ED 1 ANO 1 - JUNHO 2017
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PRODUTOS OFICIAIS E LICENCIADOS
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As criticas das séries: Dear White People, Punho de Ferro e Sense8 pela colunista Aline Diniz do site Omelete.
GAME OF THRONES
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Resumo da sexta temporada, a mãe do Jon Snow e muito mais sobre a setima temporada da série que estreia 16 de julho.
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os defensores Matt Murdock, Jessica Jones, Luke Cage e Danny Rand reunidos em uma série da Netflix.
american horror story A sétima temporada vai tomar um rumo mais político e passar na noite das eleições de 2016.
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SUMÁRIO
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coluna da Aline diniz
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entrevista com millie A atriz miirim de Stranger Things, Millie Bobby Brown em entrevista com Aaron Paul, Jesse de Breaking Bad
FICHA TECNICA Faculdades Energia de Administração e Negócios Diretor Geral: Fabio Galberto Filippon Diretora Administrativa: Marlene Haensch Dir. de R. H. e Representante Legal: Gabriela Galberto Filippon Diretor Acadêmico e Ouvidor Geral: Prof. Marcello Zappelini Coordenador dos Cursos de Graduação Administração: Prof. Marcello Zapelini Ciências Contábeis: Prof. Messalas Antônio Krieger Design: Profa. Genilda Oliveira de Araujo Sistema de Informação: Prof. Amilcar Fernandes Abreu Coord. de Estágios e Proc. Institucional: Profa. Silvia Maria Zappelini Orientação Editorial e Produção Gráfica - Prof. Carlos Davi Matiuzzi da Silva Tipografia - Prof. Juliana Shiraiwa Computação Gráfica - Profa. Inara Antunes Vieira Willerding Infografia - Prof. Lucas José Garcia
Arte Designer: Mayara Peres Projeto Gráfico: Mayara Peres Fotografia: omelete.com, It Goes Magazine, Adobe Stock e Netflix e Audience. Imagem da capa: HBO Reportagens e Colunas: omelete.com e elle magazine Impressão: Sagrada Família Tipografias utilizadas: Bembo std 7, 8, 11 e 13; Gobold 12, 15, 16 18, 23, 35, 46, 48, 49, 58, 60, 32, 63, 80 e 84; Glacial 10, 11, 12, 13, 14 e 15; Roboto 12, 13, 14, 20, 22 e 25; Lemon 30. Esta revista em caráter experimental e não manifesta a opnião nem a vontade dos acadêmicos. Noticias e conteúdos tem fontes extraidas da internet ou são relatos dos autores. A Faculdade não se responsabilza pelo conteúdos abordados.
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EDITORIAL
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Seriando traz nessa sua primeira edição a experiência de novas temporadas das séries favoritas do público, sem se esquecer das melhores apostas de séries novas. Traz, a coluna da Aline Diniz de críticas de estreias anteriores. Tudo sobre a ultima temporada de The Strain; as novas temporadas de The Big Bang Theory e American Horror Story; estreia mais esperada da Netflix, Os Defensores; a mais nova adaptação de Stephen King, Mr Mercedes; o Spin Off da série de maior audiência dos Estados Unidos; O revew das críticas de Mr Robot. A Seriando traz também, uma entrevista com atriz Millie Bobby Brown e tudo o que você precisa saber sobre a 7ª temporada de Game of Thrones.
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COLUNA
crítica
DEAR WHITE PEOPLE A PRIMEIRA TEMPORADA
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epois de várias produções denunciando o racismo de formas subliminares, a Netflix resolveu comprar de vez essa luta e lançou Dear White People, série onde o antagonista principal não é um vilão com superpoderes ou um político higienista, mas uma estrutura social invisível e ao mesmo tempo absurdamente sólida. O serviço de streaming já faz sua parte na representação étnica e na discussão com sensatez de problemáticas raciais com programas como The Get Down, Luke Cage e Chewing Gum, mas Dear White People finalmente levou para a televisão uma aula didática sobre como, onde, como e o que é preconceito racial. A série é uma adaptação do filme Cara Gente Branca, 2014, e gira em torno de um grupo de alunos negros que se sentem frequentemente desrespeitados em uma universidade onde a maioria dos estudantes são brancos - como qualquer instituição com caráter elitista. Justin Simien, diretor do filme e roteirista da adaptação, conseguiu na série ter mais tempo para discutir e se aprofundar pedagogicamente em outras problemáticas relacionadas ao racismo de forma absolutamente brilhante. De forma genial, a cena que começa com uma discussão onde negros pedem para não serem ofendidos e brancos dizem estar se sentindo censurados por, resumidamente, não poderem ofender, termina com a polícia invadindo a festa e escancarando até onde vai o racismo. Além disso, a série faz um trabalho magistral ao conseguir tratar com certa ironia alguns dos comportamentos dos envolvidos na militância em ambiente acadêmico sem deslegitimar nenhum dos inúmeros mecanismos de quem luta por igualdade. Samantha White (Logan Browning), Reggie (Marque Richardson), Troy Fairbanks (Brandon P Bell), Colandrea “Coco” Conners (Antoinette Robertson) e Lionel (DeRon Horton) são os cinco negros protagonistass da trama e, de certo modo, cada um deles lida com a opressão de uma forma diferente - todas elas as justificadas pelas suas experiências prévias A série aborda ainda outras questões referentes ao complexo universo do racismo, como relacionamentos interraciais e apropriação cultural. Não é por menos que a série é tão certeira: o time de diretores que colaboram com a atração já tocam em temas vitais ao debate do preconceito racial há algum tempo. A diretora do quarto episódio é Tina Mabry, ry, responsável pelo longa Mississippi Damned, d, que fala sobre a vida de três crianças negras lidando dando com o ciclo de abuso, vício e violência familiar. No quinto uinto episódio, temos
Aline Diniz
foto promocional fonte: divulgação
a direção de ninguém menos que Barry Jenkins, nome à frente do ganhador do Oscar Moonlight. A série talvez atinja muito mais quem já está familiarizado com a discussão do que quem precisa urgentemente se inteirar sobre o assunto. Dear White People tem o poder de desobstruir ouvidos brancos para a voz de pessoas negras. A série mostra que, ao contrário do que a maioria pensa, estruturas de poder são menos sobre indivíduos e mais sobre grupos sociais.O drama da série está muito mais no fato de que, ao contrário das fantasias na festa blackface, os brancos do programa não são caricaturais: existem muitas pessoas que não entendem que não há horizontalidade em comparar atacar negros e atacar brancos pelo simples fato de que negros já estão sendo atacados o tempo inteiro, ainda que seja difícil ver isso do alto da zona de segurança branca.
