CONHECENDO A TERRA: Um Olhar Ecológico Sobre o Planeta – a cidade, o estado, a região, o país, o pl

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A CIDADE • O ESTADO • A REGIÃO • O PAÍS • O PLANETA 2ª edição

GIRANDO AO REDOR DO SOL E VIAJANDO POR ESTE IMENSO E MARAVILHOSO UNIVERSO, A TERRA NOS TRANSPORTA, HOSPEDA, ALIMENTA, VESTE, FORNECE O AR QUE RESPIRAMOS, ENFIM, NOS MANTÉM VIVOS.

LIVROS DESTA COLEÇÃO: OS LIVROS DA COLEÇÃO CONHECENDO A TERRA: UM OLHAR ECOLÓGICO SOBRE O PI.ANETA OFERECEM INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS IMPORTANTES A RESPEITO DO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS, EM LINGUAGEM APROPRIADA AOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL. COLEÇÃO CONHECENDO A TERRA A CASA – A ESCOLA – O BAIRRO A CIDADE – O ESTADO – A REGIÃO – O PAÍS – O PLANETA O ESPAÇO – A TERRA – OS ELEMENTOS DA NATUREZA – OS SERES VIVOS A ADAPTAÇÃO – O MEIO AMBIENTE – OS PROBLEMAS AMBIENTAIS O UNIVERSO – A TERRA – A BIOSFERA – A LITOSFERA – A HIDROSFERA A ATMOSFERA – A FLORA – A FAUNA – A SUSTENTABILIDADE

ISBN 978-85-62475-04-7

9 788562

475047

CONHECENDO A TERRA - A CIDADE • O ESTADO • A REGIÃO • O PAÍS • O PLANETA

NOS LIVROS DA COLEÇÃO CONHECENDO A TERRA VOCÊ PODERÁ CONHECER MELHOR O UNIVERSO, O PLANETA TERRA E TODOS OS QUE NELE VIVEM. ESTA JORNADA COMEÇA NA SUA CASA, ESCOLA, BAIRRO, CIDADE, ESTADO, REGIÃO, ATÉ CHEGAR AO PAÍS ONDE VOCÊ VIVE. SÃO CONHECIMENTOS QUE O LEVARÃO A SABER MELHOR COMO PRESERVAR ESTE PLANETA QUE TANTAS MARAVILHAS NOS OFERECE E QUE, EM TROCA, PEDE MUITO POUCO: RESPEITO À VIDA E A TODOS OS NOSSOS COMPANHEIROS NESTA JORNADA UNIVERSO AFORA.


com a participação de Eduardo Gruzman e Neimar Ferreira Nobre

CIÊNCIAS 3o ano (2a série)

1a edição

Rio de Janeiro

Editora Pollux 2010


EQUIPE DE PRODUÇÃO EDITORIAL AUTORES

Patrick Goltsman Moreno Biólogo pela UFRJ, Mestre em Genética – ênfase em Educação (UFRJ), Professor de Ensino Médio e Fundamental e Coordenador de Ciências do Colégio A. Liessin e Coordenador da Pós-graduação em Sistema de Gestão Integrada em Saúde, Meio Ambiente e Segurança no SENACRio. Pedro Luiz de Freitas Engenheiro Agrônomo (USP/ESALQ), Mestre em Hidrologia (UFRGS/IPH), Ph.D. em Ciência do Solo (Cornell University, USA) e Pós-Doutor (IRD, França). Pesquisador Científico (Embrapa Solos, Rio de Janeiro, RJ). Autor e editor técnico de cadernos interativos para o ensino fundamental como instrumento para o aumento da percepção e conscientização ambiental.

COAUTORES

Eduardo Gruzman Biólogo pela UFRJ, Mestre em Tecnologia Educacional nas Ciências da Saúde (NUTES/UFRJ), Professor e Coordenador Assistente do Ensino Fundamental. Neimar Ferreira Nobre Geógrafo, especialista em tecnologia educacional, Professor do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Vitor Manoel Rodrigues do Nascimento Geólogo e Geógrafo, Mestre em Geologia Marinha pela UFF e Professor da UFF.

COLABORADOR

Carlos Eduardo Gonçalves Ferreira Licenciado em Geografia pela UERJ, mestrando em Geomática na UERJ (mapas).

PROJETO GRÁFICO

Renato Wildt Designer Gráfico, Pós-graduado em Marketing e com cursos de extensão na SVA (School of Visual Arts - NY).

ILUSTRAÇÕES

Fernando Costa Pereira, Designer Gráfico.

Rafael Baldissara Belcastro Designer Gráfico.

REVISÃO ORTOGRÁFICA, GRAMATICAL E DE ESTILO

Heloisa Mesquita Portes Professora de Língua Portuguesa e Literatura. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

M842c Moreno, Patrick Goltsman, 1977 Conhecendo a Terra : um olhar ecológico sobre o planeta, 3o ano (2a série) : livro do aluno / Patrick Goltsman Moreno e Pedro Luiz de Freitas ; com a participação de Eduardo Gruzman e Neimar Ferreira Nobre. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Pollux , 2010. 48p. : il. color. ISBN 978-85-62475-04-7 1. Ciências (Ensino fundamental). 2. Geografia (Ensino fundamental). 3. Ecologia (Ensino fundamental). 4. Educação ambiental (Ensino fundamental). I. Freitas, Pedro Luiz de, 1953-. II. Título. 10-5174. CDD: 372.35 CDU: 373.3.016:5 07.10.10 07.10.10

021910

Copyright © 2010 Editora Pollux Ltda. 1a edição Rua da Assembléia, 10, sala 3111 – parte CEP 20011-901 – Rio de Janeiro, RJ – Tel.: (21) 3021-3831. Site: http://www.editorapollux.com.br Contato: contato@editorapollux.com.br Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por quaisquer meios, inclusive eletrônicos, sem a devida autorização por escrito da editora. A editora processará os infratores pelas penas máximas previstas nos Códigos Civil e Penal.

Impresso no Brasil. Printed in Brazil.


ÍNDICE ....................... 5

Conhecendo minha cidade..

................... 13

Conhecendo meu estado .......

.................... 23

Conhecendo minha região...

.................... 31

Conhecendo meu país..........

..................... 39

Conhecendo meu planeta....

.................... 47

Bibliografia.........................

................... 48

Sites sugeridos......................


2o ano do Ensino No livro anterior, para o ao aluno as primeiras Fundamental, apresentamos ambiental e noções de ecologia, preservação os com o mundo que o sustentabilidade. Trabalham e, portanto, onde ele cerca, mais próximo ao aluno os a casa, a escola e se sente mais seguro. Estudam o bairro.

3o ano do Ensino Neste livro, destinado ao os nossa abordagem, Fundamental, continuarem s um pouco mais agora focalizando ambiente o estado, a região, o amplos e abstratos: a cidade, país e o planeta. para a espécie Nunca foi tão importante no, o seu habitat. humana conhecer o seu entor agredida e ameaçada, Nunca a natureza se viu tão ão incontáveis espécies colocando em risco de extinç condições climáticas vegetais e animais, afetando biomas, os mares e que, por sua vez, alteram os dade do ar, enfim, a oceanos, a água doce, a quali co. vida neste planeta paradisía os, aprender a Precisamos modificar hábit sustentavelmente. respeitar a natureza, a viver rair sem destruir, Precisamos nos habituar a ext e beber sem poluir. a viver sem matar, a respirar anças, desde cedo, Precisamos ensinar nossas cri tentável, fazendo a pensar e a agir de forma sus a preocupação com a com que elas transmitam est tes, amigos... natureza para seus pais, paren RRA, um olhar CONHECENDO A TE é uma série de livros ecológico sobre o planeta ntal (2.º ao 5.º destinada ao ensino fundame as novas gerações a anos) que se propõe a ajudar ressão à natureza mudar a atual situação de ag tável e que garanta por uma forma de vida susten ta para as futuras a qualidade de vida no plane gerações. OS EDITORES


Capítulo1 Conhecendo minha Cidade

Imagem do globo à noite, tirada de satélite./ Foto C. Mayhew & R. Simmon (NASA/GSFC), NOAA/ NGDC, DMSP Digital Archive

Você sabe o que são os pontinhos luminosos nesta imagem de satélite? Se você pensou em cidades, você acertou! Como as fotos utilizadas para fazer esta montagem foram tiradas à noite por um satélite espacial, os pontinhos luminosos são as luzes emitidas pelas cidades. Você percebeu que estes pontinhos luminosos estão mais fortes em alguns locais? Por que será? 5


Capítulo 1

AS PRIMEIRAS CIDADES Você já se deu conta que a maior parte das pessoas vive hoje nas cidades? Você sabe por quê? Nós começamos a viver nas cidades para facilitar o nosso modo de viver e nos organizarmos melhor. Com isso, o contato entre as pessoas aumentou facilitando muitas atividades humanas, como o comércio, por exemplo. Mas também começaram a surgir muitos problemas.

acima, paris, capital da frança.

É muito difícil saber exatamente quando surgiu a primeira cidade no mundo, mas estudos mostram que elas começaram a se formar há mais de 5 mil anos, na Mesopotâmia, região onde atualmente fica o Iraque no Oriente Médio. Estas primeiras cidades, provavelmente, surgiram pelo crescimento de pequenos vilarejos que ali existiam. Hoje, a maior parte da população do mundo vive nas cidades.

