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Título do Projeto de Extensão: Roda de Conversa com professores/as da Educação Básica: em foco o corpo, o gênero e a sexualidade Resumo do Projeto: O presente projeto pretende desenvolver oficinas de leitura de material bibliográfico e videográfico que subsidiem a discussão do tema Corpo, Gênero e Sexualidade, com professores/as, em escola da Educação Básica da rede municipal e estadual de Ituiutaba/MG. Estas atividades estarão pautadas por pressupostos teóricos que compreendam a Sexualidade, o Gênero e o Corpo como construções humanas, históricas e culturalmente definidas, e que enfatizam a necessidade da promoção dos direitos humanos, incluindo os direitos sexuais, como caminho para se tratar com as diferenças como elemento fundamental na construção das relações sociais, portanto, das relações escolares. As metas e os objetivos do mencionado projeto foram propostos a partir da compreensão de que a formação continuada e a formação inicial devem estar associadas ao estabelecimento de espaços de reflexão coletiva e aos problemas que afetam a realidade de alunos/as e professores/as. A formação continuada, por conseguinte, deve vincular-se aos interesses e necessidade indicados por docentes participantes do projeto de formação e, para isso, torna-se fundamental a criação de espaços permanentes de reflexão coletiva no cotidiano escolar. Além disso, o projeto pretende construir um catálogo com bibliografias (livros, capítulos de livros, artigos em revistas), de filmes e vídeos educativos, endereços eletrônicos sobre os assuntos relacionados às temáticas em questão e disponibilizálos aos professores das escolas onde o projeto será implementado, e, ainda, disponibilizá-lo na página da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP/UFU), no link do Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LAEN). Assim, este projeto intenciona dar continuidade à discussão e à realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão do Grupo de Estudos em Gênero e Sexualidade no contexto escolar (GEGESEX), e fortalecer tais discussões no espaço escolar, numa perspectiva interdisciplinar. Período de duração: 01/08/2013 à 31/07/2014 Local de Realização do Projeto: Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LAEN) FACIP/UFU – Escolas de Educação Básica em Ituiutaba/MG. Público alvo: Professores/as de escolas de Educação Básica (6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio) em Ituiutaba/MG. Órgãos Participantes: PROEX, LAEN/FACIP/UFU e Escolas públicas de Educação Básica em Ituitaba-MG. DETALHAMENTO DA PROPOSTA Introdução e Justificativa: As circunstâncias de vida por que passam as pessoas que constituem/compõem os espaços escolares são atravessadas por acontecimentos. Assim, a escola expressa e presentifica formas distintas de relações que estabelece com o mundo, com as pessoas, com as normas e regras, e principalmente consigo mesma. No contexto social dessas experiências vivenciais coletivas, se


depara com (e produzem) as imagens e imaginações sobre o corpo, sobre a sexualidade, sobre as relações de gênero, etc. No entanto, o trato com estas questões, em regra geral, representa grande desconforto para a escola que parece não saber como tratá-las. Entendemos que esta dificuldade assenta-se num modelo de escola e de formação de professores que privilegia os conteúdos escolares desvinculados do mundo-da-vida. Por esse viés, observamos, por exemplo, que temas como corpo humano chega às escolas, via disciplinas escolares, e chega de forma absolutamente desvencilhado do cotidiano e da experiência corporal de professoras e estudantes. Como afirma Trivellato (2005), ao responder a questão “Que corpo humano cabe no ensino de Biologia?” A primeira consideração que me ocorre na tentativa de responder a tal pergunta é que há um problema de tamanho para incluir o corpo humano no ensino de Biologia. De uma maneira mais abrangente, talvez se possa pensar que a questão é de dimensão. O ser humano cabe, no ensino, apenas aos pedaços. (p. 29, grifo nosso).

