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Sumário
Entrevista Portfólio Agenda Intercâmbio Acontece Minha arte Galeria
Mapa das exposições
Victor P. Tavares, Vicky e Driin
Espaço da galera
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Davi Escobar Armazém Vieira: a arte temporária
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Lucas Bittencourt
Agenda Cultural
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Rodrigo Rizo
Santa Catarina em Preto e Branco
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Expediente art break
Revista com objetivo de divulgar a arte local. 2013-2 Editores: Vicky Netto Machado e Eduardo Matheus De Oliveira Projeto Gráfico: Vicky Netto MAchado e Eduardo Matheus De Oliveira Seleção e tratamento de imagens: Vicky Netto Machado e Eduardo Matheus De Olveira Editoração: Vicky Netto Machado Fontes: Lobster, Helvética, Trade Gothic LT Std, Champagne & Limousines Acessoramento: Ildo Golfeto, Bruno Campos. Formato: 18 cm - 24,5 cm Papel: Miolo Couchê 90 gr. Capa Couchê 150 gr. Impressão: Duplic
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Este trabalho é experimental sem fins lucrativos e de caráter acadêmico. Desenvolvido pelos alunos de graduação em Design Grafico das Faculdades Energia no semestre de 2013-2 Vicky Netto Machado e Eduardo Matheus De Oliveira. Com o objetivo de estudo das técnicas e conhecimentos absorvidos na disciplina de Projeto Gráfico 2
Entrevista Rodrigo rizo
Novas respostas, velhas perguntas Aproximação
Rodrigo Rizo, teve suas primeiras experiências há 12 anos, mas se considera grafiteiro há 7. A inspiração para suas obras de arte é buscada na vivência do dia a dia, nas pessoas que conhece, nas situações cotidianas.” Minha inspiração vem da política, da cultura popular, os clichês, a publicidade e os conceitos já estabelecidos. Uso isso para fazer novas perguntas à velhas respostas” comenta.
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rodrigo rizo
fight
Como foi o seu primeiro contato com essa arte? Através da herança da skate art e da pichação, com as quais eu tinha contato. Sempre andei muito na rua, meu núcleo de amizades foi de pessoas que ocupavam a cidade, o grafite veio a partir dai.
O artista, vê arte urbana como toda forma de expressão que não se restringe a um espaço, é onde o suporte faz parte da obra. Mas nem sempre o grafite foi bem visto na cidade. Há 10 anos o grafite era visto como ‘marginalização’ em Florianópolis. Como foi essa transição de cultura e de pensamento da sociedade? Foi bem difícil, era tudo muito limitador e excludente. Mas nenhuma mudança acontece sem esforço e persistência. Essa
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mudança não veio por uma luta exclusiva dos artistas de Floripa. É um momento vivido no mundo todo. A sociedade passou a compreender a real importância cultural, política e social do Grafite, quando viram nele uma voz que fala sem censura. Amanhecia e lá estava algo novo no trajeto fazendo você pensar. Ficou impossível ignorar e excluir, embora muitos ainda insistam. Hoje somos relativamente valorizados, pois somos parte da vida urbana e as pessoas apreciam isso.
A arte do Rizo, e seus camaleões, está em todos os pontos da cidade, apesar de comercializar seus trabalhos por outros meios, ele pinta algumas telas, mas não tem isso como foco profissional. “As pessoas querem transportar o que elas veem na rua para dentro de suas casas, para chamar de seu. Elas querem o grafite na parede interna da resi-
rodrigo rizo
Libélula
dência. E é isso que eu faço. Sei que o mercado da arte é bem competitivo, e estou ligado a ele de certa forma. Existem excelentes artistas e bons espaços, comercializando essas obras. O principal problema que eu vejo, é que o consumidor ainda não compreendeu que investir em arte é um bom negócio. Mas isso são questões culturais mais profundas.”
