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clapperboard TUDO SOBRE O CINEMA ANTIGO E ATUAL

05 DE DEZEMBRO, 2013

Nº 007

ED. 01

R$ 11,75

TRAJETÓRIA DO BRASIL POR TRÁS DA CÂMERA

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Página 14

Página 04

LET'S TALK?

Página 30

LIGHT, CAMERA, DANCE

Página 36

ACTOR OR...?

Página 52

NEW AND EXPECTED

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EXPEDIENTE

ÍNDICE

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Tudo sobre o cinema antigo e atual

Editor: Elisabete Huller Juana Olaya Projeto gráfico-editorial: Elisabete Hulle Juana Olaya Seleção e tratamento de imagens: Elisabete Huller Juana Olaya Editoração: Elisabete Huller Juana Olaya Colaboradores: Cáttia M. V. Huller Jeann Santiago Assessoramento: Bruno Campos Ildo Golfetto Israel Braglia Juliana Shiraiwa Marta Braga. Formato: 20 x 24 cm Fontes tipográficas: Swis721 BlkCn Bt Minion Pro Trade Gothic LT Std Caecilia LT Std Papel: Couchê 90g (conteúdo) Couchê 180g (Capa) Impressão: Off-set

LET’S TALK?

Festival de Gramado

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HISTORY

Top 6 Cenas Marcantes do Cinema Infográfico Trajetória do Brasil por trás das câmeras

08 12 14

FESTIVALS

Festival de Cannes Festival de cinema de Gramado

20 22

O maior festival a céu aberto do mundo

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WHO WIN?

Oscar 2013 Grande Prêmio do Cinema Brasileiro LIGHT, CAMERA DANCE

The Black Crook

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AND

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ACTOR OR...?

O homem de mil faces

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SEE OR NOT SEE?

Cannibal Holocaust The Serbian Film

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EYES ON THIS

Nem tudo é tão bom em Hollywood

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Os atores mais bem pagos do mundo As atrizes mais bem pagas do mundo Por trás da telinha Coisas que você nunca imaginou

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NEW AND EXPECTED

The Hobbit

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*** Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, desenvolvido pelo(a)(s) aluno(a)(s) NOME(S) como exercício de projeto editorial para a disciplina de Projeto Gráfico II do curso de Design Gráfico da Faculdade Energia no semestre de 2013-2. Não será distribuído, tampouco comercializado.

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LET’S TALK? Entrevista com o elenco e o diretor de Star Trek -Além da escuridão, JJ Abrams.

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“Que o filme funcionasse sozinho, como um filme. Que, para apreciá-lo, não fosse preciso ter visto o filme de 2009, ou até mesmo alguma interação da série de TV.” J.J. Abrams Entrevistamos o diretor e também parte do elenco de “Star Trek - Além da escuridão” para sabermos o ponto de vista dos personagens sobre a trama do filme e o que J.J. Abrams queria passar com sua mais nova produção.


“A ideia era contar uma história que fosse relevante, ligada a assuntos atuais. Como quando seguir as regras não é o certo a fazer? O que acontece quando, querendo prevenir um ataque, você se torna tão violento quanto o inimigo?” diz J.J. Abrams sobre o filme. “Além da Escuridão - Star Trek” começa acelerado e rapidamente envereda pelo rumo sombrio do título, que encobre até o confiante Capitão Kirk. “Ele era um cabeça-quente”, comenta Chris Pine. “Mas depois de 15 minutos neste filme ele é a pessoa mais cheia de dúvidas”. Zachary Quinto, o Sr. Spock também comenta que a sequência é ambiciosa. “Eu me lembro de ir lendo o roteiro e ficar cada vez mais empolgado, entusiasmado com a dimensão, a ambição do projeto”, diz.

SINOPSE PARA ALGUÉM QUE NÃO TENHA VISTO O FILME, OU NEM ASSISTIDO AO TRAILER, AQUI ESTÁ A

“Alguns dos meus momentos preferidos são os que eu tento fazer J.J. rir, espero que isso apareça na tela” diz Chris Pine, “Mas com todo o humor que há, a jornada de Kirk é em direção à maturidade, crescer, encontrar humildade.“ “Eu queria que uma parte dele se passasse na Terra. Porque é muito fácil esquecer, negligenciar a Terra quando se trata do universo de “Star Trek”, e a Terra no futuro é algo que me fascina. Eu me lembro que no primeiro havia uma cena em que naves partiam de San Francisco e eu imediatamente pensei: Quero ver isso de novo, quero mais disso… Como San Francisco será no futuro?” “Era importante para mim estabelecer a Terra do futuro para entender o drama em outros planetas… E computação gráfica, hoje, cria arquitetura maravilhosamente. Mesmo em Imax, é absolutamente perfeito.”

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Quando a tripulação da Enterprise é chamada de volta para casa, eles descobrem que uma força de terror incontrolável, de dentro de sua própria organização, detonou a frota e tudo aquilo que ela representa, deixando nosso mundo em situação de crise. Tendo contas pessoais a ajustar, o Capitão Kirk lidera uma caçada humana em um mundo em zona de guerra para capturar um homem que é por si só uma arma de destruição em massa. Na medida em que nossos heróis são lançados em um jogo de xadrez épico de vida ou morte, o amor será contestado, amizades serão rompidas e sacrifícios terão que ser feitos pela única família que Kirk ainda possui: sua tripulação.

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E AQUELE COMEÇO DO FILME… COMO VOCÊ CHEGOU ÀQUELA ESCOLHA? Abrams Foi uma ideia de todos nós, roteiristas. Todos nós temos uma ponta de inveja dos filmes de James Bond… Queríamos que o filme começasse a mil por hora, como se fosse o meio de outro filme que não chegamos a fazer… Ou ver… Igual a James Bond! COMO É VOLTAR NOVAMENTE AO PERSONAGEM E À ENTERPRISE?

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Chris Pine “É sempre um prazer. Eu adoro este grupo de pessoas, somos todos amigos longe das câmeras. Espero que esse relacionamento que temos fora do set transpareça quando as câmeras estão rodando… Acho que conheço Kirk bem melhor, agora. Ele era um cabeça-quente no primeiro filme, sempre em busca de uma confusão, superconfiante, teimoso, arrogante. Mas depois de quinze minutos neste filme ele é a pessoa mais cheia de dúvidas, mais frágil, mais vulnerável possível. Eu acho muito mais empolgante e interessante viver um herói mais frágil. O caminho de Kirk neste filme é mais emocional, e eu adoro isso.” Zachary Quinto “Eu estive longe desse universo durante quatro anos, estava um pouco ansioso para voltar. Acho que todos nós estávamos. Tínhamos enorme curiosidade em saber o que J.J. e Alex (Kurtzman) e Bob (Orci) e Damon (Lindelof) tinham tramado para a história, que direção eles iam tomar… De cara eu vi que ia ter que me preparar muito melhor. Spock tem muito mais ação física neste filme. Isso foi bom --eu fiquei muito mais consciente do meu corpo, e isso é sempre ótimo para compor personagens. Pude habitar Spock com muito mais facilidade, mesmo tendo passado tanto tempo longe dele.”

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ONDE VOCÊ IRIA “AUDAZMENTE, ONDE NUNCA FOI ANTES”? Abrams “Ao futuro. Eu sou fanático por tecnologia, por gadgets, por soluções. Tenho uma tremenda curiosidade a respeito de tudo o que será possível no futuro. Especialmente na encruzilhada entre tecnologia e criatividade.” Pine “Para o espaço. Eu adoro ciência e sempre sonhei viajar pelo espaço. Mas eu preferia que a velocidade warp realmente existisse. Se não fosse possível, à Broadway. Adoraria fazer uma peça na Broadway. Fiz um pouco de teatro em Los Angeles e quero muito fazer mais.” Quinto “Para a Índia. É um lugar que reflete todos os aspectos da humanidade, a luz e a sombra, a beleza e o horror, uma experiência riquíssima, cercada de miséria. Vivemos uma vida muito urbana e muito confortável e acho que seria bom uma imersão em algo completamente diferente.

OPINIÕES Abrams e seus roteiristas Roberto Orci, Alex Kurtzman e Damon Lindelof fizeram com que eu saísse totalmente satisfeito do cinema, afinal este era um dos filmes mais esperados do ano por mim.

Murilo Lima - blogueiro

Indo bravamente onde nenhum filme de ação/ aventura foi neste ano.

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Silvio Pilau - blogueiro

HAVIA ALGO EM ESPECIAL QUE VOCÊ FAZIA QUESTÃO DE INCLUIR NO FILME? Abrams “Eu queria que uma parte dele se passasse na Terra. Porque é muito fácil esquecer, negligenciar a Terra quando se trata do universo de “Star Trek”, e a Terra no futuro é algo que me fascina. Eu me lembro que no primeiro havia uma cena em que naves partiam de San Francisco e eu imediatamente pensei: Quero ver isso de novo, quero mais disso… Como San Francisco será no futuro?” “Era importante para mim estabelecer a Terra do futuro para entender o drama em outros planetas… E computação gráfica, hoje, cria arquitetura maravilhosamente. Mesmo em Imax, é absolutamente perfeito.”

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HISTORY

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TOP 6

CENAS MARCANTES DO CINEMA Alguns dos momentos que mudaram a história de filmes e que não estavam previstas pela equipe de produção Alguns atores são realmente bons quando improvisam. Mas alguns deles são capazes de entrar com tudo na vida do personagem e passam a agir e pensar como a pessoa que estão interpretando na hora das filmagens. É daí que surgem alguns dos melhores momentos de improvisos. Seguem alguns dos momentos mais famosos das telonas que, na verdade, não eram previstos por roteirista, diretor e atores.


