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Educação Proibida (La educación prohibida) Divulgado na internet a partir de agosto de 2012, o filme-documentário La educación prohibida apresenta algumas experiências que ousaram transgredir o modelo educativo tradicional, constituindo-se em um tentador convite à reflexão sobre a instituição escolar e as práticas educativas. Trata-se de um material particularmente indicado para professores que já atuam em sala de aula ou que ainda estão se formando e, também, para todos aqueles que desejam um futuro livre para seus filhos, sobrinhos, primos e conhecidos. Aliás, um futuro sem embaraços parece ser a preocupação dos idealizadores da película, que a dedicam “às crianças e aos jovens que desejam crescer em liberdade”. A trama é composta por uma história fictícia de fundo, perpassada por recortes de entrevistas feitas com especialistas de países ibero-americanos. Nesta história de fundo, é apresentado um confronto entre docentes e alunos motivado pelo desejo destes últimos de ler um texto dito “ofensivo” numa comemoração que está por realizar-se na escola. Tal caracterização do texto se baseia nas suas fortes críticas à ausência de vínculos entre escola e vida. Para os alunos que o escreveram, a educação que prepara para a vida está proibida. Partindo dessa situação, enfoca-se o status da instituição escolar. Embora a educação seja um tema importante, que mobiliza debates e investimentos os mais variados, existe uma uniformidade de práticas (apesar da multiplicidade de escolas existentes) que se orienta, quase que exclusivamente, para a formação de trabalhadores, relegando a formação do ser humano a segundo plano. Isso explicaria por que, nas palavras de Carlos Alberto Jiménez Vélez, neuro-pedagogo colombiano, as escolas e colégios latino-americanos não são mais que “espaços de tédio e aborrecimento”. No entanto, a escola que conhecemos não existe “desde sempre” e o filme faz uma breve digressão histórica para explicar o surgimento do conceito de educação pública, gratuita e obrigatória no final do século XVIII na Prússia. Além disso, é explicitada a conveniência do modelo educativo atual para as sociedades industriais, que fizeram da escola um espaço de reprodução simbólica serializada; uma grande linha de produção. Diante deste quadro, o chileno Rafael González Heck destaca o mote do filme: “Toda educação que busque algo diferente tem que ser proibida”. Feita esta introdução, o documentário dirige sua atenção para a diferença que se estabelece entre a escola (estes “espaços de tédio”) e a educação ou, melhor dito, o


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