Portal ERP - Caderno Especial Mercado de Telecom

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NĂşmero 6 | Ano 3

Caderno Especial

Mercado de

Telecom


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New technology on the horizon.

ADAPT

FOR AGILE BUSINESS


Editorial

O Expertise das Crises

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m julho deste ano, participei de um evento nos EUA voltado justamente ao empreendedorismo, mais precisamente, como o uso da tecnologia pode trazer benefícios às corporações, melhorando suas gestões, tornando-as mais eficientes e, consequentemente, mais competitivas. Foram alguns dias de experiências muito ricas, trocadas com gente de toda parte do mundo. E claro, a esta altura do campeonato, todos eles já sabiam e acompanhavam o cenário político e econômico que estávamos vivendo por aqui. Eis que em um dos dias, um colega espanhol me confessou: “Sabe o que eu mais admiro nos brasileiros? Vocês têm uma capacidade incrível de gerar crises e um capacidade ainda maior de enfrentar e sobreviver a elas. Vocês definitivamente são PhD em crises!”. Mas sobre esta conclusão vamos falar mais a frente. Faltando menos de dois meses para terminar 2016, podemos afirmar categoricamente que o ano foi de bastante apreensão. O clima de incertezas pairou no ar, sobretudo, no primeiro semestre do ano. A sequência desta equação é sabida por todos: apreensão leva a incerteza; incerteza leva a dúvida; dúvida leva a retração e a partir daí estaremos fatalmente falando em fôlego, ou seja, por quanto tempo a empresa vai conseguir administrar a situação sem ter que olhar para dentro e decidir o que ou quem vai cortar. Com uma sensibilidade maior em alguns verticais ou setores como a Indústria, ou menor em setores como o Agronegócio, por exemplo, mas este foi o cenário de muitas corporações ao longo do ano. E naturalmente o setor de TI e Telecom sentiu a retração. Após sucessivos crescimentos não menores que 5%, a expectativa é fechar o ano em algo próximo de 3% de crescimento, segundo estudo publicado recentemente pela Associação Brasileira de Software (ABES) em conjunto com IDC. Mas, como sabemos, o setor é por essência dinâmico e o advento de novas tecnologias trás sempre consigo um cenário de oportunidades. De acordo com o estudo Brazil Small & Medium Business: ICT & Cloud Services Tracker, divulgado no final de setembro pela Intel, o mercado de nuvem para PMEs brasileiras movimentará US$ 6,6 bilhões (aproximadamente R$ 21 bilhões) no País em 2016 e, nos próximos quatro anos, a expectativa é que o mercado de tecnologia para esse segmento no Brasil salte dos atuais US$ 48 bilhões (R$ 155 bilhões) para US$ 63 bilhões (R$ 200 bilhões). Em estudo recente da Gartner, os gastos com soluções “as a Service” no Brasil terão expansão prevista de 5,6%, para 2016, e uma aceleração em 2017, com expansão de 19,8%. Um estudo divulgado no primeiro semestre do ano pela IDC apontava que o mercado de IoT movimentaria expressivos US$ 4,1 bilhões no Brasil em 2016. O mesmo mercado na América Latina crescerá de US$ 7,7 bilhões, registrado em 2014, para algo próximo a US$ 15,6 bilhões em 2020. Esta demanda continua pelo uso da tecnologia, associada a uma visão mais clara dos próximos passos no âmbito político e econômico do País, favorecem a retomada gradual dos investimentos. E claro... respondendo a conclusão do amigo espanhol, devemos arregaçar as mangas e exercer com vigor a nossa capacidade tão admirada!

Luciano Itamar Publisher

Expediente Diretor Executivo Marcelo Sinhorini • Publisher Luciano Itamar • Jornalista Fátima Costa (MTB 37.425) Projeto gráfico e diagramação Flávio Bissolotti • Colaboradores Leticia Maria Pereira Rodrigues, Dan Matthews e Marcos Paulo Malagola • Executiva de Contas Andrea Sinhorini Administrativo Amanda Lima • E-Learning Flávia Barreto • Sistemas e Designer Rogério Costa, Gabriel Alencar • Impressão Gráfica Revelação

iX Tecnologia e Comunicação Ltda.