Batman - O Cavaleiro das Trevas O Poderoso Chefão (1972) (2008)

Uma das cenas mais conhecidas e impressionantes na história da carreira de Heath Ledger foi na pele do Coringa. No entanto, poucas pessoas sabem que a batida de palmas feita de forma lenta na cadeia foi uma brilhante improvisação do ator, que no momento da cena, se sentiu imerso no espírito do personagem. Outra cena em que Heath Ledger surpreendeu a produção foi no momento da explosão do hospital. A sequência exigia que o ator apenas seguisse seu caminho até o ônibus enquanto a explosão continuava, porém, o ator optou por para no meio do caminho e brincar com o intervalo entre uma explosão e outra, fingindo que o disparador havia emperrado.

Vito Corleone (Marlon Brando) é muito mais do que a cabeça de coração frio na poderosa família da máfia italiana e essa característica fica bastante clara na cena em que ele discute a morte de um homem como retaliação ao espancamento de uma jovem.

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Enquanto fala tranquilamente sobre as crueldades a serem feitas, ele acaricia um gato, o que aumenta o tom “macabro” da situação. O fato é que o gato nunca esteve no roteiro. Alguns relatos dizem que Coppola teria lançado o felino nas mãos de Brando no momento em que a filmagem começou. Outros garantem que o ator havia encontrado o animal pelo set e simplesmente não largou o bichano na hora da cena.

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Uma Linda Mulher (1990)

Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca (1980)

No que vem a ser uma das mais famosas cenas do filme, Edward Lewis (Richard Gere) presenteia Vivian Ward (Julia Roberts) com um colar. Ela, com curiosidade, toca a joia. No momento da filmagem, Richard Gere improvisou e, em uma brincadeira com a colega, ele fecha a caixa na mão de Julia Roberts.

Quando Han Solo (Harrison Ford) está prestes a ser congelado, Princesa Leia, (Carrie Fisher) faz a revelação sobre seu grande amor pelo personagem. O roteiro original pedia que a resposta dele para o “Eu te amo” fosse “Eu também te amo”. No entanto, Ford ignorou o roteiro e respondeu com um frio “Eu sei”.

A reação genuína e risada sincera da atriz foi tão encantadora, que o diretor Garry Marshall se apaixonou pela sequência e colocou as imagens no filme. Alguns críticos garantem que foi exato momento que fez a América se apaixonar por Julia Roberts.

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RoboCop (1987)

Quando Clarence Boddicker (Kurtwood Smith) é levado ao distrito policial, ele cospe uma enorme (e nojenta) bola de sangue no papel, seguido pela fala “Me de o meu maldito telefonema!”. Smith e o diretor Paul Verhoeven haviam discutido sobre a cena, mas o ator se esqueceu de avisar sobre o “elemento extra”. A improvisação agradou o diretor, que mandou a cena para a montagem final.

Débi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994)

A cena da viagem de carro é, sem dúvidas, um ótimo exemplo do quanto a dupla de amigos pode ser inconveniente. Mas, o que muita gente não sabe é que a brincadeira sobre “o som mais irritante do mundo” foi improvisada por Jim Carrey – e seguida com naturalidade por seus colegas de cena.

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História d omas Edison inventou o Cinetógrafo e posteriormente o Ci ne tos cóp io (�g ura acima). O cinetoscópio não projetava o �lme.

No Salão Grand Café, em Paris, os irmãos Lumière apresentaram o Cinematógrafo. Em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária.

Duran pratic Char pione

12 ágico O Maravilhoso M Marilyn Monroe se destaca e th h it w e on G de Oz e o como atriz e símbolo sexual. es or ai m os Wind foram e êxitos do cinema. Orson Welles lançou um �lm de com inovações como ângulos . �lmagem e narrativa não linear r Ca sa bla nc a se de sta co u po retratar a época da guerra.

Inicia-se �lmes de

O maior cinema do mundo �ca nas A de tamanho, exibe �lmes em 3D, e sua imagens são exibidas de todos os lado CLAPPERBOARD


do Cinema George Méliès, pioneiro em alguns efeitos especiais.

urante 30 anos os �lmes eram raticamente silenciosos. harles Chaplin foi um dos ioneiros do cinema mudo.

a-se a série de s de 007.

Warner Brothers introduziu o sistema de som Vitaphone. e Lights of New York foi o primeiro �lme com som totalmente sincronizado.

Irmãos La�tte criaram os �lmes com a intenção de levar as classes mais altas ao cinema.

13 A era teen avança com Guerra nas Estrelas. Os Embalos de Sábado á Co ns ag rou no me s co mo Noite alimentou a febre das Ste ven Sp iel be rg, Ma rti n discotecas. Scorsese e outros. Guerra nas Estrelas, Indiana Jones e De Vo lta pa ra o fut ur o, foram trilogias marcantes.

Sharon Stone cruza fatalmente suas pernas em Instinto Selvagem. Forrest Gump apresenta um astro de�nitivo, Tom Hanks.

s Arábias, ele é duas vezes o maracanã sua projeção acontece em 360º, isto é as dos, até no piso em full HD. CLAPPERBOARD


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TRAJETÓRIA DO BRASIL POR TRÁS DA CÂMERA Um imenso mercado de entretenimento é montado em torno da capital federal no início do século XX, quando centenas de pequenos filmes são produzidos e exibidos para platéias urbanas que, em franco crescimento, demandam lazer e diversão. Nos anos 30, inicia-se a era do cinema falado. Já então, o pioneiro cinema nacional concorre com o forte esquema de distribuição norte-americano, numa disputa que se estende até os nossos dias. Dessa época, destacam-se o mineiro Humberto Mauro, autor de “Ganga Bruta” (1933) filme que mostra uma crescente sofisticação da linguagem cinematográfi-

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ca – e as “chanchadas” (comédias musicais com populares cantores do rádio e atrizes do teatro de revista) do estúdio Cinédia. A criação do estúdio Vera Cruz fundado em São Bernardo do Campo no final da década de 40, representa o desejo de diretores que, influenciados pelo requinte das produções estrangeiras, procuravam realizar um tipo de cinema mais sofisti-


Chanchada As chanchadas foram um gênero de filme brasileiro que teve seu auge entre as décadas de 1930 e 1950. Elas eram comédias musicais, misturadas com elementos de filmes policiais e de ficção científica. Quando o gênero chegou por aqui, a crítica nacional o considerava um espetáculo vulgar, por isso ele foi apelidado de chanchada - palavra de origem controversa, mas que pode ter surgido na língua espanhola, significando “porcaria”. A aversão dos críticos, no entanto, não prejudicou o sucesso de bilheteria desses filmes. Para conquistar o público, as primeiras produções apresentavam grandes astros do rádio, como Carmen Miranda e Francisco Alves. Mais tarde, a dupla de comediantes Oscarito e Grande Otelo iria se tornar a sensação dessas fitas. As chanchadas costumavam tratar de problemas do cotidiano e fazendo humor com uma linguagem de fácil compreensão.

cado. Mesmo que o estúdio tenha falido já em 1954, conhece momentos de glória, quando o filme “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, ganha o prêmio de “melhor filme de aventura” no Festival de Cannes. A reação ao cinema da Vera Cruz representa o movimento que divulga o cinema nacional conhecido para o mundo inteiro: o Cinema Novo. No início da década de 60, um

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1935 De Adhemar Gonzaga Alô, Alô, CarnavalL! 1949 De Watson Macedo Carnaval no Fogo 1959 De Carlos Manga O Homem o Sputnik

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grupo de jovens cineastas começa a realizar uma série de filmes imbuídos de forte temática social. Entre eles está Gláuber Rocha, cineasta baiano e símbolo do Cinema Novo. Diretor de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968), Rocha torna-se uma figura conhecida no meio cultural brasileiro, redigindo manifestos e artigos na imprensa, rejeitando o cinema popular das chanchadas e defendendo uma arte revolucionária que promovesse verdadeira transformação social e política. Inspirados por Nelson Pereira dos Santos (que, já em 1955, dirigira “Rio, 40 Graus” sob influência do movimento neo -realista, e que realizaria o clássico “Vidas Secas” em 1964)As décadas seguintes revelam-se a época de ouro do cinema brasileiro. Mesmo após o golpe militar de 1964, que instala o regime autoritário no Brasil, os realizadores do Cinema Novo e uma nova geração de cineastas – conheci-

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da como o “údigrudi”, termo irônico derivado do “underground” norte-americano – continuam a fazer obras críticas da realidade, ainda que usando metáforas para burlar a censura dos governos militares. Dessa época, destacam-se o próprio Gláuber Rocha, com “Terra em Transe” (1968), Rogério Sganzerla, diretor de “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) e Júlio Bressane, este dono de um estilo personalíssimo. Ao mesmo tempo, o público reencontra-se com o cinema, com o sucesso das comédias leves conhecidas como “pornochanchadas”. A fim de organizar o mercado cinematográfico e angariar simpatia para o regime, o governo Geisel cria, em 1974, a estatal Embrafilme, que teria papel preponderante no cinema brasileiro até sua extinção em 1990. Dessa época datam alguns dos maiores sucessos de público e crítica da produção nacional, como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto e “Pixote, a Lei do Mais


Fraco” (1980), de Hector Babenco, levando milhões de brasileiros ao cinema com comédias leves ou filmes de temática política. O fim do regime militar e da censura, em 1985, aumenta a liberdade de expressão e indica novos caminhos para o cinema brasileiro. Essa perspectiva, no entanto, é interrompida com o fim da Embrafilme, em 1990. O governo Collor segue políticas neoliberais de extinção de empresas estatais e abre o mercado de forma descontrolada aos filmes estrangeiros, norte -americanos em quase sua totalidade. A produção nacional, dependente da Embrafilme, entra em colapso, e pouquíssimos longas-metragens nacionais são realizados e exibidos nos anos seguintes. Após o cataclisma do início dos anos 90, o sistema se reergue gradualmente. A criação de novos mecanismos de financiamento da produção por meio de renúncia fiscal (Leis de Incentivo), juntamente com o surgimento de novas instâncias go-

vernamentais de apoio ao cinema, auxilia a reorganizar a produção e proporciona instrumentos para que realizadores possam competir, mesmo de modo desigual, com as produções milionárias das majors norte-americanas. Esse período é conhecida como a “Retomada” do cinema brasileiro. Em pouco tempo, três filmes são indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995), “O Que é Isso, Companheiro” (1997) e “Central do Brasil” (1998), também vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim.