Tomando a questão do “tamanho”, da “dimensão” a autora passa a afirmar que o corpo cabe na Educação Básica, via propostas curriculares, textos didáticos das Ciências/Biologia, aos pedaços: Nas séries iniciais ele entra dividido em cabeça, tronco e membros. Mais adiante, o lugar do corpo humano é o lugar dos sistemas, em que cabe apenas um sistema por vez: o digestivo, o circulatório, o reprodutor1, o respiratório... No ensino médio, o corpo humano se “espreme” nas células e se estudam as funções celulares e moleculares, que já não são exclusivas do corpo humano, mas universais para os seres vivos. Parece que ao avançamos na escolaridade, avançamos também na fragmentação desse corpo. (p. 29 nota da autora)

Para a autora essa esquartejamento do corpo “é tributo ao percurso que a Ciência trilhou ao longo dos séculos”. Para ela, “mesmo sem avançar num estudo da história da ciência com respeito a esse tema, é fácil perceber que o conhecimento sobre o corpo humano se origina na divisão ou separação de partes anatômicas e sistemas fisiológicos na história da ciência” (p. 30). Assim, o corpo que entra nas salas de aulas, da Educação Infantil ao Ensino Médio, tem sido desconectado das dimensões da sexualidade, do gênero, da cultura, etc. Por outro lado, a escola não deixa de lidar com o corpo e com a sexualidade. Contudo, ela o faz apontando para certas “normas” e “padrões” que foram produzidos pela modernidade, no ocidente, por um modelo social capitalista. Estas normas e padrões foram naturalizadas e a-historicizadas,

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Na nomenclatura atual esses sistemas têm, respectivamente, os nomes digestório, cardiovascular e urogenital.


conduzindo a um modelo de educação escolar que admite apenas uma forma de experiência da sexualidade, por exemplo, que é a heterossexualidade. Além disso, concordamos com Louro (2000a) quando a autora enfatiza que a sexualidade que “entra” na escola parece estar sitiada pela doença, pela violência e pela morte. São evidentes as dificuldades de educadoras e educadores, mães e pais, em associar a sexualidade ao prazer e à vida. “Parece ser mais fácil exercer uma função de sentinela, sempre atenta à ameaça dos perigos, dos abusos ou dos problemas. São os possíveis riscos e danos que fornecem a pauta para as aulas de Educação Sexual” (p.55). A mesma autora destaca que: “O apelo a uma matriz biológica, compartilhada por todos os seres humanos, independente de classe, raça, gênero, nacionalidade e religião, é utilizado como base dessas formulações e constitui-se, por regra, num argumento aparentemente decisivo. A biologia é, supostamente, imutável, está fora da História e escapa da cultura e tudo isto parece particularmente “verdadeiro” quando o tema é sexualidade. Neste caso, a abordagem mais recorrente é aquela que remete a um determinismo biológico. Esta é a compreensão primeira ou primária e, como uma decorrência, é também a mais persistente. A sexualidade torna-se, nesta perspectiva, num atributo biológico que pode ser compreendido como constituindo a sua origem, o seu núcleo ou a sua essência” (LOURO, 2000b, p.94).

Sendo assim, as abordagens sobre sexualidade, nos espaços escolares, elegem a Biologia e os territórios do Ensino de Ciências, professores/as dessas disciplinas como locais e agentes privilegiados na construção de saberes e resposta sobre a Sexualidade Humana. “Esta tendência de explicar fenômenos humanos em termos biológicos é muito forte quando falamos de sexualidade, e define, muitas vezes, nossos entendimentos acerca das categorias como corpo, sexo, gênero (...)” (CARVALHO, 2009, p.2). Compartilhamos com Silva e Cicillini (2010) que apesar de a escola não ser o único espaço pelo qual tais discussões perpassam e de não ser a disciplina Biologia a única voz autorizada a falar das questões levantadas, “esta disciplina tem sido responsabilizada e inventada como espaço de tradução destes e de outros discursos e noções que são reconhecidos (ou se reconhecem) como do campo biológico. Com isso, são definidos conteúdos, saberes e fazeres próprios a esta disciplina escolar” (p.3). Nesse contexto, consideramos que as questões da sexualidade devem ser tratadas sob uma abordagem plural, transversal e interdisciplinar, uma vez que a sexualidade torna-se assunto recorrente na escola e no processo de ensino e aprendizagem, devendo ser abordada por professores/as das mais diversas disciplinas.


