Modelos de Aprendizagem e Gestão do Conhecimento - Aula 01

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MODELOS DE APRENDIZAGEM E GESTテグ DO CONHECIMENTO AULA 01 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM

AULA 01 - PROCESSOS DE APRENDIZAGEM

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PROCESSOS DE APRENDIZAGEM Pode-se definir aprendizagem como uma modificação duradoura do comportamento através de treino, experiências e observações vividas pelo indivíduo. Para que a aprendizagem realmente aconteça e amplie-se cada vez mais o potencial do ser humano, uma mudança de comportamento é necessária. O indivíduo deve perceber a relação entre o que esta aprendendo e o seu dia-a-dia. A aprendizagem não está restrita aos fenômenos que ocorrem na escola, ela deve abranger os hábitos, os aspectos afetivos do indivíduo e os valores culturais nos quais está inserido. Para ser significativa, a aprendizagem deve envolver o raciocínio, a imaginação, a analise os insights e a relação entre as ideias, fatos e objetos. Nós aprendemos de maneiras diferentes que essa diversidade depende de alguns elementos como: •

Quem somos?

Onde estamos?

Qual a nossa auto-imagem?

O que os outros esperam de nós?

CÍRCULOS DE APRENDIZAGEM Aprendemos mais como nossos erros do que com nossos acertos, isso porque passamos muito mais tempo pensando neles. Raramente conseguimos acertar da primeira vez, a não ser que seja algo muito fácil, mas mesmo assim podemos aprimorar o nosso desempenho. Aprendemos por uma série de aproximações sucessivas. Fazemos o que podemos – Estado atual - e comparamos o resultado como aquilo que queremos – Estado Desejado. Usamos esta informação para agir de novo e reduzir a diferença entre o que queremos e o que estamos obtendo. Assim, nos aproximamos de nosso objetivo. Essa comparação orienta nossa aprendizagem em cada grau, fazendo-nos passar da incompetência consciente à competência consciente. A APRENDIZAGEM E O CÉREBRO Todas as nossas atividades, atitudes, dependem do cérebro e de suas atividades mentais. Ao adquirirmos um determinado comportamento, nosso cérebro passa a reproduzir as convicções adquiridas e isso favorecerá essa repetição do comportamento toda vez que receber este estímulo. Porém, toda vez que novas atitudes e comportamentos são adicionados, o cérebro terá que processar tal aprendizado, ou seja, a programação do

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cérebro é que determina o aparecimento ou não de um novo caráter. Essa programação pode ser modificada pelo indivíduo, pois o mesmo tem a flexibilidade e o poder de alterar essa programação conforme seu desejo, possibilitando a reformatação mental. Segundo Cunha J.C.& Ferla L.A. (2002), para que essa reformatação ocorra, é necessário considerar que: 1. O cérebro é um multiprocessador - Funciona em várias áreas simultaneamente – pensamentos, emoções, imaginação. A todos esses aspectos devem ser acrescentados os aspectos sociais e culturais do conhecimento e as funções fisiológicas. Se tivermos alguma alteração na funcionalidade fisiológicas ela pode afetar a capacidade de aprender. Exemplo: insegurança e o estresse. 2. A busca de sentido para as coisas é inata - A busca de um sentido para as coisas é uma característica natural do cérebro, ele precisa e automaticamente registra o familiar, ao tempo em que busca novidades e responde a novos estímulos. Essa atitude pode ser canalizada e focada mais não evitada. 3. As emoções são fundamentais - Novas informações são influenciadas e organizadas por emoções. As emoções e o conhecimento não podem ser separados. As emoções são fundamentais à memória, pois favorecem a retenção de novas informações. 4. A busca do sentido acontece através de padrões cerebrais - O cérebro é, ao mesmo tempo, cientista e artista. Percebe e gera padrões, resiste a afirmações que lhe são impostas e não tenham sentido cognitivo. Quando respeitamos a capacidade natural do cérebro de integrar informações, a sua capacidade de aprender, reter e transferir conhecimentos aumenta. 5. O cérebro cria simultaneamente partes e o todo da realidade estudada - Os hemisférios cerebrais trabalham juntos independentemente se estão lidando com palavras, números música ou arte. 6. A aprendizagem envolve atenção focada e percepção periférica - O cérebro não só absorve a informação na qual está prestando atenção como também reconhece os sinais que estão além do seu foco de atenção. 7. A aprendizagem sempre envolve processos consciente e inconsciente - A pessoa não aprende apenas de forma consciente, a maioria dos sinais que são captados perifericamente penetra de forma despercebida no cérebro e interage cognitivamente no subconsciente.

