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2014/2 EDIÇÃO Nº1

RIP FLY 15 ANOS DE SURF RAIZ

ENTREVISTA

MARCELLO FERNANDES CONTA SUA HISTÓRIA NO CENÁRIO DO SURF CATARINENSE

CRISE NO SURF

Para aonde caminha o nosso esporte?

MENTE ABERTA

Expressão de arte, poesia e pintura

MUSICALIDADE

Pedradas lançadas em 2014 MovimentoLivre

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REVISTA 2014/2 EDITOR: Rafael Duarte Bessa PROJETO GRÁFICO Rafael Duarte Bessa

COLABORADORES: Cíntia Moura Mendonça Elisabeth Bieging Marcello Fernandes Bessa

SELEÇÃO DE TRATAMENTO DE IMAGENS Rafael Duarte Bessa

ASSESSORAMENTO: Professores Carlos Davi da Silva, Ildo Golfetto, Inara Willerding, Israel Braglia e Juliana Shiraiwa.

EDITORAÇÃO Rafael Duarte Bessa

Formato: 20x26 cm

IMPRESSÃO: Lazer Colorido TIPOGRAFIA: Conduit ITC Pro; LibelSuit-Regular; Frutiger LT Std PAPEL: Couchet 170 e 155 g/m


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EDITORIAL Movimento Livre expressa todo o sentimento de estar solto no vento. A alma jovem voltada para um estilo simples, onde a simplicidade de estar com os amigos , a prática de esportes e o contato direto com a natureza são valorizados. Nesta primeira edição de lançamento tivemos o intuito de expressar arte, cultura, música, esporte e o estilo de vida livre, através de reportagens que buscaram exemplos de pessoas que nos inspiram! Desejamos a todos os leitores que sintam os ideais do movimento livre que pretendemos espalhar! Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, desenvolvido pelo aluno Rafael Duarte Bessa como exercício de projeto editorial para a disciplina de Projeto Gráfico II do curso de Design Gráfico da Faculdade Energia no semestre de 2014-2. Não será distribuído, tampouco comercializado.


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06 MARCELLO FERNANDES/entrevista 12 PARA ONDE CAMINHA 0 NOSSO ESPORTE?/esportes 16 MENINO CRIA EMPRESA DE RECICLAGEM/nova consciテェncia 18 SINCE 99/especial 26 COMO Sテグ FEITAS AS PRANCHAS?/infogrテ。fico 28 SINTONIZE NO SOM.../musicalidade 30 ALQUIMIA DA COR/mente livre

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SUMĂ RIO MovimentoLivre

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ENTREVISTA

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MA


ARCELLO

FERNANDES

Sua história no cenário do surf catarinense sempre foi muito atuante, nos anos 80 sua fabrica de prancha e marca já eram bem consolidadas, patrocinando atletas e campeonatos. Marcello foi um grande pilar com certeza até hoje para o surf catarinense. De forma descontraída contou um pouco de suas lembranças nesses longos anos, e o que ainda faz para continuar vivendo a cultura surf até os dias atuais. Acostumado a viver perto do mar Marcello adquiriu a paixão pelas ondas e natureza desde pequeno e a medida que o tempo passou, a curiosidade que sempre fez parte da sua vida, o fez querer criar suas próprias pranchas, e assim descobriu o inicio de sua ´life style`. Aos 16 anos fabricou sua primeira prancha de surf para o irmão, criando sua primeira marca, a 2 L, representando os dois L´s do seu nome. Cada vez mais Marcello tornou-se um shapper conhecido e criou sua segunda marca a Mar Cristal, que ficou conhecida ao longo dos anos em todo sul do Brasil. Já com um now-how bem desenvolvido, porém como tantos brasileiros, à mercê do Plano Collor que destruiu a estrutura financeira de muitos, recebeu a proposta para estruturar uma fábrica em São Paulo, à convite de uma empresa náutica interessada em fabricar pranchas de boad-boarding. Marcello então, vendeu a marca catarinense Mar Cristal e enxergou outra oportunidade para valorizar um outro produto catarinense, e se tornou licenciado da marca catarinense Mormai, levando

