Controle Certeiro Bayer DBO - Capítulo 5

Page 1

Parte integrante da Revista DBO edição de Março – 461

Destaque e guarde para colecionar

Fascículo

Controle certeiro 5 Criação e texto: Renato Villela. Projeto gráfico e ilustrações: Edson Alves. Supervisão técnica: Rovaina Doyle/IPVDF.

Não deixe o inimigo voltar! O quinto fascículo deste projeto de DBO, conduzido em parceria com a Bayer, é dedicado às medidas complementares de controle do carrapato, que visam manter a infestação em níveis baixos. Monitorar o inimigo é fundamental, porque ele está sempre à espreita, aguardando somente uma brecha para contra-atacar. Todo cuidado é pouco!

Medidas auxiliares de controle Trate os animais recém-adquiridos

Faça rotação de pastagem

Animais vindos de outras propriedades devem ser tratados com carrapaticidas ainda no curral e depois mantidos em quarentena por 25 dias, antes de sua incorporação ao rebanho. Esse período é suficiente para que todos os carrapatos caiam, uma vez que seu ciclo de vida é de 21 dias.

Prática cada vez mais comum entre os produtores, a rotação de pastagem ajuda a diminuir o número de larvas viáveis no ambiente, pois parte delas morre durante o período de descanso do pasto, por falta de hospedeiros (bovinos). Essa prática traz resultados bastante satisfatórios a longo prazo.

Elimine os animais de “sangue doce”

Dê preferência a animais selecionados para resistência

Conforme vimos no terceiro fascículo, existem animais de “sangue doce”, aqueles que, por se coçarem menos, são mais infestados por carrapatos. Esses bovinos devem ser eliminados do rebanho, pois são mantenedores do parasito.

Zebuínos são mais resistentes ao carrapato do que os taurinos, mas, nos últimos anos, a genômica tem permitido a obtenção de animais de sangue europeu com maior tolerância ao parasito. Independentemente da raça criada na fazenda, valorize esse quesito.

Feche a porteira para o carrapato! Animais trazidos de fora podem infestar sua propriedade. Para evitar que isso aconteça, reserve um espaço para recebê-los, estabeleça uma quarentena e adote medidas adequadas de manejo. Veja algumas abaixo:

Aceiro

Roçagem

Fogo

Piquetes reservados aos animais recém-chegados devem ser roçados ao final da quarentena bem rente ao solo, para que os raios solares penetrem e matem boa parte das larvas que estão no ambiente.

Na compra de reprodutores ou matrizes, pode-se manter os animais isolados em baias. Ao fim da quarentena, deve-se queimar o substrato (cama) dessas baias para se eliminar as larvas do ambiente.

2 metros

Isole a área destinada à quarentena e desseque uma faixa de capim (2 m) nas divisas com os demais piquetes. Sem umidade, as larvas terão dificuldade para sobreviver e migrar para o pasto ao lado. Direitos de reprodução resevados à DBO Editores


Fique de olho! Um dos maiores obstáculos ao controle do carrapato é a chamada “resistência”, que pode se instalar por meio da seleção e reprodução de indivíduos naturalmente resistentes ou que adquiriram essa condição por falhas na aplicação de carrapaticidas.

Como se instala a resistência

Carrapatos naturalmente resistentes ou que sofreram mutação sobrevivem à ação do carrapaticida.

Com o uso contínuo do mesmo princípio ativo, os indivíduos resistentes que sobreviveram se reproduzem.

Cada vez mais os carrapatos resistentes acasalam entre si e aumentam em número.

Chega-se a um ponto em que a maioria da população é composta por descendentes dos carrapatos resistentes. Carrapatos sensíveis

Carrapatos resistentes

O que fazer? Realize o teste de sensibilidade ao carrapaticida (biocarrapaticidograma) e aplique-o do jeito certo, na época indicada pelo controle estratégico. Para avaliar a eficácia do produto em uso, repita o teste anualmente.

Mito ou Verdade? Pisotear carrapatos grandes (teleóginas) pode aumentar o risco de proliferação, porque isso espalha seus ovos no ambiente. MITO – Essa informação é encontrada até mesmo em alguns livros, mas não procede. Por mais que os ovos estejam prontos para serem ovipostos, as fêmeas do carrapato têm de lubrificá-los um a um, para que eles completem a maturação e originem larvas. Se a fêmea for esmagada, a chance de proliferação é zero. Importante ressaltar, no entanto, que nem carrapatos, nem pulgas ou piolhos devem ser estourados entre as unhas, sob o risco de seu conteúdo interno espirrar na boca ou olhos da pessoa e causar infecção, caso estes parasitos estejam abrigando algum microrganismo patogênico.

Na próxima edição falaremos sobre as novidades da pesquisa para o controle do carrapato. Acompanhe mais informações no endereço portaldbo.com.br/controle-certeiro contato: renato.villela@revistadbo.com.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.