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OS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS Nossos o cérebro está dividido em duas partes: hemisfério esquerdo e o hemisfério direito, os quais processam as informações de modos diferentes. Assim, pode-se preferência por um hemisfério ou por outro, o que pode ser percebido na personalidade do ser humano. Contudo, vale lembrar que algumas pessoas conseguem utilizar os dois hemisférios. Afinal, os hemisférios são importantes e trabalham simultaneamente. De acordo com Cunha e Ferla (2002), O hemisfério direito trabalha com os processos de aprendizagem, ligado ao ato de escrever. E ele que deve ser estruturado para dar partida à inspiração do que se vai escrever. Além disso, o lado direito do nosso cérebro é difuso, holístico, intuitivo, sintético, subjetivo, dando origem as pessoas com a preocupação estética e criatividade; O hemisfério esquerdo está ligado ao ato analisar, dar coerência e ordem às coisas. Este lado esquerdo do nosso cérebro é lógico, sequencial, racional, analítico e objetivo, dando origem as pessoas que pensam pela lógica e pela exatidão. A CRIATIVIDADE DO SER HUMANO As transformações em todas as esferas, sejam econômicas ou de valores, refletemse nas mudanças do ser humano. Este abandona antigas concepções e estabelece uma adaptação parcial para o desconhecido transitando para uma nova configuração de possibilidades. Desenvolver a criatividade pressupõe trabalhar com prazer, com energia e com disciplina e persistência. Quanto mais prazerosa e solta for a atividade, mais liberdade e estimulo são dados à capacidade criativa. Quanto mais regras e restrições, menos se apóia o hemisfério direito, eliminando e restringindo-se a visão de mundo e reagindo negativamente as novidades, se estas não se enquadram nos padrões que se conhece, brota o preconceito, o julgamento excessivo e, muitas vezes, o desprezo. Qualquer exercício/atividade que focalize o desenvolvimento de novas percepções deve ser trabalhado com persistência, possibilitando mais e mais experiências e novos conceitos.

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A MEMÓRIA A memória é um dos fatores mais importantes em nosso processo de ensino e aprendizagem. Ela nada mais é que a capacidade de lembrar o que foi, de algum modo, vivido. Ela corresponde à aquisição, fixação, evocação e reconhecimento de informações resultantes da percepção e aprendizagem. De acordo com LENT (2001, pp. 599- 600), a psicologia educacional classifica a memória em: 1. Memória sensorial - ultracurta: retém a informação por alguns segundos ou frações de segundo. Sua capacidade é pequena, assim, ela precisa esvaziar-se logo para dar espaço a outras impressões sensoriais. 2. Memória Curta – recebe matéria da memória sensorial e consegue reter por mais tempo uma quantidade pouco maior de informações. Pelo tempo de transformação requerido e pela capacidade limitada da memória curta, com um fluxo constante de informação, chega-se a um estado em que a memória fica cheia. Esse estado é alcançado em aproximadamente 45 minutos. Na atividade de aprendizagem, é necessário fazer a cada 45 minutos uma pausa de aproximadamente 10 minutos, para criar novamente uma capacidade de memória curta. 3. Memória Longa - a mensagem pode ficar retida por algum tempo. Após esse período, pode considerar-se fixada por tempo indefinido. ESQUECIMENTO Quem aprende está sujeito a esquecer. Durante um período relativamente longo, o que foi aprendido pode estar na lembrança e ser reconhecido apropriadamente. Ainda sobre LENT (2001, p. 600), o esquecimento se dá por alguns fatores, sendo eles: •

Fragilidade da aprendizagem;

Evocação da informação desejada mediante critério distinto do utilizado na fixação;

Alteração da informação.