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sense8
A CRÍTICA DA SEGUNDA TEMPORADA
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om o anúncio inesperado da Netflix sobre o cancelamento de Sense8, aqui está a crítica da segunda, e última, temporada da série. Criação de Lilly e Lana Wachowski e de Michael Straczynski, chegou à Netflix com uma recepção bastante positiva. Embora os primeiros episódios fossem um pouco mais lentos e a trama demorasse para se organizar, a série tinha uma qualidade técnica atrativa e personagens com dramas humanos bastante reais e identificáveis. A história se concentra na ação e tudo passa a ser um jogo de gato e rato em que os sensates querem pegar o “vilão” do jogo e ele quer pegar os sensates. Há cenas longuíssimas em que explicações sobre passado e presente são dadas com diálogos picotados e embora haja grande esforço em estabelecer a importância desses detalhes, ela não tem uma ficção científica original para contar e tudo vira a velha trama de “organização secreta” persegue “pessoas especiais”. Na segunda metade da temporada, as Wachowskis já estabeleceram a resolução de seu mistério e então o desequilíbrio de narrativas fica mais evidente. Al-
Elenco da série fonte: divulgação
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guns dos personagens passam quase toda a temporada em função do mistério e outros não. As narrativas mais interessantes acabam sendo a de Lito (Miguel Ángel Silvestre), que corre quase toda por fora da trama central (com direito a um emocionante discurso na parada gay de São Paulo) e a de Nomi (Jamie Clayton), a única personagem que consegue unir perfeitamente seu envolvimento com o mistério e a própria vida pessoal. Capheus (Toby Onwumere) e Sun (Doona Bae) também tem jornadas paralelas com a trama de ficção científica, mas enquanto ele some como mero coadjuvante, ela ganha metade da finale, com direito a perseguições e explosões que fazem do show quase um blockbuster de Michael Bay. Sense8 tem muitos aspectos positivos e sua existência é preciosa e comovente sobretudo para as causas das minorias. Mas, seu segundo ano tropeçou na estrutura dramatúrgica apenas porque se sentiu obrigado a “dar explicações”. O que ficou foi a sensação cada vez maior de que o importante nunca foi saber “porquê” e sim apreciar as belezas que eram provenientes do “como”.
PUNHO DE FERRO A CRÍTICA DA PRIMEIRA TEMPORADA
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unho de Ferro já pairava sob a parceria entre a Marvel e a Netflix desde que ela foi anunciada, junto de suas companheiras Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage. A ideia era que cada um dos personagens representasse algo na equipe que se formará a seguir, trazendo unidade e diversidade aos Defensores. A trama de Danny Rand é simples: após sofrer um acidente de avião nos Himalaias e perder os pais, o jovem é resgatado por monges e treinado para se tornar sua nova Arma Viva, o Punho de Ferro. Apesar de apresentar inúmeros conceitos interessantes, a série não lhes da continuidade, focando apenas a dor e perda de Danny, que retorna para Nova York na intenção de vingar a morte de seus pais.
Há boas lutas de Kung Fu, mas Punho de Ferro peca quando não aborda exatamente o que a diferenciaria de sua antecessora. São belos socos e chutes, mas muito semelhantes àqueles que já vimos Matt Murdock aplicando. Não fosse o brilhoso punho indestrutível, ambos os heróis seriam indiferenciáveis - e esse poder ainda é pouco usado no decorrer da trama. Um dos problemas mais visíveis de Punho de Ferro é que a série não tem um vilão definido. O papel de nêmesis permanece quase que o tempo todo no controle do Tentáculo, mas a falta de personificação prejudica o andamento da trama. Seja Madame Gao, Bakuto, Harold ou Ward Meachum, a posição de inimigo muda muito facilmente e a ameaça nunca é a mesma, tornando o objetivo final de Danny confuso e leviano. Em um momento ele quer vingança; no momento seguinte quer salvar os Meachum, que agora vê como sua única família restante; logo em seguida quer proteger K’un-Lun... Falta coesão à trama, que não sabe ao certo por qual caminho seguir, escolhendo soluções que às vezes parecem simples demais para grandes problemas e focando em cenas desconexas que não são necessárias para o avanço da história. Por mais que Punho de Ferro tenha tantas questões a resolver, a série também introduz interessantes personagens, que têm seus próprios problemas pessoais. Criando profundidade e motivo, tudo é justificável na base do erro e tanto Danny quanto os outros, e até mesmo Claire são retratados como humanos tentando seu melhor o tempo todo.
punho de ferro fonte: divulgação
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Poster da 1ÂŞ tempoarada | fonte: omelete.com
JULHO
Poster da 1ª tempoarada | fonte: omelete.com
O FINAL A ultima temporada da série do Del Toro THE STRAIN, a adaptação para a TV da série literária de mesmo nome escrita por Guillermo del Toro e o romancista Chuck Hogan (no Brasil, com o nome de Trilogia da Escuridão). Exibida pela Fox, a série conta a história do Dr. Ephraim Goodweather (Corey Stoll) chefe da CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) que investiga o possível ataque biológico em um avião que aterrissou no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. Praticamente todos os passageiros morreram sem nenhuma causa provável, a situação fica ainda mais estranha quando os corpos somem do necrotério. Buscando não só proteger seus entes queridos, mas também toda a cidade Dr. Ephraim tenta descobrir uma saída contra uma antiga ameaça para humanidade. Acreditando que os passageiros e tripulantes foram vítimas de algum tipo de parasita que os utiliza como hospedeiros, Eph se une a Abraham Setrakian (David Bradley, de Doctor Who), um ex-professor universitário que sobreviveu ao holocausto judeu e agora tem uma loja de penhores. Juntos, eles tentam conter a epidemia. A série de vampiros retorna para sua temporada final dia 16 de Julho. A segunda e terceira temporadas cobriram o segundo livro. A quarta temporada adaptará, portanto, o terceiro e último livro.
NA SÉRIE: “Com o mundo imerso na escuridão e com os strigoi no controle, após a explosão no final da terceira temporada que desencadeou em um apocalipse nuclear global. O inverno nuclear liberou os strigoi, permitindo que eles se movessem durante o dia e que o Mestre estabelecesse um regime totalitário. Pregando os temores da população, o Mestre e seus servos criaram uma aliança inquietante em “A Parceria”. A maioria dos humanos está agora trabalhando para os strigoi, levados por uma regra simples: colaborar ou morrer.”. Além de Corey Stoll e David Bradley, a série ainda conta com a participação de Jonathan Hyde, Kevin Durand, Ruta Gedmintas, Miguel Gomez, Richard Sammel, Max Charles e Rupert Penry-Jones.
