Editorial A Conquist é uma revista voltada para a área empresarial com o foco em Startups. Com seu lançamento traz uma entrevista exclusiva com Sergey Brin. Também conta com uma matéria sobre os 10 maiores erros dos empreendedores. Muitas notícias, ideias e cases de sucesso o esperam na nossa primeira edição.
2014-1 Editor: Lucas Motta Projeto gráfico-editorial: Lucas Motta Seleção e tratamento de imagens: Lucas Motta Editoração: Lucas Motta Assessoramento: Professor Carlos Davi da Silva Professor Ildo Golfetto Professor Inara Willerding Professor Israel Braglia Professor Juliana Shiraiwa. Formato: 20x26,5 Fontes tipográficas: Cambo U.S. 101 Papel: Couchê 170 g/m² Couchê 115 g/m² Impressão: Laser Colorida
Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, desenvolvido pelo(a)(s) aluno(a)(s) NOME(S) como exercício de projeto editorial para a disciplina de Projeto Gráfico II do curso de Design Gráfico da Faculdade Energia no semestre de 2014-1. Não será distribuído, tampouco comercializado.
Sumário 04
04
Empreendedor mistura bar com espaço cultural para nerds.
06
Startup oferece ajuda online para empresas com problemas.
08
Inglês cria site para aluguel de casas durante eventos esportivos.
10
Kitchensurfing leva chefs talentosos à casa dos clientes.
12
12 10 maiores erros dos em empreendedores.
18
18
Uma ferramenta para organizar as informações.
24
Setor de games é um dos mais promissores do Brasil.
26
Startup de organização de caronas ajuda usuários a viajar mais pagando menos
28
Jogo de perguntas com mais de 17 milhões de usuários chega ao Brasil
30
Shopping virtual aposta em publicidade e fatura R$ 1 milhão
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Inspirações
Empreendedor mistura bar com espaço cultural para nerds O bar GIBI traz comidas e eventos temáticos e espera faturar mais de R$ 90 mil por mês Cansado e deprimido com o ambiente corporativo e com seu trabalho como designer de interfaces, o paulista Tiago Almeida, 34 anos, resolveu largar tudo, em 2012, para fazer algo que amava. A primeira ideia surgiu com um amigo: juntar a cultura nerd – paixão de Almeida – a uma hamburgueria. Depois de um ano desenvolvendo o negócio, Almeida percebeu que queria algo mais que um lugar
que apenas vendesse pratos temáticos. “Eu desejava um espaço em que nerds pudessem se encontrar e discutir os mais diferentes assuntos”, diz. O amigo saiu da sociedade e Almeida continuou com a ideia de transformar o bar GIBI em um espaço cultural. O empreendedor investiu R$ 700 mil para lançá-lo. O valor, arrecadado com a ajuda de outros quatro sócios, foi usado para a reforma do local, estru-
turação da cozinha e para a decoração, que conta com peças exclusivas. O lançamento oficial aconteceu em 30 de janeiro deste ano. Nesta data, coincidentemente, é celebrado o Dia Nacional dos Quadrinhos. Segundo Almeida, mesmo depois de um extenso plano de negócios, o bar está em uma versão beta. “Ainda estamos finalizando o cardápio, o calendário de eventos recorrentes e outros serviços”, afirma.
Foto: Divulgação
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Tiago Almeida (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
O empreendedor deseja que o ambiente do bar seja extremamente colaborativo, com mudanças feitas de acordo com o cliente. Por enquanto, o cardápio consiste em cachorros-quentes personalizados, porções salgadas variadas e algumas sobremesas, tudo temático. Almeida também deu uma atenção especial para sua carta de cervejas. “Os nerds não querem ficar bêbados, mas querem beber bem, encontrar rótulos bons”, diz. A carta do GIBI conta com 30 marcas diferentes, além de 10 drinks.
Nos eventos, Almeida tenta dar atenção para diversos temas: games independentes, em que criadores levam seus jogos para serem testados e conseguir feedback; encontros para discutir programação PHP; lançamentos de livros com autores conhecidos e iniciantes; comemoração de datas especiais como o Dia da Toalha, inspirado na série de livros nerds O Guia do Mochileiro das Galáxias, e outros. Ao longo do ano, o GIBI ainda espera montar uma biblioteca de quadrinhos e incrementar seu museu de videogames – que já foi
iniciado com doações de clientes. O sucesso da casa começou a crescer com o boca a boca. “O GIBI está ´viralizando´ muito rápido, porque é uma coisa normal do nerd, sair compartilhando as coisas que ele gosta”, afirma Almeida. A ideia é desenvolver o negócio para o modelo de franquias, mas ainda acham que é muito cedo. “Precisamos nos estabilizar, para aumentar o lucro e realizar as outras ideias.” A meta é faturar pelo menos R$ 3 mil por dia até o fim do ano.