O enfraquecimento da memória pode ocorrer por razões emocionais. É mais fácil memorizar aquilo de que se gosta ou com o que se concorda, como valores e expectativas do que fazer o contrário. Então, damos o nome de esquecimento seletivo para o fato de esquecermos daquilo que não gostamos. Outra alteração sofrida pela memória é chamada

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de interferência, em que leva a pessoa a confundir os assuntos e acrescentar ou omitir detalhes. MODELOS E ESTILOS DE APRENDIZAGEM Aprender a aprender é uma habilidade de grau mais sutil e permanente do que uma aquisição qualquer de informações. A pessoa deve estar disposta a viver um fluxo constante de mudanças e adotar como pressuposto básico o aprender a aprender. Aprender por meio de aproximações sucessivas é o que norteia o modelo de aprendizagem. Primeiro, compara-se o estado atual com o que se busca – estado desejado. Posteriormente, a informação adquirida é empregada para promover correções e diminuir a distância entre o que se tem e o que se quer. Aos poucos, construtivamente, meta por meta, a pessoa vai se aproximando do seu objetivo. Esse modelo geral mostra como a pessoa pode chegar a ser mais eficaz em tudo aquilo que faz. Quando se compara o que se tem com o que se quer e atua-se para reduzir as diferenças, uma avaliação está sendo feita. Essa avaliação, se verdadeira, está baseada no que a pessoa considera valioso, está sempre checando os valores que norteiam as suas experiências e, consequentemente, a sua vida. Só ocorrem os processos de aprendizagem quando ocorre um processo de transformação e de mudança. Para a Programação Neurolinguística (PNL), partimos da incompetência inconsciente e, através do círculo da aprendizagem, chegamos à competência consciente. Os processos de aprendizagem podem ocorrer e manifestar-se automaticamente, é o que chamamos por Hábitos Mecânico e Automáticos. São atividades que facilitam a vida cotidiana, como por exemplo: amarrar sapatos, trocar marcha do carro, pentear cabelo. Quando uma reação se torna um hábito, paramos de aprender. Em teoria, poderíamos agir de maneira diferente, mas na prática não o fazemos. Hábitos são úteis, pois significam ou racionalizam aspectos de nossa vida sobre as quais não queremos parar para pensar. Contudo, podemos decidir se devemos transformar algumas atitudes em hábitos e quais podem seguir, criativamente, aprendendo e gerando opções. Podemos analisar as habilidades que aprendemos e escolher uma delas ou ainda criar novas opções que servem ao mesmo propósito. Segundo O`Connor& Seymour (1995. p,89) “sabendo escolher como vamos aprender, podemos aprender a ser um aprendiz melhor.”

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AS PERSPECTIVAS O’Connor e Seymour (1992) citam três posições perceptivas que são formas de observar as experiências: 1. A pessoa olha o mundo só do seu ponto de vista, de sua própria realidade interior, sem levar em conta as opiniões ou pontos de vista dos outros; 2. A pessoa pode imaginar como seria a situação a partir do ponto de vista da outra pessoa, se um conflito com alguém se apresenta, então busca se apreciar o que outra pessoa sente em relação àquela situação; 3. A pessoa tem a experiência de ver o mundo do ponto de vista externo, como se fosse um observador independente. Alguém alheia à situação, contemplando de forma objetiva e com plenitude de recursos o seu próprio comportamento, a fim de avaliar e gerar opções úteis em qualquer situação que se apresente. Ser capaz de contemplar um problema adotando essa postura de observador externo é uma habilidade muito útil para qualquer pessoa. Essa atitude, evita muitos conflitos desgastantes evitáveis, produzidos por ações precipitadas. NÍVEIS DE APRENDIZAGEM Dilts (1993) apresenta um modelo sobre a mudança pessoal, a aprendizagem e o processo de comunicação com facilitador de mudança. Esse modelo agrupa as ideias de contexto, as relações, os graus de aprendizagem e as posições perspectivas. O modelo cria um contexto para a utilização de metas de aprendizagem e técnicas criativas e proporciona um marco para organizar e recolher informações. Considerando que o indivíduo é um todo complexo, a aprendizagem e as mudanças, segundo esse modelo, pode dar-se em planos diferentes da esfera humana: espiritual, identidade, convicções/crenças, capacidade, comportamento e entorno/ambiente. Nível Espiritual Nível Espiritual é o nível mais profundo da esfera humana. Nele são consideradas e revistas as grandes questões metafísicas. Por exemplo: •

Por que estamos aqui?