NOS LIVROS: Lançado em 2009 e traduzido no Brasil por Sérgio Moraes Rego e Paulo Reis, lançado pela editora Rocco. Noturno é o primeiro volume da chamada Trilogia da Escuridão. O segundo livro, lançado nos Estados Unidos em 2010, recebeu o título de The Fall (A Queda, tradução livre para o português) e já foi publicado pela editora Rocco. O terceiro e último se chama The Night Eternal (Noite Eterna, tradução livre), lançado em 2011. No último livro, a raça vampírica é descendente de sete vampiros “Ancient Ones”. Uma facção de vampiros liderada por um antigo renegado conhecido como o Mestre instiga a aquisição da civilização humana. O bilionário idoso Eldritch Palmer, tendo sido prometido a imortalidade pelo Mestre, usa sua influência para criar um apagão de notícias, garantindo que os vampiros enfrentem pouca resistência. Abraham Setrakian, um caçador de vampiros idosos, tem esperança de que o grimório perdido, Occido Lumen , tenha a chave para derrotar o Mestre e o busque antes que as forças do Mestre assumam o controle. Setrakian é auxiliado pelo epidemiologista Dr. Ephraim Goodweather e pelo exterminador de pestes Vasiliy Fet, que se juntaram aos que resistem aos vampiros. Goodweather também procura proteger seu filho, Zach de sua esposa, Kelly, Que agora é um vampiro e é impulsionado por um instinto animalista para converter sua família. Enquanto isso, os outros antigos invocam o membro da gangue Gus Elizalde para destruir o mestre.
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TUDO SOBRE A NOVA TEMPORADA DE GAME OF THRONES Criadores da séries afirmaram terem gasto nos sete episódios da nova temporada, a mesma quantidade de tempo que costumavam gastar para fazer 10 episódios.
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RESUMO DA SEXTA TEMPORADA A
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A MÃE DO JON SNOW Mesmo que para os leitores da saga, a confirmação de que Jon Snow é filho de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen fosse bastante aguardada, quem acompanha apenas a série da HBO pode ter ficado um pouco perdido, já que esta não se atém com muita profundidade ao passado de Westeros.Assim sendo, iremos destrinchar os fatos que dão propriedade à teoria e o que isso representa para o futuro do Rei do Norte. Lyanna Stark – Irmã de Ned Stark. Estava prometida a Robert Baratheon, porém, por conhecer a índole do noivo não sentia-se satisfeita com o compromisso. Rhaegar Targaryen – Filho do Rei Louco, herdeiro do trono e irmão mais velho de Daenerys. Seu casamento com Elia Martell consolidou a aliança com Dorne Tiveram dois filhos: Rhaenys e Aegon Targaryen.
Nascimento de Jon Snow | fonte: HBO
temporada se inicia com Jon Snow morto quando Sir Davos encontra seu corpo, o mesmo se rebela contra a Guarda da Noite para proteger o corpo sem vida do bastardo que volta a vida pelas mãos da mulher de vermelho, Melisandre. Sansa e Theon escapam ilesos de Winterfel e são encontrados por Brienne e Podrick. Seguindo com os treinamentos do Corvo de Três Olhos, Bran é levado para famosa Torre da Alegria, mas interrompido logo após a batalha quando seu pai, ainda jovem, ouve um grito vindo da torre. No quarto episódio acontece um aguardodo reencontro de Starks, Sansa e Jon, quando a jovem chega em Castelo Negro. Daenerys põe fogo nos Khals e lidera todo os exercito Dotraki. No quinto episodio é revelado como Wyllis ganhou o apelido de Hodor, e sua morte tragicamente heroica, além das mortes do Corvo de Três olhos, Summer e os Filhos da Floresta. Meera o Stark são salvos por uma pessoa inesperada. Finalmente, Arya abonda o Homem sem rosto, mas é perseguida até sua quase morte, mas por fim acaba sobrevivendo. Jon e Sansa recebem uma carta de Ramsey ameaçando a vida da ruiva e do mais novo dos Starks, Rickon. Após o Retornar a Meeren, Daenerys recebe a visita de Yara e Theon Greyjoy, que fugiram de seu tio Euron, os irmão oferecem aliança a mãe dos Dragões que aceita. A tão esperada vingança de Cersei contra seus inimigos, chega ao explodir o Grande Septo de Baelor, matando boa parte da nobreza de King’s Landing, incluindo o Alto Pardal e três membros da família Tyrell, todos queimados vivos. Porém, a armadilha da Rainha Mãe levou ao suicídio do próprio filho, o Rei Tommem. Após todos os esforços para montar um exercito, Jon parte para a épica batalha dos bastardos, contra Ramsay Bolton. Quando tudo parecia perdido, quando Rickon já havia sido morto e todo o restante parecia caminhar para o mesmo caminho, Sansa surge com os homens do Vale de Aryn e Mindinho, e salva a batalha. Ramsey tem uma morte digna do personagem, sendo devorado pelos próprios cães. Por fim, no último episódio, Lyanna Mormont faz um discurso que leva Jon a ser nomeado o novo Rei do Norte. Bran, finalmente, vê o restante dos acontecimentos da Torre da Alegria, revelando que Jon é, na verdade, filho de Lyanna Stark com Rhaegar Targarean.
Kit Harington (Jon Snow) | fonte: HBO
estavam lá. Ao sair campeão do torneio de justas, o príncipe Rhaegar recebeu a honra de nomear a “Rainha do Amor e da Beleza”, concedendo-lhe uma coroa feita com rosas de inverno azuis. Naturalmente, ele deveria concedê-la à sua esposa, mas em vez disso, passou reto por ela e por Robert e entregou o prêmio a Lyanna. E Nesse momento, todos os risos morreram.
O “SEQUESTRO”
O TORNEIO DE HARRENHAL O Torneio em Harrenhal foi organizado pelo Lorde Whent pela honra de sua filha, e para exibir o poder de sua Casa; foi o maior torneio da época e, talvez, de todos os tempos, estendendo-se por 10 dias. Todas as famílias mais importantes de Westeros estavam lá. Esse dia foi o estopim do que mais tarde ficou conhecido como a Rebelião de Robert. Esse foi um episódio do qual se manteve vivo nas lembranças de todos que
Cerca de 1 ano após o Torneio de Harrenhal, Lyanna foi “sequestrada” por Rhaegar e levada para Dorne, em uma torre chamada Torre da Alegria, localizada no começo das Montanhas Vermelhas na qual ficou com o Príncipe até próximo do final da rebelião. Quando Aerys II, Rei Louco, matou Brandon Stark, o irmão mais velho de Ned, e seu pai Rickard. Eddard junta-se a Robert em uma rebelião que leva a queda da Família Targarean do trono de ferro. Quando, já no final, Rhaegar é morto por Robert em combate. Ned vai em busca de Lyanna em Dorne descobre que sua irmã caçula estava grávida do Principe Herdeiro e acaba levando Jon para casa.