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Nomes como Walter Salles, diretor de “Terra Estrangeira” (1993) e “Central do Brasil” e Carla Camuratti, diretora de “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (1995) tornam-se nomes conhecidos do grande público, atraindo milhões de espectadores para as salas de exibição.

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A indicação de Central do Brasil a duas estatuetas do Oscar dá novo impulso à retomada do cinema nacional. Os estúdios, passam então, a adotar estratégias mais agressivas de mercado, buscando associação com grandes distribuidoras americanas e a parceria da Globo Filmes, que intensifica sua presença como produtora. As grandes empresas ligadas ao setor passam a desenvolver planos de marketing para comercialização de alguns títulos nacionais, aproximando-se mais do planejamento utilizado no exterior.

Ouro e da British Academy of Film and Television Arts, além de um Leoncino D’Oro de Ouro no Festival de Veneza.

Em 2001, sob grande expectativa, chega às telas “Abril Despedaçado”, primeiro trabalho de Walter Salles depois do sucesso “Central do Brasil”. O longa é uma adaptação para as telas do livro homônimo do escritor albanês Ismail Kadaré, que chega a dizer que considera a fita melhor do que a obra original. “Abril Despedaçado” arrebatou os prêmios de melhor filme estrangeiro do Globo de

A polêmica acaba por contribuir para a repercussão do longa, assistido por mais de 3,2 milhões no Brasil. A obra também conquista público no exterior, tornandose a 3ª maior bilheteria de filme estrangeiro na Inglaterra. “Cidade de Deus” consegue ainda quatro indicações ao Oscar. O filme, porém, sai da premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood sem nenhuma estatueta.

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Além deste, “Cidade de Deus” explode nas telas do país. Amado e odiado, o filme nunca é visto com indiferença. Algumas críticas defendem que ele doura a violência com excelência técnica, enquanto outras apontam ali um retrato grandiloquente e inédito na produção nacional da tragédia da popolução dos morros cariocas acuada pelo tráfico de drogas.


Após anos, o público brasileiro que vai ao cinema ensaia fazer as pazes com as produções nacionais - que passam a responder por cerca de 20% dos ingressos vendidos no país. É um crescimento de 227%. Ajudam a turbinar o processo obras polêmicas como Carandiru, um longa baseado em livro do médico Drauzio Varella. O filme se torna campeão de bilheteria desde a retomada, com 4,7 milhões de ingressos vendidos.

cando a bilheteria relativa a alguns filmes americanos no país. Destrona ainda, “Carandiru”.

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Já em 2006, são lançados 73 filmes nacionais, o que é um recorde desde a retomada. Mas atrair público é difícil, apenas “Se eu Fosse Você” e “Didi, O Caçador de Tesouros” conseguiram superar a marca de um milhão de espectadores nas salas de cinema.

Cercado de polêmicas, “Tropa de Elite” foi a sensação em 2007. Estima-se que 11 milhões de pessoas assistiram à trama. No cinema o público é de 2,4 milhões. O longa revela um cenário de corrupção e violência generalizada no sistema de segurança pública ao mergulhar no cotidiano do BOPE. O filme recebeu Urso de Ouro Em 2005, um lançamento de forte apelo de melhor filme do Festival de Berlim. emocional marca os dez anos de retomada: “Os dois filhos de Francisco”. O longa O cinema brasileiro só vem crescendo e vende 5,2 milhões de ingressos, desban- melhorando. No rastro do sucesso dos anos anteriores, cinco produções conseguem romper a barreira dos seis dígitos em termos de bilheteria: “Olga”, “Sexo Amor e Traição”, “A Dona da História” e “Cazuza”. Este último, campeão nacional de público, com 3.082.348 ingressos vendidos.

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FESTIVALS

FESTIVAL DE 20

CANNES

Desde as suas origens, o Festival de Cannes é fiel à sua vocação fundadora: revelar e valorizar obras para servir a evolução do cinema, favorecer o desenvolvimento da indústria do filme no mundo e celebrar a 7ª arte a nível internacional.

“Cannes é um bem coletivo que cada um de nós, onde quer que se encontre e à sua maneira, constrói pedra a pedra, ano após ano. É ao não parar de o interrogar, ao deslocar a função e ao suscitar o comentário do mesmo que lhe prestaremos o melhor serviço. Solidamente fixada na sua história, Cannes pretende ser acolhedora face às novidades. O que não se lhe parece, enriquece-a: é por isso que o festival é o nosso festival”. Thierry Frémaux


do evento, a Palma de Ouro, foi “La vie d’Adele”, do diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche. O longa narra o despertar sexual e a paixão lésbica de uma adolescente por uma jovem de cabelos azuis. O filme ganhou o título em inglês de “Blue is the warmest colour”. “Nós nos sentimos privilegiados de assistir a esse filme, e não incomodados (...) É a história de um amor profundo, magnífico. O diretor usou uma narrativa ousada. Ficamos encantados com o filme, com as atrizes formidáveis. O diretor permitiu que as personagens realmente ganhassem vida”, declarou Steven Spielberg durante a entrevista coletiva à imprensa após a cerimônia de encerraCartaz do Festival de 2013. Fotografia tirada mento. durante a filmagem do famoso A New Kind of Love, de Melville Shavelson (1963). Abraçados e chorando no palco, as duas atrizes e o diretor agradeceram pela PalO Júri do 66º Festival de Cannes, presidi- ma, recebida pelo filme favorito no festido por Steven Spielberg, revelou o Palma- val, uma coprodução de Espanha, França rés durante a Cerimônia de encerramen- e Alemanha. to. Audrey Tautou acolheu Uma Thurman “Eu gostaria de dedicar (o prêmio) à bela no palco do Grand Théâtre Lumière para juventude que conheci, e também à outra entregar a Palma de Ouro - Palme d’or - juventude, por algo que aconteceu não ao melhor dos 20 filmes em Competição. faz muito tempo”, disse Kechiche ao receO ganhador do prêmio mais esperado ber o prêmio, emocionado.

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PRÊMIOS Palma de Ouro: “La vie d’Adele”, de Abdellatif Kechiche. Grand Prix: “Inside Llewyn Davis”, dos irmãos Coen. Melhor diretor: “Heli”, de

Amat Escalante. Câmera de Ouro (Para diretores estreantes): “Ilo Ilo”, de Anthony Chen. Melhor ator: Bruce Dern, de “Nebraska”.

Melhor atriz: Bérénice Bejo, de ‘Le passé”. Melhor roteiro: Jia Zhangke, de “A touch of sin”. Prêmio do júri: “Like father, like son”, de Hirokazu

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FESTIVAL DE CINEMA DE

GRAMADO Cinema Brasileiro e Latino

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Em 2013, o Festival de Cinema de Gramado modificou o formato de seu júri popular. Anteriormente formado por leitores de diversos jornais do Brasil, o júri, agora, é formado pelo público presente nas sessões do Festival. As votações aconteceram sempre nas exibições noturnas. No final de cada sessão, o público presente ganhava uma cédula e marcava sua nota, de 1 a 5. Fez-se, então, a média de cada filme para eleger os vencedores. Nessa nova fase, quatro filmes se consagraram. A coprodução Brasil/Argentina “A Oeste do Fim do Mundo”, de Paulo Nascimento, consagrou-se na mostra competitiva de filmes estrangeiros. “Acalanto”, de Arturo Saboia, foi eleito o melhor curta-metragem brasileiro. Já entre os longas brasileiros, o baiano “A Coleção Invisível”, de Ber-