-a junto para as terras paulistas. No terceiro ano, recebeu outro convite de uma empresa maior que lançou outro desafio à Marcello, o de criar roupas voltadas para o surf raiz, e pela segunda vez, Marcello começou mais um desafio profissional, montar outra fabrica e partir para o ramo da confecção. Depois de 4 anos, seu desempenho já reconhecido o levou a receber outro convite, o e de montar a terceira fábrica, também em São Paulo. Agora, já com uma experiência mais ampla resolveu montar a sua segunda marca própria, e assim, nasceu a Rip Fly. Em sociedade com mais duas pessoas, começou a produzir pranchas de boad-boarding Rip Fly, ainda em São Paulo. Mas, o destino o surpreendeu com uma traicao empresarial, e em 2001, resolveu juntar a experiência de quase uma vida inteira com a estrutura operacional propria, e voltar para Santa Catarina onde começou uma nova trajetória da Rip Fly. E por motivos óbvios, escolheu morar perto do mar, se instalando na Gamböa, em Garopaba, e montar sua propria fabrica em Paulo Lopes, na Pa-

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lhoca, para continuar a fabricar as pranchas da Rip Fly e retomar a fabricação para a Mormai. Toda esta disposição faz de Marcello Fernandes Bessa um jovem adulto All Right, como é conhecido entre os amigos. Característica que fica mais evidente quando o assunto vai do esporte à musica, e torna o violão seu amigo inseparável.E desde que começou a dedilhar seu próprio violão nunca mais se separou dele. Hoje, acompanha as bandas que apóia com alguns patrocínios, as vezes curtindo e as vezes cantando junto. Toda semana, e possível encontrar Marcello andando de skate, surfando e tirando um som, na beira do mar na orla do continente, em Florianopolis. São mais de 30 anos de historia entre pranchas,

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confeccoes e marcas. Agora, em 2014, que a Rip Fly comemora 15 anos, Marcello começa a ver seu sonho crescer e as possibilidades cada vez mais concretas de levar a marca ao topo das melhores do Brasil. Qual é a tua história como shapper? Comecei a shapear com 16 anos e fui adquirindo experiência e depois de um algum tempo fui trabalhar na fábrica de pranchas da Mormai, em Garopaba, onde me aperfeiçoei com mestres como Gary Linden, californiano. Depois tive uma experiência bem legal com Wander Bill., um dos melhores shappers do Brasil - primeiro shaper a shapear no Hawai, Japão. Wanderbill trabalhou comigo


quase um ano, em Floripa, quando a Mar Cristal era uma das maiores fabricantes de prancha no Brasil. Aprendi muito com ele. Depois, shapiei pelo estado inteiro, em Laguna, onde morei um ano e pouco, fazendo pranchas da marca Invert, depois shapiei em Balneário Camboriú com Marco Reis que montou uma fábrica grande de pranchas. Também, shapiei em São Paulo, na Nativas, que era uma das melhores marcas de pranchas da época. E por fim, criei a Rip Fly. Em termos de apoio ao esporte o que você já fez? Quando a marca Mar Cristal já estava consolidada nós começamos a patrocinar campeonatos. E fomos a primeira marca catarinense a patrocinar o Circuito Catarinense de Surf Amador durante quase toda a década de 80. Na época, a Mar Cristal tinha uma forte equipe de atletas patrocinados, como Marco Reis, de Balneário Camboriú, Ronny Lazzário, que agora, em 2013 voltou a ser patrocinado com a minha nova marca. Outro patrocinado

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Lazzário, que agora, em 2013 voltou a ser patrocinado com a minha nova marca. Outro patrocinado era o surfista Kaxot, que hoje é shapper e mora na Guarda do Embaú. Outros atletas como o Marco Amaral, de Joinville e o Franguinho, de Floripa. Não tem como não misturar as marcas contigo, portanto, o conceito que você busca tem a tua identidade? Sim, com certeza! Mas, é feito um trabalho para buscar a identidade `life style´, descontraído com alguma mensagem, de surf, música, skate e arte. Mas, sempre seguindo o caminho de forma antenada com o que as marcas fortes estão trilhando, para se manter no mercado. Nada igual, mas, com outras `pitadas´ para que produto tenha um diferencial. Para isso, eu conto com a parceria de dois desenhistas que desenvolvem minhas criações.

