Didática do Ensino Superior - Aula 03

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DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR AULA 03 O DOMÍNIO COGNITIVO, AFETIVO E PSICOMOTOR. A AULA EXPOSITIVA

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OS DOMÍNIOS COGNITIVO, AFETIVO E PSICOMOTOR Iniciaremos nosso estudo citando a Taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como taxonomia de Bloom. Selecionar os objetivos de ensino é parte crucial no planejamento da prática educativa, pois orienta a atuação pedagógica e ajuda a selecionar os recursos mais adequados para a realização de seu trabalho, trazendo mais segurança ao educador. Os objetivos de ensino podem ser definidos como os resultados que o educador espera alcançar por meio de uma ação educativa planejada. Santos, em seu artigo, menciona que a taxonomia dos objetivos educacionais [...] foi resultado do trabalho de uma comissão multidisciplinar de especialistas de várias universidades dos Estados Unidos da América, liderada por Benjamin S. Bloom, na década de 1950. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios. (SANTOS, 2010, p. 4). São eles: cognitivo, afetivo e psicomotor. As habilidades no domínio cognitivo tratam do conhecimento, da compreensão e do pensamento sobre um problema ou fato. O domínio cognitivo envolve seis categorias, sintetizadas a seguir de acordo com Gil (2005, p. 46): a) Conhecimento: evocação de algo que tenha sido aprendido. Os objetivos dessa categoria podem ser expressos pelos verbos: citar, identificar, listar, definir etc. [...] b) Compreensão: reafirmação do conhecimento sob novas formas. Nesse nível, o indivíduo conhece o que está sendo comunicado e pode fazer uso do respectivo material ou idéia. Não se torna, porém, capaz de relacioná-lo a outro material ou de perceber suas implicações mais complexas. Os objetivos dessa categoria podem ser expressos pelos verbos: ilustrar, exemplificar, traduzir etc. [...] c) Aplicação: uso de abstrações em situações particulares e concretas. As abstrações podem apresentar-se sob a forma de idéias gerais, princípios técnicos ou regras de procedimento que devam ser aplicadas. Os objetivos dessa categoria podem ser expressos

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pelos verbos: aplicar, demonstrar, usar, inferir etc. [...] d) Análise: separação de um todo em partes componentes. Em sua forma mais elementar, a análise envolve uma simples relação de elementos. Num nível mais elevado, implica determinar a natureza do relacionamento entre esses elementos. Os objetivos dessa categoria podem ser expressos pelos verbos: analisar, distinguir, categorizar, discriminar etc. [...] e) Síntese: combinação conjunta de certo número de elementos para formar um todo coerente. Envolve o processo de trabalhar com peças, partes ou elementos, dispondo-os de forma a constituir um padrão ou estrutura que antes não estava evidente. Os objetivos dessa categoria podem ser expressos pelos verbos: resumir, compor, formular, deduzir etc. [...] f) Avaliação: julgamento acerca do valor do material e dos métodos para propósitos determinados. Essa categoria constitui o mais alto nível da taxionomia no domínio cognitivo. Seus objetivos podem ser expressos pelos verbos: avaliar, criticar, julgar, decidir etc. [...] Ainda, de acordo com o autor, o domínio afetivo envolve cinco categorias, são elas: 1. Receptividade: É a disposição para tomar consciência de um fato e prestar atenção a ele. Esta categoria constitui o ponto mais baixo da taxonomia. Seus objetivos podem ser expressos pelos verbos: escutar, atender, perceber, aceitar etc. Por exemplo: Escutar o que os colegas dizem. 2. Resposta: É a reação a um fato. Nesta esfera o estudante vai além da simples receptividade; ele está disposto a receber o estímulo dado, não o evitando. Os objetivos desta categoria podem ser expressos pelos verbos: concordar, acompanhar, responder etc. Por exemplo: Acompanhar com atenção a exposição do professor. 3. Valorização: É o reconhecimento do valor de uma coisa, fenômeno ou comportamento. Dentre os verbos que expressam os objetivos desta categoria estão: reconhecer, apreciar, aceitar etc. Por exemplo: Reconhecer a importância das relações humanas no trabalho. 4. Organização: É a organização de valores num sistema. Quando o estudante encontra mais de um valor relevante para uma situação, ele os organiza, determina a inter-relação e aceita um como o dominante. Os verbos organizar, pesar, formar, desenvolver e discutir são utilizados para expressar os objetivos desta categoria. Por exemplo: Formar seu próprio código de conduta como dirigente de uma entidade. 5. Caracterização por um valor ou complexo de valores: Nesta, que é a mais elevada categoria do domínio afetivo, o estudante age firmemente de acordo com os valores que aceita, tornando-se este comportamento parte de sua personalidade. Os

