Revista Portugal Protocolo #45 | 2020

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10.ºAniversário

Fundação Prémio Femina Nº45.2020



5 | Editorial

PORTUGAL PROTOCOLO.Edição Digital Nº 45 . 2020 . Janeiro.Fevereiro.Março Director.João Micael Fotógrafo Convidado.João de Sousa Arte.Portugal Protocolo Design

6 | Comemorações do 10.º Aniversário do Prémio Femina 30 | O Relacionamento Social em Tempo de Epidemia

Propriedade.João Micael Matriz Portuguesa - MPADC - Associação para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento

38 | Caderno de viagem a Moçambique 52 | Cultura, Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça

Avenida da Liberdade, nº129 B 1250-140 Lisboa Tel. +351 21 21 325 40 50 . Telem. +351 91 287 10 44

62 | Cultura, Mesa Palatina – Portugal e Filipinas 76 | Protocolo, Cerimónia de largada do NRP Sagres

matriz@matriz-portuguesa.pt

78 | Protocolo, Entrega de credenciais de novos

portugalprotocolo.webnode.pt

Embaixadores em Portugal

Registo ERC Nº 125909

Capa | Insígnia do Prémio Femina,

INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS POR QUAISQUER MEIOS

criada por Américo Raposo, Jr.

Por vontade expressa do editor a revista respeita a ortografia anterior ao actual acordo ortográfico. Portugal

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fotografia de João de Sousa .

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E

d i t o r i a l

O ano de 2020 anunciava-se pleno de comemorações festivas preconizadas pelo 10.º Aniversário da Fundação do Prémio Femina, entre outras realizações culturais e institucionais da Matriz Portuguesa no estrangeiro. E, eis que se abate, com força inaudita, uma catástrofe sobre o Mundo – a Pandemia da Covid – 19. Considerações aparte que possam merecer a reflexão dos Portugueses sobre o papel do Estado na sua defesa e protecção, esta peste do século XXI, veio, indubitavelmente, testar as Sociedades Humanas, a Portuguesa em particular, no que refere à sua resiliência, à resposta perante o perigo da Vida Humana e mais importante como será ultrapassado esse tremendo teste. Os Portugueses demonstraram inequivocamente a sua fibra quando exigiram ao Estado atempadas respostas e acções concretas, dando como garantia para o efeito necessário a sua abnegada e total contribuição. Mas, os Portugueses fizeram algo mais. Quando se encontraram isolados socialmente, prosseguiram exemplar e rigorosamente na sua esmagadora maioria as suas vidas, trabalhando e socializando, utilizando de forma criativa as novas ferramentas tecnológicas ao seu dispor. E, principalmente, exacerbaram o seu imaginário criativo e colectivo com manifestações artísticas, solidárias ou outras, exploraram novos interesses culturais e de estudo, que foram disponibilizados pelos principais canais da Cultura Nacional - museus, galerias, etc. Abriu-se, assim, o caminho para uma Portugal

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nova realidade perante a Cultura, o Património e o Conhecimento que se adivinha no período pós-pandémico. É uma das mais surpreendentes adaptações em tempo de crise profunda onde se cultivam novos horizontes e buscam respostas mais criativas e inovadoras, e que provocará, certamente, alterações significativas na Sociedade Civil. O meio empresarial pode – e deve -, abstrair daqui importantes conclusões sobre a nova percepção dos públicos perante a realidade e a sociedade, que o meio digital e virtual é realmente um Novo Mundo, que devidamente incentivado pelo Estado com uma Lei do Mecenato mais atractiva e impulsionadora do que a existente, abre portas a novas e mais excitantes propostas da criatividade humana ao serviço da Cultura, da Ciência, das Artes, do Mercado – da Humanidade em geral. .

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João Micael, Director da Portugal Protocolo revista

UM NOVO MUNDO


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Comemoração 10.º Aniversário do Prémio Femina


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O Prémio Femina foi criado em 2010 por João Micael, fundador e Presidente da Matriz Portuguesa – MPADC - Associação para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento, para agraciar as Mulheres Portuguesas que se tenham distinguido com mérito, profissional, cultural e humanitariamente em Portugal ou no estrangeiro. Na celebração do quinto aniversário da sua fundação, em 2015, procedeu-se ao alargamento do âmbito das suas destinatárias, as Notáveis Mulheres Portuguesas e da Lusofonia - oriundas de Portugal, dos Países de Expressão Portuguesa, das Comunidades Portugal

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Prémio Femina

EM CIMA Insígnias do Prémio Femina, uma criação do atelier Américo Raposo, Jr. Fotografias de João de Sousa para Matriz Portuguesa Todos os Direitos Reservados ©

Sítio na internet https://premio-femina8.webnode.pt/ .