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Inspirações
Startup oferece ajuda online para empresas com problemas A Negocioteca oferece planos de consultoria para quem precisa superar dificuldades em vendas, finanças, produtividade e recursos humanos O Brasil é uma nação empreendedora. Sete em cada 10 brasileiros querem abrir a própria empresa nos próximos cinco anos, de acordo com a Endeavor, e muitos outros já estão no caminho: só a categoria dos microempreendedores individuais (MEI) inclui 3,6 milhões de pessoas, segundo a Receita Federal. Mas nem todo mundo sabe muito bem o que fazer quando,
ao empreender, problemas aparecem. Dois jovens de Niterói (RJ) criaram uma empresa para ajudar os empreendedores a superar obstáculos e atingir o sucesso. Com a Negocioteca, Victor Santos e Felipe Rolim, ambos com 27 anos, prestam um serviço de consultoria online para MEIs e microempresas. A inspiração para a criação da Negocioteca veio de Victor
Santos. Quando estudava educação física (e não estava muito satisfeito com o curso), ele decidiu: seria dono do próprio negócio assim que terminasse a faculdade. Enquanto o diploma não vinha, Santos começou a ler dezenas de livros . Posteriormente, o fluminense engatou uma pós-graduação em admin-
Victor Santos (Foto: Divulgação)
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Plataforma Negocioteca
istração. Foi então que ele descobriu o que fazer da vida. “Queria compartilhar tudo o que tinha aprendido e ajudar os pequenos empresários, aqueles da base da economia, a crescer”, afirma. Pouco tempo depois, Rolim entrou no projeto e se tornou o responsável pelo desenvolvimento da plataforma. A Negocioteca ajuda empresários com problemas em vendas, gestão financeira, produtividade, atendimento ao cliente e recursos humanos. Em um primeiro momento, sem cobrar nada, a startup entra em contato com os interessados, vê o que está errado e sugere um dos três modelos de consultoria disponíveis. O “Faça você mesmo” é voltado para clientes com algum conhecimento em
administração. “Enviamos a eles um guia prático, com práticas úteis na resolução dos problemas”. O segundo modelo é o “Faça com a ajuda do consultor”. Neste caso, a Negocioteca passa uma série de “tarefas”, atividades práticas que o empreendedor deve fazer para corrigir os erros. O desenvolvimento das tarefas é realizado em conjunto. Já no terceiro, chamado de “O seu consultor faz para você”, o plano de resolução dos problemas fica sob responsabilidade da Negocioteca. Os planos de consultoria custam, respectivamente, R$ 195, R$ 495 e R$ 595. Mesmo lucrando mais com o terceiro plano, Santos normalmente recomenda que os clientes escolham o segundo. “Quando o empreendedor trabalha junto
com a gente, ele aprende mais, o que também é um objetivo da Negocioteca”, afirma Santos. A startup também oferece um plano premium, voltado para quem fez a consultoria e quer continuar recebendo orientações esporádicas. “Por R$ 50 mensais, funcionamos como um plano de saúde para as empresas e atuamos em caso de alguma dificuldade.” De acordo com Santos, que também atua como consultor da Negocioteca, é difícil traçar um público-alvo para sua empresa. “Não me iludo pensando em atingir todos os MEIs, mas posso dizer que os nossos clientes têm problemas bem parecidos, não importando a área de atuação. vários tipos”, diz ele.
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Novas ideias
Inglês cria site pa casas durante eve Matthew Parker lançou o Brazil Rent My House no final de 2013 para aproveitar a Copa do Mundo as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Não são apenas os brasileiros que criam negócios para aproveitar as oportunidades geradas pela Copa do Mundo e as Olimpíadas no país. Os gringos também estão aproveitando o momento. O inglês Matthew Parker é um deles. Residente na Austrália, ele cria negócios para eventos esportivos desde as Olimpíadas de Sydney, em 2000. “Nesta edição dos jogos, eu tive uma experiência pessoal positiva com o aluguel de casas,” afirma. Para não ficar por fora das competições de 2014 e 2016 no Brasil, ele lançou um site de crowdsourcing para fazer o mesmo por aqui. O Brazil Rent My House (em português, Brasil Alugue Minha Casa) foi ao ar no final de
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2013 e segue o mesmo padrão do projeto que o empreendedor fez durante as Olimpíadas de Londres, realizada em 2012, com o London Rent My House. Pessoas interessadas em disponibilizar suas residências para turistas durante a Copa de Mundo e as Olimpíadas pagam uma taxa de US$ 39 para cadastrarem suas casas no site. Segundo o empreendedor, o modelo é diferente do Airbnb porque ele não recebe comissões dos alugueis nem interfere em negociações. Os usuários interagem entre si e combinam as transações por meio do site, que estabelece uma divisão entre locadores e locatários. “Vigio o site e algumas mensagens por questões de segurança,
ara aluguel de entos esportivos mas deixo as pessoas livres para acordos.”
