Canas11 dez2013

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Abertura do Ano Letivo com Património e Soneto ao Cristo Rei

Trimestral I Nº 11 — Dezembro de 2013

O tema proposto pelas Jornadas Europeias do Património de 2013, Património / LUGARES, serviu de mote à abertura solene do ano letivo 2013/2014 que teve lugar no dia 20 de setembro às 19h, junto do Cristo Rei na Ponta do Garajau, elemento de Património edificado da freguesia do Caniço, localizado em plena Reserva Natural Parcial do Garajau. Pág. 14

Alunos da Nossa Escola Vencem Concurso Literário Foi perante um plateia de ilustres personalidades ligadas ao meio educacional e cultural madeirense que três alunos do 9º1 da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço viram o seu conto premiado na cerimónia de lançamento do livro

Histórias dos meus Avós. Pág. 15

A Escola do Caniço Colabora na Reflorestação da Madeira

Nesta Edição: Os Alunos Fazem

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Através de atividades realizadas

Jogos de Xadrez

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no âmbito da reflorestação das

Dia da Alimentação

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Projeto da Solidariedade

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Desafio Matemático

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Cheira a Natal

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dias em que exercem a sua profis-

Na Biblioteca Acontece…

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são e em que trabalham para

serras da Madeira as equipas multidisciplinares da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço provam que ser professor não é apenas durante uma manhã, mas todos os

o futuro.

Pág. 17


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Sugestão deLeitura Comer, orar amar de Elizabeth Gilbert Este é um livro delicioso sobre liberdade, espiritualidade e autorealização! Reflete as vivências da autora, Elizabeth Gilbert, uma mulher que tinha tudo, aparentemente, para ser feliz: um marido que a amava, a casa dos seus sonhos e sucesso profissional. Mas não era feliz, sentia que a vida tinha muito mais para lhe dar e, reconhecendo-o, decide, pôr fim à sua vida estável: divorcia-se, liberta-se dos seus bens materiais

Índice:  A História de Um Livro

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 Cidades

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 Jogo das Rimas

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 Valores

8

 Ser Solidário

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 O Natal

10

 Visita de estudo à casa do Sardinha

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 Friso da Ciência

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 Presença Feminina

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 Olhando o Céu

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 Convívio Exato

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 Retalhos do Tempo

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 Concurso dos Presépios

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 Necessidades Educativas Especiais

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e das convenções sociais, e inicia a maior aventura da vida dela. Nesta busca de auto-realização Liz escolhe três elementos da sua personalidade associando, cada um deles, a uma cultura e país diferentes. Viaja para Itália (Roma) onde experimenta o prazer de comer, ganha muito peso e não sente complexos por isso, e aprende a falar fluentemente o italiano, como sempre desejara; depois, segue para a Índia onde fica num retiro de meditação, num ashram (templo), nesse local aprende a rezar, a perdoar-se a si mesma e a encontrar a paz interior; na Indonésia (Bali), seguindo os conselhos de um velho xamã, encontra o equilíbrio e a realização a todos os níveis, nomeadamente a nível emocional, com a descoberta, inesperada, do verdadeiro amor. Este livro encontra-se disponível para requisição no Bar dos Professores, até final do ano letivo, integrado na atividade da Biblioteca “Café

Renúncia Embora todos os cuidados sejam considerados para assegurar a exatidão das informações apresentadas, os participantes na elaboração d’O Canas não se responsabilizam por qualquer

Ficha Técnica: Edição: Escola Básica dos 2º e 3º ciclos do Caniço Coordenação/Design Gráfico: Prof. Teotónia Paixão

reclamação, perdas, prejuízos, despesas ou danos, assim como tudo o que ocorra de forma direta ou indireta ou como consequência em respeito a alguma omissão ou repercussão de ações tomadas pelos leitores com base em alguma informação, opinião ou conselhos contidos neste jornal. Os artigos publicados são da inteira responsabilidade dos colaboradores.

