ANTEONTEMCAPIVARY - Eduardo Maluf (1922-1988)

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ANTEONTEMCAPIVARY EDUARDO MALUF (1922-1988)

março de 2022 - Ponto de Cultura Casa Rosa


2022 Março Ponto de Cultura Casa Rosa Memorial Virginia e Carlos Mattos Capa: Ângelo (Lucas) Castro Neves apoiado na mesa e Eduardo Maluf (Homero Dantas). Local: Mercado Municipal (construído em 1886 e demolido na década de 60). Foto: Autoria desconhecida.

Casa Rosa Coordenação_ Maria Augusta Bastos de Mattos João Augusto Bastos de Mattos Educativo_ Daniela Canto Curadoria_ Bruno Bossolan

ANTEONTEMCAPIVARY é uma coluna em que a Casa Rosa, através de relatos, depoimentos, artigos de jornal e anotações, resgata acontecimentos históricos da cidade.

Suplemento Cultural da Casa Rosa rua General Osório, 239 - Centro CEP: 13360-000 - Capivari, SP pontodeculturacasarosa@gmail.com



ANTEONTEMCAPIVARY Eduardo Maluf (1922-1988)

Há 100 anos nascia em Capivari Eduardo Maluf, que amou sua cidade durante os seus 66 anos de vida.


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Repercussão da morte de Eduardo Maluf no jornal O Estado de S.Paulo, 31 de agosto de 1988

ACERVO CASA ROSA

“Com a morte de Eduardo Maluf, o Estado perdeu valiosa colaboração”

“o Estadão, que ele tanto amava, não deixou de ser entregue aos leitores da regiao, onde era representante do jornal, nem no dia da sua morte”

ACERVO CASA ROSA

Repercussão da morte de Eduardo Maluf no Correio de Capivari, 20 de agosto de 1988 “seu nome, acreditamos, será perpetuado numa praça, numa rua, numa vila, para que nossos pósteros possam sempre lembrar-se”


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Nota de Geraldo Toledo Amaral, ex-prefeito e amigo, no Correio de Capivari, 13 de agosto de 1988 “Conheceu a vida em toda a sua crueldade, no que ela tem de mais cruel, mas a Providência Divina não permitiu que ele se abatece totalmente e Deus lhe proveu a vida, dando-lhe uma invejável inteligência, cultura, saber, que lhe valeram tornar-se um dos grandes e ilustres filhos de Capivari”


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Pesar de Carlos Lopes Mattos no Correio de Capivari, 13 de agosto de 1988


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EDUARDO MALUF ,, HOMERO DANTAS ,, Capivari ficou mais pobre na ma-

seja uma perfeição na técnica e exposição

drugada de domingo, 7 de agosto, quando

didática mas podemos dizer, sem medo de

faleceu o Sr. Eduardo Maluf, o poeta.

errar, que nenhum museu foi mais amado

Capivariano, filho de libaneses,

e mais ferrenhamente resguardado que o

dedicou à sua terra uma verdadeira vene-

de Capivari. Esperamos que o Museu não

ração amando-a com todo o ardor de seu

pereça e que outras mãos tão dedicadas

sangue oriental.

venham resguardar nosso passado.

Era um autodidata e, com apenas os quatro anos antigos do grupo escolar Augusto Castanho, conseguiu superar a falta de um ensino metódico e formal dedicando-se desde menino com muito sacrifício, a muitas leituras e por isso adquirindo uma redação escorreita e um conhecimento prático da língua, e que o levava a corrigir textos de muitos professores e de muitos universitáros. De memória prodigiosa era capaz de reconhecer e filiar qualquer verso de autor brasileiro e mesmo português e era um monumento vivo da história de Capivari e das crônicas políticas contemporâneas ou antigas de São Paulo e do Brasil. O amor pelo passado de sua terra conduziu-o ao interesse pelo museu e foi, por mais de vinte anos, diretor do Museu

