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Vasco Alves Secco (11 de novembro de 1955 a 20 de março de 1956
– Vasco Alves Secco (11 de novembro de 1955 a 20 de março de 1956)
No dia 11 de novembro de 1955, assumiu a Presidência da República o Senador Nereu Ramos, então Presidente do Senado, seguindo a linha de sucessão, pois o Congresso aprovara o impedimento do seu antecessor, Dr. Carlos Luz (ver item 4.5 deste capítulo, referente ao Ministro Eduardo Gomes). Ao organizar seu Ministério, Nereu Ramos convidou para as Pastas Militares o Almirante Antônio Alves Câmara para a Marinha, o General Henrique Teixeira Lott para o Exército e o Brigadeiro Vasco Alves Secco para a Aeronáutica.
Neste mesmo dia assumiram suas funções e solicitaram ao Presidente da República a decretação do Estado de Sítio, que vigorou até a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart (Vice-Presidente), a 31 de janeiro de 1956.
Brigadeiro Vasco Alves Secco – Ministro da Aeronáutica de 11 de novembro de 1955 a 20 de março de 1956.
À luz da História da Aeronáutica brasileira, merece consideração maior o fato de um confronto político geral, que envolveu a Aeronáutica, ter chegado ao extremo de um Estado de Sítio, depois de passar pelo suicídio de um Presidente e ter iniciado um sério clima de dissensão no seio da Aviação.
Assim, o ano de 1956 foi um ano muito difícil. Em 31 de janeiro, Juscelino Kubitschek assumiu o Governo; com ele veio o Vice-Presidente eleito Dr. João Goulart, herdeiro inconteste do getulismo. O Ministro Vasco Alves Secco foi confirmado na Pasta da Aeronáutica.
O Brigadeiro Secco, nascido a 4 de maio de 1898, era filho de João da Cruz Secco e Julieta Sarmento Secco. Em 1917, matriculou-se na Escola Militar (Exército) do Realengo. Promovido a segundo-tenente em 1920, a primeiro-tenente em 1921, a capitão em 1928, em 1933 a major, em 1938 a tenente-coronel, em 1941 a coronel, em 1944 a brigadeiro, em 1950 a major-brigadeiro, e, em 1960, a tenente-brigadeiro.
Comandou o 5º Regimento de Aviação, em Curitiba. Foi Chefe do Gabinete Técnico do Ministro Salgado Filho, grupo de grande influência na organização do Ministério da Aeronáutica. Foi membro da Comissão Militar Mista Brasil-EUA durante a Guerra, a qual decidiu importantes questões relativas à nossa participação naquele conflito. Comandou a 2ª Zona Aérea, foi Chefe do EMAER e comandou a Escola Superior de Guerra. Em 11 de novembro de 1955 assumiu a Pasta do Ministério da Aeronáutica, vindo a renunciar a ela em 20 de março de 1956, após haver terminado o levante de Jacareacanga. Em seu lugar assumiu o Brigadeiro-do-Ar Henrique Fleiuss. Em 1959 foi nomeado Ministro do Superior Tribunal Militar.
Faleceu no Rio de Janeiro em 1965. Era casado com D. llka de Vincenzi Secco, com quem teve dois filhos.