Fundadores: Luciano Itamar e Marcelo Sinhorini End.: Av.Paulista, 1765 cjs.71-72 | 01311-200 - São Paulo - SP - Brasil 55 11 3170-3273 contato@portalerp.com www.portalerp.com Portal ERP é marca registrada de propriedade da iX Tecnologia e Comunicação Ltda. O Caderno Especial Portal ERP 06Mercado de Telecom Outubro de 2016 é parte impressa proveniente de conteúdo do Portal ERP. Logo propriedade deste

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Mercado de Telecom | Mega Sistemas Corporativos

Sistemas ERP: pilar essencial para apoiar gestores na redução de custos, aumento da produtividade e eficiência corporativa

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tualmente muitos empreendedores têm um grande desafio relacionado à gestão de seus negócios: a necessidade de unificação dos processos e a comunicação entre os diferentes setores de uma corporação. Somada a este desafio, existe a permanente necessidade de redução de custos em mercados mais competitivos, preparando as empresas para sobreviver aos períodos de instabilidade econômica, retração e até mesmo variações do mercado. Mas a boa notícia é que os softwares de ERP estão prontos para auxiliar nesta tarefa, proporcionando a gestão integrada do negócio e ajudando a economizar recursos financeiros em vários aspectos. Um ERP, ou Sistema de Gestão Empresarial Integrada, como também é conhecido, atua de forma unificada, usando a mesma base de dados para controlar diferentes áreas de uma empresa. O primeiro resultado disso é a agilidade no levantamento de dados, beneficiando a tomada estratégica de decisões. Em alguns casos, isso é vital: é possível fazer levantamento de todas as informações do funcionamento de uma empresa, a partir de seus vários setores, para decisões relativas à análise de custos, tor-

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nando essa avaliação muito mais eficiente e rápida do que os levantamentos fragmentados em setores diferentes. O impacto positivo da adoção de um ERP nas corporações de qualquer porte é tão grande que, além de reduzir os gastos que a empresa possui, garante o retorno da verba que foi destinada para a compra e implementação desta tecnologia logo após os primeiros anos em que passou a ser aproveitada nos processos da empresa. E isso ocorre justamente porque as vantagens em se investir na gestão integrada são tantas que rapidamente os bons resultados aparecem. Com um ERP é possível eliminar diversos sistemas em que seria necessário fazer a entrada de dados de forma independente, evitando que a mesma atividade seja feita várias vezes por pessoas diferentes. Assim, a gestão também se torna mais eficiente, podendo controlar de forma mais ágil toda informação que provém do mesmo banco de dados. O controle de pedidos por um ERP também é mais rápido e eficiente, tornando todo o fluxo interno de mercadorias, desde a recepção e estocagem até a entrega ao cliente. Assim, é possível manter menores estoques, ter processos internos melhores e garantir maior agilidade de toda a logística interna. E para empresas que estão sempre em busca de crescimento com quadro reduzido,


um dos principais benefícios da utilização de um ERP é a automatização de processos que antes eram executados de forma manual nas empresas. Automatizando tarefas, existe menor necessidade de pessoal para preenchimento de notas, alimentação de diferentes bancos de dados, controle de estoque e gestão financeira da empresa, mantendo os times focados na estratégia do negócio e não mais na esfera puramente operacional. Com o controle de estoques automatizado, por exemplo, é possível planejar melhor as compras, mantendo estoques mínimos e deixando a empresa menos exposta às mudanças do mercado. Além disso, outro fator primordial é o atendimento às exigências tributárias do

país. Os ERPs facilitam, por exemplo, a emissão das Notas Fiscais Eletrônicas. Este tipo de NF também auxilia na redução dos custos, já que não é preciso ter equipamentos caros ou papel específico para a impressão. E se considerarmos ainda que no Brasil, nos últimos 26 anos, foram criadas 320.343 normas específicas para a área Tributária – uma média de criação de 46 normas por dia – os sistemas de gestão tornam-se fundamentais para manter o domínio corporativo sobre a complexidade tributária nacional e atender todas as obrigações governamentais, evitando o risco de multas e onerações por descumprimento da lei. Somente com essa rápida análise já é possível mensurar a importância de um sis-