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A música é outra paixão, desde quando? A música sempre esteve junto, a vida inteira. Sempre curtindo os clássicos dos anos 80, Legião, Cazuza,e os rock`roll, bom das antigas Led Zeppeli, The Purple, as bandas de Reggae, Bob Marley, Alfa Blond, UB 40 e agora tem, uma molecada nova boa aí, que a gente acaba escutando também, como ForFun, Natiruts, Dazaranha entre outras. Um dia resolvi aprender a tocar e cantar. Comecei a fazer som com os amigos, e agora, de vez em quando, eu toco e canto com os amigos em barzinhos também de amigos. Como é o Marcello empreendedor e a família? Trabalhei a vida inteira, tive a primeira filha, Marcelle, com 18 anos, quando já vivia o sonho de fazer o que eu gostava. Porém, naquela época o retorno financeiro era muito pouco e inventei outras

coisas paralelas, para pelo menos me dedicar em parte ao meu sonho e crescer profissionalmente, além de manter a família. Eu sempre achei que a gente tem que procurar fazer o que realmente gosta e ama, mesmo que financeiramente, não seja a melhor escolha, mas, é o mais importante. Eu sempre corri atrás para continuar fazendo aquilo que eu gostava. Passei por muito perrengue, criei 3 filhos, Marcelle, Gabriela e Rafael, mas, sempre pensei que um dia me tornar realizado totalmente, naquilo que amo fazer. Acho que esse é o maior conceito que eu passei pros meus filhos: a dignidade que tu tem que ter e o respeito pelas pessoas. Eu sempre falei a eles desde pequenos, que corressem atrás dos seus sonhos e tentassem fazer uma coisa parecida com que eu fiz. Procurar viver bem, de forma tranquila e ter prazer com o que faz.

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ESPORTES

Para onde

?

CAMINHA o nosso esporte Por: Dadá Souza O surf é um dos esportes náuticos mais praticados no Brasil (e no mundo) e um dos esportes radicais de maior visibilidade. Como mercado, o surf movimenta bilhões de dólares e possui circuitos profissionais e amadores e um grande número de atletas amadores e profissionais que vivem exclusivamente desse esporte. São atletas, juízes, fotógrafos, filmmakers, organizadores de eventos, empresários, fabricantes, comerciantes, representantes, todos apaixonados pelo esporte e que fazem parte de uma imensa indústria. Nunca antes o surf brasileiro esteve tão na moda. Nomes como Adriano de Souza, Gabriel Medina, Miguel Pupo, Filipe Toledo, Alejo Muniz e Raoni Monteiro

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são destaque no surf mundial e atletas de ponta no WCT. O Gabriel Medina e o Adriano de Souza são atletas que fazem parte de uma elite dentro da elite do circuito mundial e são esportistas com grande destaque nas mídias impressas, eletrônicas e televisivas. São atletas que levaram o surf brasileiro a um patamar nunca antes alcançado. Mais do que isso, o brasileiro Gabriel Medina é o líder do ranking mundial e considerado o grande favorito ao título mundial de 2014. Ironicamente, o surf nacional passa por seu pior momento em termos de mercado e de estrutura. Amadorismo na gestão das entidades e dos circuitos, a falta de interesse e de investimento por parte das

marcas e muitas pessoas utilizando as federações para uso exclusivo de seus interesses particulares são algumas das principais causas do problema. Em termos de estrutura competitiva, o Brasil já teve um dos circuitos profissionais mais bem pagos do mundo e etapas com grande público e visibilidade. Hoje, depois de viver o melhor dos mundos em termos de circuito, o surfe brasileiro faliu, morreu. Não temos mais um circuito brasileiro profissional e não temos muitos dos antigos circuitos regionais. Nossos atletas praticamente não tem mais eventos ou premiações que os sustentem, nossa mídia especializada praticamente abandonou o esporte e as marcas e lo-