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A SETIMA TEMPORADA
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elo menos dois grandes encontros, centrados em Jon Snow (Kit Harington) e Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) marcarão os dois primeiros episódios da sétima temporada Game of Thrones. O The Toronto Sun esteve nos sets da série durante a gravação de algumas cenas e divulgou informações sobre aguardadas reuniões. O primeiro episódio mostrará Jon Snow estabelecendo uma linha de racioncínio que pode indicar certos direcionamentos na trama. O bastardo de Winterfell terá uma reunião com Sansa Stark (Sophie Turner), Brienne of Tarth (Gwendoline Christie), Ser Davos (Liam Cunningham), Tormund Giantsbane (Kristofer Hivju) e Lyanna Mormont (Bella Ramsey) para discurtir a ameaçã iminente dos White Walkers. No meio da conversa, Jon falará: “Vidro de dragão mata White Walkers então, agora, ele é mais valioso do que ouro”, insistindo que eles construam mais armas com o material raro. No segundo episódio, outra cena mostrará uma reunião de Daenerys Targaryen, Tyrion Lannister (Peter Dinklage), Theon Greyjoy (Alfie Allen), Yara Greyjoy (Gemma Whelan), Ellaria Sand (Indira Varma), Missandei (Nathalie Emmanuel) e Olenna Tyrell (Diana Rigg). O grupo irá se encontrar na fortaleza de Pedra do Dragão para discutir estratégias para libertar Westeros da dominação de Cersei Lannister (Lena Headey). Sabe-se que em Pedra do Dragão, local onde Deanerys irá se instalar nos novos episódios, há muito vidro de Dragão e isso poderia ser a ponte entre os dois - enquanto Jon ajuda a Targaryen contra Cersei, Daenerys pode usar seus dragões para ajudar o Snow em sua causa. Pode ser esse o foco das cenas onde os dois atores foram vistos juntos em outubro de 2016.
14| JULHO
EPISÓDIOS A sétima temporada de Game of Thrones será diferente das que foram ao ar até agora. Além de ser lançada em julho, meses depois do que é de costume, ela terá sete episódios em vez de dez.Por ser mais curta, a temporada terá episódios mais longos, entre eles o de maior duração de toda a série. Em seu site, a HBO disponibilizou o tempo de duração de cada um dos episódios. Confira: EPISÓDIO 1: 59 minutos EPISÓDIO 2: 59 minutos EPISÓDIO 3: 63 minutos EPISÓDIO 4: 59 minutos EPISÓDIO 5: 59 minutos EPISÓDIO 6: 71 minutos EPISÓDIO 7: 81 minutos De acordo com o canal, o episódio final da temporada terá uma hora e vinte um minutos de duração, tornando-se o mais longo da série — até então, esse título era de "Os Ventos do Inverno", finale da 6 temporada, com uma hora e nove minutos.
FUTURO ENCONTRO DOS PERSONAGENS
foto: HBO foto: HBO foto: HBO
foto: HBO
foto: HBO
Em entrevista David Benioff e Dan Weiss, criadores da séries, que afirmaram terem gasto nos sete episódios da nova temporada a mesma quantidade de tempo que costumavam gastar para fazer 10 episódios. “Eu sei que você provavelmente está cansado de nos ouvir dizer isso já que nós falamos isso todos os anos, mas todo mundo fez com mais intensidade as suas coisas nesta temporada. É meio espantoso para nós. Todo mundo melhora constantemente”, diz Benioff. A dupla alerta para dragões gigantes e batalhas ainda maiores, tanto em mar quanto em terra, mas afirma que o que mais chamará atenção são os encontros improváveis entre os personagens nesta temporada. Pela primeira vez na história da série, todos os personagens principais estarão em Westeros, a maioria ansiosa para matar uns aos outros. “O que é mais emocionante nesta temporada é ser capaz de interagir entre vários personagens que por anos não conseguimos relacionar”, conta Weiss. Os produtores contaram que Daenarys e seus dragões irão desembarcar em uma Westeros controlado pelos Lannister, logo, o único resultado lógico disso é que uma guerra se desenrole. “Dany em Westeros faz de Game of Thrones uma nova série”, diz o co-produtor executivo Bryan Cogman. “A chegada dela tem um efeito incrível em toda história que é muito emocionante de explorar. Há um ritmo e urgência que quase é possível tocas. Este é o jogo final.”.
JULHO | 15
estréia
AGOSTO
DEFEN SORES
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fonte: Netflix fonte: Netflix
O
s Defensores estrela Charlie Cox como Matt Murdock / Demolidor, Krysten Ritter como Jessica Jones, Mike Colter como Luke Cage e Finn Jones como Danny Rand / Punho de Ferro, todos reprisando seus papéis de suas séries individuais. Élodie Yung também estrela como Elektra Natchios, reprisando seu papel de Demolidor. Ainda terá Sigourney Weaver como a misteriosa vilã chamada Alexandra. O desenvolvimento da série começou no final de 2013, com Cox sendo o primeiro ator escolhido em maio de 2014, e Jones sendo o último ator lançado em fevereiro de 2016. Petrie e Ramirez juntaram-se como showrunners em abril de 2016, após trabalharem juntos na mesma função na produção da segunda temporada de Demolidor. No entanto, Petrie deixou seu posto de showrunner da minissérie no início das filmagens em Nova York em outubro de 2016; Todas as filmagens foram concluídas em março de 2017. O Finn Jones deu novas informações sobre a trama. De acordo com Heroic Hollywood, o ator contou que enquanto os eventos dos outros programas da Marvel tiveram suas tramas se desenrolando em períodos de tempo que iam de semanas a meses, em Os Defensores será um pouco diferente. “Ocorre em um período muito curto de tempo. São oito episódios, mas tudo acontece ao longo de um par de dias. Portanto, tem essa energia frenética em tempo real. Todos nós somos reunidos não por escolha, mas por necessidade. Nós não queremos trabalhar uns com os outros, mas estamos contra a parede e precisamos fazer isso.”
fonte: Netflix
Matt Murdock, Jessica Jones, Luke Cage e Danny Rand reunidos em uma série da Netflix.