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Mercado de Telecom | Mega Sistemas Corporativos tema de gestão para aumentar a produtividade e eficiência das organizações, e a cada dia mais as empresas percebem que investir em inovação e tecnologia é algo imprescindível para se manterem vivas e saudáveis em seus segmentos de atuação. Aproveitar ao máximo os recursos de TI transforma o ambiente de trabalho e ainda estreita o relacionamento com o cliente. Melhores práticas poderão ser tomadas a partir da adoção de um sistema integrado de gestão, de forma que o gestor possa planejar melhor as estratégias de mercado, otimizar seus processos, manter o controle de sua empresa, entender seus clientes e ter mais confiança para sua tomada de decisão. Implementação: a chave para o sucesso do seu sistema São claros os benefícios para uma empresa adquiridos á partir da utilização de um sistema ERP. Contudo, existe um ponto fundamental para que esta boa expectativa se concretize: a implementação. Este processo, se mal conduzido, pode influenciar de forma inadequada o ambiente corporativo e impactar negativamente no clima organizacional de uma companhia. Isso ocorre, porque estes sistemas transformam tanto a rotina das pessoas como os processos adotados, muitas vezes, por um longo período de tempo. Embora a informatização seja essencial para o empreendedor que deseja se manter competitivo no mercado, muitos sofrem por não escolherem o programa realmente alinhado às suas necessidades ou acabam perdendo as rédeas de sua utilização. Algumas dicas podem ajudar a obter sucesso na implementação de um ERP. São elas: • Escolha bem o software antes de instalá-lo. Parece básico, no entanto, muitas empresas não tomam os devidos cuidados nesta importante fase. A maioria das companhias não investe tempo para conhecer o fornecedor da solução, suas metodologias e tradição no mercado, além de nortearem as suas decisões apenas no custo. Também é recomendável procurar fornecedores que desenvolvam softwares especialistas, adequados para atender às necessidades de cada empresa, de acordo com o seu setor de atuação; • Reduzir sumariamente as horas de treinamento das equipes que utilizarão os sis-

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temas, em função do investimento no projeto, pode sair muito mais caro do que se imagina. Treinamento é essencial, pois serão os colaboradores que utilizarão os softwares após a implantação. Lembre-se, a implementadora já conhece o produto e tem um prazo contratual para deixar a empresa apta a utilizar os programas contratados, porém todos precisam estar devidamente capacitados ao final deste processo; • Não transfira a responsabilidade do sucesso do projeto apenas para o fornecedor contratado. A implementadora participa com todo seu know-how, porém o envolvimento de todas as áreas e gestores da contratante é fundamental. Somente assim será possível usufruir de todos os benefícios que a utilização destes softwares oferece; • Documente tudo. A implantação de um ERP é um momento ímpar para que haja revisão dos processos utilizados pela empresa e para eliminar os vícios adquiridos ao longo do tempo, além de evitar retrabalhos no futuro. Dedique tempo ou concilie um projeto de revisão de processos internos para que você mantenha o conhecimento da ferramenta perene em sua empresa, minimizando os impactos em eventuais trocas de equipe; • E monitore constantemente o uso da ferramenta. É comum que, ao longo do tempo, os usuários, especialmente os que não participaram do processo de implantação, comecem a deixar de usar certas funcionalidades, voltando ao hábito de adotar planilhas e controles paralelos. É saudável, anualmente, fazer uma medição da utilização das funcionalidades disponíveis na ferramenta e comparar com o que é realmente utilizado na prática. Com 30 anos de atuação, 700 colaboradores, 15 canais de atendimento, presença direta em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e mais de 2.000 clientes em todo o território nacional, a paulista Mega Sistemas Corporativos é uma S.A. de capital fechado com um portfólio de produtos e serviços que oferece soluções de gestão empresarial para os mercados de Construção, Manufatura, Logística, Combustíveis, Agrobusiness e Serviços.