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Portuguesas e Lusófonas, e Lusodescendentes, que se tenham distinguido com mérito ao nível profissional, cultural e humanitário no Mundo, pelo Conhecimento e pelo seu relacionamento com outras Culturas. As Agraciadas são contempladas por mérito nas categorias das Artes e Letras, que compreendem as Artes de teatro, bailado e dança, as Artes do cinema e televisão, as Artes plásticas e visuais, as Artes musicais e canto e a Literatura poesia, teatro e ficção; bem como nas Ciências pela investigação relevante, literatura científica e conservação do Ambiente e da Natureza.

Prémio Femina, (do Latim) Fêmea, Fecundus, Mulher, Género feminino, criado

O mérito é igualmente reconhecido às Agraciadas que se tenham distinguido pela Excelência Profissional e pessoal e o contributo para o prestígio de Portugal e da Lusofonia através do empreendedorismo, invenção e inovação, os Actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano e o Desporto, tal como o Estudo e Divulgação da Cultura, História e Sociedade de Matriz Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia.

para agraciamento de personalidades femininas, que se tenham distinguido em Portugal e nas Sociedades Lusófonas com Excelência e Distinção...

Em 2018, foi criada a categoria Ad Femina Mundu, à Mulher do Mundo, pelo contributo, com o seu exemplo, em obras, conduta e estudo, a todas as Mulheres do Mundo. Concessão do Prémio O Prémio Femina é concedido a título pessoal, vitalício e é intransmissível; não sendo atribuído a título póstumo. É obrigatória a presença da agraciada, Portugal

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salvo casos de força maior e com o devido consentimento do presidente da Comissão de Honra.

Registo de concessão do Prémio É editada uma brochura ou díptico do Prémio Femina, onde consta a fotografia e biografia das Agraciadas. Investidura A investidura tem lugar numa cerimónia realizada para o efeito, com a presença do presidente e dos restantes membros da Comissão de Honra, onde a insígnia do Prémio Femina é imposta por cada membro da Comissão de Honra às Agraciadas. Diploma de concessão do Prémio São entregues às Agraciadas diplomas de concessão do Prémio Femina, firmados pelo presidente da Comissão de Honra. Uso do Prémio A insígnia do Prémio Femina é colocada e usado no lado esquerdo do busto da Agraciada.

Comissão de Honra A Comissão de Honra é constituída por Personalidades de relevo cultural e profissional, de nacionalidade Portuguesa e da Lusofonia.

O Prémio Femina tem o Estatuto de Interesse Cultural, reconhecido pelo Ministério da Cultura, para efeitos de Mecenato Cultural, podendo as Entidades Mecenas usufruir de benefícios fiscais previstos na Lei.

Escolha das Agraciadas A selecção é feita pelos membros da Comissão de Honra em cada uma das categorias, para a qual nomeiam uma Protocolo

Prémio Femina

Personalidade. A nomeação é feita automaticamente quando cada Personalidade feminina designada reunir um maior número de nomeações para a mesma categoria. Em caso de não haver repetição de nomeações o voto útil caberá ao presidente da Comissão de Honra.

Características do Prémio A insígnia do Prémio Femina é uma esfera armilar, com quatro meridianos, a eclíptica com a legenda Femina; montada sobre um laço esmaltado a encarnado; com cruz vazia, em forma de espada – a Espada do Bom Combate -, com o punho rematado em forma de crescente e as guardas em crescentes adossados. O seu esmalte é de verde. A cruz assemelhase à silhueta feminina, e a sua ponta inferior figura a ponta de aparo da pena de escrever. A cor verde ou sinopla significa amor, gentileza, posse, graça, precisão e beldade. A sua pedra correspondente é a esmeralda, que representa Vénus, a força e a esperança. O Ouro ou jalde é o metal representado pela cor amarela. Significa fé, honra, força, sabedoria, vigor, poder, fidelidade, circunstância, riqueza, tolerância, coragem e firmeza. A sua pedra correspondente é o topázio, que representa o Sol e a justiça. O Crescente significa poder e nobreza.

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Manuela Ramalho Eanes, Prémio Femina de Honra. Amélia Videira, por mérito nas artes de palco, cinema e televisão. Maria-Thereza Mimoso, por mérito nas Artes Plásticas e Visuais. Maria João Quadros, por mérito nas Artes Musicais. Elvira Fortunato, por mérito na Ciência. Esbela da Fonseca Miyake, por mérito no Desporto com resultados notáveis, e, que tenha contribuído para o prestígio nacional e de Portugal. Estela de Magalhães Barbot, por méritos relevantes no Empreendorismo e Excelência Profissional. Margarida de Lancastre, por actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Luísa Beltrão, Por Mérito na Literatura. Isabel Silveira Godinho, pelo estudo e divulgação da cultura, história e sociedade portuguesas no estrangeiro e na Lusofonia.