Além disso, Parker afirma que turistas costumam desembolsar mais dinheiro pelos imóveis durante eventos esportivos. “O preço do aluguel para a Copa já é o triplo do normal. Mesmo assim, as pessoas pagam o valor porque as diárias de hotéis estão ainda mais caras,” diz. Parker tem observado, por tocar o negócio sozinho, que a maioria dos usuários do Brazil Rent My House vem da Europa, do Canadá e dos Estados Unidos. Os turistas também costumam alugar casas em grupos de cerca de cinco pessoas. Especializado em programação, ele acompanha de perto os números de seu site. Em média, em um mês ele recebe 100 novos cadastros e posta cerca de 300 anúncios.
Matthew Parker lançou o Brazil Rent My House em 2013 (Foto: Divulgação)
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Novas ideias
Kitchensurfing leva chefs talentosos à casa dos clientes Fundada em 2012, startup sediada em Nova York já ampliou seu raio de atuação O empreendedor americano Chris Muscarella atua no setor de restaurantes desde 2010, quando ajudou um amigo a abrir um estabelecimento especializado em comida italiana em Nova York. Nesse momento ele viu como pode ser difícil para os chefs abrirem seus próprios
negócios. “Uma das coisas que vi foi uma grande quantidade de chefs talentosos”, disse Muscarella ao site “Mashable”. “E percebi que, por causa do custo de abrir um restaurante, entre outros fatores, muitos provavelmente nunca terão a oportunidade se serem seus patrões”.
Com isso em mente, ele deu início à startup Kitchensurfing no começo de 2012, uma alternativa ao modelo tradicional de restaurantes. A plataforma permite ao usuário procurar e contratar chefs locais para que façam um jantar em sua própria casa. Para os chefs, a vantagem de ganhar
Plataforma
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Foto Divulgação
algum dinheiro sem estar atrelado a um restaurante específico e a possibilidade de dar vazão à sua criatividade culinária. Quando contratados, os chefs – há inclusive alguns especializados em dietas específicas, como Kosher e sem glúten - levam todos os ingredientes necessários para preparar a refeição, bem como os utensílios de cozinha que vão precisar. Além disso, prometem deixar tudo limpo e arrumado depois. Sediada no Brooklyn, em Nova York, a startup rapidamente se espalhou por outras cidades. Hoje, o serviço funciona também em Boston, Chicago, Los Angeles e até em Berlim, na Alemanha. Ao auxiliar um amigo a
abrir um restaurante de comida italiana em Nova Iorque, o empreendedor Chris Muscarella percebeu o quanto é difícil para um chefe investir em seu próprio negócio. “Uma das coisas que vi foi uma grande quantidade de chefes talentoso, muitos provavelmente nunca terão a oportunidade se serem patrões”, disse durante entrevista para o site “Mashable”. A partir de então, no começo de 2012, Muscarella criou uma a startup “Kitchensurfing”, que se trata de um serviço onde os clientes podem pesquisar e contratar chefes locais para cozinharem refeições em suas próprias casas.
Com isso, os profissionais desse empreendimento não precisam estar necessariamente ligados a um restaurante para que sejam assim servidos. Os chefes contratados são responsáveis por levar todos os ingredientes e utensílios necessários para preparar a refeição, além de garantir a arrumação do local ao término do serviço. O negócio vem dando tão certo que esta semana a empresa anunciou o recebimento de mais um aporte de capital: US$ 15 milhões. O recurso será investido na expansão do negócio para mais cidades e no aumento da equipe, que deve passar de 25 para 50 pessoas até o fim do ano.