Quem somos?

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Qual a razão verdadeira da vida?

O nível espiritual guia e modela a vida e, de forma sutil, constitui toda a base de toda existência humana. Aqui, se constrói a sensação de conexão do indivíduo com o todo, com o cosmos, como seu Deus. Nível Identidade Nível Identidade é o sentido básico do ser, seus valores principais e missão da sua vida. Nível da Convicção ou Crenças No Nível da Convicção ou Crenças as diversas ideias que as pessoas pensam serem verdades e as emprega como base para a ação diária. Nível Capacidade No Nível Capacidade está contemplado o conjunto de comportamentos, habilidades gerais e estratégias que a pessoa utiliza na vida. Nível Comportamento Nível Comportamento são as ações especificas que a pessoa executa no seu cotidiano, nas suas ações mais elementares. Nível Meio Ambiente Nível Meio Ambiente é àquilo que a pessoa reage, que a rodeia e as demais pessoas com quem tem contato. Esse modelo pressupõe que a personalidade humana pode ser concebida como um holograma, uma imagem em três dimensões, na qual todas as esferas estão conectadas entre si e conectadas com todas as esferas do outro e do cosmo.

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Segundo este modelo, uma mudança em um nível inferior da escala não causara, necessariamente uma mudança em níveis superiores, por outro lado uma mudança a nível superior sempre terá o efeito nos níveis inferiores de uma forma profunda e duradoura. CRENÇAS

“Não posso acreditar!, disse Alice.

Não pode?, disse a rainha, penalizada. Tente de novo: respire profundamente e feche os olhos.

Alice riu. Não vale a pena tentar, disse. Não se pode acreditar em coisas impossíveis.

Ouso dizer que você não tem muita prática, disse a rainha. Quando eu tinha a sua idade, fazia isso durante meia hora por dia. Às vezes chegava a acreditar em seis coisas impossíveis antes mesmo do café da manhã.”. (Através do espelho e o que Alice encontrou lá - Lewis Carrol) Nossas crenças influenciam profundamente nosso comportamento. Eles nos motivam e dão forma àquilo que fazemos. Ë difícil aprendermos algo sem acreditar que ela será prazerosa e útil. O que são crenças? Como elas são formadas e como nós as mantemos? São generalizações que a pessoa faz em relação a ela mesma, em relação a outras pessoas e ao mundo que a cerca. As crenças nascem de muitas fontes: de nossa educação, do exemplo de pessoas importantes, de traumas passados e de experiências repetidas.

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Acredita-se que algumas crenças direcionam as ações humanas. As pessoas agem de acordo com os valores nos quais acreditam e que consideram verdadeiros. As crenças diferem em relação às possibilidades de serem modificadas. Por um lado, existem crenças fundamentais que parecem ser bastante sólidas, quase imutáveis. Outras mais fáceis de serem modificadas. Isso indica que existe uma flexibilidade no que diz respeito ao que se decide acreditar em determinados momentos de vida. Se uma pessoa muda sua crença, também mudará boa parte de seu comportamento. Todas as crenças têm consequências, as crenças úteis atuam com poderosa autorização para se utilizar a potencialidade humana ao máximo, transcendendo os limites aparentes. Outras, porém, podem atuar como limitações. As crenças não nascem conosco. Elas mudam e se desenvolvem. Mudamos de ideia nos casamos, nos divorciamos, mudamos de amigos e agimos diferentemente porque nossas crenças se modificam. Uma mudança de crenças sempre faz com que o comportamento se modifique, e ele mudará mais rápido se você tiver capacidade ou uma estratégia para levar essa tarefa adiante. Também é possível modificar a crença de uma pessoa através da mudança do seu comportamento, mas isso nem sempre é tão confiável. As crenças são parte importante da nossa personalidade, são expressas em termos simples como: “se eu fizer isso.... Aquilo vai acontecer...” Eu posso…, “eu não posso” ... A linguagem é uma parte essencial do processo que usamos para compreender o mundo e expressar nossas crenças.