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Maria de Jesus Barroso Soares, Prémio Femina de Honra. Virgínia Goes, por mérito nas Artes Plásticas e Visuais. Maria do Carmo Fonseca,por mérito na Ciência. Telma Monteiro, por mérito no Desporto com resultados notáveis, e, que tenha contribuído para o prestígio nacional e de Portugal. Isabel Vaz, por méritos relevantes no Empreendorismo e Excelência Profissional. Isabel Jonet, por actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Isabel da Nóbrega, por mérito na Literatura. Margarida Ruas, pelo estudo e divulgação da cultura, história e sociedade Portuguesas no estrangeiro e na Lusofonia.

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São José Lapa, por mérito nas Artes de Palco, Cinema e Televisão. Sofia Areal, por mérito nas Artes Plásticas e Visuais. Rita Redshoes, por mérito nas Artes Musicais. Lurdes de Serpa Carvalho, por mérito na conservação do Ambiente e Natureza. Sofia Duarte, por mérito na Ciência. Marina Frutuoso de Melo, por mérito no Desporto com resultados notáveis, e, que tenha contribuído para o prestígio nacional e de Portugal. Marianela Mirpuri, por méritos relevantes no Empreendorismo e Excelência Profissional. Joana Daniel-Wrabetz, por actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Ana Hatherly, por mérito na Literatura. Raquel Henriques da Silva, pelo estudo e divulgação da cultura, história e sociedade portuguesas no estrangeiro e na Lusofonia.

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Noémia Carneiro, Prémio Femina de Honra. Teresa Almeida, por mérito nas Artes Plásticas e Visuais. Susana Abreu, por mérito nas artes de palco, cinema e televisão. Elisabete Matos, por mérito nas artes musicais e bel canto. Laurinda Lemos, por mérito na Ciência. Marta Chantal Ribeiro, por mérito na Conservação do Ambiente e da Natureza. Aurora Cunha, por mérito no Desporto com resultados notáveis, e, que tenha contribuído para o prestígio do desporto nacional e de Portugal. Maria José Marques, por méritos relevantes no Empreendedorismo e Excelência Profissional. Joana Prata, por actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Maria José Meireles, por mérito na Literatura. Francisca Abreu, pela divulgação da Cultura, História e Sociedade Portuguesas no estrangeiro e na Lusofonia.

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Maria de Belém Roseira, Prémio Femina de Honra. Estrela Novais, por mérito nas artes de palco, cinema e televisão. Raquel Seruca, por mérito na Ciência. Luísa Valente, por mérito na Conservação do Ambiente e da Natureza. Sara Moreira, por mérito no Desporto com resultados notáveis, e, que tenha contribuído para o prestígio do Desporto Nacional e de Portugal. Maria Cândida Rocha e Silva, por méritos relevantes no Empreendedorismo e Excelência Profissional. Patrícia Viegas do Nascimento, por actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Ana Paula Laborinho, pela divulgação da Cultura, História e Sociedade Portuguesas no estrangeiro e na Lusofonia.

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Georgina de Mello, Prémio Femina de Honra. Albina Assis Africano, por méritos relevantes na Excelência Profissional. Inocência Mata, por mérito nas Letras: Literatura - Investigação e ensino de Literaturas Lusófonas. Ana Mafalda Leite, por mérito nas Letras: Literatura - Poesia e ficção. Fátima Cardoso, por mérito nas Ciências. Soraya Gadit, por méritos relevantes na Excelência Profissional, e, que tenha contribuído para o prestígio de Portugal e da Lusofonia: Empreendedorismo e inovação. Sónia Matias, pela Divulgação da Cultura de Matriz Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia.

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Ana Martinho, Prémio Femina de Honra. Isabel Nunes, por mérito nas Artes Plásticas e Visuais. Maria João Quintela, por mérito nas Ciências: Literatura Científica. Maria Palha, por méritos relevantes na Excelência Profissional, e, que tenha contribuído para o prestígio de Portugal e da Lusofonia: Actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Nysse Arruda, pela Divulgação da Cultura de Matriz Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia.

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Clara Nunes dos Santos, Prémio Femina de Honra. Sónia Sultuane, por mérito nas Letras: Literatura – Poesia. Maria Paula Menezes, por mérito nas Ciências: Investigação relevante. Mulher Bombeira de Portugal, por méritos relevantes na Excelência Profissional e Pessoal: Actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano.

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Maria da Conceição Zagalo, Prémio Femina de Honra. Mayra Andrade, por mérito nas Artes e Letras: Artes musicais e canto. Maria de Jesus Trovoada, por mérito nas Ciências: Investigação relevante. Susana Damasceno, por méritos relevantes na Excelência Profissional e Pessoal e, que tenha contribuído para o prestígio de Portugal e da Lusofonia: Actos de Humanitarismo em prol da dignidade e direitos do Ser Humano. Helena Carvalho Pereira, pelo Estudo e Divulgação da Cultura e História de Matriz Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia. Baronesa Antoinette de Lukács, Ad Femina Mundu (à Mulher do Mundo) Categoria excepcional para Mulheres de nacionalidades extra Portuguesa e extra Lusófonas, pelo contributo, com o seu exemplo, em obras, conduta e estudo, a todas as Mulheres do Mundo.