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Startups
Erros são coisas boas, mas geralmente eles são rotulados como passo errado ou o próximo passo para o fracasso. Eu acredito que todos os erros são parte da receita para o sucesso. Depois de iniciar seis companhias multimilionárias e todas antes dos 30 anos, Ryan Blair, um renomado empreendedor serial, admite sua parte em erros de milhões de dólares, bem como alguns de seus acertos na casa dos bilhões de dólares.
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10 maiores erros dos empreendedores JULHO/2014 - 13
Startups
1
Não faça projeções de vendas exageradamente otimistas
Teste e corrija suas projeções, baseie-se em informações de um conselheiro experiente e normas do segmento, ao invés de usar uma grande exceção como Google.
2
Não conte pessoas que sempre gostam de suas
Ficar lisonjeado é bom, mas não paga as contas. Procure por batalhas mentais para suas ideias e pratique a escuta ativa enquanto você está vendendo sua ideia;
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Não foque muito na competição
4
Não gaste tempo se preocupando com o que os outros pensam
É sempre muito mais produtivo focar em tornar seu produto mais interessante, ao invés de matar seu concorrente. Fazer coisas como desmantelar sua equipe de líderes ou mostrar claramente suas deficiências é uma ação “perde-perde”;
Não importa o quanto você trabalhe, você não conseguirá fazer com que todos fiquem felizes. Não tenha medo de seguir sua visão, aprender com os seus erros e mudar a direção do negócio só por que alguém se decepcionará com a mudança;uma ação “perde-perde”;
5
Não misture negócio com prazer
Isso é muito verdadeiro para os relacionamentos. Não tenha uma atitude fraternal com seus colaboradores. 14 - JULHO/2014
Se rápido para despedir e lento para contratar
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Demita rapidamente um novo colaborador se ele não está produzindo, mas não esqueça de ser um ser humano e seguir corretamente a cartilha. Não ponha a empresa à frente de seus colaboradores
7
Uma empresa é uma entidade que pode ser girada ao seu bel prazer. Sua equipe possui uma paixão e inteligência coletivas por um valor real que é difícil manipular. Faça a empresa se adaptar às pessoas e não ao contrário; Não faça baixas previsões de caixa
8
Quando você tem pessoas e suas famílias dependendo de seus salários, e você está sem dinheiro, esta é outra situação “perde-perde”. Mesmo que você encontre alguém querendo ajudar, está é uma proposta caríssima; Não tente fazer muitas coisas ao mesmo tempo
9
Você deve ter ouvido falar sobre os empreendedores paralelos, como Steve Jobs conduzindo a Apple e a Pixar ao mesmo tempo. Jamais escreva alguma coisa que você não gostaria que voltasse para você
10
Todos nós já enviamos um e-mail sensível para a pessoa errada ou fomos mal interpretados pelo destinatário. Guarde as mensagens mais duras e fáceis para conversas calmas. JULHO/2014- 15
Startups
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JULHO/2014- 17
Bate Papo
Uma ferramenta para organizar as informações Sergey Brin, natural de Moscou, graduou-se com honras de se formar em matemática e ciência da computação na Universidade de Maryland em College Park. Atualmente é doutorando em ciência da computação na Universidade de Stanford, onde recebeu o título de mestre. Brin é membro de uma associação nacional de diplomados em ciências. Os campos de pesquisa incluem os mineiros de dados Brin, obtendo informações de fontes não estruturadas, extraindo dados de coleções de textos grandes e dados científicos.
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JULHO/2014 - 19
Bate Papo Qual é a missão da empresa Google? A missão do Google é organizar a informação do mundo, tornando-a universalmente acessível e útil. OLinux: Quando você começou esta empresa ? Qual foi sua motivação inicial e como ele se parece hoje? Sergey Brin: Começamos a trabalhar no Google em 1995 como um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford. Em 1998, formou a empresa Google Inc. e lançado em sua versão beta , o mundo fora da pesquisa. Isso foi em setembro de 1998. Nosso objetivo era criar um site muito simples e fácil de usar que oferece os melhores dados do mundo motor de busca. Esta continua a ser o nosso objectivo , e pretendemos continuar a centrar as nossas tecnologias de busca de negócios no futuro. Que tipo de cliente procura os serviços do Google , e quais são os principais clientes da sua empresa? Quão rápido Google quer expandir suas soluções para outros países do mundo? Temos cerca de 100 clientes em 20 países. Entre os clientes de “banners”, os detentores de propaganda, incluem Yahoo!, AOL / Netscape , Cisco, WashingtonPost. com, ea Virgin (no Reino Unido ). A clientela da nossa tecnologia patenteada que o Google espera que o motor de busca na Internet mais rápida e mais adequada. Google mantém os motores de busca atualmente em 25 idiomas e vai continuar a adicionar mais à lista energeticamente. Em última análise, nós esperamos para apoiar todos os principais idiomas do mundo. Quais são as parcerias e estratégias de marketing para manter Google no mercado de Internet? Google atualmente conta com usuários para ajudar com marketing. Temos uma alta porcentagem de usuários que muitas vezes dizer aos outros sobre o nosso motor de busca. Isso ajudou tremendamente Google, e tem contribuído para o crescimento do tráfego em nosso site cerca de 20% ao mês desde que iniciou a empresa em 1998.