O que percebemos é que a inexistência na formação de professores, das diversas áreas, de espaços de estudo e reflexão destes temas (SANTOS; CICILLINI, 2011), de modo que seja oferecida ferramentas para a análise e compreensão destas construções de corpo e de sexualidade no espaço social e do importante papel que têm a escola e os(as) professores(as) na manutenção ou não destes modelos. Com isso, no espaço da docência, professoras e professores parecem não saber lidar com tais questões em razão, muitas vezes, deste vazio formativo. Nesse sentido, o presente projeto nasce da necessidade de discutir sobre estas temáticas (corpo, gênero e sexualidade) e dar continuidade aos nossos trabalhos de extensão desenvolvidos, com professores/as de diversas áreas, na Secretaria Municipal de Educação – CEMAP (PAULA; SANTOS, 2012) nas escolas estaduais (PAULA, et al, 2012; MIGUEL, ARAÚJO e SANTOS, 2012) , na cidade de Ituiutaba/MG, no período de 2011 a 2012. Esta necessidade assenta-se nos vários relatos, trazidos por alunos/as nossos/as, nos espaços das disciplinas Educação, Saúde e Sexualidade, Metodologia de Ensino e Estágios Supervisionados, que atuam em escolas de Educação Básica em Ituiutaba/MG (públicas e privadas), acerca das dificuldades que têm no trato com questões referentes ao corpo, gênero e à sexualidade, e, ainda, do próprio contato com professoras deste nível de ensino em atividades extensionistas que também manifestam as mesmas preocupações e dificuldades: como tratar destas questões na escola (SANTOS; SPOSITO; DIAS, 2011.; SANTOS; DIAS, 2012). O estágio supervisionado permitiu aproximações com professores/as e licenciandos/as que, por meio de diálogos, relataram angústias, dificuldades profissionais e pessoais na discussão e/ou abordagem da sexualidade na escola. Em nossas vivências e experiências nas orientações dos projetos de Ensino da disciplina de Estágio Supervisionado, percebemos que há um número significativo de trabalhos concluídos na perspectiva de subsidiar os/as professores/as da Educação Básica quanto à abordagem da Sexualidade no espaço escolar. Nesse contexto, observamos que é recorrente o pedido de alguns professores de Ciências e/ou Biologia, das instituições públicas de ensino fundamental e médio da cidade de Ituiutaba/MG, a inclusão, por parte dos/as estagiários/as, de discussões acerca da sexualidade.


