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Bases Aéreas
Destas instruções relatadas, pode-se inferir a estrutura abaixo:
BASE AÉREA
COMANDANTE
SUBCOMANDANTE E INSPETOR GERAL DA BASE
A 1 A 2 A 3 A 4
Grupo
Esquadrão/ões
Esquadrilha de Adestramento
Seção de Instrução Aérea
Seção de Tráfego Aéreo
Seção de Equipamentos
– Bases Aéreas
– Primeira Zona Aérea
Quartel-General da 1ª Zona Aérea – Quadro pintado em 1963, por Amara Rocha Lopes de Oliveira (Marula), tornando imortal a antiga sede do Quartel-General da Aeronáutica, como também a arquitetura da época de sua construção em Belém ( Pará).
a) Base Aérea de Belém
O Decreto nº 22.591, de 29 de março de 1933, deu organização às Unidades Aéreas em tempo de paz. Em seu Artigo 21 fez a distribuição das Unidades Aéreas pelas três Zonas Militares Aéreas, criando os Regimentos de Aviação, entre eles o 7º Regimento de Aviação (material anfíbio), em Belém.
Somente no dia 30 de junho de 1936, porém, foi organizado o Núcleo do 7º Regimento de Aviação, que viria a adquirir existência e autonomia administrativa em 10 de setembro de 1936 pelo Aviso nº 491, de 4 de setembro de 1936.
O Núcleo do 7º RAv foi dotado de aviões Waco CSO, e seu primeiro Comandante foi o Cap. Ruy Presser Bello.
O Núcleo do 7º RAv, localizado no Bairro do Souza, foi a Unidade precursora da Base Aérea de Belém. Nessa época, a Aviação Militar já era a 5ª Arma do Exército.
As primeiras Linhas do Correio Aéreo Militar (CAM), na Amazônia, tiveram apoio em Belém. É necessário que se faça referência ao extraordinário trabalho realizado na Amazônia pelo Correio Aéreo Militar (CAM), até sua extinção quando da criação do Ministério da Aeronáutica, passando suas atividades a serem realizadas pelo CAN (Correio Aéreo Nacional).
Em 14 de julho de 1935, o CAM estendeu a Linha Fortaleza-Terezina até Belém, com escala em São Luiz, vôo realizado pelo Capitão Manoel Brito da Silva Valle e pelo Tenente Gonçalo de Paiva Cavalcante.
Nos anos de 1935 e 1936, a Linha de Goiás do CAM teve três viagens de desbravamento do Rio Tocantins, prolongando-se pelas novas etapas: Santa Luzia, Formosa, Palmas, Peixe, Porto Nacional, Tocantins, Pedro Afonso, Carolina, Boa Vista, Imperatriz, Marabá, Cametá e Belém.
O CAM continuou a expandir-se. Antes mesmo da instalação do Núcleo do 7º RAv, o Correio Aéreo Militar fizera, portanto, em Belém, algumas missões, e a Panair do Brasil e a Condor faziam suas rotas de Belém para outras localidades.
Em 1937, é iniciada pelo CAM a Linha ligando Belém a Santo Antônio do Oiapoque.
Em abril de 1938, era ativada a estação de radiocomunicação e de radiogoniometria para proporcionar apoio às aeronaves que se dirigiam a Belém. Essa estação está preservada, uma vez que é um importante marco na História da Proteção ao Vôo na Amazônia.
No ano de 1938 foi iniciado o processo de desapropriação e compra de terrenos e casas para que pudesse ser viabilizada a construção de um aeroporto em Val-de-Cans.
Pelo Aviso nº 1.149, de 27 de novembro de 1939, o Núcleo do 7º RAv passou a constituir o 7º Corpo de Base Aérea. O pessoal, os recursos em fundos e o
material consignado ou existente naquele Regimento foram transferidos integralmente para o referido Corpo de Base (D.O. de 29 de novembro de 1939, pág. 27.516).
Os aviões Waco CSO foram substituídos por aviões Vought V-65B Corsair, a 10 de dezembro de 1939.
Em 1941, o Governo brasileiro baixou o Decreto-Lei nº 3.462, de 27 de julho, autorizando a Panair do Brasil S.A. a construir, melhorar e aparelhar os aeroportos em Amapá, Belém, São Luís, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió e Salvador, com o fim de permitir a sua utilização por aeronaves de grande porte.
A 17 de agosto de 1944 foi criado o 1º Grupo de Patrulha (Decreto-Lei nº 6.796), equipado com sete aviões PBY-5 Catalina, hidroaviões anfíbios, com sede em Belém.
O Corpo de Base Aérea existiu até o ano de 1944. A 21 de agosto de 1944, o Decreto nº 6.814, assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelo Ministro da Aeronáutica Joaquim Pedro Salgado Filho, extinguiu os Corpos de Base Aérea e criou as Bases Aéreas, decorrendo daí a criação da Base Aérea de Belém, classificada como Base de 2ª Classe.
Em 1944, o CAN teve um grande impulso ao receber os aviões Douglas C-47, o que permitiu a ampliação de suas Linhas na Amazônia.
No primeiro trimestre de 1945, final da Segunda Guerra Mundial, a FAB tinha no desdobramento de meios a seguinte distribuição, entre outras: – Aeródromo do Amapá: aviões Consolidated PBY-5 e 5A Catalina, da Base Aérea de Belém, que para lá se deslocavam para cumprimento de missões; – Base Aérea de Belém: aviões PBY-5 e 5A Catalina.
Naquela época, foram transferidos os hidroaviões Consolidated PBY-5 Catalina da Base Aérea do Galeão para a Base Aérea de Belém.
Aviões Catalina da Força Aérea Brasileira.
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial fez com que a Aviação brasileira conseguisse um patrimônio de extraordinário valor, em decorrência da imperiosa necessidade de um aumento rápido e urgente das Bases Aéreas, de modo a colocá-las em condições de efetuar suas operações.
Esta legada contribuição está bem retratada no relato que o Ten.-Brig.-do-Ar Ref. Protásio Lopes de Oliveira fez na Revista Comemorativa dos 50 anos da Base Aérea de Belém, na qual comenta: “Este patrimônio, da maior importância e necessidade, nos foi transmitido da maneira mais diversificada, isto é, em acervo de conhecimentos profissionais de tecnologia mais avançada em aviação existente na oportunidade, nele incluído o controle do espaço aéreo; em acervo de material de aviação e de construção civil, com máquinas e suprimento; em acervo de estruturas de apoio para o funcionamento de aeroportos, tais como: pistas para pouso e decolagem, pátios de estacionamento, torre de controle, hangares, estação de radiocomunicação e radionavegação, sistema de água com tratamento, sistema de luz com grupos geradores, estradas internas asfaltadas, Corpo de Bombeiros com respectivo equipamento, e edificações para a administração, para o pessoal permanente e em trânsito, além de hospitais completos, em determinados locais de maior permanência de pessoal. Tudo isto foi entregue para o Ministério da Aeronáutica, em funcionamento normal, após o término do conflito mundial, em 1945.”
A Base Aérea de Belém foi uma das que recebeu um patrimônio, após 1945, que lhe permitiu ter condições de cumprir sua missão de participar da integração da Amazônia brasileira ao restante do país, que mais se consolidaria com a criação do 1º Grupo de Patrulha.
Os Catalina PBY-5 – uma parte dos quais era anfíbio – de pequeno calado, e boa capacidade de carga, foram inicialmente utilizados para atender as necessidades das Unidades do Exército Brasileiro sediadas nas fronteiras com a Colômbia, o Peru e a Venezuela, fazendo o Correio da Fronteira. “Os aviões Catalina, com sua operacionalidade anfíbia, permitiam um trabalho de integração e de apoio às populações carentes, em uma região onde existiam poucos campos de pouso e muitos rios e lagos navegáveis. Por imperiosa necessidade do serviço, foi transferido o pessoal e material da Base do Souza para Val-de-Cans” (Boletim Interno nº 229, de 21 de outubro de 1946).
Estava, portanto, efetivada a mudança da Base Aérea de Belém para Val-deCans. Na antiga Base do Souza está atualmente instalado o Parque de Material de Aeronáutica de Belém.
O 7º Regimento de Aviação e o 1º Grupo de Patrulha foram extintos pelo Decreto-Lei nº 22.802, de 24 de março de 1947, e substituídos pelo 2º Grupo de Aviação, com sede em Belém.
A Base Aérea de Belém, juntamente com as missões de Patrulha, passou a realizar, para as Unidades militares, missões de Apoio, de Misericórdia, de Evacuação Aeromédica e, sobretudo, de Integração da Amazônia.
A Base Aérea de Belém revestia-se de grande importância, tanto assim que recebeu a visita do Visconde Alexandre de Tunis, Governador do Canadá, no dia 8 de junho de 1948 (Boletim Interno nº 130, de 8 de junho de 1948), sendo recepcionado com formatura da Companhia de Guarda da Base Aérea de Belém.
A manutenção das aeronaves PBY-5 foi gradualmente se deteriorando, ocasionando a parada de todos os aviões em 1948.
Devido ao entusiasmo do novo pessoal que chegou a partir de 1949, os aviões foram recuperados e somados aos seis Catalina adquiridos no Canadá, o que permitiu a reativação operacional do Esquadrão.
Havendo recebido o PIPE (Programa de Instrução e Padrão de Eficiência) elaborado pelo E.M.Aer., o 1º/2º Grupo de Aviação passou a ser a Unidade de Instrução da Patrulha da FAB, em 1952.
Em dezembro de 1954 nascia o Transporte Militar do Alto Amazonas, a cargo do 2º Grupo de Aviação, criado na Base Aérea de Belém, em 24 de março de 1947, pelo Decreto nº 22.802, com a missão de apoiar as Unidades do Exército na fronteira, juntamente com as missões de Patrulha. Neste ano de 1954, em dezembro, foi recebida a primeira aeronave Douglas C-47 – bimotor, naquela época, com grande capacidade de carga e autonomia – para equipar o 2º Grupo de Aviação.
Os Douglas C-47 eram bem equipados para o vôo por instrumentos, com uma autonomia de oito horas de vôo, podendo levar 1.500 quilogramas de carga ou 27 passageiros.
A FAB na Amazônia – O Catalina em águas amazonenses.
No período de 1940 a 1956, a Base Aérea de Belém teve os seguintes Comandantes:
ETNADNAMOC OÃTSEG
sezeneMedarreSodnamrA.vA.paC 4491/9/12a0491/4/61
(ohleoCazuoSed.RleonaM.vA.jaM)oniretnI 4491/11/41a4491/9/12
(áraParierreFodigírB.vA.paC)oniretnI 5491/3/61a4491/11/41
(osoleVarbmioCodloraH.vA.neTº1)oniretnI 5491/4/31a5491/3/61
(serolForietnoModlareG.vA.neTº2)oniretnI 5491/4/03a5491/4/31
(aderavaLseãramiuGoiráM.vA.neTº2)oniretnI 5491/7/4a5491/4/03
(otniPzaVyrA.vA.jaM)oniretnI 5491/9/41a5491/7/4
(atsoCojúarAedosnofA.vA.jaM)oniretnI 6491/3/7a5491/9/41
(avliSadleveLodnamrA.vA.jaM)oniretnI 6491/4/5a6491/3/7
ohletoBoisínA.vA.leC-.neT 7491/4/11a6491/4/5
roinúJocceSzurCadoãoJ.vA.jaM 8491/1/8a7491/4/11
(açneorPadurrAedegroJºgnE.vA.jaM)oniretnI 8491/5/11a8491/1/8
sotsaBatsitaBominôreJ.vA.jaM )oniretnI( 8491/9/52a8491/5/11
)oniretnI(otniPzaVyrA.vA.jaM 949//1/22a8491/9/52
onaloiroCojúarAedinisrO.vA.leC-.neT 0591/7/6a9491/1/22
)oniretnI(arierePnossirBtniaSed.MziuLvA.paC 0591/7/7a0591/7/6
)oniretnI(amiLedlisarB.BnilecoJ.vA.leC-.neT 1591/3/51a0591/7/7
)oniretnI(arierePnossirBtnaSed.MziuL.vA.jaM 1591/6/7a1591/3/51
)oniretnI(otuoS.FadotreblAsolraC.vA.leC-.neT 2591/3/72a1591/6/7
)oniretnI(ednezeRedetieLmavetsE.vA.leC-.neT 3591/3/4a2591/3/72
yanuaTedarieuqreCoisínoiD.vA.leC-.neT 4591/1/31a3591/3/4
)oniretnI(oriebiRselleToãramaCoãoJ.vA.leC-.neT 4591/2/61a4591/1/31
adnariMedaneaBnosleN.vA.leC-.neT 5591/4/41a4591/2/6
allertsEajubmazAedtelmaH.vA.leC-.neT 5591/11/42a5591/4/41
oãeLairaFsolraC.vA.leC-.neT 6591/9/52a5591/11/42
Cap. Av. Armando Serra de Menezes.
– Segunda Zona Aérea
a) Olimpíadas da Segunda Zona Aérea
No final da década de 40, era Comandante da 2ª Zona Aérea o Brigadeiro-do-Ar Álvaro Hecksher e Chefe do Estado-Maior o Coronel Aviador Ernani Pedrosa Hardman.
Ficou decidido que todas as quatro Unidades Aéreas, equipadas com o mesmo material – North American B-25J – deveriam ter instrução igual.
Foi criada na Base Aérea de Fortaleza uma comissão, integrada por equipagens dos quatro esquadrões, para elaborar Normas Padrão de Ação a serem seguidas por todas.
Para verificar o grau de treinamento alcançado, e ao mesmo tempo procurar o seu melhoramento, foram efetuadas competições denominadas de Olimpíadas da Segunda Zona Aérea.
Participaram da Olimpíada as seguintes Unidades: – 1º/4º Grupo de Aviação – Fortaleza; – 1º/5º Grupo de Aviação – Natal; – 1º/6º Grupo de Aviação – Recife; – 1º/7º Grupo de Aviação – Salvador.
As competições foram realizadas em duas partes: uma, aérea, e a outra, desportiva.
A parte aérea consistia de provas de: – navegação; – tiro terrestre; – bombardeio picado; – bombardeio rasante.
A parte desportiva consistia de jogos de: – futebol; – voleibol.
Havia rodízio entre as Bases para sediar as competições. A primeira foi realizada, em 1949, na Base Aérea de Fortaleza. A segunda foi em 1950, na Base Aérea de Salvador.
Tendo em vista a necessidade de recursos para atender despesas que as Unidades não podiam sozinhas suportar, a 2ª Zona Aérea contribuía com 50% do custeio.
b) Base Aérea de Fortaleza
A Base Aérea de Fortaleza teve sua origem na criação do 6º Regimento de Aviação, pelo Decreto nº 22.735, de 15 de maio de 1933. Em decorrência deste
ato, foi ativado o Destacamento de Aviação de Fortaleza, em 15 de novembro de 1934, tendo assumido como seu primeiro Comandante o 1º Tenente Gonçalo de Paiva Cavalcante. O Destacamento de Aviação de Fortaleza foi desativado em 29 de julho de 1936 e, em seu lugar, foi criado o Núcleo do 6º Regimento de Aviação, que havia sido primeiramente destinado para Recife (Decreto nº 22.591, de 29 de março de 1933, Artigo 21), aonde não chegou a ser ativado devido à precariedade de suas instalações.
O Núcleo do 6º Regimento de Aviação foi oficialmente instalado em 21 de setembro de 1936, constando do Boletim Regimental daquele dia a transcrição do ato, nestes termos: “Fica nesta data instalado o Núcleo do 6º Regimento de Aviação criado por Decreto nº 22.735, de 15 de maio de 1933, e de acordo com o Quadro de Efetivos de Organização Provisória aprovado por Despacho de 14 de fevereiro de 1936, tendo como Sede Provisória o Quartel no Campo de Aviação do Alto da Balança, na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, de acordo com o Aviso nº 386, de 10 de agosto de 1936, do Ministro da Guerra.”
O seu primeiro Comandante foi o Capitão José Sampaio de Macedo.
Pelo Aviso nº 1.149, de 27 de novembro de 1939, o Ministro da Guerra determinou a mudança do Núcleo do 6º Regimento de Aviação para 6º Corpo de Base Aérea, em Fortaleza.