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Regina Mateus BGEN MED, Prémio Femina de Honra. Celia Anna Feria, Embaixadora das Filipinas em Portugal Presidente da Association of Women Ambassadors (AWA) Recebe em nome das Embaixadoras acreditadas em Portugal Ad Femina Mundu (à Mulher do Mundo) Categoria excepcional para Mulheres de nacionalidades extra Portuguesa e extra Lusófonas, pelo contributo, com o seu exemplo, em obras, conduta e estudo, a todas as Mulheres do Mundo. Maria João Rosa Martins, por méritos relevantes na Excelência Profissional e Pessoal e, que tenha contribuído para o prestígio de Portugal e da Lusofonia. Maria de Deus Manso, pelo Estudo e Divulgação da Cultura e História de Matriz Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia.

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Aristóteles (384-322, a.E.C..) Ser Humano é um “animal social por natureza” Nº

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“a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza uma animal social, e que é por natureza e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade […] Agora é evidente que o homem, muito mais que a abelha ou outro animal gregário, é um animal social. Como costumamos dizer, a natureza não faz nada sem um propósito, e o homem é o único entre os animais que tem o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode indicar a dor e o prazer, os outros animais a possuem (sua natureza foi desenvolvida somente até o ponto de ter sensações do que é doloroso ou agradável e externá-las entre si), mas a fala tem a finalidade de indicar o conveniente e o nocivo, e portanto também o justo e o injusto; a característica especifica do homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais, e é a comunidade de seres com tal sentimento que constitui a família e a cidade.” (Aristóteles, Política, I, 1253b, 15)

Página ao lado Escultura de Aristóteles Fotografia: MidoSemsem / Shutterstock.com Portugal

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pandemia

Epidemia do

coronavírus,

além

das óbvias consequências na saúde pública, obriga à adaptação dos hábitos sociais instituídos para evitar a sua propagação. As formas de cumprimento social, seja ele mais ou menos formal ou familiar, são as primeiras manifestações sociais que, pelos motivos óbvios, se devem observar e acautelar e adaptarem-se a uma realidade extraordinária que não se compadece com a elegância e a cerimónia. Mas, como proferido por

Aristóteles

(384-322,

a.E.C..)

o Ser Humano é um “animal social por natureza”, porque naturalmente carente, que necessita de coisas e de outras pessoas para alcançar a sua plenitude. As suas interacções são a expressão cultural e social perante o grupo e o meio onde está inserido, fundadas em séculos de tradição e história. As diversas societas adoptaram os seus comportamentos de cortesia de acordo com as suas culturas, religiões e, mesmo, as condições climáticas. As Culturas Ocidentais ostentam gestos de sociabilização com um registo de maior

proximidade,

onde

o

toque

físico, como o aperto de mão e o beijo no rosto, são a sua maior expressão. Em

alguns

países

ocidentais,

em

ambos os hemisférios, vão mais longe ao abraçarem-se

mutuamente em

sinal de grande fraternidade e alegria. Na Gronelândia, o kunik é usado pelos Portugal

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...na cultura Maori, o cumprimento mais tradicional é chamado de “hongi”.

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esquimós e é aquilo a que os ocidentais chamam de “beijo à esquimó’” Nas Filipinas, como sinal de respeito, os jovens Filipinos cumprimentam os mais velhos segurando a sua mão direita, curvando-se suavemente para a frente e encostando os dedos do idoso na testa, pronunciando mano po. Na Índia, a famosa expressão namaste é cumprimento comum entre Hindus e habitantes de outros países do sudoeste asiático, feito à chegada e partida de alguém. Na Mongólia, para um cumprimento mais formal, os Mongóis sobem as mangas. Depois, a pessoa mais nova deve segurar os braços da mais velha abaixo do cotovelo, havendo depois uma troca de palavras. Por vezes, antes disto, há a oferta de um lenço para boa sorte, chamado de khatag. Este deve ser dobrado a toda a largura e segurado pelas pontas, com os braços abertos, enquanto os dois se cumprimentam. Depois o lenço é oferecido em sinal de respeito. No Tibete, mostrar a língua é sinal de respeito e mesmo os monges o fazem. Também é comum colocarem as palmas das mãos para baixo, em frente ao peito. Na Nova Zelândia, na cultura Maori, o cumprimento mais tradicional é chamado de hongi e é muitas vezes acompanhado de um aperto de mão. Consiste em pressionar o nariz e a testa, ao mesmo tempo, contra o nariz e testa da outra pessoa. Depois deste cumprimento, o visitante passa de Portugal

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...os jovens Filipinos cumprimentam os mais velhos segurando a sua mĂŁo direita, curvando-se suavemente para a frente e encostando os dedos do idoso na testa...