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OLinux : como Google colabora com seus parceiros? Sergey Brin: A relação com cada um dos nossos parceiros em exclusivo, por isso é difícil responder a esta pergunta. Apoiamos os nossos parceiros de várias formas, desde o simples fornecimento a melhor tecnologia de busca do mundo, co- marketing, assistência técnica, etc. Como o lucro rápido estão crescendo? Há planos para um IPO (Initial Public Offering , corretoras de valores de entrada no mercado)? Nós estamos felizes com nosso plano de negócios. As receitas estão crescendo e nós fizemos muito poucas mudanças em nossa estratégia de negócios , uma vez que começou a empresa . Estamos pensando em entrar no mercado, mas não está nos nossos planos imediatos . Nós sempre conseguimos as finanças da nossa empresa com cuidado, e temos a sorte de ainda manter uma forte posição de caixa, depois do nosso financiamento inicial arriscado , foi em junho de 1999. O que tem influenciado o uso da Internet como uma plataforma de negócios na grande base de clientes de ferramentas de pesquisa do Google? Sergey Brin: Todos os dias temos milhões de usuários que usam o Google para pesquisar produtos e informações sobre eles a respeito de suas decisões de compra. Por exemplo, temos catalogado quase completamente site Amazon.com. Enquanto mais e mais informação está na Internet, o Google planeja catalogá-lo e oferecer seu conteúdo para nossos usuários. Atualmente o Google é o maior motor de busca do mundo, com cerca de um bilhão de páginas da Web em nosso índice. Qual é a política de segurança do Google e como ele se comporta?que o Linux foi escolhido para melhorar o motor de busca do Google? A maioria de nossas máquinas estão atrás de um “router” e não é acessível para o mundo exterior. Máquinas externas acessíveis (servidores web) são cuidadosamente selecionados para falhas de segurança.
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Bate Papo Quais são as suas responsabilidades no Google? Descreva as suas tarefas diárias de forma rápida no Google.
destes estão envolvidos na tecnologia da engenharia e do departamento. Temos cerca de 30 médicos neste grupo!
Tanto o meu parceiro, Larry Page, como eu, estão muito envolvidos em quase todos os aspectos do nosso negócio. Passei algum tempo a cada dia para contratos, gestão interna e marketing.
Quantas pessoas trabalham em atividades de engenharia de software para desenvolver as principais ferramentas do Google? Qual é a sua política em matéria de I & D?
Como está organizado o Google? Tente ter uma idéia de como funciona o Google . Como é a organização e gerenciamento (servidores, diretórios, colaboração, pagamento de modelo )? Quantas pessoas estão envolvidas? Quais são os principais problemas? Google é um escritório central ou centro administrativo em algum lugar? Google tem dois escritórios . Nosso centro administrativo está no centro do Vale do Silício - Mountain View , Califórnia, cerca de 10 minutos da Universidade de Stanford, onde o Google nasceu. Temos também um pequeno escritório de vendas em Nova York, com cerca de 10 funcionários que vendem publicidade para nós. Ao todo, só temos cerca de 150 funcionários. A maioria
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Temos cerca de 80 engenheiros e membros da equipe de P & D, e estão ansiosos para investir em P & D em uma maneira grande . Por favor avaliar os desenvolvimentos rapidamente do Google em termos de total de páginas que usam suas ferramentas. Você pode descrever algo que realmente ajudar o sucesso do projeto? Você tem alguma idéia do número de sites usando o motor de busca Google, ou o número de páginas servidas pelo Google todos os dias? Sergey Brin: Google atende atualmente cerca de 20 milhões de buscas por dia em nosso site (www.google.com), e cerca de 50 milhões de buscas diárias em nosso site e nos sites dos nossos parceiros (Yahoo, Netscape, Cisco, etc.).