O mesmo Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941, que criou a Força Aérea Brasileira – FAB, também deu novas denominações aos estabelecimentos recebidos pelo Ministério. A Sede do 6º Corpo de Base Aérea recebeu o nome de Base Aérea de Fortaleza.
Ficou, assim, aquele aeródromo, dividido em duas Unidades com atividades específicas: uma fixa, a Base Aérea de Fortaleza; e, a outra, capaz de movimentar-se, de deslocar-se – o 6º Corpo de Base Aérea.
Havendo a Força Aérea Brasileira recebido das autoridades norte-americanas alguns aviões de guerra, era necessário que o pessoal da FAB se inteirasse do uso dessas aeronaves e, para isso, a Portaria nº 12, de 4 de fevereiro de 1942, organizou uma Unidade volante na Base Aérea de Fortaleza, a qual recebeu o nome de Agrupamento de Aviões de Adaptação.
O Agrupamento de Aviões de Adaptação contou, inicialmente, com 10 aviões de Caça Curtiss P-36, com dois aviões de bombardeio Douglas B-18 e seis aviões de bombardeio North American B-25 Mitchell.
Os Curtiss P-36 e os Douglas B-18 operavam no Campo do Alto da Balança, e os North American B-25 no Campo do Pici.
Em abril de 1942, pelo Aviso Ministerial nº 41, a Base passou de 3ª Classe para Base de 2ª Classe.
Neste mesmo mês de abril, teve início o adestramento do pessoal da Base e do Agrupamento nos modernos aviões de caça e de bombardeio.
O B-25 B nº 2245, do Agrupamento de Aviões de Adaptação, fazendo um vôo de patrulha, às 14 horas do dia 22 de maio de 1942, avistou um submarino
inimigo navegando na superfície, com vários tripulantes no convés. Ao serem avistados eles se instalaram nas armas antiaéreas e abriram fogo contra o avião brasileiro. Mesmo assim os tripulantes do B-25 B conseguiram lançar suas bombas, fazendo o submarino estremecer, porém sem afundá-lo.
Aquele foi o primeiro ataque realizado pela FAB a um submarino inimigo. Por este motivo o dia 22 de maio é considerado o Dia da Patrulha do Brasil.
O B-25 era pilotado pelos Capitães Aviadores Affonso Celso Parreiras Horta e Oswaldo Pamplona Pinto; os outros tripulantes eram o 1º Tenente Henry H. Schwane, norte-americano e dois sargentos metralhadores, um brasileiro e o outro norte-americano.
Mais dois ataques a submarinos foram realizados por aviões B-25 B Mitchell do Agrupamento de Aviões de Adaptação; ambos foram feitos no dia 27 de maio de 1942, sendo um às 13h 30min (hora local) e o outro às 16h 30 min.
Dada a facilidade com que o pessoal brasileiro conseguiu familiarizar-se com o novo equipamento, em três meses estava encerrada aquela instrução.
A Esquadrilha de Caça foi, então, transferida para Recife, e a de Bombardeiros ficou em Fortaleza.
O 6º Corpo de Base Aérea foi extinto em 23 de março de 1944 pelo DecretoLei nº 6.365, sendo suas atividades incorporadas à Base Aérea de Fortaleza.
O Decreto-Lei nº 6.926, de 5 de outubro de 1944, do Presidente da República, que criou várias Unidades de Aviação, sediou o 4º Grupo de Bombardeio Médio na Base Aérea de Fortaleza.
Em 1945, em Recife, foi montado um Curso de Patrulha em aviões A-28 Hudson da Base de Fortaleza. O Curso foi ministrado para equipagens do 4º GBM, com instrutores do 1º GBM.
Após haverem concluído o estágio, as equipagens do 4º GBM, com seus aviões Lockheed Hudson, passaram a realizar missões aéreas previstas na VB-130, Esquadrão de Patrulha da Aviação Naval Norte-Americana estacionado em Fortaleza. Ainda em 1945, após o 4º GBM ter alcançado nível de eficiência suficiente, o Esquadrão de Patrulha da Aviação Naval Norte-Americana foi substituído.
No final da Guerra, a Base Aérea de Fortaleza estava operando no setor marítimo sob sua responsabilidade com seus aviões Lockheed Hudson A-28A.
Pelo Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, no seu Artigo 1º, foi extinto o 4º Grupo de Bombardeio Médio, sendo substituído pelo 4º Grupo de Aviação, em Fortaleza.
Em 29 de julho de 1947, foi criado o 1º Esquadrão do 4º Grupo de Aviação, que naquele ano teve os Lockheed Hudson A-28A substituídos pelos North American B-25J.
Nos anos de 1947 e 1948, na Base Aérea de Cocorote, foram realizadas reformas nos prédios operacionais e residenciais, para que pudessem ser mais bem usados pelo pessoal brasileiro.
Ao mesmo tempo, em 1948, começou a desocupação paulatina do Campo do Pici, tendo este sido efetivamente desativado somente em 1955.
No dia 10 de fevereiro de 1955 inaugurava-se o Aeroporto Pinto Martins, no Cocorote.
– Comandantes da Base Aérea de Fortaleza (de 9/3/1942 a 24/2/1956)
c) Base Aérea de Natal
No dia 2 de março de 1942, pelo Decreto-Lei nº 4.142, foi criado o Núcleo da Base Aérea de Natal. Estava em curso a Segunda Guerra Mundial.
O seu primeiro Comandante foi o Major Aviador Carlos Alberto de Filgueira Souto, nomeado por Decreto de 25 de abril de 1942.
A Base teve início, porém, a 7 de agosto daquele ano, e seu primeiro Boletim foi publicado em 17 de agosto.
ETNADNAMOC OÃTSEG
odecaMedoiapmaSésoJ.vA.leC-.neT 8491/3/72a2491/3/9
arievilOedotuoSoremoH.vA.leC-.neT 0591/3/º1a8491/3/82
oniuqAedaiuGodlareG.vA.leC-.neT 1591/4/72a0591/3/2
ecilatnaCedoãrtleBrotsamadA.vA.leC-.neT 2591/4/51a1591/8/71
ohleoCasuoSedoirégoRleonaM.vA.leC-.neT 3591/2/61a2591/4/51
atarPazuoSedésoJ.vA.leC 5591/2/11a3591/3/31
avliSadsezeneModlareG.vA.leC-.neT 5591/21/11a5591/3/81
ogeRxuaedroBseravaTésoJ.vA.leC-.neT 6591/2/42a5591/21/21
Ten.-Cel. Av. José Sampaio de Macedo.
No final daquele mês de agosto, os aviões da Base Aérea de Natal já estavam participando de missões de patrulhamento e de cobertura a navios e comboios, em cooperação com as Forças Navais e Aéreas dos Estados Unidos.
Naquela área já existia um campo de pouso que sofrera ampliação e melhorias realizadas pela PANAIR DO BRASIL S/A, no início de 1941, com autorização do Presidente Vargas, utilizando recursos norte-americanos. Entretanto, nos meados de 1942, a sua capacidade de suportar o volume de tráfego aéreo era insuficiente, sendo necessária sua ampliação.
Por ser de grande importância estratégica ao apoio das tropas aliadas na Europa, e sobretudo no norte da África, aquele areal ganhou pistas de pouso e infra-estrutura de tecnologia avançada, na época, graças à engenharia militar, as quais viriam a permitir que as operações militares, que dali partissem, fossem decisivas para a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial.
Utilizando-se de máquinas e de equipamentos que trouxeram, os norte-americanos aumentaram e alargaram as pistas usando macadame e asfalto, também trazidos por eles. O custo aproximado das obras ficou em mais de nove milhões de dólares, sem contar os equipamentos.
Para guarnecer as novas Bases Aéreas transferidas para o recém-criado Ministério da Aeronáutica, foram criados pelo Decreto-Lei nº 4.915, de 5 de novembro de 1942, novos Corpos de Base Aérea, entre eles o 9º Corpo de Base Aérea, em Natal.
As pistas asfaltadas 16/34 e 12/30 serviram para delimitar a oeste a Base Aérea de Natal e, a leste, a Base usada pelos norte-americanos que, a partir de novembro de 1942, passou a ser conhecida como Parnamirim Field.
Em 28 de janeiro de 1943, os Presidentes Getúlio Dornelles Vargas (Brasil) e Franklin Delano Roosevelt (EUA) reuniram-se em Natal para o acerto político e econômico da cessão de Parnamirim para uso dos norte-americanos.
BANT 1951 - Jipe que transportou os Presidentes Roosevelt (EUA) e Vargas (Brasil) quando do encontro de ambos em 28 de janeiro de 1943.
Entre outros acordos, foi de grande importância a concessão, pelos Estados Unidos, de recursos que possibilitaram a construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, que viria a ser o marco da industrialização do Brasil, fazendo com que este deixasse de ser um país essencialmente agrícola.
De Parnamirim Field partiam diariamente centenas de aeronaves que atravessavam o Oceano Atlântico, tendo como destino primordial o norte da África para atacar as tropas alemãs.
Eram centenas de aviões de caça dos tipos Lockheed P-38 Lightning, Northrop P-61, Black Widow, e de bombardeio dos tipos Consolidated B-24 Liberator, North American B-25 Mitchell, Boeing B-17 e B-29, bem como, aviões de transporte Curtiss C-46 Commando e Douglas Skymaster C-54.
Eram pousos e decolagens que incluíam, também, o embarque e desembarque de tropas, oficiais, aviadores, tripulantes das equipagens, técnicos e burocratas que permitiram acesso dos brasileiros aos equipamentos e tecnologias mais avançados da época, assim como, aos costumes diferentes dos estrangeiros, sobretudo norte-americanos, que por lá circulavam.
Aquele trampolim operacional aéreo militar viria a possibilitar a vitória dos aliados sobre as Forças alemãs. Daí, merecidamente, a Base Aérea de Natal ficou cognominada de Trampolim da Vitória.
Havia a preocupação com o avanço do Marechal Von Rommel, cognominado de A Raposa do Deserto, no norte da África e, também, a ameaça dos submarinos alemães e italianos no Atlântico Sul, na costa brasileira.
Aumentava cada vez mais a ameaça dos submarinos, havendo necessidade de vôos de cobertura aos navios mercantes brasileiros, tendo a Base Aérea de Natal deles participado a partir do fim de setembro de 1942, no período diurno, utilizando-se de aviões Lockheed A-28 A Hudson, Curtiss P-40 e North American T-6. Não se fazia vôo de cobertura à noite. Essa cobertura estendia-se de Cabedelo a Macau. A Base participou ainda do patrulhamento da costa nordestina de Cabedelo a Fortaleza.
A Base Aérea de Natal possuía, em 1942, o seguinte material aéreo: três aviões North American (NA) T- 6B, um Beechcraft GB-2, três Lockheed A-28 A, além de aviões de caça, sendo três Curtiss Wright P-36 A e oito Curtiss Wright P-40.
Com o aumento dos ataques dos submarinos, houve necessidade de os navios trafegarem em comboios para aumentar a sua defesa, o que foi iniciado em dezembro de 1942, entre Trinidad e a Bahia, e vice-versa.
A proteção aérea dos comboios era realizada por aviões norte-americanos e brasileiros pertencentes às diversas Bases Aéreas do litoral brasileiro.
Base de Hidroaviões de Natal (“Rampa”), para operações dos aviões anfibíos de patrulha que operavam na costa nordeste do Brasil.
A atividade aérea empreendida tornou-se demasiado excessiva para os meios existentes em pessoal tripulante e em material, sendo este último, além de escasso, obsoleto.
A Força Aérea Brasileira, naqueles anos de 1942 e 1943, estava, portanto, impossibilitada de atuar eficientemente contra os submarinos, com os meios de que dispunha.
Acrescentou-se a isso, ainda, a necessidade de os norte-americanos retirarem suas Unidades de Patrulha da costa do Brasil para destiná-las a outros Teatros de Operação.
Por proposta do Vice-Almirante da U.S. Navy Jonas H. Ingram, Comandante da Força do Atlântico Sul, o Governo americano passou a enviar mais aviões para equipar a Força Aérea Brasileira (junho de 1943). Logo foram fornecidos aviões modernos de patrulha, com atualizadíssimos equipamentos para combate aos submarinos. Os tripulantes brasileiros ressentiam-se da falta de padronização (da utilização conveniente) do emprego dos meios aéreos e dos meios de apoio às operações e à navegação aérea.
O Brigadeiro Eduardo Gomes e o Almirante Ingram sabiam o quanto significava a necessidade da atualização das equipagens brasileiras. Dos entendimentos então realizados por aqueles Chefes, surgiu a idéia da organização de uma Unidade de Instrução. O Boletim Reservado nº 32, de 23 de setembro de 1943, do Comando da Segunda Zona Aérea, determinou: “1– Constituição de Agrupamento Misto de Instrução. Ordem às Bases da Segunda Zona Aérea.
De ordem do Exmº Sr. Ministro da Aeronáutica e em comum acordo com o Exmº Sr. Comandante da Quarta Esquadra, a partir de 1º de outubro de 1943, fica constituído, em Natal, um Agrupamento Misto, FAB-U.S. Navy, de treinamento em aviões Ventura PV-1 e sob o comando de um Oficial da U.S. Navy.”
As autoridades da U.S. Navy deram ao curso o nome de United States-Brazil Aviation Training Unit, ministrado por aquela Unidade.
Os brasileiros passaram a chamá-lo de Curso USBATU*, formalizando, como nome próprio, a sigla feita com as iniciais do curso original.
O curso era ministrado em aviões Lockheed PV-1 Ventura e tinha a duração de seis semanas, tendo cada oficial brasileiro realizado, em média, 100 horas de vôo.
Seu objetivo era o de instruir oficiais e subalternos que iriam para as Unidades de Patrulha da Segunda Zona Aérea.
A instrução foi dividida em três Turmas: – 1ª Turma: de 29 de setembro de 1943 a 28 de novembro de 1943, com 12 oficiais, um suboficial e 35 sargentos; – 2ª Turma: de 13 de dezembro de 1943 a 3 de fevereiro de 1944, com 12 oficiais e 20 sargentos; – 3ª Turma: de 1º de março de 1944 a 30 de março de 1944, com 12 oficiais e 26 sargentos.
Ten USNR Hubert May (Instrutor). Cap. Av. Agnaldo Dória Sayão (Aluno). 1º Ten. Av. Deoclécio Lima de Siqueira (Aluno).
*USBATU – United States-Brazil Aviation Training Unit. A preferência por esta denominação deve-se ao fato da mesma constar do Glossary of U.S. Naval Abbreviations, que faz parte do HYPER WAR-US NAVY in Word War II. Entretanto, podemos citar alguns outros autores que deram denominações parecidas, mas diferentes: – na História da Força Aérea Brasileira, de Nelson Freire Lavenère-Wanderley (pág. 270): United States-Brasil Air Training Unit; – na História Geral da Aeronáutica Brasileira, do INCAER (v. III, pág. 479): United States Brazilian Training Unit; – na História da Base Aérea de Natal, de Fernando Hippolyto da Costa (pág. 139): United States Brazil Air Training Unit; – na NAVY-VP-94 History Summary Page: United States Brazilian Aviation Training Unit.
A 30 de março de 1944 foi formalmente encerrado o USBATU.
Houve entrega de 14 (quatorze) aviões Ventura PV-1 cedidos pelo Lend-Lease Act (Lei de Empréstimo-Arrendamento), pelos norte-americanos.
Dispondo daquelas aeronaves e do pessoal instruído no USBATU, foi constituído o 1º Grupo de Bombardeio Médio, sediado em Recife, e que ficou conhecido como 1º Grupo de Venturas.
O Decreto-Lei nº 6.814, de 21 de agosto de 1944, extinguiu os Corpos de Bases Aéreas e ativou as Bases Aéreas.
A Base Aérea de Natal foi classificada como de 2ª Classe.
O Decreto-Lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944, criou o 2º Grupo de Caça, com sede na Base Aérea de Natal, equipado com aviões Curtiss P-40.
O Decreto-Lei nº 6.926, de 5 de outubro de 1944, criou o 1º Grupo Misto de Aviação, com sede na Base Aérea de Natal, com Esquadrilhas de Caça (aviões Curtiss P-40) e de Bombardeio Médio (B-25); além disso, transferiu o 2º Grupo de Caça para a Base Aérea de Santa Cruz, incorporando-o ao 1º Regimento de Aviação.