O surf, antes um esporte livre, rebelde e de contracultura, parece que vai aos poucos seguindo o modelo tão criticado da CBF: vive mamando nas tetas do governo e muitos de seus dirigentes administram em causa própria. Sem uma fiscalização e sem prestações de contas verdadeiras, a maioria dos “cartolas” do surf nacional usam as entidades para seu próprio benefício.

O talento de Gabriel Medina e um possível título mundial para o Brasil são fatores que podem mudar esse cenário. Foto: Dadá Souza

jas se esquivam dos patrocínios como que o diabo foge da cruz. Sem eventos, sem patrocínio e sem retorno, não há jeito do esporte sobreviver. Hoje falta investimento e patrocínio e falta gente com credibilidade para administrar o esporte. Só falta a pá de cal para por em cima. Muita gente que faz parte da história do surf levanta uma questão importante: existem federações que foram transformadas em um negócio privado por seus presidentes. Não existem assembléias, nem prestação de contas, muito menos novas eleições. E isso tem acon-

tecido de norte a sul do país. Sem uma gestão profissional e com dirigentes amadores e gananciosos, que visam somente seus interesses particulares, a maioria dessas entidades se transformou em empresa privada disfarçada de federação. O mesmo parece acontecer com as associações afiliadas. Quem está no poder não faz pelo esporte e nem larga a boquinha. Transparência e prestação de contas são conceitos que alguns dos cartolas do surf parecem desconhecer. Para onde vai o dinheiro das inscrições? Porque quase não

acontecem novas eleições nas federações e associações? Por que não existem prestações de contas? Por que sempre as mesmas panelinhas controlam o surf nacional há décadas? Não deveria haver uma entidade idônea cobrando resultados e prestações de conta das Federações e Associações de surf? Por quantas vezes um dirigente de federação ou associação pode se reeleger? Quantas entidades de fato respeitam os estatutos vigentes? Quantas entidades dão algum apoio efetivo para seus atletas? De que lado está a imprensa especializada?

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Gabriel Medina em portugal em caminhando um possivel titolo para o Brasil. Foto: Dadá Souza

O brasileiro Gabriel Medina é o líder do ranking mundial e considerado o grande favorito ao título mundial de 2014. Ironicamente, o surf nacional passa por seu pior momento em termos de mercado e de estrutura.

São muitas as perguntas e poucas as respostas. Viver de verbas públicas tem sido a principal estratégia das federações. Em vez de conquistar respeito e credibilidade ou de criar parcerias com empresas privadas, hoje os dirigentes querem o caminho fácil das verbas públicas. E verdade seja dita, se não fossem os gover-

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nos estaduais e municipais, há mais de 10 anos não teríamos um único evento importante em nossas praias. As marcas malandramente se esquivam de patrocinar alegando problemas financeiros e a crise do esporte. Existe uma necessidade latente de que o surf brasileiro seja reciclado, renovado e profissionalizado. Mas para haver

tamanha mudança, é preciso ação e cumprimento das leis. É preciso que as denúncias sejam encaminhadas e que auditorias sejam feitas em todas as entidades. Só com as laranjas podres sendo retiradas do cesto é que o esporte poderá novamente crescer. Só com pessoas comprometidas e preparadas é que o esporte pode mudar e evoluir.