(foto: patrick g. moreno) ao

lado, ruinas de luxor, antiga cidade do egito.

(foto: claudio bergstein)

o meio ambiente e aproveitando as características naturais do espaço. Mas, em muitos casos, os seres humanos tiveram que modificar a natureza. Assim, em algumas cidades, rios tiveram que ser represados, florestas foram desmatadas e estradas tiveram que ser construídas.

Algumas destas cidades foram construídas de forma planejada, ou seja, respeitando

AS CIDADES BRASILEIRAS

População Urbana 100%

No Brasil, como no resto do mundo, a maior parte da população é urbana, ou seja, vive nas cidades (que também são chamadas de centros urbanos). Mas você sabia que nem sempre foi assim? No início do século passado, mais de 90% da população do País era rural, ou seja, vivia no campo. Mas, pelas dificuldades da vida do campo e buscando uma vida melhor, uma grande parte da população rural começou a se mudar para os centros 6

81,23

80%

67,59

60% 44,83

40% 20% 0%

31,24

9,4

10,7

1900

1920

1940

1960

1980

2000

Ano

urbanos. Hoje, mais de 80 % da população brasileira é urbana. Observe o gráfico acima. Os centros urbanos, juntamente com as áreas rurais que ficam à sua volta, formam os


De acordo com as Nações Unidas, a cidade mais populosa do mundo, ou seja, com maior número de habitantes, é Mumbai na Índia, com quase 14 milhões de pessoas. No Brasil, São Paulo é a mais populosa, com pouco mais de 11 milhões de pessoas. Comparada com as outras cidades do planeta, São Paulo fica em 6º lugar em número de habitantes. Ao longo da história do Brasil, percebemos que a formação e o crescimento dos municípios estão diretamente ligados às ati-

e Estatística) existem 5.565 municípios. O mais antigo deles é Salvador, que existe desde 1549.

Capítulo 1

municípios. Portanto, o município abrange a cidade e a sua zona rural. No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia

vista de são paulo

(foto: editora pollux)

vidades econômicas praticadas pelos seus habitantes. Dependendo do tipo de atividade, se formaram os espaços rurais e urbanos.

OS ESPAÇOS RURAIS Com o crescimento da população, os seres humanos tiveram que criar espaços apropriados para gerar alimento para tanta gente. Daí surgiram os espaços rurais. Atualmente, além de produzir alimentos, esses espaços também podem abrigar as atividades de turismo ecológico, hotéis fazendas, clínicas de repouso e colônias de férias. Existem duas atividades principais nos espaços rurais, a agrícola e a pecuária. A atividade agrícola, ou agricultura, é o cultivo de plantas de uma ou várias espécies em um determinado espaço de terra. Já a pecuária é a criação de animais, como gado, porcos, ovelhas etc.

No topo, criação de gado (pecuária). (foto: pedro luíz de freitas)

Acima, agricultura. (foto: margi moss)

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Capítulo 1

OS ESPAÇOS RURAIS PODEM SER DIVIDIDOS EM: •A gricultura

Tradicional: o cultivo de plantas é feito por muitos trabalhadores e com a ajuda de animais (cavalos e bois), com pouca utilização de tecnologias modernas.

• Agricultura

•P ecuária

• Pecuária Moderna: os animais são criados

Tradicional: os animais são criados soltos pelo pasto, com muito pouco controle do que se alimentam, dos nascimentos e das doenças.

Moderna: o cultivo de plantas é feito utilizando as tecnologias disponíveis, com máquinas, tratores, semeadoras, colheitadeiras e trabalhadores bem especializados. com bastante controle da alimentação (que vem de pastos bem tratados e de rações), dos nascimentos e um rigoroso controle de doenças, com vacinação e remédios.

ilustração: Rafael Baldissara Belcastro

Com tanta interferência humana, alguns espaços rurais começaram a apresentar muitos problemas ambientais. Muitas vezes, o homem desmata as matas e florestas naturais de um local para criar áreas para o plantio ou de pastagem para seus animais. Hoje, a Amazônia vem sofrendo muito com isso. terreno após queimada (foto: eduardo gruzman)

Além disso, para preparar uma área para uma nova plantação, muitos agricultores ainda realizam queimadas, ou seja, colocam fogo no terreno. Isso faz com que o solo fique mais pobre, fazendo com que as plantas não cresçam como poderiam e 8

fiquem doentes, além de poder causar um incêndio de grandes proporções. Mas será que esses problemas têm solução? Pense a respeito e converse com seus colegas sobre o que pode ser feito.


Capítulo 1

OS ESPAÇOS URBANOS É fácil reconhecer um espaço urbano, pois praticamente tudo que existe ali foi construído pelo trabalho humano, como edifícios, casas, ruas, praças, parques etc. Através destas construções, o homem modifica a natureza para construir um ambiente artificial que atenda às suas necessidades. espaço urbano (foto: patrick g. moreno)

Outra característica dos espaços urbanos é a enorme quantidade de pessoas que ocupam e utilizam o mesmo espaço. Estes cidades turísticas

espaços serão bem diferentes de acordo com as atividades econômicas principais daquele local. Por exemplo:

cidades industriais

cidades portuárias

cidades comerciais

cidades religiosas

cidades históricas

são aquelas cuja principal são aquelas atividade que se econômica gira desenvolveram em torno de em função da receber turistas instalação de de outras indústrias. cidades.

são aquelas que cresceram devido aos portos, que recebem navios trazendo e levando mercadorias.

são aquelas onde encontramos um grande comércio de mercadorias e serviços.

são aquelas que, por motivos históricos ou não, atraem fiéis de uma determinada religião.

são cidades antigas, que têm muita história para contar: construções históricas, fatos culturais marcantes etc.

Porém, alguns grandes centros urbanos podem ter mais de uma dessas caracterís-

ticas. Você conhece algum? Confira com seus colegas se eles também conhecem!

OS PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS Muitos dos problemas ambientais urbanos estão diretamente relacionados à maneira como construímos as cidades. E, quanto maior for o número de pessoas que vivem nos centros urbanos, maiores serão estes problemas. Pense um pouco sobre os problemas

ambientais da sua cidade. Será que eles têm solução? Alguns desses problemas são facilmente percebidos, como acontece com o lixo das ruas e a poluição dos rios. Outros, entretanto, são invisíveis e podem passar despercebidos, como a poluição do ar. Mas, antes de buscarmos as soluções precisamos entender estes problemas... 9


Capítulo 1

poluição do ar

A poluição do ar acontece, principalmente, por conta dos gases produzidos nas fábricas e pelos automóveis, que acabam sendo lançados na atmosfera. Muitos desses gases são tóxicos e podem afetar a respiração da maior parte dos seres vivos. A poluição do ar pode também alterar o clima e a temperatura de um ambiente. Isso traz Liberação de gases poluentes (foto: patrick g. moreno) consequências não só para os humanos, mas também para os outros os centros urbanos, com muitas fábricas e animais e vegetais que vivem naquele automóveis, fiquem cada vez mais quentes, local. Esse fenômeno pode fazer com que formando verdadeiras ilhas de calor. poluição da água

Você sabe o que acontece com a água ao sair da nossa casa quando damos descarga, quando tomamos banho ou quando lavamos algo? No Brasil, é muito comum que essa água seja levada para um rio ou para o mar, pois poucas cidades possuem uma rede de saneamento básico.

poluição no rio tietê

ao lado (foto: massao okasaki) abaixo (foto: alex minck)

É por isso que as águas dos rios ficam escuras, cheias de lixo e exalam mau cheiro. E, como muitos rios deságuam no mar, as praias também ficam poluídas e impróprias para banhos e mergulhos, além de poderem transmitir muitas doenças. O correto seria que toda essa água fosse parar em lugares apropriados, como as estações de tratamento de esgoto. Nesses locais a água é tratada com produtos 10

químicos e pode ser reaproveitada, deixando assim de poluir o meio ambiente.


Capítulo 1

poluição do solo

O concreto utilizado na maior parte das construções da cidade impermeabiliza o solo, não permitindo que a água da chuva se infiltre para o subsolo. Assim, a água da chuva corre toda para os rios, deixandoos sobrecarregados. Isso acaba gerando as enchentes. Esse problema se torna mais grave com o crescimento das cidades, pois à medida que a cidade vai crescendo, ela vai aumentando as áreas impermeabilizadas, diminuindo cada vez mais a possibilidade de infiltração da água. Outro problema muito comum das grandes cidades é o excesso de lixo. Muitas vezes, este lixo é descartado nas ruas, sujando as cidades e entupindo os bueiros. Assim, quando chove, a água não consegue escoar pelos bueiros, agravando ainda mais o problema das enchentes. Para piorar esta situação, no Brasil existem poucos lugares adequados para receber o lixo. A maior parte do lixo produzido em nosso país vai parar nos lixões, que são enormes depósitos “a céu aberto”.

lixão (foto: alexandre campbell)

Nestes locais, toda sujeira vai se acumulando formando verdadeiras montanhas de lixo. Além de poluir o ambiente, essas montanhas acabam atraindo vários transmissores de doenças. A retirada da vegetação das encostas também é muito comum nas cidades brasileiras. Essa vegetação é muito importante para proteger o solo contra o impacto direto da água da chuva, que pode provocar deslizamentos de terra. As raízes das plantas são importantes para manter o solo sempre firme, evitando os desmoronamentos.

acima, lixo descartado de forma inadequada

(foto: margi moss)

ao lado, deslizamento de terra em uma encosta

(foto: patrick g. moreno)

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Capítulo 1

atividade

Agora que você conheceu um pouco mais sobre as cidades e municípios brasileiros, vamos criar um município imaginário? Para isso, vamos construir uma maquete que represente esse município, abrangendo uma cidade (espaço urbano) e a sua zona rural. Você pode utilizar qualquer tipo de material, mas dê preferência para aquilo que já possua, como: caixas de leite, fósforos ou creme dental; latas; papelão; pedaços de madeiras, entre outros. Use sua criatividade! Em seguida, basta seguir esse roteiro: • Todos os municípios criados deverão apresentar o espaço rural e o espaço urbano; • Deverá ser indicada qual a principal atividade econômica de cada espaço. • Demonstrar um problema ambiental no campo e outro na cidade relacionados com as atividades econômicas do município imaginário; • Confeccionar um cartaz apresentando uma possível solução para os problemas deste município.