Com a valorização da atividade, surgiu também o interesse por aprender sobre e como produzir os traços. Por isso, Rizo criou um curso para os interessados, que normalmente ocorre na Cor Galeria. Ele comenta que a procura é boa, e que a maioria das pessoas se aproximam por curiosidade ou para explorar outra técnica de pintura, poucos tornam-se grafiteiros de fato. Na sua visão, daqui há 10 anos existirão novos estilos, espaços e propostas. “O grafite é infinito.”, relata.
“É como um sonho. Se você acreditar com todas as suas células, você o torna real.”
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rodrigo rizo
apocalypse
Viver financeiramente desta arte é possível, mas extremamente difícil. “É como um sonho. Se você acreditar com todas as suas células, você o torna real.”, define. Rizo, já viajou para apresentar seus trabalhos e buscar um intercâmbio cultural, fator importante para evolução do artista. “Já fui a São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Chile e Peru. Sempre para exposições ou encontros internacionais.” .
seus trabalhos não pagos, mas relata que já teve problemas com a polícia no passado. “Diversas vezes somos levados até a delegacia, explicamos o que ocorreu e acaba ficando por isso, pois os delegados muitas vezes são mais preparados culturalmente para entender que não estamos depredando o patrimônio de ninguém e sim fazendo arte, com a intenção de renovar e melhorar o ambiente urbano.”, conta Rodrigo.
O que diferencia o seu trabalho dos demais?
Atualmente, ainda é perigoso grafitar em Florianópolis? Quais riscos você corre?
Tenho uma identidade visual, que é o Camaleão. Uma figura que espalho por onde vou. Fora isso, acho que as mensagens que tento transmitir.
Qual o simbolismo do camaleão? Representa a adaptação, é quase uma metáfora visual do que o grafite significa para mim. Pois ocupa os espaços que não foram previstos para abrigar uma arte, e precisa ajustar-se. Seja nas formas, cores, luzes ou sombras, eu coloco isso no meu estilo e nas situações em que o camaleão aparece.
Ele nunca parou para contar quanto gasta em média por mês para fazer
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Não sei se a palavra é perigo, mas sim, requer coragem. Os riscos são os mais diversos, os mesmos que qualquer cidadão corre. Ser atropelado, ser assaltado, ser confundido, ser preso... enfim.
Qual grafite que você já fez tem mais significado, ou você mais gosta?
Normalmente é o último que fiz. É um tipo de paixão, que permanece até que eu faça o próximo.
Por fim, para você o que é grafite? Minha vida, meu amor, minha personalidade, identidade, visão, atitude, eterna busca e paz.
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rodrigo rizo
As faces da Tailâ Olhos grandes, abertos, esbugalhados! Lucas Bitencourt, de 23 anos, natural de Floripa, sempre foi um observador e, desde quando se conhece por gente, já passeava por aí com alguma máquina fotográfica. Mas foi em 2008 que começou a clicar com mais consciência, investiu em uma câmera de verdade e experimentou esse novo universo. Ama viajar, mesmo que só em pensamento, e procura pessoas, lugares e vivências diferentes. Neste trabalho, apresenta sua breve passagem pela Tailândia no verão de 2011, na cidade de Bangkok, no Floating Market e nas ilhas de Koh Tao, Koh Phangan e Koh Samui.
芒ndia
Portf贸lio
tEmpLo buDiStA
Portfólio
A exuberância das paisagens...