a 69a adaptação de Stephen King
MR MERCEDES A TRILOGIA DE BILL HODGES
A
série foi anunciada originalmente em julho de 2015. Em maio de 2016, Audience encomendou uma temporada de 10 episódios e o elenco inicial foi anunciado. Em junho de 2016, Anton Yelchin, que estava escalado para interpretar Brady Hartsfield, morreu em um acidente de carro. Ann-Margret foi escalada para interpretar Ida Silver antes de ser forçada a abandonar devido uma doença em sua família. Ela foi substituída por Holland Taylor no papel. Após a reformulação, a produção começou no início de 2017 em Charleston, Carolina do Sul com o lançamento previsto para 9 de agosto de 2017. A série é baseada na trilogia Bill Hodges do renomado autor Stephen King que teve diversas obras adaptadas para TV e cinema. A trilogia conta com três livros, Mr Mercedes é o primeiro, Achados e Perdidos (Fiders Keeper) é o seundo da série, que é finalizada pelo livro Último Turno (End of Watch). Muitas pessoas desempregadas estão em fila para uma feira de emprego quando um Mercedes arrasa a multidão matando 8 pessoas e ferindo gravemente muitos. Bill Hodges, um detetive recentemente retirado do departamento de polícia local que vive a vida de um aposentado, recebe uma carta de um indivíduo que afirma ser a pessoa responsável pelo incidente da feira de trabalho, referindo-se a si mesmo como “Mr.Mercedes”. Hodges é divorciado, solitário e alimentado de sua vida, ocasionalmente contemplando o suicídio. O incidente do Mr. Mercedes ocorreu no final da carreira da Hodges e ainda não foi resolvido quando se aposentou. O Mr. Mercedes conhece os detalhes do assassinato e também menciona Olivia Trelawney, de quem roubou o Mercedes. Olivia cometeu suicídio logo após o massacre por culpa. Hodges está intrigado e começa a investigar o caso em vez de entregar a carta ao ex-colega da polícia, Pete Huntley. Brady Hartsfield, que revela ser o Mr. Mercedes, é um psicopata emocionalmente perturbado em seus vinte e poucos anos que perdeu seu pai aos oito anos de idade. Quando ele era um menino jovem, ele matou seu irmão mentalmente inca-
pacitado pelo pedido de sua mãe. Ele agora vive e tem um relacionamento incestuoso com sua mãe alcoólatra e trabalha em uma loja de eletrônicos e como vendedor de sorvete. Viajando em uma van, este segundo trabalho lhe permite observar os vizinhos de Hodges e Hodges, entre eles Jerome Robinson, de dezessete anos de idade, que faz uma variedade de tarefas para Hodges., que revela ser o Sr. Mercedes, é um psicopata emocionalmente perturbado em seus vinte e poucos anos que perdeu seu pai aos oito anos de idade. Quando ele era um menino jovem, ele matou seu irmão mentalmente incapacitado pelo pedido de sua mãe. Ele agora vive e tem um relacionamento incestuoso com sua mãe alcoólatra e trabalha em uma loja de eletrônicos e como vendedor de sorvete. Viajando em uma van, este segundo trabalho lhe permite observar os vizinhos e Hodges.
fonte: Audience
AGOSTO | 19
SETEMBRO
nova temporada
THE BIG BAND THEORY A MAIOR AUDIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
A
série que teve sua 12ª temporada renovada junto com a 11ª, vem para seu décimo ano com tudo. Apesar do altíssimo custo, The Big Bang Theory continua sendo o seriado mais assistido da televisão norte-americana, até mesmo batendo de frente com jogos da NFL ao atingir a casa de 20 milhões de espectadores por semana. Seu sucesso é tanto que não só o seriado ganha duas novas temporadas como também um derivado focado na infância de Sheldon (Jim Parsons). O canal vêm planejando essa decisão há algum tempo porém complicações com o pagamento das atrizes Melissa Rauch (Bernadette) e Mayim Bialik (Amy) haviam travado as negociações. Os demais atores decidiram cortar parte de seus salários para fortelecer as colegas mas as suas representantes compraram a briga por remuneração mais justa, algo que pode ter sido resolvido agora - apesar da CBS não ter comentado tal assunto. Os cinco atores do elenco inicial recebem por volta de US$1 milhão por capítulo enquanto Bialik e Rauch ganham por volta de US$200 mil.
11ª TEMPORADA
Durante uma entrevista ao The Hollywood llywood Reporter, o showrunner Steve Molaro foi questionado se achava que o casamento de Sheldon heldon e Amy seria um final de série apropriado, e ele respondeu: “Eu não sei. Eu não quero penensar sobre o final da série porque é muito o emocional para mim. O tempo vai dizer. r. Foi uma surpresa para nós quando decidiidimos que Sheldon iria propor e eu gostaria ria de pensar que seria uma surpresa para nós quando uando eles se casarem”. Quando perguntado o que levou Sheldon eldon a mudar de idéia sobre propor e apenas ir com ele, Molaro respondeu: “Na semana anterior ao final, Amy disse que ela iria para Princeton por pelo menos três meses e isso o ajudou a começar omeçar a pensar em onde ele está neste relacionamento. amento. Isso já estava em sua mente e então, uma vez que apresentamos outra mulher se aproximando, do, isso ajudou a clarear ainda mais as coisas para ele”. fonte: omelete.com
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heldon Lee Cooper é um personagem da série The Big Bang Theory interpretado pelo ator Jim Parsons e que ganhou o coração do público com seu temperamento excêntrico e sua inteligência. O sucesso dele foi tão grande que decidiram criar um spin off para contar sua história antes que se tornasse um físico teórico. O cientista foi um jovem inteligente demais para a idade, e é justamente esse o tema de Young Sheldon. O spin off irá focar na infância de Sheldon, quando tinha apenas nove anos de idade. Ele será interpretado pelo ator Iain Armitage (Big Little Lies). Já sua mãe, a fervorosa cristã protestante Mary Cooper, será vivida por Zoe Perry (Scandal). Na série original, quem dá vida à personagem é Laurie Metcalf. Quem dirigiu o episódio piloto foi Jon Favreau, também responsável por Mogli: O Menino Lobo. A nova série deve mostrar todas as referências usadas por Sheldon em The Big Bang Theory, como os avós do personagem e seu relacionamento com seus irmãos e pais em Galveston, no Texas. Ela também deve chegar a mostrar quando o personagem vai para a universidade, aos 13 anos. Para fortalecer a ligação entre as séries, Jim Parsons será o narrador pela perspectiva do Sheldon adulto. Young Sheldon estreia nos EUA no dia 25 de setembro, assim como a série da qual foi derivada, com um episódio duplo, e depois começará a ser exibida a partir do dia 2 de novembro após um episódio inédito de The Big Bang Theory.
fonte: onelete.com
THE YOUNG SHELDON S
SETEMBRO |21 | 21
7ª TEMPORADA DE AMERICAN HORROR STORY Série já abordou diferentes temas como: bruxas, circos e mansões mal assombradas, mas agora vai tomar um rumo um pouco mais político. A sétima temporada será baseada na eleição presidencial de 2016.