Agora com a maquete e o cartaz pronto, peça para o seu professor montar uma exposição na escola.

ilustração: Fernando Costa Pereira

Faça Sua Parte! • Nunca jogue lixo nas ruas e em locais públicos. Além de deixar sua cidade mais bonita, você evita que os bueiros fiquem entupidos. • Tente reutilizar embalagens usadas. Por exemplo, transforme um pote de condimentos em um porta-treco. • Dê preferência para comprar produtos reciclados ou com embalagens recicladas. • Nunca desmate as encostas para não causar deslizamentos de terra. 12


Capítulo2 conhecendo MEU ESTADO

Vista aérea de uma cidade /Foto: Patrick G. Moreno

No capítulo anterior você aprendeu muitas coisas interessantes sobre a sua cidade. Certamente, você também conhece outras cidades próximas a sua. Quem nunca foi visitar um parente ou amigo em uma cidade vizinha? Pois várias cidades que estão próximas umas das outras formam o que nós chamamos de Estado. O Brasil é dividido em 26 Estados e um Distrito Federal, onde se localiza a capital do nosso País. Vamos conhecer um pouco melhor o seu Estado?

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Capítulo 2

Os Estados Brasileiros “O Brasil é um país continental”. Quem nunca ouviu essa expressão? Pois é, o nosso País é tão grande que parece um continente

inteiro. Só para se ter uma ideia, todos os países da Europa, juntos, com exceção da Rússia, caberiam dentro do Brasil.

Você sabia que o Brasil é o quinto maior país do mundo? Apenas a Rússia, o Canadá, a China e os Estados Unidos são maiores do que ele. Mas como cuidar de um país tão grande? Para facilitar a organização e a administração do Brasil, no início do século XX o nosso País foi dividido em Estados ou Federações. Acre

Roraima

Amapá

Pará

Amazonas

Maranhão

Ceará

Piauí

Atualmente existem 27 unidades federativas no Brasil, sendo 26 Estados e um Distrito Federal. Cada Estado brasileiro é governado por um Governador, que procura colocar em prática as leis elaboradas pelos Deputados Estaduais. Diferentemente dos Estados, o Distrito Federal não é dividido em municípios. Observe, na figura ao lado, todos os Estados brasileiros. Tente localizar no mapa o Estado em que você vive.

Pernambuco Alagoas Sergipe

Tocantins

Rondônia

Rio Grande do Norte Paraíba

Bahia

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal Minas Gerais

Mato Grosso do Sul São Paulo

Espírito Santo

Rio de Janeiro

Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

ESTADO E CIDADES Um Estado não é apenas um conjunto de cidades. Até porque, nem sempre uma cidade fica colada na outra. Entre as cidades, existem espaços que não são preenchidos apenas 14

por estradas. As plantações, as fazendas, as florestas e os rios que preenchem esses espaços, por exemplo, alimentam e abastecem os habitantes que vivem nas cidades.


Em cada Estado do nosso País podemos encontrar diferentes tipos de ambientes. Podemos dividi-los em ambientes terrestres, aquáticos e costeiros. Cada ambiente tem características específicas, e isso vai determinar que tipos de seres vivos são capazes de sobreviver nele. Um ambiente que tenha um solo fértil e onde chova bastante, com certeza terá mais seres vivos do que um ambiente com solo pobre em nutrientes e com pouca chuva.

Capítulo 2

Com certeza, muitos dos alimentos que você costuma comer não foram produzidos em sua cidade. A energia elétrica que liga a luz da sua casa ou faz funcionar a sua televisão provavelmente também não. A água que você usa para beber e tomar banho pode ter sido captada de um rio que nasce fora da sua cidade. Por isso, se esses ambientes não forem preservados, todas as cidades que dependem deles podem ser prejudicadas!

AMBIENTES TERRESTRES No Brasil existem seis tipos principais de ambientes terrestres, também chamados de biomas: a Amazônia, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal e os Pampas. Cada um desses ambientes tem suas próprias características e se

localiza em regiões diferentes do nosso País. Observe o mapa com a distribuição dos ambientes terrestres no Brasil. Você consegue identificar qual é o ambiente predominante no seu Estado? caatinga (foto: alain draeger)

amazônia (foto: margi moss)

mata atlantica (foto: adriano becker)

pantanal (foto: margi moss) cerrado (foto: margi moss)

Amazônia

Pantanal

Cerrado

Mata Atlântica

Caatinga

Pampas (Campos Sulinos ou Campos do Sul)

pampas (foto: alain draeger)

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Capítulo 2

paisagem da mata atlântica

ilustração: rafael baldissara belcastro

A Amazônia é o maior ambiente brasileiro, ocupando praticamente metade da área do Brasil. Localizada no Norte do País, ela abrange nove Estados brasileiros. Com um clima quente e bastante chuvoso, muitos seres vivos são encontrados nessa floresta. O peixe-boi, a onça pintada, o bicho preguiça e árvores como a sumaúma e a castanheira-do-pará vivem lá. A Mata Atlântica se localiza ao longo de quase todo o litoral brasileiro, desde o

Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Nesse ambiente, assim como na Amazônia, também encontramos uma enorme quantidade de seres vivos. Ali existem muitas espécies de plantas, como bromélias e orquídeas, e árvores altas como o jequitibá. Entre os animais encontramos diversos pássaros, sapos, lagartos, insetos e mamíferos como a jaguatirica e o mico-leão-dourado.

Mata Atlântica: ambiente ameaçado Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, a Mata Atlântica cobria a maior parte do litoral do País. Com o passar do tempo, ela começou a ser desmatada por conta da exploração do pau-brasil, uma árvore valiosa que fornecia madeira de altíssima qualidade e um corante vermelho usado para tingir roupas e na fabricação de tinta. Algumas décadas depois, o que restou da Mata Atlântica começou a dar lugar às plantações de cana-de-açúcar e de café. Hoje, por causa do desmatamento e do crescimento das cidades ao longo do litoral brasileiro, restam menos de 7% da mata original. Muitas espécies de plantas e animais desapareceram, e algumas, como o mico-leão-dourado e a onça-pintada, estão ameaçadas de extinção. 16


A Caatinga, ambiente característico do Nordeste brasileiro, tem um clima bastante seco e solo bastante pedregoso. Plantas, como a imburana e o cactus mandacaru, e animais como a cotia e o veado catingueiro, precisam conviver com a falta de água durante quase todo ano.

Localizado na região Centro-Oeste do Brasil, o Pantanal é a maior planície inundável do planeta. Durante a época das chuvas a maior parte da região fica alagada. Nesse bioma encontramos muitos animais, como o tuiuiú, o cervo-do-pantanal e o jacaré, além de diversas espécies de plantas aquáticas.

Capítulo 2

O Cerrado fica na região central do Brasil, englobando nove Estados. Apesar de ser bem seco em determinadas épocas do ano – pode chegar a oito meses sem chuvas –, o Cerrado é um ambiente que tem uma grande variedade de seres vivos. Encontramos plantas como o buriti, o pequi, o jatobá e a mangaba, e animais como o tamanduá-bandeira e a seriema.

Os Pampas, ambiente que no Brasil só é encontrado no Estado do Rio Grande do Sul, têm uma paisagem que se assemelha a um imenso tapete verde. O clima mais frio favorece o crescimento de plantas rasteiras e algumas árvores como o cedro e a araucária. Encontramos animais como a preguiça-de-coleira, o tamanduá e a onçapintada. Paisagem do Pantanal

ilustração: rafael baldissara belcastro

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Capítulo 2

atividade

O solo é um elemento muito importante dos ambientes terrestres, já que é sobre ele que as plantas crescem e os animais andam. Cada ambiente tem um solo com características específicas. Vamos compará-los? Para isso você vai precisar dos seguintes materiais: • Três garrafas PET de 2 litros; • Três pedaços de algodão; • Três copos iguais com água;

• Solo arenoso, solo argiloso e terra preta de jardim; • Um cronômetro.