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verbos revisar, mudar, rejeitar e acreditar expressam os objetivos desta categoria. Por exemplo: Revisar a política educacional a partir das obras de Paulo Freire. O domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom, trata de habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos. Bloom não criou itens para esse domínio, porém outros autores fizeram algumas propostas: Percepção, Resposta conduzida, Automatismos, Respostas Complexas, Adaptação e Organização. Os objetivos de ensino, como afirma Libâneo (2013), são muito importantes no desenvolvimento do trabalho docente, principalmente tendo em vista o fato de que a atividade educativa é socialmente determinada, pois busca responder às exigências e expectativas dos diferentes grupos e classes sociais, cujas intenções são adversas em relação ao tipo de homem a educar e às tarefas que este deverá realizar nas diversas esferas da vida prática.

Para o autor, “[...] a prática educativa atua no desenvolvimento individual e social dos indivíduos, proporcionando-lhes os meios de apropriação dos conhecimentos e experiências acumuladas pelas gerações anteriores, como requisito para a elaboração de conhecimentos vinculados a interesses da população majoritária da sociedade”. (LIBÂNEO, 2013, p. 132)

Assim, pode-se dizer que os objetivos educacionais demonstram intenções definidas, voltadas ao desenvolvimento das características que todos os indivíduos precisam adquirir a fim de que estejam capacitados para o empenho e trabalho na transformação da sociedade. O traço pedagógico da atividade educativa está, precisamente, em descrever os meios e os fins que conduzem as tarefas da escola e do professor para aquela direção. Em resumo, como mencionou Libâneo (2013, p. 132) “podemos dizer que não há prática educativa sem objetivos”.

Sugerimos que visite o site abaixo e amplie seu conhecimento sobre o planejamento da ação didática e a importância dos objetivos educacionais. http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-planejamento-acao-didatica.htm

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Você sabe qual é a metodologia de ensino mais empregada pelos professores nas intituições de ensino? Se você pensou na aula expositiva, acertou! A aula expositiva é a metodologia de ensino mais empregada, quer seja nas instituições de ensino fundamental, médio ou superior. Preparado para estudar esta metodologia de ensino?

A AULA EXPOSITIVA Ultimamente, muitas críticas foram apontadas a esta forma de trabalho. Passouse a dar muito mais ênfase às desvantagens da exposição, especialmente com relação à menor participação dos alunos. Na verdade, ao se examinar o assunto apenas sob o ponto de vista da participação dos alunos, outros procedimentos e recursos didáticos poderiam ser considerados mais eficazes. Há, contudo, muitos critérios importantes para julgar-se o valor de um método de ensino: os objetivos propostos, as características da disciplina, os conteúdos a serem veiculados, o momento do processo ensino-aprendizagem, a maturidade dos alunos, o tempo disponível e o tamanho da turma. Desta forma, parece mais adequado considerar-se que a aula expositiva é um método de ensino como outro qualquer, ou seja, com vantagens e limitações, e que requer cuidados para ser bem desenvolvida. Nesse contexto, o professor apresenta e desenvolve um tema, analisa-o com os alunos, explica, dá informações. Sem dúvida seu papel é dominante, mas não é exclusivo. Quando complementada por outras formas de trabalho, planejada e desenvolvida com cuidado, a aula expositiva pode ser de alto padrão. QUANDO SE EMPREGA AULA EXPOSITIVA? Considerando-se que o professor tem o seu estilo próprio de ensinar, no processo ensino-aprendizagem deve ser levado em conta que os alunos também possuem estilos diversos de aprendizagem, o que, na medida do possível, deve ser respeitado.

