25 ANOS
Pequenos
J ornalistas www. eb23-augusto-moreno.rcts.pt
Agrupamento de Escolas Augusto Moreno - Bragança
Nº63 Março 2006
Diálogo de culturas na Escola PARABÉNS! Augusto Moreno Pequenos Jornalistas
A interculturalidade é palavra viva na Escola Augusto Moreno. O respeito pelas outras culturas, da eslava à brasileira, da cigana à oriental, é prática habitual neste estabelecimento de ensino. Os alunos cuja língua materna não é o português e que entrevistamos nesta edição reconhecem isso mesmo. Dizem-se bem integrados, apreciam a simpatia dos portugueses, apenas estranham o menor formalismo do nosso sistema de ensino. Mantêm, no entanto, a saudade dos seus países de origem. Págs. 6 e 7
Comemora-se, nesta edição, 25 anos de publicação ininterrupta do jornal do nosso Agrupamento. Trata-se de um caso raro de longevidade na imprensa escolar portuguesa. Nas páginas centrais descrevemos a história da sua criação. Págs. 12 a 14
Daniel Catalão:
“A televisão não estava nos meus horizontes” Daniel Catalão. Jornalista. Docente Universitário. Antigo aluno da Escola Augusto Moreno. Natural de Bragança, onde iniciou o seu percurso profissional. Hoje cumpre o sonho de alguns elementos do Clube de Jornalismo desta escola e não só. Por isso quisemos ouvir o seu testemunho-itinerário de uma carreira de sucesso.
Págs. 8 a 10
Reestruturação da
es col ar
rede
d o e nsino básico
A nova política de reestruturação da Rede Escolar marca profundamente o 1º Ciclo do Ensino Básico encerrando um elevado número de escolas isoladas. Pág. 24
05 Reportagem Uma simulação de incêndio na nossa escola Destaque 06 Diálogo de culturas na Escola Augusto Moreno
Eclipse Anular do Sol
Sumário
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Notícias
08 Entrevista Daniel Catalão em entrevista ao “Pequenos Jornalistas”
2
11 Questionário Conhecer os nossos alunos 12 Aniversário 25 anos do “Pequenos Jornalistas” 14 Cultura Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és 18 Sociedade Morangos com Açúcar e Hip-Hop 22 Passatempos Jogo Europeu, Adivinhas, etc. 24 Ensino Reestruturação da rede escolar
O 5ºB observando os primeiros momentos do eclipse
A manhã de 3 de Outubro de 2005 foi diferente na Escola E,B, 2,3 Augusto Moreno. Todas as aulas tiveram um tema comum, o eclipse anular do Sol. Alunos e restante comunidade escolar puderam, no espaço envolvente da escola, observar e fotografar o evento apesar da simplicidade dos meios utilizados. A diminuição da luminosidade e o frio intenso que se fez sentir, sobretudo nos momentos
mais próximos da formação do anel, aumentaram ainda mais a curiosidade e entusiasmo de todos. Para além da observação directa, usando óculos de protecção, o eclipse também foi visualizado de modo indirecto, obtendo-se imagens por projecção, através de binóculos, o que permitiu o registo fotográfico com máquinas digitais e telemóveis. Aura Aguiar ( Professora)
Pequenos
Jornalistas Março 2006
Nº 63
Clube de Jornalismo promove visita de estudo
Os membros do Clube de Jornalismo da Escola Augusto Moreno deslocaram-se em jornada de trabalho às instalações do jornal “Nordeste Informativo” e “Rádio BragançanaRBA”. Em ambos os órgãos de comunicação social, aqueles estudantes foram recebidos cordialmente por jornalistas, os quais explicaram com paciência e profissionalismo as diversas fases de produção da mensagem informativa, seja ela impressa ou radiofónica. É de destacar a compenetração e o interesse manifestado pelos alunos enquanto escutavam os testemunhos
e os ensinamentos prestados por aqueles profissionais. Esta iniciativa integra-se num conjunto de actividades propostas para este ano lectivo pelo Clube de Jornalismo, entre as quais se destacam a contribuição redactorial para a página do Agrupamento na Internet, a colaboração próxima na elaboração do “Pequenos Jornalistas”, a idealização, tanto quanto possível levada à prática, de uma rádio de alcance interno à nossa escola e o apoio ao estabelecimento de canais de diálogo institucional entre a escola e a comunicação social.
Elementos do Clube de Jornalismo ouvem as explicações do director do “Nordeste Informativo” Dr. João Campos
Ficha Técnica Coordenação: Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Augusto Moreno Redacção: Professores, alunos, funcionários Produção Gráfica: José Carlos Martins (professor) Fotografia: Jorge Padrão, Carlos Fotógrafo, Clube de Fotografia Informática: Raquel Arieira
Propriedade: Agrupamento de Escolas Augusto Moreno Sede: Av. General Humberto Delgado, nº 5300- Bragança Tel. 273322470 Impressão: CIC- Centro de Impressão CORAZE Outeiro – S. Tiago de Riba UI 3720-999 Oliveira de Azeméis Tiragem: 1500 exemplares Distribuição gratuita
a implementação deste projecto pretende-se responder às necessidades existentes maximizando e potenciando espaços, equipamentos, recursos materiais e principalmente, os humanos, numa verdadeira filosofia de Agrupamento. O projecto do ATL, elaborado em
Bruno Vale, 6º ano
actividades diversificadas de comple- tempo útil pelos docentes coordenamento e enriquecimento curricular, dores e orientadores, encontra-se em a saber: pleno desenvolvimento abrangendo - o Inglês no 1º ciclo para os alu- alunos dos quatro anos de escolanos do 3º e 4º anos de escolaridade ridade e a realização de actividades e as actividades de Educação e Ex- diversificadas que visam a formação pressão Físico-Motora para todos os integral e harmónica dos alunos conalunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, templando a dimensão cognitiva, promovidas e dinamizadas pela C.M. sócio-afectiva, a sensorial-motora e a de Bragança. emocional. - Actividades de pesquisa, estudo A tecelagem, as TIC, os bordados, orientado, tecelagem, a hora do con- as dobragens, as várias técnicas de to, Educação e Expressão Dramática, pintura, a Educação Musical, as acEducação e Expressão Musical, Edu- tividades de biblioteca e a animação cação e Expressão Plástica, Formação da leitura são alguns exemplos da Cívica, Jogos Tradicionais e T.I.C., oferta educativa do ATL C.E. orientadas pelas docentes colocadas nas respectivas escolas; - a Educação e Expressão Musical no Jardim de Infância nº1 de Bragança orientada por uma docente do 2º ciclo da área de Educação Musical; Por motivos relacionados com a inexistência de espaços físicos suficientes para assegurar o prolongamento de horário na EB1nº Um depoimento 5 da Estação; nº 6 A Escola Augusto Moreno tem este ano mais uma valência. - Toural e nº 8 - Ar- Estou a referir-me aos tempos livres que funcionam no tur Mirandela, que período da manhã e da tarde. cumprem o horário Durante algum tempo frequentei estas actividades lectivo em regime – quando tinha algumas tardes livres e aproveitava para de desdobramento fazer companhia ao meu irmão Diogo – uma vez que as professoras que são amorosas deixaram-me participar. - turmas em horário Achei muito interessante o que faziam, mesmo até para duplo da manhã e mim que tenho 11 anos. turmas em horário Esta iniciativa constitui uma grande ideia do Agrupamento duplo da tarde- de Escolas Augusto Moreno, visto que alguns meninos não funciona na sede conseguiam tempos livres noutras instituições e para além disso o ATL é gratuito. de Agrupamento, Para finalizar fiz uma pergunta ao meu irmão Diogo do diariamente, das 9 Vale, que está no 1º ano, na escola do Toural: h às 12 h e das 14 – Diogo gostas de frequentar o ATL? Porquê? h às 17h 30 m, o O Diogo respondeu-me assim: Atelier de Tempos – “ Adoro!!! Divertimo-nos muito, conheci novos amigos e Livres - ATL. Com além disso gosto dos professores”.
Editorial
O presente ano escolar marca uma profunda viragem no Sistema Educativo traduzida pela introdução de novas orientações e medidas educativas a nível de concepção da escola e de professor, de gestão de tempos e espaços e de rentabilização e flexibilização de recursos humanos. Essas alterações, consubstanciadas pelos Despachos 16795/2005 e 17387/2005, entendidas por alguns intervenientes, questionadas e mal compreendidas por outros, têm provocado perturbação no funcionamento das escolas que, entretanto, não foram devidamente dotadas das infra-estruturas, dos equipamentos e suportes pedagógicodidácticos necessários e muito menos dos recursos humanos imprescindíveis à implementação e concretização dos programas e projectos que sistematicamente chegam à escola. Apesar de todos os constrangimentos sentidos (e que são muitos) o empenhamento e dedicação da Comunidade Escolar têm sido fundamentais na dinâmica e funcionamento do Agrupamento. O conselho executivo agradece a todos os alunos, pais e/ou encarregados de educação, pessoal não docente, professores e outros intervenientes educativos parceiros, a compreensão, o apoio e o investimento manifestados na concretização do Plano de Actividades e na consecução dos objectivos constantes do Projecto Educativo do Agrupamento. O caminho ainda a percorrer é conturbado, mas estamos convictos que juntos conseguiremos alcançar as metas propostas e contribuir para a melhoria do clima da escola, da qualidade de ensino, das interacções pedagógico-educativas e formativas. O Conselho Executivo
Visita do Governador Civil
O Governador Civil de Bragança, Jorge Gomes, visitou a Escola E.B. 2,3 Augusto Moreno procurando inteirar-se das dinâmicas pedagógicas ali implementadas e das dificuldades com que se defronta aquele estabelecimento de ensino. Depois de uma reunião de tra-
balho com o Conselho Executivo, Jorge Gomes percorreu as instalações da Escola e participou numa aula do CEF – Curso de Educação e Formação, demonstrando um interesse especial pelo percurso escolar dos alunos, alguns deles em recente perigo de auto-exclusão escolar.
Notícias
Em cumprimento do disposto no despacho nº 16795/2005 de 3 de Agosto, referente às novas orientações educativas de funcionamento da escola “a tempo inteiro”, nas EB1 pertencentes ao Agrupamento, no âmbito do prolongamento de horário, estão em desenvolvimento
Pequenos Jornalistas | Março 2006
A cti v i d ad es de Pr o lo ngamen to d e H o r á r i o – AT L
3
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Notícias
do Curso de Educação e Formação
4
No âmbito do Protocolo de Colaboração entre a nossa escola e o Parque Natural de Montesinho, os professores de Formação Tecnológica organizaram duas visitas de estudo, com o objectivo de recolher imagens do Património Natural e Construído, para os painéis de azulejo que iremos pintar e que posteriormente hão-de ser colocados nas Casas de Turismo do Parque. Dia 6 de Fevereiro fomos conhecer a Zona da Lombada e Onor. Vimos as pontes sobre o rio Sabor e as cegonhas em Gimonde, o Museu Rural de Palácios, a Igreja e o Moinho em Guadramil. Em Rio de Onor, soubemos a forma de registar na “Vara”, as multas aplicadas a quem não cumpria com as obrigações do trabalho comunitário. Observámos que os nossos vizinhos espanhóis recuperam as casas com os materiais tradicionais, mantendo assim a harmonia Homem-Natureza. No regresso parámos em Varge, aldeia da nossa colega Catarina. Aí visitámos a “Frauga” (Forja), e o Moinho. Constatámos que nas aldeias as Escolas estão fechadas, e as poucas pessoas com quem falámos, na maioria são idosas. Mas, como a nossa viagem também era para conhecermos usos, costumes e tradições, nada melhor do que a sabedoria das pessoas com mais idade. Dia 13, percorremos as Zonas de Vinhais, Coroa e Baceiro. O senhor Alexandre, Vigilante do Parque, mas motorista de ocasião, foi o nosso guia, chamando-nos à atenção para a floresta de carvalho negral, o Rio Baceiro e Tuela, bem como para os imponentes soutos de castanheiros na zona de Vinhais. Em Lagarelhos vimos o castanheiro considerado pela UNESCO, património Mundial. É mesmo uma árvore de se lhe tirar o chapéu. En-
tão querem saber, que nos metemos todos dentro do tronco, para lá fazermos das nossas brincadeiras? Em Tuizelo, no Santuário da Senhora dos Remédios, demo-nos conta da Fé das pessoas, que todos os anos cumprem as promessas e dançam naquele tapete relvado (eira ou lameiro) junto à igreja. Passámos depois em Landedo, a aldeia mais alta do Parque de Montesinho, onde havia ainda vestígios da nevada do dia 15 de Janeiro. Começámos então a descer em direcção a Montouto, uma pequena aldeia, com ruas estreitas, mas com uma enorme casa de Turismo, bem recuperada pelo Parque. No lavadouro, encontrámos uma mulher, a cumprir as tarefas domésticas, acompanhada dos seus dois filhos. Ao lado, o “tronco”, para servir nas maleitas dos bovinos e a fonte de mergulho, construída com aquelas pedras de granito, já gastas pelo tempo, onde outrora, teria sido ponto de encontro de jovens enamorados. E porque estamos a recordar estas coisas do antigamente, não é que as cegonhas, construíram o seu ninho no cipreste existente no Cemitério da Moimenta? Chegados a esta bonita e preservada aldeia, recebeu-nos o senhor presidente da Junta, que nos disponibilizou a Casa do Povo, para saborearmos a farta merenda que a D. Carolina, nossa simpática e sempre pronta cozinheira, preparou. Depois do repasto, a Rute não resistiu e deu banho aos pés, na água fria que corria nos canais das ruas da aldeia. Seguidamente, fomos orientados pelo guia da Junta, que nos levou à Casa de Turismo do Parque, ao Relógio de Sol, Fontes, Igreja Matriz, com as duas torres sineiras, à semelhança da Sé Catedral de Miranda. No seu interior, eram visíveis os túmulos e os altares de talha dourada, ainda muito bem preservada. Pelas ruas da aldeia, contactámos com algumas pessoas, às quais perguntámos registando em ficha própria, os usos e costumes da terra. Chegados aos moinhos, três deles em cascata, verificámos que a mesma água, fazia-os funcionar em simultâneo. No regresso viemos pela estrada da “Raia”, que nos levou à zona do Baceiro, passando pela Mofreita, Zeive, Fontes Transbaceiro e Parâmio. Na Ribeira das Covas, fizemos um percurso pedestre às ruínas da primitiva igreja de Cova de Lua, em plena mata de carvalhos. No Parque de Merendas da Senhora da Hera, não fomos capazes de acabar as sobras do almoço, ficando já marcado o pequeno-almoço do dia seguinte. E como as coisas boas acabam depressa, a nossa viagem terminou com a chegada à escola, com muitas ideias para os projectos de pintura de azulejo. Trabalho colectivo do CEF
Rita Alexandra Branco Escola de S. Pedro de Sarracenos
Neve
Visita de estudo
Neste domingo apareceu uma coisa maravilhosa! A minha tia acordou-me para ver nevar! Abri a janela do meu quarto, olhei para a rua, vi os montes e as árvores. Estavam cobertas de neve, tudo branquinho: os telhados das casas estava brancos, os pinheiros tinham neve, pareciam um lençol branco. Agasalhei-me bem. Fui para a rua brincar, fiz dois bonecos de neve, o meu tio apareceu naquele momento e começou a desafiar-me atirando com bolas de neve, então veio o meu primo Michael e entrou na brincadeira, atiramos pelotadas uns aos outros. Na nossa região é uso jogar à pelotada e fazer bonecos de neve. É uma alegria! São dias muito divertidos. Como este ano foi um ano de seca, choveu muito pouco, esta neve é muito importante para a agricultura e para os lençóis de água. Eu fiquei muito feliz com este dia, porque gosto de ver nevar e de ver tudo branquinho.