COLUNA

TEORIA E

PRÁTICA

Por Rodrigo Kiko Bungus Ferreira

Nosso ilustre, carismático e sábio Fraklin Cascaes foi um meteorologista fenomenal e um incrível contador de histórias, que como poucos soube extrair o máximo possível de conhecimentos empíricos (baseados na vivência) dos cidadãos mais antigos que tiravam da natureza as informações preciosas que precisavam pro seu cotidiano, assim como ele de suas próprias experiências como um cientista nato. Nesses tempos em que somos obrigados a conviver com previsões meteorológicas cada vez mais furadas embora baseadas em modelos e imagens de equipamentos de ultima geração e satélites modernos, é que vemos como a teoria é um elemento de compreensão da realidade que foge totalmente da realidade, ou seja , é apenas uma diretriz e mesmo assim que depende de inúmeras variáveis que são ignoradas na teoria mas que são fundamentais na prática e no mundo real. Infeliz daquele profissional que se apega a conceitos teóricos e acha que a teoria é mais eficaz que a prática. A teoria desvinculada de um vasto conhecimento empírico é apenas um pseudo conhecimento que leva ao erro e confiar cegamente

na teoria é o melhor caminho pro fracasso! Estudei Bioclimatologia com uma ex aluna do prof. Franklin Cascaes, me impressionava não só o respeito dela por ele como também o vasto conteúdo que ela conseguiu extrair do convívio com ele e de toda a sabedoria prática que ele retirava da natureza. O fenômeno da Correição, em que as formigas carregadeiras do mato entram em frenesi e saem como um tsunami pelo chão da floresta atrás de todo tipo de alimento poucos dias antes de ocorrer um longo período de chuvas intensas, assim como a floração prematura e grandiosa das Espinheiras do Brejo serve como indicador de um inverno rigoroso e chegando logo são apenas alguns pequenos exemplos de sinais que a natureza fornece como indicadores climáticos que o prof. Franklin Cascaes sabia entender como poucos e por isso era chamado de bruxo. Assim como bruxas e bruxos sempre foram sábios porque sabiam extrair o máximo do que queriam da natureza, teóricos são tolos quando se fiam exclusivamente em seus conceitos teóricos.

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NOVA CONCIÊNCIA Por Vicente Carvalho Além de ir à escola, o que você fazia durante seu tempo livre quando tinha dez anos? Enquanto a maioria das crianças desta idade ainda está se familiarizando com o mundo, o menino norte-americano Vanis Buckholz assumiu o compromisso de torná-lo um lugar melhor para se viver. Acredite: ele é presidente de uma empresa de reciclagem em sua cidade natal, Corona del Mar, na Califórnia, e o negócio está indo muito bem. Há três anos, Vanis criou a My ReCycler* e se tornou um dos mais jovens eco-empreendedores do mundo, com apenas sete anos de idade! A ideia surgiu na escola, quando aprendeu sobre a importância de reciclar. Foi assim que ele percebeu o tanto de coisas que poderiam ser reutilizadas que iam parar no lixo todos os dias. Mas é claro que, para fazer a empresa dar certo, ele contou com muito apoio! “Meus pais disseram que iriam me ajudar e que nós deveríamos começar primeiro em casa. Eu fiquei muito surpreso com a quantidade de coisas que nós jogávamos fora. Depois de um tempo, comecei a guardar recicláveis de parentes e vizinhos”, conta o menino no site da iniciativa. Não demorou muito e ele começou a fazer essa coleta para todos os amigos também. Nessa época, Vanis circulava pela cidade de patinete, recolhendo lixo na praia, nas ruas e nos parques, para separá-los em casa. “Meus pais me ensinaram a nunca poluir, então recolher lixo era algo que sempre fizemos. Mas agora faz parte do negócio”, diz. A quantidade de material reciclável aumentou rapidamente e Vanis trocou o patinete por uma bicicleta com um pequeno reboque acoplado. Ele conquistou tantos clientes que, hoje, já percorre a cidade na caçamba de uma pick-up! Como se já não fosse surpreendente o bastante para um menino ambicioso, quando a empresa cresceu, decidiu doar 25% dos lucros para o Project Hope Alliance*, que apoia crianças e famílias sem-teto do Condado de Orange. Inspirador, não?