O dia do armistício, 8 de maio de 1945, conhecido como o Dia da Vitória, encerrou a Segunda Guerra Mundial na Europa.
O Brasil, entretanto, permaneceu em Estado de Guerra até 16 de novembro de 1945, quando oficialmente foram cessadas as hostilidades entre o Brasil e o Japão (Decreto-Lei nº 19.955, 16 de novembro de 1945).
A Base americana em Natal (Parnamirim Field) começou a ser entregue à Força Aérea Brasileira no ano de 1946. Para preservar a segurança daquelas instalações, pelo Aviso nº 32, de 2 de maio de 1946, o efetivo da Companhia de Guarda da Base Aérea de Natal foi aumentado de mais dois Pelotões de Guarda.
Hospital da Base Aérea de Natal.
O porte do acervo a ser recebido implicou em diversas instruções, bem como, na necessidade de serem criadas várias comissões.
O Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, extingüiu e ativou diversas Unidades da FAB.
Em Natal foi extinto o 5º Grupo de Bombardeio Médio e criado o 5º Grupo de Aviação.
Pelo Aviso nº 5, do Ministro da Aeronáutica, ficou ativado, a partir de 24 de abril de 1947, o 1º Esquadrão do 5º Grupo de Aviação (1º/5º GAv) , com sede em Natal, equipado com aviões B-25J. O 1º/5º GAv participou, com dez aviões B-25J, das manobras do Curso de Tática Aérea, que tiveram início em 15 de dezembro de 1948.
Pelo Aviso nº 39, do Ministro da Aeronáutica, tornado público pelo Boletim de 31 de dezembro de 1947, foi ativado o 2º Esquadrão, equipado, também, com aviões B-25J. Com as aeronaves North-American B-25 Mitchell, prestou inúmeros serviços, desde o patrulhamento do litoral brasileiro até o seu emprego como avião de bombardeio.
Na antiga Base Oeste, o Ministro da Aeronáutica criou o Núcleo Provisório da Escola Técnica de Aviação pela Portaria nº 69, de 29 de março de 1950, que seria transferida do Estado de São Paulo. Com a criação da Escola de Especialistas de Aeronáutica, tornou-se desnecessária aquela Escola Técnica de Aviação, sendo a mesma desativada em 7 de outubro de 1953, pelo Decreto nº 34.095.
O Serviço de Intendência da Base Aérea de Natal teve seu início em 18 de outubro de 1951.
O 2º/5º GAv recebeu os nove primeiros aviões P-47 Thunderbolt no dia 6 de novembro de 1953, que para ele foram transferidos por ato do Ministro da Aeronáutica.
Posteriormente, chegaram mais três P-47, totalizando 12 aeronaves P-47 na equipagem do 2º/5º GAv, o qual passou a dar instrução básica de piloto de caça para a FAB, a partir de 1954.
Como parte das comemorações da Semana da Asa, foi realizada a primeira demonstração de salto de pára-quedas com militares da Base Aérea de Natal, no dia 25 de outubro de 1952, no campo do Aero Clube do Rio Grande do Norte, em Capim Macio. A equipe, que saltou de um Beechcraft C-45, era constituída por: Maj. Av. Roberto Hippólito da Costa, 1º Ten. Méd. João Almeida de Barros Lima, 2º Ten. Av. Marialdo Rodrigues Moreira, 2º Ten. Av. Cid Augusto Claro, 2º Ten. Av. Flávio Marques dos Santos, 1S QATPA Jonas Gramado dos Santos e 3S QATPA Roberto Vidal de Siqueira.
O Estado-Maior da Aeronáutica, em 13 de outubro de 1952, liberou o vôo por instrumentos às aeronaves B-25J, por não mais existirem razões que as res-
tringissem. A liberação continha regras específicas de acordo com o equipamento de que dispunha a aeronave.
Em 28 de janeiro de 1954, as instalações do setor oeste da Base foram solenemente entregues pelo Comandante da Base, Cel. Av. Antônio Joaquim da Silva Gomes, ao Comandante do Centro de Instrução Militar da Região Geográfica Norte (CIM), em Natal, Major Av. Guido Jorge Moassab.
O CIM da Região Geográfica Norte fora ativado pela Portaria nº 414, de 24 de setembro de 1953, do Ministro da Aeronáutica, Brig.-do-Ar Nero Moura.
Com cerca de um ano de funcionamento, a 24 de dezembro de 1954, o CIM de Natal foi desativado pela Portaria nº 55/GM-2, passando suas atividades à Base Aérea de Natal até que fosse definitivamente encerrado.
O Comandante da 2ª Zona Aérea determinou que, a partir de 20 de abril de 1955, fossem suspensos os vôos dos P-47 de Natal, até que fossem vistoriados por Comissão do Parque de Aeronáutica de São Paulo, em virtude de estarem apresentando enrugamento na sua deriva horizontal.
– Comandantes da Base Aérea de Natal (de 25/4/1942 a 10/1/1958)
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– Aeronaves que operaram na Base Aérea de Natal entre 1942 e 1956
d) Base Aérea do Recife
A Base Aérea do Recife foi criada em 24 de julho de 1941 (Decreto-Lei nº 3.459) e, pelo Aviso nº 47, de 14 de outubro de 1941, foi autorizada a utilizar as instalações da Air France.
Tendo a Linee Aeree Transatlantiche Italiana, no início de 1941, devido à Segunda Guerra Mundial, abandonado suas instalações, estas também passaram a ser utilizadas pelo Ministério da Aeronáutica. O Governo brasileiro requisitou-as, em 3 de fevereiro de 1942, para uso da Base Aérea do Recife.
Pelo Aviso nº 149, de 11 de novembro de 1942, foi classificada como Base de 2ª Classe.
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O Brig.-do-Ar Eduardo Gomes, que comandava a 1ª Zona Aérea cumulativamente com o Comando da 2ª Zona Aérea (em Recife), mantinha em atividade missões de patrulhamento com os escassos e inadequados aviões de que dispunha naquelas áreas.
No dia 30 de março de 1944, o Almirante Ingram desativou o USBATU e fez a entrega de 14 aviões Lockheed PV-1 Ventura à Força Aérea Brasileira. Estavam presentes o Ministro da Aeronáutica e o Comandante da 2ª Zona Aérea.
Com esses aviões foi criada, em 17 de agosto de 1944, a Unidade 1º Grupo de Bombardeio Médio (1º GBM). Ficou conhecida como 1º Grupo de Venturas, tendo assumido as responsabilidades do VP-143 da Navy, que regressara aos EUA, passando a receber o apoio da Base Aérea do Recife. Na mesma data foi também criado o 6º Regimento de Aviação.
A partir de 27 de fevereiro de 1946, passou a funcionar a Formação de Intendência da Base (FI), de conformidade com o Decreto nº 19.479, de 23 de agosto de 1945, que aprovou o Regulamento de Serviços de Intendência da Aeronáutica. Integravam a FI os Serviços de Tesouraria, Subsistência e Almoxarifado.
Em 16 de setembro de 1946, houve a passagem de Comando do 6º RAv, do Ten.-Cel. Av. João de Almeida ao Ten.-Cel. Av. Synval de Castro e Silva Filho. Em conseqüência, em caráter interino, assumiram as funções de Comandante da Base, o Maj. Av. Ricardo Nicoll, e de Comandante do 1º GBM, o Cap. Av. Oscar de Souza Spinola Júnior.
Além disso, no Depósito de Material de Intendência, em Recife, a 29 de novembro de 1946, a Comissão de Recebimento do Material Excedente do Exército Americano participou a entrega à Base de todo o acervo cedido pelas autoridades americanas à Unidade, conforme constou dos Documentos Reservados ASE-RC.ENG 34 a 50.
É importante assinalar também a modificação ocorrida na Estrutura Organizacional da Unidade. A partir de 25 de janeiro de 1947, o Boletim passou a apresentar em seu cabeçalho a expressão Base Aérea do Recife em lugar de 6º Regimento de Aviação, como era anteriormente.
Assim, passou a circular o Boletim nº 1, que divulgou as novas modificações constantes da Portaria Ministerial nº 433, de 30 de dezembro de 1946, a qual regulamentava o funcionamento provisório das Bases Aéreas.
Naquela Portaria foram criados novos órgãos, absorvidos outros e entraram em vigor novas denominações. Com a extinção do 6º RAv, a Base Aérea do Recife passou a ser assim constituída: – Comando da Base: Ten.-Cel. Av. Synval de Castro e Silva Filho; – Subcomando e Inspetoria: Maj. Av. Ricardo Nicoll.
Em 14 de março de 1947, o Ten.-Cel. Av. Synval de Castro e Silva Filho passou o Comando da Base Aérea do Recife ao Maj. Av. Ricardo Nicoll e, poucos
dias após, pelo Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, foram efetivamente extintos os Regimentos de Aviação e, em seu lugar, criados os Grupos de Aviação. Assim, com a extinção do 6º RAv, o 6º Grupo de Aviação passou a ser subordinado à Base Aérea do Recife.
A partir de 27 de outubro de 1947, entrou em vigor uma programação de vôo por instrumentos em aeronaves do tipo North-American T-6, além de instrução nos simuladores Link-Trainer.
Por Ato de 13 de dezembro de 1947, o Presidente da Comissão de Recebimento do Material Excedente do Exército Americano (CRMA), em Recife, deu por encerradas as atividades da referida Comissão, que havia sido nomeada em 30 de julho de 1945 pelo Comandante da 2ª Zona Aérea, de acordo com determinação do Ministro da Aeronáutica.
Dando prosseguimento, alguns dias depois, de acordo com o Aviso Reservado nº 39/MINIAER, de 16 de dezembro 1947, foi organizado o 2º Esquadrão do 6º Grupo de Aviação, sendo autorizada a transferência dos aviões A-28A Hudson, de Fortaleza para Recife, a fim de equipar essa nova Unidade com todo o acervo e suprimento respectivos existentes em Fortaleza.
O Boletim Reservado nº 1 da Base Aérea do Recife foi difundido em 7 de janeiro de 1948, com apenas duas páginas, e foi assinado pelo Cap. Av. Paulo Barbosa Bokel que respondia pelo Comando da Base.
Participando das comemorações do tricentenário da Batalha dos Guararapes, a 19 de abril de 1948, a Base Aérea do Recife fez um desfile aéreo comandado pelo Cel. Av. Antônio Raymundo Pires, com aeronaves B-25 Mitchell das Bases de Fortaleza, Natal e Salvador, além de B-34 Ventura da Base Aérea do Recife.
Devido á sua importância histórica, merecem destaque também os seguintes
fatos:
– o Aeroporto do Recife, localizado no Campo do Ibura, passou a denominar-se Aeroporto dos Guararapes (Decreto nº 25.170-A, de 2 de julho de 1948); – 1º Campeonato de Atletismo e Desportos da 2ª Zona Aérea: essa competição desenvolveu-se em Recife, de 27 de setembro a 3 de outubro de 1948, com a participação das Bases Aéreas de Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, além do Q.G. da 2ª Zona Aérea e de outros estabelecimentos da 2ª Zona Aérea.
O Ministro da Aeronáutica, Maj.-Brig.-do-Ar Armando Figueira Trompowsky de Almeida, pelo Aviso nº 66/Res, de 21 de outubro de 1948, tomou as seguintes providências. a) estabeleceu nova dotação de material aéreo para as diversas Unidades, determinando o envio, para o 1º/6º GAv, de aviões B-25 excedentes dos 4º e 5º Grupos de Aviação (Fortaleza e Natal, respectivamente); b) tornou sem efeito a criação do 2º/6º GAv;
c) manteve, em Recife, a cargo do 1º/6º GAv, os aviões Ventura PV-1 e PV-2, até ulterior destino; d) restituiu, à Base Aérea de Fortaleza, os aviões Hudson A-28A, cuja manutenção ficou a cargo do 1º/4º GAv (Fortaleza), até ulterior destino; e) reforçou o 1º/6º GAv com pessoal subalterno do 2º/6º GAv. A alegação principal foi a falta de suprimento.
São também desse período os fatos que se seguem: – Competição Aerodesportiva da 2ª Zona Aérea
Essa competição foi cumprida no período de 18 a 24 de novembro de 1948, na Base Aérea do Recife. As provas de Pilotagem e Navegação foram realizadas em Recife, e as provas de Tiro e Bombardeio, em Natal. Essas competições passaram a ser anuais, e serviam de grande motivação para as Unidades Aéreas. – Junta de Padronização
Em fevereiro de 1949, o Comando da 2ª Zona Aérea divulgou o Documento Especial de Instrução nº 6, acerca da Padronização da Instrução Aérea, no qual era instituída uma Comissão de Padronização para estabelecer o programa de formação dos elementos que iriam constituir as Juntas de Padronização das Bases, instruindo os oficiais que faziam parte dessas Juntas e fixando normas a serem cumpridas em todas essas comissões.
A 6 de junho de 1949, o Estado-Maior da Aeronáutica aprovou os seguintes documentos elaborados na 2ª Zona Aérea pela Junta de Padronização: Manual do Instrutor de Avião B-25J; e as Normas Padrão de Operações (NPO), posteriormente transformadas em Normas Padrão de Ação (NPA).
O Estado-Maior da Aeronáutica determinou, ainda, que as Normas Padrão de Operações (NPO) e o Manual de Instrutor do B-25J vigorassem na FAB, em todas as Unidades dotadas de aeronaves North American B-25, à exceção da NPO 15/49 – Comunicações, que ficava restrita às Unidades da 2ª Zona Aérea.
Quanto à obsolescência de Material, a 23 de novembro de 1949, a Diretoria do Material da Aeronáutica expediu uma NORMA considerando como semiobsoletos os aviões dos tipos Lockheed A-28A Hudson, Lockheed PV-1 Ventura B-34 e Lockheed PV-2. Esses aviões deveriam, mais tarde, ser recolhidos ao Parque de Recife, apesar de eles, em sua maioria, possuírem muito poucas horas de vôo.
Na Base Aérea do Recife havia vários oficiais que começaram a fazer vôos nos aviões disponíveis, e conseguiram junto ao Comando da Base que quatro deles fossem entregues à Esquadrilha de Adestramento da Base, para serem empregados em vôos administrativos. Logo depois começaram a cumprir missões de cooperação com a Marinha. Além disso conseguiram, junto ao Parque, que fossem recuperados outros aviões. Havia aeronaves com menos de 200 horas de vôo.
Para cumprir missões da Marinha referidas anteriormente, a Base do Recife passou a ter um avião permanente, no Rio, com troca semanal, a fim de cooperar com o Curso de Tática Anti-Submarino Aeronaval controlado pelo Estado-Maior (E.M.Aer.). Em 1952, quando certa esquadrilha regressava de Porto Alegre, foi designada pelo E.M.Aer. para participar dos Exercícios da UNITAS, fazendo a cobertura da esquadra de Santos a Caravelas.
Em novembro de 1953 foi ativado, pelo Ministro, o 1º/7º GAv em Salvador. Os aviões PV-1 e PV-2 pertencentes à Esquadrilha de Adestramento da Base Aérea do Recife, já em número de seis, foram transferidos para a nova Unidade, assim como oito oficiais já qualificados como instrutores e primeiros pilotos no Ventura.
Ainda com relação aos eventos administrativos e aerodesportivos importantes no período abrangido por este volume, destacamos:
– 2ª Olimpíada Aérea da 2ª Zona Aérea
Essa Olimpíada transcorreu de 28 de novembro até 2 de dezembro de 1949, com participação das Bases Aéreas de Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, pelos seus respectivos Esquadrões: 1º/4º GAv, 1º/5ºGAv, 1º/6º GAv, 1º/7º GAv, com seus aviões Mitchell B-25J.
– 3º Torneio Aéreo da 2ª Zona Aérea
Desse certame participaram as quatro Bases Aéreas do Nordeste, nas provas de Tiro, Bombardeio, Pilotagem e Navegação, no período compreendido entre 28 de novembro e 2 de dezembro de 1950, tendo como local a Base Aérea de Salvador.
– Criação do Centro de Treinamento de Quadrimotores
A Portaria nº 39/G2, de 24 de janeiro de 1951, do Ministro Armando Trompowsky, criou o Centro de Treinamento de Quadrimotores, mais conhecido como CTQ, o qual ficou diretamente subordinado ao Estado-Maior da Aeronáutica, para efeitos de instrução e emprego.