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nard Attal, e o gaúcho “Até trilha musical e melhor diQue a Sbórnia nos Separe”, reção de arte. da dupla Otto Guerra e Ennio Torresan Jr. foram eleitos os melhores filmes. O 41º Festival de Cinema de Gramado conheceu seus vencedores do cinema latino e brasileiro. “Tatuagem”, de Hilton Lacerda foi o grande vencedor do Festival com os Kikitos de melhor filme, melhor ator para Irandhir Santos e melhor trilha musical para o Dj Dolores. Na mostra estrangeira, Cazando Luciérnagas, produção colombiana, arrebatou o júri Cartaz do filme “Tatuagem”, de Hilton e levou quatro dos seis Lacerda, vencedor do Kikitos. prêmios: melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro e melhor fotografia. Entre os curtas-metragens, Acalanto, filme de Arturo Sabóia foi o grande vencedor. Foram cinco Kikitos na bagagem: melhor filme, melhor diretor, melhor atiz, melhor


n

MAIOR FESTIVAL DE CINEMA A CÉU ABERTO DO MUNDO Festival acontecerá em Porto Alegre/RS, de 28 de novembro a 8 de dezembro. Tela de cinema tem o tamanho de uma quadra de tênis, diz organização. O evento conta com programação variada de curtasmetragens, clássicos e lançamentos do cinema de dentro e de fora do país. Filmes são projetados em tela gigante e ao ar livre (Foto: Entre as pré Rosano Mauro Jr/Divulgação/Vivo Open Air) -estreias estão os internaPorto Alegre irá receber nos próximos dias o maior cionais Como Não Perder festival de cinema ao ar Essa Mulher, Carrie - A livre do mundo. O Vivo Estranha, e o nacional O Open Air ocorrerá de 28 Lobo Atrás da Porta. Além de novembro a 8 de de- disso, o público poderá zembro, de quarta a do- conferir atrações musicais mingo, no estacionamento e gastronômicas. da Fiergs. De acordo com a organização, a tela de pro- O espaço montado para jeção tem o tamanho de receber o público tem cauma quadra de tênis, com deiras dispostas em uma 325 metros quadrados. Os arquibancada e espreingressos custarão a partir guiçadeiras. São 11 anos de R$ 40 (R$ 20 a meia-en- de evento no Brasil e no mundo, com passagens trada).

por Suíça, Alemanha, Austrália, África do Sul, Chile, Portugal, Espanha, entre outros. No país, capitais brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília e Curitiba já receberam a atração, somando um público de mais de 100 mil pessoas. A tela gigante recebe projeção digital e sistema de som composto de 28 caixas Dolby Digital Surround®. O equipamento funciona com tecnologia suíça, permitindo que seja içado em poucos minutos, por meio de um sistema hidráulico, que o protege de condições climáticas como chuvas e ventos de até 50 km/h.

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Todos os filmes serão exibidos com som original e legendas em português.

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WHO WIN

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OSCAR 2013


‘Argo’ leva Oscar de melhor filme e ‘Pi’ lidera com quatro estatuetas

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A transmissão da cerimônia do Oscar 2013, que aconteceu no domingo (24), foi vista por 40,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos, segundo informações da agência Associated Press. A Nielsen Company, empresa que faz pesquisa de mercado, divulgou nesta segunda-feira que a audiência do Oscar foi a melhor nos últimos três anos e que houve um ligeiro aumento em relação ao show do ano passado, que foi visto por 39,3 milhões de pessoas.

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Ao lado da equipe de ‘Argo’, Ben Affleck agradece o Oscar de melhor filme (Foto: AFP PHOTO/Robyn Beck)

A 85ª edição do evento, realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos, sagrou Argo como o grande vencedor da noite. Lincoln, de Steven Spielber, indicado em 12 categorias, decepcionou e levou apenas dois prêmios. Já As Aventuras de Pi, arrematou 4 estatuetas das 11 indicações, incluindo Melhor Diretor para Ang Lee. “Argo” venceu a estatueta de melhor filme. O longa de Ben Affleck – que sequer havia sido indicado como diretor – faturou em outras categorias importantes: roteiro adaptado e edição.

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Maior concorrente da noite, com 12 indicações, “Lincoln” faturou em design de produção e melhor ator, para Daniel Day -Lewis, que quebrou um recorde da cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Jennifer Lawrence (“O lado bom da vida”) ficou com a distinção de melhor atriz. Steven Spielberg viu seu filme perder em 10 categorias e o Oscar de melhor diretor ir para Ang Lee, por “As aventuras de Pi”. Ao todo, a superprodução rendeu quatro estatuetas.

A primeira estatueta da noite foi a de melhor ator coadjuvante, para o ator austríaco Christoph Waltz, por seu trabalho em “Django livre”, de Quentin Tarantino. O diretor mais tarde dirigiu-se ao palco para receber o prêmio de melhor roteiro original. Foi a segunda vitória de Tarantino da categoria – a anterior ele conseguiu por “Pulp fiction – Tempo de violência” (1994). Por coincidência, Waltz também tinha levado seu segundo Oscar. Ele foi eleito o melhor coadjuvante justamente por uma parceria com Tarantino, “Bastardos inglórios” (2009). Já a vencedora na categoria melhor atriz coadjuvante em 2013 foi Anne Hathaway, por “Os miseráveis”. O filme já conseguiu outras duas distinções, nas categorias maquiagem e cabelo e mixagem de som. Foi numa categoria técnica, aliás, que o Oscar registrou em 2013 o sexto empate de sua história: “A hora mais escura” e “007 - Operação Skyfall” dividiram a estatueta de edição de som. Conterrâneo de Christoph Waltz, o cineasta Michael Haneke foi ao palco para


Nem tudo são flores...

receber o prêmio de produção estrangeira, por “Amor”, que ainda concorre nas categorias melhor filme e diretor. O anfitrião da 85ª edição do Oscar foi o controverso Seth MacFarlane, conhecido por ser o diretor de “Ted” e por ser o criador da animação “Uma família da pesada”. Além de responder pela condução da cerimônia, MacFarlane aparecia como concorrente, já que disputou na categoria melhor canção original, justamente pela música de “Ted”. A vitória, contudo, ficou com Adele, por “Skyfall”, tema do novo longa de James Bond.

Jennifer Lawrence cai ao subir no palco do Oscar 2013 (Foto: Chris Pizzello/Invision/AP) Após levar a estatueta de Melhor Atriz e tomar um tombo ao subir no palco, Jennifer Lawrence reage às piadas de fotógrafos alertando-a para ter atenção com os degraus quando ela foi posar para fotos no backstage (Foto: Mike Blake)

Melhor filme - Argo Melhor ator - Daniel Day-Lewis - Lincoln Melhor atriz -Jennifer Lawrence - O Lado Bom da Vida Melhor ator coadjuvante - Christoph Waltz - Django Livre Melhor atriz coadjuvante - Anne Hathaway - Os Miseráveis Melhor diretor - Ang Lee - As Aventuras de Pi Melhor roteiro original - Quentin Tarantino - Django Livre Melhor roteiro adaptado - Chris Terrio - Argo Melhor filme em lingua estrangeira - Amor (Áustria) Melhor longa animado - Valente Melhor trilha sonora original - Mychael Danna - As Aventuras de Pi Melhor canção original - “Skyfall”- 007 - Operação Skyfall

Jennifer Lawrence cai ao subir no palco do Oscar 2013. Ela ganhou o prêmio de Melhor Atriz. Por conta do incidente, a atriz fez uma piada. “Vocês estão de pé aplaudindo só porque eu caí”. Com bom humor, ela também fez um sinal obsceno para os fotógrafos, ao posar com a estatueta, porque eles caçoaram da queda.

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VENCEDORES

Melhores efeitos visuais - As Aventuras de Pi Melhor maquiagem - Os Miseráveis Melhor fotografia - As Aventuras de Pi Melhor figurino - Anna Karenina Melhor direção de arte- Lincoln Melhor documentário - Searching for Sugar Man Melhor documentário em curta-metragem - Inocente Melhor montagem - Argo Melhor curta - Curfew Melhor curta animado - Paperman Melhor edição de som - 007 - Operação Skyfall e A Hora Mais Escura Melhor mixagem de som - Os Miseráveis

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GRANDE PRÊMIO

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DO CINEMA BRASILEIRO

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O presidente da Academia de Cinema Brasileiro, Roberto Farias, abriu a cerimônia, que teve como tema a identificação do público pela comédia. Atores, caracterizados de personalidades como Oscarito, Grande Otelo e Dercy Gonçalves (com direito a muitos palavrões), apresentaram os vencedores. As performances, porém, arrancaram poucos risos da plateia, com exceção de Dercy, que trouxe alguma graça.

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Em noite marcada por muito humor e emoção, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro consagrou “Gonzaga – De Pai para Filho” como melhor filme do ano de 2012. Indicado em 15 categorias, o filme de Breno Silveira ganhou cinco prêmios: Melhor Som, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Diretor, Melhor Ator e o principal, Melhor Longa-Metragem. “Heleno” faturou quatro prêmios, seguido por “2 Coelhos”, “Raul – O início, o fim e o meio”, e “Febre do Rato” que levaram três Troféus Grande Otelo cada um. Dira Paes e Julio Andrade ganharam os prêmios de Melhor Atriz por “À Beira do Caminho” e Melhor Ator por “Gonzaga – De Pai para Filho”. Nas categorias com votação aberta ao público, “Febre do Rato” levou o prêmio de Melhor LongaMetragem de Ficção. Os filmes “Raul – O início, o fim e o meio” e “Intocáveis” são unanimidade: conquistaram, respectivamente, os prêmios de Melhor LongaMetragem Documentário e Melhor Longa-Metragem Estrangeiro tanto na vota-

ção do público quanto dos membros da Academia. Como o tema deste ano destacava a importância das comédias para o cinema nacional, a cerimônia foi apresentada pelos atores Letícia Isnard, Antônio Fragoso e Érico Brás, que interpretaram Dercy Gonçalves, Oscarito e Grande Otelo respectivamente. Maior premiação do cinema nacional, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro teve mais uma vez a direção artística de Ivan Sugahara, com cenografia de Nello Marrense e iluminação de Paulo César Medeiros. O evento foi realizado nesta quarta-feira, dia 13 de novembro, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Um dos momentos mais emocionantes da noite ficou reservado para o encerramento da festa. Aos 92 anos, Ruth de Souza foi homenageada pela Academia Brasileira de Cinema. Chamada ao palco após a exibição de uma cena do filme “Sinhá Moça”.