Foto: Divulgação
Tendo tantos funcionários inteligentes e talentosos que realmente contribuíram para o sucesso da nossa empresa. Existem cerca de 25.000 sites na Internet, utilizando o motor de busca Google. Como a investigação e desenvolvimento é coordenado? Quais são as ferramentas de análise e de programação usada? Existe algum controle de qualidade especial para verificar o código produzido? Quais são os principais projetos em andamento?
Sergey Brin e Larry Page
Estão intimamente ligados; projetistas investigar e vice-versa, e todo mundo fala muito. A comunicação é muito boa entre estes dois grupos. Google é o maior motor de busca do mundo, com cerca de um bilhão de páginas da Web em nosso índice. Para instalações de rede usam uma variedade de nosso próprio software, e rsync. As máquinas são construídas em site do Google, está configurado e, em seguida, enviar um de nossos três centros de dados. Os principais projetos que estão trabalhando fora da melhoria geral da qualidade da nossa pesquisa são: , um conjunto de projetos e tecnologia de reconhecimento de voz de busca
internacional do Google para oferecer mais usuários em todo o mundo. Atualmente, o motor de busca Google trabalha em mais de 5000 servidores Red Hat Linux. Eu li que o Google instalado e configurado 80 servidores de uma só vez. Que tipo de ferramentas coordenar massa essa instalação? Quais são as ferramentas administrativas utilizadas para monitorar, testar e substituir as falhas nos servidores ? Como projetos Linux usou o Google ? Por que o Linux foi escolhido para melhorar o motor de busca do Google? Na verdade, nós temos atualmente cerca de 6.000 servidores da Red Hat. Linux é usado em todos os lugares... em mais de 6.000 servidores e máquinas em todos os nossos funcionários técnicos. Nós escolhemos o Linux , porque nos dá uma boa relação performance / preço. É tão bom ser capaz de se adaptar qualquer parte do sistema operacional sempre que quiser. Temos também altamente qualificados em Linux em casa. A maioria de nossas ferramentas administrativas também foram desenvolvidos por nós.
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Notícias
24 - JULHO/2014
Setor de games é um dos mais PROPÍCIO do Brasil Durante a Feira do Empreendedor 2014, especialistas revelaram que o mercado brasileiro já fatura R$ 5,3 bilhões Quem considera videogame coisa de criança precisa repensar seus conceitos. Cerca de 35 milhões de brasileiros compram consoles, jogos e games para PCs, tablets e smartphones – e fazem o setor faturar algo em torno de R$ 5 bilhões por ano. O número, que torna o mercado um dos mais promissores do país, levou o Sebrae-SP a discutir o negócio “games” na Feira do Empreendedor 2014, nesta terça-feira (25/02).
Foto Divulação
Na porta do local onde foi discutido o tema, cerca de 150 empreendedores, entusiastas e muitos jovens ouviam os especialistas: Bernardo Manfredini, diretor da Abragames, e Marcus Imaizumi, criador da Gamebiz. Eles abordaram o potencial dos jogos eletrônicos, um mercado que até pouco tempo era considerado muito ligado à pirataria e “coisa de criança e adolescente”.
Logo que começou a palestra, Imaizumi fez questão de dizer que o ramo de games, hoje, tem até incentivo de governo e curso em universidades em todos os cantos do mundo. “Como o setor é bilionário, ele é tratado como estratégico em vários países”, diz. A preocupação não é à toa. Segundo pesquisa da consultoria DFC Intelligence, o mercado de games vai superar 75 bilhões até 2017. Investir na área, pelo menos no Brasil, está mais fácil, já que o mercado de jogos eletrônicos recebe alguns incentivos e apoios governamentais. Um deles pela Lei Rouanet, que aceita propostas de jogos com viés cultural. Segundo Imaizumi, alguns municípios também oferecem uma carga tributária diferenciada para quem faz games. Apesar da tecnologia para criar games estar
acessível, o empreendedor que se arriscar em jogos eletrônicos deve agir racionalmente, não pela paixão. “Os empreendedores que conseguiram sucesso no Brasil traçaram metas e tinham plano de negócios”, diz Manfredini. “E trabalham sério, duro, como se lidassem com uma empresa comum.” Segundo Manfredini, os empreendedores que querem apostar em jogos eletrônicos devem dominar outras línguas e se relacionar com outros empresários do ramo. Devem também criar uma agenda para ir a feiras internacionais. Lá estão os grandes empresários. E são eles que apostam no trabalho dos pequenos desenvolvedores.” Sérgio Arruda, 26 anos, era um dos participantes da palestra. Estudante de publicidade, ele tem vontade de abrir uma startup na área.