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manuhiri (visita) para tangata whenua (local). Actualmente, em Portugal, os cumprimentos entre pessoas, dependendo do seu estatuto social, profissional ou da idade, apresentam sinais de maior proximidade entre si, como o uso do beijo na face. Tal gesto, há algumas décadas atrás, seria impensável devido às convenções sociais existentes. As senhoras davam a mão para um leve aperto de mão ou para o elegante beija-mão. Já os homens saudavam-se, sujeitos ao grau de familiaridade ou cerimónia com o interlocutor, com um vigoroso aperto de mão ou descobrindo a cabeça, tirando ou levantando o chapéu, então em voga, ou, simplesmente, levando os dedos à aba do mesmo. Portanto, tal como outros hábitos sociais, também, os cumprimentos podem ser utilizados de acordo com as normas da saúde pública, em caso de epidemia. Não recorrendo às manifestações de cortesia de contacto directo, as pessoas podem saudarse com um aceno de cabeça, ou uma leve reclinação do tronco, no caso dos homens. Naturalmente, a utilização de fantasias, como as demonstradas pelo presidente dos Estados Unidos da América, quando cumprimentou alguém tocando os pés, são, além, de ridículos, falhos de significado.

Texto | João Micael Portugal

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Pranamasana em Hindu e significa “eu faço uma vénia perante o divino que há em ti”

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Moçambique (1ª

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Em Junho de 1974, dois meses após Abril, os meus pais enviavam-me aos cuidados das hospedeiras para Lisboa perante a insegurança de um futuro incerto. Tinha dez anos feitos há pouco e acreditava voltar depois dos três meses de férias. Regressei quarenta e cinco anos depois. A última imagem que guardo e talvez porque ele o soubesse, foi a do Gonçalves, o rapaz que lá trabalhava em casa a correr atrás do carro a despedir-se de mim. Nunca mais voltei nem o quis fazer, até agora! Tardava em fazer as pazes. As minhas memórias, talvez porque travadas abruptamente, foram-se mantendo e, muito de que encontrei quando agora voltei sabia onde o encontrar. Escolhi o mítico Hotel Polana em Maputo para me hospedar até porque era próximo de minha casa, na outrora Avenida António Enes agora Julius Nyerere, nomes pós independência e que trouxeram à toponímia da cidade este, a par com a de Engels, Marx ou Lenine. Espaços como a escola primária onde completei a minha quarta classe, a Rebelo da Silva, hoje Três de Fevereiro e de que apresento foto toda destruída mas em funcionamento, deixam-me mágoas e saudades, mas o Colégio Marista, onde eu e o meu irmão estudámos, ser hoje uma universidade dá-me esperança neste grandioso país. Curioso que a capela do colégio, há época Pio XII e onde o meu irmão foi crismado, levar hoje o nome de Paróquia dos Santos Mártires do Uganda. A bela estação de caminhos-de-ferro, traça de Eiffel impecável bem como o Mercado Central cheio de vida e cor. Uma cidade que mantém em parte a traça de outrora mas no geral muito degradada. Tenho muita esperança que o futuro lhe traga melhores desígnios bem como a todo este maravilhoso Portugal

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“...Regressei quarenta e cinco anos depois (...) Nunca mais voltei nem o quis fazer, até agora!”

Texto e fotografias de Jorge Santos Silva Todos os Direitos Reservados © .

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país. Quem visita estas paragens trará por tema duas coisas que marcam indelevelmente Moçambique: a primeira o seu nascer e pôr-do-sol únicos e a segunda, que nos obriga a concordar com Vasco da Gama, que ao aportar nestas terras as denominou de “terra da boa gente”. Cada sorriso apaziguam-nos a alma de um passado até agora por resolver e que se vai acalmando aos poucos com este regresso às origens. Quando via imagens da outrora deslumbrante praça onde se erguia a imponente estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque, entretanto substituída pelo primeiro presidente da república independente, era como uma punhalada cravada há décadas a fazer-se sentir de novo. Fui à fortaleza de Maputo onde aquela bela estátua se encontra. Destituída da sua glória de outrora lá está guardada num canto para quem a quiser ver. A História não se apaga dizia o nosso jovem motorista, ao acrescentar que melhor viviam enquanto Portugueses. Deixou de ser a partir deste regresso o meu desígnio. Vim para fazer as pazes com o passado. Ao terceiro dia nestas terras deixei a “cidade das acácias” e rumei ao Sul, à fronteira entre este maravilhoso país que tenho como meu e a África do Sul, província de KwaZulu-Natal. O meu destino tinha-o guardado na memória a revisitar. Era à época um local quase em bruto, onde a demora para o alcançar passava pela Reserva Natural de Maputo repleta de fauna entre picadas de terra batida. Hoje o que encontrei para lá chegar foi um caminho encurtado pela ponte que liga as duas margens da capital e uma boa estrada que encurta a delonga para metade bem como alguns excelentes resorts. Falo-vos da maravilhosa praia Portugal

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“...seu nascer e pôr-do-sol únicos e a segunda, que nos obriga a concordar com Vasco da Gama, que ao aportar nestas terras as denominou de terra da boa gente.”