Recreio da Escola Augusto Moreno
A cidade de Bragança ficou ainda mais bonita no dia 15 de Janeiro último, com a queda de um forte nevão. No dia seguinte, segunda-feira, as escolas da cidade estiveram encerradas devido às condições climatéricas e ao reduzido número de meios para desobstruir as vias de comunicação.
Carnaval Mantendo a tradição de outros momentos festivos, as funcionárias da Escola Augusto Moreno fantasiaram-se, neste Carnaval, assumindo a alegria própria da quadra. Esta atitude trouxe um colorido diferente ao nosso espaço de trabalho.
e tinha uns arranhões nos braços. Foram-lhe prestados os primeiros socorros, colocaram-no na maca, puseramlhe uma máscara de oxigénio, levaram-no para a ambulância e seguiram para o hospital. Ficamos todos
receu a RBA que entrevistou o professor Teles e alguns alunos. Assim acabou a simulação de incêndio. Não se esqueçam! Em caso de incêndio chamem imediatamente os bombeiros!
Alfredo Valente
O testemunho
O dia foi divertido, interessante e proveitoso!
Eu e uma colega minha fomos vítimas de um incêndio. Fiquei todo queimado. Chamaram os bombeiros e estes tiveram que me socorrer pela varanda. Meteram-me dentro de uma espécie de saco e levaram-me na ambulância para o hospital. Foi uma experiência muito interessante e proveitosa, pois ficamos a saber como agir em caso de incêndio. Ainda bem que foi a fingir! Gostei muito de participar na simulação e diverti-me imenso! Agora sei como agir em caso de incêndio.
Ariana Catarina da Mata dos Santos 3º ano E:B.1- nº 5 - Estação
Alfredo André Fernandes Valente 3º ano E.B.1 nº 5 – Estação
Simulacro na Escola da Estação. No dia 3 de Fevereiro decorreu uma acção idêntica na Escola Augusto Moreno, com a participação dos Bombeiros Voluntários de Bragança e a Polícia de Segurança Pública desta cidade.
muito preocupados, mas foi por pouco tempo, pois logo a seguir, o Alfredo e a Ana Rita regressaram do hospital. Enquanto tudo isto acontecia apa-
Jardim de Infância do Bairro da Estação promove actividades de integração
CEF
Um caso de sucesso Uma vez, um aluno de nacionalidade francesa disse aos pais: “Não volto à escola, lá só ensinam coisas que eu não sei”. Sobre esta afirmação muitas coisas foram escritas já, todas elas enevoadas em doutas teorias pedagógicas, nem sempre com os resultados esperados. O caso do CEF – Curso de Educação e Formação, na Augusto Moreno, é diferente. Os estudantes que o integram, na variante de Azulejaria, uns com mais dificuldades que outros, passo a passo, começam a rever-se na escola, a chamá-la sua. O bonito painel de azulejos que aqui mostramos é exemplo disso mesmo.
No Jardim de Infância nº 1 de Bragança - Bairro da Estação, procurouse, desde o início do ano lectivo, que os nossos objectivos educativos privilegiassem uma interacção entre as crianças e os adultos (pais, educadoras, educadoras-estagiárias, pessoal auxiliar,…) de uma forma criativa, participativa e produtiva que funcione como recurso pedagógico de suporte ao desenvolvimento de projectos posteriores. Dentro dos diferentes campos de interacção enfatizamos sobretudo os aspectos relacionais presentes em momentos de convívio dos quais aqui deixamos como exemplo a festa do magusto.
Sporting de Bragança entrega prémio ao Duarte A nossa Escola recebeu com satisfação um representante do Sporting de Bragança e três representantes da «Obra Padre Miguel», para orgulhosamente presentearem o Duarte com a camisola daquele clube, autografada pelos jogadores.
No recinto da Escola, fez-se a entrega da camisola ao Duarte que viu satisfeito um dos seus desejos. Os alunos desta Escola agradecem às instituições e partilham a alegria do Duarte. Texto 4ºano - Esc. Artur Mirandela
Pequenos Jornalistas | Março 2006
No dia 13 de Janeiro de 2006, houve uma simulação de incêndio na nossa escola. Os bombeiros subiram as escadas e montaram as máquinas de fumos. Nós descemos e saímos para o recreio com muito cuidado, só ficaram dentro da sala dois colegas. A seguir o professor Teles telefonou para os bombeiros, que apareceram passado pouco tempo. A primeira iniciativa que tomaram foi a de elevar a escada Magirus e dirigirem-se às salas onde estavam os nossos colegas sinistrados. Outros bombeiros subiram para um guindaste com umas mangueiras e deitaram água para o telhado. De seguida, os soldados da paz tiraram de dentro da escola uma menina que tinha um braço partido, ferimentos na testa e alguns arranhões no outro braço e na cara. Os bombeiros continuaram a deitar água para o telhado, pois continuava a sair fumo pela chaminé e pelas janelas. Passaram uns minutos. Os bombeiros abriram a porta da varandinha para tirarem um colega do 3º ano que estava inconsciente
Escolas
Uma simulação de incêndio na minha escola
5
O nosso largo já não é o centro do mundo
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Destaque
Diálogo de culturas na escola Augus
6 Da esquerda para a direita. Na fila da frente: Sónia Ji Shan, Marioly Franduarlis Ferreira; Na fila de trás: Marian Marin, Gergana Suilkova, Leandro Sarcinelli, Ivaniva Roliva, Nicolay Smilkov, Júiia Petrova, Xu-Abo.
Foto: Carlos Fotógrafo
O nosso largo já não é o centro do mundo. O escritor Manuel da Fonseca iniciava deste modo um dos seus contos. E tinha razão quando escrevia assim. Dantes, nasciase, vivia-se e morria-se no mesmo sítio, naquele espaço de terra que sabíamos pertencer-nos, nem que fosse de um modo partilhado. No mundo global de hoje as coisas já não sucedem assim. Cada vez mais as terras se tornam próximas, os interesses iguais, os comportamentos de estar e de sonhar se identificam.
Também em Portugal, durante muitos anos país de emigrantes, se tem assistido na última década à chegada crescente de homens e mulheres que procuram melhores oportunidades de vida. São já 80.000 os alunos que estudam em Portugal sem terem como língua materna o português, Destes, cerca de 80% não nasceram no nosso país, mas antes, na sua maioria, em Angola (13%), no Brasil e Ucrânia (9,6% de ambas as nacionalidades).
Sandra Dionísio, cordenadora de um recente estudo publicado sobre esta temática, acrescenta a estes números o facto de a percentagem de alunos provenientes de países do leste europeu ter vindo a crescer nos últimos anos, com destaque para a Ucrânia, Moldávia e Roménia. Na região do nordeste transmontano esta realidade é notória. Se é verdade que os alunos provenientes dos PALOP continuam a concentrar-se maioritariamente em Lisboa, os outros – originários
Júlia, qual é a tua terra de origem? A minha terra de origem é a Ucrânia. Sou de uma cidade chamada Kershon. És capaz de a descrever de forma breve? É uma cidade maior do que Bragança, que fica a cerca de 30 Km do Mar Negro. É bonita, está rodeada de muitas zonas verdes e tem um rio. Deixaste amizades, lá? Sim. De vez em quando correspondome com elas, mas não tantas vezes como gostaria, porque, neste momento, consigo escrever melhor em português do que em russo. Sentes saudades da tua terra? Se pudesses eras capaz de regressar hoje mesmo a Kershon? Não, porque teria já algumas dificuldades em falar russo, principalmente em escrever. Para além disso, os meus colegas já estão mais avançados nos estudos e eu tenho esperança de concluir um curso em Portugal. Quero ser juiz. Queres mandar muita gente para a prisão… Não. Quero ser sincera.
Que motivos estão na origem da vinda da tua família para Portugal? Os meus pais disseram-me que era para melhorar o meu futuro. Vivia bem. Estudava num colégio, usava farda e tudo. Os meus pais eram professores de canoagem, mas acharam que em Portugal teriam mais oportunidades. O ordenado deles era baixo. Lembras-te do dia em que chegaste a Portugal? Cheguei a Lisboa dois meses antes do Natal. O primeiro sítio onde o meu pai me levou foi a um hipermercado. Fiquei muito admirada com o que vi. E, depois a língua… Era muito estranha. Também acho estranha a feijoada. Nós não comemos orelhas, mas o meu prato preferido é o cozido à portuguesa. O que é que te impressionou mais- tendo em conta a diferença, a novidade- nesta região? Os monumentos. Sempre gostei muito de monumentos. Mas os nossos são diferentes. Não utilizamos tanto a pedra. Lá usamos muito a madeira. Aqui
Em Flash... Júlia Petrova Andreevna
do Brasil, leste e centro da Europa e China – espalham-se pelas escolas de todo o país. Imigração e Escola em Bragança
O retrato de verdade do fluxo migratório em Bragança não parece, no entanto, definitivamente traçado. Os números oficiais relativos aos estudantes cuja língua materna não é o português e que estudam nesta cidade parecem estar subavaliados em relação à realidade. Com efeito, é tudo em granito, as igrejas antigas.... o castelo. Adorei o castelo, mas nunca lá entrei! E as pessoas? São muito diferentes! Até na maneira de vestir. Os ucranianos cuidam mais da imagem. Por exemplo, lá a minha mãe nunca saía de casa mal arranjada. Isso mostra a personalidade… Até as velhinhas se pintam… como já vi em Espanha. E quanto à Escola Augusto Moreno, gostaste desde o princípio dela? Quando cá cheguei, gostei muito. Achei-a fantástica. Trataram-me bem, o ambiente é livre, ninguém se sente assustado, os professores dão-nos liberdade de expressão. E em relação aos portugueses? Têm uma fisionomia muito diferente da vossa? O vosso cabelo é mais escuro, o rosto é mais moreno, as pessoas são mais baixas. Por exemplo, aqui todos dizem que eu sou alta. Na Ucrânia tenho uma estatura média.
Roteiro de Viagem
segundo os dados apresentados no ãmbito do citado estudo, o distrito de Bragança tem entre 20 a 90 alunos na situação referida. O que parece ser insuficiente face à diversidade cultural com que se convive nas escolas e nas ruas da região nordestina. Só no nosso Agrupamento, no presente ano lectivo, contamos com a presença de perto de 20 estudantes, nestas condições. De entre todos destacam-se dois grandes grupos: os que pensam, agem e vivem como Sou da Bulgária, nasci em 1990 na cidade de Goce Delchev, mas os meus pais resolveram emigrar para Portugal. Depois de cá termos passado alguns anos de trabalho e de estudo, em Bragança e na escola Augusto Moreno, eu, a minha irmã e os meus pais resolvemos regressar à nossa terra, para passar as férias de Natal. No dia 16 de Dezembro partimos para uma longa viagem de dois dias e meio. O primeiro país a ser cruzado foi Espanha. Aí passámos por Zamora, Salamanca e Valladolid em direcção a S. Sebastián onde ficámos uma noite, já na fronteira com a França. Em território francês, passámos perto de Toulouse e de muitas outras cidades importantes até que chegámos a Itália. Aí vimos o Mediterrâneo, muitas grutas nas montanhas e depois de passarmos Beugrad seguimos para a Eslovénia onde estivemos pouco tempo. A nossa viagem prosseguiu rumo à Jugoslávia, um país cheio de túneis e
Xu-Abo
Nicolay Smilkov
Como te chamas e de onde vieste? Chamo-me Xuabo. Venho da China, da cidade Ze Jiang. Fala-nos da tua família… O meu pai chama-se Xu Jan Dong e tem 38 anos. A minha mãe tem 36 anos, chama-se Wu Wei Nu. Tenho uma irmã, aqui, e um irmão na China. Porque vieste para Portugal? Vim com os meus pais e quero trabalhar cá. Gostas da escola? Sim, gosto. No início tive algumas dificuldades porque não falava Português. Agora falo melhor. De que é que mais gostas, na escola? Gosto dos meus colegas e dos meus professores. Tem sido difícil aprender português?