uma das belas ilhas paradisíacas
A combinação entre um grande litoral recheado de belas praias, riquezas cultural e espiritual e deliciosa gastronomia fazem da Tailândia um dos melhores destinos turísticos do planeta. Além disso, diversos templos de budismo, religião com o maior número de adeptos (83%), atraem milhares de turistas. A maioria dos habitantes vive em áreas rurais (66%) e desempenha atividades agrícolas. O país viveu um rápido desenvolvimen-
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to econômico durante a década de 1980. Os Tigres Asiáticos (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan), além do Japão e dos Estados Unidos, realizaram investimentos para a industrialização tailandesa. Nesse sentido, foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. Produzindo sob encomenda e utilizando mão de obra barata, a lucratividade das empresas foi altíssima. Com esse crescimento econômico rápido, a
Portfólio
... e a vida árdua de quem habita comércio
Tailândia entrou para o grupo dos “Novos Tigres Asiáticos”. Apesar de conseguir reduzir de forma significativa a mortalidade infantil (atualmente é de 7 óbitos a cada mil nascidos vivos), a Tailândia apresenta problemas na área da saúde. A AIDS está em constante expansão, e já se tornou um grande problema de saúde pública. Esse fato se deve, principalmente, ao aumento da prostituição, impulsionada pelo grande número de turistas que visitam o país.
Em 26 de Dezembro de 2004, um tsunami assolou a costa tailandesa de Andamam, este desastre provocou não somente um grande retrocesso na reconstrução de zonas a recuperar, como exigiu também um grande esforço por parte das autoridades, bem como da população em geral, para concluírem essa reconstrução em tempo recorde. Um ano depois todas as zonas afectadas estavam totalmente recuperadas.
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Portfólio
TRABALHADOR NATIVO
Fotografar na Tailândia possui duas faces bem distintas, uma a exuberância de suas paisagens naturais e monumentos Budistas, e outra a realidade quotidiana dos habitantes que, apesar de parecer árdua, não os torna menos receptivos.
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Portfólio
Para o autor, a segunda é a mais interessante, por retratar expressões faciais e atitudes de momentos únicos, que jamais se repetirão de uma forma exata, além é claro de revelar uma cultura tão distinta da sua e proporcionar uma reflexão sobre como as diferenças devem ser compreendidas e respeitadas.
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TRABALHADORA NATIVA
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Agenda
23 e 24/11
Agenda Workshops
O Zupi Academy oferece workshops em Florianópolis. Os cursos serão realizados no campus São José, da Univali. Confira cada artista e workshops oferecidos: Márcio Moreno - Ilustração (23/11) Graduou-se em 2009 em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. O workshop de ilustração ministrado por ele tem como objetivo aguçar a criatividade do aluno através de exercícios práticos de desenho, partindo da leitura e discussão de um texto sugerido pelo orientador, criando assim uma relação inicial com ilustração e o desenvolvimento de um desenho autoral. O aluno irá criar e desenvolver um poster ilustrado.
Tipocali - Caligrafia (23/11) O objetivo é aumentar o conhecimento técnico e teórico sobre o tema tipografia e caligrafia. A ideia é que esse novo repertório seja implementado em seus projetos profissionais e/ou experimentais, e o público é formado por designers, artistas, ilustradores, estilistas, publicitários, entusiastas e apaixonados por letras. Conhecimentos básicos em caligrafia e desenho são recomendados mas não é necessário ser um profundo conhecedor.
Sipros - Graffiti (23 e 24/11)
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Wellingotn Naberezny, o Sipros, oferece alternativas de construção, pintura e recortes dentro do estilo realista do graffite. Com exercícios e estudos experimentais para desenvolver habilidades básicas de contorno, espaço, relações e valores tonais. É voltado para grafiteiros, designers, ilustradores, arte-educadores, artistas plásticos, estudantes de artes. Noções básicas de desenho e manuseio do spray são recomendadas.
Cultural
Agenda
Paula Jardim - Processo criativo e desenvolvimento de estampas para moda (24/11) Uma introdução ao processo de criação de estamparia corrida.Vamos falar da inspiração, referências visuais, técnicas de pintura, construção técnica de rapports e tipos de impressão e falar um pouco sobre como funciona o mercado de moda no Brasil.