Uma forma de procurar atender a essas diferenças é variar os procedimentos de

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ensino, mantendo, no entanto, coerência com os objetivos. Assim, como menciona Souza (2001, p. 21) , a aula expositiva pode ser muito importante quando empregada adequadamente. Mais especificamente, uma aula expositiva pode ser desenvolvida com grandes probabilidades de sucesso ao ser aplicada para os seguintes objetivos: •

Motivar os alunos para um tema específico;

Introduzir um novo assunto;

• Destacar ou retomar aspectos significativos, seja na conclusão de um tema ou na integração de um trabalho em grupos; •

Esclarecer conceitos ou princípios fundamentais do conteúdo em questão;

• Dar uma contribuição apoiada em trabalho pessoal de pesquisa ou na experiência profissional, e em fontes de informação de difícil acesso ao aluno. No entanto, a autora ressalta que o uso exclusivo da aula expositiva não é recomendado, pois o aluno, para atingir uma aprendizagem significativa e assimilação autêntica, precisa desenvolver a capacidade de reflexão, precisa discutir e aplicar os conhecimentos, e não apenas reter informações, ler ou escutar.

Assim, destaca a autora, observa-se que a aula expositiva pode e deve ser utilizada em diversos momentos, de forma integrada com outros procedimentos. Entretanto, deve-se destacar que o domínio do conteúdo é o elemento fundamental que tornará viável o desenvolvimento deste e de qualquer outro procedimento de ensino, bem como o alcance dos objetivos propostos (SOUZA, 2001, p. 21).

É necessário fazer planejamento para introduzir um conteúdo por meio de aula expositiva? Reflita sobre a questão e compare com o exposto pelos autores a seguir. Como desenvolver uma aula expositiva? Entre os requisitos básicos para desenvolver uma aula expositiva, seguramente o primeiro é o domínio do conteúdo, seguido de um planejamento bem feito.

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O professor, ao utilizar a aula expositiva, deve estar ciente de que seus alunos não podem ser considerados como uma “tábula rasa”, pois já possuem certo conhecimento global do conteúdo que será desenvolvido. Entretanto, este mesmo conteúdo deverá ser assimilado gradativamente pelos alunos. Assim, a preparação prévia é imprescindível para bem atender a este aspecto. O professor deve, inicialmente, delimitar os objetivos a serem alcançados, selecionar o conteúdo, considerando os critérios para tal, esquematizá-lo, discriminando os pontos principais e os pontos que servem de apoio para a melhor compreensão, escolher exemplos adequados e estimulantes, bem como determinar se utilizará ou não recursos auxiliares. Ao desenvolver esta tarefa, o professor escolherá a sequência que irá seguir considerando basicamente dois aspectos: em primeiro lugar, a própria natureza do conteúdo, em segundo, as características do grupo de alunos. Quanto à natureza do conteúdo, deve procurar estabelecer um encadeamento e interrelacionamento entre as ideias, assegurando um desenvolvimento lógico. Para isso, poderá construir, por exemplo, mapas conceituais. Com relação às características dos alunos, deverá considerar pré-requisitos, além dos diversos domínios para aprender, habilidades de pensamento, interesse e dinamismo do grupo. Outro aspecto a ser levantado relaciona-se ao tempo. É muito importante utilizá-lo adequadamente, em função do conteúdo e da capacidade de concentração dos alunos. Destaca-se aqui a competência de muitos professores que, em sala de aula, despertam o interesse pelo tema referendando outras fontes de pesquisas para complementar e ampliar os conhecimentos fundamentais, a fim de possibilitar o domínio da mesma e que, posteriormente, possam ser aplicados em sua prática cotidiana.

Importante: Basicamente, uma aula expositiva possui três etapas: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Vejamos: 1. Introdução É conveniente que, ao iniciar uma exposição, seja colocado ao grupo de alunos o conteúdo que será desenvolvido, destacando os aspectos principais bem como os objetivos pretendidos. O professor deve, então, captar a atenção dos alunos procurando atender seus interesses, de forma a estimulá-los para o desenvolvimento da aula. Para que isso ocorra, é desejável estabelecer um relacionamento do novo assunto a ser abordado com os adquiridos já existentes na estrutura cognitiva dos estudantes, utilizando, por exemplo, a estratégia dos organizadores prévios (MOREIRA, 1982).