Marcos Malagola

Diretor de Serviços da Mega Sistemas Corporativos


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Mercado de Telecom | Konviva

Educação e conhecimento:

fatores de competitividade

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stamos vivendo tempos de crise no Brasil e na economia mundial. O cenário que se apresenta exige que governo, empresas e sociedade sejam cada vez mais produtivos a fim de garantir a competitividade e o crescimento sustentável. Hoje, o que isto quer dizer? Fazer mais com muito menos, melhorar significativamente a relação entre os meios e os resultados, atender a altos padrões de qualidade, inovar e lidar rapidamente com novas tecnologias. Para isso é fundamental, por um lado, um amplo contingente de pessoas educadas, treinadas e capacitadas, e por outro, é necessária a produção, troca e disseminação de conhecimento. Entretanto, segundo estudo do Instituto de Estatísticas da UNESCO de 2012, o Brasil tem menos de 10% de seus alunos de ensino médio matriculados em cursos profissionais e técnicos. É preciso expandir a participação em programas de educação profissional e tecnológica para cobrir a gigantesca lacuna de qualificação dos trabalhadores. Neste cenário, como então as empresas podem ser produtivas, proativas e não reativas frente às necessidades impostas por mercados cada vez mais competitivos e recursos escassos? A educação corporativa, a gestão do conhecimento formal e informal são fundamentais para que as empresas alcancem seus objetivos estratégicos, assegurando seu crescimento e a criação de valor. Devem estar, portanto, alinhados e à serviço dos objetivos estratégicos da organização. Não se trata do consumo de informação, mas da combinação de métodos e tecnologias que sejam capazes de dar novo significado ao conhecimento em novos contextos, flexibilizar seu acesso e ganhar agilidade na sua aplicação e renovação.

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No dia a dia, as pessoas necessitam acessar a base de conhecimento instalada na forma de normas, procedimentos, processos, treinamentos formais em formato digital e/ou presencial, ou simplesmente se conectarem a pessoas que lhes ajudem a desempenhar melhor suas funções. Isto não se resume a sistemas de informação caros e complicados. Os LMS (Learning Management System) ou Sistema de Gestão da Aprendizagem, mudaram o cenário da educação corporativa e da colaboração. Os LMS são softwares que gerenciam e proporcionam um ambiente controlado e seguro para a oferta de treinamentos, colaboração e troca de conhecimento contextualizados, e mensuração de resultados. Quando o acesso é limitado ou os colaboradores não sabem que o conhecimento existe, o resultado será a redução significativa da eficiência do trabalho e da capacidade de inovação. Em qualquer organização não é difícil encontrar alguns dos seguintes fatores restritivos: • Leva-se muito tempo para encontrar uma informação ou expertise interna. As pessoas agem simplesmente sem considera-las ou não fazem nada a respeito. • Há pontos isolados de excelência entre numerosas oportunidades de melhoria. Uma prática bem-sucedida em uma região ou unidade de negócios pode economizar tempo, dinheiro ou ambos se aplicada em outros contextos. • A organização sofre de uma “amnésia corporativa”, onde as lições aprendidas uma vez são aprendidas novamente em outro momento, ou o mesmo problema é resolvido várias vezes, mas de formas ligeiramente diferentes a cada vez. • As pessoas compartilham soluções no café e corredores, mas as informações não fluem e são descartadas com os copinhos. • Tecnologia da informação, competências sociais e culturais não são alavancadas.