Destaque
que há-de ficar para sempre associado ao percalço da viagem: depois de termos passsdo 12 túneis tivemos um acidente que deixou o nosso carro desfeito e sem meios para chegarmos à nossa terra. Por via disso, passámos uma noite na cidade de Pirot, num hotel e depois apanhámos um táxi que nos levou até à fronteira búlgara. Na fronteira estava um tio meu à nossa espera para nos levar até à nossa cidade. Depois das férias, no regresso a Portugal apanhámos um autocarro para Lisboa. A viagem foi muito cansativa, durou 72 horas entre a capital da Bulgária, Sofia, e a capital portuguesa. De Lisboa tivemos que nos deslocar até Bragança também de autocarro...
tuguesas. No fundo, o coração destes alunos bate, sobretudo, pela terra-mãe. De tal modo que nenhum hesita em assumir que fica indiferente quando, por exemplo, assiste a um desafio de futebol entre a selecção portuguesa e a da Inglaterra. Portugal é apenas uma espécie de país emprestado onde contam viver, pelo menos, até à conclusão dos estudos. Todos admitem poder regressar a casa, um dia. Todos menos Marion. É o único que diz não sentir saudades do seu país de origem, a Moldávia. Sente saudades dos amigos, mas não da miséria. Por isso, não quer voltar para lá.
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Gergana e o irmão Nicolay estão cá desde há três anos, mas assumem sentir muitas saudades da Bulgária. Sempre que podem continuam a corresponder-se com os amigos que deixaram em Dothe Delchev, uma cidade búlgara que é um pouco maior do que Bragança. Os dois irmãos frequentam, neste momento, o 7º ano. Dizem-se integrados, mas sentem que há diferenças substanciais entre o ensino que é praticado em Portugal e aquele que existe na Bulgária. Desde logo no que diz respeito às matérias que são leccionadas. Gergana e Nicolai revelam que no seu país de origem, os programas estão mais adiantados no tempo. De resto, há também uma maior exigência ao nível do saber. Fazendo-se acompanhar de um “caderninho”, os alunos búlgaros são avaliados praticamente todos os dias. Quanto à relação dos alunos com os professores, consideram que esta é mais fria, mais distante no seu país natal. A este propósito, Ivaniva, oriunda de Velingrad, também na Bulgária, acrescenta que nesse país os alunos não gritam porque têm medo de serem reprimidos pelos professores, não falam nas aulas e têm sempre uma postura cabisbaixa. De Portugal, estes jovens têm referências positivas. Nicolay e Gergana encontram diferenças na língua e na gastronomia. Ivaniva, por exemplo, gosta da televisão que por cá se faz, diz que é mais divertida do que a que existe na Bulgária. Apenas não aprecia a fisionomia das portuguesas. Diz que as mulheres búlgaras são mais magras e mais altas do que as por-
Apoio de Portugal O governo português tem programas de apoio já em execução, a pensar nos imigrantes que vivem no nosso país. Ao nível das escolas, os jovens que não têm o português como língua materna vão ser incluídos em três grupos de competência linguística: iniciação, intermédio e avançado. Os alunos do primeiro e segundo grupos beneficiarão de apoio pedagógico num bloco de 90 minutos a integrar nos seus horários, no âmbito do estudo acompanhado. Para além desta medida, está em curso o processo de descentralização da certificação de habilitações, o qual passou a ser conduzido pelas escolas, diminuindo, deste modo, o arrastamento burocrático das decisões a tomar nesta área. Portugal está atento à sorte destes novos vizinhos.
7
Foto: Carlos Fotógrafo
Foto: Carlos Fotógrafo
sto Moreno
portugueses e que aqueles que continuam profundamente ligados à sua terra natal. Sónia Jishan, nascida em Portugal há 11 anos, integra-se com naturalidade no primeiro grupo. Mesmo tendo em casa livros e outras recordações que a reportam à China, terra de seus pais, estar aluna diz sentir-se plenamente portuguesa. Integrada, portanto. Nem mesmo a sua fisionomia, diferente da ocidental, lhe causa hoje embaraços no relacionamento interpessoal. Os traços, bonitos, que revelam ascendência asiática nunca foram motivo de discriminação no interior da escola. Marilisa Ferreira, de 10 anos, também não reage de forma diferente quando ouve a língua espanhola. Com ligações ao outro lado do Atlântico, na Venezuela, assumiu plenamente a sua cultura lusitana ao ponto de a considerar sua. No olhar dos estudantes provenientes do leste europeu assiste-se, contudo, a revelações diferentes. Gergana Smilkova (13 anos/Bulgária), Nicolay Smilkov (16 anos/ Bulgária), Ivaniva Ruleva (Bulgária) e Marian Marin (Moldávia) têm em comum o facto de estarem a viver em Bragança desde há pouco tempo. Não mais de três anos. Todos estes jovens foram trazidos para o nordeste transmontano, por vontade dos pais que vieram à procura de melhores condições de vida. Em todos estes casos, nestas famílias, foi sempre a figura paterna aquela que chegou primeiro a Portugal. Os restantes membros do agregado familiar foram chegando depois.
Sim, mas eu tenho estudado muito e já falo e compreendo o que me dizem. Gostavas de voltar para a China? Sim, mas não posso porque aqui ganha-se mais dinheiro.
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Entrevista
Daniel Catalão em entrevista ao “Pequenos Jornalistas”
8
“A Televisão não estava nos Simpático, de uma lucidez diríamos quase profissional, talvez pela experiência radiofónica e televisiva que coloca na postura, voz e olhar sempre que fala e interpela. Assumidamente disponível, ao contrário do que as imagens feitas poderiam fazer crer, Daniel Catalão falou com elementos do Clube de Jornalismo durante mais de uma hora. Sobre si, sobre jornalismo e sobre a cidade de Bragança de que tanto gosta. Quando é que estudou na Escola Augusto Moreno? O ano precisamente não sei dizer, mas fiz nela, no início dos anos 80, o 5ª e o 6ª ano. Não nestas instalações, mas ainda nas antigas, na Praça da Sé, onde agora é o Centro Cultural. Como é que era a escola nesse tempo? Era um mundo grande para mim! Somos tão pequeninos quando entramos para estas escolas, é um mundo tão grande, somos tantos alunos, tantos professores… Eu era um miúdo muito pequenino, também não dava muito nas vistas e achava que aquilo, de facto, era um mundo imenso. Foi um sítio onde aprendi muito e me diverti imenso. Quais eram as disciplinas que lhe despertavam mais interesse? Na altura era o Inglês e a Educação Visual. Sempre adorei Inglês... e Português. Houve um professor de Português que me marcou imenso. Dava as aulas de uma forma pouco comum para o tempo, aproveitava os temas da matéria desafiando-nos a representar, a encenarmos os assuntos que eram dados nas aulas. Acho que foi aí que desenvolvi muita da minha capacidade criativa. Foram as aulas que mais me marcaram. Como é que era vivida a relação entre colegas? Eu acho que era muito próxima. Nessa altura, durante o período de aulas tínhamos de estar dentro da escola. Ora, isso permitia que vivêssemos os intervalos
de uma forma muito intensa, havia uma grande camaradagem entre todos, e depois ainda não existia esta coisa das aulas de substituição, a obrigatoriedade de ir para as bibliotecas e, portanto, quando um professor faltava, e acontecia o chamado feriado, aproveitavamos para jogar, brincar ao que quer que fosse, nos claustros, na cerca que havia lá em baixo e que era um pouco diferente desta [referindo-se à actual] … era uma convivência muito forte. E com os professores? Com os professores era como ainda continua a ser… Há alguns professores com os quais se estabelece uma relação muito mais próxima, com quem temos alguma confiança no sentido de
respeito muito grande entre os alunos e os professores. Às vezes éramos um bocado barulhentos, mas não éramos malcriados. Houvealgumqueotivesseinfluenciado na escolha futura da profissão? Mais no secundário do que no 2º e 3º ciclos. Nesta escola, como já disse, foi esse professor de Português, cujo nome já não me recordo…. Mas foi, posteriormente, um professor de História no 9º ano, esse sim, recordo ainda o nome, Reinaldo Topete, que me influenciou bastante porque para além das aulas de História era alguém que trazia sempre livros em Inglês, histórias, aventuras, e que puxava por nós, pela nossa imaginação, pela nossa capacidade intelectual, muito para lá do
“Houve um professor de Português que me marcou imenso, dava as aulas de uma forma pouco comum para o tempo.” que nos conhecem e puxam por nós e há outros que são muito mais exigentes, muito mais rigorosos e austeros na forma de desempenhar a profissão, com os quais não temos uma afinidade tão grande. Mas havia acima de tudo uma coisa: havia um
que era a própria disciplina em si. Foi alguém que me marcou profundamente e que me encaminhou para a área vocacional actual. Os professores reconheciam-lhe jeito para o jornalismo?
Confesso que não sei… Eu acho que só talvez mais tarde no 10º, 11º ano, mas nunca tive nenhuma orientação específica para o Jornalismo. Não era uma área muito badalada, muito falada. Foi sempre algo que esteve muito no meu íntimo.
A cidade Que recordações guarda da cidade de Bragança do seu tempo de estudante? Recordações! As melhores! Alguma nostalgia dos momentos que se viviam antes e depois da escola, do caminho de casa para a escola, quando se faziam grandes filas de estudantes, quando nos reuníamos todos e a cidade ficava viva, quando tínhamos feriados e nos encontrávamos para conviver e, do que tenho saudades, realmente, era dos dias em que nevava e não havia escola! Era uma grande diversão e isso é sempre uma memória muito viva. Era realmente uma festa! Não havia aulas, mas era um grande momento de convívio entre todos. Em que é que os jovens ocupavam os tempos livres? A jogar à bola! Essencialmente. E outros jogos ao ar livre. Jogava bem futebol? Não era um craque, mas jogava relativamente bem! Era o divertimento maior, indiscutivelmente. Todos os outros eram, aliás, vividos também na rua. Mais tarde, quando andava no 10º ano, vivi a
A Carreira Quando é que descobriu o gosto pelo jornalismo? Foi na Escola Secundária, tal como já tinha dito. A partir do meu 10º ano, foi quando despontou a minha vontade para ser jornalista, que desenvolvi no 11º e depois no 12º. Nessa altura, entrei para a rádio Brigantia e a partir daí nunca mais parei. Fiz um curso na Lusa, depois fui trabalhar para essa agência noticiosa,
é preciso trabalhar muito e entregarmonos de corpo e alma, colocando-a à frente de tudo. E agora uma curiosidade pessoal: custou muito entrar na RTP ? Chegar à RTP foi uma surpresa, para mim. Não foi propriamente um concurso ao qual eu tenha concorrido. Foi antes um convite que me foi feito, para surpresa minha. Perguntaram-me se queria ir trabalhar para aquele canal e apresentar um programa que na altura era o “Regiões”. Fiquei muito surpreendido
“Há profissões nas quais se atinge um topo em Bragança, acima do qual não é possível fazer mais nada.” trabalhei no Público, colaborei com a TVI, com os diversos jornais daqui, ajudei a construir a RBA, e depois entrei para a RTP, onde me mantenho até hoje. Foi muito difícil concretizar essa vocação? Não é fácil… Digamos que juntei a persistência e a sorte de corresponder aos desafios que me foram colocados e, portanto, só e difícil no sentido em que
porque a televisão não estava nos meus horizontes, não era sequer um objectivo meu. A verdade é que as coisas decorreram de uma forma tão natural que as pessoas acabaram por dizer que eu estava talhado para aquilo. A partir daí dediquei-me de corpo inteiro à televisão. Pensa que a rádio é uma boa forma de iniciar uma carreira jornalística? De iniciar, levar pelo meio ou de
Entrevista
transição da brincadeira de rua para o estar fechado em casa. Foi quando começaram a surgir os primeiros computadores pessoais, os ZX Spectrum, foi nessa altura… Eram uns computadores muito pequeninos e foi nessa altura que se deu a transição, que deixamos de andar na rua a passear, a brincar, a metermo-nos com as miúdas e a jogar à bola, e passamos a ficar mais fechados em casa agarrados ao computador. Pensa que os jovens ganharam alguma coisa em sair da rua e utilizarem os computadores? Eu prefiro ver o lado positivo. Porque ganham-se sempre algumas competências que não tínhamos ou que não teríamos se não existissem os computadores. Agora, lamento, é que se tenha perdido essa brincadeira de rua. O estar na rua, o ter prazer de andar ao ar livre, isso é que eu acho que era preciso recuperar, outra vez. Havia tantos bares e discotecas como agora? Não, havia menos, mas a vida boémia de Bragança sempre foi muito grande. Sempre teve essa característica. Teve muitas namoradas? Algumas! Algumas… (risos) Conquistou alguma aqui na escola? Conquistei… E esses primeiros amores de menino são sempre engraçados e deles resultam amizades muito fortes, depois. E uma delas ficou e resiste até hoje. Muito forte. Curiosamente… Porque é que sentiu necessidade de sair da cidade? Foi uma necessidade, um impulso e uma obrigação. Porque a determinada altura da carreira, quando surgem determinados desafios que não podem ser concretizados na cidade, temos que sair, infelizmente. E há profissões nas quais há um topo que se atinge em Bragança, acima do qual já não é possível fazer mais nada e, portanto, quando o convite é dar o passo a seguir, e esse escalão já não existe aqui, existe noutro local, temos então a necessidade de a abandonar. Mas confesso, ainda hoje, que foi difícil, porque eu gosto da cidade, gosto da região, adorei trabalhar aqui, e venho sempre que posso. Hoje preservo grandes amizades de pessoas que continuam a resistir a sair da cidade porque ainda conseguem desenvolver aqui a sua profissão. Vão sendo aqueles que resistem para que isto não seja realmente um deserto. Mas, continua a vir com frequência à cidade? Já não tanto. Mas quando posso venho sempre, até porque tenho os meus pais e amigos aqui, e tenho muito prazer em vir, nem que seja como hoje, “em visita de médico”. Mas venho sempre que posso e amiúde.