Dira Paes levou o prêmio de melhor atriz por ‘À beira do caminho’ e Júlio Andrade o de melhor ator por ‘Gonzaga, de pai para filho’ Foto Fabio Rossi

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Atores caracterizados de Oscarito e Grande Otelo, que da nome ao trofeu, apresentaram a cerimonia na Cidade das Artes. Foto Fabio Rossi

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LIGHT, CAMERA AND DANCE

THE BLACK CROOK 30

SINOPSE Em Hartz Mountains, na Alemanha de 1600, o diabólico e riquíssimo Conde Wolfenstein deseja se casar com a amável Amina. Com a ajuda da mãe da garota, Barbara, o Conde faz com que Rodolphe, um pobre artista, noivo de Amina, caia nas mãos de um mestre de magia negra, Hertzog. Hertzog faz um pacto com o Diabo (Zamiel): ele será imortal se oferecer a Zamiel uma alma jovem e saudável a cada Ano Novo. Rodolphe consegue então escapar de seu temeroso destino, descobre um tesouro enterrado e salva uma pombinha indefesa que encontra no caminho. Como que num passe de mágica, a pomba se transforma em Stalacta, a rainha fada do reino Dourado que se disfarçava de pomba. Agradecida, Stalacta leva Rodolphe para seu reino encantado e o une à sua amada Amina. O Conde é derrotado, Hertzog é levado ao inferno e Rodolphe e Amina vivem felizes para sempre.


The Black Crook é considerado o primeiro musical nos moldes modernos de que se tem conhecimento. O libretto é de Charles M. Barras e as músicas são, em sua maioria, adaptações, mas duas delas ‘‘You Naughty, Naughty Men’’ e ‘‘March of the Amazons’’ foram compostas exclusivamente para o musical. Charles M. Barras escreveu The Black Crook com a ideia de criar um drama sério, tendo como cenário a Alemanha de 1600 e incorporar elementos de Fausto de Goethe, Der Freischütz de Weber e outros clássicos. O texto não é naturalista, pelo contrário, os diálogos são difíceis e a plateia da época gostava. No entanto, os números de grupo (coro) eram apenas ilustrativos, a letra da música não alterava nem ajudava na compreensão da história. Com apenas 6 números musicais, mas 5 horas e meia de duração, The Black Crook estreou no dia 12 de setembro de 1866 no Niblo’s Garden, um teatro da Broadway. Foram 474 apresentações, quebrando todos os recordes da época. O

espetáculo foi dirigido e produzido por William Wheatley. No elenco: Anna Kemp Bowler, Charles Morton, Marie Bonfanti, J. W. Blaisdell, E. B. Holmes, Millie Cavendish e George Boniface. The Black Crook foi bastante criticado por inúmeras razões: a principal delas é o fato de não ser visto como teatro nem como ópera, mas sim como um híbrido de mau gosto. Outro julgamento feito na época foi o teor de obscenidade trazido aos palcos. Não havia nudez, apenas garotas vestidas em roupas “de baixo” e alinhadas de forma a incitar o público a ver seus corpos nus. Com o enorme sucesso de The Black Crook, o mundo intelectual passou a ver os nova-iorquinos como um povo de gosto duvidoso.

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Em 1895, o musical encerrou sua temporada e poucas semanas depois, o Niblo’s Garden Theatre foi colocado abaixo para dar espaço a uma gigante estrutura comercial financiada por um empresário do ramo de refinamento de açúcar. Em 1916, o musical virou filme, no formato de cinema mudo.

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The Phantom of the Opera(2004) Direção: Joel Schumacher

Cats (1981) Direção: Andrew Lloyd Webber

Este é o mais longo e também o mais bem sucedido financeiramente show musical exibido na Broadway. Isso é um testemunho da forma que esta produção mexeu com pessoas das mais diferentes gerações. Esse musical também foi traduzido em várias línguas, adaptado para uma versão mais curta para ser exibido em Las Vegas e teve sucesso também na sua versão cinematográfica. É uma das poucas mostras de longa duração da Broadway que permanece aberta para o público até hoje.

Andrew Lloyd Webber foi o compositor de “O Fantasma da Ópera” e também foi o compositor deste musical de longa duração. É um espetáculo que também viajou por todo o mundo, como um dos shows mais prolongados da Broadway em toda a história. Infelizmente, esse desempenho do show não foi o suficiente para que ainda estivesse acontecendo nos palcos da Broadway, que fechou a sua exibição em 2000, após 18 anos de performances consagradas. Continua a ser um show popular para as pessoas, pois continua em exibição em outros países.

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Grease (1978) Direção: Randal Kleiser

Moulin Rouge (2001) Direção: Baz Luhrmann

É um musical inspirado em um livro de Bronte Woodard, passado na Califórnia no final da década de 50 e começo da década de 60. O filme conta a historia de um casal de estudantes, Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), que trocam juras de amor no verão mas se separam, pois ela voltará para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy por acaso se matricula na escola de Danny. Para fazer gênero, ele infantilmente a esnoba, mas os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise. Esta trama serve como pano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da época.

A história se passa em 1899 e gira em torno de um jovem poeta, Christian, que desafia a autoridade do pai ao se mudar para Montmartre, em Paris, considerado um lugar amoral, boêmio e onde todos são viciados em absinto. Lá, ele é acolhido por Toulouse-Lautrec e seus amigos, cujas vidas são centradas em Moulin Rouge, um salão de dança, um clube noturno e um bordel (mas cheio de glamour) de sexo, drogas, eletricidade e - o que é ainda mais chocante - de cancan. É então que Christian se apaixona pela mais bela cortesã do Moulin Rouge, Satine.

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The Little Shop of Horrors (1986) Direção: Frank Oz

Hair (1979) Direção: Milos Forman

Seymour Krelborn (Rick Moranis) é um órfão que trabalha no Mushnik’s, uma floricultura. Ele passa seu tempo sendo explorado pelo sr. Mushnik (Vincent Gardenia), dono do local, e sonhando acordado com Audrey (Ellen Greene), uma colega de trabalho. Um dia, após um eclipse solar, Seymour encontra uma planta estranha. Ele a compra e passa a chamá-la de Audrey II. Ao cuidar dela ele acidentalmente corta o dedo e percebe que Audrey II tem um grande apetite por sangue. Com o tempo a planta cresce cada vez mais, forçando Seymour a encontrar pessoas que possam servir de alimento para ela.

Claude (John Savage), um jovem do Oklahoma que foi recrutado para a guerra do Vietnã, é “adotado” em Nova York por um grupo de hippies comandados por Berger (Treat Williams), que como seus amigos tem conceitos nada convencionais sobre o comportamento social e tenta convencê-lo dos absurdos da atual sociedade. Lá Claude também se apaixona por Sheila (Beverly D’Angelo), uma jovem proveniente de uma rica família.

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Ex-Drummer (2007) Direção: Koen Mortier

Les Misérables (2012) Direção: Tom Hooper

Baseado no romance degenerado de mesmo nome do novelista e poeta flamengo Herman Brusselmans, ‘Ex Drummer’ é como uma checklist das obsessões do escritor belga, notoriamente álcool, sexo, inaptidão, enfado, violência, punk rock e o mais esquálido e sórdido de violência imaginável. Quando o conhecido escritor Dries é abordado por três músicos inválidos que pedem que ele seja o baterista na banda deles, termina ficando intrigado e concorda. Cada um dos parceiros de banda tem suas próprias excentricidades e psicoses e lentamente Dries começa a gostar de estar neste mundo. Um dos integrantes é quase surdo, o outro não pode mover um braço e o terceiro é um estuprador e assassino. Dries, por sua vez, é um autêntico niilista sarcástico e acha que pode encontrar nisso um bom material para escrever seu próximo livro.

Na França do século 19, o ex-prisioneiro Jean Valjean (Hugh Jackman) é perseguido há anos pelo implacável policial Javert (Russell Crowe), depois que ele violou sua liberdade condicional ao roubar os candelabros de prata da igreja. Anos depois, agora rico e com uma nova identidade, Valjean conhece Fantine (Anne Hathaway), uma de suas ex-funcionárias de sua fábrica, que implora a ele que cuide de sua filha Cosette (Isabelle Allen). O encontro entre os dois muda suas vidas para sempre.

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ACTOR OR...? “Ele via a atuação como, na melhor das hipóteses, uma forma de ganhar dinheiro para financiar suas ambições musicais”

O HOMEM DE MIL FACES

36 “Ele chegou com o cabelo comprido, brinco na orelha e uma camiseta com cigarros enrolados na manga” lembra Tracey jacobs “Não era a aparência esperada de alguém que vinha procurar um agente, e isso que era incrível a seu respeito”


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Ao chegar em Hollywood com sua banda The Kids, que agora se chamava Six Gun Method, Johnny Depp e seus colegas conseguiram alguns poucos shows muito mal pagos devido a quantidade de bandas existentes na cidade. Por isso, precisaram arranjar empregos paralelos para conseguirem financiar suas ambições e se manter em Los Angeles.

