dos mesmos. Um banco quebrado ou uma luminária que
Exemplos de animais encontrados nas cidades: borboleta (foto: patrick goltsman moreno), saguí (foto: Sabrina Goltsman Teixeira) e cachorro (foto: renato wildt)
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FAÇA SUA PARTE! Nunca jogue lixo no chão. Procure colocar o lixo que deve ser recolhido pouco tempo antes do caminhão passar. Não esqueça de colocá-lo em compartimentos apropriados. Quando for passear com o seu animal de estimação em vias públicas, não se esqueça de recolher suas fezes e jogar no lixo. Plante árvores em seu bairro para torná-lo mais belo e agradável.
1) Você já pensou como é a sua CASA? E como você gostaria que ela fosse? Mas será que todas as CASAS são iguais? Com certeza, não. Encontre no caça-palavras ao lado as palavras relacionadas ao tema estudado no capítulo Lar doce lar.
C
O
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2) Além de nos preocuparmos em conservar a nossa casa, outra preocupação é evitar os acidentes domésticos. Relacione as imagens às regrinhas corretas! 6
1
Cuidado com os cantos dos móveis e os objetos pontudos. Evite brincar perto deles.
5
2
Nunca tente mexer no fogão nem em nada que esteja sobre ele. Se quiser algo, peça ajuda.
7
3
Nunca tente pegar algo que esteja fora do seu alcance. Se tiver dificuldade, chame um adulto.
1
4
Não coloque os dedos nem outros objetos nas tomadas. Além do perigo de levar um choque, você poderá danificar muitos aparelhos eletrônicos da sua casa.
3
5
Muito cuidado com as escadas e janelas, principalmente se não tiverem corrimão ou rede de proteção.
4
6
Nunca, em hipótese alguma, tente comer ou beber algo que você não conhece.
2
7
Não brinque com facas, tesouras, ferro de passar, ferramentas etc.
47
Exercícios
Capítulo 1
Exercícios
Capítulo 1
3) É importante estarmos sempre atentos para evitar o desperdício. O problema é que esse desperdício pode se esconder nos mínimos detalhes, ou seja, em hábitos que adquirimos e nem nos damos conta. a) Nas frases abaixo aparecem alguns tipos de desperdícios bem comuns. Pinte de azul os desperdícios que não acontecem na sua casa e de vermelho aqueles que ainda acontecem. Resposta pessoal Escovar os dentes com a torneira aberta.
Colocar mais comida no prato do que poderia comer.
Deixar as luzes acesas após sair do cômodo.
b) Escreva nas linhas abaixo, algum hábito que você gostaria de mudar, ajudando assim a NATUREZA. Lembre-se de que quando existe desperdício, quem paga a conta somos nós! Resposta pessoal
4) Ligue corretamente as usinas hidrelétrica e termoelétrica aos impactos que elas causam. Usina termoelétrica
É preciso inundar uma grande área. Isso significa que as famílias que vivem na região precisam se mudar, a vegetação precisa ser retirada e os animais têm que ser transferidos para outros locais.
Usina hidrelétrica
Liberam gases poluentes que podem causar o aquecimento do planeta.
5) O grande problema do lixo é que cada um de nós produz um pouquinho. Porém, numa cidade de milhões de habitantes, é tanto lixo produzido que vira um problemão. Identifique e pinte de azul os retângulos onde estão as palavras que apresentam soluções para o problema do lixo. Reciclar
Coleta seletiva
Produzir
Reduzir
Desperdiçar
Reaproveitar
6) Agora, reescreva as palavras que você identificou e ao seu lado escreva um exemplo de sua aplicação no nosso dia a dia. Palavra
Exemplo
REDUZIR REAPROVEITAR RECICLAR COLETA SELETIVA
48
Resposta pessoal
Capítulo 1
Exercícios
1) Cuidar bem da sua escola é tão importante quanto cuidar bem da sua casa. Afinal, a escola é a nossa segunda casa. Veja a imagem ao lado. Em seguida, utilize algumas das palavras em destaque para escrever um pequeno texto sobre a importância de cuidarmos bem de nossa escola.
Organizada
Estudar
Aprender
Harmonia
Respeitar
Professores
Suja
Desorganizada
Difícil
Resposta pessoal
2) Encontre no caça-palavras ao lado as palavras relacionadas ao que foi estudado no capítulo “Conhecendo minha escola”. Agora, escolha pelo menos sete palavras encontradas por você no caça-palavras e escreva frases sobre os cuidados que devemos ter com os materiais escolares.
P L A N E T A X V Ç W
Y X N N Ç L I V R O S
R R N W F O L H A S Z
W E A Q X W P A P E L
P C T R X Q X X Z Y A
R U U Y A W A C W E R
E R R M D Y L O Ç S V
S S A Ç N J O R Y T O
E O I X E K C T T O R
Resposta pessoal
49
R V A S G R S X B Z C V G A W Ç D F S E V A R C E N Y J O Z E S X
R W Z M A T E R I A L
Exercícios
Capítulo 1
3) Relacione os desenhos ao texto correspondente
Se usar só um lado, não jogue a folha fora. Guarde a folha e depois use o verso do papel.