Pequenos Jornalistas | Março 2006
s meus horizontes”
terminar! Indiscutivelmente, porque a rádio não quer dizer que seja o princípio de nada. A rádio é um meio autónomo e mais: a rádio é a minha grande paixão. Mas gosta mais da rádio do que da televisão? Hoje é difícil dizer que gosto mais de um meio de comunicação do que do outro, mas adoro a rádio e sou um ouvinte muito atento e crítico de rádio. É óbvio que depois de entrar na televisão, aprendi a gostar de televisão. Hoje gosto imenso da televisão, mas há sempre aquele bichinho que fica da rádio. Sempre, sempre, sempre… O que é que sentiu quando se viu pela primeira vez num ecrã? (risos) Essa é boa porque tenho de pensar. A primeira vez, achei: tenho muita pinta! (risos) Sou mais giro na televisão do que ao vivo! A televisão favorece-me. Foi uma sensação com piada! Até porque a primeira coisa que eu fiz em televisão foi apresentar em directo. Portanto, não me vi logo, só vi a gravação. E isso acaba por ser uma experiência interessante. Dessa fase, no entanto, guardo uma mágoa: normalmente, toda a gente tem uma história a contar da primeira experiência e a mim não me aconteceu nada de especial. Entrei, começou o programa, apresentei o programa, terminou o programa… nada! Não senti aquele vazio na barriga que senti na primeira vez que falei na rádio, nem as palavras saíam, era uma falta de ar, um aperto nos pulmões, não se conseguia respirar, o estômago era um vazio, uma coisa tremenda… Na televisão, não aconteceu nada. É difícil ser pivô? É acima de tudo uma grande responsabilidade. O ser difícil ou fácil não é uma resposta simples, porque o desempenhar a função, para mim, é fácil. Porque gosto de o fazer e sinto que o faço de uma forma muito natural. Agora, é difícil do ponto de vista da responsabilidade que se tem, porque tudo o que dizemos pode ter um grande impacto, tem-no seguramente, e pode ter efeitos perversos em relação àqueles que nós pretendemos. Pode, acima de tudo, a nossa mensagem não ser percebida como nós queremos. E isso é que é mau. Gosta mais de trabalhar em estúdio ou em reportagem? Essa é uma daquelas perversidades… Quando fazemos só reportagem, ansiamos ser pivôs. Quando somos pivôs, sentimonos fechados, encaixotados e às vezes, até quase improdutivos, no sentido em que só contamos as histórias produzidas pelos outros e ficamos com inveja. Portanto, o melhor é fazer aquilo que eu felizmente vou fazendo: que é, por um lado, ser pivô, apresentar -adoro fazêlo- mas, por outro lado, ter sempre a oportunidade de sair e de fazer reportagem, contactar com as pessoas. Porque o essencial do jornalismo é fazer reportagem, é sair, é ver o mundo, é descobrir histórias, contar histórias, isso é que é o essencial do jornalismo. Ser pivô é apenas uma parcela menor do trabalho jornalístico na televisão, talvez seja aquela a que as pessoas dão mais importância, mas, repito, é uma parcela menor dentro do Jornalismo. Muito pequenina.
9
Entrevista Pequenos Jornalistas | Março 2006
Qual foi a reportagem da sua vida? As reportagens mais importantes que eu fiz foram as da deslocação a Timor. Eu tinha entrado há muito pouco tempo para a televisão e permitiram-me dar um passo de gigante na carreira. Além disso foi num território sobre o qual nós temos uma ligação afectiva muito grande e acabou por ser também uma grande lição de vida, tudo o que eu fiz lá. Acabou por marcar a minha imagem e a minha relação com a televisão.
Jornalismo em Portugal Para além do seu trabalho na R.T.P. sabemos que dá aulas na universidade. Os cursos de comunicação social são importantes para quem quer seguir a profissão de jornalista? Os cursos de comunicação são extremamente importantes. Para não dizer fundamentais. Aqueles que os frequentam ganham conhecimentos para perceber o
a sua programação e tentar ganhar a sua audiência, da melhor maneira. Temos assistido a algumas opções que não são as melhores, e têm-se visto até fórmulas que funcionavam muito bem, mas que começam a ficar esgotadas. A realidade nua e crua é esta: entre os projectos apresentados quando foram ganhos os concursos para as televisões e as programações que existem hoje, há uma diferença abismal. Que futuro prevê, então, para o sector? Hoje em dia há dois desafios que se levantam. Um que não depende só dos jornalistas, mas que tem a ver com o relacionamento com a justiça – há uma grande confusão, acho que a justiça tem de perceber melhor em Portugal o mundo do jornalismo. Um outro desafio tem a ver com a auto-regulação dos meios, que é um papel visto por dentro. Os próprios
região como esta, porque para além de cumprir o papel informativo para quem cá está, é fundamental para quem está fora, fazendo com que continue a sentir-se integrado. Daí o eu ter sentido isso muito mais quando saí. Naturalmente que hoje, com Internet, se consegue ver, saber, mas não está lá tudo. Os jornais, o toque do papel, o cheiro, o guardar, o poder levar é sempre importante.
Bragança na actualidade Bragança cresceu nos últimos anos. Como é que vê hoje a sua cidade? Para mim é sempre um prazer regressar a Bragança e, de facto, têm sido feitas obras que, por vezes, são mais apreciadas por quem não vive cá do que por quem aqui reside. Quem reside é sempre muito mais crítico e quem vem de fora aprecia com outros olhos.Com os olhos da saudade. Quem chega vê uma cidade limpa, airosa,
O que é que falta fazer? O que falta fazer é algo que não é visível nem está nas mãos dos políticos ou decisores políticos ainda que eles possam ajudar muito. O que falta a Bragança é um sector produtivo que possa criar riqueza e, com isso, fixar as pessoas, e fixando as pessoas, fazer nascer criancinhas, dar vida à região e à cidade. Acho que, infelizmente, esse sector produtivo ainda não existe. E isso só depende dos decisores políticos, no sentido de criar os devidos incentivos. Creio que apesar dos esforços que têm sido feitos, há coisas que ainda não saíram do papel e não passam de boas intenções. Muitos jovens saem da região para estudar e não regressam. Porque é que isso acontece? Como é que se pode dar a volta à situação? Isso acontece porque infelizmente as pessoas com os estudos universitários concluídos não encontram emprego em
10
O recreio da Escola Augusto Moreno no tempo em que Daniel Catalão ali estudava.
mundo em que vivem e, por outro lado, adquirem as ferramentas técnicas para saber construir, para saber fazer. O que é que falta no jornalismo que se faz em Portugal? O que é que falta? Eu acho que não falta nada. Umas vezes polémico, outras vezes menos polémico, às vezes cometemse asneiras, outras vezes é muito bom, mas é como em todas as actividades e segue um curso normal. Temos produtos para todo o tipo de espectadores,
jornalistas devem criar meios de autoregulação para não se exporem demasiado à crítica e não perderem a credibilidade e a confiança que têm dos portugueses. O que pensa da imprensa regional que se faz em Bragança? Do ponto de vista do mercado jornalístico, os quadrantes políticos e sociais estão cobertos, de alguma forma continua a ser bastante acutilante e atenta àquilo que se passa nesta região. A única coisa
“O grande pecado dos políticos é viver num jogo de interesses mesquinhos, pensar pouco nas pessoas e muito no cimento.” leitores e ouvintes. Às vezes só falta é um pouco mais de auto-exigência. Às vezes. Acho que temos um leque de ofertas tão vasto que preenche aquilo que há ao nível da Europa. Só tenho pena que se vendam muito poucos jornais em Portugal. E em relação à televisão: Faz-se boa televisão no nosso país? Eu acho que sim. Em termos de informação ela é relativamente equilibrada, ainda que um dos canais aposte muito no dramatismo com que relata os temas de carácter social. Em termos de programação, há de tudo. A única coisa que eu critico é o desrespeito pelos horários. Agora, cada canal, procura ter
que a Imprensa Regional em Bragança precisa, é de em termos técnicos, melhorar a roupagem.Só. Não vou falar em termos de conteúdos, acho que nessa matéria tem havido evolução até pela integração de gente nova nas redacções que usa uma técnica mais exigente em termos de discurso jornalístico, mas penso que era preciso que os jornais fizessem uma renovação da sua imagem gráfica à semelhança de todos os outros produtos. De qualquer forma, o que eu quero sublinhar é que a imprensa regional é fundamental, numa
bonita e tem prazer em trazer os amigos, em mostrar e apreciar. Coisa que eu não podia dizer há uns anos atrás. Não havia muito onde passear, nem como passear, ver a cidade e, hoje, eu gosto de passear na cidade de Bragança. Quer isso dizer que as transformações que têm sido feitas são positivas? Há opções que poderão estar sempre sujeitas à crítica e, portanto, há pormenores que até, em termos estéticos, podem ser muito bonitos e depois, eventualmente, em termos de funcionalidade podem não o ser. Mas isso só poderá ser aferido por quem aqui vive, por quem desfruta no dia-a-dia. Quem vem de fora, às vezes não tem a capacidade plena de fazer uma crítica que tanto pode ser justa como pode ser injusta, não é? Agora, a verdade, é que penso que há algum crescimento desordenado ao qual assisti durante anos e que foi sendo travado. Vejo crescer novas zonas urbanas com algum nexo, alguma lógica de construção, alguma organização, há algum urbanismo a funcionar. Foi feita uma revitalização da zona antiga que eu acho positiva. Foram recuperadas áreas que não tinham qualquer valor, que eram zonas marginais. A zona do Fervença, a zona do castelo, hoje são zonas nobres que sempre o deveriam ter sido.
Bragança. Resta-nos a esperança de que alguns que não saiam tenham autoiniciativa e consigam ser imaginativos suficientemente para criar emprego e criar riqueza aqui. Se fosse político quais seriam as suas prioridades em relação à nossa terra? Ah! (risos) Mas não sou político nem tenho intenção de vir a sê-lo! E quanto ao desempenho dos políticos da região, pensa que estão a fazer um bom trabalho? Em termos infra-estruturais talvez, em relação ao resto fica sempre a dúvida. Não sei se terão feito o suficiente e -agora voltando atrás àquela pergunta ´se eu fosse político´-, eu acho que punha, à frente de tudo, as pessoas e pensar que a região tem que ter gente. Acho que o que tem faltado é só isso. Os políticos ainda não tiveram essa ideia… tudo o que fazem é porque é preciso ter gente e às vezes pensam demasiado no cimento e menos nas pessoas. Esse é o grande pecado dos políticos. É viver num jogo de interesses mesquinhos, pensar pouco nas pessoas e muito no cimento.
O sonho do Jornalismo Por último, que conselho daria àqueles que sonham um dia ser jornalistas? Se sonham ser jornalistas, que se entreguem profundamente ao sonho e que há muitos tropeções a dar, muitos degraus para subir, mas se tiverem vontade e quiserem cumprir o sonho, tenho a certeza absoluta que chegam lá!
Conhecer os nossos alunos 3- Qual é o teu programa de televisão preferido? 4- Quantas horas passas por dia em frente ao ecrã? > Rita
> Pedro Teixeira
8º B
1 - Os livros do Harry Potter. 2 - “Casa da Cera”. Tem uma história fixe. 3 - “Morangos com Açúcar”! 4 - Três a quatro horas. 5 - Hip –Hop e Rock. 6 - Jogo futebol, de vez em quando. 7 - Passear com os amigos. 8 - Ouvir música Kizomba. Gostava de dançar mais, mas tenho vergonha.
> Cláudia Filipa
9º C
5º F
9ºC
> Neuza
6º G
1 - “Paradinhas”. 2 - “O Profundo Azul”, porque é de mistério, aventura. 3 - “Morangos com Açúcar”. 4 - Depende. Uma, duas, três horas. 5 - São dois, o Hip-hop e o Rock. São ambos muito fixes. 6 - Pratico natação e patinagem com alguma frequência. 7 - Passear com os meus amigos. 8 - Vejo TV, leio, passeio e jogo PC.
6º A
1 - Não é que goste muito de ler, mas já li vários livros. O que mais gostei foi de um que se chama “Chuteiras voadoras”. 2 - Não me lembro do nome do filme, mas gosto muito de comédias. 3 - Ui! Tenho tantos… Um que acompanho bastante é o programa “Morangos com Açúcar”. 4 - Duas horas! É bastante… 5 - É o Hip-Hop, mas também gosto de rock porque é uma música com ritmo. 6 - Sim, pratico futebol e basquetebol com bastante frequência. 7 - Passear com os amigos. 8 - Ver televisão, estudar, fazer os T.P.C. e jogar à bola.
> Levi
1 - Todos os livros da colecção “Uma aventura...”. 2 - Não sei, mas gosto de filmes interessantes e bem feitos. 3 - “Drop In”. 4 - Oito horas! 5 - Hip-Hop francês e Teckno. São músicas com muita batida e bom ritmo. 6 - BMX, sempre que posso. 7 - Passear com os amigos. 8 - Andar de “bike”!
1 - “Os heróis do 6ºF”. 2 - “Bufy: a caçadora de vampiros”. É de horror. 3 - “Morangos com Açúcar”. 4 - Três horas. 5 - O Hip-Hop, claro! 6 - Pratico futebol sempre que posso. 7 - Passear com os amigos. 8- Pesquiso na Internet e jogo futebol no G.D.G Bragança. > Luís Filipe
6º A
1 - Gosto muito dos livros da Editorial Caminho. 2 - “O Cálice de Fogo” do Harry Potter. Foi um filme muito interessante. 3 - Os programas do canal “Discovery”. 4 - Uma hora. 5 - O Hip-Hop, porque acho mais cool. 6 - Costumo praticar basquetebol e futebol, ainda que com pouca frequência. 7 - Gosto mais de passear com os amigos. 8 - Jogar no computador.
1 - “A Lua de Joana”. 2 - “Casa da Cera”. Achei-o muito interessante. 3 - “Morangos com Açúcar”. 4 - Cinco horas. 5 - Hip-Hop porque tem um estilo diferente. 6 - Pratico basquetebol todas as semanas. 7 - Passear com os amigos. 8- Jogo no computador, vejo novelas e programas divertidos na TV.
> Luís Trigo
Inquérito
2- O último filme que vi foi …
5- O estilo de música com que mais me identifico é… 6- Costumas praticar algum desporto? 7- Gostas mais de passear com os amigos ou de jogar no computador? 8- O que é que costumas fazer nos teus tempos livres?