Página ao lado Sé Catedral de Maputo, oficialmente Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Conceição benzida em 1944. Página seguinte Hotel Polana, em Maputo, onde me hospedei. .

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da Ponta do Ouro cujas fotos partilho convosco. Entre outros destinos possíveis decidi também ir até à Namaacha, um destino idílico, fronteiriço com o reino da Suazilândia onde o fresco e a verdura resultante das cordilheiras e cascatas dos montes Limbombos, nos transportavam à Sintra de Maputo. Recordo principalmente uma semana em que fui apenas com o meu saudoso pai até ao hotel, em que levou um kit para se distrair na construção de um Fórmula 1 que guardei até há poucos anos. O caminho era feito desde Lourenço Marques até à Vila em cerca de hora e meia, tempo suficiente para chegarmos à refrescante e simpática localidade. Encontrei uma realidade abruptamente diferente: o caminho tornou-se um desafio à paciência, tal a péssima qualidade da estrada mas, o pior, muito pior estava para vir. Chegado à “idílica” vila a maioria das belas edificações estavam completamente destruídas e o maravilhoso Casino Hotel dos Libombos, cuja piscina me recordava tantas brincadeiras estava não só encerrado como num total destroço. Foi de partir o coração. Conclui-se que saindo do litoral para o interior, a realidade é chocante e demonstrativa de anos de abandono daquela gente à sua sorte. O próprio posto fronteiriço com a Suazilândia que, cumpridas à época as necessárias formalidades, éramos sempre recebidos em festa, é hoje um posto onde o pessoal alfandegário se apresenta de metralhadoras num claro sinal de desafio, sinal esse de que muito se passou desde que saí daquele belo país. Muito do que contei antes deste dia foram demonstrações de uma realidade que hoje, ao ver o seu reverso hesitei em aqui contar mas a bem da verdade não pude deixar de o fazer. Portugal

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Página ao lado Reserva de Maputo - Gnu e Girafa. Páginas seguintes Esquerda Onde em tempos se erguia a estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque ergue-se hoje a estátua do primeiro presidente de Moçambique independente o Marechal Samora Machel. Por trás os antigo e actual edifício da Câmara. Direita Museu Nacional de História Natural. Edifício construído em 1911, em estilo Neo-Manuelino, inicialmente previsto para albergar uma escola primária, abriu portas com as suas actuais funções em 1932, com o nome de Museu Dr. Álvaro de Castro. .

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conselho: não se afastem dos trilhos estabelecidos pois mesmo nestes, é fácil seguirmos por uma encruzilhada que nos levará a voltas sem Norte que nos obrigará ao domínio da tração às quatro rodas até encontrarmos um caminho que nos traga de volta. Um dia muito bem passado e indispensável para quem visite estas longínquas terras africanas.

Há muito caminho a percorrer neste país e, principalmente uma comum infelizmente a todos. Que os dinheiros públicos não sejam desviados a proveito de alguns em detrimento de todos os demais. Compreendi com esta etapa um dos propósitos que guardarei. Se quero contribuir para o florescimento desta grande nação que amo, sempre que puder venho cá. Passo cá férias, gasto cá diretamente o que posso gastar, pouco ou muito não interessa! É garantido que ir a Maputo e não visitar a Reserva Natural tornará a estadia incompleta. Aventurei-me no aluguer de um todo o terreno e rumei ao destino. Ter em conta que em Moçambique se conduz pela esquerda e o volante é à direita pelo que, o mais avisado será alugar um carro automático para facilitar a concentração nas diferenças. A Reserva Natural de Maputo foi criada em 1960 e é por muitos conhecida como Reserva dos Elefantes. Situa-se a Sul do país, com uma extensão de 1040 Km2. A sua paisagem natural guarda maravilhosas florestas de solo arenoso, pântanos e dunas cobertas de vasta vegetação. A última vez que tinha vivido uma experiência similar foi há mais de quarenta anos no distrito de Sofala que tem como capital a Beira, tristemente destruída por um recente furacão. A viagem tem obrigatoriamente de começar bem cedo para se apreciar a fauna no seu máximo esplendor antes que o calor aperte e os animais se abriguem. Elefantes, zebras, girafas, gazelas ou gnus são algumas das espécies que podemos observar no seu habitat natural. A aproximação a algumas delas para uma foto mesmo fora do jeep revela-se uma experiência fantástica. Ter em atenção apenas se junto dos animais de maior porte existem crias por perto. Nesta reserva, quem siga por sua conta e risco um Portugal

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“Caderno de viagem a Moçambique - 2ª Parte” continua na próxima edição.