Local dos workshops: UNIVALI Campus São José – Unidade Ilha – Rodovia SC 401 n˚5025 – 2˚andar – Saco Grande – Florianópolis – SC - Das 09 às 18 horas
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Oficina
OFICINA DE GRAFFITI na Cor Galeria
Aulas com o graffiteiro Rodrigo Rizo Aprenda técnicas de pintura com spray direcionadas para os processos criativos do Graffiti. Para se inscrever envie e-mail para contatocor@gmail. com ou ligue 48 9615 1227. Onde: COR Galeria, Av. Afonso Delambert Neto, 619 Lagoa da Conceição, Florianópolis Inscrições pelo telefone (48) 9615-1227 ou pelo email contatocor@gmail.com
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Agenda
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O mapa das
Santo Antônio de Lisboa
Ufanismo Musical
Local: Cor Galeria de Arte Rodovia SC-401, 7135. Horário: Terça a Sábado, das 11h às 18h Valor: Gratuíto. Informações: No site.
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Lagoa da Conceição
Arte Cerâmica Local: Barca dos Livros (LIC) Rua Hipólito do Valle Pereira, 620. Horário: Abertura - 29/11, às 20h. Visitação - Terça a Sábado, das 14h às 20h. Valor: Gratuíto. Informações: (48) 8823-0372.
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VICKY NETTO MACHADO
Agenda
s exposições 9
Centro
Tailândia
Local: Caffé Cult Rua Dom Jaime Câmara, 202. Horário: Segunda a sexta das 11h às 21h. Valor: Gratuito. Informações: Pelo facebook do evento.
Paixão pelo traço nipônico com jeitinho brasileiro
Santa Catarina em Preto e Branco Local: Helena Fretta Galeria de Arte Rua Presidente Coutinho, 532. Horário: Abertura dia 2/12, às 19h30. Visitação de segunda a sexta, das 9h às 18h30 e aos sábados, das 9h às 13h. Valor: Gratuito. Informações: (48) 9989-3752.
Caro Fumante
Local: Espaço Cultural da Megastore da Livrarias Catarinense Rua Felipe Schmidt, 60. Horário: Segunda a sexta-feira das 9h às 20h. Sábado das 9h às 16h. Valor: Gratuito. Informações: (48) 3271-6001.
Local: Fundação Badesc Rua Visconde de Ouro Preto, 216. Horário: Visitação das 12h às 19h. Valor: Gratuito. Informações: (48) 3224-8846.
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Agronômica
Expressões Visuais
Local: Espaço expositivo das Oficinas de Arte do CIC Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600. Horário: Das 8h às 21h. Valor: Gratuito. Informações: (48) 3953-2312.
Saco dos Limões
Bagre & Arte Rua João Motta Espezim, 722. Duração: 01/11 a 21/11 das 13:00h às 22:00h
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dAVI ESCOBAR
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Intercâmbio
Diálogo
de
Davi Escobar A cidade de São Paulo recebeu uma homenagem especial com a mostra “Diálogo”, uma comunicação aberta de Davi Escobar com seus espectadores através da pintura e da tatuagem.
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fotos por davi escbar
“Como vivemos, observamos e de que forma julgamos? Nossas ações interferem na matéria e no espírito” A Galeria Soul Tattoo Art e Café recebeu do dia 25 de outubro a 9 de novembro as obras do artista plástico e tatuador, Davi Escobar, que homenageou a cidade de São Paulo e buscou mostrar o reflexo da metrópole em seus habitantes. “Como vivemos, observamos e de que forma julgamos? Nossas ações interferem na matéria e no espírito”, considerou o artista para construir o conceito da exposição. Desenhista por paixão, a tatuagem foi um passo natural para Davi quando lá em 1997 arriscou seus primeiros rabiscos na
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pele. Iniciado pelos precursores da tatuagem no sul do país, nunca mais largou a profissão e agora transborda nas telas a junção das duas artes. O artista ainda fez uma temporada como tatuador dos dias 26 a 30 de outubro na galeria. A agenda esteve aberta ao público. Uma trilha sonora especial foi criada pelo artista para guiar os convidados à introspecção enquanto observavam as telas. Do underground ao dubstep, a viagem terminou com uma performance ao vivo.
