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OFÍCIO DE MESTRE

O que podemos perceber é a freqüência de conceitos de inovações nas escolas, modelos presentes no cotidiano escolar. Sendo uma das propostas escolares criar formas de fortalecer os professores e professoras. Valorizando-os como sujeitos de escolhas que traduzem ações. Ressalta-se a importância de criar novos espaços na escola, de resinificar estes, proporcionando oficinas e seminários para que surjam reflexões sobre as ações praticadas na escola. Fazendo desses encontros tempos e espaços de ressignificação coletiva dessas escolhas individuais e grupais. Destacamos de acordo com o autor a manutenção de cursos, oficinas, pesquisas e estudos em torno de questões com que se defrontam no cotidiano. Promovendo a troca de experiências nas escolas como tentativa de superação do tradicionalismo. O que vemos é que não são proporcionados espaços e tempos para o diálogo, professores resistem às mudanças e estão com dificuldades de buscarem estas modificações, mas as escolhas não estão claras para as equipes. As ações dos professores são mais reconhecidas do que os discursos. Existem culturas legitimadas, cujas mudanças proporcionam um rompimento com as identidades das escolas. As escolas devem criar o hábito de registrar as práticas individuais ou coletivas, sempre reinventando novas formas de registro. As escolas tendem a se fixarem na padronização do ensino, a práticas repetidas e ritualizadas. Alguns professores se deparam contra a inovação, seguem a linha tradicional, e não têm nenhuma perspectiva de mudança. A escola é o que ela mesma produz. Uma das ênfases destas reflexões sobre o ofício de mestres é que educandos baseiam-se na repetição mais do que reinvenção, porque nossas escolhas tem de repetir os rituais perenes que dão identidade à escola e ao oficio de mestre. Contudo, de alguma forma os educandos e principalmente a sociedade, necessitam da garantia da continuidade em uma formação e aprendizado, sem grandes rupturas, ou seja, a reprodução das culturas precisa das continuidades ritualizadas. O ensino tem que ter relação com o presente para ter significado aos alunos, relacionando com o passado, gerando assim novas formas de interpretar a realidade. De acordo com o autor deve se ensinar o presente o passado e o possível. Torna-se essencial ressignificar o papel dos professores no cumprimento do papel da escola na sociedade. A escola deve se transformar em uma comunidade de produtores, isto é, se a ciência transmitida não se transforma e manifesta em produtos, ou em registros, os mestres e alunos não terão como se identificar-se, não terão obras, produtos, onde refletir sua imagem. E na medida que formos dando mais tempo a essas


atividades ou interações ativas iremos criando outra cultura escolar e profissional. Em suma, vamos além de socializar experiências, recursos e didáticas. Trocamos significados, redefinimos auto-imagens de mestres. Na medida em que essa prática se consolidar e se tornar um hábito estaremos construindo uma nova cultura profissional. Fazendo da escola uma comunidade educativa por ser produtiva.

REFERÊNCIA

ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens/Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.


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