Segue-se o ato oficial:
Portaria nº 39/G2, de 24 de janeiro de 1951
O Ministro de Estado dos Negócios da Aeronáutica, tendo em vista a necessidade de adestrar equipagens na utilização e emprego especializado de material pesado, e de preparar pessoal de terra para a manutenção desse material,
Resolve,
Criar o Centro de Treinamento de Quadrimotores (CTQ), pela forma seguinte: 1. O Centro de Treinamento de Quadrimotores, diretamente subordinado ao Estado-Maior da Aeronáutica ficará sediado, provisoriamente, na Base Aérea do Galeão, para a preparação de duas tripulações de instrutores e de pessoal de terra. Ao terminar esse período de instrução, o Centro de Treinamento de Quadrimotores será transferido para sua sede definitiva na Base Aérea do Recife.
2. As Diretorias de Material, de Pessoal, de Intendência e a 2ª Zona Aérea providenciarão os recursos necessários à instalação do CTQ, conforme instruções especiais que lhes serão baixadas. 3. O pessoal designado para o CTQ somente será dispensado dessas funções: a) por motivo de saúde, quando houver sido julgado incapaz por mais de três meses, em inspeção de saúde; e b) mediante proposta do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. 4. O pessoal do CTQ não concorrerá à substituição de funções na Base Aérea do Recife ou no QG da 2ª Zona Aérea, e vice-versa; ficará, também, dispensado de concorrer às escalas de serviço na Base e no QG da 2ª Zona Aérea. 5. Fica o Estado-Maior da Aeronáutica encarregado de coordenar e orientar as providências tomadas pelas referidas Diretorias e pela 2ª Zona Aérea para instalação do CTQ na Base Aérea do Recife, fiscalizando-lhes a execução.” (a) Ten.-Brig.-do-Ar Armando F. Trompowsky Almeida
Em 20 de junho de 1951, o Estado-Maior da Aeronáutica determinou que a sede do CTQ fosse instalada na Base Aérea do Recife (Ofício nº 09.01.104/A1-1153, de 20 de junho de 1951), por haver terminado aquela fase de treinamento na Base Aérea do Galeão.
Oficiais Aviadores quando da instalação do Centro de Treinamento de Quadrimotores (CTQ).
Destacamos a seguir uma cronologia dos principais fatos ocorridos após a mudança do CTQ para a Base Aérea do Recife: – 9 de julho de 1951 O Ten.-Cel. Av. Roberto Faria Lima instalou e assumiu o Comando do CTQ, já na Base Aérea do Recife. – 30 de setembro de 1952 Por determinação do Estado-Maior da Aeronáutica, o CTQ passou a ficar subordinado à Base Aérea do Recife. Até então, a ligação era direta com o E.M.Aer.
– 3 de novembro de 1952
Entraram em vigor diversas normas referentes à qualificação dos oficiais aviadores do efetivo do Centro de Treinamento de Quadrimotores. Todos os pilotos do CTQ passaram a ser classificados em três categorias, de acordo com a experiência e o grau de aproveitamento de cada um: Segundo Piloto, Primeiro Piloto e Comandante.
– 6 de agosto de 1953
O Maj. Av. José Maia, Comandante do CTQ, solicitou, ao Estado-Maior da Aeronáutica, aprovação de um plano de seis viagens, nos meses de setembro e outubro, em aeronaves Boeing B-17 daquele Centro, para treinamento de travessia do Atlântico Sul, utilizando a rota Recife-Natal-Dakar-Recife.
O Maj. Brig.-do-Ar Ajalmar Vieira Mascarenhas, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica autorizou o cumprimento do plano solicitado.
As seis viagens a Dakar foram cumpridas nas seguintes datas: 1ª) partida em 1º/9/1953 e regresso em 4/9/1953 – avião B-17 483.663; 2ª) partida em 6/9/1953 e regresso em 9/9/1953 – avião B-17 485.583; 3ª) partida em 12/9/1953 e regresso em 15/9/1953 – avião B-17 485.602; 4ª) partida em 19/9/1953 e regresso em 22/9/1953 – avião B-17 483.663; 5ª) partida em 26/9/1953 e regresso em 29/9/1953 – avião B-17 485.583; 6ª) partida em 1º/10/1953 e regresso em 4/10/1953 – avião B-17 485.602.
– 25 de setembro de 1953
Através da Portaria nº 415, do Ministro Nero Moura, foi declarado extinto a partir de 15 de outubro de 1953, o Centro de Treinamento de Quadrimotores (a que se referia a Portaria nº 39/GM2, de 24 de janeiro de 1951), e determinada a transferência do pessoal e material do CTQ para o 1º/6º GAv, com sede na Base Aérea do Recife, que então foi ativado com doze aviões BOEING S/RB-17G.
– 21 de março de 1955
Foi iniciada a instrução aérea do 1º/6º GAv com uma aula inaugural proferida pelo Comandante da 2ª Zona Aérea, Maj.-Brig. Luiz Leal Netto dos Reis. Compareceram todos os oficiais da Base e do Esquadrão, com seus respectivos Comandantes, Ten.-Cel. Av. Newton Lagares Silva e Maj. Av. José Maia.
– 9 de maio de 1955
Foi divulgado o Aviso Reservado nº 11/GM2, do Ministro da Aeronáutica (Ten.-Brig. Eduardo Gomes), com o seguinte teor: “Com a chegada do último avião B-17, vindo dos Estados Unidos, o Esquadrão de Busca/Salvamento e Foto (1º/6º GAv), sediado na Base Aérea do Recife, ficou equipado com 12 aviões.
Seja modificada a organização dessa Unidade para que venha a operar com três Esquadrilhas: uma Esquadrilha de Fotografia, uma Esquadrilha de Busca e uma Esquadrilha de Adestramento.” – 30 de dezembro de 1955
Com o término da instrução do 1º/6º GAv, o seu Comandante, Maj. Av. José Maia, expediu um elogio coletivo, ressaltando que o “Esquadrão completara 10.000 horas de vôo, sem um único acidente”.
Rota Recife-Natal-Dakar-Recife: partida em 1º/9/1953 e regresso em 4/9/1953. Da esquerda para a direita: Maj. Av. Alberto Costa Mattos, Maj. Av. José Maia, Brig. Reynaldo Joaquim Ribeiro de Carvalho Filho, Ten.-Cel. Av. Newton Lagares Silva, Ten.-Cel. Med. Junqueira Ayres, Cap. Av. Moacyr Carvalho Ayres, 1º Ten. Esp. Com. Marcius de Souza Campolino (navegador), Sargentos Mecânicos: Freire e Benonil, Sargentos Radiotelegrafistas: Gomes Netto e Santos Silva, e Sargento Fotógrafo Silveira.
A Base Aérea do Recife operou com várias aeronaves no período de 1941 a 1946. Foram elas:
– North American NA-72, AT-6B, AT-6C, AT-6D e T-6G
Monomotor biplace de treinamento avançado; era armado (bombas e metralhadoras) e capaz de voar por instrumentos (motor R-1340, de 600 HP). Três NA-72 foram os primeiros aviões recebidos pela Base em outubro de 1941. Pertenceram à Esquadrilha de Adestramento e foram utilizados na instrução de pilotos e no patrulhamento do litoral. A partir de maio de 1942, foram recebidos quatro AT-6B e um grande número de AT-6C, AT-6D e T-6G. – Vultee V11-GB2 (Vultizão)
Monomotor triplace de bombardeio leve (motor R-1820-G2, de 1.000 HP). Pertencentes ao 1º Regimento de Aviação (Rio de Janeiro), seis aviões foram destacados temporariamente em Recife entre outubro de 1941 e julho de 1942, sendo utilizados para patrulhamento do litoral.
– Waco CPF-5
Monomotor biplano biplace de transporte leve (motor R-760-E, de 250 HP). Houve apenas um avião recebido em abril de 1942. Pertencia à DRA e foi alocado à Esquadrilha de Adestramento para viagens do CAN. – Lockheed 12A
Bimotor de transporte leve (oito lugares – motores Wasp Jr. SB, de 450 HP). Apenas um avião foi recebido, em junho de 1942. Foi alocado à Esquadrilha de Adestramento para transporte de passageiros. – North American B-25B e B-25J
Bimotor de bombardeio médio (seis tripulantes – motores R-2600, de 1.700 HP). Seis aviões B-25B foram transferidos de Fortaleza para Recife, em setembro de 1942. Foram utilizados pelo 1º Grupo de Bombardeio Médio para vôos de patrulhamento do litoral e proteção de comboios. Mais tarde, a partir de fins de 1947, a Base recebeu grande quantidade de aviões B-25J, empregados pelo 6º GAv na formação de pilotos de bombardeio.
– Douglas B-18
Bimotor de bombardeio leve (seis tripulantes – motores R-1820-45, de 850 HP). Dois aviões foram transferidos de Fortaleza para Recife em setembro de 1942, tendo sido utilizados pelo 1º Grupo de Bombardeio Médio para vôos de patrulhamento do litoral e proteção de comboios.
– Fairchild UC-61 A/K
Monomotor de transporte leve (quatro lugares – motor radial R-500-1, de 165 HP). O primeiro, da série A, foi recebido em outubro de 1942 e utilizado pela Esquadrilha de Adestramento como avião de emprego geral. Outros, recebidos mais tarde, eram da série K e equipados com motores em linha L-440-7 de 200 HP.
– Curtiss P-40E, P-40K e P-40M
Monomotor monoplace de caça (motor V-1710, de 1.200-1.325 HP). Entre dezembro de 1942 e abril de 1943, a Base recebeu quatorze aviões P-40K e P-40M, operados pelo 2º Grupo na instrução de pilotos de caça. Anteriormente, seis aviões P-40E pertencentes à Base de Natal haviam operado provisoriamente no Ibura, no mesmo tipo de instrução.
– Beechcraft AT-7, UC-45F e AT-11
Bimotor de transporte leve (sete lugares – motores R-985-AN1, de 450 HP). O primeiro AT-7 (versão de treinamento de pilotos e navegadores) foi recebido em 1942 e pertencia ao QG da 2ª Zona Aérea. Ficava na Esquadrilha de Adestramento, sendo muito utilizado pelo Brig. Eduardo Gomes para visitas de inspeção às Unida-
des do Nordeste. A partir de 1945, a Base também recebeu diversos UC-45F (versão de transporte de passageiros) e AT-11 (versão de treinamento foto e bombardeio). – Beechcraft UC-43 Monomotor biplano de transporte leve (cinco lugares – motor R-985-AN1, de 450 HP). O primeiro foi recebido em 1942. Pertencia à DRA e era utilizado pela Esquadrilha de Adestramento para vôos do CAN. Vários foram recebidos nos anos seguintes. – Lockheed A-28A Hudson
Bimotor de bombardeio leve (cinco tripulantes – motores R-1830-34, de 1.050 HP). Três foram recebidos em janeiro de 1943 e utilizados pelo 1º Grupo de Bombardeio Médio para patrulhamento do litoral e proteção de comboios. – Vought V-65B Corsair Monomotor biplano biplace de reconhecimento (motor R-1690-C, de 600 HP). Apenas um exemplar foi recebido em 1943 e alocado à Esquadrilha de Adestramento, sendo pouco utilizado. – Cessna UC-78
Monomotor de transporte leve (cinco lugares – motores R-755-9, de 250 HP). O primeiro foi recebido em início de 1944. Pertencia ao QG da 2ª Zona Aérea, mas ficava na Esquadrilha de Adestramento e era utilizado como avião de emprego geral. – Vega PV-1 Ventura Bimotor de patrulha (cinco tripulantes – motores R-2800-31, de 2.000 HP). Quatorze aviões foram recebidos a partir de março de 1944 e alocados ao 1º Grupo de Bombardeio Médio (1º GBM) para missões de patrulhamento e proteção de comboios. – Noordwyn UC-64A
Monomotor de transporte leve (dez lugares – motor R-1340-AN1, de 600 HP). O primeiro foi recebido em outubro de 1944. Pertencia à DRA e foi alocado à Esquadrilha de Adestramento para serviços do CAN. – Lockheed C-60A Lodestar
Bimotor de transporte (dezoito lugares – motores R-1820-87, de 1.200 HP). Apenas um foi operado. Pertencia à Seção de Aviões de Comando e foi recebido por empréstimo, em 1944. sendo devolvido em 1945. – Fairchild PT-19A e PT-19B
Monomotor biplace de treinamento primário (motor L-440-3, de 200 HP). Os primeiros foram recebidos em 1947 e alocados à Esquadrilha de Adestramento, para manutenção da operacionalidade dos pilotos.
– Vega PV-2
Bimotor de patrulha (cinco tripulantes – motores R-2800-31, de 2.000 HP). Cinco Unidades foram transferidas de Salvador para Recife, em 1947, e alocadas ao 6º Grupo de Aviação para missões de patrulhamento.
– Boeing S/RB-17G
Quadrimotor de bombardeio pesado (Motores Wright R-1810-97, de 1.380 HP). Foi modificado para serviços de busca e salvamento (S) ou reconhecimento foto (R). Os primeiros seis aviões foram recebidos em 1951 para o Centro de Treinamento de Quadrimotores (CTQ) e mais sete foram adquiridos no período compreendido 1954-1955 para o 6º Grupo de Aviação.
– Comandantes da Base Aérea do Recife (de 1941 a 1957)
ETNADNAMOC OÃTSEG
ohleoCseugirdoRsolraC.vA.jaM 2491/5/2a1491/01/32
açnodneMedinottOolihpóeT.vA.jaM 3491/2/71a2491/5/2
asobraBsednanreFoinotnA.vA.leC-.neT 5491/3/22a3491/2/71
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Major Aviador Carlos Rodrigues Coelho. Promovido a Brigadeiro-do-Ar em 18/9/1950.
e) Base Aérea de Salvador
Estava Salvador em uma localização litorânea no Nordeste brasileiro que permitiria uma eficiente colaboração do Brasil com as Forças Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. Implicava, também, a necessidade do engajamento de bases aéreas naquela região litorânea no combate aos ataques de submarinos inimigos aos navios e comboios aliados que por lá transitavam no Atlântico Sul. Esses foram os motivos principais que determinaram a criação da Base Aérea de Salvador.
Pelo Decreto nº 3.462, de 25 de julho de 1941, o Governo brasileiro autorizava a Panair do Brasil a iniciar obras necessárias às melhorias de diversos aeroportos, entre eles o de Salvador, podendo construir, melhorar e aparelhá-los de forma que viessem a permitir a utilização por aviões de grande porte. Aquelas obras deveriam estar concluídas num prazo de dois anos. A situação estratégica mundial, na qual se evidenciava uma grande preocupação com o front do norte da África, onde as forças inimigas haviam conquistado posições importantes e empregavam seus submarinos para tentar bloquear qualquer apoio às forças aliadas, foi determinante para o desenvolvimento da Força Aérea Brasileira naquela região, uma vez que na época só dispunha de bases aéreas no Sudeste e Sul do país.
A Base Aérea de Salvador foi criada pelo Decreto-Lei nº 4.916, de 5 de novembro de 1942. Neste mesmo dia, pelo Decreto nº 4.915, foi criado o 11º Corpo de Base Aérea de Salvador, de 3ª Classe.
Não dispondo de aviões adequados, utilizava-se dos que eram cedidos pelo Aero Clube de Salvador.
Com a chegada dos aviões North American NA-72, vindos da Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, as missões passaram a ser realizadas naquelas aeronaves.
Lá operavam, também, aviões da 4ª Esquadra Norte-Americana do tipo PV-1 Ventura e PBM-3 Mariner (hidroaviões), que desempenhavam missões de guerra no Atlântico Sul, em estreita colaboração com as Forças Aeronavais brasileiras.
A 15 de janeiro de 1943, chegaram os aviões de patrulha do tipo Lockheed A-28AHudson, que depois passaram a integrar o 2º Grupo de Bombardeio Médio (2º GBM), criado pelo Decreto-Lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944.
Os aviões Lockheed A-28A Hudson possuíam características operacionais bem mais adequadas, atualizadas e eficientes para as missões de patrulha e de ataque a navios e submarinos, podendo levar até 725 kg de cargas de profundidade.