> Carolina
Entrevistas realizadas por Patrícia Rodrigues (5ºA) e Guilherme Teixeira (6ºA), ambos elementos do Clube de Jornalismo.
5º F
1 - Não gostei de nenhum. 2 - “Madagáscar”. Era giro. 3 - (não respondeu) 4 - Duas horas. 5 - Hip-Hop. 6 - Às vezes pratico natação. 7 - Passear com os amigos. 8 - Vejo TV (principalemente os M.C.A), convivo com os amigos.
Pequenos Jornalistas | Março 2006
1- Dos livros que leste, qual achaste mais interessante?
11
funcionários administrativos. Obviamente que sempre que havia um teste para passar à máquina, o tempo que imperava passava a ser o da urgência do trabalho pedagógico e não o do jornalismo actual. Muitas vezes esses professores e funcionários chegavam a trabalhar até às duas horas da madrugada com um espírito de abnegação e de entrega dignos de registo. Na fase seguinte policopiavam-se os diversos exemplares. Trabalho moroso que mais tarde veio a ser substituído, numa estratégia inovadora e de grande coragem para o tempo, pela impressão tipográfica. Registe-se o facto de, por essa altura, a paginação dos textos e da maquetagem ser feita já em suporte informático, nos primeiros computadores do jornal “A Voz do Nordeste”. Vivia-se, então, o final da década de oitenta. O aspecto gráfico do jornal tornava-se mais próximo da modernidade pretendida na fundação do “Pequenos Jornalistas”. Os leitores/estudantes da Escola Augusto Moreno aplaudiram essa renovação. Naturalmente que os custos de produção aumentaram muito. Com todas as dificuldades de orçamento - a cargo da escola - que se calculam. Mas a vontade de fazer um bom jornal era maior. Aliás, a tradição de publicar jornais de qualidade nesta escola não se iniciou com o “Pequenos Jornalistas”. A
revista “Nova Luz”, entre outros, publicada alguns anos antes do 25 de Abril de 1974, é exemplo e história disto mesmo. Basta dizer que aquele periódico com uma paginação ainda hoje impressionante, pelo arrojo e bomgosto que a caracterizavam, ganhou vários prémios, um deles atribuídos na Suécia. Mas, voltando ao “Pequenos Jornalistas”, talvez possamos, agora, entender melhor a razão da sua longevidade num tempo em que as realizações culturais parecem ter uma vida lamentavelmente efémera. A explicação mais plausível talvez esteja no facto de o jornal ser assumidamente de todos. Do aluno que gosta de Hip-Hop e do professor que faz investigação na mais prestigiada das universidades. E, já agora, uma última razão: a rotatividade geracional e ideária que tem manobrado o leme do seu percurso algumas vezes mais agitado. Faz falta a renovação, a discussão empenhada e a inteligência de saber voltar ao jornal de que todos nós gostamos.
Presidente da Escola Augusto Moreno nos anos 80
O “Pequenos Jornalistas” comemora nesta edição 25 anos de publicação ininterrupta. Trata-se de um caso raro na imprensa escolar portuguesa. Normalmente, os jornais patrocinados pelos estabelecimentos de ensino nascem, vivem e morrem em pouco tempo, mas este título alcançou uma longevidade que surpreende quem em 1981 ajudou a materializar o projecto. Estava-se em Março e a Dr.ª Julieta Aragão, que entrevistamos nesta página, era, na altura, Presidente do Conselho Directivo da Augusto Moreno. A escola funcionava noutras instalações, no local onde está hoje em actividade o novo Centro Cultural de Bragança. O estabelecimento era frequentado por 1500 alunos. Um número de estudantes de tal forma significativo que obrigava à frequência de aulas aos sábados e ao desdobramento das classes por vários edifícios próximos – na actual sede do i.P.J. e na Casa do Professor de Bragança. O “Pequenos Jornalistas”era feito por uma comissão de professores, que sendo escolhida todos os anos, tinha duas funções: propor temas de interesse noticioso e pedagógico e seleccionar os textos e os desenhos dos alunos passíveis de serem editados em cada número. É bom recordar que, na altura, os desenhos substituíam as fotografias, dados os condicionalismos tipográficos. Os textos aprovados eram depois dactilografados nas máquinas de escrever da secretaria, por docentes e por
Dr.ª Julieta Aragão
Pequenos Jornalistas
Entrevista com a
Aniversário Pequenos Jornalistas | Março 2006
12
25 ANOS
>>>
Com que intenção foi criado o jornal? Pode relatar-nos de forma breve a história da sua criação? A criação do jornal teve como objectivos fundamentais proporcionar aos alunos uma iniciação ao jornalismo, ocupar os seus tempos livres com actividades culturais e dar a conhecer aos pais e encarregados de educação as actividades desenvolvidas pela Escola, servindo assim de elo de ligação com a comunidade. Como surgiu o nome? Foi um processo evolutivo e interactivo. Numa primeira fase foi lançado um concurso a nível de todos os alunos para a escolha do nome do
Aniversário Elementos do Clube de Jornalismo à conversa com a Dr.ª Julieta Aragão
jornal. O processo foi coordenado pelos professores de Língua Portuguesa que fizeram a primeira selecção nas respectivas turmas. Posteriormente, numa reunião de disciplina, foram escolhidos cinco ou seis nomes para apresentação ao Conselho Pedagógico. Foi este órgão da Escola que, após análise e discussão, seleccionou o nome “Pequenos Jornalistas”. Como era feita a selecção dos temas? Os alunos reviam-se naquilo que era publicado? O Conselho Pedagógico definia os temas para cada número do jornal, de acordo com a época do ano e/ou com acontecimentos relevantes a nível nacional ou internacional. Era constituída uma equipa responsável por cada número, formada por dois professores de Língua Portuguesa, dois de Educação Visual e
Tecnológica e outros dois de disciplinas relacionadas com os temas específicos a tratar. Em alguns números do jornal havia suplementos ou separatas alusivas a acontecimentos relevantes desse ano e época: Ano Internacional do Deficiente, Ano Internacional da Juventude, Ano Europeu do Ambiente, Ano Internacional da Paz, etc. Como todos esses acontecimentos eram tratados nas aulas e objecto de trabalhos colectivos e/ou individuais, é óbvio que os alunos se reconheciam
“ A Longevidade [do ‘Pequenos Jornalistas’] é uma boa surpresa ”
Foto: Carlos Fotógrafo
naquilo que era publicado. Com que tipo de dificuldades se confrontava o jornal e aqueles que o faziam? Quais eram os recursos humanos e tecnológicos utilizados nos primeiros números? A principal dificuldade tinha a ver com a conciliação de horas livres comuns a todos os elementos da equipa responsável, já que a escola funcionava em regime de desdobramento das 8.30 às 19 horas, tendo ainda cursos nocturnos das 20 às 23.30 horas. Muitas vezes essas reuniões decorriam à noite ou ao sábado, o que revelava empenhamento e dedicação por parte dos professores e alunos. Os textos eram dactilografados, na sua quase generalidade, pelo pessoal administrativo da Escola e esporadicamente pelos professores. Alguma vez pensou que 25 anos depois o jornal existiria ainda? Confesso que não. Esta longevidade, que espero venha a aumentar, foi uma boa e agradável surpresa, sobretudo numa época em que o efémero é, a todos os níveis, a regra dominante. A
essa longevidade não devia ter sido estranho o facto de, nos primeiros anos de publicação, ter sido objecto de referências elogiosas, em vários jornais e revistas regionais e nacionais de referência, como o Jornal da Educação, O Professor, Cadernos de Educação e Brigantia. Num concurso nacional de Jornais Escolares, promovido pela revista O Correio Pedagógico, com o apoio da Direcção Geral dos Ensinos Básico e Secundário, obteve uma Menção Honrosa, facto que muito nos orgulhou. Como era a Escola há 25 anos atrás? O relacionamento entre professores e alunos era igual ao de hoje? Há 25 anos a Escola tinha uma elevada frequência (praticamente mil e quinhentos alunos). Para além do edifício principal na Praça da Sé (actual Centro Cultural de Bragança), dispunha ainda de uma secção no edifício que alberga hoje a Casa do Professor. O elevado número de alunos, associado à dispersão dos mesmos, trazia problemas acrescidos à gestão da escola, nunca porém impeditivos do bom funcionamento da mesma. O relacionamento entre professores, alunos e funcionários era de total cooperação. O mesmo ocorria com os pais e encarregados de educação. Havia respeito mútuo e compreensão. Eventualmente um pouco diferente do que ocorre hoje! Qual é a sua opinião acerca das actuais instalações? Na generalidade as instalações parecem-me agradáveis, amplas, com muita luz e com um auditório que permite um considerável e diversificado número de actividades. Haverá uma ou outra situação pontual a rever e adequar ao nível etário dos alunos, já que o edifício foi concebido para Escola Superior de Educação. (Continua na página 14)
Pequenos Jornalistas | Março 2006
O Jornal “Pequenos Jornalistas” começou a ser publicado em Março de 1981. Este ano vai completar 25 anos da sua publicação regular e ininterrupta. Uma proveta idade para um jornal escolar. O Clube de Jornalismo, para comemorar esta efeméride, resolveu entrevistar a Dra. Julieta Aragão, Presidente do então Conselho Directivo da nossa Escola no ano em que o Jornal foi fundado. A Dra. Julieta Aragão começou a leccionar na Escola Augusto Moreno desde o primeiro ano do seu funcionamento. Aqui fez toda a sua carreira profissional, com excepção do ano lectivo de 1972/73 em que esteve na Escola Eugénio de Castro em Coimbra, onde realizou o estágio pedagógico. Foi Presidente do Conselho Directivo e Pedagógico durante dez anos.
13
14
Todos os anos, nos dias vinte e cinco e vinte e seis de Dezembro há, em Babe, festa de arromba. É a secular festa dos rapazes. Trata-se de uma festa com características específicas, na qual apenas participam os moços solteiros nascidos nesta aldeia ou dela descendentes. A sua organização está confiada a um juiz e a um meirinho, que servem durante um ano e apenas uma vez na vida. No dia vinte e cinco, quando o sino da torre da igreja anuncia as cinco horas da manhã, o juiz faz, na escola velha, a primeira chamada, à que se segue a alvorada, com a qual se inicia a festa. Aos rapazes ausentes é aplicada a primeira multa que, actualmente, é de dez euros. Depois da alvorada alguns moços regressam à cama, enquanto outros começam, ali mesmo, o dia, comendo alheiras, chouriços, fogaças e bebendo uns goles de aguardente, em ambiente de fraterno convívio. Pouco depois começa a grande azáfama para a preparação do almoço. Assim, uns transportam os tachos, as batatas
e outros ingredientes para a escola velha, onde irá ser confeccionada a refeição; outros afadigam-se acendendo o lume onde são colocados grandes potes de ferro onde será feita a comida e os rancheiros descascam as batatas, picam e temperam a carne, deixando-a pronta para assar ou refogar. Entretanto o sino toca de novo. Então os rapazes, já com roupa domingueira, reúnem-se novamente e, em formatura organizada em duas filas, dirigem-se para a igreja onde será celebrada a missa. À frente vai o Juiz, símbolo da autoridade da festa; logo a seguir vão os tocadores secundados, primeiro pelas crianças e depois pelos rapazes por ordem crescente de idades. A formatura é fechada pelo meirinho, que leva um ramo de pinheiro enfeitado com uma rosca, cravos e uma fita azul branca e vermelha. Já no adro é feita outra chamada e, aos faltosos é, também, aplicada multa. Na festa as refeições são sagradas e nelas só podem participar os rapazes. Ao almoço é tradição comer vitela assada ou refogada com batatas,
uma opípara e requintada refeição a que se segue o “dar graças a Deus”, comandado, geralmente, pelos mais velhos. No final da refeição o meirinho manda, à sorte, lavar os potes e a louça. Todos temem este momento, pois ninguém gosta da tarefa a distribuir. Pela tarde e pela noite dentro o espaço (da escola velha) é aberto a toda a comunidade. Começa, então o baile, com invulgar animação. É um momento de grande e são convívio. Bebe-se também mais uns copos, ganhase cada vez mais entusiasmo… A noite é longa, mas nenhum dos rapazes pode ir à cama antes de o baile acabar. No dia vinte e seis comemora-se o Santo Estêvão, que é o padroeiro dos moços de Babe. Neste dia tudo se processa como no dia anterior. Com efeito, os rapazes, em ronda organizada em formatura, percorrem mais uma vez as ruas da aldeia com o objectivo de honrar o santo. Durante a ronda pedem esmola por todas as casas da povoação. Como forma de vingança pelas normas impostas e às vezes mal recebidas pelos mancebos durante e período das festas, após o peditório, os rapazes atiram ovos, batatas podres, farinha, abóboras e de todo o lixo um pouco, aos mordomos.