Pegue as garrafas PET, corte-as ao meio e em cada uma delas coloque a parte superior dentro da parte inferior. Coloque pedaços de algodão no gargalo das garrafas. Em seguida, coloque solo arenoso na primeira garrafa, argila na segunda e terra preta de jardim na terceira. Enquanto um aluno segura o cronômetro, outros três derramam a água ao mesmo tempo nas três garrafas, como mostra a figura. Marque o tempo até que toda a água desça para a parte inferior da garrafa. Você observou alguma diferença na velocidade com que a água atravessa esses três diferentes tipos de solo? Qual tipo de solo consegue armazenar melhor a água? Qual deles seria o ideal para o crescimento dos vegetais? Discuta com seus colegas e tente responder essas questões.

ilustrações: rafael baldissara belcastro

AMBIENTES AQUÁTICOS Quem nunca tomou banho de rio ou mergulhou nas águas de um lago? Toda vez que a água da chuva cai sobre o solo, ela escorre pelo terreno até chegar a rios e lagos. Uma parte dessa água, porém, infiltra18

se no solo e vai formar uma reserva de água subterrânea que chamamos de aquífero. Rios, lagos, lagunas, baías e aquíferos são exemplos de ambientes aquáticos existentes


uma laguna, em outro rio ou então chegar a uma parte mais baixa do terreno e formar pequenos lagos.

Os rios são cursos naturais de água que geralmente nascem nos morros. Mas se a água não é viva, como é que ela nasce? Na verdade, quando a água da chuva cai sobre a superfície terrestre, ela penetra no solo. Em alguns lugares, porém, ela pode brotar, retornando à superfície. Esses locais nós chamamos de nascente do rio. Depois o rio segue o seu caminho, percorrendo longas distâncias até desaguar no mar, em

rio negro, amazonas (foto claudio bergstein)

Capítulo 2

nos diferentes Estados brasileiros. Mas onde os rios começam? Qual a diferença entre um lago e uma laguna?

Você sabia que o rio Amazonas é o maior rio do mundo? Ele nasce na cordilheira de Chila, no Peru, e percorre uma distância de mais de 7.000 km até desaguar no oceano Atlântico.

Os lagos são grandes porções de água cercadas por terra. Eles são formados pela água da chuva ou dos rios que neles desaguam. Como eles não têm contato com o mar, sua água é doce.

Lago

Rio

As lagunas são geralmente formadas por porções de águas rasas e calmas que mantêm ou já mantiveram alguma comunicação com o mar. Suas águas podem variar desde doce até hipersalina, ou seja, muito salgada. No Brasil, as lagunas também são conhecidas como lagoas, como a Lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul, ou a Lagoa de Araruama no Rio de Janeiro, que é considerada a maior laguna hipersalina do mundo.

Laguna

Oceano

ilustrações: rafael baldissara belcastro

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Capítulo 2

atividade

Você sabia que uma gota de água que hoje está numa poça ou num rio poderá estar daqui a alguns dias formando uma nuvem no céu? Em nosso planeta, a água está em contínuo movimento, mudando constantemente de estado físico e formando o que chamamos de ciclo hidrológico ou ciclo da água. A quantidade total de água na Terra não aumenta, nem diminui, mas apenas muda de lugar. Vamos ver como isso acontece? Para isso você vai precisar dos seguintes materiais: • Um copo transparente; • Uma bacia rasa de plástico com altura maior do que o copo; • papel filme transparente; • Elástico ou fita crepe; • Água misturada com um pouco de terra; • Uma moeda.

a

b

c

Coloque o copo vazio no centro da bacia (figura A) e ilustrações: rafael baldissara belcastro jogue, por fora do copo, um pouco da água misturada com a terra. É importante que o nível da água fique abaixo da boca do copo, como mostra a figura B. Cubra a bacia com o papel filme transparente e prenda-o com o elástico ou a fita crepe. Coloque a moeda por cima do papel filme, no centro da bacia (figura C). Depois, leve a bacia a um lugar ensolarado e espere algumas horas. Observe o que acontece e discuta com seus colegas a relação com o ciclo da água.

REGIÕES COSTEIRAS Dono de um dos maiores litorais do planeta, o Brasil possui uma região costeira imensa, isto é, áreas que ficam no limite entre o continente e o oceano. Dos 26 Estados brasileiros, nada menos do que 17 estão no litoral. De Norte a Sul, o litoral brasileiro se estende por mais de 8.000 km, contando com mais de 2.000 praias. Mas não são apenas as praias! Diversos tipos de ambientes, como manguezais, dunas, 20

praia do litoral brasileiro (foto: vitor m. r. do nascimento)

recifes, restingas e costões rochosos, podem ser encontrados nas regiões costeiras.


ao lado, manguezal (foto: patrick g. moreno)

abaixo, falésias

(foto: margi moss)

Capítulo 2

Na região Norte, por exemplo, nos Estados do Amapá e Pará destacam-se os manguezais, ambiente onde vivem caranguejos e diversas espécies de aves. Muitas espécies de peixes que vivem nos mares procuram os manguezais na época da reprodução para lá terem os seus filhotes. Não é a toa que os manguezais são chamados de berçários da natureza. No Nordeste, há uma marcante presença de falésias, ambientes formados por rochas íngremes que são constantemente cavadas pelas águas do mar. Em algumas regiões, as falésias chegam a mais de 120m acima do nível do mar. No Sudeste encontramos as restingas, ambiente com solo arenoso e onde cresce uma vegetação baixa e distribuída em pequenas moitas. Elas são formadas por depósitos de areia que costumam fechar as lagunas. Muitos animais como a maria-farinha e a coruja-buraqueira vivem nas restingas. Já no Sul do País existem muitos costões rochosos. Como o próprio nome diz, são formados por rochas que ficam à beiramar onde crescem várias espécies de algas e animais como os mexilhões e os ouriços. Os costões são importantes para a formação de lagunas, pois ali se formam os depósitos de areia que acabam bloqueando a saída de água para o mar.

restinga (foto Rosely Pellegrino)

costão rochoso (foto eduardo guzman)

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Capítulo 2

PRESERVANDO OS AMBIENTES Todos os ambientes que estão espalhados pelos diferentes Estados brasileiros são de fundamental importância para a vida da população. Eles fornecem, por exemplo, oportunidades de lazer e divertimento. Quem não gosta de ir à praia num final de semana de sol? Ou então tomar banho de cachoeira? Ou ainda curtir uma trilha no meio da floresta? Pois esses ambientes oferecem tudo isso! Mas a importância deles não se resume apenas ao lazer e à diversão. Os rios, por exemplo, fornecem água e alimentos para a população que vive nas cidades. Eles também são utilizados para a navegação dos barcos e, quando represados, podem até ser usados na produção de energia elétrica.

As plantas das restingas, além de fornecerem frutos que servem de alimento, possuem raízes que ajudam a segurar o solo arenoso, mantendo a areia em seu devido lugar. Com a retirada da vegetação a areia pode ser carregada pelo vento e invadir as residências. Na Amazônia, a presença das árvores é fundamental para que as chuvas ocorram não só na região, mas também nas áreas vizinhas. Por essa razão, é fundamental preservar e respeitar cada um dos ambientes que formam o nosso País!

Os aquíferos, com seus imensos reservatórios subterrâneos de água doce, armazenam grande quantida de de água que também pode ser usada pela população. atol da rocas, área de proteção ambiental (apa) (foto: margi moss)

FAÇA SUA PARTE! • Não deixe lixo nas praias, pois ele pode parar no mar e prejudicar os animais marinhos e que vivem na região costeira. • Não polua os rios, pois suas águas servem para beber, tomar banho e regar plantações. • Quando você for visitar um ambiente natural, não tire nada, a não ser fotos, não deixe nada, a não ser pegadas, e não leve nada, a não ser recordações. 22


Capítulo3

CONHECENDO MINHA REGIÃO

Região Sul: Catavento de Madeira, Paraná

Fotos: Ana Maria Chindler / Pé de eira Boi Galeria de Arte Popular Brasil

Região Norte: Cerâmica do Pará,

Região Nordeste: Cerâmica Bumba-Meu-Boi, Pernambuco,

Região Sudeste: Cerâmica de Minas Gerais

Região CentroOeste: Onça em Cerâmica, Mato Grosso

Agora que você já conhece um pouco mais sobre as características do seu Estado, você sabe responder em que região do País ele se localiza? Como nosso País é muito grande, os Estados são agrupados em regiões. Temos no Brasil as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Cada região reúne os Estados que estão próximos entre si e que apresentam características naturais e culturais semelhantes. Vamos conhecê-las melhor?

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Capítulo 3

ORIENTANDO-SE NO ESPAÇO A todo momento precisamos nos localizar no espaço em que estamos. Se alguém na escola perguntar onde fica a sua casa, você com certeza saberá dar as orientações: dirá o nome da rua e alguma referência como, por exemplo, fica em frente à praça. Mas se a pessoa não conhecer a rua, você poderá responder: fica à esquerda! Ou então é só seguir em frente e entrar na segunda à direita! Placas de sinalização em São Paulo

A necessidade do homem se localizar no espaço em que vive fez com que ele buscasse alternativas para conseguir se orientar melhor. A invenção dos termos direita e esquerda é um exemplo disso. Existem também outras formas das pessoas

(foto: Editora Pollux)

se orientarem: através de mapas, de placas sinalizadoras, de bússolas e até de aparelhos modernos como o GPS. Em muitas dessas formas, são utilizados pontos de referência chamados de pontos cardeais.