No dia 5 de abril de 1943, uma destas aeronaves, o Lockheed A-28AHudson 75, tendo como tripulantes o 1º Ten. Av. Ivo Gastaldoni, o 1S Q-Av. Ângelo Dias Ferreira, o 2S Q-RT-V Raymundo Lopes de Souza e o S2 Q-IG-FI Paschoal Ferreira Gomes Molinari, atacou com êxito um submarino inimigo.
Em 1944, o 2º Grupo de Bombardeio Médio recebeu os aviões Lockheed PV-2, o que lhe permitiu substituir os Lockheed PV-1 Ventura do Esquadrão de Bombardeio VB-129 da Força-Tarefa 44 da Aviação Naval Norte-Americana, que operava no litoral brasileiro com base em Salvador.
Aspirantes de 1946 que foram fazer curso na USNAVY. Em pé, da esquerda para a direita: Pereira Sobrinho, J. F.; Camarinha, P. R. C.; Tedesco, A. D.; Fonseca, H. G.; Gomes de Oliveira, F. E.; Kummel, I. P.; Messina, A.;Vasconcelos, R. T.; Gilson, C. M.; Freitas, N. V. C.; e Mendes, S. M. Sentados, da esquerda para a direita: Santiago, N. A.; Morato, C. A.; Carvalho, J.; Vasconcellos, H. P.; Andrade, E. L.; e Maia, G. No chão, da esquerda para a direita: Coelho de Souza, A. G.; Checchia, J. V. C.; Passos, G. B.; Vargas, A. S.; Glech, N. A.; e Boisson, E. M.
Aspirantes de 1946 que foram fazer curso na USNAVY. Em pé da esquerda para a direita: Pereira Sobrinho, J. F.; Landulpho, A. A. F., Coelho de Souza, A. G.; Fonseca, H. G.; Gomes de Oliveira, F. E.; Faria, I. V. P.; Messina, A.; Vasconcelos, R. T.; Gilson, C. M.; Freitas, N. V. C.; Mendes, S. M. Sentados, da esquerda para a direita: Santiago, N. A.; Morato, C. A.; Carvalho, J.;Vasconcellos, H. P.; Andrade, E. L.; Maia, G. No chão, da esquerda para a direita: Kummel, I. P.; Checchia, J. V. C.; Passos, G. B.; Vargas, A. S.; Glech, N. A. e Boisson, E. M.
A 1º de abril de 1947, de acordo com Aviso Ministerial, passou à categoria de Destacamento, porém, naquele mesmo ano, isto é, a 24 de novembro de 1947, passou à categoria de Base, retornando mais tarde à categoria de Destacamento de Base e, em 1954, novamente à categoria de Base Aérea de Salvador.
O Aviso Ministerial Reservado nº 31, de 8 de novembro de 1947, organizou o 1º/7º GAv, com aeronaves B-25J. Este Grupo viria a ser desativado após três anos de atividade, tendo sido reativado em 14 de janeiro de 1954, dia em que recebeu 5 (cinco) aeronaves Ventura B-34, que eram mais comumente conhecidos como PV-1 e PV-2.
Os Ventura B-34 substituíram os B-25 que equipavam o 1º/7º GAv.
– Comandantes da Base Aérea de Salvador (de 1942 a 1956)
ETNADNAMOC OÃTSEG
oniuqAedaiuGodlareG.vA.jaM 3491/8/6a2491/11/81
seriPodnumiaRoinotnA.vA.jaM 5491/5/21a3491/8/6
vA.leC-.neT. ohliFlhaKésoJ 5491/01/61a5491/5/21
sotaMatsoCotreblA.vA.paC 7491/4/7a5491/01/61
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Maj. Av. Geraldo Guia de Aquino.
– Aviões que pertenceram à Base Aérea de Salvador no período de 1942 a 1956
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J52-B801-ANnaciremAhtroN )somitlúsiodso(0691éta8491/1/11
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– Terceira Zona Aérea
a) Base Aérea dos Afonsos
A Base Aérea dos Afonsos foi ativada em 7 de dezembro de 1958, pela Portaria nº 5-13/GM2 – Reservada, portanto, em data posterior ao período deste volume 4 (1946 a 1956).
Foi julgado conveniente manter este nome no título do item por melhor identificar a localização das Unidades que deram origem a tão importante e histórica Base.
Naquelas instalações, de 1946 a 1956, funcionaram: – 2º Grupo de Transporte – de 5 de outubro de 1944 até 6 de outubro de 1952; – Centro de Instrução Militar (CIM) – de 6 de outubro de 1952 até 18 de novembro de 1954; – 2º Grupo de Transporte – de novembro de 1954 a fevereiro de 1958.
A Base Aérea dos Afonsos teve seu início com a criação, pelo Decreto nº 20.023, de 21 de maio de 1931, do Grupo Misto de Aviação, que foi a primeira Unidade aérea ativada com a criação da Arma de Aviação do Exército.
O Grupo Misto de Aviação ficou instalado em um hangar de madeira (Capitão Rubens) que existia ao lado do hangar duplo do Parque dos Afonsos, e teve como primeiro Comandante o então Major Eduardo Gomes. Em 1933, o Grupo Misto de Aviação foi extinto e, em seu lugar, foi criado o 1º Regimento de Aviação, com sede no Campo dos Afonsos.
O 1º RAv comportava dois Grupos de Aviação: – O 1º Grupo de Caça, composto de duas esquadrilhas, com um total de quatorze aeronaves Boeing; – O 2º Grupo de Reconhecimento e Bombardeio, com uma esquadrilha composta de sete aeronaves Vougt V-65 B Corsair. Possuía, também, uma Esquadrilha de Treinamento com quatro aeronaves Waco CTO, três aeronaves Fleet 10D e oito aeronaves Waco CSO.
Em 27 de novembro de 1935, foi o 1º Regimento de Aviação atingido pela Revolução Comunista, fato bem relatado no volume 3 desta Série.
Depois de haver estado completamente cercado pelos rebeldes, o 1º RAv, sob comando do então Ten.-Cel. Av. Eduardo Gomes, resistiu bravamente, e, a partir das 4h 15 da manhã, ao começar a clarear o dia, os rebeldes começaram a se render.
A 27 de janeiro de 1941, o 1º Regimento de Aviação passou ao controle do Ministério da Aeronáutica, em cerimônia presidida pelos Ministros de Estado da Guerra, General de Divisão Eurico Gaspar Dutra, e da Aeronáutica, Dr. Joaquim Pedro de Salgado Filho.
A 16 de janeiro de 1943, pelo Decreto-Lei nº 5.198, a sede do 1º RAv foi transferida para o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, que passou a denominar-se Base Aérea de Santa Cruz.
Estando desocupadas as suas instalações no Campo dos Afonsos, a Diretoria de Ensino lá sediou o Estágio Primário (PT-19) da Escola de Aeronáutica, tendo também sido instalado ali, pela Diretoria de Rotas Aéreas (Portaria nº 43, de 4 de maio de 1942), um Posto do Correio Aéreo Nacional, sob o comando do Capitão Aviador Geraldo Menezes da Silva, até 5 de outubro de 1944. Nessa data, o 2º Grupo de Transporte foi criado, subordinado, também, à Diretoria de Rotas Aéreas, e ocupou aquelas dependências atendendo ao Decreto nº 6.926.
O 2º Grupo de Transporte foi equipado com aviões Douglas C-47, Beechcraft D-17S (monomotor) e Beechcraft D-18S (bimotor), e tinha como missão básica o transporte aéreo, atendendo a diversas Linhas do Correio Aéreo Nacional. Anos
mais tarde realizou, também, missões de lançamento de pára-quedistas, em cooperação com Unidades do Exército.
No final de 1949, a Seção de Operações da Diretoria de Rotas Aéreas decidiu organizar um Curso para elevar o nível operacional das equipagens de Douglas C-47 e padronizá-las operacionalmente.
Foram elaboradas Normas Padrão de Ação (NPA) e um programa de instrução aérea e de instrução terrestre, os quais englobavam: – Instrução Aérea: operação do avião, vôo monomotor, vôo noturno e vôo por instrumentos; – Instrução terrestre: sistemas do avião, navegação, meteorologia e tráfego aéreo.
Essa padronização foi realizada para todos os pilotos que concorriam à Escala de Transporte (C-47). Era fornecido um Cartão de Vôo por Instrumentos (Cartão Verde) àqueles que concluíam o curso satisfatoriamente.
Foi possível, assim, à Diretoria de Rotas Aéreas (Seção de Operações), criar a Viagem Noturna de Transporte (RIO-BELÉM NOTURNO). Até então não eram autorizados os vôos noturnos em rota, com partida e chegada no calabouço (Aeroporto Santos-Dumont).
O Major Aviador Antônio Rezende Furtado foi o primeiro Comandante do 2º Grupo de Transporte.
Em novembro de 1951, sob o comando interino do Major Aviador João Paulo Moreira Burnier, o 2º GT foi transferido para a Base Aérea do Galeão.
Durante o período em que o 2º GT esteve no Galeão, as instalações do Campo dos Afonsos foram ocupadas pelo Centro de Instrução Militar (CIM) da Região Geográfica Centro, tendo como Comandante o Cel. Av. Armando Serra de Menezes.
O CIM fora criado pelo Decreto nº 31.418, de 10 de setembro de 1952, e ativado pela Portaria nº 311, de 6 de outubro de 1952.
A finalidade do CIM era ministrar instrução militar aos jovens convocados para o serviço militar na Aeronáutica, na região do antigo Distrito Federal.
O CIM foi desativado pela Portaria nº 51/GM2, de 18 de novembro de
1954.
Com a desativação do CIM o 2º Grupo de Transporte, que estava no Galeão, retornou ao Campo dos Afonsos, sob o comando do Tenente-Coronel Aviador Délio Jardim de Mattos, aí funcionando até 1958, subordinado ao Comando de Transporte Aéreo (COMTA).
As missões aéreas eram, ainda, realizadas pelas aeronaves C-47. Entretanto, a 20 de setembro de 1955, foram incorporadas as aeronaves Fairchild C-82 para completar as missões previstas.
“The Fairchild Engine and Airplane Corporation” – Fábrica nos EUA. Equipe que participou da revisão de recebimento das 12 aeronaves Fairchild C-82 adquiridas pela Força Aérea Brasileira. Em pé, da esquerda para a direita: Daniel Pick (instrutor americano), 3S Maestrelli, Ten. Av. Araújo, SO Onofre Jardim, 3S Arlindo Irigaray, 2S Luciano da Silva, 1S Bainha, 2S Paulo Pontin e Austin Young (instrutor americano). Agachados, da esquerda para a direita: 3S Guilherme Moore, 3S Ramiro Pimentel, 2S Waldemar Barreto, 2S Mair Rasnick, 2S Geraldo Wacha e 2S José Vitral.
– Comandantes da Base Aérea dos Afonsos (janeiro de 1941 a fevereiro de 1956)
– 1º Regimento de Aviação (Decreto nº 22.970, de 20 de julho de 1933)
ETNADNAMOC OÃTSEG
seugirdoRamiLednacnuDoisávreG.vA.leC 1491/21/01a0491/6/3
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Cel. Av. Gervásio Duncan de Lima Rodrigues. Promovido a Brig.-do-Ar em 10/12/1941.
– Posto do Correio Aéreo Nacional (Portaria nº 43, de 4 de maio de 1942)
– 2º Grupo de Transporte (Decreto nº 6.926, de 5 de outubro de 1944)
– Centro de Instrução Militar dos Afonsos (Portaria nº 331, de 6 de outubro de 1952)
– 2º Grupo de Transporte (Portaria nº 51/GM2, de 18 de novembro de 1954)
b) Base Aérea do Galeão
No segundo semestre de 1924, na Ponta do Galeão, Ilha do Governador (Rio de Janeiro) – onde recentemente se instalara o Centro de Aviação do Rio de Janeiro, da Aviação Naval, naquelas novas edificações – a Escola de Aviação Naval foi para lá finalmente transferida. O primeiro Comandante daquele Centro foi o Capitão-de-Mar-e-Guerra Heráclito da Graça Aranha.
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ETNADNAMOC OÃTSEG
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No tocante às obras do Galeão, em 1926, somente as da Escola estavam concluídas; as do Centro estavam em atraso, permanecendo em ritmo lento até o ano de 1930.
Nos anos 30, a Aviação Naval evoluiu ao organizar também as Unidades do seu Corpo de Aviação com cinco setores aéreos, um dos quais, a 1ª Flotilha de Aviões de Esclarecimento, ficou alocado no Centro de Aviação Naval, no Galeão.
Com a criação do Correio Aéreo Naval, em 1934, e sua ampliação de rotas em 1936, o Galeão tivera aumentada consideravelmente a sua atividade aérea.
Ao final de 1935 começaram a funcionar as Oficinas Gerais de Aviação, em instalações da Base de Aviação Naval do Galeão, cujo edifício definitivo foi iniciado em 1936 e, já no ano de 1937, mais conhecida como Fábrica de Aviões, construía os primeiros aviões Focke Wulf.
Em janeiro de 1941, com a criação da nova denominação da Força Aérea Brasileira (FAB), pelo Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941, a Base de Aviação Naval do Rio de Janeiro passou a denominar-se Base Aérea do Galeão (RJ), sendo reafirmada como Base de 1ª classe pelo Aviso nº13, de 21 de janeiro de 1942. Contava a Base Aérea do Galeão com os seguintes aviões: nove Focke Wulf FW-58, um Vought V-65B Corsário, três North American NA-72, quatro Grumman J4F-2 Widgeon, e, para adestramento, onze North American NA-46 e cinco Lockheed Hudson.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Escola de Aeronáutica não tinha capacidade de formar oficiais aviadores em número suficiente para atender as necessidades da FAB. Foi necessária a formação de oficiais aviadores da Reserva. Pela Portaria nº 97, de 20 de agosto de 1942, foi criado o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (CPORAer) na Base Aérea do Galeão. A Instrução Primária de vôo era realizada na Base Aérea do Galeão; a Instrução Básica, na Base Aérea de São Paulo; e a Instrução Avançada, na Base Aérea de Porto Alegre.
Pela Portaria nº 348, de 13 de outubro de 1944, foi transferido o Centro de Instrução Pré-Aeronáutica do Campo dos Afonsos para a Base Aérea do Galeão, o qual tinha a mesma missão de formar Oficiais Aviadores da Reserva.
Pelo Decreto-Lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944, foram criadas na 3ª Zona Aérea as seguintes Unidades de Aviação, com sede no Galeão: – 4º Regimento de Aviação (4º RAv)
Estava constituído pelo 3º Grupo de Bombardeio Médio (3º GBM) e pelo 2º Grupo de Patrulha (2º GPat).
O 3º GBM operou aeronaves North American B-25J.
Para a posse do Presidente Perón, da Argentina, em Buenos Aires, o Brasil fez-se representar, também, com cinco aviões B25-J, do Galeão, realizando seu deslocamento com decolagem do Galeão em 2 de junho de 1956. Em 5 de junho, data da posse, a esquadrilha sobrevoou o palanque presidencial.
O 3º GBM foi transferido para Salvador no início de 1947.
O 2º Grupo de Patrulha foi extinto em 24 de março de 1947 pelo Decreto nº 22.802, passando a constituir o 8º Grupo de Aviação. – 1º Grupo de Transporte Até 29 de outubro de 1945 foi subordinado ao Gabinete do Ministro da Aeronáutica, passando à subordinação da Diretoria de Rotas Aéreas e, posteriormente, ao Comando de Transporte Aéreo (COMTA), quando este foi criado em 5 de junho de 1951, pelo Decreto nº 29.640.
Para o COMTA foram transferidos, além de outras Unidades, a Base Aérea do Galeão e o 1º Grupo de Transporte (1º GT). O 1º GT operava com os Beechcraft (AT-7 e C-45) nas missões de Correio e, com os Lockheed C-60 e os Douglas C-47, nas missões de transporte.
Conforme foi mostrado no histórico da Base Aérea do Recife, pela Portaria nº 39/G2, de 24 de janeiro de 1951, foi criado o Centro de Treinamento de Quadrimotores (CTQ). Subordinado ao Estado-Maior da Aeronáutica, ficou sediado provisoriamente na Base Aérea do Galeão para efeito de instrução e treinamento das equipagens nas aeronaves B-17.