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Alexandra Breckenridge foto: omelete.com
Palhaço Twisty foto: omelete.com
AMERICAN HORROR STORY é uma série de horror-drama criada e produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk. Descrita como uma série antológica, cada temporada é concebida como uma história independente, seguindo um conjunto de personagens e ambientações distintas, e um enredo com o seu próprio “começo, meio e fim.”. A sétima temporada de American Horror Story continua envolta em mistério. Não se sabe qual exatamente é o seu tema, mas Ryan Murphy, deu alguns detalhes sobre a nova temporada. O co-criador revelou que estão na metade do roteiro e ainda não escolheram os atores que irão representar Clinton e Trump. “Mas é muito, muito divertido. Começa na noite da eleição e tudo o que posso dizer é… é uma noite assustadora para muitas pessoas. É divertido, vocês vão gostar. É uma temporada que muitos vão se interessar e acho que há algo para todos”, explicou o showrunner. Ainda revelou que os dois políticos aparecerão na temporada, mas não serão o foco. E Sarah Paulson não interpretará Clinton, mas será a protagonista. Em adição, Murphy explicou como será o início do novo release. Os primeiros dez minutos da temporada ocorrem de uma forma muito macabra e perturbadora durante a noite das eleições. Algo terrível acontece na vida dos protagonistas na noite da eleição à medida que eles veem que tudo está desmoronando. Então isso é uma história de horror sobre uma história de horror. Foi divulgado que as gravações, que foram inciadas no fim do mês de março, envolveram neve falsa, um caminhão de sorvetes e corpos. Uma das imagens veiculadas das filmagens foi compartilhada pelo ator Trevor Donovan (mais conhecido por participar da série 90210). Ainda não foi conformado se ele fará parte do elenco, apesar de que o ator tenha revelado morar na mesma rua onde as filmagens estão acontecendo.
RESUMO DAS TEMPORADAS ANTERIORES A primeira temporada, intitulada American Horror Story: Murder House, ocorre nos dias atuais e é centrada na família Harmon, que se muda para uma mansão restaurada, sem saber que a casa é assombrada pelos seus antigos habitantes. A segunda temporada, intitulada American Horror Story: Asylum, ocorre no ano de 1964 e segue as histórias dos pacientes, médicos e freiras que ocupam uma instituição para criminosos insanos. A terceira temporada, American Horror Story: Coven, volta aos dias atuais, na cidade de Nova Orleans, e exibe os acontecimentos num clã de bruxas originadas de Salém e do vodu. A quarta temporada, American Horror Story: Freak Show trata de um espetáculo de aberrações na cidade de Jupiter, Flórida, em 1950. A quinta temporada, American Horror Story: Hotel, estreou em outubro de 2015 e é ambientada em um hotel macabro. A sexta temporada, American Horror Story: Roanoke, aborda a história do casal Shelby Miller (Lily Rabe/Sarah Paulson) e Matt Miller (André Holland/Cuba Gooding Jr.) que se mudam de Los Angeles para uma casa em Roanoke Island, na Carolina do Norte. Assim que o casal se instala, ocorrências estranhas e paranormais começam a assombrá-los.
SETEMBRO | 23
OUTUBRO
A RESPOSTA CRÍTICA DE MR. ROBOT
A
série de Sam Esmail vem para sua terceira temporada no mês de outubro. Então, para convencê-lo a assistí-la, aqui está uma resposta critica sobre as duas primeiras temporadas da série. A primeira temporada de Mr. Robot recebeu aclamação da crítica. No Rotten Tomatoes, teve uma classificação de 98%, com base em 53 avaliações, com uma classificação média de 8.3/10. O consenso do site diz: “Mr. Robot é um suspense ciber-thriller com histórias oportunas e uma premissa intrigante e provocadora”. Estabeleceu um recorde no Rotten Tomatoes como o único show a ganhar pontuações de episódios perfeitos durante uma temporada inteira desde que o site começou a rastrear episódios de televisão. No Metacritic, a primeira temporada marcou 79 em 100, com base em 23 críticas, indicando “revisões geralmente favoráveis”. No The New York Times, Alessandra Stanley observou que “Ocupar Wall Street, o movimento de protesto que entrou em erupção em 2011, não fez muito para conter o setor financeiro. Ainda não morreu. Foi Hollywood”, antes de encontrar Mr. Robot ser, “uma nova série intrigante. um thriller cibernético infundido com um pessimismo escuro, quase niilista sobre a internet, o capitalismo e a desigualdade de renda. E isso o torna divertido”. O revisor oficial do Daily Telegraph, Michael Hogan, deu ao show cinco estrelas, achando que a série é uma mistura de Matrix com Clube da Luta e Robin Hood. Mr. Robot criou uma lista de críticas para os melhores programas de TV de 2015. Três críticos, Jeff Jensen de Entertainment Weekly, Rob Sheffield da Rolling Stone e a equipe do Guia de TV, o chamaram de melhor show do ano. A série também ficou em segundo lugar na lista de outros três críticos, e foi nomeada entre as melhores do ano de outros quatro críticos.
fonte: omelete.com
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SEGUNDA TEMPORADA No Rotten Tomatoes, tem uma pontuação de 94%, com base em 32 avaliações, com uma classificação média de 8.1/10. O consenso do site diz: “Uma narrativa única, um tom mais escuro e oportunidades desafiadoras para o seu forte elenco que empurram Mr. Robot ainda mais para um território de televisão inexplorado”. No Metacritic, tem uma pontuação de 81 em 100, com base em 28 críticos, indicando “aclamação universal”. Sonia Saraiya, da Variety, elogiou o desempenho de Rami Malek e escreveu: “São os olhos com alma de Malek e o pathos silencioso que dão ao Mr. Robot seu calor inesperado, enquanto o espectador é atraído para o caos e a confusão de Elliot. Tim Goodman, do Hollywood Reporter, elogiou a direção de Sam Esmail.