As organizações são orgânicas; elas se expandem e diminuem tanto em termos de tamanho como em capacidades organizacionais conforme as pessoas entram e saem. Como a conversão do conhecimento tácito em explícito é um fenômeno altamente volátil e dependente da iniciativa pessoal, o que é

compartilhado entre duas pessoas ou num pequeno grupo no dia a dia não é prontamente convertido para o contexto corporativo. O resultado da perda de conhecimento ou “amnésia”, quando o capital intelectual da empresa não se converte em recursos de conhecimento e aprendizagem, frequentemen-

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Mercado de Telecom | Konviva te resulta em resolver sintomas, ao invés de buscar as causas dos problemas. O que seria mais improdutivo do que “reinventar a roda”? Em tempos de crise e achatamento das estruturas organizacionais isto se torna ainda mais crítico. Um fenômeno bastante visível é a contratação de consultorias – de longe com maior custo – ou contratar os serviços de ex-colaboradores ou colaboradores aposentados como consultores para tarefas que antes eram executadas por eles mesmos. Este desperdício de tempo, dinheiro e desvalorização das pessoas faz sentido?

O LMS torna o ambiente de aprendizagem e colaboração tangível e real para as pessoas, bem como carrega consigo as melhores práticas, automatizam processos e trazem instrumentos que facilitam a gestão. As “organizações inteligentes” são aquelas que desenham processos, documentam práticas, fornecem ferramentas e criam incentivos que continuamente enriquecem o ambiente de trabalho e a sua própria realização, com conhecimentos e informações cada vez mais relevantes e oportunos, tanto no ambiente interno como externo. Entretanto, este ambiente será tão bom quanto as pessoas estejam comprometidas, engajadas e sejam protagonistas do seu próprio desenvolvimento. É preciso fornecer meios para que criem, compartilhem, usem e reusem o conhecimento, no meio da prática diária, para continuamente melhorar suas capacidades, competências e contribuição à cadeia de valor organizacional. A ssim, as “organizações

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inteligentes” são aquelas que ajudam as pessoas a usare, seu ambiente para se tornarem melhores e mais capazes no que fazem. Por outro lado, “colaboradores inteligentes” são aqueles que podem (e querem) acessar, processar e integrar informações e conhecimentos do mercado, consumidores, clientes e do ambiente operacional, internalizando, dando-lhes sentido e contexto, convertendo em conhecimento útil para dia a dia, em práticas reais, como também em algo que possa ser usado no futuro. Neste sentido, a aprendizagem é a grande força integradora entre o conhecimento que “vive” fora dos indivíduos, mas pode fazer deles mesmos e da organização mais fortes, produtivos e competitivos. Converter o problema em solução é mais simples, rápido e com melhor custo do que parece. As tecnologias estão cada vez mais acessíveis a todos os tipos de público e tamanhos de organização. Computadores, tablets e smartphones estão presentes no quotidiano de quase todas as pessoas, de diferentes níveis socioeconômicos, sejam para entretenimento e comunicação, como também para a aprendizagem. Ninguém lhe ensinou a operar o Facebook, Linkedin, Waze ou aplicativos de banco, certo? O mesmo acontece com a tecnologia da comunicação e informação, com sistemas amigáveis, intuitivos, mídias interativas como jogos, simuladores, vídeo aulas que tornam a aprendizagem mais simples, acessível e interessante, e que funcionam não só em computadores, mas também em tablets e smartphones. O LMS torna o ambiente de aprendizagem e colaboração tangível e real para as pessoas, bem como carrega consigo as melhores práticas, automatizam processos e trazem instrumentos que facilitam a gestão. Adotar um ambiente de aprendizagem e colaboração on line diminui consideravelmente os custos, dá ganhos de escala e permite que as pessoas aprendam no seu ritmo e conforme a sua conveniência, sem perder qualidade da aprendizagem e das relações humanas. É preciso ter foco no negócio e mensurar resultados a fim de verificar se a estratégia da educação corporativa está trazendo resultados e está alinhada à estratégia da organização. Crises e contextos econômicos difíceis não se instalam do dia para a noite. É preciso criar prontidão e adotar instrumentos para que a or-


As “organizações inteligentes” são aquelas que desenham processos, documentam práticas, fornecem ferramentas e criam incentivos.

ganização seja proativa e tenha capacidade de reação frente às pressões de mercado e restrições de recursos. Também é preciso preparar a organização para tirar o máximo proveito das oportunidades nos tempos de bonança, e até da crise. Seja qual for o contexto, vale a pena refletir sobre a famosa afirmação de Derek Bok, ex-reitor e ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard: “Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância”.