JULHO/2014 - 25
Notícias
Startup de organização de caronas ajuda usuários a viajar mais pagando menos O americano Erik Finman começou a investir em bitcoins, multiplicou ganhos e hoje tem sua própria startup Giuliana Reis, 24 anos, nasceu em Ribeirão Preto (SP), mas veio fazer faculdade em São Paulo; desde então, adotou a cidade como sua casa. Até pouco tempo, sempre que podia, ela pegava o carro e encarava cerca de 300 quilômetros de estrada para ver a família. Só que nos feriados, Giuliana percebia que não era a única a fazer o mesmo. Analisando, o problema Giuliana enxergou uma oportunidade de negócio. Em maio, a empreendedora lançou a Tripda, uma startup que conecta quem tem carro com quem precisa de carona. Segundo Giuliana, a Tripda faz com que os usuários dividam custos da viagem e usem menos o carro 26 - JULHO/2014
– medida que diminui o trânsito e o consumo de combustíveis poluentes. Além dos valores econômico, a startup se posiciona como uma ferramenta social (pois agrega pessoas e gera vínculos de amizade) e cultural (porque estimula alternativas como poupar, trocar, emprestar e compartilhar). Depois de ter a ideia de criar a plataforma, ela pesquisou negócios semelhantes no exterior e elaborou um plano de negócios – Giuliana se formou em administração, o que a ajudou a montar uma estratégia eficaz, segundo a empreendedora. Em janeiro, por intermédio de uma amiga, conseguiu uma reunião com um dos diretores da Rocket
Internet, grupo alemão responsável por investimentos e aceleração de startups como Easy Taxi, Groupon, Dafiti e Kanui. A ideia de Giuliana agradou a Rocket, que realizou um aporte na Tripda. Para procurar ou oferecer uma carona, basta ir ao site da Tripda. A plataforma é focada em trajetos entre cidades, mas também é possível procurar por trajetos dentro do mesmo município. A Tripda sugere o preço que o motorista deve cobrar por trecho, por meio de um cálculo de consumo de combustível e custos com pedágio. O pagamento é negociado diretamente entre caroneiros e motoristas. Quem oferece a carona também pode incluir preferên-
cias por determinado perfil de caroneiro. Isso inclui a possibilidade de aceitar ou não transportar animais, ouvir música, conversar, comer e fumar dentro do carro. “Queremos que os nossos usuários tenham a melhor experiência possível e, quando todos sabem o que esperar da carona, tudo fica mais fácil”, afirma Giuliana. A Tripda ainda oferece a opção “só para elas”, que conecta apenas mulheres. “Há muitas meninas que não se sentem seguras e que acham perigoso viajar à noite com homens.” A Tripda, por enquanto, não
ganha dinheiro. “O uso da plataforma é totalmente gratuito. Ainda estamos pensando no melhor modelo de geração de receita”, diz Giuliana. Um mês após o lançamento oficial, o Tripda já intermediou 2,5 mil caronas para mil rotas diferentes. Por questões relativas ao investimento da Rocket, Giuliana prefere não revelar quais são as metas da empresa, mas afirma que a empresa não está “mirando baixo”. “Os números são bem absurdos. Queremos nos tornar uma quebra de paradigma e apresentar uma nova modalidade de transporte.” O escritório da Tripda fica
nas mesmas instalações da Rocket e compartilha o espaço com outras empresas de tecnologia. Aos 24 anos, Giuliana é, segundo ela, a pessoa mais nova do espaço.
Giuliana Reis, da Tripda (Foto: Divulgação)
Um dos segredos de gestão da empreendedora é apostar em uma abordagem descentralizada. Além disso, todos na Rocket se interessam pela trajetória de vida das pessoas e o que as levou a estarem onde estão. Por conta desses motivos, ela não tem muitos problemas ao liderar um time de 12 pessoas.