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TÉCNICA: AQUARELA SOBRE FOLHAS DE LIVROS ANTIGOS.
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DIÁRIO CATARINENSE
Acontece
fachada temporária do armazém
Armazém Vieira: arte temporária
Os desenhos serão cobertos a partir do dia 2 de Dezembro e a fachada voltará à sua forma original.
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A ideia de grafitar o Armazém surgiu durante a Mostra Casa Nova, quando o proprietário do imóvel – que hoje funciona como bar e cachaçaria – viu o registro de outros grafites no espaço Saleta do Fotógrafo. Ele então convidou o designer de interiores Alex Araújo para levar uma amostra desse tipo de arte para as paredes externas do estabelecimento. O tema escolhido foram as bruxas de Franklin Cascaes. Desde o dia 31 de outubro, quando as imagens dos artistas trabalhando na fachada começaram a pipocar no Facebook e no Instagram, o assunto se espalhou pela cidade. Parte da população apoiou a iniciativa, mas uma outra parcela foi contra. As manifestações chegaram por mensagem virtual, por bilhetes sob a porta e até por gritos de motoristas que passavam pelo local. Na página do Armazém Vieira e na dos grafiteiros Pedro Driin, Paulo Govêa e Marcelo Barnero, que encabeçaram a execução do projeto, foram poucos os que se mostraram contra os desenhos. — Para nós foi bacana, afinal é um prédio histórico, mas também é um muro
como outro. A coragem de mudar mesmo foi do Schrader. Ele nos entregou o casarão — afirma o grafiteiro Pedro Driin, que capitaneou o trabalho do grupo de sete artistas da Capital. Assim como a ideia de grafitar, a decisão de cobrir os desenhos já no dia 2 foi tomada pelo sócio-proprietário Wolfgang Schrader, em atenção ao que havia sido combinado anteriormente tanto com os artistas quanto com as autoridades locais — em função do tombamento parcial, o prédio histórico não poderia receber pintura com “cores berrantes”. No último dia 12 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano enviou um comunicado em que solicita a cobertura do grafite no prazo máximo de 30 dias, mas Schrader prefere se antecipar, as paredes externas do bar Armazém Vieira, na Capital, serão novamente pintadas a partir do dia 2 de dezembro. A nova camada de tinta, na cor vermelha, irá cobrir o grafite que atualmente se estende pela fachada do estabelecimento no Bairro Saco dos Limões.
Acontece
Markito apresenta: Santa Catarina em Preto e Branco Mostra reúne um total de 30 imagens em preto e branco na Galeria Helena Fretta CENTRO DE FLORIANÓPOLIS
Com 15 anos de experiência na fotografia publicitária e editorial, Markito sentiu necessidade de explorar o campo artístico e mostrar ao público uma outra face do seu trabalho, mais voltada para as possibilidades estéticas do que para um propósito de mercado. Com curadoria de Cláudio Brandão, a mostra Santa Catarina em Preto e Branco abre na segunda, 2 de Dezembro na galeria Helena Fretta, em Florianópolis. A distinção entre foto comercial e artística é o próprio Markito quem faz: duas câmeras diferentes, duas formas de apresentar, dois esquemas de cor. A fotografia fine art fica com o preto e branco, enquanto a publicitária e a editorial recebem cor. A primeira é impressa em papel certificado com 100 anos de garantia e a segunda é comercializada no site Fotomundo.com. br, do qual ele é fundador. — Procuro separar um pouco as coisas. Markito é Markito, é meu trabalho autoral. Outra coisa é meu trabalho com agências — descreve o fotógrafo. A mostra reúne 30 imagens ampliadas para o tamanho 30x45 e impressas em papel hanhemülhe 100% algodão.