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Procure lembrar-se de algum novo tema, conceito ou conteúdo que lhe foi passado nos últimos dias, por meio de leitura ou exposição. Perceba se este novo assunto foi relacionado com algo que você já dominava. Se sim, não ficou mais fácil o entendimento?

2. Desenvolvimento Há diferentes modalidades para se desenvolver uma aula expositiva. No entanto, é conveniente ressaltar que, qualquer que seja a modalidade escolhida, a organização lógica e sequencial deve ser respeitada. A descrição do conteúdo em partes essenciais, ou seja, princípios básicos e fundamentais, conceitos-chaves e fatos específicos, é muito importante. A partir desta organização o professor poderá decidir sobre a forma como irá desenvolver a exposição. Tendo em vista a natureza do conteúdo a ser exposto, ele poderá desenvolvê-lo analisando, inicialmente, os princípios gerais, para então discorrer sobre os conceitos fundamentais, até chegar à análise dos fatos mais simples, concretos e específicos. Outra forma de abordagem seria iniciar por situações concretas e exemplificativas, passando gradativamente para um grau de maior abstração, ou seja, a análise dos conceitos básicos e, posteriormente, aos princípios. Pode-se, ainda, combinar as duas abordagens anteriormente expostas, na medida em que faz uma diferenciação dos conceitos e gradativamente retoma as ideias mais gerais ao longo da exposição. Na aula expositiva, o conteúdo pode ser desenvolvido a partir da colocação inicial de um problema. Nessa situação, é desejável que sejam examinadas as variáveis, levantadas alternativas de solução. A exemplificação com diferentes resultados de pesquisa na área em questão parece despertar o interesse dos alunos. Em qualquer abordagem adotada é interessante, no entanto, existir a possibilidade da análise e tomada de decisão frente às colocações feitas. Convém ressaltar que, durante a aula, o professor poderá organizar esquemas e/ou gráficos, apresentando-os simultaneamente à exposição oral. Eles possibilitam ao aluno perceber a sequência, as relações e as inter-relações entre um assunto e outro, favorecendo a possibilidade de reflexão e indagação. 3. Conclusão

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É recomendável que toda a exposição tenha um fechamento. Para tal, o professor poderá: •

Ressaltar os pontos principais por meio de um resumo, um esquema ou um gráfico;

Esclarecer aspectos que não tenham ficado devidamente claros;

• Propor diferentes questionamentos e exemplificações, a fim de possibilitar processos mentais mais elevados, como aplicação e generalização de conhecimentos; • Relacionar o novo assunto com conhecimentos já adquiridos anteriormente e com outros que ainda serão trabalhados; •

Indicar bibliografia específica.

A partir dessas proposições, o professor terá a oportunidade de perceber o grau de compreensão dos alunos, assim como pela participação deles durante a exposição.

Analisando o exposto acima, reflita e responda:

Quais os cuidados que devem ser tomados pelo professor, durante a aula expositiva, para que ela não se torne monótona, com conversas paralelas ou desatenção do grupo? Confira suas colocações com o exposto a seguir. Quais os cuidados a serem tomados em uma aula expositiva? Em princípio, busca-se uma interação com a classe por meio dessa ou de qualquer outra técnica de ensino: dinâmica de grupo, apresentação dos itens em slides, um questionamento, um texto específico, etc. Assim, afasta-se a ideia da aula dogmática, sem possibilidade de interrupção ou perguntas, sem adaptações às manifestações (explícitas ou não) do estado de ânimo, dificuldades e necessidades do grupo. Há muitos modos pelos quais um professor pode perceber se a classe está ou não acompanhando sua exposição: o olhar, o bocejo, a anotação, a conversa paralela, a leitura de outro material, a expressão de dúvida ou discordância. Todos estes indícios, mesmo que não cheguem à expressão verbal, não devem ser desprezados e podem exigir adaptações no ritmo da exposição, esclarecimentos, reafirmações ou emprego de recursos que reavivem o interesse pelo tema. Uma vez que a palavra é a matéria-prima de uma aula expositiva, muitos cuidados devem ser tomados em relação a ela. Assim, uma exposição oral, mesmo que para adultos, não pode estender-se por muito tempo, sob pena de implicar em desatenção, cansaço e dificuldades de aprendizagem.