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Que crenças gostaria de ter sobre você mesmo?

Como atuaria se realizasse todo seu potencial?

O que te impede de atuar como se essas crenças fossem verdadeiras?

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Pense em três crenças que têm limitado sua vida e as anote num papel.

Agora, mentalmente, veja-se diante de um espelho imenso e feio. Imagine como será sua vida dentro de cinco anos se continuar a agir como se essas crenças limitadoras fossem verdadeiras. Como será sua vida em dez anos? E em vinte anos? Pare um instante e limpe a sua mente. Levante-se, ande pela sala e respire profundamente por várias vezes. Agora pense em três novas crenças que poderiam fortalecê-lo e melhorar significativamente a qualidade de vida. Para durante alguns segundos para anotar essas crenças. Mentalmente, olhe para um espelho grande e amistoso. Imagine-se atuando como se essas novas crenças fossem verdadeiras. Como será sua vida daqui a cinco anos? E daqui a dez? E a vinte?

ESTILOS DE APRENDIZAGEM Durante muito tempo, os estudos de como se aprendia estava desconectado de como eram ensinados. Boas práticas didáticas eram consideradas universais e impediam de se ver as diferenças individuais. O modelo tradicional tinha uma visão mecanicista e fragmentária da realidade, o pensamento analítico, linear e racional enfatiza as partes e não a relação entre elas. Valoriza dominação, controle, normas, obediência, memorização, repetição de fatos e respostas corretas. O conhecimento vem do mundo dos objetos e determina o que o sujeito pode vir a ser. Desconsidera a importância dos processos cognitivos para a aprendizagem. Há ausência de valores subjetivos, pois considera somente o que pode ser evidenciado. VISÃO SISTÊMICA No novo modelo, adota-se uma visão sistêmica e valorização do processo integrado do conhecimento, incluindo a autonomia no processo de aprendizagem, a criatividade, a intuição, a síntese e o pensamento linear. O aprendiz é considerado um indivíduo com características próprias e processos pessoais

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de aprendizagem. Reconhecido como agente e autor da construção do conhecimento. Considerado um indivíduo capaz de criar e transcender, construir e reconstruir teorias, aceitar desafio, críticas e discutir hipótese e contribuir para a renovação do conhecimento. Os objetivos de aprendizagem visam ao desenvolvimento das estruturas cognitivas que se orientam para o: •

Aprender a conhecer,

Aprender a fazer,

Aprender a conviver,

Aprender a ser.

As Teorias Educacionais, a Psicologia da Educação, e a Neurociência contribuíram para que modificassem essa percepção. As teorias sobre o processo de aprendizagem oferecem hoje, conceitos e as informações práticas de como ocorre o processo de aprendizagem. Essas teorias oferecem aos mediadores do conhecimento, a oportunidade de dirigir, dimensionar, organizar e inovar a sua pratica pedagógica de maneira a tornála mais eficiente, e com isso facilitar e acelerar o processo de aprendizagem. Sabemos que a interação entre uma boa pratica pedagógica e a estratégia cognitiva utilizada pelo indivíduo que faz com que os resultados dessa dinâmica sejam positivos. QUADRO-SÍNTESE VISÃO TRADICIONAL Visão mecanicista VALORES E e fragmentada do PERCEPÇÕES conhecimento.

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NOVO PARADIGMA VALORES E PERCEPÇÕES

ENSINO

Ação, generalizada pelo instrutor, de transmitir informações.

EDUCAÇÃO

INSTRUTOR

Foco do processo de ensino.

EDUCADOR

ALUNO

Elemento passivo no processo de ensino.

APRENDIZ

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visão sistêmica do conhecimento. Enfatiza o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a ser e o aprender a conviver. É estimulador de um ambiente plural, multidimensional. Centro de referência da ação educacional , agente e autor do processo de aprendizagem.


SALA DE AULA

Espaço físico destinado ao ensino.

CONTEÚDOS

Currículo predeterminado, com disciplinas isoladas ou temas fragmentados.