Eduardo Maluf nasceu em 3 de fevereiro de 1922 em pleno mês da Semana de Arte Moderna. Quem sabe se os eflúvios da época influenciaram sua alma sensível embora ela não fosse um modernista. Sempre cultivou a poesia clássica e a imprensa local e órgãos literários como as “Letras da Província de Limeira” publicaram muitas de suas poesias, seus versos alexandrinos e o célebre acróstico que dedicou à sua querida Capivari. Esse acróstico foi publicado, ainda este ano, por acasião do aniversário de Capivari, no “Correio” por nímia gentileza e ternura do jornalista Costa Novo que aí juntava seus votos pelo restabelecimento do poeta. Não se curou o poeta do mal violento que o acometeu. Mas estará no céu

Pedagógico Cesário Motta. No museu era

junto à mãe que idolatrava e com os seus

um guarda fiel dos documentos da vida

poetas. E quando Rodrigues de Abreu e

capivariana. Com carinho mostrava a ga-

Amadeu Amaral perguntarem ao poeta

leria de retratos dos grandes de sua terra

Homero Dantas como vai a “terreola” ele

repetindo fatos sobre cada um, ou com que

lhes dirá: o velho Capivari “vai lento, sem

orgulho desdobrava as cartas de Abreu, as

força e brilho, mas nossa Capivari é sem-

lembranças de Amadeu, as recordações de

pre a “terra de muito azul e muita harmo-

Tarsila. Pode ser que o nosso museu não

nia”.


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Nota do ex-prefeito Miguel Simão Neto no Jornal da Cidade, 13 de agosto de 1988

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“Pois foi este homem que Capivari e o ‘O Estadão’ acabam de perder _ um intelectual de raro explendor, humilde, bom, generoso e muito festejado pelos de fora, que aqui vinham e visitavam o museu de Cesário Motta”


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Editorial do Correio de Capivari, 13 de agosto de 1988

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“Além de poeta fabuloso, Homero Dantas (Eduardo Maluf), foi o escritor, o jornalista, o crítico, o historiador, o museólogo, o cultor das letras, o amigo e o irmão que se destacou em todos os setores abraçados, sempre, porém, recolhido à humildade que lhe era peculiar”


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Editorial do Correio de Capivari, 10 de janeiro de 1989

“Não foram poucos os elogiosos comentários recebidos sobre as crônicas, artigos e versos surgidos da pena brilhante de Homero Dantas, pseudônimo que Eduardo Maluf usava”


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Editorial do Correio de Capivari, 05 de agosto de 1989

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“Pois foi este homem que Capivari e o ‘O Estadão’ acabam de perder _ um intelectual de raro explendor, humilde, bom, generoso e muito festejado pelos de fora, que aqui vinham e visitavam o museu de Cesário Motta”


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em memória

artigos e poesias


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DUALIDADE - H.Dantas Vida a passar que canta, vida a passar que chora, a vida me acalanta, a vida me apavora. Sufoco na garganta canto de ave canora, pois tudo a vida encanta e tudo a vida gora.

ACERVO CASA ROSA

Meu verso, com acuidade, fixa essa dualidade intencional e imensa da vida dolorosa, da vida jubilosa, chorando e rindo infensa.

SALOMÉ E OUTROS VERSOS Publicação Póstuma, 1997 212 páginas Organização: Movimento Capivari Solidário Apoio: Ministério da Cultura - Lei Federal de Incentivo à Cultura


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MENOTTI DEL PICCHIA E A HEROICA IMPRENSA DO INTERIOR Correio de Capivari 27 de agosto de 1966


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DÉCIO VALENTE, PROSADOR E POETA Correio de Capivari 31 de maio de 1969


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ODYLO, O ALTÍSSIMO POETA Correio de Capivari 25 de agosto de 1979


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Nota do Correio de Capivari 10 de julho de 1988


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Capivari de antanho: uma vendinha Ao lado de uma estrada solitária... Por volta, o rio insone... e uma barquinha Indo além... Fundação... A tumultuária Vida inicial... Progresso... Café... Cana... A lavoura... Ânsia cultural... poesia... Renome de cidade linda e ufana, Irradiante de luz e de magia! H.Dantas


Conhecido na Casa Rosa como “o Poeta”, Eduardo Maluf manteve relação de amizade com a família Lopes de Mattos e foi frequentador assíduo da casa. Conversava sobre assuntos corriqueiros e literários, sempre pontuando correlações com a história. Fica nesta singela edição do AnteontemCapivary uma homenagem ao centenário de nascimento do poeta, que se dedicou inteiramente a salvaguardar a memória local.


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