Estas dificuldades também são apresentadas por meio das várias solicitações de coordenação de escolas que chegam ao Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP/UFU), espaço em que atuamos como coordenador do Grupo de Estudos em Gênero e Sexualidade no Espaço Escolar - GEGESEX (SANTOS; PAULA, 2012) e do subprojeto Biologia do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID (MIRANDA, et al, 2012) para que ministremos minicursos, oficinas com temáticas envolvendo tais questões. Esses são espaços de reflexão de ações de ensino, pesquisa e extensão na articulação com disciplinas pedagógicas no âmbito do curso de Ciências Biológicas da FACIP/UFU. Nesse sentido, esse projeto é uma tentativa de compartilhar nossa experiência de problematizar questões tão complexas associadas às sexualidades (SANTOS; RODRIGUES; PEREIRA, 2011); articular com pesquisas de Iniciação Científica ligadas às questões de Sexualidade e Relações entre os Gêneros (AQUINO, 2001; DINIZ, 2011 e SILVA, 2011), desenvolvidas e em andamento no curso de Ciências Biológicas da FACIP/UFU sob minha orientação, bem como subsidiar as discussões teóricas e metodológicas da disciplina intitulada Corpo, Gênero e Sexualidade do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da FACIP/UFU que objetiva compreender o significado bio-histórico-social do corpo, do gênero e da sexualidade na construção identitária do sujeito; e, analisar a inter-relação entre Corpo, Gênero e Sexualidade com a Educação em Geral e mais especificamente com a escola e o Ensino de Ciências e Biologia. Nosso ponto de partida teórico para o desenvolvimento deste projeto é embasada na compreensão da representação do Corpo, da Sexualidade e das Relações de Gênero como construídas e aprendidas como parte integrante do desenvolvimento da personalidade e a escola não pode ignorar essa dimensão do ser humano (LOURO, 1997). Dessa forma, compartilhamos com Weeks (1999) quando afirma que a Sexualidade e o Gênero, embora tenha como suporte o corpo biológico, devem ser vistos como uma construção social, uma invenção histórica, pois o sentido e a importância a elas atribuídos são criadas em situações sociais concretas. Além do diálogo e troca de saberes com os/as professores/as das escolas envolvidas, o projeto contará com a colaboração de estudantes de graduação da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal/FACIP dos cursos de Serviço Social, Ciências Biológicas, Administração, Engenharia


de Produção e Química que são petianos/as envolvidos/as em atividades do Pet Conexões de Saberes Saúde da População do Campo (MIGUEL, et al, 2012). Este projeto, como continuidade das ações implementadas pelas ações de extensões dos anos anteriores, materializa uma proposta de formação que correlaciona a formação inicial com a formação continuada. Este duplo da formação, para nós, é de suma importância, pois, retroalimenta as nossas práticas da universidade na condição de agência formadora, fortalece as práticas nas escolas e formação de futuros e já professores da Educação Básica. Por outro lado, destacamos que a composição da equipe com sujeitos de várias áreas do conhecimento Química, Biologia, Serviço Social, Administração, Engenharia de Produção – permite-nos pensar o ato educativo em sua riqueza de referências. A participação de estudantes de Ciências Biológicas, na condição de bolsistas do projeto, trará para os/as mesmos/as uma complementação na formação, tanto no âmbito dos conteúdos específicos da área de Sexualidade, Corpo e Gênero quanto no âmbito da formulação metodológica própria desta área e de fundamentos organizativos de atividades de docência na esfera da Educação Básica. Quanto aos estudantes voluntários das licenciaturas, nossa experiência, em projetos anteriores, sinaliza para a riqueza formativa que o convívio entre estudantes de cursos distintos provoca, além de, termos a clareza que a proposição de projetos desta natureza contribui para a ruptura de certa visão negativa que estudantes desta área de conhecimento têm quanto ao exercício da profissão docente. E, ainda, complementamos no diálogo com Louro, (2007), de que a questão não é culpalizar ou então delegar à escola tudo o que diz respeito a orientar sexualmente o sujeito, mas sim nos convencermos da importância da instituição escola na construção de subjetividades e corpos, uma vez que “[...] suas proposições, suas imposições e proibições fazem sentido, têm efeitos de verdade‟, constituem parte significativa das histórias pessoais” (p. 21). Argumentamos, portanto, que nosso projeto responde aos objetivos do Edital do Programa de Extensão Integração UFU/Comunidade (PEIC/UFU/PROEX/Nº 02/2013) e relevância acadêmica e social naquilo que se refere ao processo acadêmico, de bolsistas e professores formadores, pois é espaço de articulação universidade – escola da Educação Básica, coloca, assim, o futuro professor em contato com a realidade da escola, elemento indispensável na formação do/a aluno/a; proporciona a discussão em torno de temáticas fundamentais na área do Corpo, Gênero e Sexualidade, colocando assim em debate a relação teoria prática, entre o ensinado e o vivido, oferecendo, portanto, se não respostas, possibilidades de diálogo em torno de necessidades


formativas demandadas das escolas e dos professores da Educação Básica. Estes elementos, acreditamos, justificam a proposta apresentada. Objetivos: 1. Proporcionar informações e orientações teóricas e práticas pedagógicas capazes de colaborar com os professores da escola no trabalho com as questões sobre corpo, relações entre os gêneros e sexualidade; 2. Desenvolver oficinas de leitura de material bibliográfico e videográfico que subsidiem a discussão do tema corpo, gênero e sexualidade no espaço da sala de aula;