OBJETIVOS

Comportamentais e com função de controle do professor sobre o conteúdo ministrado.

AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

Não está delimitado por espaço físico, mas pela concepção de aprendizagem.

CONTEÚDOS

Processo integrado de construção significativa de conhecimento, interdisciplinaridade.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes apropriadas para a realização de um propósito.

MEIOS

Servem para treinar as pessoas.

MEIOS

RESULTADOS

Alcance dos objetivos que podem ser mensurados.

RESULTADOS

Desenvolvem formas sofisticadas de comunicação multidimensional e sensorial que facilitam a aprendizagem. Demonstração do alcance de competência nas dimensões aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser.

Fonte: Referências para umas novas práxis educacionais. Edição Sebrae, 2001.

Para aprender é necessário: •

Ter motivação;

Ter significado pessoal ao que vai aprender;

A história do indivíduo precisa se levada em conta;

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• A aprendizagem é maior quando o indivíduo participar ativamente no processo de ensino; •

O indivíduo aprende melhor quando já domina os conteúdo e habilidade anteriores;

As experiências de aprendizagem devem caminhar do simples para o complexo;

As experiências de aprendizagem devem caminhar do concreto para o abstrato.

Os estilos de aprendizagem são as maneiras preferidas dos indivíduos processarem experiências e informações. HÁBITOS DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES McCarty (1987), apresenta uma abordagem consistente com aquilo que se sabe sobre o sistema cerebral, e vislumbra quatro preferências ou hábitos de processamento de informações: Primeiro Tipo: Preferências por experiências concreta e observação reflexiva •

O significado pessoal é o mais importante. Preferem ouvir e discutir informalmente.

• O método favorito é o debate em pequenos grupos que estimule a conversação. Busca sentido para as coisas e gostam de clareza. •

São pessoas que Sempre Perguntam: POR QUÊ?

Segundo Tipo: Preferências por observação reflexiva e conceitualidade abstrata •

São os guardiões da verdade, pois exigem fatos, precisão e ordem.

• Atenciosos para com os especialistas, mas menos interessados em relação às pessoas em geral. • Para tomarem decisões precisam e exigem fatos e aceitam a racionalidade lógica como virtude essencial. Terceiro Tipo: Preferências por experimentação ativa e conceitualizada • Aprendem testando teorias e utilizando-se de bom senso. São pragmáticos acreditam que se funciona, então está bom. • Gostam de resolver por si os problemas e não gostam de respostas antecipadas, para facilitar a resolução delas. Adoram fatos, que são vistos com matéria para a ação. •

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Perguntam-se: COMO FUNCIONA OU PARA QUE SERVE?

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Quarto Tipo: Preferências por experiência concreta e experimentação ativa • São discípulos da autodescoberta, possuem forte necessidade de liberdade boa aprendizagem e tendem a transformar qualquer coisa que tentem. São flexíveis e, por isso, sentem-se à vontade para tomar decisões. •

A característica de suas vidas é a busca de possibilidade e mudanças.

Questiona-se: E SE..., AO INVÉS DE ....;

Precisam descobrir por si mesmos.

Existe uma necessidade de complementariedade entre os quatro tipos de estilos, pois apresentam-se como uma sequência e aprendizagem progressiva. A INTELIGÊNCIA Define-se Inteligência como “a capacidade de fazer algo útil na sociedade na qual se vive” ou a “capacidade de responder com sucesso a novas situações e a capacidade de aprender do passado” (Howard Gardner, 1995 p.23). Essas definições demonstram o caráter multissensorial e multidimensional da inteligência.

Gardner (1995, p 33- 37) reconhece oito tipos de inteligências:

1. Verbal-linguística - capacidade de usar a linguagem, de expressar pensamentos e entender outras pessoas; 2.

Lógico-matemática – capacidade de manipular números, quantidades, operações;

3.