No Galeão, em 13 de março de 1951, foi iniciada a instrução prevista para ser desenvolvida em dois períodos: Instrução no solo (duas semanas) e treinamento em vôo (dez semanas).
A instrução no solo (ground school) foi montada pela Comissão Mista BrasilEstados Unidos (COMMBEU). As salas de aula para a instrução no solo ficaram localizadas no prédio do Museu Histórico Nacional, por concessão especial do seu Diretor, na Praça Marechal Âncora – Rio de Janeiro (RJ). Uma outra sala, a de nº 1.023, ficava situada no edifício do Ministério da Aeronáutica.
O Comando do CTQ foi instalado na sala nº 1.019 do E.M.Aer., onde permaneceu até 16 de abril do mesmo ano, quando passou a funcionar numa das salas do hangar do 1º Grupo de Transporte, na Base Aérea do Galeão. Isso possibilitou o controle direto, e sempre imediato, com a instrução aérea.
A manutenção dos aviões era realizada no Aeroporto Santos-Dumont (ainda conhecido como Calabouço), onde o CTQ dispunha, também, de uma sala para vestiário cedida pelo Comando da 3ª Zona Aérea. A COMMBEU cedeu o avião do Adido – a B-17 44-85778 – que ficava estacionado no Aeroporto Santos-Dumont, para ser utilizado na instrução até a chegada dos seis aviões B-17 cedidos pelo Governo americano à Força Aérea Brasileira.
O cronograma de suprimento para essas aeronaves foi o seguinte: – 7 de março de 1951
Chegada do primeiro lote de material sobressalente para as aeronaves B-17 do CTQ, num total de 14.284 libras.
– 21 de março de 1951
Chegada do segundo lote, com 20.735 libras. – 29 de março de 1951
Chegada do terceiro lote, com 3.175 libras. – 3 de abril de 1951
Seguiu, por avião, com destino à Base Aérea do Recife, o primeiro carregamento de material sobressalente de B-17.
Finalmente, em 6 de abril de 1951, às 14 h, pousou no Galeão, o primeiro avião B-17 destinado ao CTQ, com matrícula 44-83663, ainda americana. Em 16 de abril de 1951, teve início a instrução aérea utilizando-se dois aviões B-17: o de matrícula 44-83663 (que havia chegado em 6 de abril) e o de matrícula 44-85778 (que pertencia à Missão Americana no Brasil). Os oficiais-alunos eram o Ten. Av. Roberto Faria Lima e o Cap. Av. Everaldo Breves, sendo instrutor o Cap. USAF Shay.
O primeiro B-17 de uma série de seis cedidos pelos EUA foi incorporado ao CTQ no dia 20 de abril de 1951. Foi o B-17 44-83663.
Na primeira semana foram realizadas 28h 45 de vôo. Na semana de 23 a 27 de abril, somente no B-17 nº 44-83663 foram voadas 32 horas.
A 23 de abril de 1951, foi difundida outra Portaria, a de nº 107-GM1, determinando que “ao pessoal do CTQ, em questões de serviço, se aplicavam todas as disposições vigentes para o pessoal que servia nas unidades da Força Aérea Brasileira”.
Entretanto, ocorreu uma importante modificação no texto da Portaria nº 39/G2, tornando-se sem efeito o seguinte item: “O pessoal do CTQ não concorrerá à substituição de funções na Base Aérea do Recife ou no QG da 2ª Zona Aérea e vice-versa; ficará, também, dispensado de concorrer às escalas de serviço na Base e quartel-general”.
O segundo B-17 do CTQ, de matrícula 44-85567, pousou no Galeão no dia 3 de maio de 1951, sendo destinado à Fotografia Aérea.
A instrução de vôo prosseguia em ritmo satisfatório: de 7 a 11 de maio foram 30 h; de 14 a 18 de maio foram realizadas 23h 05; no período de 21 a 25 de maio foram 61h 40; e, de 28 de maio a 1º de junho foram ministradas 24h 20. Até essa data, portanto, cerca de 200 horas de vôo tinham sido efetuadas.
Em 23 de maio de 1951, pousou, no Galeão, o terceiro B-17 destinado ao CTQ: matrícula americana 44-85602, destinado também para Fotografia Aérea.
Em 5 de junho de 1951, foi considerado completado o programa de vôo previsto de 120 horas de treinamento básico para formação dos seguintes Pilotos-Instrutores: Ten.-Cel. Av. Roberto Faria Lima, Maj. Av. Maurício José de
Assis Jatahy, Maj. Av. Alberto Costa Matos e Cap. Av. Everaldo Breves. Na mesma oportunidade, foi também considerado concluído o treinamento no exercício da função a que vinha sendo submetido o pessoal de terra, para fins de manutenção do material aéreo.
A Portaria nº 211, de 9 de maio de 1951, exarada pelo Ministro Nero Moura, tornou sem efetivo o 1º/6º GAv, sediado na Base Aérea do Recife, culminando com o Ofício nº 09.01.104/A1-1153, de 20 de junho de 1951, em que o Estado-Maior da Aeronáutica determinou que a sede do CTQ fosse instalada na Base Aérea do Recife. Finalmente, em 9 de julho de 1951, o Ten.-Cel. Av. Roberto Faria Lima, em cumprimento àquele Ofício, instalou e assumiu o Comando do CTQ em Recife.
– Comandantes da Base Aérea do Galeão (de 1941 a 7/8/1957)
c) Base Aérea de Santa Cruz
Em 31 de março de 1934, o Governo Provisório da República do Brasil (era Presidente o Dr. Getúlio Vargas) autorizou, pelo Decreto nº 24.069, a celebração de contrato com a Luftschiffbau Zeppelin G.m.b.H para o estabelecimento de uma linha aérea regular com dirigíveis, entre o Brasil e a Europa, e para a construção de um aeroporto para dirigíveis no Rio de Janeiro.
A Fazenda de Santa Cruz foi escolhida para construção do aeroporto, exclusivo para dirigíveis (Letra a do cap. VII daquele contrato).
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Estava, assim, mais uma vez, a Fazenda de Santa Cruz determinada a perpetuar-se nas páginas históricas brasileiras já que, no período colonial, o Rei de Portugal (D. João VI) e seu filho, que viria a ser o Primeiro Imperador do Brasil (D. Pedro I), passaram grande parte de suas vidas utilizando-a como local de descanso da Família Real.
Dois anos mais tarde (1936), o aeroporto foi inaugurado e recebeu o nome de Aeroporto Bartolomeu de Gusmão.
Fachada do hangar para os Zeppelins.
Interior do hangar.
Naquele ano, os vôos do Zeppelin tiveram amplo sucesso, vindo logo a ser complementados com os vôos do Hindenburg, com maior capacidade de passageiros, o qual era mais freqüentemente usado no Atlântico Norte.
Entretanto, em 1937, houve o trágico acidente com o Hindenburg em Lakehurst, New Jersey (EUA), o que levou a Luftschiffbau Zeppelin a solicitar ao governo brasileiro a suspensão de sua linha.
O início da Segunda Guerra Mundial no ano de 1939 fez com que o governo brasileiro declarasse sem efeito a concessão de 31 de março de 1934 (conforme estava previsto naquele contrato).
Em 1935, teve o 1º RAv destacada atuação em defesa da ordem, combatendo com ardor o surto comunista irrompido na Escola de Aviação Militar, evitando que o Campo dos Afonsos caísse em poder dos rebeldes.
Tendo a Aviação uma evolução rápida, foi necessário ser melhorado o material aéreo do 1º RAv, perdurando a sua estrutura básica de dois Grupos: um Grupo de Caça (aviões Boeing) e um grupo de Bombardeio Leve (aviões Vultee V-11).
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, ficou determinada a mudança do 1º RAv do Campo dos Afonsos para Santa Cruz, havendo a mesma sido iniciada em outubro e terminada em 12 de novembro de 1942.
Pelo Decreto-Lei nº 5.198, de 16 de janeiro de 1943, que transcrevemos a seguir, o 1º Regimento de Aviação foi efetivamente transferido para a Base Aérea de Santa Cruz:
– Decreto-Lei nº 5.198
“Transfere a sede do 1º Regimento de Aviação e dá outras providências.
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art.180 da Constituição, decreta:
Art. 1º – Ficam transferidas da Base Aérea dos Afonsos para o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, Santa Cruz, Distrito Federal, as sedes do 1º Corpo de Base Aérea e da Unidade Volante ali estacionada (1º Regimento de Aviação). Art. 2º – O Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, atendendo à sua nova finalidade, passará a denominar-se ‘Base Aérea de Santa Cruz’. Art. 3º – Para assegurar a guarda, a vigilância e a defesa imediata da Base Aérea de Santa Cruz, fica o Ministério da Aeronáutica autorizado a criar uma Companhia de Infantaria de Guarda, com organização idêntica à estabelecida no artigo 3º do Decreto-Lei nº 3.930, de 11 de novembro de 1941, quando parecer conveniente. Art. 4º – A Base Aérea dos Afonsos fica sem efetivos, passando as suas instalações a serem utilizadas pela Escola de Aeronáutica.
Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário”.
Rio de Janeiro, 16 de Janeiro de 1943, 122º da Independência e 55º da República.
Getúlio Vargas.
J.P. Salgado Filho
O 1º Regimento de Aviação sofreu, em Santa Cruz, várias modificações. Seus Grupos de Caça e Bombardeio foram equipados com aviões Curtiss P-40 e Lockheed Hudson e foi criado um Grupo de Bombardeio Picado, com aviões Vultee A-31 Vengeance.
Nas operações de patrulhamento aéreo e proteção a comboios no Atlântico Sul durante a Segunda Guerra Mundial, o 1º Regimento de Aviação teve atuação destacada, participando ativamente com os aviões dos seus Grupos.
O 2º Grupo de Caça, que havia sido recentemente criado pelo Decreto-Lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944 na Base Aérea de Natal, foi logo transferido pelo Decreto-Lei nº 6.926, de 5 de outubro de 1944, para a Base Aérea de Santa Cruz.
Após o término da Guerra, o 1º RAv teve sua organização modificada. Foram extintos o Grupo de Bombardeio Picado e o Grupo de Bombardeio Leve, e incorporado o 1º Grupo de Caça, que havia retornado da Itália.
Dentro desta modificação, foi substituído o material do 2º Grupo de Caça por aviões P-47D. Seus aviões – os P-40K, M e N – foram transferidos para o 3º Grupo de Caça em Porto Alegre.
Em setembro de 1946, o Decreto-Lei nº 9.889 estabeleceu a nova organização da Força Aérea Brasileira, abolindo desta os Regimentos de Aviação.
Os Regimentos de Aviação são efetivamente extintos pelo Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, e suas missões e atribuições são transferidas para os Grupos de Aviação que foram criados naquele Decreto. Neste mesmo Decreto são extintos, também, os 1º e 2º Grupos de Caça e criado o 9º Grupo de Aviação, com sede no Rio de Janeiro, em Santa Cruz.
Naquela oportunidade, ficou organizada a Base Aérea de Santa Cruz (principais comandos) da seguinte forma (item XII da 3ª Parte do Boletim nº 89, de 8 de maio de 1947, da Base Aérea de Santa Cruz): – Comandante da Base: Ten.-Cel. Av. Ernani Pessoa Hardman; – Subcomandante e Inspetor: Maj. Av. Lafayete Cantarino Rodrigues de Souza; – Comandante do 9º Grupo de Aviação: Maj. Av. Lafayete Cantarino Rodrigues de Souza.
Em 16 de maio de 1947, assumiu o comando do 9º Grupo de Aviação, o Cap. Av. Newton Lagares Silva, cumulativamente com as funções de Chefe de Operações.
O 1º Grupo de Aviação de Caça havia efetuado nos céus da Itália – apesar de ser uma Unidade nova – feitos gloriosos, realizados com sacrifício, dedicação, coragem, disciplina, heroísmo e amor a um ideal. Seus feitos históricos estão registrados no volume 3 da Coleção História Geral da Aeronáutica Brasileira. Por este motivo, para ressalvar a tradição do 1º Grupo de Aviação de Caça, pelo Decreto nº 27.313, de 14 de outubro de 1949, o 9º Grupo de Aviação passou a denominar-se 1º Grupo de Aviação de Caça (1º Gp Av Ca). O 1º Grupo de Aviação (Manaus) passou a ser o 9º Grupo de Aviação.
Os dezenove P-47 do 1º Gp Av Ca chegaram ao Brasil em 16 de julho de 1945, vindo em vôo dos EUA.
Além de sua missão normal, o 1º Gp Av Ca teve acrescentada a missão de Unidade de Treinamento, ao realizar o Estágio para Seleção de Pilotos de Caça (E.S.P.C.). Entretanto aquela missão passou a ser, em 1950, atribuição do 3º/1º Gp Av Ca, recentemente ativado. Esta atribuição perdurou até 1953 quando o 3º/1º Gp Av Ca foi desativado.
O 2º Grupo de Caça iniciou em Santa Cruz, em 1945, o treinamento de pilotos de caça em aviões P-40. Formou 30 pilotos que não chegaram a ir para o 1º Gp Av Ca na Itália, porque a guerra no Teatro de Operações da Europa havia terminado. Foi a segunda turma de pilotos de caça formada no Brasil.
Término do E. S. P. C. – Setembro de 1946 1º Grupo de Aviação de Caça – Base Aérea de Santa Cruz Em pé: Estagiários Seidl, Walton, Ramos Pereira, Chaves de Miranda, Berthier, Pereira de Souza, Maurício, Moreira Lima, Moura, Souza Mendonça, Arildo, Janvrot, Galvão, Capanema, Dejair, Silas, Meirelles, Antônio Henrique e Bins. Agachados: Instrutores Keller, Meira, Lafayette, Motta Paes, Magalhães Motta, Paes de Carvalho, Figueiredo Guedes, Correa Neto.
Ten.-Cel. Av. Ernani Pedrosa Hardman, Comandante da recém ativada Base Aérea de Santa Cruz (18/3/1947 a 5/4/1948). Ten.-Cel. Av. Armando Perdigão, último Comandante do 1º RAv, extinto em 24/3/1947. Comandante do 1º RAv (8/11/1945 a 18/3/1947).
E. S. P. C./1950 – Esquadrilha de Paus – Base Aérea de Santa Cruz Em pé: 2º Ten. Av. Hugo Hartz, 1º Ten. Av. Silas Rodrigues, 1º Ten. Av. Adele Tedesco e 2º Ten. Av. Dilson Dantas. Agachados: 2º Ten. Av. Dário D’Oliveira, 2º Ten. Av. Luiz Pedro M. da Costa e 2º Ten. Av. Domingos S. Picolli.
Os vinte e cinco P-47 que vieram da Itália, embarcados em navio, chegaram a partir de agosto de 1945 e equiparam o 2º Grupo de Caça, substituindo os P-40 que foram para o 3º Grupo de Caça, em Porto Alegre.
– Comandantes do 1º Regimento de Aviação (de 1940 a 1947)
– Comandantes da Base Aérea de Santa Cruz (de 1947 a 1959)
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A Portaria Reservada nº S-19, de19 de dezembro de 1950, estabeleceu a organização do 1º Esquadrão de Controle e Alarme (1º ECA), sediando-o na Base Aérea de Santa Cruz. O 1º ECA operava desde 1945, com material, pessoal e equipamento vindos da campanha da Itália, sendo precursor da atividade na FAB.
Em janeiro de 1952, os Grupos passaram a denominar-se Esquadrões e foram subordinados ao 1º Grupo de Aviação de Caça. Essa denominação perdura até os dias de hoje, quando temos o 1º Esquadrão do 1º Grupo de Aviação de Caça: 1º/1º GAv Ca (Senta a Pua, código de chamada JAMBOCK); e o 2º Esquadrão: 2º/1º GAv Ca (Rompe Mato, código de chamada PIF-PAF).
Todo dia 22 de abril é comemorado, na Base Aérea de Santa Cruz, o Dia da Aviação de Caça, por ter sido neste dia, em 1945, empreendido o esforço máximo de guerra pela Força Aérea Brasileira (1º Grupo de Aviação de Caça) no Teatro de Operações da Itália, na Segunda Guerra Mundial, o qual está relatado no volume 3 desta Coleção.
– Equipamentos Aéreos de 1944 a 1956
d) Base Aérea de Belo Horizonte
Em 19 de maio de 1934, foi ativado o Destacamento de Aviação de Belo Horizonte, tendo como Comandante o 2º Tenente Doorgal Borges.
