PERSPECTIVAS DA INFANTARIA DA AERONÁUTICA NOVAS PERSPECTIVAS, em atendimento às demandas de uma Força Aérea moderna
à atuação em um ambiente mais amplo e complexo, envolvendo a presença de um oponente hostil, disposto a infringir danos à capacidade de operação de nossos vetores aéreos, quando em sua condição mais vulnerável: estacionados ou operando no solo e nas manobras de pouso e de decolagem. No contexto da Defesa Aeroespacial, a expectativa de aquisição de vetores de defesa antiaérea de maior alcance trará a exploração de novos conceitos, envolvendo uma maior preocupação com as medidas de coordenação para o uso do espaço aéreo. Somando-se ao emprego ofensivo dos vetores aéreos, as Operações Especiais desencadeadas contra alvos estratégicos da defesa aeroespacial inimiga, por meio de Ações Diretas e Guiamento Aéreo Avançado, constituem opções de elevado potencial. A obtenção de conhecimento e a vigilância sobre instalações inimigas, por meio do Reconhecimento Especial, ampliam o leque de exploração dos Operadores Especiais. Olhando-se para a frente, ao vislumbrarmos o crescimento do poder dissuasório da Força Aérea Brasileira, devemos compreender que a Infantaria da Aeronáutica deverá galgar patamares capazes de desestimular, em igual nível, as ações antagônicas de superfície que vislumbrem comprometer a capacidade do nosso Poder Aeroespacial.
No momento em que a Infantaria da Aeronáutica completa 80 anos, vê-se diante do desafio de manter segura uma Força Aérea amadurecida e em franco processo de atualização. O recebimento de novos vetores estratégicos, no estado da arte, como o F-39 e o KC-390, a consolidação do Centro de Operações Espaciais e a implementação do Centro Espacial de Alcantara são exemplos que demandarão um esforço contínuo da Infantaria em prol do aperfeiçoamento doutrinário e tecnológico, mantendo sempre em mente o compromisso de “defender na terra o domínio do ar”. Nesse diapasão, vislumbra-se o aperfeiçoamento dos processos empregados na rotina diária das diferentes Organizações Militares, integrando sistemas de tecnologia da informação e equipamentos de vigilância eletrônica, de detecção de intrusão e de controle de acesso, no contexto do Projeto Integrado de Segurança das Instalações, abrangendo, ainda, o fortalecimento do conceito de emprego das Equipes de Reação, que requererá, por sua vez, a atualização dos sistemas de armas, de comunicações e de mobilidade. A implantação dos Esquadrões de Autodefesa de Superfície, empregando tropa especializada em prol da defesa das instalações aeronáuticas, remete
80 Anos da INFANTARIA da Aeronáutica
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