Leticia Maria Pereira Rodrigues Diretora de Negócios – Ilog Tecnologia

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Mercado de Telecom | IFS

Quebrando 3 mitos de IoT Não há dúvidas que o mercado de Internet das Coisas (IoT) está evoluindo rapidamente. No relatório “Digital Transformation - an Internet of Things perspective”, o IDC prevê que as bases instaladas de IoT crescerão de 13 bilhões de unidades (2015) para 30 bilhões até 2020. Segundo o IDC, as indústrias que mais investirão em soluções de IoT são as de manufatura, transporte, energia e utilities e varejo, com uma larga escala de casos de usos de IoT.

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m outras palavras, o relógio do IoT Industrial está rodando e os negócios que ainda não estão trabalhando com as oportunidades, oferecidas pelo IoT, precisam criar e implementar seus planos rapidamente. Então, por que as empresas ainda estão hesitando? Uma das razões é que há vários conceitos errôneos ou mitos a respeito de IoT, que fazem com que os tomadores de decisões hesitem e algumas vezes atrasem ou até parem completamente um projeto de IoT. Um grande foco em padrões, as expectativas de cursos exorbitantes e o medo de grandes mudanças, são citados como razões para não ir atrás de projetos de IoT. Para entendermos, vamos ver esses três motivos detalhadamente: Mito #1: “Nós devemos esperar pela padronização” – Mito DETONADO Ao contrário do mercado de consumo onde a padronização standard, formal ou por dominação de mercado é a chave para o sucesso, em IoT a padronização não será uma

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preocupação nas próximas décadas. Claro, que há múltiplas iniciativas de padronização emergentes em IoT e ainda não é possível saber qual crescerá ou será marginalizada. Mas, a questão é que isso não importa. Contrariamente ao mercado consumidor – onde novos padrões, tais como chips NFC em smartphones, podem ser lançados e dominar quase todo o mercado, nos poucos anos que levam para as pessoas trocarem seus celulares – as indústrias rodam com equipamentos antigos ou com décadas de uso. Esses equipamentos são fornecidos por dezenas ou até centenas de diferentes fornecedores. Mesmo se os produtores de equipamentos “habilitarem o IoT”, em sua última geração de produtos de acordo com alguns padrões, ainda levaria décadas até que as indústrias substituíssem todos os seus equipamentos e ativos existentes pelas novas versões, padronizadas para este modelo. Para as indústrias, que pretendem prosseguir com essa estratégia, é necessário aceitar que no futuro próximo não haverá qualquer padrão de como conectar todas as coisas. Ao contrário disso, a indústria deveria esperar e planejar para fazer a encomenda do desenvolvimento de integrações, ou até retroadaptar outros sensores e


capacidades de comunicação para equipamentos e ativos a fim de conectá-los. Mito #2: “IoT será um grande passo para os meus negócios, e vai demandar muito trabalho” – Mito DETONADO O sucesso de IoT implica em dar passos pequenos e possíveis, que aprimorarão os negócios hoje – e não passos gigantes que transformarão sua indústria amanhã. Para muitas pessoas, o IoT ainda traz à mente em-

presas disruptivas, como: Uber ou Netflix. Porém, na maioria dos casos o IoT desenvolve, ao invés de desconstruir o negócio todo. De acordo com o relatório do IDC, citado anteriormente, os principais líderes por trás do IoT estão em busca de melhorar as operações do dia a dia, incluindo aprimoramento de produtividade (14,2% das companhias), melhoria da qualidade e tempo de colocação de produtos no mercado (11,2%), aprimoramento de processos de otimização (10,2%), redução de custos (9,9%) e melhorias para tomada de