OS PONTOS CARDEAIS Os pontos cardeais são pontos de referência que levam em conta a localização dos polos da Terra. Você já deve ter ouvido falar nas expressões Norte, Sul, Leste e

Oeste, certo? O Norte é a direção que aponta para o polo Norte da Terra, enquanto o Sul é aquela que aponta para o polo Sul.

Mas como podemos saber onde fica o polo Norte e o polo Sul? Uma das formas é olhar para onde o Sol nasce toda manhã! O Sol, em geral, nasce próximo à direção Leste. Sabendo disso, basta abrir os braços e girar seu corpo até que seu braço direito aponte para a direção onde o Sol nasce, ou seja, para o Leste. Na sua frente estará o Norte e nas suas costas, o Sul. O seu braço esquerdo apontará para o Oeste. Faça como mostra a figura. Mas atenção: ao longo do ano o Sol pode mudar ligeiramente o local onde nasce e se põe. Assim, esse método não é muito preciso e é usado apenas para indicar aproximadamente as direções dos pontos cardeais. ilustração: fernando costa pereira

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Porém, em algumas situações, apenas essas quatro direções não são suficientes. Assim, para uma orientação mais precisa, foram criados também os pontos colaterais, que indicam as direções que ficam na metade dos pontos cardeais. Os pontos colaterais são: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Noroeste (NO) e Sudoeste (SO). Observe a figura ao lado.

Capítulo 3

ilustração: fernando costa pereira

atividade

A rosa dos ventos é uma figura desenvolvida por antigos navegadores e usada até hoje para determinar a direção dos pontos cardeais e colaterais. Nela as direções são identificadas por siglas. Quer desenhar uma rosa dos ventos no pátio da sua escola? Para isso você só precisa de um giz e um dia de observação, preferencialmente durante o verão. Vá para o pátio da escola e marque um x num ponto qualquer do chão. Peça ao seu professor que observe em que ponto do horizonte o Sol nasce de manhã. Depois, observe em que ponto do horizonte ele se põe.

Peça para alguém ficar sobre o ponto marcado, com os dois braços abertos: o direito apontando para o local onde o Sol nasce e o esquerdo para onde ele se põe. Marque com o giz uma linha no chão apontando para essas direções, que correspondem às direções Leste e Oeste. Em seguida, com a ajuda do seu professor, marque outra linha perpendicular à primeira linha marcada. Agora você já tem uma rosa dos ventos desenhada no chão. O que você acha de conversar com a diretora da escola para ela autorizar pintar a rosa dos ventos de forma permanente? ilustração: fernando costa pereira

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Capítulo 3

AS REGIÕES DO BRASIL Como o Brasil é um país muito grande, dividi-lo em regiões facilita não só o seu estudo como também a sua organização. Em 1970, depois de muitas propostas de divisão dos Estados em regiões, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dividiu o Brasil em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Observe o mapa ao lado. Percebeu que o nome das regiões é devido à localização delas em relação aos pontos cardeais e colaterais? É claro que os Estados que formam cada uma dessas regiões não foram escolhidos ao acaso. Eles têm algumas características em comum. Além dos aspectos ligados à natureza, como clima, relevo e vegetação, os

Estados de cada região também apresentam semelhanças em relação às atividades econômicas, estilos de vida e manifestações culturais. Vamos conhecer melhor cada uma dessas regiões?

REGIÃO NORTE A região Norte é a maior das cinco regiões. Ela ocupa cerca de 45% do território brasileiro, ou seja, quase metade do País. Ela é formada pelos Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Todos esses Estados têm em comum o fato de serem cobertos em sua maior parte pela Floresta Amazônica e banhados pelos rios que fazem parte da bacia Amazônica, como o Amazonas e o Solimões, por exemplo. O

Floresta Amazônica (foto: Margi Moss)

clima quente e úmido da região favorece o crescimento de uma vegetação fechada, formada por inúmeras espécies de árvores de grande porte.

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, mas está sendo seriamente ameaçada. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), cerca de 18% da Floresta Amazônica já foram desmatados. A agricultura, a pecuária, a mineração e a extração de madeira são as principais responsáveis pelo seu desmatamento. 26


A principal atividade econômica da região Norte é o extrativismo vegetal e mineral. Isso significa que muitas pessoas sobrevivem da extração de produtos como o látex da seringueira, usado para produzir borracha, e da coleta da castanha-do-pará,

Capítulo 3

Apesar de ser a maior região, ela é pouco populosa. Somente 7% da população brasileira vivem ali. Isso acontece por que a Floresta Amazônica ainda cobre grande parte da região. A maioria da população vive nas cidades, como Manaus e Belém, e na beira dos rios ali presentes.

seringueira (foto: Editora Pollux)

do guaraná e do açaí. Muitos também sobrevivem da extração de ouro, diamante, bauxita e outros minerais.

tribo indígena na amazônia (foto: alain draeger)

Outra característica da região é abrigar a maior população indígena do País, com cerca de 180 mil índios de diversas tribos. Por essa razão, os pratos típicos da região Norte são muito influenciados pela culinária indígena. O tacacá, o açaí, a maniçoba e o pato no tucupi são pratos bastante apreciados pelos habitantes dessa região.

REGIÃO NORDESTE A região Nordeste é formada por nove Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ela ocupa cerca de 18% do território nacional e possui uma grande variedade de ambientes. Por causa das diferenças de clima e vegetação, a região Nordeste pode ser dividida em quatro subregiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte.

Meio-Norte Sertão Agreste Zona da Mata

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Capítulo 3

A Zona da Mata é a faixa litorânea da região, que vai do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. Graças ao clima quente e úmido, a área era totalmente coberta pela Mata Atlântica. Atualmente, porém, a mata está praticamente extinta. O cultivo da cana-de-açúcar, do cacau e do algodão, em séculos passados, e o crescimento das cidades foram responsáveis pelo desmatamento da maior parte da vegetação natural. Hoje, além da agricultura e da pecuária, as principais atividades econômicas dessa área são as indústrias e o turismo. O Agreste é a área que fica entre a Zona da Mata e o Sertão. Seu clima é um pouco mais seco que o do litoral nordestino e as principais atividades econômicas da região são a agricultura e a pecuária. O Sertão se localiza no meio da região Nordeste. A maior parte da população dessa área vive nas margens dos rios, como o Rio São Francisco. O clima quente e seco, com longos períodos sem chuva, dificulta o

Acima, plantação de carnaúba. Ao lado, praia no litoral nordestino (fotos: margi moss)

desenvolvimento da agricultura. A vegetação típica é a Caatinga, e a pecuária é a principal atividade econômica. O Meio-Norte se localiza no limite com a Floresta Amazônica. O clima é úmido e a vegetação natural é, em sua maioria, a mata de cocais, carnaúbas e babaçus. A pecuária e o cultivo do arroz e do algodão são as principais atividades econômicas. Mas muitas pessoas da região também sobrevivem do extrativismo vegetal, principalmente da coleta dos frutos e folhas do babaçu.

REGIÃO CENTRO-OESTE Localizada no planalto central brasileiro, a região Centro-Oeste ocupa cerca de 19% do território nacional. Ela é formada pelos Estados de Goiás, Mato-Grosso, Mato-Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. O clima da região é quente e semiúmido, com chuvas frequentes somente durante o verão. Dois tipos de ambientes são comuns na região Centro-Oeste: o Cerrado e o Pantanal. 28

pantanal (foto: pedro luiz de freitas)

O Cerrado, a segunda maior área vegetal do País, superada somente pela Floresta Amazônica, ocupa a maior parte da região.


As principais atividades econômicas da região são a agricultura, com destaque para o cultivo de soja e milho, e a pecuária. Muitas áreas no Centro-Oeste são usadas para a criação de gado bovino. A região possui o maior rebanho bovino do País, com cerca de 56 milhões de cabeças de gado.

REGIÃO SUDESTE A região Sudeste é formada pelos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e ocupa cerca de 11% do território nacional. Com mais de 75 milhões de habitantes, é a região mais populosa do Brasil, onde estão localizadas as duas maiores cidades do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Na maior parte da região o clima é quente e úmido, com chuvas durante quase o ano todo. Originalmente, a Mata Atlântica cobria grandes áreas dessa região. Porém, o cultivo de cana-de-açúcar e café, em séculos passados, o aumento das indústrias e o crescimento das cidades foram responsáveis pelo desmatamento da maior parte da vegetação nativa.

é a mais industrializada. Mais da metade da produção industrial brasileira é feita na região. Existem diferentes tipos de indústrias, como a automobilística, a de produtos químicos, a de vestuário, entre outras.

Capítulo 3

O Pantanal, por sua vez, encontra-se a oeste do Estado de Mato Grosso do Sul e a sudoeste de Mato Grosso. Cortado pelo Rio Paraguai, a maior parte do Pantanal fica alagada durante a época das chuvas, formando uma grande planície inundável.

A produção do petróleo também contribui para o desenvolvimento da região, já que nos litorais do Rio de Janeiro e do Espírito Santo existem grandes reservas de petróleo.