O Decreto nº 22.591, de 29 de março de 1933, havia organizado as Unidades Aéreas do Exército e sediado o 4º Regimento de Aviação em Belo Horizonte; sendo, porém, somente em 14 de janeiro de 1936, lá organizado o Núcleo do 4º Regimento de Aviação.
Através da Portaria Ministerial nº 2.068, de 1º de julho de 1939, passou este Núcleo a denominar-se 4º Corpo de Base Aérea, de acordo com os Quadros de Efetivos da Organização do Exército da Arma de Aviação, aprovado para 1939.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, ficou estabelecido que o 4º Corpo de Base Aérea passaria a constituir a Base Aérea de Belo Horizonte.
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De acordo com o Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, e o Aviso nº 5, de 1º de julho de 1947, passou a ter a denominação de Destacamento de Base Aérea de Belo Horizonte. Neste mesmo ano, nele foi sediado o 16º Grupo de Aviação, que fora criado pelo mesmo Decreto nº 22.802.
No ano de 1949 foram realizadas várias obras de melhoria na Unidade, podendo ser citadas, entre outras: – início da construção do alojamento dos Praças, que foi concluído e inaugurado em 1º de julho de 1950; – conclusão da pista de concreto de 1.400m; – instalação de um radiofarol; – balizamento da pista e serviço de terraplanagem de aproximadamente oito mil metros cúbicos.
No dia 23 de outubro de 1953, durante as comemorações do Dia do Aviador, foi inaugurado o monumento a Alberto Santos-Dumont, sob a presidência do Governador do Estado de Minas Gerais.
No dia 1º de agosto de 1955, cinco cadetes da CIVIL AIR PATROL (Patrulha Aérea Civil) dos Estados Unidos, sob a chefia do Major William D. Solotar Junior e do Tenente Lannes, da Força Aérea dos Estados Unidos, visitaram a Base.
– Comandantes da Base Aérea de Belo Horizonte (de 1941 a 1959)
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Cap. Av. João Arelano dos Passos.
– Quarta Zona Aérea
a) Base Aérea de São Paulo
As origens da Base Aérea de São Paulo remontam ao 2º Regimento de Aviação, sediado em São Paulo, que, pelo, Aviso nº 1.149, de 27 de novembro de 1939, do Ministério da Guerra, passou a constituir o 2º Corpo de Base Aérea.
A sede do 2º Corpo de Base Aérea passou a denominar-se Base Aérea de São Paulo (BASP), no Campo de Marte, na cidade de São Paulo, pelo Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941.
Em 21 de agosto de 1944, pelo Decreto-Lei nº 6.814, foram extintos os Corpos de Base Aérea e suas atribuições passaram às criadas Bases Aéreas. Sendo assim, o 2º Corpo de Base Aérea foi substituído pela Base Aérea de São Paulo, tendo recebido a classificação de 1ª Classe.
O Decreto-Lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944, estabeleceu que deveria operar na Base Aérea de São Paulo o 2º Grupo de Bombardeio Picado, que passou a constituir o 2º Regimento de Aviação.
Pelo Decreto-Lei nº 6.926, de 5 de outubro de 1944, foram criados o 1º Grupo Misto de Instrução, destinado à instrução dos alunos da Escola Técnica de Aviação, e o 2º Grupo de Bombardeio Leve, ambos na Base Aérea de São Paulo.
Em 26 de janeiro de 1945, foram oficialmente inauguradas as novas instalações da Base Aérea de São Paulo na Fazenda Cumbica, que fora doada pelo Sr. Samuel Ribeiro e pela Família Guinle.
Estiveram presentes o Ministro da Aeronáutica, Dr. Salgado Filho (que presidiu a solenidade), o Sr. Fernando Costa (Interventor Federal do Estado de São Paulo), o Arcebispo Metropolitano D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, o Cel. Ex. Tasso de Oliveira Tinoco, representando o Comandante da 2ª RM, o Brig.-do-Ar Appel Neto, Comandante da 4ª Zona Aérea, e o Sr. Marrey Júnior, Secretário de Justiça, além de outras autoridades civis e militares.
Pelo Decreto-Lei nº 8.396, de 10 de dezembro de 1945, o 2º Regimento de Aviação (com sede em Cumbica, São Paulo) passou a ser constituído pelos 1º e 2º Grupos de Bombardeio Leve. Assim sendo, todos os aviões Douglas A-20 foram reunidos em Cumbica.
O 1º Grupo de Bombardeio Leve havia sido criado em 17 de agosto de 1944, pelo Decreto-Lei nº 6.796, para operar em Canoas (Porto Alegre) com aquelas aeronaves Douglas A-20.
O 2º Regimento de Aviação e os 1º e 2º Grupos de Bombardeio Leve foram extintos pelo Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, sendo criado em seu lugar o 10º Grupo de Aviação, com sede na Base Aérea de São Paulo, em Cumbica.
1º/10º GAv – Base Aérea de São Paulo (1951), Oficiais e Sargentos.
O Curso de Tática Aérea (CTAer), do Ministério da Aeronáutica, criado pelo Decreto nº 23.598, de 1º de setembro de 1947, teve seu funcionamento fixado a iniciar-se em 5 de março de 1948, na Base Aérea de São Paulo, tendo o seu Comandante como Diretor e utilizando pessoal e instalações da BASP (Portaria nº 254, de 15 de outubro de 1947).
O Decreto nº 24.138, de 28 de novembro de 1947, declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação e expansão da BASP, terrenos e benfeitorias que nela existissem, tendo um total de 8.672.244m 2 , conforme discriminado no citado Decreto.
O Maj. Av. Paulo Emílio da Câmara Ortegal foi designado como Diretor do Ensino do Curso de Tática Aérea pela Portaria nº 3/G-2, de 11 de janeiro de 1948.
Graças ao trabalho extraordinário do Maj. Av. Ortegal e de sua equipe, pela Portaria nº 30/G-2, de 5 de fevereiro de 1948, foi fixada a Instrução para Funcionamento do Curso de Tática Aérea em 1948. Logo depois, a Portaria nº 40, de 17 de fevereiro de 1948, do Ministro da Aeronáutica, aprovou as instruções para o funcionamento do CTAer, em que ficaram criados, entre outros, o Centro de Controle Aerotático (CCAT) e o Esquadrão Misto de Instrução (EMI), com a missão de apoiar o Curso de Tática Aérea.
O EMI era dotado das seguintes aeronaves: três P-47 D40, quatro North American B-25J e dois Beechcraft T-11.
O CTAer teve início no dia 23 de fevereiro de 1948 e já naquele ano formaramse três turmas. O 1º/10º Grupo de Aviação participou de todas as manobras do CTAer.
O Curso de Tática Aérea passou a denominar-se Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica pelo Decreto nº 31.841, de 26 de novembro de 1952. – Visitas e Inspeções
A BASP sempre teve visitas e inspeções de autoridades civis e militares. Há a considerar-se o fato de ela sediar o Curso de Tática Aérea e, por isso, cooperar nas suas atividades e participar de seus eventos solenes. No período de janeiro de 1946 a janeiro de 1956, pode-se citar: – 5 de agosto de 1950 – Visita do Presidente da República, General-de-Exército Eurico Gaspar Dutra; – 14 de dezembro de 1950 – Visita do Governador do Estado de São Paulo, Dr. Ademar de Barros, acompanhado do Comandante da 4ª Zona Aérea; – 28 de agosto de 1951 – Visita do General U.S.A. Wedy, Adido Americano no Brasil, acompanhado do Comandante da 4ª Zona Aérea; – 2 de setembro de 1953 – Visita dos Adidos Aeronáuticos dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Chile, Espanha, França, Guatemala, Itália, Paraguai, Uruguai e EUA; – 24 de janeiro de 1954 – Visita do Dr. Getúlio Dornelles Vargas, Presidente da República; – 23 de abril de 1954 – Visita da 5ª Posta Aérea Militar das Américas: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, República Dominicana, Uruguai e Venezuela; – 2 de dezembro de 1955 – Visita do Maj.-Brig.-do-Ar Armando S. M. Ararigbóia, Chefe do E.M.Aer., no encerramento do Curso da segunda turma de 1955, da EAOAR.
– Comandantes da Base Aérea de São Paulo (desde a sua criação até 30 de janeiro de 1956)
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Durante o período abrangido por este volume, o 1º/10º GAv, sediado na BASP, utilizou as seguintes aeronaves: A-20, R-20, RB-25, T-11 e P-47 D-40.
b) Base Aérea de Santos
Em outubro de 1919, o Capitão-Tenente Aviador Naval Virginius Brito De Lamare pousou nas águas do Estuário Santista com um aerobote Curtiss, ao realizar o reide aéreo Rio de Janeiro-Santos.
Tendo realizado estudos sobre a viabilidade da construção de um Centro de Aviação Naval em Santos, em 1921, o Comandante De Lamare ficou incumbido de conseguir apoio das autoridades do Estado de São Paulo para a implantação de uma Unidade de Aviação Naval em Santos.
O Ministro da Marinha, João Pedro da Veiga Miranda, em 5 de dezembro de 1921, aprovou a Organização Aérea para defesa do litoral brasileiro. Foi, em decorrência, criado um Centro de Aviação Naval, no Rio de Janeiro, sendo iniciada sua construção em maio de 1922. À semelhança desse Centro, a Marinha resolveu construir, em Santos e Florianópolis, Unidades de Aviação Naval.
Em terrenos do Sítio de Conceiçãozinha, na Ilha de Santo Amaro, doados pelo governo do Estado de São Paulo à União, foi projetada a Unidade de Aviação Naval de Santos, cuja Pedra Fundamental foi lançada em 22 de outubro de 1922, com a presença do Presidente da República, Dr. Epitácio da Silva Pessoa, do Ministro da Marinha, Dr. João Pedro da Veiga Miranda, do Presidente do Estado de São Paulo, Dr. Washington Luis Pereira de Souza, do Coronel Joaquim Montenegro, Prefeito de Santos, e de outras autoridades, inclusive de representantes da imprensa.
Esse marco inicial da Base, lançado no Sítio de Conceiçãozinha, à beiramar, devido a problemas topográficos, teve seus trabalhos paralisados, sendo então escolhida uma nova área junto ao canal de acesso a Bertioga, na Serra da Bocaina. As primeiras instalações foram inauguradas em dezembro de 1924, e até o final daquela década a quase totalidade estava concluída; as demais foram concluídas posteriormente.
Hangar – Primeira construção histórica da Base de Aviação Naval (1925/1926).
A Base foi classificada de início como Centro de Aviação Naval e, a partir de 1934, passou a funcionar como Base do Correio Aéreo Naval.
A partir de 12 de julho de 1935, pelo Decreto nº 232, passou a denominar-se Base de Aviação Naval de Santos.
Desde o início os hidroaviões da Marinha aterrissavam e decolavam das águas do canal fronteiriço ao Estuário de Santos. Com a construção da pista gramada, construída na década de 30, passou a receber aeroplanos dotados de rodas, inclusive da Aviação Militar.
Em 1938, foi inaugurada a Linha Aérea do Litoral, que executava um serviço regular de passageiros e de mala postal entre Santos, São Sebastião, Ubatuba, Iguape e Cananéia do Sul.
Em 1940, passou a integrar a Defesa Aérea do Litoral Brasileiro.
Em 20 de janeiro de 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, a Base foi incorporada àquele novo Ministério, tendo recebido, de acordo com o Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941, a denominação de Base Aérea de Santos.
Com o aumento dos ataques dos submarinos do EIXO aos navios aliados e brasileiros no Atlântico Sul, foram intensificadas também as patrulhas aéreas no litoral brasileiro. O Brasil declarou-se em guerra em agosto de 1942.
À Base Aérea de Santos, integrante daquela defesa aérea desde 1940, foram incorporadas novas desapropriações, que lhe permitiram aumentar sua área e, em paralelo, continuar suas obras de ampliação, tendo sido logo construída uma pista de concreto.
De acordo com o Decreto-Lei nº 4.915, de 5 de novembro de 1942, passou a sediar o 13º Corpo de Base Aérea, com uma Esquadrilha Monomotor, Biposto.
As aeronaves da Base Aérea executaram um serviço de patrulhamento aéreo costeiro em todo litoral paulista, com atuação desde Ubatuba até Paranaguá. Sua participação brilhante ficou registrada nas 1.246 missões de patrulhamento.
Em novembro de 1945, com a suspensão do Estado de Guerra, foi também interrompido o Período de Alerta. Assim, terminadas as missões de guerra, a Base Aérea passou a executar missões de Salvamento e de Misericórdia. Vale também lembrar que durante a Guerra, a Base teve a oportunidade de aumentar suas atividades aéreas com a inauguração de uma Linha do Correio Aéreo Nacional.
A partir de 26 de agosto de 1947, passou à condição de Destacamento de Base Aérea de Santos, por determinação do Estado-Maior da Aeronáutica, tendo, no entanto prosseguido nas suas missões de Busca e Salvamento, socorros de emergência e transporte de pessoas enfermas ou acidentadas.
Em 1º de janeiro de 1951, o Destacamento foi elevado à categoria de Base Aérea de Santos, e a 10 de março daquele ano, retornou à categoria de Destacamento por decisão do Estado-Maior da Aeronáutica.
No ano de 1952, o Destacamento recebeu a visita do Presidente Getúlio Vargas, que passou em revista a tropa formada em sua honra.
Em novembro de 1955, devido aos fatos políticos que estavam ocorrendo, o Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Eduardo Gomes, deslocou-se do Rio de Janeiro para a Base Aérea de São Paulo (Cumbica), e de lá, para a Base Aérea de Santos, de onde passou a transmitir suas ordens.
– Comandantes da Base Aérea de Santos (de 1938 a 1958)
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c) Base Aérea de Campo Grande
O Serviço Postal Aéreo Militar teve realizada a sua primeira missão em 12 de junho de 1931. Logo passaria a denominar-se Correio Aéreo Militar (CAM).
O CAM havia paralisado suas missões durante a Revolução Constitucionalista de 1932, nos meses de julho a outubro.
Havendo terminado a Revolução, o CAM reiniciou suas missões, e iniciou um programa de expansão de suas Linhas. Foram inauguradas, ainda em 1932, as Linhas de Mato Grosso e Paraná. A Linha para Mato Grosso teve como piloto o 2º Tenente Hortêncio Pereira de Brito. Partindo do Rio de Janeiro, teve escalas em São Paulo, Bauru, Penápolis, Três Lagoas e, por fim, Campo Grande.
Em 23 de janeiro de 1934, foi ativado o Destacamento de Aviação de Campo Grande, tendo como primeiro Comandante o 2º Tenente Hortêncio Pereira de Brito; o mesmo que inaugurara a Linha do CAM para Mato Grosso.
Naquele mesmo ano, 1934, no mês de agosto, foi dado início à Linha da Fronteira de Mato Grosso, partindo de Campo Grande e com pousos em Bela Vista, Ponta Porã, Maracaju e Entre Rios.
Pelo Aviso nº 1.149, de 27 de novembro de 1939, o Ministro da Guerra estabeleceu a substituição do Núcleo do III/2º RAv pelo 8º Corpo de Base Aérea em Campo Grande.
A Base Aérea de Campo Grande foi criada pelo Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941, sendo sede do 8º Corpo de Base Aérea (8º CBAe).
A cidade de Campo Grande passou a ser a sede da 5ª Zona Aérea, quando foram criadas as Zonas Aéreas pelo Decreto-Lei nº 3.762, de 25 de outubro de 1941.
A Base Aérea de Campo Grande foi classificada como Base de 3ª Classe pelo Aviso nº 13, de 21 de janeiro de 1942, devendo seu Comandante ser do posto de Major Aviador e o Subcomandante do posto de Capitão Aviador.
Em 21 de agosto de 1944, foram extintos todos os Corpos de Base Aérea, inclusive o 8º CBAe de Campo Grande, pelo Decreto-Lei nº 6.814.
Os Regimentos de Aviação foram extintos pelo Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, e substituídos por Grupos de Aviação. Em Campo Grande foi criado o 15º Grupo de Aviação.