Página ao lado Mercado Central de Maputo, “ex-Vasco da Gama” inaugurado pela Administração Portuguesa em 1901. Páginas anteriores Esquerda

em cima

Estação de Caminhos de Ferro de Maputo inaugurada em 1916 e segundo artigo da Newsweek de 2009 uma das mais bonitas estações do Mundo Esquerda

em baixo

Igreja de Santo António da Polana. Jardim Tunduru junto à fonte das Quatro Deusas (Cariátides). Uma encomenda em larga escala para a cidade de Paris por um grande filantropo das quais alguns exemplares foram oferecidos a outras localidades. Conta-se que este exemplar tenha chegado à cidade entre 1895 e 1900. Direita Pórtico de entrada Neo-Manuelina do antigo Jardim Botânico Vasco da Gama hoje Tunduru. .

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Casa em

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espaรงo onde a beleza se encontra com a arte

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A Casa dos Patudos foi residência de José Relvas (1858-1929) desde os finais do século XIX até 1929, data da sua morte. Agricultor, coleccionador de arte, músico amador, diplomata, estadista e político, José Relvas, proclamou a República a 5 de Outubro de 1910. A Casa dos Patudos foi legada ao Município de Alpiarça com todo o seu acervo artístico. A colecção tem peças de variadas épocas e tipologias, desde o Séc. XV até aos inícios do Séc. XX. A Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça (chamada assim porque no local da sua construção se caçavam patos bravos) nasceu por vontade de José Relvas, que manifestou a necessidade de mostrar o que se fazia de melhor ao nível das Belas Artes e Artes Decorativas. Assim, encomendou ao Arquitecto Raul Lino (1879-1974), um projecto que contemplasse espaços dignos para apreciar a colecção e ao mesmo tempo, fosse residência familiar. A construção das novas salas iniciouse me 1905, com projecto, de 1904. O Senhor dos Patudos participou nas decisões do arquitecto, discutiu pormenores e deu as suas directrizes. As salas amplas, o salão com acústica para concertos, as galerias exteriores que permitem admirar a Lezíria, foram concebidas por um arquitecto moderno para um cliente exigente. Mas o arquitecto não se limitou a desenhar uma grande residência, esmerou-se em pormenores da decoração interior e enalteceu as artes portuguesas, usando os azulejos, os ferros, as cantarias e até o mobiliário de fabrico português. A Casa foi mais Portugal

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Texto de Nuno Prates Licenciado em História (Variante de Arqueologia) pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1999) + Ramo de Formação Educacional (2000), Estudos Pós-Graduados em Museologia, Universidade de Évora, Mestrando em Gestão e Valorização do Património Cultural – - especialidade Património Artístico e História da Arte. Conservador da Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça desde 2011 até ao presente.

Fotografias de Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça Todos os Direitos Reservados © .

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Página anterior Salão Nobre Página ao lado Em cima Sala das Colunas Em baixo Sala dos Primitivos Nesta página Biblioteca Portugal

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Página ao lado Em cima Mezanino Em baixo Sala D. Eugénia nesta Página Sala da Música Portugal

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tarde ampliada, em pelo menos duas fases de obra, sempre com projecto de Raul Lino (tem cento e uma divisões). A Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, pelo seu excelente acervo é considerado o mais importante museu autárquico do país, faz parte da direcção da Associação Portuguesa de Casas Museu, onde tem tido um papel fundamental na dinamização desta tipologia de museu. De acordo com o referido, destacamos ainda a importância que tem para o concelho de Alpiarça, uma vez que é um espaço de referência na Museologia Nacional e Internacional. Este espaço é o principal postal turístico do nosso concelho. A Casa dos Patudos foi inaugurada, como Museu, em 15 de Maio de 1960 e ao longo destes quase 60 anos foram vários os prémios e distinções que recebeu, destacamos alguns: Prémios SOS Azulejo 2011, foi atribuída a Menção Honrosa ‘Intervenção e Restauro’ pelo Estudo e intervenção / recolocação de painel de azulejos intitulado “Cenas agrícolas da Quinta dos Patudos” conforme plano e edifício originais. Louvor Público atribuído pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico, pelo trabalho desenvolvido na valorização e reabilitação da Casa dos Patudos. Prémios APOM 2014 (Associação Portuguesa de Museologia), Prémio Projecto Internacional Menção Honrosa - Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, no âmbito do projeto "Animals in arts and nature", do programa Comenius. Medalha de Ouro Portugal

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atribuída pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centros Históricos (APMCH) em 2016 e o Prémio de Melhor Projecto Público nos anos de 2015 e 2017 da Entidade Regional Turismo Alentejo e Ribatejo.

Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça Rua José Relvas 2090-102 Alpiarça Telefone: (+351) 243558321 www.cm-alpiarca.pt https://www.facebook.com/Casa-dos-PatudosMuseu-de-Alpiar%C3%A7a-318070581554575/ Horários Verão – Terça a Domingo 10h00 – 12h30 (última entrada) 14h00 17h30 (última entrada). Inverno – Terça a Domingo 10h00 – 12h30 (ultima entrada) 14h00 16h30 (ultima entrada). Nota: As visitas realizam-se de 00h30 em 00h30.