Além de concentrar a maior parte da população brasileira, a região Sudeste também

Outra atividade econômica importante da região Sudeste é o turismo. No Rio de Janeiro, destacamse as praias e o carnaval, uma das festas populares mais famosas do Brasil. Em São Paulo, as praias do litoral Norte, como São Sebastião e Ubatuba, também são muito visitadas. Minas Gerais possui muitas cidades históricas, como Ouro Preto, Diamantina e Mariana, que recebem turistas de várias partes do País.

navio-plataforma para produção e armazenamento de petróleo

(foto: rafael weberszpil do amaral)

carnaval no rio de janeiro (foto: henrique matos / liesa, liga independente das escolas de samba do rio de janeiro) 29


REGIÃO SUL

Capítulo 3

Formada pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a região Sul ocupa menos de 7% do território nacional. É a menor das cinco regiões brasileiras, mas nem por isso a menos importante.

de técnicas modernas na criação de animais e no cultivo de alimentos garante uma grande produção nessa região. Nas últimas décadas a produção industrial também cresceu muito, principalmente a indústria automobilística.

Com um clima frio e úmido, a vegetação predominante é a mata de araucária e os pampas, onde crescem gramas e plantas de pequeno porte. A região Sul apresenta as temperaturas mais baixas do Brasil. Em certas cidades, como São Joaquim, pode chegar a nevar durante o inverno. A agricultura e a pecuária são importantes atividades econômicas da região. O uso

Cultivo de uvas na região Sul

(fotos: margi moss)

atividade

Vamos agora montar um quebra-cabeça das regiões do Brasil? Peça para o seu professor trazer figuras das regiões do Brasil e dos 26 Estados brasileiros. A primeira etapa será separar as figuras dos Estados por região. Depois, tente montar os mapas, encaixando cada Estado dentro da região brasileira da qual ele faz parte. Seu quebra-cabeça está completo!

DICAS • Prefira consumir produtos fabricados na sua região. Assim, você ajuda a diminuir a poluição ambiental causada pelo transporte de mercadorias. • Ao viajar de carro, peça para seus pais fazerem uma revisão no veículo. Com os pneus cheios e os filtros novos, o carro consome menos combustível e polui menos o ar. 30


Capítulo4 CONHECENDO MEU PAÍS

Foto: Claudio Bergstein

Foto: Laís Futuro

ein Bergst laudio Foto: C foto: Secr. Cu ltura do Mara nhão

Foto: Eduardo Gruzman

ollux ditora P Foto: E

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Foto: Vitor Nasci mento Foto: Patrick G. Moreno

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Kercher Marinho

Foto: Lucietta Martorano

Certamente você já ouviu falar muitas coisas sobre o Brasil. Entre elas que o Brasil é um país de dimensões continentais e que possui belas paisagens naturais. Mas você já parou para se perguntar se o Brasil sempre foi assim tão grande? Se seus recursos naturais vão existir para sempre? E se as paisagens naturais vão continuar assim... tão belas? 31


CONHECENDO O NOSSO PAÍS

Capítulo 4

Nosso País está localizado no continente chamado América. Esse continente, por sua vez, pode ser subdividido em três partes: América do Norte, América Central e América do Sul. Nessa divisão, o Brasil fica na América do Sul juntamente com mais treze outros países. Observe agora mais atentamente a América do Sul e repare que o Brasil é muito grande, comparado aos seus vizinhos. Observe que a Leste do nosso País encontramos o Oceano Atlântico e a Oeste, outros dez países. Tente, agora, descobrir quais são os

países da América do Sul com os quais o Brasil não faz fronteira. Nem sempre o Brasil foi assim, tão grande. Ele foi crescendo ao longo do tempo. Para entender um pouco mais como o Brasil cresceu tanto, vamos “viajar” um pouco pela nossa história.

ilustrações: rafael baldissara belcastro

A EXPANSÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO O Brasil só começa a existir como país com a chegada dos portugueses no ano de 1500. Eles vieram tomar posse dessas terras, 32

aproveitando-se de um acordo, o Tratado de Tordesilhas, que dividia o mundo todo entre Portugal e Espanha.


pau-brasil (foto: editora pollux) Capítulo 4

O nosso país se chama Brasil como uma homenagem ao pau-brasil, uma planta muito abundante em nosso território na época em que os portugueses chegaram. Ela possui uma madeira de alta qualidade e produz um pigmento avermelhado, cor de brasa – daí o seu nome. Seu nome científico é Caesalpinia echinata e, hoje, é considerada uma planta em extinção.

brasil do século xxi

brasil do século xvi: divisão em capitanias hereditárias

Nessa época, o tamanho do Brasil estava limitado até a linha do Tratado de Tordesilhas. Assim, nosso território só ia até lá, conforme mostra o mapa acima. Para garantir o controle dessas terras e não deixá-las vazias, o rei de Portugal

resolveu dividir o território brasileiro em 15 faixas de terra, chamadas de Capitanias Hereditárias. Ele entregou cada uma dessas capitanias a um donatário, que tinha por obrigação proteger e administrar a capitania recebida.

33


Mas não demorou muito para os portugueses começarem a desrespeitar o Tratado de Tordesilhas. Eles foram aos poucos ultrapassando os limites estabelecidos pelo tratado e ocupando as terras que pertenciam à Espanha.

Capítulo 4

Em 1750, foi assinado um novo tratado entre Portugal e Espanha, mudando os limites do Brasil. Este tratado deixou o

contorno do Brasil bem semelhante a como ele é hoje. Porém, o Brasil ainda não havia parado de crescer. Durante os séculos XVIII e XIX outras terras foram sendo incorporadas e o Brasil continuou a crescer. Apenas no início do século XX o tamanho do território brasileiro ficou definido da forma como é hoje.

É muito comum acharmos que o território brasileiro se restringe ao continente, mas isso não é verdade. Além do continente, o Brasil tem direito ao espaço aéreo sobre o continente e a uma faixa de mar de 370 km a partir da costa. Por esta razão, as nossas fronteiras não terminam no continente, e sim no arquipélago de São Pedro e São Paulo, localizado no Oceano Atlântico.

A exploração das riquezas do Brasil O pau-brasil

A primeira riqueza explorada no Brasil pelos portugueses foi o pau-brasil, uma árvore que existia em abundância nas terras da costa brasileira. Na época, o pigmento vermelho extraído do pau-brasil era muito valorizado, pois era usado na Europa para tingir tecidos. Por isso, quase todas as árvores que aqui existiam antes do descobrimento foram levadas para Europa para produzir esse pigmento. Como a exploração do pau-brasil foi feita de forma predatória, ou seja, sem nenhuma preocupação em replantar as árvores que estavam sendo extraídas, não demorou muito para que elas quase acabassem. 34

índios na exploração do pau-brasil: mapa de 1575 (mapa da costa do brasil, por andré thevet - acervo da fund. biblioteca nacional, brasil)


A cana-de-açúcar

A produção de açúcar era feita em engenhos que ocupavam grandes áreas de terra e utilizavam mão-de-obra escrava. Porém, como a única preocupação era o lucro, a plantação era feita até que o terreno esgotasse todos os recursos, ou seja, até que o solo ficasse praticamente sem nutrientes. Não havia cuidado nem tempo para deixar o terreno se recuperar, pois eles queriam produzir o máximo de açúcar no

usina de açúcar, 1835

(gravura de jean baptiste arnout - acervo da fund. biblioteca nacional, brasil)

menor tempo possível. Quando os recursos do terreno se esgotavam, os produtores de açúcar mudavam seus engenhos para outro local. Isso contribuiu ainda mais para a devastação da vegetação nativa do Brasil.

Capítulo 4

Alguns anos depois do descobrimento do Brasil, os portugueses trouxeram as primeiras mudas de cana-de-açúcar para serem cultivadas aqui. Os portugueses já tinham muita tradição na produção e no comércio de açúcar em toda Europa.

A mineração

Durante quase 100 anos, as únicas atividades econômicas do nosso País eram a extração do pau-brasil e a produção de açúcar. Porém, no final do século XVII, os colonizadores encontraram ouro e outros metais e pedras preciosas nas terras do interior do País.

contaminam o solo e os rios, intoxicando muitos animais e vegetais. Até a população que vive próxima a estas áreas acaba sendo afetada.

A exploração destas riquezas durou até o fim do século XVIII e, além de enriquecer muitos exploradores, também causou muitos problemas ambientais. Para a construção das minas, grandes áreas foram escavadas, destruindo a vegetação local. Além disso, a mineração de alguns metais preciosos, como o ouro, utiliza produtos químicos muito tóxicos. Esses produtos

mineração na floresta amazônica (foto: margi moss)

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O café

Capítulo 4

No final do século XVIII, enquanto a mineração estava em declínio, surgiu no Brasil uma outra atividade com grande interesse econômico – o café. Inicialmente, seu cultivo começou em apenas algumas regiões, porém rapidamente ele se espalhou por quase todo o País. A maior parte da produção de café era levada para a Europa, o que tornou o Brasil o maior exportador mundial da época. Os empresários deste setor enriqueceram rapidamente e começaram a interferir nas decisões políticas do País.

No detalhe, grãos de café

(foto: margi moss)

acima, cultivo de café

(foto: pedro luiz de freitas)

Da mesma forma que aconteceu com a produção da cana-de-açúcar, os cultivadores de café não tiveram a preocupação de adotar técnicas para conservar os recursos do solo. Assim, quando o solo ficava pobre em nutrientes, eles abandonavam o terreno improdutivo e procuravam outras terras com matas virgens, que eram logo desmatadas.