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MENINO DE 10 ANOS CRIA EMPRESA DE RECICLAGEM

“É muito fácil não fazer nada. Mas é muito bom fazer alguma coisa! Sempre digo a meus clientes que ‘qualquer coisa ajuda’. Mesmo uma simples garrafa.” 23 17

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ESPECIAL

Since

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À 15 ANOS FAZENDO DO SURF RAIZ UM ESTILO DE VIDA

A RIP FLY nasceu em 1999, como empresa familiar com os pais e os filhos trabalhando juntos. O idealizador Marcello Fernandes, surfista, skatista e amante da natureza, trabalha neste segmento há mais de 30 anos e transformou esta paixão pelo esporte em trabalho. A marca que começou fazendo prancha de surf e bodyboard, hoje é encontrada em roupas e acessórios. Um dos conceitos da Rip Fly é difundir uma nova consciência para uma vida sustentável e respeito a natureza. O esporte e a cultura como catalisador de transformação de estilo de vida. Como um sonho que se tornar realidade, a Rip Fly vem hoje difundir e disseminar os esportes e a cultura artística por meio de ações de responsabilidade social, apoio a atletas amadores, músicos independentes e artistas.

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Na foto a esq. Lucas Sachs familia Rip Fly. Foto

Rip Fly Depois de criar, montar e colocar em andamento 3 fábricas, em São Paulo, onde criou a marca Rip Fly, que fabricava pranchas de boad-boarding, Marcello Fernandes Bessa trouxe a marca e a fábrica que estava montada em terras paulistas para o sul de Santa Catarina.Era o segundo ano da marca, agora em Paulo Lopes e se instalou na praia da Gambôa, em Garopaba. Gerou emprego para a região e colocou no mercado do sul do país, mais um produto genuinamente catarinense. Mas, o espírito empreendedor de Marcello Fernandes Bessa e a determinação de não ter limites para a criação voltada ao ‘life style’ de board sports, o levou a investir em acessórios voltados a este segmento de mercado.

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Estilo Livre A raiz do estilo de vida jovem e a longa experiência na fabricação de pranchas, consolidou a marca junto aos board sports e avançou para a produção de camisetas, até então, na linha masculina . Com a Rip Fly estabelecida no mercado do sul do país, Marcello, em mais uma atitude de empreendimento, resolveu licenciar a marca para produzir coleções completas de bonés, meias, cuecas, moletons, blusa de lã, jaqueta e outros acessórios, expandido a marca também para o mercado feminino. Com a produção em crescimento a Rip Fly montou uma equipe de vendas e hoje, ela pode ser encontrada do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Atualmente, a Rip Fly se mantém licenciada na linha masculina e vai avançar para outros acessórios, lançando em 2015, uma linha completa de tênis esportivos. A marca Rip Fly vai mantendo a raiz de origem de uma forma natural para ir crescendo gradativamente e se mantendo firme, cada vez mais, expande sua produção trazendo para o mercado novas linhas de produtos para o estilo de vida livre.

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Acima Lucas Sachs da familia Rip Fly. Foto Rafael Bessa


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Familia Rip Fly A força da marca não se limita ao mercado de produtos e sim, com apoio e organização de campeonatos, a Rip FLy também patrocina atletas de surf, SUP e skate apoiando e dando força para o esporte amador, músicos independentes que se identificam com a marca. A cada ano, a Rip FLy abre espaço para apoiar, criar e manter em evidência o estilo de vida que aproxime as pessoas da natureza de forma saudável, sustentável e natural, valorizando o espírito jovem de quem se identifica com a marca.

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Nesta pág. o atleta Jorge Correa competindo na joaquina. Na outra pág., Rone Lazzari no maior estilo movimento livre. Foto: Libia Lazzari


Numa sala de shape artesal Sujo de poeira e sal Um sonho nasce no quintal Fazer do surf raiz um estilo de vida Platar sementes positivas para serem colhidas.