Montagem: Prof. Teotónia Paixão Revisão: Prof. Toni Gomes e Eduardo Oliveira Colaboração permanente: Profs. Aldina Martins e Luís Saraiva Impressão: Prof. Emanuel Silva

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Crónica Constituição e Orçamento Ao longo dos últimos anos, a Assem- va financeira: o país endividou-se, dei-

Mas, mais grave ainda, é ver o Presi-

bleia da República tem aprovado orça- xou de cumprir os critérios de Maas-

dente da Comissão Europeia fazer ca-

mentos que colocam dúvidas constituci- trich, pôs em causa a sua capacidade

minho nesse condicionamento. Uma

onais, confirmadas depois pelo coletivo de pagar a dívida, a tal credibilidade

das missões mais nobres da Comissão

de juízes, cujo impacto tem, de forma externa, e agora recupera essa credibili-

é a defesa dos Tratados Comunitários,

significativa, prejudicado a evolução do dade através de uma política austera,

torna-se

nosso ajustamento orçamental.

discutível, sendo esta muitas vezes in-

que um Estado Membro seja questio-

Vamos pensar o tema em termos de constitucional, ainda que para alguns a trade-off (1), entre a regularização fi- única forma de resolver os problemas

nado, independentemente do valor em

nanceira necessária à sustentabilidade

estruturais de financiamento do país.

portanto

contraproducente

questão, quanto ao respeito da sua lei fundamental.

do nosso futuro coletivo e o cumpri-

Será este um peso a pôr nas costas de

Nesta perspetiva traça-se um caminho

mento da norma e dos princípios, o que

tão importante instituição? Será aceitá-

perigoso, uma vez que, em termos

dessa reforma constitui uma escolha de

vel que as decisões deste tenham em

constitucionais, estão em causa os di-

tal relevância, que põe em questão ali-

conta a situação do país? Aceitamos,

reitos dos Cidadãos adquiridos à luz de

cerces fundamentais da construção de-

povo português, que a nosso poder

acontecimentos históricos complexos.

mocrática, por um lado, e o funciona-

político viole a constituição?

Se há exemplo que o Estado deve dar

A resposta simples é não, contudo, se

é esse. Se o Estado dever ser exemplo,

aceitarmos esta como a resposta que

e penso que sim, será o do respeito

mento e a sustentabilidade do Estado Português, por outro. Questão complexa, numa situação de normalidade, o cumprimento rigoroso da Constituição nunca constitui um entrave à promoção de um bem comum que passa pela solidez financeira da nação. Regularizar financeiramente o país, pondo em causa a constituição, significa

devemos dar, podemos levantar outras questões: Aceitamos o fim do Estado Social, tal qual o concebemos, no seio desta Europa (em crise política)? Deixamos o Estado, na possibilidade de financeiramente deixar de se poder financiar nos mercados externos, pon-

pelas leis da República e, acima de tudo, na sua Lei principal. Não é pois normal, nem desejável que, não só o governo negoceie com os credores internacionais medidas de política económica que venham a pôr em questão o respeito pela Constituição, assim como não é razoável que as

logo o desrespeito pela separação de

do em cheque o financiamento da Eco-

instâncias internacionais vaticinem so-

poderes, no seu sentido mais profundo,

nomia como um todo?

bre a mesma, tantas vezes ameaçando

de pôr em causa a independência do

É evidente que as decisões do tribunal

com situações de maiores dificuldades

poder judicial face ao poder político,

são respeitadas, contudo é, na minha

e sacrifícios para o povo Português.

mas, acima de tudo, é o princípio da

opinião, absolutamente negativo no

limitação de poderes, na perspetiva da

domínio da formulação de expectativas

defesa de um conjunto de garantias

que empresas e cidadãos esperem pe-

constitucionais que, ao estarem em cau-

las suas decisões, que vivam tempos

sa, retiram segurança material aos cida-

prolongados na indefinição das mes-

dãos e põem em cheque a confiança no

mas, alimentados por pura especula-

sistema jurídico – constitucional, saído

ção na comunicação social tantas ve-

da Revolução de abril.

zes vista como forma de condiciona-

Há contudo a história vista na perspeti-

mento dos juízes do palácio Raton.