Cada foto será vendida a R$ 1.500 e parte da renda será revertida para a aquisição de cestas básicas que serão enviadas a instituições de apoio a crianças e idosos carentes. — Com o que conquistei na minha carreira quero aproveitar para ajudar alguém, passar alguma coisa boa adiante. É uma satisfação pessoal minha. O lançamento contará ainda com uma apresentação do músico Gazu, da banda Dazaranha, no lounge externo da galeria. Depois da exposição, o objetivo de Markito é transformar as imagens em um livro sobre as 10 regiões de Santa Catarina, além de circular com a mostra pelo Estado.
Agende-se Quando: abertura 2/12, às 19h30min. Visitação até 14 de dezembro, de segunda a sexta, das 9h às 18h30min e aos sábados, das 9h às 13h Onde: Helena Fretta Galeria de Arte (R. Presidente Coutinho, 532, Centro, Fpólis) Quanto: entrada gratuita.
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victor tavares
arte
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Minha arte
Vento Skate
como essência O skatista Victor P. Tavares fala um pouco sobre a produção de suas obras de arte e como começou a fabricar seus próprios shapes. VENTO SKATE: ligação de dois nomes distintos. Mas nunca unidos em vão... observe! VENTO: corresponde ao deslocamento de ar, que migra de regiões de alta pressão atmosférica para pontos onde essa pressão é inferior. Fenômeno da natureza, Possui direção em percorrer um espaço, um trajeto, caminho, lugar qualquer(como um skate). O VENTO esta sempre soprando, sempre para frente. Pode ser uma leve brisa ou um furacão de escala catastrófica. O VENTO é uma das primeiras sensações que temos quando andamos em um SKATE. Ele é o primeiro a ser reconhecido pelo skatista iniciante. Esta chave de liberdade. “O VENTO no rosto” de quando se está descendo uma ladeira de skate nunca mais irá ser esquecido! Por este acontecimento escolhi o nome VENTO SKATE... pura lembrança de liberdade sem fronteira!
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Como surgiu Em 2007 Victor trabalhava em uma agência de publicidade em São Paulo, nesta época o usufruto do skate era primordial para a sua locomoção pela cidade. Como não tinha dinheiro para comprar os decks de qualidade, seus skates geralmente quebravam. Com este impasse variou estilos de shapes podendo perceber a dinâmica de cada categoria e modelo no asfalto. Nesta época Victor descobria a história do skate e a riqueza do oldschool através de documentários, filmagens, revistas antigas e mídias dos anos 60 e 70, despertando assim a ideia de fabricar o seu próprio deck. Victor cria seu primeiro shape com o apoio de seus pais e amigos, abandona seu o emprego na agência, investe em máquinas e monta se primeiro ateliê na garagem de sua casa.
Inspiração Ainda com pouca experiência o artista é convidado para participar de uma exposição internacional onde teve a oportunidade de conhecer mitos e referências do lifestyle skate/surf. Durante a exposição victor arriscando manobras em algum lugar de floripa
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Victor conhece Florianópolis, se encanta com o a cidade que respira os dois esportes e decide absorver ao máximo a essência do lugar como inspiração para continuar produzindo.
hora da pintura
‘‘O produto final é uma verdadeira obra de arte’’
Ideologia A Vento Skate tem como objetivo resgatar a essência do skate arte, oferecendo um produto de qualidade, totalmente artesanal e com identidade própria. “O PRODUTO FINAL NÃO É SIMPLESMENTE UM SKATE DE VAREJO, É UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE” em forma de skate! Hoje a marca dedica-se a fabricar skates para pessoas que gostam de um diferencial em arte e design, que são formadoras de opinião e principalmente seletivas no consumo do universo skate!
Segmento O seguimento da VENTO SKATE leva uma forma, linha ou essência old school ! fugindo um pouco dos padrões ditados pela industria de skate. Esta forma de seguimento começa desde a seleção da madeira, passando pela pintura e elaboração e por fim até o skate descer sua primeira ladeira!