Objetivos específicos: - Incentivar a troca de saberes e experiências entre os docentes do Ensino Superior e da Educação Básica. - Articular a sexualidade, o corpo e as relações de gênero, subsidiando reflexões acerca das diversas possibilidades, teóricas e práticas de atuação profissional no cotidiano escolar. - Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos existentes e relativos à sexualidade e às relações de gênero, desde que seja garantida a dignidade do ser humano. - Possibilitar aos professores a auto-reflexão sobre a própria visão de sexualidade, sobre seus valores e tabus e, possivelmente, sobre a vivência de sua sexualidade. - Contribuir para que os/as professores/as construam aportes conceituais e elaborem práticas educativas, promovendo o enfrentamento ao preconceito e discriminação de gênero e de identidades sexuais. - Compreender a dimensão histórica e cultural da sexualidade, corpo e das relações de gênero, levando a perceber que suas configurações são plurais e relativas, excedendo o determinismo biológico. Metas/ações: 

Trabalhar com os professores de escolas de Educação Básica (6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e o Ensino Médio) com temas e metodologias de ensino voltadas para as questões do corpo, do gênero e da sexualidade;


Organizar grupos de discussões sobre os tema corpo e sexualidade com a produção de pequenos resumos dos textos lidos e filmes assistidos.

Contribuir com a formação docente, inicial e continuada, na discussão do tema corpo, gênero e sexualidade.

Ações: Preliminares: - Divulgação da proposta junto à Secretaria Municipal e Estadual de Educação de Ituiutaba-MG e às escolas da rede municipal e estadual. - Elaboração do material de divulgação (folders) e inscrições. - Construção do cronograma de execução do projeto a ser entregue aos participantes. Contínuas: - Referem-se às descrições elencadas na metodologia. - O desenvolvimento do projeto, junto aos professores/as, foi organizado da seguinte forma: Carga horária: 48 horas Período: Agosto/2013 à Julho/2014 Total de encontros: 16 – meses especificados no cronograma Encontros quinzenais Duração do encontro: 3 horas Horário: definir segundo a demanda dos/as professore/as Público alvo: professoras/es da Educação Básica (6º ao 9º ano Ensino Fundamental e Médio)  Número de participantes: 30       

Finais: - Sistematização das atividades desenvolvidas ao longo do projeto a fim de publicações e divulgação das mesmas. - Diagnóstico de interesse para a continuidade do projeto em semestres posteriores. Metodologia: A metodologia para realização desta proposta centra-se na organização de atividades com professores da Educação Básica no espaço da escola e do Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LAEN/FACIP), por meio dos seguintes passos: 1. Seleção das escolas para implementação do projeto;


2. Seleção e organização de material bibliográfico e viedeográfico sobre corpo, gênero e sexualidade para discussão em grupo; 3. Organização de grupos de discussão com professoras da Educação Básica e elaboração de pequenos resumos dos textos lidos e filmes assistidos; 4. Construção de um catálogo com bibliografias (livros, capítulos de livros, artigos em revistas), de filmes e vídeos educativos, endereços eletrônicos sobre os assuntos relacionados ao tema da sexualidade e do corpo.

Avaliação do projeto: 

Auto-avaliação dos professores/as em relação às atividades realizadas;

Análise com a Equipe Executora do Projeto;

Os alunos bolsistas deverão elaborar relatórios das atividades desenvolvidas no projeto;

Registros escritos dos/as alunos/as e professores/as das escolas;

Relatórios das atividades desenvolvidas.