Não rabisque nem rasgue as páginas dos seus livros, pois, afinal, no próximo ano eles poderão ser usados por um outro colega.
4) Quando toca o sinal do recreio é aquela alegria. É hora de brincar e encontrar os colegas de outras turmas. Durante o recreio os alunos utilizam os espaços da escola que chamamos de áreas comuns. Identifique e nomeie as áreas comuns da escola apresentadas nas imagens abaixo. Em seguida, escreva como preservá-las. a- Á rea comum: Quadra esportiva ____________________________________________ e manter limpo o Como devo cuidar: Conservar ____________________________ ambiente e não destruí-lo. ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ b- Á rea comum: Banheiro ____________________________________________ a descarga e jogar o papel Como devo cuidar: Dar ____________________________ higiênico na cesta de lixo. Cuidado também para não ___________________________________________ esquecer a torneira aberta. ___________________________________________ ___________________________________________ c- Área comum: Biblioteca ____________________________________________ Ao acabar de ler, guardar o Como devo cuidar: ____________________________ livro no local onde pegou ou colocar na mesa da ____________________________________________ bibliotecária para que ela o guarde. Silêncio! ____________________________________________ ____________________________________________
50
1) Abaixo estão escritas algumas informações sobre os bairros. Pinte apenas as informações que estão corretas. As várias ruas de uma mesma área, juntamente com as construções daquele local, formam um bairro. Os bairros não possuem diferença. Todos os bairros são exatamente iguais. Os bairros podem ter várias construções, como uma praça, uma igreja, um parque, um monumento, uma usina, uma fábrica ou indústria, um porto ou aeroporto, um supermercado etc. O bairro é uma forma que os seres humanos encontraram para dividir uma cidade.
2) Os bairros podem ter várias construções, como uma praça, uma igreja, um parque, um monumento, uma usina, uma fábrica ou indústria, um porto ou aeroporto, um supermercado etc.
Complete as frases com as palavras abaixo bairro
destino informações
referência construções
construções Em alguns bairros, existem _________________________ que são tão marcantes que viram pontos de _________________________. Isso significa que você pode usar esses referência bairro locais como referência para circular pelo _________________________. Também servem para dar _________________________ para alguém conseguir chegar ao seu informações destino _________________________.
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Exercícios
Capítulo 1
Exercícios
Capítulo 1
3) Pinte as palavras de acordo com as cores das legendas: Elementos Naturais
Elementos Artificiais
rios
fábricas
residências
escolas
praias
comércio
casas
córregos
prédios
faculdades
escritórios
morros
hospitais
aeroporto
ventos
natureza
porto
montanha
usina
ar
chuva
calor
clima
frio
4) Leia abaixo as afirmações sobre os bairros e assinale se são verdadeiras (V) ou falsas (F). a- ( V ) Alguns bairros são chamados de residenciais por serem formados por muitas casas e prédios onde as pessoas moram. b- ( F ) Encontramos em cada bairro apenas um único tipo de construção. c- ( V ) São chamados de bairros industriais, onde praticamente só existem fábricas. d- ( F ) Nos bairros comerciais, encontramos muitas fábricas para o comércio. e- ( V ) As características dos bairros existem principalmente pela forma como o bairro foi construído e pelo modo como os moradores vivem (ou viveram) naquele local, ou seja, pela sua história.
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5) Leia o texto abaixo. “O que normalmente acontece no Brasil é que os bairros de pessoas mais ricas são bem servidos de serviços públicos. Já nos bairros de pessoas com menos posses, a qualidade do serviço fica muito a desejar.” Você concorda com essa afirmativa? Justifique sua resposta. Resposta pessoal
6) Costumamos utilizar a água de uma forma tão automática que nem percebemos que essa água, depois de usada, passa pelo ralo e vai parar em uma rede de esgoto. A imagem abaixo mostra uma estação de tratamento de esgoto.
esgoto tratado sendo descartado
rede de esgoto
Utilizando a figura como referência, construa um texto explicando o caminho que a água percorre depois que é utilizada em sua casa. A água suja, com fezes, urina, sabão, gordura etc., é transportada até uma estação de tratamento. Na estação de tratamento de esgoto, essa água passa por diversos processos até ficar limpa e poder ser descartada no mar ou num rio.
53
Exercícios
Capítulo 1
Exercícios
Capítulo 1
7) Provavelmente você já deve ter visto um caminhão com trabalhadores passando pela sua rua recolhendo o lixo que estava na calçada. Esse é mais um serviço público – a coleta de lixo. Imagine que o serviço público de coleta de lixo em seu bairro esteja sendo feito de maneira inadequada. Faça um desenho mostrando como ficaria seu bairro nessa situação.
Resposta pessoal.
As áreas verdes As áreas verdes são locais como praças, jardins, parques, canteiros etc, onde predominam as plantas e as árvores. 8) Escreva três motivos importantes para possuirmos áreas verdes em nosso bairro. Motivo 1: Resposta pessoal. Motivo 2: Resposta pessoal. Motivo 3: Resposta pessoal.
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