Professor: Luís Saraiva

1_Significa este termo que ao escolhermos um dos objetivos, temos necessariamente de desistir do outro.

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Os Alunos Fazem... A história de um livro Numa bela tarde de primavera, lá estava eu na minha estante, quando apareceram a Marta e o Rodrigo. Eu era um livro novo, por isso mal eles sabiam que tinha fantásticas histórias no meu interior e que podia falar.

Turma: 6.° 3 Equipa: “ECLIPSE” - Carolina Gouveia, Mara Gouveia, Pedro Ferreira Sara Fernandes

Quando chegaram ao pé de mim, acenei-lhes e disse-lhes:

Disciplina: Português Professora: Dina Moniz

- Olá, podem tirar-me daqui? Estes livros esmagam-me. Os dois meninos, espantados, disseram: - Cl… cl… claro, mas tu falas?

Pessoa. Em seguida, expliquei-lhes que,

depois de me abrirem, iam fazer uma - Levem-me daqui e depois explico-vos pequena viagem a outros mundos, com tudo - disse eu. as minhas histórias, porque eram realOs meninos, um pouco pasmados, leva- mente fascinantes. ram-me para sua casa. Já em casa deNo fim do dia tiveram de me entregar, les, expliquei-lhes que era um livro es- porque o prazo da minha data de entrepecial, porque tinha sido inventado pelo ga era pequeno. Na porta da biblioteca, pintor Pablo Picasso, mas quem escre- despedi-me deles e pedi-lhes que não veu as minhas histórias foi Fernando contassem o meu segredo.

A Aventura do Livro Numa bela manhã, estava eu num armário a ouvir o livro de Matemática a

xonei-me pela rainha Katty do livro que estava sentado num trono feito de go-

queixar-se dos seus problemas.

mas e chocolate. Aproximei-me e apresentei-me:

De repente, quando dei por mim, estava numa mochila de uma rapariga. Espreitei e vi uma grande escola, cheia de crianças barulhentas. Em seguida, senti novamente uma mão a agarrar-me e a colocar-me num sítio escuro e espaçoso. Passadas umas horas, ainda continuava naquele buraco negro que era o cacifo. Como estava esfomeado, fiquei louco e comecei a mexer em tudo, até que descobri uma passagem secreta que parecia não ter fim. Fiz-me ao caminho e fui en-

E assim vivemos felizes no doce paraíso.

- Olá, chamo-me Livro de Camões. Gostaria de perguntar-lhe se a sua mão está disponível para um anel. - Claro que sim. Para celebrar o nosso casamento, iremos fazer um banquete com uma fonte de chocolate.

PORTUGUÊS, 6.° 1 EQUIPA “Pull and Simpson” : Juliana Pacheco, Carina Caires, Mariana Ferreira (ano letivo 2012/2013) Professora: Dina Moniz

contrando restos de comida. Vi então uma luz muito forte. Aproximei-me para compreender o que era. Quando lá cheguei, vi uma cidade feita de doces. Apai4


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Os Alunos Fazem... A minha cidade – O Caniço Embora tenha nascido na capital da Ma- contentores para a separação dos resí- são por cabo e Internet. deira, ou seja, o Funchal, que é a maior duos sólidos, televisão por cabo, InterNa atualidade, o Caniço é uma cidade zona urbana da Região Autónoma da net, nem tampouco se fazia o aproveitacom cerca de 25.000 habitantes. ApreMadeira, desde que me lembro que vivo mento da luz solar. senta vários serviços públicos dos quais no Caniço, onde também frequento a Com o passar dos anos, o Caniço per- se destacam: CTT, escolas, Centro de escola e passo os meus tempos livres. deu caraterísticas rurais e tornou-se saúde, Policlínica, farmácias, igrejas, No início da minha infância, o Caniço cada vez mais urbano, com mais habi- cemitério, campo de futebol, jardins era uma vila do concelho de Santa Cruz. A zona habitacional era de menor área, não existiam grandes edifícios e a maioria das habitações eram pequenas casas

tantes e construções, até que, em 2005, foi elevado à categoria de cidade. As zonas habitacional e comercial aumentaram de área, ergueram-se vários pré-

públicos, complexos balneares, supermercados, hotéis, restaurantes, centros comerciais e praça de táxis.