No final da missa realiza-se, pelas ruas da aldeia, uma procissão em honra de Santo Estêvão, sendo o andor levado pelos moços. À noite, findo o jantar, e depois da oração habitual, são lidas as contas da festa e é feita a nomeação dos mordomos para o ano seguinte, como garantia da continuidade desta tradição. A parte cultural termina neste momento, mas a popular prossegue pela noite dentro com um baile comunitário, onde reina grande animação. Natália Afonso, 5ºF
Entrevista com a Dr.ª Julieta Aragão (Vem da pág. 13)
Brincando com a poesia …
A FLOR E O SOL
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Investigação
A Festa dos Rapazes em Babe
As flores gostam de cantar O sol gosta de dançar Juntos foram à feira Compraram uma uva E depois foram à loja Das meias vermelhas… O sol queria um balão As flores queriam camisolas Uma flor era a Suely A outra a Márcia A Seguir a Elisabete E depois a Daniela Juntaram-se ao João A seguir ao Daniel Depois ao Paulo E logo apareceu o Jorge Mais à frente estava a Patrícia E depois o Nando E eu Cristina. E, finalmente a professora Gilma ! Abraços para todos. Cristina 4.º ano Escola de S. Sebastião
Como é que vê hoje o uso de computadores nas salas de aulas? As novas tecnologias de informação trazem vantagens ou inconvenientes aos processos de aprendizagem? As já hoje populares tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) são instrumentos fundamentais no processo de aprendizagem, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento pessoal dos nossos alunos, aumentando-lhes a autonomia e diminuindo os efeitos da exclusão social e da desigualdade de oportunidades. Os computadores nas salas de aula têm de ser vistos como indispensáveis à aprendizagem, seja qual for a disciplina e a estratégia seleccionada pelo professor. Durante muitos anos não se concebia a existência de salas de aula sem quadro preto; hoje, para além desse quadro preto, não é possível idealizar uma sala de aula sem a presença do computador com ligação à Internet. O que é que pensa da influência da televisão em geral e dos “Morangos com Açúcar” em particular na educação dos jovens? A televisão, conjuntamente com as TIC’s, originaram uma nova geração,
que poderemos designar como geração do audiovisual, que distrai e informa através do espectáculo das mensagens mediáticas. A Escola deveria ter sempre presente que uma criança de seis anos, a iniciar a educação formal, teve já, em média, mais de quatro mil horas de imagens e mensagens e que, ao longo do período de escolaridade obrigatória, dedica semanalmente entre dezasseis e dezoito horas à televisão. Sendo esta a realidade revelada em vários estudos, é imperioso que a Escola se abra aos vários saberes existentes, se inove gerando novas ideias e novas imagens, não podendo por mais tempo continuar a insularizar-se. Em relação aos “Morangos com Açúcar” não posso emitir qualquer opinião pelo facto de não ter oportunidade de ver esse programa. Como é que vê o futuro da educação na nossa região e no nosso país? Grande parte das medidas que foram tomadas nos últimos tempos estão a preparar o caminho para um futuro melhor da educação na região e no país. Sou daquelas pessoas que acredita que o futuro não se prevê, prepara-se.
O nosso belo planeta parece grande, mas, afinal, a Terra é um mundo pequeno e frágil, que necessita ser tratado com muito carinho. Vamos todos cuidar bem do nosso planeta! Se assim fizermos cresceremos todos, de mãos dadas uns cons os outros, na defesa da nossa Terra azul.
Cláudia Madureira 4º ano. EB 1 nº 5/Estação
Se fôssemos nuvens... Na “Área de Projecto” estamos a falar da importância da água para os seres vivos. Numa dessas aulas, pensámos muito sobre o assunto e pusemonos a imaginar o que faríamos se fôssemos nuvens. Se fôssemos nuvens acabaríamos já com a falta de chuva que tantos prejuízos tem causado. Então, ficaríamos muito atentas e, quando na Terra começasse a faltar água, iríamos ao mar para ficarmos cheias
de vapor de água e rapidamente a deixaríamos cair, em forma de chuva, onde fosse mais necessária. Nos verões não deixaríamos arder as florestas, porque, se fôssemos nuvens, andaríamos sempre a vigiálas lá de cima e, logo que víssemos alguém a chegar fogo, iríamos imediatamente apagá-lo. Mas, como não somos nuvens, o que poderemos fazer? Só podemos poupar a água e não a poluir. Vamos a isso? Alunos do 2.º ano da EB1 n.º5 - Estação
A Lua A Lua é um satélite da Terra, tem 3476 Km de diâmetro e encontra-se a 348 000 Km de distãncia da Terra. A Lua é um corpo seco, sem atmosfera nem água. Apesar disso, as regiões sombrias da Lua são chamadas mares. No dia 21 de Julho de 1969, os astronautas americanos : Neil Armstrong, em primeiro, e Edwin Aldrin, em seguida, pousaram o pé sobre a Lua. Foram os primeiros humanos a andar na Lua.
O cotovelo esquerdo é recuado; O direito é em ângulo disposto. Aquele diz Itália onde é pousado; Este diz Inglaterra onde, afastado, A mão sustenta, em que se apoia o rosto. Fita, com olhar esfíngico e fatal, O Ocidente, futuro do passado. O rosto com que fita é Portugal.
Fernando Pessoa, A Mensagem
Clube Europeu Nós, no Clube Europeu, achamos que Portugal é, de facto, o rosto da Europa e que, portanto, quanto mais soubermos sobre os países que a compõem, melhor estaremos preparados para encarar o futuro como cidadãos esclarecidos, quanto mais culturas conhecermos, melhor saberemos viver harmoniosamente com outros povos, quanto mais reflectirmos sobre diferentes comportamentos, usos e costumes, mais valorizaremos as diferenças e aprenderemos a amar as nossas tradições, quanto mais línguas ouvirmos, mais saborearemos a palavra em plenitude, quanto mais estrangeiros nos sentirmos, mais hospitaleiros seremos, quanto mais vivenciarmos, mais crescemos.
As Nossas escolas
O nosso belo planeta azul, a Terra, é o nosso lar. Um paraíso para os Homens, é aqui que nascemos e crescemos. Mas andamos a poluir a atmosfera, a queimar as nossas florestas, a deitar lixo para o chão e para os campos... Lixo, este, que demora anos a desaparecer. Já andamos fartos de falar no assunto, mas mesmo assim as pessoas continuam a tratar mal o ambiente...
Pequenos Jornalistas | Março 2006
O Nosso Belo Planeta
A Europa jaz, posta nos cotovelos: De Oriente a Ocidente jaz, fitando, E toldam-lhe românticos cabelos Olhos gregos, lembrando.
15
“Q uando
a escola
t a m b é m é f e s t a”
O Sol ilumina a face escondida da Lua. Nós vemos a face não iluminada. Lua Nova O Sol ilumina a metade da face visível da Lua.
Quarto Crescente O Sol Ilumina a face inteira visível da Lua.
Dani Marcos Perpétuo – 4º ano- Escola E.B. 1/Toural
Lua Cheia O Sol ilumina, de novo, uma metade da face visível da Lua.
Quarto Minguante
Há quase vinte anos, professores da nossa escola reuniram-se em convívio, animados de um espírito de camaradagem que tanta falta faz...
Diz-me o que lês dir-te-ei quem és
Tânia, 5º A
Crescer Como Pessoa, de Serafim Ruiz González fala de um processo contínuo, feito de avanços e recuos e muita paciência até chegarmos ao que, efectivamente, queremos ser PESSOAS PLENAS, para sermos homens e mulheres profundos, capazes de uma existência solidária com o Mundo. Para isso apela a um exercício paciente e perseverante de reflexão e atenção ao que acontece em nós próprios e no mundo que nos rodeia para conseguirmos a plenitude que desejamos - viver autenticamente - isto é, em perfeita coerência com o nosso sistema de valores.
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Moisés Pires
16
Agora quero falar-vos de uma das obras, que me apaixonou, um apelo à preservação das Árvores. Beatriz tinha um lindo plátano na sua rua, por isso todos os dias de manhã ia para a janela apreciá-lo. Um dia, as autoridades disseram que ficava mal ali um plátano tão velho em frente a um edifício dos correios tão bonito. Que aventuras! Terá Beatriz vencido? Lê, não percas! Ana Luz, 5ºB
Fora de Mão – Há muito que Mário Zambujal nos diz que as palavras são como plasticina, isto é, podemos moldá-las, brincar com elas, desenhar-lhes a textura e retirar-lhes o sabor. Este livro é, sobretudo, despretensioso mas profundamente saboroso. São crónicas do quotidiano contadas com graça e muita psicologia. Porque, como afirma o autor, “a vida é amiúde vezes mais inverosímil e absurda do que qualquer fértil imaginação possa concebê-la”. Sirva-se à temperatura ambiente, tempere-se a preceito e desfrute-se com uma pitada de bom humor. Ana Ferreira
O retrato de um período finessecular da Educação em Portugal, num passado recente, e sob a forma de Entrevista, é o tecido desta obra de Dulce Neto, Difícil é Sentá-los. A Educação de Marçal Grilo. Texto surpreendente e revelador do humanista que todos conhecemos. O Titulo denuncia a complexidade do nosso ensino actual. Elisa Ramos
Formar Professores de Português Hoje é uma obra conjunto de três autoras, Maria Raquel Delgado Martins e, editada pela Colibri, saída do resultado do Encontro ocorrido em Abril de 1995 na Faculdade de Letras da U.L.. Partilha interrogações e procura novos caminhos no desejo de uma melhor formação de Professores de Português. É uma leitura útil. Elisa Ramos
Ulisses, nome de herói, que tão bem soube dar-nos a conhecer Maria Alberta Meneres. Rei de Ítaca, por ela deu 20 anos da sua vida, em perigos e aventuras várias, até reencontrar a sua Penélope. Que bom foi ler “Ulisses”. Patrícia, 5º A
Enigma é um livro apaixonante. Um jovem matemático de Cambridge descobre a chave para descodificar o código das comunicações alemãs durante a 2ª Guerra Mundial. A partir de então a guerra no Atlântico muda a favor dos Aliados e centenas de barcos são salvos e milhares de vidas, de civis e de militares, são poupadas. Baseado em factos reais, “Enigma” é um livro muito bem escrito e acessível ao leitor comum. A Maldita Matemática de Álvaro Magalhães fala-nos do João, menino da escola, e dos seus problemas com a matemática. Entre o sonho e a realidade, o escritor tenta desmitificar as dificuldades da aprendizagem da Matemática. É um livro curioso, a não perder! Joana, 5º A
Teresa Galhardo
A Biblioteca / CRE (Centro de Recursos Educativos)
Livros e Autores / Biblioteca
O Livro da Marianinha foi a minha última leitura. Um livro de Aquilino Ribeiro, que embora autor de livros para crescidos, também nos presenteou com esta maravilhosa história em que as rimas e os retalhos de história estão incluídos. Recomendo-te a sua leitura.
em Actividade
Formação em Informática
O dia das Bibliotecas foi assinalado mais uma vez na Escola. A Biblioteca saiu à “rua”. Os livros soltaram-se das prateleiras para livremente serem manuseados no átrio da Escola, entre mesas, cadeiras e sofás, em silêncio ou com risos. Eles foram os Senhores do Dia 24 de Outubro! A Formação em Informática é uma das actividades que a Biblioteca/CRE está a levar a cabo, com êxito, num horário de 90 minutos diários, proporcionando a iniciação da formação a todos os mais resistentes, Professores e Funcionários. O Professor é magnífico! Bemhaja desde já, Sr. Jorge Padrão!
Jorge Padrão “Vem ouvir contar”… foi uma actividade de leitura, promovida pela Bibliteca/CRE do conto de António Mota, “Sonho de Natal”, ouvida e vivida por cerca de 70 alunos, numa hora recreativa de Quarta-feira à tarde, dia 13 de Dezembro de 2005. Alunos do ATL, do CEF, 5º, 6º e 7º ano foram os ouvintes atentos. Deram também a sua opinião. Domingos, 5º B: - A personagem de que eu mais gostei foi o Sr. António devido à sua amabilidade com as crianças e também por mostrar às crianças o esplendor do presépio! Estefânia Carneiro, 5ºD: - A personagem de que eu mais gostei foi o Zé, porque ele tinha sonhos de natal engraçados, o Zé gostava das pataniscas de bacalhau do senhor Afonso, eu também gosto muito de pataniscas de bacalhau, e gostava igualmente de provar estas. Adorei a história dos “Sonhos de Natal” mas gostava de a ouvir outra vez. Adorei…
Homenagem a Ilse Losa Ilse Lieblich Losa, escritora portuguesa de origem alemã e de ascendência judaica, nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer. Devido à sua condição de judia é perseguida pela Gestapo e tem de abandonar o seu país, refugiandose em Portugal onde chega em 1934, fixando-se no Porto. Casa com o arquitecto Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa. Para além da sua actividade de escritora desenvolveu outras ocupações quer no domínio da tradução, quer como colaboradora em jornais e revistas, alemães e portugueses.
Il s e L o s a e s t e v e t a m b é m representada em várias antologias de
autores portugueses, tendo ela própria colaborado na organização e tradução de antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra
para crianças. Disse adeus à vida no dia 6 de Janeiro de 2006, deixandonos títulos como: Mundo em Que Vi v i ( 1 9 4 9 ) , H i s t ó r i a s Q u ase Esquecidas, (1950), Rio Sem Ponte (1952), Aqui Havia Uma Casa (1955), Sob Céus Estranhos (1962), Encontro no Outono (1965), Estas Searas (1984), Caminhos sem Destino (1991) e Flor do Tempo (1997). Tem se distinguido como autora de literatura infantil, com os livros: A Flor Azul (1955), Na Quinta das Cerejeiras (1984) e Faísca Conta a Sua História (1994).
Laura Lopes, 5º B
“ Vem Ouvir Contar…” Actividades de Leitura na Biblioteca
Celita Macedo conta uma história de Natal escrita por António Mota
livros e Autores / Biblioteca
...
Pequenos Jornalistas | Março 2006
A Biblioteca e o Departamento de Línguas
17
as cenas de interiores, porque é onde estão os “décors”, mas a equipa dos Morangos com Açúcar mexe-se imenso - 25% da série é filmada no exterior – muitas cenas decorrem mesmo no estrangeiro como quando foram para o Brasil, Cuba, Marrocos e Londres. Os Morangos são a série mais vista na TVI com cerca de meio milhão de jovens dos 4 aos 24 anos de idade, a verem diariamente os
da representação, mas a escolha é sempre super rigorosa. Como aconteceu em finais de Janeiro com cerca de 9 mil jovens, durante seis dias, a tentarem a sorte na Casa do Artista em Lisboa, esperando pacientemente a sua vez, integrados em filas intermináveis, com um frio intenso. Hoje em dia os jovens apreciam muito os Morangos com Açúcar porque é uma novela divertida, romântica e especial. A série é gravada em vários estúdios da NBP, nomeadamente em Vialonga ou Bucelas, onde se filmam
episódios que se prolongam entre as 6 e as 8 horas da tarde. Entre os diversos temas tratados na novela, salientam-se pelo êxito dos seus efeitos junto dos telespectadores, aqueles que são normalmente encarados como tabu, sendo este um dos segredos do impacto nacional da “Morangomania”. A droga, o amor, a amizade, a traição, a gravidez na adolescência são temas tratados ao longo destes quase três anos de ficção jovem. Registe-se o facto de desde o inicio até agora, as audiências têm
A verdade é que o mundo dos “Morangos” não é igual ao mundo de todos os dias. Nem sempre os homens e as mulheres são tão bonitos, os amores tão felizes, a sexualidade tão fácil de ser gerida, os problemas tão superficiais. E aqui reside o perigo. E a exigência do uso da inteligência sempre que nos sentamos em frente aos televisores das nossas casas para assistir a mais um episódio.