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Falar com clareza, boa dicção, preocupar-se com velocidade, tom e ritmo, pausas, movimentos e gestos são outros cuidados importantes numa exposição. Para estes aspectos, parece ser possível sintetizar em uma palavra o critério para adequação: naturalidade. A melhor linguagem, o tom e o gesto mais adequados são aqueles que se expressam com naturalidade. Evidentemente, isso não implica num discorrer sempre igual, destaques e realces devem ser dados pela variedade na tonalidade e no volume da voz, acentuados por gestos e expressões. O movimento na sala é outro recurso para variar a situação; assim, é possível que o professor discorra alguns minutos sentado, mas levante-se, caminhe, escreva no quadro ou apresente algum modelo, esquema e /ou desenho, aplique uma técnica de ensino que possibilite a movimentação dos alunos, para chamar a atenção para determinados aspectos. Esta movimentação e o uso de gestos são expressivos e geralmente animadores, embora seja importante evitar-se a teatralidade ao empregá-los. A coerência com o estilo e a personalidade do professor é que dará o ponto exato para esses recursos de comunicação. A expressão de sentimentos e valores também é válida em uma exposição e inerente a determinadas áreas de ensino, na medida em que o professor funciona como modelo. Esses sentimentos e preferências podem ser destacados pelo bom uso dos recursos pessoais de comunicação. A pausa também “fala”. É necessário empregar pausas no discurso com alguma frequência, especialmente depois de se ter expressado um trecho de pensamento suficientemente complexo. Nesses momentos, o silêncio acentua a ideia e convida os alunos à reflexão, à expressão de posições, exemplos ou perguntas. Finalmente, um dos cuidados fundamentais é o uso de uma linguagem com significado para o grupo de ouvintes. É imprescindível que se estabeleça uma real comunicação entre o grupo e, para tanto, o expositor deve apoiar-se em conceitos ou representações já conhecidos para desenvolver os novos conceitos, esclarecer termos técnicos desconhecidos do grupo e ser objetivo. Ao considerar-se a perspectiva de que o professor lança uma hipótese de trabalho, a qual julga ser mais conveniente para o contexto, a cada nova situação de ensino, supõe-se que ele deverá obter dados que o informem a respeito da adequabilidade desta proposição. No entanto, nem sempre é fácil realizar esta avaliação, especialmente no que se refere ao seu próprio desempenho.

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Para completar o estudo sobre aula expositiva, orientamos a leitura do texto de apoio indicado abaixo. Você gostará e será muito útil. Texto de Apoio: Ideias para renovar esta prática tão tradicional. Autor: João Luís Almeida Machado. https://joaoluis28.wordpress.com/2010/01/25/aula-expositiva-ideias-para-renovar-essapratica-tao-tradicional/

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ABREU, M.C.de; MASETTO, M.T. O Professor Universitário em aula: prática e princípios teóricos. 8ª ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 1990. ANASTASIOU, L.G.C. e ALVES, L.P. (Orgs). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville, SC: UNIVILLE, 2003. ARNOLD, K.L. O Guia Gerencial para a ISO-9000. Rio de Janeiro: Campos, 1994. GIL, Antônio Carlos. Metodologia do ensino superior. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005. HAAS, C.M. Reflexões interdisciplinares sobre avaliação da aprendizagem. in: MENESES, J.G.C. e BATISTA, S.H.S.S. (Orgs). Revisitando a prática docente interdisciplinaridade, políticas públicas e formação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. HOFFMAN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 1993. 20ª Edição revista, 2003. IBAIXE, Carmensita de Souza Bueno. Preparando Aulas: Manual Prático para Formação do Professor. São Paulo: Madras, 2006. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2013. MOREIRA, Marco A. et al. Organizadores prévios como estratégia para facilitar a aprendizagem significativa. Revista Cadernos de Pesquisa, n. 40, p. 41-53, fev-1982. Disponível em: <http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1524/1523>. Acesso em: 30-jun-2015. ROMANOWSKI, J.P. e WACHOWICZ, L.A. Avaliação Formativa no Ensino Superior: que resistências manifestamos professores e os alunos. in: SANTOS, Ivan Soares dos. Proposta de avaliação do domínio afetivo em cursos online.

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