O primeiro avião recebido pelo Destacamento de Base Aérea de Campo Grande deu-se em 1947. Era um Vultee BT-15, conhecido como Vultizinho. Neste mesmo ano, 1947, foi recebido um Beechcraft D-18S, sendo o primeiro avião bimotor do Destacamento.
Vultee BT-15.
– Comandantes do Destacamento de Base Aérea de Campo Grande (de 1946 a 1956)
Aviadores venezuelanos, colombianos, bolivianos e brasileiros, componentes da 2ª Posta Aérea Militar das Américas, pernoitaram, em 24 de abril de 1947, no Destacamento de Base Aérea de Campo Grande.
Em 22 de setembro daquele ano, o Destacamento recebeu a visita do Presidente da República Eurico Gaspar Dutra.
Iniciou-se, no segundo semestre de 1950, a construção da pista de pouso principal do Destacamento.
No primeiro trimestre de 1951, foi iniciada a construção da pista de pouso de emergência, que foi inaugurada no terceiro trimestre.
Neste mesmo ano, 1951, foi inaugurado o aeroporto provisório de Campo Grande, passando a funcionar em uma das salas do prédio do Comando do Destacamento.
ETNADNAMOC OÃTSEG
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No terceiro trimestre de 1953, o Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, viajando de Manaus para Campo Grande a bordo de um Constellation da Panair, inaugurou a pista principal do Aeroporto de Campo Grande, com 2.264 metros de comprimento por 42 metros de largura, na época, a segunda maior do Brasil.
Em abril de 1954, teve início a construção de casas destinadas a suboficiais e sargentos. As primeiras unidades foram ocupadas no mês de setembro.
No período de 1946 a 1956, não havia Unidades sediadas no Destacamento de Base Aérea de Campo Grande.
Aeronaves utilizadas no período:
7-CGEocaW 9491a9391
CJCocaW 8491a1491
W42-FdlihcriaF 2591a2491
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– Quinta Zona Aérea
a) Base Aérea de Florianópolis
No dia 10 de maio de 1923, o Ministro de Negócios da Marinha criou o Centro de Aviação Naval em Santa Catarina. Seu primeiro Comando foi exercido, interinamente, pelo Capitão-de-Fragata Luiz Pereira Pinto Galião.
Naquele ano de1923, foram iniciadas as obras daquele Centro nos terrenos denominados Caia canja e Ressacada, doados pelo Governo do Estado de Santa Catarina e pelo Ministério da Guerra, respectivamente.
Apesar de ainda estarem sendo regularizadas as incorporações definitivas dos terrenos, as obras das instalações estavam em fase bastante avançada naquele ano de 1923. Prosseguiram, porém, com lentidão, inércia e um certo marasmo pelos anos seguintes de 1923 a 1930.
O Centro de Aviação Naval recebeu, em 1932, o seu primeiro avião, um monomotor biplano de fabricação Consolidated, tendo, também, a sua pista ampliada para 1.200 m de comprimento por 100 m de largura.
Desde os primórdios da sua existência, o Centro de Aviação Naval de Florianópolis participou das atividades do Correio Aéreo Naval, tanto assim que, no ano de 1934, um Waco CSO equipado com flutuadores e pilotado pelos Capitães-Tenentes Ismar Pfaltzgraff Brasil e Álvaro Araújo iniciou aquele Correio com um vôo do Galeão para Santos, Paranaguá e Florianópolis, que passou a ser a Linha-Tronco do Correio Aéreo Naval.
Em 1935, os Centros de Aviação foram extintos e suas instalações e atividades absorvidas pelas Bases. Na Base de Aviação Naval de Florianópolis foi construída, então, a rampa para deslocamento das aeronaves, da água para a terra e vice-versa.
Em 1936, aquela Linha-Tronco iniciada em 1934 foi estendida até a cidade de Rio Grande, passando por Tramandaí (ou por Osório). Com freqüência semanal, partia às quartas-feiras do Rio de Janeiro e regressava às sextas-feiras.
A Base de Florianópolis passou a ter também uma Linha do Correio Aéreo Naval duas vezes por semana, utilizando um Waco CSO e um Fox Moth. Atendia as cidades de Tubarão, Araranguá, Tijucas, São Francisco, Itajaí e Joinville.
Foi naquele ano também que Florianópolis teve seu campo de pouso aumentado.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, nasceram as Forças Aéreas Nacionais, que passaram a denominar-se Força Aérea Brasileira – FAB, pelo Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941. Naquele Decreto-Lei, as Bases de Aviação Naval do Rio de Janeiro, de Santos, de Florianópolis e do Rio Grande do Sul passaram a ser denominadas, respectivamente, de Bases Aéreas do Galeão, de Santos, de Florianópolis e do Rio Grande.
Era Comandante da Base de Aviação Naval de Florianópolis, o Capitão-de-Corveta Aviador Naval Epaminondas Gomes dos Santos, que se transferiu para o Ministério da Aeronáutica no Posto de tenente-coronel, permanecendo no Comando daquela Base até 23 de abril de 1944.
A Base Aérea de Florianópolis recebeu um avião Catalina, aumentando, assim, o seu efetivo destinado ao patrulhamento do Oceano Atlântico Sul.
Em 5 de novembro de 1942, pelo Decreto-Lei nº 4.915 foi criado o 14º Corpo da Base Aérea em Florianópolis com os elementos necessários ao funcionamento da Base. A Base ficou subordinada disciplinar e administrativamente ao Comando da 5ª Zona Aérea, com sede em Porto Alegre, em 23 de março de 1944.
No dia 21 de agosto de 1944, pelo Decreto-Lei nº 6.814 foram extintos todos os Corpos de Base Aérea. O 14º Corpo foi absorvido pela Base Aérea de Florianópolis (BAFL), que foi assim classificada como Base de 2ª Classe.
Em 1º de outubro de 1947, a Base passou a ser Destacamento da Base Aérea de Florianópolis (Boletim Interno, nº 216, da mesma data).
No ano de 1948 foram encerradas as atividades do CAN na rota interior do Estado de Santa Catarina. Além desses fatos, foram construídos, naquele ano, o Stand de Tiros e a nova Usina Elétrica.
Passou a responder interinamente pelo Comando do Destacamento da BAFL, em 8 de setembro de 1948, o Capitão Aviador Nélson Asdrubal Carpes, até a volta do Capitão Aviador Rafael Leocádio dos Santos, que fora realizar o Curso de Tática Aérea, reassumindo este o cargo, em 3 de janeiro de 1949.
Ainda, interinamente, assumem o Comando o Cap. Av. Carpes e o 1º Ten. Av. Raul Brayer, em 26 de junho de 1950 e em 18 de fevereiro de 1951, respectivamente.
Em 1952, foi iniciada a construção do Pátio do Estacionamento e da Estação de Passageiros no Aeroporto Hercílio Luz. A Estação de Passageiros do Aeroporto Hercílio Luz foi inaugurada em 15 de setembro de 1955.
No período de 25 de abril a 19 de agosto de 1955, o Cap. Av. Roberto de Araújo Cintra assumiu interinamente o Comando, por estar o Maj. Av. Brandini fazendo o Curso de 1P em aeronave C-47.
– Comandantes da Base Aérea de Florianópolis (de 1941 a 1956)
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Ten.-Cel. Av. Epaminondas G. dos Santos.
b) Base Aérea de Canoas (Base Aérea de Porto Alegre)
A Base Aérea de Canoas teve sua origem no 3º Regimento de Aviação (3º RAv). O Ministro da Guerra, em cumprimento ao plano de Organização das Unidades Aéreas do Exército, criou o 3º RAv, na Arma de Aviação, com sede em Santa Maria da Boca do Monte, no Estado do Rio Grande do Sul, no dia 13 de dezembro de 1933. Seu primeiro Comandante foi o Cap. Clóvis Monteiro Travassos, designado em 13 de janeiro de 1934.
Com a conclusão de parte das instalações no Campo de Canoas, em Porto Alegre, o 3º RAv para lá transferiu-se no dia 5 de agosto de 1937, cumprindo a determinação do Ministro da Guerra em seu Aviso nº 467, de 23 julho de 1937. De 1º de julho a 30 de novembro de 1937, o Capitão Antônio Fernandes Barbosa permaneceu como Comandante do 3º RAv, em Canoas.
No ano de 1939 é organizado o 3º Corpo de Base Aérea. Os Corpos de Base Aérea foram criados pelo Aviso nº 1.149, de 27 de novembro de 1939, do Ministro da Guerra, com a finalidade de substituírem os Núcleos de Regimento de Aviação.
Pelo Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941, a Base Aérea de Porto Alegre passa a ser sede do 3º Corpo de Base Aérea, recebendo deste todos os elementos necessários ao funcionamento da Base; e, além disso, sede do 3º Regimento de Aviação como Unidade de Aviação. Aquele Decreto-Lei determinou também que a Base de Aviação Naval do Rio Grande do Sul passasse a denominar-se Base Aérea do Rio Grande.
O Decreto-Lei nº 4.478, de 14 de julho de 1942, que passou a vigorar somente a partir de 15 de agosto daquele ano, estabeleceu a primeira Organização da Força Aérea Brasileira, instituindo que as Bases Aéreas deveriam ser locais destinados ao estacionamento, permanente ou temporário, das Unidades Aéreas. Os Corpos de Base tinham a finalidade de ter os elementos necessários ao funcionamento das Bases. Em relação às Unidades Aéreas, no referente às pequenas Unidades de Aviação, denominava-se: – Grupo: composto de duas ou três Esquadrilhas; – Regimento: composto de dois ou três Grupos; – Brigada: composta de dois ou três Regimentos.
O Aviso nº 149 de 11 de novembro de 1942 (Boletim do MAer 22/42, pág. 1.590), alterado pelo Aviso nº 184, de 31 de dezembro daquele ano (Boletim do MAer 25/42, pág. 1.850), extingue a Base Aérea do Rio Grande.
Entretanto, em 23 de março de 1944, o Decreto-Lei nº 6.365 reorganizou a FAB, revogando o Decreto-Lei nº 4.478 e determinando revisões nas classificações e designações das Unidades de Aviação e Bases Aéreas. Algum tempo mais tarde, pelo Decreto-Lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944, surgiram várias Unidades de Aviação
que obedeceram ao determinado no Decreto-Lei nº 6.365. O 3º Regimento de Aviação, com sede em Canoas, passou a ser constituído pelo 1º Grupo de Bombardeio Leve e pelo 3º Grupo de Caça. A Base Aérea de Canoas foi então criada pelo Decreto-Lei nº 6.814, de 21 de agosto de 1944, em substituição ao 3º Corpo de Base Aérea, sendo classificada como de 1ª classe.
Havia grande confusão, naquela época, quanto ao nome da atual Base Aérea de Canoas, por estar esta situada no aeródromo de Porto Alegre. Isto evidenciava-se até nos atos oficiais, pois havia por vezes referências à Base Aérea de Porto Alegre e, noutras, à Base Aérea de Canoas, todas referindo-se à mesma Base. Em algumas vezes houve, também, referências como Base Aérea de Gravataí.
Em 30 de janeiro de 1946, o Ten.-Cel. Av. Lauro Oriano Menescal assumiu o Comando do 3º Regimento de Aviação. Em 26 de fevereiro de 1947, este oficial passou o Comando do 3º Regimento de Aviação ao Cap. Av. Mário Paglioli de Lucena, que o passou menos de um mês depois (18 de março de 1947) ao Ten.-Cel. Av. Homero Souto de Oliveira.
Pelo Decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, foi extinto o 3º RAv e criado o 14º Grupo de Aviação. Foram também extintos o 3º e o 4º Grupo de Caça, passando a formar o 1º/14º Grupo de Aviação, com o mesmo pessoal e material. Os dois Grupos de Caça operavam como uma única Unidade, utilizando aeronaves P-40 E, K, M e N.
A Base Aérea de Canoas foi Unidade de Treinamento e Operacional até 1954.
Pelo Decreto nº 26.298, de 31 de janeiro de 1949, foi declarada extinta a Base Aérea de Canoas e criada, com os órgãos desta, a Base Aérea de Porto Alegre, no Aeródromo Militar de Gravataí, no município de Canoas, ou seja, no mesmo local onde já estava situada.
Vale ressaltar, como um dos fatos importantes ocorridos no período abrangido por este volume 4, a realização da 1ª Olimpíada Regional da 5ª Zona Aérea, em 2 de setembro de 1949. A Base Aérea de Porto Alegre fez-se representar com uma equipe, no Estádio de Sogipa.
O Presidente da República, em 17 de fevereiro de 1954, declarou de utilidade pública para desapropriação, alguns terrenos situados no município de Canoas (Rio Grande do Sul), próximos à Base Aérea de Porto Alegre, com a área total de 24.450 metros quadrados.
Além da 1ª Olimpíada, podemos destacar também, pela importância histórica, os seguintes fatos: – o Ministro da Aeronáutica, Brig.-do-Ar Nero Moura, realizou uma visita de inspeção à Base no dia 6 de abril de 1954; – em solenidade na Base, os aviões F-40 do 1º/14º GAv foram entregues ao Núcleo do Parque de Aeronáutica de Porto Alegre, no dia 9 de julho de 1954, por terem sido desativados;
– no dia 24 de setembro deste mesmo ano chegaram os aviões a jato Gloster Meteor, sendo dois aviões TF-7 e seis F-8. Os aviões Gloster Meteor foram conduzidos pelos oficiais pertencentes ao 1º/14º GAv, sediado em Porto Alegre, sob o comando do Maj. Av. João Eduardo Magalhães Motta. O translado, iniciado no Parque de Aeronáutica de São Paulo, no Campo de Marte, em 3 de setembro, foi dificultado por uma frente fria entre Santa Catarina e São Paulo, tendo em vista que os aviões não estavam equipados para o vôo IFR. Foram necessárias várias tentativas para ultrapassar aquela adversidade meteorológica, com pousos e pernoites em diversos aeródromos. A última decolagem deu-se do Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, naquele dia 24 de setembro. O vôo foi efetuado em formatura de duas Esquadrilhas: a) Pampa Azul: Maj. Av. Magalhães Motta, J. E.; 1º Ten. Av. Ernâni, F. A.; Cap. Av. Passos, G. B; 1º Ten. Av. Aquino, A. C; e 1º Ten. Av. Rosa Filho, C. (piloto do 1º Gp Av Ca); b) Pampa Branco: Cap. Av. Berthier, F. P. P; 1º Ten. Av. O’ de Almeida, N. J. A; Cap. Av. Odoni, A. R. (piloto do 1º Gp Av Ca); e 1º Ten. Av. Paranhos, A. C. A. R. Estacionaram defronte ao hangar do Esquadrão, onde estava formado todo o efetivo da Base a esperá-los. – por ocasião das solenidades comemorativas da Semana da Asa iniciada no dia 16 de outubro de 1954, foram disputadas, na Base, as provas das Olimpíadas da 5ª Zona Aérea; – demonstrações aéreas realizadas por uma Esquadrilha de aviões T-6 e passagens baixas dos aviões a jato; – no mês de novembro, foram recebidos mais quatro aviões Gloster G-41K Meteor F-8, que foram incorporados ao Esquadrão. Chegaram pilotados, no dia 26, pelo 1º Ten. Av. Antônio Carlos de Azevedo da Rocha Paranhos (F-8 nº 4452) e pelo 1º Ten. Av. Nelson José do O’ de Almeida (F-8 nº 4453); e, no dia 30, pelo Cap. Av. Gesildo Bellazi Passos (F-8 nº 4450) e pelo 1º Ten. Av. Adail Coaracy de Aquino (F-8 nº 4454).
Em 21 de agosto de 1961, pela Portaria nº 823/GM3, a Base Aérea de Porto Alegre voltou a denominar-se Base Aérea de Canoas.
No período deste volume, as seguintes Unidades ficaram sediadas naquela Base: – 1º/14º GAv: Primeiro Esquadrão do 14º Grupo de Aviação (Esquadrão Pampa); – DPV-CO: Destacamento de Proteção ao Vôo de Canoas.
Para atender as missões determinadas por Regulamento, a Base Aérea de Canoas utilizou as seguintes aeronaves: – Curtiss P-40 E, K e M; – North American T-6C, D, E, e G; – Fairchild PT-19; – Gloster Meteor F-8 e TF-7.
– Comandantes da Base Aérea de Canoas (de 1946 a 1956)
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Tenente-Coronel Aviador Lauro Oriano Menescal.