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vez o apresenta para sua agente Tracey Jacobs que ficou fascinada com Johnny e logo o colocou em um teste para um filme de horror dirigido por Wes Craven. Conseguiu o papel quase no mesmo instante que entrou na sala para o teste. O filme era A Hora do Pesadelo e o papel era do personagem Glen Lantz, um jovem jogador de futebol americano e estudante. Depp nao acreditava ser capaz de “Costumávamos trabalhar com telemarke- interpretar um “atleta, loiro e bronzeado“. ting” contou Johnny “Ganhávamos cem Mas ficou surpreso e muito feliz ao ver as dólares por semana para extorquir as pes- cifras que diziam respeito à remuneração. soas. Dizíamos que elas haviam sido escolhidas por isso e por aquilo para receber “Fazer A Hora do Pesadelo foi como uma um relógio de pêndulo. Elas encomenda- prova de fogo”, admitiu ele. “Eu nunca havam 500 dólares dessas porcarias, e nós lhe via atuado. Nunca havia particidado de enviávamos um relógio de pêndulo vaga- peças na escola, nada. Foi um enorme debundo. Era Horrível.” safio. Era tudo exatamente o oposto que ser membro de uma banda de rock n’ roll.“ E houve mais trabalhos malremunerados, como vender canetas por telefone. “Con- O fato de o personagem de Depp ter morsidero este emprego o meu primeiro treina- rido no filme parecia irrelevante para sua mento para ser ator” disse ele. “Eu começa- carreira no momento, mas foi a primeira va a interpretar diferentes personagens ao de uma série de mortes cinematográficas telefone, porque ficava entediado. E inven- que mais tarde o colocaria num ranking. tava diversos nomes, vozes e coisas do tipo. No final de 2010 foi publicada Na verdade acabou ficando até divertido.” uma lista dos atores que mais morreram em cena. Johnny Depp ficou em terceiro, Mais estranho ainda foi trabalhar como acima de Bruce Willis e abaixo de Robert mecânico, enquanto Johnny abastecia um De Niro. carro seu chefe o mandou ir consertar car- Johnny ficou impressionado com ros na oficina. “O emprego parecia conde- a rapidez que sua situação financeira menado ao desastre, e foi mesmo o que acon- lhorou, ganhava 1500 dólares por semana teceu“ conta Depp “Acabei sendo demitido pelo papel de Glen Lantz. Mas descobriu porque a roda do carro de um cara caiu”. que conseguir outros papéis não era lá tao simples quanto pensava. Felizmente para Depp estes dias estavam “Foi bastante deprimente“, disse ele contados. Sua ex Lori Anne apresenta sobre isso “Eu pensei: Bom, simplesmente Depp para Nicolages Cage, que por sua não sou um bom ator, sabe? É isso.“

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Mas Depp batalhou muito. Estudou métodos de atuação, especialmente o de Stanislavski, que fora seguido por alguns dos maiores atores do século XX e XXI. Entre instituições em que Depp aprimorou seu talento está a Loft Studio em Los Angeles, recomendada por Nicolas Cage. Apesar de hoje Johnny Depp ser conhecido e respeitado por ser seletivo e escolher com cuidado seus papéis, em meados dos anos 1980 ele era bem menos exigente. Sua seguinte participação no cinema veio em um curta de dez minutos de duração feito por estudantes, chamado Dummies. Entretanto naquela época o sonho maior de Johnny era ter sucesso na música, não no cinema. “Fiz alguns filmes de merda quando estava no começo, mas não tenho vergonha deles“, declarou Depp. “Principalmente porque não achava que me tornaria ator. Estava tentando ganhar dinheiro - eu ainda era músico” Um destes filme foi Férias do barulho, o terceiro filme de comédia adolescente de conteúdo sexual. A publicidade em volta do filme prometia “a festa mais louca de sua vida“, mas Depp não estava nada louco para participar dela. “Era um filme idiota“, declarou. “Apelava para o universo adolescente, com peitos e bundas de fora e toda a baixaria típica. Mas porque me importaria? Eu não tinha pretensão alguma“. Foi um desastre de crítica e público, e o aspecto mais duradouro e significativo talvez tenha sido a cena de nudez de Depp.

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Em se seguida veio uma participação em um filme feito para televisão chamado Queimando-se lentamente. Nele, Depp interpretou um papel pequeno, o do filho de um milionário. A produção era fraca e e com baixo orçamento, e Depp não se orgulha muito dela. Mais uma vez, era suficiente para ele ganhar dinheiro enquanto continuava atrás do estrelato musical. No entanto, via-se por fim cada vez mais inclinado a seguir o caminho da atuação em vez de o da música. Seus motivos foram bastante sólidos. “Bom, eu não tenho banda”, concluiu, “e tenho tido muita sorte como ator, então por que não... apostar no cinema?”.

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sorte em conseguir tão rapidamente o papel para A Hora do pesadelo. A próxima grande oferta não viria tão cedo.

Em 1986 ele estava prestes a desistir do sonho de ser ator quando recebeu exatamente o que esperava: uma oferta para um papel em um filme que tinha grandes chances de ser um sucesso de público e crítica. O papel de Lerner em Platoon foi então oferecido a Johnny. Então com confiança renovada Depp e mais 30 integrantes do elenco foram para as Filipinas, passar 15 dias em um treinamento com um veterano da Guerra do Vietnã, Dale Dye. Trabalhando com o princípio de que um Porém, decifir focar no cinema não é o homem só pode “retratar os rigores de mesmo que obter sucesso no caminho es- um combate na selva se o sentir na pele”. colhido. Ele logo percebeu que teve muita

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Após atuar em Platoon Depp entrou para uma banda chamada Rock City Angels, que construiu um grupo de seguidores fiéis em Los Angeles. E não fosse um papel oferecido para atuar na TV no inverno de 1986, ele talvez tivesse permanecido na banda e optado pela carreira musical. Logo após sua saída, a Rock City Angels assinou um contrato milionário com a Geffen Records. Foi algo como “Ah , Meu Deus”. lembra ele “Tudo o que eu quis desde os 12 anos de idade tinha sido pegar a estrada com uma banda.” Mas a decisão de Depp de sair da banda e seguir a carreira de ator provouse correta, pois a banda não desfrutou do sucesso por muito tempo, ao contrário de Depp que não vai nada mal na carreira de ator.

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No começo de sua carreira Johnny Depp trabalhou com filmes que não trouxeram um grande orgulho para o ator, mas através desses filmes ele aprendeu mais sobre cinema e o levou aonde está hoje, com uma lista de filmes maravilhosos em sua carreira. Agora reconhecido e respeitado, e pensar que nunca quis ser ator, e conseguiu ir muito mais longe do que pessoas que sonham com a carreira desde pequenas. Alguns desses filmes são: Edward Mãos de Tesoura (1990), Don Juan DeMarco (1995), A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999), Piratas do Caribe (toda a franquia), A Janela Secreta (2004), A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005), Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007), O Turista (2010), Alice no País das Maravilhas (2010).

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SEE OR NOT SEE? SNUFF São filmes que fazem parte de um sub-gênero que mistura horror com pornografia onde o principal tema é o sacrifício humano real em frente às câmeras com o objetivo de obter lucros e entreter o público.

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GORE Termo utilizado para representar filmes onde a escatologia é exagerada, com cenas de sangue em excesso, órgãos expostos e por ai vai. EXPLOITATION É considerado um gênero que apresenta temas sensacionalistas, violência extrema e exagero nos efeitos especiais, explosões, coisas bizarras, excesso de sangue, nudez feminina, abuso de drogas e sexo.

CANNIBAL HOLOCAUST Cannibal Holocaust (Holocausto Canibal) é um dos filmes mais polêmicos da história de todo o cinema, dirigido pelo polêmico Ruggero Deodato esta obra chocou por ser totalmente bizarra, nojenta e chocante ao mesmo tempo, com cenas de mutilação, mortes reais de animais e muitos outros fatores que o levaram a ser um ícone Snuff, Gore e com um pé no Exploitation. Dentro do filme um professor organiza uma expedição para buscar um grupo de jovens que foi para a floresta amazônica gravar um documentário, chegando lá eles encontram tribos em guerra, mas em certo ponto encontram os rolos das filmagens feitas pelos jovens expedicionários, voltando a cidade, uma emissora de TV pede para exibir as filmagens, mas o professor antes pede para assisti-las, quando começa logo vê as terríveis barbaridades cometidas por eles. Dentre as cenas mais polêmicas está um abuso sexual cometido pelos expedicionários contra uma nativa, mortes de animais. E apesar das grandes suspeitas que caíram sobre o diretor, chegando a ser detido, ficou comprovado que humanos não morreram nas gravações, somente animais, o que chocou muito os ambientalistas e também muitas pessoas influentes no meio cinematográfico.