Trabalho do 5.ºE em colaboração com o Clube de Jornalismo
A opinião dos alunos sobre os “Morangos” Na minha opinião os “Morangos com Açúcar” são uma boa novela: interessante e engraçada. Já teve mais piada… A novela vai cansando porque a história é sempre a mesma: duas personagens amam-se, depois zangam-se e o rapaz namora com
outra gostando ainda da namorada anterior. Mas não é só isso que cansa, também os actores vão sendo piores. Mas na realidade, eu gosto dessa novela!
Eu gosto. Acho que é muito divertida. Mas há cenas passadas na novela que influenciam negativamente os estudantes. Como são os casos de desenhar graffitis nas paredes públicas, fumar e roubar.
Guilherme Teixeira, 6.ºA
Amanda, 6.º C
Uma cultura de rua
Os Morangos c o m Açúcar estrearam no mês de Setembro de 2003, e corporizaram uma autêntica uma revolução nacional. Os castings para os Morangos com Açúcar são sempre super concorridos, com muitos jovens a quererem apostar a fundo na carreira
vindo sempre a subir, não se prevendo, por isso mesmo, qualquer data para o episódio final, até porque a marca “Morangos com Açúcar” não pára de nos surpreender com novos produtos, todos eles rentáveis, tais como relógios, livros, CD’s, agendas, óculos de sol, cromos e, agora, dois perfumes. Isto sem falar dos D’ZRT. No meio de tantas coisas positivas, pode, no entanto, haver um risco grave: o processo de identificação que se estabelece entre os telespectadores, os personagens e as histórias em que se integram, não se fazer da forma mais saudável.
Hip-Hop:
18
O G N A R O M R A C Ú AÇ
Vanessa, rainha do HIP-HOP da Augusto Moreno
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Sociedade
M O SC
Breakdance: a dança - Nascida e criada na rua. O corpo expressa uma linguagem ao ritmo de movimentos técnicos, o vocabulário e as roupas largas compõem a forma de estar dos que aderem ao estilo. A dança surgiu como uma forma de evitar batalhas entre os gangues de Nova Iorque. Era preferível o convívio através da dança às guerras que muitas vezes terminavam em sangue. Verónica Falcão 6º C (com a colaboração do 5º E)
1- É uma dança com estilo dred. 2- Sinto-me fixe. O espírito é altamente. 3- Com os amigos. 4- Calças de ganga largas. 5- Boss AC, D´zrt. 6- Em casa. 7- Os passos mais importantes.
1- É uma música/dança de que praticamente todos gostam. 2- Orgulho. 3- Aprendi observando os meus amigos. 4- Roupa larga. 5- (Não respondeu) 6- Na escola. 7- Os passos mais fáceis.
1- É uma dança que vive do improviso. 2- É altamente e faz soltar a natureza. 3- Sozinho. 4- Fato de treino largo. 5- 50 cent, Mike Jason. 6- Em casa. 7- Ensinava-lhes a terem paciência e concentração porque o hip-hop não se aprende num minuto.
Catarina Guerra - 5ºA Joana Gonçalves - 5ºA (Clube de Jornalismo)
Sociedade Sónia – 8º A
Pequenos Jornalistas | Março 2006
1- É Black Dance. 2- Curto a música. 3- Participando nas aulas de hip-hop na escola. 4- Calças de treino largas. 5- Boss AC, Eminem, 50 Cent. 6- Na escola. 7- Ensinava-lhes primeiro os passos mais fáceis e depois os mais difíceis.
Leandro – 5º A
Vanessa – 8º B
1- É uma dança que vive do improviso. 2- É uma coisa de que gosto muito praticando em grupo ou sozinha. 3- Praticando sozinha 4- Roupa larga. 5- Justin Timberlake, Boss AC, 50 Cent. 6- Em casa ou na escola. 7- Ensinava-os a soltar o corpo e dizialhes que tivessem força de vontade, porque se não se esforçarem não conseguirão dançar Hip-Hop.
1- São passos pensados ao ritmo da música. 2- É divertido. 3- Imitando os outros. 4- Fato de treino largo. 5- Mike Jason, D´zrt, Boss AC. 6- Em casa e na escola. 7- Ensinava-os a deixar o corpo solto.
João – 8º A
Luís- 8º A
1 - É uma dança que se improvisa num minuto. 2 - Sinto-me bem. 3 - Comecei a inventar passos. 4 - Roupa larga. 5 - 50 cent, Pussy Cat Dolls, Justin Timberlake. 6 - Em casa e na escola. 7 - Soltar o corpo, descontraindo.
Óscar – 5º A
Sónia Leandro
Graffiti: a arte - Naquela época, uma das formas de luta entre gangues era marcar os muros e os comboios com os seus nomes. Aos poucos foi-se transformando numa nova forma de expressão artística, onde se expressa os sentimentos através das latas de spray. Esta é uma actitude criticável quando não tem em vista objectivos exclusivamente artísticos.
1 - O que é ? E ntrevista 2 - O que é que sentes quando danças? 3 - Como é que aprendeste a dançar? 4 - Que roupa se deve usar quando se dança? 5 - Conheces actores e cantores que dancem Hip-Hop? Diz alguns. 6 - Onde é que costumas praticar? 7 - Se desses aulas de hip-hop, o que é que ensinavas primeiro aos teus alunos?
Marilisa – 7º A
Luís Òscar
Vanessa
Rap: a música - Rap significa “rythim poetry”. O rap é a expressão musical da cultuta hip-hop, executada a partir do encontro entre o DJ e o MC. As letras cantadas (por vezes quase faladas) pelos MC em bases rítmicas dos DJ.
joão
As origens - Estas formas artísticas surgiram no ambiente urbano de Nova Iorque, durante os anos 60. O termo foi criado pelo DJ Africa Bambaataa. Ele inspirou-se em dois movimentos cíclicos, saltar (hip), movimentando as ancas (hop). Começou por acrescentar umas rimas em cima das músicas ritmadas do break beat. O DJ fundou o movimento dos Zulu Nation. Este defendia a luta pela igualdade dos direitos civis. As minorias africanas e latinas impulsionaram a expressão do estilo nas ruas, ao ritmo de movimentos mexidos. Com o tempo o hip-hop deixou de ser exclusivo das minorias de Nova Iorque e espalhou-se pelo mundo inteiro. Actualmente o sucesso deste género musical é tão grande que passou a ser sinónimo de ostentação.
Mariliza
Não é apenas um género de música, é uma cultura de rua, um estilo de vida. É uma maneira diferente de dizer ao mundo que se existe e que se quer ser ouvido. A cultura do hip-hop está sempre a evoluir. É formada por três elementos: o rap – a expressão verbal e musical; o graffiti– - é a arte expressa através de desenhos nas ruas das cidades; e o breakdance que representa a dança. Muitas pessoas olham com desagrado para os adeptos do estilo de vida hip-hop. Estes são discriminados pelas roupas que usam, pela linguagem que utilizam, pela música que ouvem e pelos desenhos que fazem ao longo das paredes e muros das cidades. Há vários ídolos musicais de hip-hop, como: 50 Cent, Ciara Blue, Jennifer Lopez, Boss AC, Da Weasel, entre muitos outros. As pessoas que gostam de hip-hop gostam de música muito mexida porque o hip-hop é mexido.
19
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Opinião
Ser Jovem
20
A vida parece um conto de fadas ou uma história de encantar. Mas não parece fácil para nós, os jovens, que ainda não sabemos nem temos noção da vida. Só quem trabalha diariamente e quem tem filhos para alimentar e educar é que sabe o quanto custa ganhar para viver. Normalmente, nós, os jovens, muitas vezes não nos damos conta do esforço enorme que fazem os nossos pais para termos um futuro melhor, e nem sempre agradecemos a sua preciosa ajuda, essa ajuda que nos é dada por quem gosta de nós, quem nos dá amor, carinho e afecto. Muitas vezes sofremos com palavras ou discussões que nos
Nelson Cerqueira, 9°A magoam, e isso reflecte-se no nosso dia-a-dia: perante a escola, perante as pessoas, perante a vida em geral. Começamo-nos a irritar e acabamos por cometer erros, como beber e fumar para aliviar o stress. Essa não é a melhor solução, a melhor solução é desabafar com um amigo que nos saiba ouvir. Nós também sofremos, mas tudo acaba por passar e então tudo o que sofremos, acaba por se transformar, para desejarmos algo de bom na vida: que é sermos FELIZES!
Livros vs.
Novas Tecnologias
O que será mais divertido? Os livros? A playstation? Ou o computador? Olhem, não sei! Mas sei que é aborrecido ouvir a mãe dizer repetidas vezes: “Filho, quando era da tua idade eu lia mais!” Pois é, mas se as mães ou mesmo nós pensarmos bem, no tempo delas não havia nada do que há agora. Mas já que dizem que ler é bom,
Guilherme Teixeira, 6º A porque não fazer tudo no mesmo dia, desde que a horas diferentes? A única coisa que tens a fazer é organizar os teus tempos livres. Vais ver que o teu Português vai melhorar.
OS PRÓS E OS CONTRAS DAS OAS As OAS (Outras Actividades) ou os menos conhecidos TES, (Trabalho de Estabelecimento de Substituição), têm algumas coisas positivas, como a ocupação dos tempos livres, consistindo, no facto de um outro professor substituir o professor em falta, propondo actividades aos alunos. Mas há também aspectos negativos. Por exemplo: um aluno que vem de uma aldeia mais distante, tem de sair de casa, pelo menos entre as 6:30 e as 7:00, ou seja, ainda totalmente de noite; chega à escola por volta das 8:00 ou 8:15; vai para as aulas e todos os alunos têm 20 minutos no primeiro intervalo da manhã. E onde é que eles passam esse tempo? – Pois passam-no a tirar senhas, a resolver problemas no SASE, etc… Em todo o dia têm 45 minutos de intervalo.
André Vicente , 9º A
Assim, depois de analisarmos os prós e os contras, podemos concluir que se os alunos não tivessem as OAS, teriam muito mais vantagens. Comvém não esquecer que os alunos, não tendo tempos livres, irão faltar às aulas ou mesmo abandonar a escola; então, também podemos relembrar que este factor aumenta, em primeiro lugar, o abandono escolar e, em segundo, aumentam os alunos que chumbam por faltas. O pedido que faço, em conjunto com o país inteiro, é que a Senhora Ministra da Educação acabe definitivamente com as OAS.
Olá Catarina! Raquel Fernandes 8ºB
Escrevi-te para te ajudar a tomares uma decisão que acho é a mais correcta. O que deves fazer é o seguinte: deixar o tabaco, pois mais tarde ou mais cedo torna-se um vício que não consegues controlar. É dinheiro mal gasto e as economias financeiras não são muito boas; com esse dinheiro poderias comprar algo mais útil. Hoje um Marlboro custa três euros, irá aumentar cada vez mais. Em França já custa cinco euros e, não tarda nada, em Portugal também. Como te estava a dizer poderias comprar uma sandes, um lápis… algo útil. Em alternativa, poderias guardar esse dinheiro para uma necessidade futura. Além do mais o tabaco mata; o que quero dizer com isto é que provoca problemas de saúde tais como: doenças cardíacas, respiratórias, úlceras de estômago, doenças circulatórias, respiratórias, cancro, bronquite, lesões no feto das grávidas… Não só te prejudica a ti como as pessoas que te rodeiam. Cuida a tua saúde não a estragues por uma coisa que tu própria podes dominar. Por isso lê com atenção o que te disse e confia em mim, esta é a decisão que deves tomar; Porque fumar mata e prejudica-te imenso. Além do mais, ficas cansada, sem vontade de comer, com pouca resistência e isso pode trazer-te problemas… Agora deixo-te aqui a minha mensagem, pensa e depois toma tu a tua própria decisão. De uma “amiga” que te quer ajudar.
Saudades... Estou só e abandonada Numa noite ao luar. Estou triste e cansada Por tanto te esperar. “Quem espera sempre alcança”, O ditado assim o diz Eu esperei e esperei E não alcancei o que quis. Queria-te a ti, Para seres só meu E de mais ninguém. Não sou invejosa, Mas estou desejosa De te ver a meu lado, Coisa quase impossível, Mas que é tão desejada.
Inês Quintana 9.º A
Mas, finalmente, vieste E as saudades me tiraste E explicaste: “O que aconteceu foi um erro, Deixar-te em desespero Com muita saudade, Mas agora Estou a teu lado. Perdoa-me...”
Na cidade de Espinho
6º ano - 1º lugar no lançamento do peso e 2º no alto em comprimento; Cátia Nascimento (Esc. Sec. Miguel Torga) - 1º lugar no salto em comprimento e 1º no lançamento do peso; Vanessa Martins (Esc. Sec. Emídio Garcia) - 1º lugar no lançamento de peso e 2º no salto em altura; Manuela Caloico do 6º ano- 1º lugar no salto em altura; Paulo Gomes da turma do CEF - 1º lugar nos 60 metros e 2º lugar nos 200 metros; Steve Malheiro, também da turma
do CEF - 2º lugar no salto em altura e 6º lugar nos 60 metros planos. Estes resultados excepcionais seguem-se a muitos outros obtidos nestes dois anos de actividade do Centro de Formação de Atletismo da Augusto Moreno, o único a funcionar no distrito de Bragança. Os atletas que integram aquele núcleo de formação desportiva, proveniente de diversas escolas da região do nordeste transmontano, e treinados pela profª Olímpia
Santos, participam regularmente em provas do quadro competitivo federado, tendo alguns deles integrado selecções distritais. No ano de 2005 houve mesmo um aluno que disputou provas internacionais no âmbito do desporto escolar. O megasprint - corrida de velocidade de 40 metros - e o corta mato são outras das modalidades praticadas com muito sucesso por este centro de formação. Parabéns pelos resultados.