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Sucesso
Jogo de perguntas com mais de 17 milhões de usuários chega ao Brasil Lançado em novembro do ano passado, plataforma já tem mais de 250 mil perguntas e quase 600 temas Há quatro anos, o finlandês Thor Fridriksson, 35 anos, desejava aproveitar o crescimento do mercado mobile para faturar alto com games. Ele fundou, então, a Plain Vanilla Games. Essa facilidade para lançar conteúdo para um grande público de usuários, porém, escondia um problema que Fridriksson não previra: o grande número de concorrentes. Com tantos jogos para dividir a atenção do público, a primeira criação de Fridriksson não emplacou e o empreendedor perdeu o dinheiro que investiu. Numa mesa de bar na Islândia, ele decidiu que não desistiria. Entre uma bebida e outra, pensou em como ninguém nunca tinha feito um game de perguntas/respostas antes. Dessa vez, aprendeu a lição: pensou logo de cara o que o diferenciaria de outros possíveis concorrentes. 28 - JULHO/2014
Em novembro do ano passado surgia oQuizUp, um jogo de perguntas sobre temas específicos. Mais que isso, o game é uma rede social e plataforma de discussão sobre diferentes assuntos. Os usuários podem competir entre si e também interagir uns com os outros. Em sete meses o QuizUp conquistou mais de 17 milhões de usuários em seis línguas e chegou, em junho, ao Brasil. Os desafios não param de crescer: o número de perguntas já excede 250 mil e os temas passam dos 400. A ideia é usar a contribuição dos próprios usuários para incrementar os testes – cada tema possui seu próprio fórum de discussão para alimentar sugestões. Por isso, muitos dos temas específicos para o país envolvem o evento.
Para se manter, a startup busca parcerias com empresas para criar testes temáticos, sem precisar, dessa forma, cobrar dos seus usuários. Essa estratégia já conquistou grandes nomes como Coca-Cola e Google. O sucesso do jogo já conquistou investimentos que totalizaram R$ 3,6 milhões e que incluíram aportes da Greycroft Partners, IDG Ventures, Tencent, BOLDstart Ventures, CrunchFund. O aplicativo do QuizUp está disponível para o sistema iOS e Android. BAIXE JÁ QUIZUP
JULHO/2014 - 29
Sucesso
Shopping virtual aposta em publicidade e fatura R$ 1 milhão No ar desde 2010, o MuccaShop conta com 300 lojas parceiras, que movimentaram R$ 12 milhões através da plataforma
No ar desde 2010, o shopping virtual MuccaShop comemora os números alcançados. Segundos dados fornecidos pela startup, o marketplace faturou R$ 1,2 milhão no ano passado – receita decorrente da publicidade vendida aos lojistas parceiros. “Toda a receita do MuccaShop atualmente vem de publicidade”, afirma Gabriella Müller, gerente de marketing da 30 - JULHO/2014
empresa. As 300 lojas parceiras do shopping virtual, que oferecem mais de 700 mil produtos aos visitantes da plataforma, movimentaram R$ 12 milhões através do site no ano passado. Entre elas, Hering, Centauro, Saraiva e Magazine Luiza. O modelo de negócio funciona assim. As lojas se tornam parceiras do MuccaShop e, assim,
conseguem expor seus produtos no shopping virtual. Os consumidores, por sua vez, chegam até o site, navegam entre os produtos e, ao selecionar um deles, são instantaneamente redirecionados aos varejistas, que pagam pelo clique. Dessa forma, quanto maior o investimento da loja parceira, mais destaque o produto dela receberá na vitrine. “A publicidade off-line
Plataforma MuccaShop
é cara e geralmente não funciona pra trazer as pessoas para o mundo online”, afirma Carlos Fertonani, um dos sócios do MuccaShop. “A ideia então foi criar uma espécie de shopping virtual. Assim como as lojas físicas procuram um ponto com alta concentração de pessoas pra montar seu negócio e o shopping tradicional beneficia isso, no mercado online a dinâmica é parecida. As lojas online precisam ter presença onde os usuários estão.” De acordo com Gabriella, a taxa de conversão clique/venda varia
muito entre os segmentos, mas a média geral do site fica em torno de 1%. Moda e esportes, por exemplo, ficam perto de 2% de conversão em vendas. Nesse modelo de negócios, é fundamental para o MuccaShop atrair cada vez mais usuários ao seu shopping virtual.
pesquisa dos buscadores. “Também investimos em trazer novas lojas com produtos diferenciados, para que a experiência do usuário dentro do MuccaShop seja a mais completa possível quando ele buscar por um determinado tipo de produto”, afirma Gabriella.
Para atrair os consumidores, a startup investe principalmente em otimizações para o usuário, visando uma melhor experiência com o site e fidelização, além de melhor posicionamento nos resultados de
Hoje, a plataforma recebe cerca de 700 mil usuários por mês. Número superior ao de seis meses atrás, quando o shopping virtual registrava 10 milhões de pageviews. A expectativa para 2014 é alcançar um faturamento de R$ 2 milhões
Foto Divulação
JULHO/2014 - 31