OS IMPACTOS AMBIENTAIS NOS BIOMAS BRASILEIROS Você aprendeu que no Brasil podemos encontrar seis diferentes biomas: a Amazônia, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal e os Pampas. Você viu que cada bioma apresenta um clima diferente com características específicas.

atividades econômicas brasileiras (exploração do pau-brasil, o ciclo da cana-de-açúcar e o ciclo do café) e o crescimento urbano ocorreram na área desse bioma. Porém, atualmente, existem várias iniciativas para repor parte da vegetação que foi destruída.

Atualmente, todos esses biomas estão sofrendo com diversos impactos ambientais. A Amazônia, por exemplo, vem sofrendo com a extração desordenada de madeira e com as atividades agrícolas, como a plantação de soja, que causam muitos desmatamentos na região. Em 2003, 16% da área total da floresta já tinha sido desmatada. A Mata Atlântica, por sua vez, é o bioma brasileiro mais devastado, pois hoje restam menos de 7% da sua mata original. O que gerou essa enorme destruição foi o fato de que as principais 36

Acima, terreno desmatado (foto: pedro luiz de freitas) ao

lado, expansão imobiliária no litoral do rio de janeiro (foto: patrick g. moreno)


O maior problema da Caatinga, atualmente, é a baixa quantidade de chuvas na região, resultando na seca. As plantações e a criação de animais sofrem com a falta de água, o que acaba transformando parte desse bioma em deserto, num processo conhecido como desertificação.

Agricultura no Cerrado (foto: margi moss)

Os Pampas também têm sofrido muito com a criação de animais e o uso de terra de forma descontrolada, como, por exemplo, para o cultivo de milho, arroz, trigo e soja. Essas práticas acabam deixando o solo cada vez mais pobre.

Parte do Pantanal vem sofrendo agressões por causa da exploração do ouro e de diamantes. Porém, o maior problema desse bioma é o assoreamento dos rios, que ocorre quando a vegetação das áreas próximas ao rio é retirada. Assim, o solo fica desprotegido e muitos detritos são levados para os rios, que ficam cada vez mais rasos.

Capítulo 4

No século passado, grande parte do Cerrado começou a ser utilizada para a agricultura e a pecuária. Hoje, apenas cerca de 20% da área original estão preservados. Atualmente, o plantio de soja para alimentação animal é uma das maiores ameaças a esse bioma.

fazenda nos pampas (foto: igor frança)

mineração de ferro no pantanal

(foto: margi moss)

A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA Você sabia que mesmo com todos esses impactos o Brasil é hoje o país com a maior biodiversidade do mundo? Mas você sabe o que isso significa? Será que podemos nos orgulhar disso? Com certeza, sim! A biodiversidade é a variedade de vida no planeta Terra,

incluindo todas as espécies de animais, plantas e até os micro-organismos. Em um país assim, tão grande, encontramos uma quantidade gigantesca de seres vivos. Os cientistas estimam que existam mais de quatro milhões de espécies de animais e de vegetais em todo o território brasileiro. 37


Capítulo 4

Os cientistas costumam dividir a biodiversidade em dois conjuntos: a fauna e a flora. A fauna é o total de animais que vivem em uma região. Já a flora é o conjunto de todas as plantas. O Brasil possui a flora mais rica do mundo, com cerca de 55 mil espécies de plantas. Também apresenta uma grande diversidade de fauna. Só de mamíferos, por exemplo, são mais de 500 espécies. Toda essa diversidade, porém, está sendo ameaçada pelo desmatamento, pela caça e pela venda de animais. Muitas espécies da fauna e da flora brasileiras estão extintas ou ameaçadas de extinção. Mas será que isso é grave? Uma espécie é considerada extinta quando ela deixa de existir na natureza, ou seja, quando o último indivíduo dessa espécie morre. De acordo com alguns cientistas, algumas espécies brasileiras já estão extintas, como a Ararinha-azul e o maçarico-esquimó.

Mas por que é importante preservar a nossa biodiversidade? Para qualquer país do mundo, a perda da biodiversidade representa um grande prejuízo. Além de manter a natureza em equilíbrio, as espécies da fauna e da flora também podem ser úteis para a agricultura, para a pesca e até para o desenvolvimento de remédios.

Já as espécies ameaçadas de extinção são aquelas que têm tão poucos indivíduos que correm sérios riscos de desaparecer. Atualmente, 627 espécies de animais e 472 espécies de plantas encontram-se ameaçadas de extinção no Brasil. Entre as plantas podemos citar o pau-brasil, o jequitibá e a samambaiaçu-imperial. Animais como a onça-pintada, o peixe-boi e o mico-leão-dourado também estão ameaçados de extinção. jequitibá (foto: editora pollux)

FAÇA SUA PARTE! • Boa parte do nosso lixo é feita de papel, por isso utilize os dois lados das folhas. Dessa forma evitamos cortar mais árvores para produzir papel. • Nunca retire animais da natureza. Assim, você ajuda a preservar nossa biodiversidade. 38


Capítulo5 Conhecendo meu planeta

Foto do planeta mostrando a América do Sul, Foto: Reto Stöckli e Robert Simmon, NASA

Você já parou para pensar porque nosso planeta se chama Terra? O mais lógico seria chamá-lo de Planeta Água, afinal cerca de 70% do planeta é água, ou seja, mais de 2/3 da sua superfície. Por isso, se olharmos a Terra do espaço veremos uma imensa bola azul, como na foto acima. É graças a toda essa água que nós estamos aqui, pois sem ela não seria possível a existência de vida no planeta. Afinal, todos os seres vivos, sem exceção, precisam de água para sobreviver. Vamos, então, conhecer um pouco mais deste nosso incrível planeta?

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A SUPERFÍCIE DA TERRA salgada, que forma os cinco oceanos do nosso planeta: Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico e Antártico. Observe o mapa mundi abaixo para relembrar. Mas você sabia que nem sempre foi assim?

Capítulo 5

Você provavelmente já deve ter aprendido que a superfície da Terra é dividida em seis continentes, certo? São eles: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Antártida. Esses continentes, por sua vez, estão cercados por um gigantesco mar de água

ilustrações: rafael baldissara belcastro

Antigamente, logo que nosso planeta se formou, existia apenas um único continente, chamado Pangeia, cercado por um imenso oceano. Com o passar do tempo, esse grande continente foi se dividindo e se separando até formar os seis continentes que conhecemos hoje. E, acredite, eles ainda continuam se separando! Mas esse processo é tão lento, mas tão lento, que é impossível para nós percebê-lo sem equipamentos sofisticados.

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Um continente nada mais é do que uma gigantesca massa de terra cercada de água pelos lados. Para entender melhor, imagine uma ilha imensa onde podem viver milhões (ou até bilhões) de pessoas. Isso é um continente! Observe a ilustração abaixo. E de onde surgiu toda essa terra? Ela surgiu das deformações que existem na superfí-

cie do nosso planeta. Essas deformações, que chamamos de relevo, aconteceram durante a formação da Terra e fizeram com que em alguns locais a superfície ficasse mais alta e em outros, mais baixa. Em alguns dos pontos mais baixos, a água se acumulou formando lagos, mares e oceanos. Já os locais mais altos, ficaram do lado de fora da água e formaram os continentes.

Ilha

Continente

atividade A Vamos entender melhor como os continentes se formaram? Para isso você vai precisar do seguinte material: acima, besouro (foto:

Capítulo 5

ilustrações: rafael baldissara belcastro

eduardo gruzman)

• Uma bacia grande • Argila • Garrafa Pet ou regador • Água

ao lado e abaixo, paineira (fotos: eugênio

arantes de melo)

Com a argila, construa dentro da bacia um terreno irregular como mostra a figura A. Espere a argila secar. Peça para um adulto furar o fundo e parte da lateral de uma garrafa PET conforme mostra a figura B. Se preferir, você também pode utilizar um regador. Encha a garrafa PET ou o regador com água e jogue-a por cima de todo o terreno construído, simulando a ação das chuvas (figura C). O que você observa? Provavelmente, você perceberá que a água se acumula nas partes mais baixas do terreno, formando pequenos lagos. Agora, imagine isto acontecendo em uma escala muito maior, por toda a superfície do planeta. Foi assim que se formaram os lagos, mares e oceanos da Terra. A parte que não ficou coberta de água representa os continentes e ilhas do nosso planeta.