A SERBIAN FILM A polêmica persegue “A Serbian Film Terror Sem Limites” há tempos. Exibido com estrondo em festivais internacionais, proibido na Espanha, banido da Noruega e picotado pela censura britânica, tem provocado burburinho onde quer que chegue. No Brasil, não foi diferente. O filme não é uma produção qualquer. Conta a história de um ex-ator pornô que sai da aposentadoria para um último trabalho, bem remunerado, com a promessa de transformar pornografia em arte. Mas, nas mãos de um diretor enlouquecido, a tarefa vira um show de horrores – tortura e violência dão o tom, mas a gota d’água para muitos é o estupro de um recém-nascido. Depois de ter sido vetado do festival RioFan, festival de cinema fantástico do Rio ocorrido na semana passada, “A Serbian Film” iria ser exibido em uma sessão especial em outro cinema, o Odeon. Mas na véspera, Raffaele Petrini, responsável pela distribuição do longa no Brasil, foi informado que um advogado do DEM e um oficial de justiça estavam na porta de sua sala para apreender os negativos. Em seu despacho, a juíza Katerine Jatahy Kitsos Nygaard afirma que: “não se pode admitir que, em favor da liberdade de expressão, um pretenso manifesto político exponha de tal forma a degradação do ser humano a ponto de violar um recémnascido”.

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Spasojevic afirma que o filme tem caráter “alegórico e político”. Ele e o roteirista Aleksandar Radivojevic pretendiam “fazer apenas uma crítica à sociedade e às atrocidades enfrentadas pela Sérvia em sua história recente”. “Queríamos mostrar com honestidade sentimentos profundos sobre a nossa região e o mundo em geral. Na vida real, sentimos que nosso dia-a-dia é tratado como pornografia. O personagem do ator pornô é uma metáfora para qualquer trabalhador explorado por seus chefes ou pelos governantes do sistema – cantor, padeiro, seja o que for.”

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EYES ON THIS

NE M T UD O É T ÃO B OM EM HOL LYWOOD Conheça alguns escândalos dos famosos

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Mel Gibson

O ator conhecido por filmes como Mad Max e Máquina Mortífera foi parado pela polícia em 2006 carregando uma garrafa de bebida alcoólica. Completamente transtornado, o ator chamou o polícia de “judeu filho da p…”. Quando o caso veio á tona, a carreira do ator entrou em cheque, já que boa parte dos chefões de Hollywood são judeus O ator foi encontrado morto em Bangkok, enforcado e nu, em 2009. Primeiramente, se achou que ele havia se suicidado, mas após uma devassa em sua vida privada, descobriuse que o ator tinha uma vida sexual muito diferente. Carradine usou o cinto que o enforcou para aumentar o orgasmo durante o ato sexual.

David Carradine


Em 1949, a atriz sueca Ingrid Bergman teve um caso com o diretor Roberto Rosselini, no set de Stromboli. Os dois ficaram juntos e tiveram um filho juntos. Tudo seria natural se as duas partes não fossem casadas em seus países de origem. Ingrid Bergman e Roberto Rosselini

Paul Bern e Jean Harlow

Nicole Kidman

Sony Pictures criou um crítico falso para elogiar seus filmes. O estúdio de cinema Sony Pictures admitiu criar falsas resenhas para alguns de seus filmes. As resenhas foram atribuídas ao crítico David Manning e os falsos comentários elogiosos se referiam aos filmes CoraUm dos grandes nomes da ção de Cavaleiro e O Aniindústria de Hollywood mal. na década de 1930, Bern se casou com a atriz mais A Sony reconheceu ter incobiçada da época, Jean ventado as críticas sobre os Harlow. Após dois meses filmes em junho de 2001. do casamento, o produtor Recentemente, os estúdios não aguentou a pressão e Universal Pictures, 20th Century Fox e Artisan Enos ciúmes e se matou. tertainment admitiram ter Nicole Kidman tentou um usado seus funcionários papel em ‘Ghost - Do Ou- e atores em comerciais de TV se passando por espectro lado da Vida’. Kidman fez teste para o tadores de filmes.

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papel de Molly, a protagonista, mas os produtores odiaram a atriz e chamaUma das ‘Bond Girls’ de ram Demi Moore para o 007 era um transexual. papel. Cada vez é mais confirEm dezembro de 2001, mado o velho ditado: as Winona Ryder foi presa aparências enganam. E enapós ter sido pega rouban- ganam até mesmo o mais do cerca de US$ 5 mil em famoso espião, Bond, Jaroupas e acessórios da loja mes Bond. Saks Fifth Avenue, na badalada Beverly Hills.

Winona Ryder

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OS ATORES MAIS BEM PAGO$ DO MUNDO

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Com um faturamento estimado em US$ 75 milhões, Robert Downey Jr., o milionário Homem de Ferro, é o ator mais bem pago. Para conquistar o posto, Downey atuou nos filmes “Os Vingadores”, de 2012, e mais recentemente em “Homem de Ferro 3”, ambos com arrecadações superiores à US$ 1 bilhão nas bilheterias do mundo todo.

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O segundo colocado foi Channing Tatum, com US$ 60 milhões, resultado de sua participação no filme “Magic Mike”, dirigido por Steven Soderbergh. Na terceira posição temos o ator australiano e nosso incrível Wolverine, Hugh Jackman, de 44 anos , com ganhos de US$ 55 milhões. Mark Wahlberg, que teve rendimento de US$ 52 milhões graças ao seu Ursinho Ted, aparece em 4º.

Channing Tatum

Dwayne Johnson, faturou US$ 46 milhões. Em 2013, Velozes e Furiosos 6 (2013), filme mais recente de Dwayne Johnson, ficou cerca de dez semanas no top 10 das bilheterias americanas e arrecadou mais de US$ 500 milhões em duas semanas. Em 6º lugar, Leonardo DiCaprio, com US$ 39 milhões. Os filmes de Leonardo DiCaprio podem não ter finais muito felizes, já que ele sempre morre no final, mas são altamente rentáveis.

47 Leonardo Dicaprio

Em 7º lugar, Adam Sandler, faturando US$ 37 milhões. Hotel Transylvania foi um dos maiores sucessos do ator. Arrecadou US$ 347 milhões, com um orçamento de US$ 80 milhões. O primeiro filme foi um das maiores bilheterias de sua carreira. 8º - Tom Cruise com US$ 35 milhões. Segue na lista dos mais bem pagos graças ao filme Jack Reacher (2012).

Tom Cruise

Em 9º, Denzel Washington, faturando US$ 33 milhões. O ator foi indicado ao Oscar pela sexta vez em 2013, graças ao seu papel em O Voo (2013). 10º lugar - Liam Neeson - US$ 32 milhões. Pode não estar sempre sob a luz dos refletores, mas construiu uma carreira sólida, com filmes que têm um custo relativamente baixo e alto retorno, como Busca Implacável (2008) e A Perseguição (2011).

Liam Neeson

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AGORA A VEZ DELAS! AS ATRIZES MAIS BEM PAGA$ E para quem achava que as mulheres ganhavam muito menos, enganou-se.

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No topo da lista das mais bem pagas, aparece Angelina Jolie, com um faturamento de US$ 33 milhões. Angelina Jolie fez mastectomia nos dois seios para prevenir um possível câncer de mama. Sua revelação criou um debate ao redor do mundo, confirmando que ela é uma das mulheres mais poderosas de Hollywood A lista segue com Jennifer Lawrence, faturando US$ 26 milhões. Jennifer, a nova queridinha de Hollywood, ganhou o último Oscar de Melhor Atriz por “O Lado Bom da Vida” (2012) e está à frente de uma das principais franquias da atualidade, “Jogos Vorazes”. Em 3º lugar, vem Kristen Stewart, com faturamento de US$ 22 milhões. Graças à série “Crepúsculo”, Kristen Stewart fez sua quarta aparição no “Celebrity 100” e chegou ao topo da lista de atrizes mais bem pagas do ano passado. No entanto, ela pode demorar a aparecer novamente.

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Na 4ª posição, Jennifer Aniston aparece com faturamento de US$ 20 milhões. Graças ao seriado “Friends”, não precisaria trabalhar mais na vida. Por isso, só faz os filmes que quer, sem considerar o fator monetário, como em “Quero Matar Meu Chefe” (2011) e “Família do Bagulho” (2013).

Jennifer Aniston

Emma Stone segue em 5º, com US$ 16 milhões. Desde que estreou em “Superbad – É Hoje” (2007), tornou-se ma das atuais queridinhas de Hollywood. No ano passado, participou do sucesso “O Espetacular Homem -Aranha”. 6º lugar - Charlize Theron, faturando US$ 15 milhões. Ela alterna seus trabalhos entre produções menores, como “Jovens Adultos” (2011), e grandiosas, como “Prometheus” (2012), que rendeu US$ 403 milhões nos cinemas ao redor do mundo

Charlize Theron

Sandra Bullock vem em 7º, com US$ 14 milhões. Apesar não ter um grande ano desde 2009, Sandra Bullock ainda é amada e respeitada pelo público. É também uma das celebridades que mais dá retorno na publicidade.

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Em 8º, Natalie Portman vem, também, com faturamento de US$ 14 milhões. Depois de ter um bom papel na franquia de “Star Wars”, Natalie Portman estrelou “Thor”.

Sandra Bullock

Mila Kunis, em 9º, com US$ 11 milhões, teve sua estreia na “Celebrity 100” graças a duas produções: “Ted” (2012) e “Oz: Mágico e Poderoso” (2013), que juntos chegaram a US$ 1 bilhão nos cinemas. E no 10º lugar, Julia Roberts, faturando US$ 11 milhões. Atualmente, a atriz faz somente os filmes que tem vontade. A estrela também continua faturando com publicidade.

Mila Kunis

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POR TRÁS DA

COISAS QUE VOCÊ O macaco usado para o filme King Kong, em 1933, parecia ser gigantesco. Mas, na realidade, o modelo tinha somente 40 centímetros de altura. Na produção de 1977, King Kong cresceu. Media 13 metros.