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“Hoje, existem diversas plantas produzindo frutos como nós, mas, o fortalecimento da marca Rip Fly possui os nutrientes formados por anos de experiência e a união da equipe que vive este sonho e o torna realidade.”

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Campeonatos Desde o início, a Rip Fly apoia os atletas amadores e alguns campeonatos regionais, mas, uma das principais ações de marketing foi patrocinar, em 2010, o Circuito Catarinense de Surf Amador, realizado em 6 etapas, durante o ano inteiro em todo o litoral de Santa Catarina.

Na foto a esq. Jorge Correa, Rafael Antunes familia Rip Fly. Abaixo etapa do cirtuito catarinense amador na praia do rosa, aonde a Rip Fly patrocino o evento. Fotos Rafael Bessa

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INFOGRÁFICO

COMO SÃO FEITAS AS PRANCHAS? As pranchas de surf são produzidas de forma manual por profissionais conhecidos como shapers ou automática por fresadoras com comando numérico computadorizado. Existem três processos basicos. Confira como é feito o processo de fabricação de prancha passo a passo.

PINTURA

A pintura vai muito de cada um e da criatividade. Pode ser usado pistolas spray ou canetas. Ela pode ser feito de duas maneiras, na epata de produção logo depois de ser shapada, ou depois que ficar pronta. A pintura externa não costuma durar muito.

1º Passo: Shape

O primeiro procedimento é o Shape, é nele que serão definidas as linhas e medidas de cada prancha. Este trabalho cabe ao Shaper, isto é, o “artesão” que vai dar forma a prancha, cabe ao shaper definir que tipo de fundo será utilizado, o tipo de rabeta, a flutuação, a espessura, a marcação do posicionamento das quilhas, etc. Todos estes itens são calculados a partir de informações que o surfista passa ao shaper. O outline é como se chama a área de curvas da prancha a ser trabalhada, e é onde será feito o design. Essa combinação de curvas (templates) são divididas em 03 partes do bloco: bico, wide point (parte mais larga da prancha) e rabeta.

FUNDO DA PRANCHA Medida do Bico

A função do bottom ou fundo é melhorar o desempenho da prancha de acordo com o estilo de surfista. Pode variar bastante entre um e outro. Podemos colocar dois fundos distintos na mesma prancha. Curva de fundo ou “Rocker”

Wide Point Concave“

Medida da Rabeta

OUT-LINES

V” BottomF

out-lines para risca o shape

O Out-line é a linha que contorna toda a prancha. Essa linha é delimitada pelos seguintes pontos: o comprimento, que vai da ponta do bico até o final da rabeta; medida de bico, traçada a 12” da extremidade do bico; medida de meio, traçada no meio exato da prancha ,a medida de rabeta, traçada a 12” da extremidade da rabeta; e a medida da própria extremidade da rabeta exceto para as rounds, round-pin e pin.

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undo RetoC

analetas

PRINCIPAIS MATERIAIS Resina; Tecido AP-1; Mek; Monômero de estireno; Lixas d’água 360; Lixas d’água 600; 1 lixa de ferro 50; Lixa de ferro 100; Litro de solvente para limpeza; solução de parafina; catalizador; fita colante (tipo crepe).


2º Passo: Laminação A laminação é a parte que faz o revestimento da prancha. Primeiro é passado uma camada de resina para umedecer a superfície e conseguir uma melhor aderência na fibra, depois é colocado um tecido (fibra de vidro) do tamanho da prancha, pressionando e aplicando outra camada de resina. Assim, o tecido vai sumindo quando colocando a resina. È feito nos dois lados da prancha, e depois cortado as sobras do tecido. É nessa etapa que é colocado a seda da marca e as quilhas. As quilhas podem ser fixas ou ser colocado um copinho para as quilhas de encache.