B

C

ilustrações: rafael baldissara belcastro

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CARACTERÍSTICAS DA TERRA

Capítulo 5

É muito comum escutarmos que a Terra é redonda. Na verdade, nosso planeta tem a forma de um geoide, ou seja, uma esfera levemente achatada nos dois polos. A parte sólida da Terra, que forma as ilhas, continentes e o fundo dos oceanos é chamada de litosfera ou crosta terrestre. Nós vivemos sobre essa camada. Já a parte líquida, ou seja, os oceanos, os mares, os rios, os lagos e toda a água subterrânea forma a hidrosfera. Em volta de todo o planeta também existe uma camada formada de gases chamada de atmosfera. Um dos gases presentes nessa camada, o oxigênio, é muito importante para muitos seres vivos do nosso planeta. Mas a Terra não foi sempre assim. Desde que se formou, nosso planeta já passou por inúmeras transformações. Algumas mudanças aconteceram de forma repentina e violenta, como aquelas causadas por terremotos e erupções vulcânicas. Outras transformações, porém, levaram milhões de anos e foram capazes de deslocar continentes, formar montanhas e mudar completamente o aspecto da superfície do planeta. A ação das águas dos rios, das chuvas e dos mares e os ventos também contribuíram para modificar o relevo terrestre.

ilustrações: rafael baldissara belcastro

Mas será que a Terra só se modifica pela ação dos fenômenos da natureza? Na verdade, os seres vivos também podem modificar as características do nosso planeta. Em alguns casos, essas modificações são positivas, como os vegetais que produzem o oxigênio da atmosfera. Em outros casos, as modificações são negativas, como a poluição, por exemplo. Essas modificações negativas, que na maioria das vezes são causadas pelo próprio homem, acabam fazendo com que nosso planeta sofra com muitos problemas ambientais. Atmosfera

ilustrações: rafael baldissara belcastro

Hidrosfera

Litosfera

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OS PROBLEMAS AMBIENTAIS DO NOSSO PLANETA Você já deve ter escutado que nosso planeta está ficando doente. Isso acontece porque à medida que a população humana aumenta (o que vem acontecendo principalmente nos últimos séculos), o impacto que nós causamos no meio ambiente também aumenta.

Alguns desses impactos afetam apenas a população local, como o desmatamento de encostas ou o lixo jogado nas ruas. Porém, existem problemas ambientais que não são restritos a uma única região. São impactos que trarão consequências para todo o planeta e, por isso, são chamados de globais.

AQUECIMENTO GLOBAL

O grande problema é que esse aumento da temperatura pode prejudicar a vida em todo

deserto no marrocos

(foto: margi moss)

o planeta, pois muda as condições às quais os seres vivos estão adaptados. Assim, esses seres precisarão se adaptar a novas condições climáticas, pois, caso contrário, poderão entrar em extinção. Em pouco tempo, regiões inteiras podem se transformar em verdadeiros desertos.

Capítulo 5

Atualmente, muita gente fala no aquecimento global. Esse fenômeno acontece por um aumento significativo da temperatura do planeta em um curto espaço de tempo, de apenas algumas décadas. Ele é causado devido ao aumento, na atmosfera, da quantidade de gases causadores do efeito estufa. Esses gases retêm parte do calor emitido pelo Sol, aquecendo o planeta. Os cientistas acreditam que muitos desses gases são liberados pelas atividades humanas.

DERRETIMENTO DAS GELEIRAS

Outro grave problema do aquecimento global é o derretimento das geleiras localizadas no Polo Norte e no Polo Sul. Com o aumento da temperatura, parte desse gelo derrete e se transforma em água líquida. Essa água vai parar nos oceanos, aumentando o volume total de água líquida no planeta. Consequentemente, o nível dos oceanos pode aumentar. Imagine só o que pode acontecer! Muitas ilhas e cidades costeiras

derretimento de geleira em lago argentino (foto: foto ap / guillermo gallardo - telam)

iriam ficar alagadas, por todo o planeta, podendo até desaparecer em alguns casos.

Segundo pesquisas realizadas por cientistas da NASA, até o ano de 2100 a média do nível do mar pode aumentar cerca de 55 cm em todo o planeta. 43


EXTINÇÃO DAS ESPÉCIES

Nosso planeta é diferente de todos os outros por um motivo: ele é o único em todo o Universo onde, até hoje, foi encontrada vida. Porém, parte da sua biodiversidade está sendo ameaçada por um problema muito sério: a extinção.

Capítulo 5

Parte desse problema ocorre porque muitos seres vivos não são capazes de aguentar as variações climáticas ambientais e acabam morrendo. Porém, em alguns casos, é a ação direta dos homens que faz com que algumas espécies acabem extintas. A caça excessiva aos elefantes e aos gorilas durante décadas, na África, por exemplo, fez com que essas espécies quase desaparecessem do planeta. Hoje, elas são apenas encontradas nas áreas de proteção.

acima, gorila na áfrica. abaixo, elefante africano

(fotos: margi moss)

Aqui no Brasil, muitos animais também estão ameaçados principalmente devido à caça predatória. O peixe-boi, a jaguatirica e o mico-leão-dourado são apenas algumas das espécies que podem acabar extintas da natureza.

peixe-boi

(foto: fábia luna / cma/icmbio)

A TERRA ESTÁ SOZINHA? Como você deve imaginar, nosso planeta não está sozinho no espaço! Ele faz parte de um grupo de planetas que pertencem ao 44

Sistema Solar. Esse sistema tem esse nome porque todos os planetas estão em órbita, ou seja, girando ao redor do Sol.


As distâncias entre as órbitas dos planetas não estão em escala Sol

Mercúrio

Vênus Terra Marte

Júpiter

Saturno

Netuno

Além da Terra, existem mais sete outros planetas em órbita ao redor do Sol. São eles: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Além dos planetas, também encontramos vários outros corpos celestes no Sistema Solar: os planetas-anões, como Plutão, as luas (também chamadas de satélites naturais), os asteroides, os cometas etc.

ilustrações: rafael baldissara belcastro

O Sol, por sua vez, é uma estrela, ou seja, um astro celeste capaz de emitir luz e calor. Ele se localiza no centro do Sistema Solar e todos os outros corpos celestes desse sistema giram ao seu redor. É graças a ele que as temperaturas na maior parte do nosso planeta são agradáveis e que os dias são claros.

Capítulo 5

Urano

A HIPÓTESE DE GAIA A hipótese de Gaia surgiu em 1969 quando cientistas compararam as características da Terra com as de outros planetas do Sistema Solar. Eles concluíram que nosso planeta não só é o único que abriga a vida, como ele mesmo se comporta como um único e gigantesco organismo vivo. Isso significa que nosso planeta é capaz de controlar e manter as condições ideais para abrigar a vida, como a temperatura, a composição da atmosfera, a presença de água etc. Tudo isso graças à presença dos próprios seres vivos. Eles batizaram este grande organismo de Gaia em homenagem à deusa grega da Terra. 45


Capítulo 5

O Sistema Solar faz parte da Via Láctea, a nossa galáxia. O Sol é apenas uma das bilhões de estrelas que existem nessa galáxia. Observe a imagem da Via Láctea ao lado. Cada pontinho luminoso é uma das estrelas da nossa galáxia. Você também pode tentar enxergá-las olhando para o céu à noite. Já tentou? Além da Via Láctea, existem muitas outras galáxias no Universo. Na verdade, não sabemos ao certo quantas galáxias realmente existem no total, mas a estimativa dos cientistas é de que existam bilhões delas. Você é capaz de imaginar? via láctea (imagem produzida pela nasa)

Como você pôde perceber, nosso planeta é apenas um pontinho na imensidão que é o Universo. Mas esse pontinho é especial, pois ele é capaz de abrigar a vida. Por isso, é nosso dever respeitá-lo e cuidar para que as condições que permitiram o surgimento da vida na Terra se preservem por muito tempo!

FAÇA SUA PARTE! • Nunca compre animais sem licença. Isso estimula o comércio ilegal de animais silvestres. • Evite o desperdício de energia. Muitos dos processos de produção de energia poluem o ambiente e liberam gases causadores do efeito estufa. • Não desmate! As árvores são poderosas aliadas no combate ao aquecimento global. 46


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA Barros, Carlos e Paulino, Wilson. Ciências: o meio ambiente. São Paulo: Editora Ática, 2008. Biancovilli, Priscila. Folha do babaçu pode ser analgésica e antiinflamatória. Boletim Olhar Vital, n° 129, 5 de julho de 2008. Bretones, Paulo Sérgio. Os segredos do universo, São Paulo: Atual Editora, Coleção Projeto Ciência. Câmara, Ibsen. G. Megabiodiversidade – Brasil. Rio de Janeiro: Sextante, 2002. Canto, Eduardo Leite do. Ciências naturais: aprendendo com o cotidiano. São Paulo: Editora Moderna, 2009. Céu e Terra 1, Coleção: Ciência Hoje na Escola, SBPC, 1996. Clark, David. Introdução à Geografia Urbana – 2a Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991. Correia, Roberto Lobato. Espaço Urbano. Ática: São Paulo, 1995.

Guelli, Neuza S. e Orensztejn, Miriam. Conviver: geografia: guia e recursos didáticos para professores. São Paulo: Moderna, 2009. Lewinsohn, T. e Prado, P. I. Biodiversidade brasileira: síntese do estado atual do conhecimento. Editora Contexto, 2003. Linhares, Sergio e Gewandsznajder, Fernando. Biologia Hoje. Volume 3. São Paulo: Editora Ática, 2004. Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas. Da Terra às Galáxias – Uma introdução à astrofísica, Petrópolis: Editora Vozes, 7a edição, 1998. Oliveira, Isabel Cristina Eiras de. Estatuto da cidade; para compreender... Rio de Janeiro: IBAM/ DUMA. 2001. Paganelli, Ylda Tomoko; Antunes, Aracy do Rego e Manandro, Heloísa Fesch. Estudos Sociais: teoria e prática. Rio de Janeiro: Access, 1993.

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