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As gotinhas de água em “Cantando na chuva” (1952) foram misturadas com leite para que aparecessem melhor no filme. O sangue da inesquecível cena do chuveiro de “Psicose” (1960) foi feito com chocolate líquido. Em “Cleópatra” (1963), Elizabeth Taylor usou 65 roupas diferentes. Outras 40 não chegaram a aparecer. O total de figurinos dessa produção foi de 26 mil. Perdeu para os 32 mil do épico “Quo vadis” (1951).

Cantando na Chuva

Cleópatra

No remake de A Fantástica Fábrica de Chocolate, de 2005, foram usados 780.000 litros de chocolate falso para a cachoeira. Freud poderia ter sido o roteirista mais bem pago da história. Um produtor ofereceu um cheque em branco para que ele contasse as loucuras de seus pacientes. Peter Sellers e Orson Welles fizeram uma cena juntos em “Casino Royale” (1967) – um era adversário do outro num jogo de cartas. Mas a dupla nem se cruzou no set de filmagem. Eles se detestavam tanto que a cena foi filmada em dias diferentes. O vômito asqueroso da pequena Regan MacNeil (Linda Blair) em “O exorcista” (1973) era uma mistura de sopa de ervilha com mingau de aveia.

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A Fantástica Fábrica de Chocolate

Casino Royale

O exorcista


AS TELINHAS

Ê NUNCA IMAGINOU O primeiro cinema do mundo foi o Atlanta, em Atlanta, nos Estados Unidos. Ele foi inaugurado em 1895. O filme Gandhi (1982) usou o maior número de figurantes já resgistrado na história do cinema: foram cerca de 300.000. Os filmes mais caros para serem produzidos da história são: Avatar (US$500 milhões), Piratas do Caribe – No Fim do Mundo (US$300 milhões), Homem-Aranha 3 (US$258 milhões), Harry Potter e o Enígma do Príncipe (US$250 milhões), As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (US$225 milhões). Para fazer “A Bela e a Fera” (Kirk Wise & Gary Trousdale, 1991), foram necessários 1.400 desenhos por minuto.

Os filmes mais caros

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A Bela e a Fera

Os 5 atores mais ricos do cinema atual são: Johnny Deep (75 milhões de dólares anuais), Ben Stiller (53 milhões), Tom Hanks (45 milhões), Adam Sandler (40 milhões) e Leonardo di Caprio (28 milhões). O letreiro Hollywood, símbolo nda cidade de Los Angeles, foi construído em 1923. Inicialmente foi erguido para servir de propaganda para um empreendimento imobiliário chamado Hollywoodland. Com o passar do tempo, devido a ações da natureza, o “land” se deteriorou, deixando o letreiro como conhecemos hoje.

Letreiro de Hollywood

O filme brasileiro que teve maior bilheteria em todos os tempos foi Tropa de Elite 2 (2011) com público de 11 milhões.

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NEW AND EXPECTED

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Com o lançamento previsto para o dia 13 de Dezembro de 2013. O segundo filme da trilogia com base no livro “The Hobbit“de J.R.R. Tolkien, é um dos filmes mais esperados.

“O Hobbit: A Desolação de Smaug” dá continuidade à aventura de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) em sua épica jornada com o Mago Gandalf (Ian McKellen) e treze Anões, liderados por Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage), para o Reino dos Anões de Erebor.


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KILL YOUR DARLINGS Daniel Radcliffe começa a mostrar capacidade dramática em cenas que antes não estava acostumada a fazer e se entregou de corpo e alma para interpretar Allen Ginsberg. O papel, que exigiu desapego com relação as cenas gays e sexuais, começa a dar um rumo na carreira do ator, mas ele ainda tem muito a provar, sendo o mais fracos dos envolvidos em cena.

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Dane DeHaan, a nova sensação de Hollywood e que futuramente será o Harry Osborn da série Homem Aranha, é quem mais se destaca chamando os holofotes para seu controverso personagem, Lucien Carr. DeHaan chama a atenção pela capacidade de oscilar o humor e o temperamento estourado de Lucien, que consegue manipular as pessoas ao redor para atingir seus objetivos. A mudança de semblante depois do acontecimento fatídico da obra é nítido e espetacular. Michael C. Hall e Ben Foster completam o competente elenco. Um filme de drama cujo roteiro é feito por Austin Bunn e John Krokidas, que também foi o diretor e um dos produtores do filme junto com Christine Vachon, Michael Benaroya e Rose Ganguzza. Seu lançamento é previsto para o dia 14 de Fevereiro de 2014.

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X-MEN DAYS OF FUTURE PAST O novo filme dos X-Men, que juntará a geração de mutantes da trilogia estrelada por Hugh Jackman com a geração apresentada em X-Men - Primeira Classe. X-Men: Days of Future Past adapta o arco dos quadrinhos escrito por Chris Claremont e desenhado por John Byrne, sobre um futuro em que os mutantes são mantidos em campos de concentração. Kitty Pride, uma dos poucos remanescentes dos X-Men, então se conecta com sua versão do passado, para alertá-la do perigo e tentar alterar o curso dos apocalípticos eventos. Porém no filme a trama é um pouco diferente.

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Cerca de dez anos depois de X-Men 3 e, no passado, se passa cerca de dez anos depois dos acontecimentos de Primeira Classe. Num futuro em que os mutantes foram dizimados pelos Sentinelas, Wolverine (Hugh Jackman) é enviado para o passado, para trabalhar em parceria com um reticente Charles Xavier (James McAvoy), em meio aos turbulentos anos 1970.

A direção é de Bryan Singer, que retorna ao comando depois de XMen, o filme e X-Men 2. Seu lançamento é previsto para o dia 23 de maio de 2014.

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MINHA MÃE É UMA PEÇA 2

56 Após o sucesso da comédia Minha Mãe é uma Peça, que superou a marca de quatro milhões de espectadores, vem aí Minha Mãe é uma Peça 2. Dona Hermínia (Paulo Gustavo) e companhia voltam aos cinemas de todo o Brasil em pouco mais de um ano, no dia 26 de dezembro de 2014. Com as filmagens previstas para abril, a continução contará com o retorno do diretor André Pellenz, além dos atores

Herson Capri, Rodrigo Pandolfo e Mariana Xavier. A maior novidade da produção será a participação da atriz Luana Piovani, como a nova namorada de Carlos Alberto (Capri). Na trama, Dona Hermínia tentará encontrar um namorado, aproveitando a fama do seu programa de TV. Mas os seus relacionamentos vão por água abaixo, pois ela sempre coloca os filhos em primeiro lugar.

A adaptação para o cinema do espetáculo teatral homônimo foi vista por mais de 4,4 milhões de pessoas em oito semanas em cartaz. Apenas seis filmes brasileiros atingiram a marca de quatro milhões de ingressos vendidos desde a retomada do cinema nacional, iniciada em 1995. No total, o filme arrecadou R$ 47,5 milhões e se tornou o filme nacional mais visto de 2013, ultrapassando os R$ 44 milhões de ‘De Pernas pro Ar 2‘.

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FINDING DORY

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O filme será concentrado na amiga esquecida de Nemo. A peixinha será dublada pela apresentadora de televisão Ellen DeGeneres, juntamente com Albert Brooks que fará a dublagem de Marlin, o peixe-palhaço pai de Nemo. Victoria Krouse escreve o roteiro, que se passa na Costa da Califórnia e envolve a família de Dory. Personagens do primeiro filme, como os amigos do aquário de Procurando Dory, a tão aguardada se- Nemo, estarão de volta quência do filme Procurando Nemo, de 2003, terá sua estreia em junho de 2016, em vez de novembro 2015, como anunciado inicialmente.

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STAR WARS: EPISÓDIO VII

Com a data de lançamento prevista para Dezembro de 2015 e não para Maio do mesmo ano, Star Wars : Episódio VII será dirigido por J.J. Abrams e está sendo escrito por Abrams e Lawrence Kasdan. Com Tommy Harper e Jason McGatlin servindo como produtores executivos. E John Williams retorna para marcar a trilha sonora de Star Wars : Episódio VII. Muitos rumores caem sobre o novo episódio da franquia Star Wars, um deles é sobre o nome do filme. O site Latino-Re-

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view diz saber dois títulos que Lucas tinha em mente para “Star Wars: Episódio VII“: “Rise of the Jedi” e “Return of the Sith” (algo como “A Ascensão do Jedi” e “O Retorno do Sith”). Vale lembrar que estes títulos podem mudar, já que a Disney é a dona da franquia agora.

De acordo com o site Jedi News, o ator Ian McDiarmid pode retornar como o Imperador Palpatine em “Star Wars: Episódio VII“. O site Latino-Review diz que o Imperador pode voltar como um Fantasma da Força, assim como o mestre Jedi Obi-Wan.

E há quem diga que terá o retorno de alguns integrantes originais, como Mark Hamill, como Luke Skywalker; Carrie Fisher, como Leia Solo; e Harrison Ford, como Han Solo.

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J.J. Abrams é conhecido como produtor e co-criador de séries como Lost, Fringe, Felicity e Alias. No cinema, estreou como diretor em Missão Impossível III e depois trouxe Jornada nas Estrelas ao século XXI com Star Trek e fez o �lme de monstro Super 8. Seu �lme mais famoso na função de produtor é Clover�eld - Monstro. E atualmente está trabalhando no sétimo �lme da franquia Star Wars que tem previsão a ser lançado em Dezembro de 2015.

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