Cronograma de execução: Agosto de 2013 a julho de 2014 Atividade

Período Ago

Contato, apresentação e discussão do

Set

Out

Nov

Dez

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

projeto com a Secretaria Municipal e Estadual de Educação Divulgação do projeto nas escolas

X

X

municipais e estaduais Seleção

das

escolas

para

X

bolsistas

X

implementação do projeto Contato

com

os

selecionados para atuarem no projeto Estruturação

do

cronograma

de

X

X

Avaliação diagnóstica do público alvo

X

X

Seleção e organização de material

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Execução do Projeto

bibliográfico e videográfico sobre corpo e sexualidade para discussão em grupo Reuniões do Grupo de Estudos

X

(GEGESEX) – Encontro com as equipes de trabalho Organização de grupos de discussão com professores da Educação Básica e elaboração de pequenos resumos dos textos lidos e filmes assistidos Produção

de

relatórios

parciais

e

Socialização

X

X

X

X

X

X

(avaliação) Produção

dos

trabalhos em eventos científicos e de extensão

X

X


Re-planejamento das ações

X

Construção de um catálogo com

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

bibliografias (livros, capítulos de livros, artigos em revistas), de filmes e vídeos eletrônicos

educativos, sobre

endereços os

assuntos

relacionados ao tema da sexualidade, gênero e do corpo Sistematização

das

informações

coletadas ao longo do projeto e avaliação final das atividades.


Recursos humanos envolvidos:  01 Professora da FACED  02 Professoras da FACIP  02 alunas do curso de Ciências Biológicas - bolsistas  Alunos voluntários do Curso de Engenharia de Produção, Administração, Serviço Social e das Licenciaturas Química e Biologia; Referências: AQUINO, José Luiz Gonçalves de. Representações de Sexualidade de professoras de Ciências da Rede Pública Municipal de Cachoeira Dourada/MG. 2011. 29f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, Ituiutaba, 2011. CARVALHO, F. A. de. Que saberes sobre sexualidade são esses que (não) dizemos dentro da escola? In: FIGUEIRÓ, M. N. D (Org.). Educação Sexual: em busca de mudanças. Londrina: UEL, 2009, p. 1-16. DINIZ, Gabriela Almeida. Livro Didático de Ciências: uma análise a partir das Relações de Gênero. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, Ituiutaba, 2011. PAULA, M. M.; et al. As discussões de sexualidade com estudantes do Ensino Médio: Constatações e desafios. III ENCONTRO MINEIRO DE INVESTIGAÇÃO NA ESCOLA, 2012, Ituiutaba/MG. Anais... Ituiutaba, 2012. PAULA, M. M.; SANTOS, Sandro Prado. Formação continuada de professoras em foco: atividades de intervenções em sexualidade e relações de gênero no âmbito de um projeto de Extensão. In: I ENCONTRO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA, 2012, Uberlândia/MG. Anais... Uberlândia/MG, 2012, ISSN: 2316-1787, set/2012. LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. LOURO, G. L. Segredos e mentiras do currículo. Sexualidades e gênero nas práticas escolares. In: _____. Currículo, Gênero e Sexualidade. Porto: Porto Editora, 2000a, p.37-57. LOURO, G. L. Corpo, escola e identidade. In: _____. Currículo, Gênero e Sexualidade. Porto: Porto Editora, 2000b, p.87-107. LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In.: _______. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p.7-34. MIGUEL, M. A. C.; ARAÚJO, B. O. de.; CARVALHO, R. A.; SANTOS, Sandro Prado. PET MAIS