ENTREVISTA COM
millie bobby brown A Eleven de Stranger Things
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Millie Bobby Brown foto: It Goes Magazine
M
illie Bobby Brown, 13, é uma atriz britânica nascida em Marbella na Espanha. Mais conhecida por seu papel como Eleven na série Stranger Things, a atriz mirim, começou sua carreira como protagonista do show aos 11 anos. A britânica deu uma entrevista a Aaron Paul, o Jesse de Breaking Bad, contando sobre sua experiência ao engressar na série. Alguns amigos e eu temos um chat em grupo e discutimos sobre Stranger Things e o quão legal a Eleven é. Você recebe isso muito? As pessoas estão parando você na rua? Sim, um pouco. Meu cabelo cresceu e eu literalmente acabei de começar a usar óculos de grau. Então, eu pareço muito o oposto da Eleven, mas as vezes eu sou reconhecida no avião, ou nos aeroportos. É sempre muito legal ver a perspectiva dos fãs. É incrível. Como se sente por interpretar, o que eu acredito que seja, um dos maiores personagens que já agraciou as telas? Incrível. É, na verdade, impressionante ouvir isso de outro ator. Sabe, é algo do tipo - impressionante da melhor maneira, eu acho. Obviamente eu estou muito agradecida por isso. Eu tive a sensação, de que eu eu mesma, [os co-criadores] os irmãos Duffer e toda o elenco, todos sabíamos onde queríamos alcançar com esse show. Como foi o processo de audição para o papel? Eu estava na Inglaterra, naquela época. E fiz a gravação da audição; eles nos deram essa compilado de Os Goonies, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, Poltergeist, essas coisas. Parecia o nosso trailer em que deveríamos basear nossos personagens. E a minha personagem foi baseada em E.T. Eu achei muito legal. Eu me apaixonei imediatamente por toda a experiência em si: raspar minha cabeça, o script, minha personagem. Foi tudo fenomenal.
26| OUTUBRO
Eu cresci assistindo filmes como E.T., Conta Comigo, Chamas da Vingança, e Os Goonies. O show inteiro pareceu uma carta de amor, uma homenagem a esses filmes. Então, foi intencional? Sim, mas também queríamos ter certeza de que nós não estamos explorando demais o Stephen King e Steven Spielberg. [risos] Nós queríamos respeitá-los enquanto nós fazíamos um projeto individual. Mas eles, definitivamente, nos inspiraram. O que eu mais adoro nesse show é que ocorre nos anos 80, no tempo em que as crianças brincavam nos bairros em suas bicicletas. Não tinham celulares nas mãos, as cabeças delas estavam para cima. Você é viciada em tecnologia? Eu sou completamente o oposto [das crianças da minha idade]. Eu conseguiria viver sem meu celular. Algo que eu adoraria ter é a experiência de ter a liberdade de uma criança dos anos 80. Mesmo quando nós estávamos filmando nós não usávamos os celulares, estávamos um pouco inspirados por isso! Eu amo a praia e explorar a natureza, então eu gosto de ficar longe do meu celular o máximo possível. Seus pais estão orgulhosos? Eu tenho outros três irmãos e irmãs, então é muito igual — mesmo quando eu fico um pouquinho pretenciosa, o que eu normalmente fico. Meu irmão me da uma chave de braço e diz que eu não sou uma celebridade naquela casa. Eu fico mais descontraída. Eu encontrei muito vídeos incríveis de você cantando no Youtube. Você tem uma voz linda! Quando você começou a cantar? Eu comecei a cantar antes de começar a falar. E essa é a mais pura verdade. Eu acho que isso é algo que eu sempre amei fazer, mesmo quando eu não era boa. Eu amo baladas. Eu, na verdade, tenho uma audição terrível em um dos ouvidos. Eu sempre achei que não poderia cantar por causa dos meus ouvidos, mas aí eu pensei ‘Por que não postar e compartilhar isso com o mundo?’.
Você alguma vez cantou no set? Você já ouviu Gaten [Matarazzo, que intepreta Dustin] cantar? Sim, ele tem uma voz fenomenal. Sabe, ele esteve na Broadway por, eu acho, um ano. Foi tipo, ‘Wow! Eu sou de Londres; eu nunca tive aula de canto na minha vida.’ E ele foi à nossa casa em Atlanta, e eu nós amamos praticar harmonia juntos. Foi muito legal encontrar alguém nessa indústria que ama cantar. Esse é um grande vínculo que temos, Gaten e eu. Também o Caleb [McLaughlin, que interpreta Lucas] ama cantar. Voltando para Stranger Things: Quando eles lhe contaram que queriam que você raspasse sua cabeça? Na verdade, eles foram muitos espetos. Eu recebi a ligação [após as audições] e tivemos uma reunião via Skype, e não tinha nada sobre raspar a cabeça! E então eu voei a Los Angeles e então eles disseram ‘Você está pronta?’ e eu respondi ‘Pronta para o quê?’, eu estavam ao lado de
Finn [Wolfhard, que interpreta Mike Wheeler], e Ross Duffer veio até mim pôs a mão na cabeça e disse ‘Bzzzzzzzzz’. Minha mãe estava tipo, ‘Não! Isso não vai acontecer’. Eu respondi ‘Mãe. Você precisa relaxar; vai crescer outra vez’. Minha mãe foi contra, mas meu pai e eu estavamos tranquilos. Hoje foi a quingentésima vez que alguém me chamou de garoto, e eu estou super tranquila com relação a isso. Agora, Eleven consegue mover as coisas com a mente. Você já tentou fazer esse tipo de coisa? Ah, sim! O tempo todo. Eu sempre quis ser igual a Matilda. Mas nunca funciona, obviamente. Mas eu amaria poder ser tipo ‘Eu vou virar uma van hoje!’. Eu tenho uma piada constante com [diretor] Shawn Levy, ele diz ‘Bem, Millie.
Millie Bobby Brown foto: divulgação
Você pode mover as coisas com a sua meeeente’, ele dizia isso todos os dias. Então, eu não torturo as pessoas mentalmente — Eu torturo fisicamente. Você tem algo em comum com a Eleven? Se você conhece-la, acho que ela é muito atenciosa e protetora. E essa é a única característica com a qual eu realmente poderia me identificar com ela. Eu provavelmente diria que eu sou muito forte, se alguém diz algo ruim pra mim eu não ligo, deixo pra lá. Com a Eleven, as pessoas a chamam de esquisita e ela realmente não liga. Ela é muito fodona, e eu acho que quando eu quero eu também posso ser. Ok! Eu só tenho mais algumas perguntas rápidas. Em uma escala de zero à dez, qual é o seu amor por waffles? [pausa longa] Uhhhh. Quer saber? Eu vou dizer zero. Eles são nojentos. Eu gostei no começo, eu dizia ‘Oh! Isso não é tão ruim’, mas foi a quantidade de vezes que eu fiz aquilo — sete ou oito vezes. No começo nós tínhamos blueberry e eu achei legal e então, depois, eu estava pedindo um balde, achando que ia vomitar. Agora, só mais uma coisa, e então eu deixo você ir. Você acabou de fazer o papel da sua vida. Tem mais algum papel que você sonha fazer? Sabe, na minha cabeça, eu divido por gêneros, e a Eleven é o papel de uma vida para sci-fi. O meu sonho agora é estar no meu primeiro filme. Tudo o que eu quero é fazer meu primeiro filme, e então minha vida estará completa. Eu perdi muitos papéis — O Bom Gigante Amigo, tudo.