circundadas por jardins ou por pequenas hortas e, nalguns locais como seja o Caniço de Baixo, as construções estavam intercaladas por campos agrícolas, onde a cultura da cebola era muito co-

dios, alguns dos quais bem altos, como os existentes no Garajau, Figueirinhas e no centro do Caniço. Consequentemente, as áreas verdes e de agricultura diminuíram; as estradas e caminhos au-

mum e abundante. A minha moradia não tinha casas na vizinhança, na estrada não circulavam muitos automóveis e não havia ligação à rede de esgotos.

mentaram, assim como o tráfico auto- dos cidadãos. móvel e o ruído; o saneamento básico melhorou e muitas habitações passaram a ter painéis solares para aproveitamen-

Como cidadã, tento ter diariamente uma postura cívica e ética de modo a zelar pela minha cidade e fico feliz ao saber que existe um plano diretor que deverá ordenar o território, promover a economia e salvaguardar a qualidade de vida Turma: 9.° 3 Aluna: Catarina Gomes Disciplina: Geografia Professora: Luísa Costa Gomes

Para além disso, ainda não existiam to da energia do sol, bem como televi-

Uma Viagem à Cidade do Porto Num dia de sol, bem cedo, levantei-me mente ao centro do Porto, e, durante a encontrão no metro fora um assalto. e resolvei ir passear pela cidade do Por- viagem, senti um pequeno empurrão, Tinha algum dinheiro no bolso do casato. Estava decidida a fazer compras na mas não prestei muita atenção. Saí do co, por isso paguei e saí. grande rua de Santa Catarina, a visitar todas as majestosas pontes que percorrem o rio Douro e a almoçar no melhor restaurante da cidade. Apanhei o metro, que conduz direta-

metro e fui comprar uma garrafa de água, porque estava um dia muito quente, mas, quando ia pagar, não encontrei a minha carteira. Fiquei aflita e apercebi-me de imediato de que aquele

Voltei ao metro onde me roubaram a carteira. Tropecei, pelo caminho, num saco cheio de lixo que estava perto de um sem-abrigo que dormia num banco do metro. Deu-me pena ver uma situa5


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Os Alunos Fazem... - ção destas, logo dois males tão gran- Resolvi chamar uma senhora, que avis- de lado por este meu ato. O mendigo des: a poluição e um mendigo que, pro- tei e que limpava os passeios da rua, e contou-me entretanto que, devido à vavelmente devido à elevada taxa de pedi-lhe que voltasse a deitar no caixote falta de habitação no local onde vivia desemprego que se vê e a esta crise todo aquele lixo. Entretanto, fui a um (bairro de lata), teve de ir para a rua. económica, não pode pagar habitação. restaurante e pedi duas malgas de sopa Falei com ele durante o resto da tarde Devia ter fome e ficava à espera que e pão com manteiga para o sem-abrigo. despejassem o lixo para poder comer. Acordei-o e ofereci-lhe o almoço. Deilhe também 15 euros para se poder alimentar ao lon-

sobre toda a poluição e as soluções para que se pudessem reduzir todos estes problemas. Concordámos que deveria haver uma substituição dos bairros de

go do resto da semana, mas pedi-lhe que não fosse comprar álcool, como muitos fazem. Ele concordou e agradeceu-me mui-

lata por construções adequadas ou por bairros sociais. E concordámos também que, através de estações de tratamento de lixos, se poderia diminuir a poluição existente.