Página ao lado Em cima Sala de Jantar Nesta página Aposentos de José Relvas .

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Cultura | Mesa Palatina, Portugal - Filipinas

A Matriz Portuguesa – Associação para o Desenvolvimento da Cultura e PÁGINA AO LADO Mesa do jantar “Portugal - Filipinas” da Mesa Palatina, com elementos decorativos oferecidos pela Embaixadora das Filipinas.

do Conhecimento realizou, no dia 13 de Fevereiro no Aura Lisboa, o jantar de diálogo cultural entre Portugal e as Filipinas, com ementa criada pelo

nesta página Miguel godinho, Teresa de Herédia, Embaixadora Celia Anna Feria das Filipinas e João Micael

chef Duarte Mathias e a nutricionista Teresa de Herédia. Dignou-se estar presente, como Convidada de Honra,

Fotografias de João de Sousa para Matriz Portuguesa Todos os Direitos Reservados ©

a Embaixadora Celia Anna Feria das Filipinas, que ofereceu os ingredientes originais Filipinos e elementos para a

Sítio na internet https://mesa-palatina.webnode.pt/ Portugal

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decoração da mesa. .

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Cultura | Mesa Palatina, Portugal - Filipinas

Rosalva Fonseca, Berta Paes Ribeiro e Maria de Lourdes Loução

Michelle Kathlene Reyes, da Embaixada das Filipinas, Jayma Lyn Day e Rudi Winandoko, Primeiro Secretário Embaixada da Indonésia Portugal

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Embaixadora Celia Anna Feria das Filipinas e Sofia Afonso Ferreira

Isabel Oliveira, Sofia Afonso Ferreira, Teresa de Herédia, Barões de Nossa Senhora da Oliveira e Miguel Coutinho Portugal

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Helena Carvalho Pereira, Manuel Rebelo, Maria JoĂŁo Rosa Martins e Catarina Orega

Cerveja Filipina Portugal

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JoĂŁo Micael com os convidados durante os aperitivos

Helena Carvalho Pereira e Embaixadora Celia Anna Feria das Filipinas Portugal

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Cultura | Mesa Palatina, Portugal - Filipinas

Oferta especial aos Comensais da Embaixada das Filipinas em Portugal

Michelle Kathlene Reyes, da Embaixada das Filipinas e Miguel Godinho Portugal

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A Embaixadora das Filipinas durante o jantar

Rudi Winandoko, Primeiro Secretário Embaixada da Indonésia e Teresa de Herédia Portugal

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Baronesa da Nossa Senhora da Oliveira e Pedro Carpinteiro

Barão da Nossa Senhora da Oliveira e Maria João Rosa Martins Portugal

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Cristina Carpinteiro e Adelaide Nunes

Durante o brinde Ă Convidada de Honra, a Embaixadora das Filipinas Portugal

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Pandesal (pão típico das Filipinas)

Entrada Lumpiang Gulay (Crepes Vegetarianos) Portugal

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Cultura | Mesa Palatina, Portugal - Filipinas

Entrada Adobong Manok (Estufado de Frango e Pickles com Papaia Verde)

Entremês Sorbet de Calamansi (Sorbet de Limão das Filipinas) Portugal

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Cultura | Mesa Palatina, Portugal - Filipinas

Prato principal Lechón com Molho Mang Tomas com Arroz e Laing (Folhas de Taro Secas em Leite de Côco) (Fusão - Portugal e Filipinas)

Sobremesa Nevadas (Portugal) Ginataang Bilobilo (Bolinhas glutinosas em Leite de Côco,com Batata Doce e Tapioca)(Filipinas) Biko (Bolo de Arroz com Leite de Côco) (Filipinas) Portugal

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Café e Casava (Quadradinho de Mandioca com Leite de Côco) Portugal

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O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas presidiram, no dia 5 de Janeiro, à Cerimónia de largada do NRP Sagres para a viagem de circum-navegação e à Cerimónia de entrega da Bandeira Nacional da Equipa Olímpica de Portugal ao Comandante do NRP Sagres.

Fonte: Presidência da República 2020 Portugal

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O Presidente da República recebeu, em cerimónia no Palácio de Belém, as cartas credenciais de novos Embaixadores em Portugal. Entregaram as suas credenciais o Embaixador do Brasil, Carlos Alberto Simas Magalhães, o Embaixador do Panamá, Pablo Garrido Araúz, o Embaixador do Japão, Shigeru Ushio, o Embaixador da Ordem Soberana e Militar de Malta, Giuseppe Maria Nigra, e o Embaixador de Itália, Carlo Formosa.

Página ao lado Embaixador do Panamá, Pablo Garrido Araúz Fonte: Presidência da República 2020 Portugal

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Embaixador do Brasil, Carlos Alberto Simas Magalhรฃes

Embaixador de Itรกlia, Carlo Formosa Portugal

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