OUTUBRO | 27
EXTRAS
reportagem
PERSONAGENS MAIS HUMANOS COMO OS ESTÚDIOS MURARAM SUA VISÃO
fonte: omelete.com
P
roduções como “Breaking Bad” desenvolvem nova relação entre espectador e personagem e criam versão moderna de entretenimento familiar. O número de fãs de produções como Homeland, Breaking Bad e House of Cards mostra que suspenses ou dramas que se arrastam por diversas temporadas aos poucos estão substituindo na preferência do telespectador aquelas longas e arrastadas novelas ou aqueles seriados com risadas ao fundo. Ao contrário dos filmes, que normalmente só oferecem entre 90 e 120 minutos para a construção de um relacionamento com os principais personagens da narrativa, as séries permitem que o público os acompanhe por um período prolongado – abrangendo meses, até anos. Os personagens das séries se tornam amigos, parentes, pseudoamantes. Enquanto os filmes são um produto que é desfrutado como parte da vida social, as séries se tornaram a própria vida social – uma versão moderna de entretenimento familiar. E o quanto mais perto chegarmos de um personagem, mais humano – e capaz de transcender barreiras culturais – eles se tornam. “Tudo começou com Twin Peaks”, diz o escritor Jürgen Müller, autor de um livro sobre as melhores séries de TV dos últimos 30 anos.
COM TWIN PEAKS
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Aaron Paul e Bryan Cranston foto: Ben Leuner, fotografo profissional
Segundo ele, para compreender a mudança nas séries televisivas, é preciso realmente analisar mais afundo a série, vencedora de um Emmy e um Globo de Ouro e que, após apenas duas temporadas no início dos anos 1990, está atualmente celebrando o seu retorno às telas. Twin Peaks seguiu o peculiar caso do assassinato de Laura Palmer e escancarou as relações complexas numa pequena cidade no noroeste dos Estados Unidos. Foi o primeiro seriado comandado pelo renomado diretor David Lynch, que é particularmente conhecido pelos filmes Veludo azul e O homem elefante. “O que se tornou importante agora é criar personagens críveis com desafios realistas. Os protagonistas já não são completamente bons ou completamente maus. O lado obscuro da natureza humana está, portanto, muito mais envolvido nestas novas produções, que evoluíram muito desde o início da década de 90”, diz Müller.
Sertan Sanderson
artigo
A EVOLUÇÃO DAS SÉRIES A HISTÓRIA DA TV
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TV conquistou bem rápido um lugar de destaque na vida da população desde que surgiu. Nos EUA, a cultura televisiva se tornou um dos traços mais marcantes da sociedade. De acordo com a pesquisadora, apesar da chegada da televisão entre 1945 e 48, foi no período entre 1958 até 71 que ela passou por importantes transformações, que moldaram a forma como conhecemos a televisão hoje em dia. Segundo o pesquisador Gilberto Silva Jr (2005), foi a partir desse período que se configuraram os formatos de programas que conhecemos ainda hoje e foi quando a televisão conquistou sua hegemonia. Nessa época, começaram a surgir diferentes formatos de séries, como os sitcoms (comédias de situação), como A Feiticeira (Bewitched) e Jeannie é um Gênio (I Dream of Jeannie), séries cômicas, como Agente 86 (Get Smart), e seriados de ficção científica, estimulados pela corrida espacial, como Além da Imaginação (Twilight Zone), Jornada nas Estrelas (Star Trek) e Perdidos no Espaço (Lost in Space). (FURQUIM, 2011) Segundo Gilberto Silva Jr (2005), na década de 1950, os temas dos seriados reforçavam o conservadorismo americano da época, ressaltando a sociedade patriarcal, valores femininos no ambiente doméstico e o patriotismo, comum à sociedade americana. Algumas séries tiveram papéis importantes nas décadas de 80-90 como Seinfeld, que possuía uma fórmula pioneira, com roteiros muito elaborados, ritmo ágil e, ignorando a correção política e o moralismo, o seriado deixou marca em tudo o que foi feito em matéria de sitcom nos anos seguintes. De acordo com Silva Jr, o fator que explica a importância e a popularidade das séries americanas no mundo é a qualidade, além de um leque de temas muito maior: “Programas a seu modo inovadores, que parecem conjugar roteiros inteligentes e até mesmo alguns graus de experimentalismo”.
foto: Netflix
Paola Candian
Old TV fonte: Adobe Stock
De acordo com a pesquisadora, as séries brasileiras não possuem formatos originais, eles são importados dos EUA. É o que acontece, por exemplo, com Sai de Baixo, uma das 32 séries nacionais que fizeram mais sucesso no Brasil. Era uma sitcom em que o roteiro era adaptado para a realidade brasileira, mas todo o modelo era um enlatado das comédias americanas. O advento da internet possibilitou aos fãs mais uma ferramenta para o aprofundamento em suas séries favoritas, para o conhecimento de novos seriados e também uma alternativa para assistir estes produtos quando a TV já não acompanha a demanda desse público. Gradativamente, a televisão também passou a utilizar a internet como ferramenta para acompanhar as necessidades dos telespectadores atuais. A organização dos fãs na internet possibilitou a existência de um fluxo mais intenso de informações sobre produtos de entretenimento, de exibição desses produtos e um maior conhecimento por parte do público sem a necessidade do papel dos estúdios e emissoras de TV. A internet se tornou um dos principais canais para veiculação de seriados - entre outros formatos de programas de entretenimento - e de divulgação desses produtos. EXTRAS | 29
CARTA AO LEITOR
Caros leitores, nos últimos anos, séries como Game of Thrones e The Walking Dead, arriscaram-se investindo pesado, não só em altos salários de famosos atores de Hollywood, mas investindo em roteiro, produção, maquiagem, mas principalmente em efeitos especiais. Essas séries proporcionaram ao mundo uma visão diferente desse meio, mostraram aos grandes estúdios que séries podem sim ser rentáveis, que podem sim ser tão boas, ou ainda melhores, que filmes. Foi a partir desse pensamento que me inspirei para essa revista, e para essa edição, especialmente, pois como matéria principal trouxe a maior responsável por essa mudança de visão dos mundos das séries. A Seriando é justamente para todos aqueles que guardam aquele dia para seriar aquelas temporadas que esperaram quase, ou mais, de um ano para assistir. Espero, de verdade, que ao menos uma dessas séries vocês usem aquele tempo de sobra para seriar, pois o maior objetivo da Seriando é trazer novidades sobre aquelas séries lá, bem aquelas séries que nós viramos a internet do avesso para saber cada detalhe.
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