Espacial - capacidade de representar o mundo espacial nas artes e nas ciências;

4. Cinestética-corporal - capacidade de usar o corpo para resolver um problema. Atletas, dançarinos e atores destacam-se nessa modalidade de inteligência; 5. Musical - capacidade de pensar em música, de ouvir compassos, reconhece-los e manipula-los; 6. Interpessoal - capacidade de perceber distinções entre ou outros, em especial, contrastes em seus estados de ânimos, temperamentos, motivações e intenções. Ë a capacidade de entender a linguagem corporal; 7. Intrapessoal – capacidade de conhecer a si mesmo e entender as próprias emoções, eventualmente rotulá-las e utiliza-las como uma maneira de entender e orientar o próprio comportamento; 8. Naturalista - capacidade de reconhecer os seres vivos (plantas, animais) como outros detalhes do mundo natural, assim como as nuvens, rochas, etc..

Todas essas diferentes inteligências estão funcionando em nós durante todo o

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tempo em que enfrentamos, descobrimos ou queremos entender o mundo que nos cerca. A Teoria das Inteligências Múltiplas tem serias implicações no processo de EnsinoAprendizagem, pois apresenta razão para não as unidimensionar e, com isso, deixar de reconhecer outras maneiras de aprender, comunicar e representar o mundo. METACOGNIÇÃO É o processo pelo qual a pessoa busca um autoconhecimento sobre como aprende, quais são suas metas e quais as melhores estratégias a serem utilizadas para alcançar essas metas. Esse autoconhecimento é importante para o aprendiz encontrar em si mesmo, ou fora, os recursos que facilitem a aprendizagem. Para uma aprendizagem ser eficaz, é necessário que o aprendiz controle seus próprios processos. E necessário praticar e modelar para os aprendizes a Linguagem metacognitivo. E necessário estimulá-los para que se mantenham conscientes de sua aprendizagem. Ele mesmo deve monitorar seu progresso.

Para isso, é necessário Perguntar-se:

1.

Qual é o meu Objetivo?

2.

Estou progredindo?

3.

Esta estratégia é a melhor para mim neste assunto?

4.

Será que é esta a resposta correta?

Isso criará uma atitude de autonomia nos aprendizes, ou seja, serão capazes de APRENDER A APRENDER. PROCESSOS DE METACOGNITIVIDADE

Passos para estabelecer os processos de Aprendizagem por Metacognitividade:

1. Usar estratégias e linguagem metacognitivas para que o indivíduo se acostume a ter consciência de seu processo de aprendizagem: Exemplo: Perguntar alguma informação relevante sobre preferências quanto a conteúdos e métodos e ajuda-los a justar suas atividades e esforços na direção dessas preferências – ritmo, canal de percepção, tipo de respostas. 2. Explicar sempre os objetivos da tarefa para que o indivíduo saiba o que se espera dele.

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3.

Fazer com que o indivíduo anote ou repita os objetivos do ensinamento.

4.

Encorajar o indivíduo a desenvolverem objetivos razoáveis e realistas dentro do

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tempo de que dispõem para as diversas tarefas. 5.

Habituar a preverem o resultado de seus trabalhos, exercício ou prova.

6. Habituar a fazerem planos de estudo, com cronogramas, metas e métodos ou estratégias de estudo.

Para refletir: A capacidade de aprender é um dom natural do ser humano. Para muitos, essa capacidade diminui com a idade, enquanto outros continuam aprendendo por toda a vida. Desde bebês, nos ensinamos a andar e a falar observando as pessoas. Diariamente, agimos, observamos os resultados e modificamos nossas ações de acordo com eles, buscando o apoio de pessoas. Em essência, essa é a aprendizagem através da modelagem. Quando crescemos, reinterpretamos esse processo natural de aprendizagem numa serie de pequenos sucessos e fracassos. Com o reforço dos nossos pais e amigos, passamos a ansiar pelos sucessos e a temer pelos fracassos. Mais do que qualquer outra coisa, e esse medo de errar que inibe nosso processo natural de aprendizagem.

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Cunha,C.J. & Ferla,L.A. Manual do Moderador: facilitando a aprendizagem de adultos. IEA, 2002. Gardner,H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas,1995. LENT, R. Cem bilhões de neurônios. Conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo, Editora Atheneu, 2001. O`Connor,J. Introduzindo a programação neurolinguistica: como entender e influenciar as pessoas. São Paulo: Summus, 1995. SEBRAE - Série Documentos. Referenciais para Uma Nova Práxis Educacional. Novembro, 2001.

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