SAÚDE – Dialogando sobre Sexualidade e prevenção na Educação de Jovens e Adultos: Relatos de um projeto de extensão. Revista Horizonte Científico, v. 6, Suplemento 4, Jul/2012. ISSN: 1808-3064. MIGUEL, M. A. C.; ARAÚJO, B. O. de.; SANTOS, Sandro Prado. Ações de extensão em sexualidade e prevenção na formação de Jovens e Adultos. In: I ENCONTRO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA, 2012, Uberlândia/MG. Anais... Uberlândia/MG, 2012, ISSN: 2316-1787, set/2012. MIRANDA, P. M. et al. A temática sexualidade no Programa Institucional de Iniciação à docência: formação e práticas no Ensino de Biologia. In: III ENCONTRO MINEIRO DE INVESTIGAÇÃO NA ESCOLA, 2012, Ituiutaba/MG. Anais... Ituiutaba, 2012. SANTOS, Sandro Prado.; CICILLINI, G. A. Sexualidade e Relações de Gênero no âmbito da formação docente em Ciências Biológicas: diálogos para a construção de um caminho. In: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO SEXUAL: GÊNERO, DIREITOS E DIVERSIDADE SEXUAL: TRAJETÓRIAS ESCOLARES, 2011, Maringá/PR. Anais... Maringá, 2011. ISSN:2177-1111, p. 1-10. __________.; DIAS, D. F. Memórias da trajetória de professoras no âmbito de um curso de Extensão “Sexualidade Infantil e Relações de Gênero”. Revista Em Extensão, v.11, n.2, p.3444, jul/dez, 2012. __________.; PAULA, M. M. Grupos de Estudos de Sexualidade e Relações de Gênero no contexto escolar: uma experiência na formação inicial de professores de Biologia. Revista SBEnBio. Repensando a experiência e os novos contextos formativos para o Ensino de Biologia, n. 5, ISSN: 1982-1867, set/2012. __________.; RODRIGUES, F. F. dos S.; PEREIRA, B.B. Abordagens da Sexualidade nos Anos Finais do Ensino Fundamental: uma análise a partir do Portal do Professor. In: XI SEMINÁRIO NACIONAL O UNO E O DIVERSO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR, 2011, Uberlândia. Anais... Uberlândia, 2011. __________.; SPOSITO, N. E. C.; DIAS, Danielly Ferreira. Diálogos em torno da Sexualidade Infantil: Concepções que se entrelaçam a partir de um projeto de extensão. In: XXVI Congresso de Educação do Sudoeste Goiano – 2º edição Nacional – Conhecimento, formação e ética: a educação na contemporaneidade. Anais... Jataí: UFG, Nov/2011. ISSN: 1982-0186. SILVA, Elenita Pinheiro Queiroz.; CICILLINI, Graça Aparecida. Das noções de corpo no Ensino de Biologia aos dizeres sobre sexualidade. In: 33ª REUNIÃO ANUAL DA ANPED – EDUCAÇÃO NO BRASIL: O BALANÇO DE UMA DÉCADA. Caxambu/MG. Anais... Caxambu/MG, 2010. SILVA, Liza Manuela Martins. Sexualidade e Formação Docente: concepções dos/as futuros professores/as de Ciências e Biologia. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, Ituiutaba, 2011.


TRIVELATO, Silvia Lúcia Frateschi. Que corpo/ser humano habita nossas escolas? In: AMORIM, Antonio Carlos Rodrigues et al (Orgs.). Ensino de Biologia: conhecimento e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2005. p. 121-130. WEEKS, Jeffrey. O corpo e a sexualidade. In.: LOURO, Guacira (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 35-82.


Orçamento:

Item Bolsa Mensalidade

de

estágio

Quantidade

Valor unitário (R$)

Valor total

24

400,00

9600,00

50

1,17

58,50

01

87,00

87,00

2 resmas com 500 folhas

13,90

27,80

2

300

600,00

acadêmico de extensão

para bolsistas

Material de consumo

Cdr-w regravável (80mi/700mb)4x pino Sony PT 25 UN Cartucho toner p hp laserjet 1300 preto Papel sulfite A4

Serviços de terceiros pessoa física

Palestras, Oficinas

C U S T O

T O T A L

10.373,30


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