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Mercado de Telecom | IFS decisões (9,3%). Ao olharmos rapidamente para a maioria das companhias, que já possuem IoT operacionalizado, percebemos que as mais bem-sucedidas começaram com poucos processos bem selecionados e evoluções de mudanças periódicas. É possível começar a conectar o IoT com apenas uma peça do equipamento. Ao ganhar um pouco mais de receita a partir desse passo, é possível então inspirar a empresa a dar um passo maior – o que aconteceria se nós integrássemos esses resultados com dados de outro sistema? Eventos externos, como situações climáticas ou mudanças de temperatura, por exemplo. Como se poderia mudar as operações nessa máquina, de acordo com esses dados para otimizar a performance? A chave é perguntar “como nós podemos tornar isso um pouco mais eficiente?” e não “Como podemos revolucionar nosso negócio?”. A mudança é o nome do jogo e o IoT está prestes a melhorar a performance. Mito #3: “IoT vai ser caro e exigirá capital intensivo” – Mito DETONADO Há alguns anos esta declaração poderia ter sido verdadeira, mas três desenvolvimentos principais tornaram as implementações de IoT mais acessíveis do que nunca: • A queda do preço de softwares e hardware para IoT mudaram: tudo, desde pequenos sensores até grandes acessos, tiveram redução de custo. Existe agora, uma variedade de sensores inteligentes, baratos e de acessos, disponíveis para todas as indústrias, o que aumenta o nível do controle de software. Se tomarmos como exemplo típico uma empilhadeira, há 10 anos, conectá-la teria um custo de pelo menos um mil Euros. Um valor fora do alcance da maioria das operações de logística e manufatura, que operam várias empilhadeiras. Atualmente, uma máquina como essa pode ser conectada por não mais de dez Euros. • Acesso à internet mais barato e abrangente: Isso fez com que fosse mais fácil conectar uma gama maior de máquinas e equipamentos por meio de uma longa área geográfica,

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por um baixo custo. Novos desenvolvimentos como redes 5G móveis e LoRa technology farão com que a tendência continue. Custo efetivo de IoT em plataformas na nuvem: olhando pelo lado da plataforma, vimos mudanças grandes e interessantes. Plataformas de IoT prontas para uso, baseadas em Cloud que podem lidar com escalas massivas, armazenamento e computação estão mais disponíveis do que nunca. Essas três mudanças tornaram possíveis para as empresas trabalharem com projetos de IoT, com menor risco do que antes, permitindo mais experimentações para alcançar o sucesso.

Operacionalização de dados: a chave para o sucesso do IoT Somado a esses mitos de IoT, ainda há um fator que muitas empresas tendem a ignorar, que é a forma como os seus dados de IoT deveriam ser operacionalizados. Para receber um retorno dos investimentos é importante não parar apenas na coleta e análise dos dados. Ao fazer somente isso, você ainda não terá gerado sequer um dólar. Para se beneficiar do IoT, os conhecimentos e insights precisam ser transformados em ações que otimizem o seu negócio – sejam essa um melhor plano de manutenção, níveis mais altos de serviço, logística aperfeiçoada, desenvolvimento de melhores produtos ou desenvolver por completo novos modelos de negócios. Isso pode ser feito de diversas maneiras, mas um dos passos principais é operacionalizar seus dados e automatizar os processos baseados nos dados coletados. Para ilustrar, vamos usar um exemplo: sensores equipados para coletar dados sobre altas temperaturas. Ao invés de apenas coletar, registrar e atuar manualmente esses dados, um processo é criado para automaticamente, expedir uma ordem de reposição da peça que estiver sofrendo, o superaquecimento e, então, prevenir falhas catastróficas no futuro. Operacionalizar e automatizar é desta forma que o verdadeiro poder de IoT ganha vida e pode gerar lucros significantes.

Dan Matthews

CTO (Chief Technology Officer) da IFS.


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