QUILHAS Existem dois sistemas de fixação de quilhas, o que fixa as quilhas direto na laminação e o de quilhas removíveis. O segundo nos dá a possibilidade de experimentar vários designs de quilhas diferentes mudando substancialmente o funcionamento da prancha de acordo com as condições do mar. Outro ponto positivo das quilhas removíveis é a facilidade no transporte das pranchas sem as quilhas.

Curvas mais alongadas

Sem muita curva

Foil Frontal

2º Tecido 1º Tecido

Foil longitudinal

40%

3º Passo: Polimento Para finalizar o processo da fabricação deprancha, ela vai para mais um banho de resina e lixa para tirar as imperfeições. Após essa etapa a prancha já está pronta para ser entregue. A maioria dos Shapes colocam depois mais uma camada de glass, podendo ser fosca ou polida, isso é o que vai definir o brilho. Finalizando vai para o processo de cura que é período que a prancha precisa para secar totalmente antes de ser usada. Normalmente se deixa sete dias. Se não esperar o tempo suficiente, a prancha pode amassar e ficar com marcas.

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Musicalidade


Sintonize no som... Pedradas Lançadas em 2014

15º álbum do Pink Floyd reúne faixas inéditas e antigas dos mestres do rock progressivo O Pink Floyd rompeu um hiato de duas décadas ao lançar seu décimo quinto álbum, intitulado “The Endless River”. Lançado em lojas físicas e plataformas virtuais. O disco é uma compilação de músicas antigas e inéditas, todas com novos arranjos. De acordo com o guitarrista David Gilmour, responsável pelo projeto ao lado do baterista Nick Mason, este será o último álbum da banda. “The Endless River” é uma homenagem ao tecladista Rick Wright, que morreu de câncer em 2008. Sua base são faixas descartadas de “The Division Bell”, lançado em 1994. O álbum não foi concluído como planejado: em formato duplo e com uma parte instrumental. Gilmour e Mason decidiram então recuperá-lo, e nos últimos dois anos adicionaram algumas guitarras, bateria e regravaram trechos.

15º álbum The Endless River

Em “Convoque Seu Buda”, o rapper paulistano Criolo traz composições sobre temas inquietantes e atuais, como a expansão imobiliária, ativismo, consumismo

A capa do disco traz uma colagem feita a partir de obras do museu holandês Rjksmuseum

Depois de se tornar uma das figuras mais comentadas da música brasileira com seu ótimo álbum “Nó Na Orelha” de 2011, Criolo está de volta com seu aguardado novo disco sob o título: “Convoque Seu Buda”. O trabalho traz dez novas músicas esbanjando qualidade, novamente sob a tutela de Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral na produção e participações de Tulipa Ruiz, Jaçara Marçal, Síntese, Kiko Dinucci, Rodrigo Campos, entre outros. A pegada segue a mesma do álbum anterior, misturando gêneros como samba, reggae, música africana, mas com o rap no papel principal. E no melhor esquema ‘download gratuito’.

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Mente Livre

Alquimia da Cor Na vitrine que expressa o coração Cores completam o trajeto Na alquimia da cor O mundo se renova No olhar de um artista Sua mão sensibiliza A expressão do coração A parte mais pura da vida Que não julga, só admira A mistura que eleva as nuances de cores No cromario da terra Aberto e livre Com projetos de solução Sem pretensão Criando um mundo novo Nas entrelinhas com lápis o esboço Com misturas de amor Os elementos da natureza e a cor Particulas são lançadas ao mundo As cores cobrem tudo E esse tudo transformar-se num só Rafael Bessa

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“As diferenças são a chave para a evolução. Existem varias formas de pensar certo. Viva todas as cores.”

Sou Free Eu sou free Pra ser livre Suei Voei Amei como ninguém Bati as asas Com toda força Depois deixei fluir Fluiu, fluiu Caiu Bati as asas bem forte outra vez Voei mais longe Planei No horizonte Sequei meu suor, como de costume Pousei Respirei Ofegante olhei para o céu e pensei: “Vou tentar outra vez”

Rafael Bessa

Arte Fernando Zilioto

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