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DĂŠbora queda
A
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Arte no tecido Vicky Netto Machado usa o que aprendeu na faculdade de Design para fazer sua arte virar estampa das suas roupas.
A moça, que gostou muito da matéria, teve uma ideia junto à mãe, a qual seria a produção de roupas básicas e estampadas para reativar a marca de seu pai, a Krugans, pioneira no segmento de kimonos de jiu-jitsu. Vicky mergulhou fundo na produção de padrões e foi pegando gosto ao ver os resultados.
, Débora queda
Vicky Netto Machado, estudante de Design Gráfico em Florianópolis, sempre gostou de moda, principalmente da parte que diz respeito à estamparia. Também nunca escondeu seu gosto por desenho e criação. Apesar disso, ela nunca tinha nem imaginado criar roupas, muito menos estampas. Até que, em uma das disciplinas de seu curso, aprendeu um pouco do design de superfície, que inclui a criação de padrões de repetição.
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débora queda
Inspiração A grande inspiração na hora da produção dos padrões são geralmente assuntos tropicais, naturais, coloridos, étnicos, etc. Tudo o que ela e sua mãe, Adriana Feijó, gostam vira estampa. As composições incluem montagens com imagens que ela pesquisa, desenhos e pinturas próprios. Sempre de acordo com o gosto dela. Afinal, ela apesar de usar técnicas do Design, gosta mesmo é de fazer arte para deixar o trabalho prazeroso. Com muito estudo, experiências que deram e não deram certo ela finalizou uma coleção de estampas e encaminhou pela primeira vez para impressão digital. O processo de produção foi longo, mas finalmente o tecido já está pronto, embora as peças ainda levem mais um período de tempo para ficarem prontas.
caveira com fundo de henna indiana 36
rapport pa
ara estampa
Um pouco de teoria... Design de Superfície pode ser entendido como a “ocupação da superfície de objetos da vida cotidiana como suporte para expressões com significados, além de seu desempenho funcional”. (Ruthschilling, Evelise) Se qualquer superfície pode receber um projeto de design, para a sua realização é necessária a compreensão das etapas desse projeto. Compor uma padronagem a partir da repetição de uma imagem é um processo baseado em conceitos como Rapport, Módulo e Grid. tecido estampado
Rapport É um termo francês (em inglês conhecido como repeat, e em português, “repetição”) usado para denominar um desenho em repetição, uma representação formada a partir de módulos. Os elementos visuais e/ou táteis do Design de Superfície compõem uma representação visual visando garantir a unidade, a continuidade, o preenchimento e o ritmo da superfície. Esses elementos propagam o módulo. rapport para estampa
Módulo É a menor área que contém todos aqueles elementos visuais que fazem parte da imagem, ele é a unidade da padronagem. A padronagem é formada a partir da composição e organização dos elementos presentes no módulo em si e do rapport desse módulo (maneira como os módulos conversam ou divergem entre si quando repetidos).