Gira-Volei
21
O “projecto Gira-Volei” concebido pela Federação Portuguesa de Voleibol tem sido desenvolvido, com evidente sucesso, na Escola Augusto Moreno, ao longo dos últimos quatro anos. As professoras Isabel Cangueiro e Ilda Vicente, dinamizadoras do “Gira-Volei”, treinam no âmbito desta iniciativa, jovens atletas com idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos. Todos eles têm em comum, naturalmente, a paixão pelo voleibol. Neste momento estão a preparar-se para participarem na fase regional do campeonato de “Gira-Volei”, com jogos a serem disputados nos dias 6 de Maio, em Chaves, e 20, em Bragança. A equipa apurada a nível regional participará no campeonato nacional a decorrer em 3 e 4 de Junho na cidade de Miranda do Douro.
Clube de Basquetebol
lidera o campeonato distrital
A equipa de basquetebol da Escola Augusto Moreno ocupa o 1º lugar do escalão infantil B no campeonato distrital actualmente em disputa. Para além desta equipa, o Centro de Formação de Basquetebol da Escola Augusto Moreno, dirigido pelo Prof. Sebastião Mota integra uma outra que disputa o campeonato feminino. Equipa Feminina de Voleibol
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Os alunos do Centro de Formação de Atletismo da Escola Augusto Moreno, que em 23 de Fevereiro se deslocaram a Espinho para disputarem um torneio de Atletismo em pista coberta, no âmbito do Desporto Escolar, sagraram-se vencedores em quase todas as provas disputadas. As classificações foram as seguintes nos diferentes escalões etários: Joana Alves do 6º ano - 1º lugar no salto em comprimento e 2º nos 60 metros planos; Magda Ferreira do
Desporto
Alunos da Escola Augusto Moreno vencem provas de atletismo
Jogos Tradicionais Os alunos da Escola Augusto Moreno participam com alguma regularidade em iniciativas de carácter desportivo tendo por objectivo a recuperação de jogos tradicionais. É o caso, entre outros, da “tracção à corda” e do jogo conhecido como “silva”. O primeiro consiste na disputa entre duas turmas pela posse da corda, e o segundo desenrola-se de um modo idêntico ao actual bowling, consistindo no derrube de mecos com a ajuda de uma bola.
Jogo do Clube Europeu
Pequenos Jornalistas | Março 2006
3) Qual dos seguintes animais NÃO é um prato típico em França? a) escargots (caracóis) b) limaces (lesmas) c) cuisses de grenouille (patas de rã) 5) Ao pequeno-almoço os Ingleses comem… a) beans, bacon and eggs ( feijões, bacon e ovos) b) fish and chips (peixe frito e batatas fritas) c) toast and tea (torradas e chá) 7) Quando um búlgaro faz um aceno de cabeça para cima e para baixo, quer dizer… a) Sim. b) Não. c) Estou a ouvir. 9) O prato húngaro “Goulash” é… a) peixe cru b) sopa fria c) fruta quente 11) O futebolista português que foi considerado o melhor jogador do campeonato francês na época 2001/ 02 é … a) Cristiano Ronaldo b) Pauleta c) Figo
2) Os Ingleses conduzem pela… a) direita b) esquerda c) ambos, mediante a alcoolémia
School Vocabulary Find the 20 words about school vocabulary. To find the words you may go up, down, forward or diagonally.
4) Um escandinavo despede-se com… a) um aperto de mão b) um beijo c) triplo beijo 6) Se um Portuga se cruza com um britânico no passeio, há o perigo de embaterem porque… a) ambos caminham pelo lado a que estão habituados a conduzir b) os portugueses andam cabisbaixos c) o Chelsea e o Benfica empataram 8) Na Áustria chama-se “Heuriges” às… a) tabernas típicas b) raparigas do campo c) árvores da montanha 10) Qual das seguintes bebidas NÃO é tipicamente irlandesa… a) “Irish coffee” b) cerveja “Guinness” c) sangria 12) O “kilt” dos escoceses é… a) uma saia de tecido xadrez que os homens usam b) umas calças de tecido xadrez que as mulheres usam c) o uniforme escolar obrigatório nos colégios
Bar Biology Boarding Break Chemistry
Class Classroom Craftworks French History
Homework Laboratory Portuguese Primary Secondary
Term Test Timetable Toilets University
Crossword All the words in this crossword are school-related.
Professores responsáveis: Marta Pereira e Pedro Quintela
Soluções:
Play with colours Fill in the blanks _ E_ _ _ _N_ _ G_ _ _ _ _L_ _ _I_ _ S_ _ _ _ _ _ _ _H_ _ _
5ºG
Soluções:
Red Orange Green Blue Pink Silvered White
22
1) Depois de almoço os espanhóis … a) batem castanholas b) dançam flamingo/ flamenco c) dormem a siesta
1=c; 2=a; 3=b; 4=b; 5=a;6=a; 7=b; 8=a; 9=b; 10=c; 11=b; 12=a.
Passatempos
Estás familiarizado com os usos e costumes dos nossos concidadãos europeus? Testa esses conhecimentos com o seguinte questionário.
ACROSS
1- There you can read, but don’t make noise. 2- You can find all school teachers in this place. 3- The school for very young children. 4- In this subject you count, add, subtract, multiply… 5- This school includes food and a bed for the night. 6- The room where you have classes.
DOWN
a- A list with the place and time of your classes. b- The name of a subject and a language. c- The name of a subject and a language. d- An interval between classes. e- Here you have an Arts class. f- The study of the Earth’s surface.
Trabalho elaborado por: Ana Luísa, Catarina, Luís, José Filipe, 7ºB
Adivinhas 1) O que é que cai em pé e corre deitada?
Nível: Fácil
2) O que é uma senhorinha muita assenhorada que nunca sai de casa e está sempre molhada? 3) Trabalha como um relógio, Sem ser um relógio igual; Tem muitas raízes, E, mais, não é vegetal. O lugar onde nasceu É onde espera morrer. O seu maior amigo Nunca o deseja ver.
No exame: - Como te chamas? - Alberto Mingote. - E porque te ris? - É porque estou contente por ter respondido bem à primeira pergunta. O Professor: - Quais são os deveres dos pais para com os filhos? - A mãe deve fazer os trabalhos de Português e o pai os problemas de Matemática.
4) O que é aquilo que lembro mas não fica, tem asa mas não voa?
Na aula de Física - Vamos lá ver se percebi tudo – disse o estudante mal o professor acabou de explicar a teoria da explosão primordial sobre a criação do Universo. - No princípio, não havia nada e depois explodiu tudo.
6) O que é uma coisa que tem pernas, tem costas e não é gente?
5) O que é uma coisa tamanha como uma perna de galinha e governa a casa como uma rainha?
7) O que é que vai e vem sem nunca sair do seu lugar? 8) Qual é a coisa, qual é ela, comprida como uma estrada que cabe na mão fechada? 9) O que é pequeno em Lisboa e grande no Brasil?
O professor: - Amar e não ser amado, que tempo é? - É tempo perdido... senhor professor.
11) O nome; 12) Papel; 9)Letra B; 10) Elevador; 7) Porta; 8) Novelo da linha; 3) Coração; 5) Chave; 6) Cadeira; 1) Chuva; 2) Língua;
“D. João Pedro Fernandes Rodrigues da Cunha Pinto, conde de Barcelos, cavaleiro de São Tiago e Alcântara”, responde o viajante. “Sinto muito”, reponde-lhe o estalajadeiro fechando a janela. “Não há lugar para tanta gente!”
Adivinhas: 13) Pão; 14) Videira, uva e vinho;
Certo minhoto, nobre de nascença, chegou de noite a uma aldeia de França, onde não havia senão uma estalagem. Como já passava da meia-noite, bateu bastante tempo à porta até conseguir que o estalajadeiro acordasse. Por fim ouviu a voz do dono da estalagem:”Quem é?” perguntou, com a janela meio fechada.
Soluções 15) Cebola; 16) Viana.
Um homem foi ao cinema e ficou perplexo ao encontrar uma senhora com um cão pastor alemão ao colo. Ainda mais admirado ficou ao reparar que o cão se ria cada vez que era para rir. - Desculpe - disse o homem à senhora - mas estou perfeitamente abismado por o seu cão gostar tanto do filme. - Também eu - respondeu a senhora – ele detestou o livro.
10) Qual o meio de transporte que não faz curvas?
Passatempos: A elaboração desta página de passatempos só foi possível com a colaboração do aluno Miguel Terra, do 6º ano, a quem agradecemos.
11) O que é que a formiga tem mais que o boi? 12) Qual é coisa qual é ela feita para escrever mas que não escreve? 13) O que é que quanto mais quente está mais fresco é? 14) A mãe é torta, a filha saborosa, a neta faz perder a cabeça. 15) É uma senhora muito esbelta que com finos véus se aperta, quem tiver que as desapertar muitas lágrimas há-de chorar. 16) Qual é a cidade que diz que viu uma mulher?
Passatempos
Pelo telefone - Sr.ª Professora, hoje o Alberto não pode ir à escola. - Está bem. Quem está a falar? - É o meu pai.
Sudoku
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Humor
23
Pequenos Jornalistas | Março 2006
Última
Página do Agrupamento na Internet alvo de remodelação É já no próximo mês de Maio que se prevê estar disponível na Internet a página renovada do Agrupamento de Escolas Augusto Moreno. A modernização daquele importante meio de divulgação dos conteúdos noticiosos, científicos e logísticos referentes ao Agrupamento conta desde o primeiro momento com a aprovação activa do Conselho Executivo, além da colaboração extraordinariamente competente da profª Aura Aguiar, fundadora, editora, redactora - e tudo o mais- da página até à presente data, e do profº José Carlos Martins, especialista em multimé-
dia, autor da remodelação gráfica da página. A cooperar com estes professores, encontra-se o Clube de Jornalismo da escola, mormente no que diz respeito à elaboração dos conteúdos redactoriais. Esta iniciativa integra-se na modernização progressiva da imagem do Agrupamento. Neste momento, estão já a ser divulgadas a proposta de um novo logótipo e novas cores representativas, metas a atingir a curto prazo, numa lógica de afirmação da identidade do nosso agrupamento absolutamente imprescindível no mundo actual.
Agrupamento
Informações
Contactos
Notícias
Benvindo ao Agrupamento de Escolas Augusto Moreno Um pouco sobre a escola
Neve em Bragança
Em 1968 foi criada, em Bragança, a Escola Preparatória do Ensino Secundário. Por proposta da Câmara Municipal de então, foi-lhe atribuído o nome do prof. Augusto Moreno...
Augusto Moreno
Visita do governador
Augusto César Moreno nasceu em Lagoaça, a 10 de Novembro de 1870...
Actividades
Escolas do Agrupamento
Escola em Imagens
Escola sede Escolas do 1º ciclo Jardins de infancia
Reestruturação da Rede Escolar
24
A Ministra da Educação Professora Maria de Lurdes Rodrigues em visita à escola de Quintanilha
A nova política de reestruturação da Rede Escolar marca profundamente o 1º Ciclo do Ensino Básico encerrando um elevado número de escolas isoladas. Das onze escolas rurais do Agrupamento Augusto Moreno, em funcionamento no presente ano escolar, manter-se-ão, em 2006/2007, como Escolas Integradoras e de Acolhimento, a EB1 de Samil e a EB1 de Quintanilha, conforme comunicação superior da Coordenação Educativa de Bragança e da Direcção Regional de Educação do Norte. A constituição e funcionamento da 3ª Escola Integradora constante da proposta apresentada atempadamente pelo Conselho Executivo do Agrupamento à Coordenação Educativa de Bragança e posteriormente pela Câmara Municipal de Bragança
foi negociada com a Direcção Regional de Educação do Norte em Janeiro último, sendo aceite como Escola Integradora a EB1 de Baçal. Contudo, importa referir que desta decisão, até ao momento, não dispomos de informação oficial. Os critérios que presidiram à selecção destas escolas prendem-se com a localização e centralidade das escolas em relação às aldeias que vão ser abrangidas; com as distâncias a percorrer diariamente pelos alunos; com a existência de espaços básicos e a garantia de fornecimento de refeições escolares e não menos importante com a disponibilidade das respectivas Juntas de Freguesia e a cedência de espaços para a realização das actividades de prolongamento de horário. O Conselho Executivo
Pequenos
Jornalistas Os bons jornais são aqueles que têm gente dentro. Quisemos demonstrar isso mesmo enriquecendo esta edição com um número grande de fotografiasretrato de alunos, professores e funcionários do Agrupamento de Escolas Augusto Moreno. Porque o merecem. Tal como merecem outras pessoas que embora não trabalhando connosco, no dia-a-dia, colaboraram de forma graciosa e competente com este jornal. É o caso do Carlos Fotógrafo, mestre do retrato, e da Drª Raquel Arieira, colaboradora gráfica, que percorreu cerca de 300 Km
para trabalhar durante alguns dias na execução técnica desta edição. Deve-se também um agradecimento a todos os autores dos textos que nos foram enviados. Por limitações de espaço nem todos puderam ser publicados. Lamentando o facto, estamos certos que podemos recuperar uma boa parte deles na próxima edição do “Pequenos Jornalistas”. Por último, uma palavra de apreço para com os membros do Clube de Jornalismo que souberam materializar o sonho de verem impressas as páginas de um jornal que ajudaram a escrever.
Alguns dos elementos do clube de jornalismo. Da esquerda para a direita: 1ª fila - Miguel, Luís; 2ª fila - Ricardo, Luís, Bruno, Álvaro, Guilherme, Vanda, Tânia; 3ª fila - Domingos, Alexandra, Joana, Catarina, Patrícia, Rita, Cláudio, João Pedro. Faltam muitos outros.