módulo de jasmins para estampa
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Minha arte
Driin
Verd
Driin
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aroldo
dades do coração A ciência que estuda as interações entre matéria e energia nos ajuda a entender como a arte - e a interação nela aplicada pelo seu autor - tem poder transformador. Para a física quântica, toda energia vibra em uma frequência. Para Pedro Teixeira, a energia colocada em cada trabalho é a melhor parte do processo. Amante da vida, Pedro hoje é Driin. Telas brancas pouco o inspiram. Melhor mesmo é um pedaço de tecido, um toco de madeira, os muros da cidade. “Eu gosto de ressimbolizar, dar novo sentido às coisas. Um jornal velho ou uma moldura que achei na rua, que já tem uma história. O ser humano é assim, larga as coisas e tira o seu valor”. Com os olhos fechados, seus anjos e bonecas encantam quem passa pelas ruas e convidam para um mergulho interior aqueles que páram para observar. A alma feminina ganha destaque e leveza
Contatos do artista Pedro Teixeira “driin” tattooearte@gmail.com Viida Tattoo Studio - Lagoa da Conceição
em seus pincéis. Meninas e mulheres traduzem essa busca pela sensibilidade e espiritualidade. Ao fechar seus olhos, Driin abre um mundo onde as possibilidades são infinitas. Com os olhos fechados estamos em paz, seguros, em transe. Talvez algo muito próximo de como ele se sente ao pintar. E foi assim desde pequeno. Filho de artista, os quadros pela casa estao até hoje na lembrança do menino Pedro, que cresceu e resgatou toda a arte que o rodeava durante a infância. Ao nutrir sua alma de esperança e muitas referências, a mãe do jovem Pedro Teixeira alimentava a mente criativa de um garoto que aprendeu a falar desenhando. “No meu processo de pesquisa e produção percebi que muitas coisas eu já tinha visto, faziam parte de um univers que já era meu e aquelas imagens já estavam registradas sem que eu pudesse perceber”.
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Deixou São Paulo e desembarcou no Beco dos Surfistas, em Florianópolis, com apenas 17 anos e uma mochila cheia de tintas “emprestadas” pela mãe. Fez o desenho para tatuagem de diversos amigos e enxergou ali uma profissão que valoriza uma de suas principais habilidades. Já se passaram 10 anos após sua primeira experiência em desenhar sobra a pele e hoje ele é uma das referências em tatuagem, livremente ancorado na ilha em um agradável estúdio no Canto dos Araçás.
aroldo
40 driin ao lado de sua obra
driin
Cursou Design Gráfico pela UDESC, onde também concluiu o mestrado em Artes Visuais. Seguiu pintando até sentir a necessidade de conhecer sua verdadeira essência e permitir mais uma vez que seus desenhos falassem por ele. Desde 2006 Driin desenha as verdades do seu coração e repassa essa mensagem com muitas cores e técnicas. “Eu coloco uma carga de viida em tudo o que faço. Desenho coisas positivas para que as pessoas se identifiquem com algo positivo. Eu pinto isso e me preencho disso. É física quântica. Vibrou e acontece, então vou colocar amor, paz e felicidade.”
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Espaço da
Galera Quer ver sua arte aqui? Envie para o email: artbreak@artbreak.com.br
Miss Summer
42 Acrílica sobre tela Danka Umbert
Estilo Praiano
Graffiti em parede Thiago Furtado “Valdi”
Galeria
Bandeira
Acrílica sobre tela Adriana Feijó
Caveira
Nankin em A3 Eduardo Matheus e Leonardo Mattos
Picolé de Lula Pintura Digital Eduardo Matheus
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Dati
Atomicidade 44
Graffiti sobre parede Douglas Augusto
Havaiana
Grafite sobre tela S茅rgio Feij贸
Família Acrílica sobre tela Desiree Pollano
Sophia Loren Pintura Digital Vicky N. Machado
Mermaids Lápis de cor e aquarela Juliana Albuquerque
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Street Art
Arte Urbana, urbanografia ou street art é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público.
Um estêncil (do inglês stencil) é uma técnica usada para aplicar um desenho ou ilustração que pode representar um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem figurativa ou abstrata, através da aplicação de tinta, aerossol ou não, através do corte ou perfuração em papel ou acetato. Resultando em uma prancha com o preenchimento do desenho vazado por onde passará a tinta. O estêncil obtido é usado para imprimir imagens sobre inúmeras superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa.
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Poster lambe-lambe (Wheat-paste, em inglês), também chamados de poster-bomber, é um pôster artístico de tamanho variado que é colado em espaços públicos.
Tag - Nome/Pseudónimo do artista geralmente feito com canetões de tinta, ou mesmo o spray.
Grafite é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade
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