to. Muitas pessoas, que passavam na rua, olharam-me

Turma: 9.° 3 Aluna: Ana Catarina B. Gonçalves Disciplina: Geografia Professora: Luísa Costa Gomes

Luanda No verão passado fui passar férias a sando pelo desajustamento da quanti- casa por volta das 9 horas para visitar o Angola e decidi ficar um dia em Luanda dade de estradas devido ao volume ver- Museu Nacional da Escravatura, mas só para sentir e conhecer a vida dos ango- tiginoso de trânsito. Luanda viu, assim, consegui apanhar um táxi ao meio-dia. lanos. Descobri que a população de Luanda aumentou nas duas últimas décadas, como consequência da fuga de vastos contingentes populacionais das

aumentar também a criminalidade.

Demorei duas horas para percorrer 5 Por causa deste trânsito não consegui quilómetros... Entretanto, como chegou concretizar os planos que tinha feito a hora de almoço, não hesitei e saí do para esse dia, como ir visitar um mu- táxi para ir procurar um restaurante, zonas rurais para a capital durante a seu, almoçar fora e fazer uma viagem porém só nesse momento descobri que Guerra Civil Angolana. O resultado foi de barco ao longo da costa. Devido à estava muito longe do restaurante mais um crescimento muito acentuado, que escassez de transportes públicos, tive próximo. Por isso fui a pé. provocou uma série de problemas, tais muita dificuldade em apanhar um táxi. como a escassez de habitações, de sa- Quando o consegui, demorei horas para Turma: 9.° 1 Aluna: Catarina , nº 9 neamento básico e de empregos, paspercorrer uma distância mínima. Saí de Disciplina: Geografia Professora: Luísa Costa Gomes

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Os Alunos Fazem... Depois de almoçar, fui para a paragem do autocarro. Foi um erro, pois o auto-

públicos, tais como metro, comboio, autocarro, táxi… e organizar vias de

carro só chegou às 17 horas. Ainda con-

comunicação alternativas.

segui alcançar a costa para passear de barco, mas os donos deste disseram-me que, como tinha chegado demasiado tarde, já não podia andar porque estava a ficar escuro e o mar estava muito agi-

Apesar de tudo, foi uma experiência interessante! Luanda é uma cidade em crescimento, muito desorganizada, mas com um grande potencial. Como não tive muito tempo para visitar tudo o que

tado.

pretendia, tenciono voltar outra vez.

Cheguei a casa por volta das 22 horas e redigi uma carta ao governo dando al- para patrulhar as ruas, de forma a evigumas sugestões para melhorar a capi- tar tanta criminalidade; construir mais indústrias; criar mais postos de trabatal: arranjar saneamento básico; conslho; organizar uma rede de transportes truir habitações; contratar mais polícias

Turma: 9.° 1 Aluna: Catarina , nº 9 Disciplina: Geografia Professora: Luísa Costa Gomes

Jogo das Rimas O melhor amigo do homem Cão, meu amigo cão, És o meu animal preferido E sei que ficarás sempre no meu coração. Cão, meu amigo cão, Sempre peludo e fofinho

Cão, meu amigo cão,

Se te portas mal Ralho contigo Tenho de te educar E ponho-te de castigo!

Encosto-me a ti, Sinto o teu calorzinho. Cão, meu amigo cão, Quando passeamos É só brincadeira! És cuidadoso Mas às vezes fazes uma asneira. Cão, meu amigo cão, De vês em quando zango-me contigo Sei que gostas de mim És o meu melhor amigo. Cão, meu amigo cão, Se vamos nadar E eu me afogo, Posso contar contigo, Sei que me vais salvar. Cão, meu amigo cão, Tu proteges-me E sei que posso contar contigo, Mas se te acontece alguma coisa Vão ter de se ver comigo.

A Cura do João Num dia o João Foi comprar pão De repente, saltou-lhe para cima um cão E o João caiu no chão. Magoou-se e começou a chorar Parecia um bebé chorão! Um homem solidário ajudou-o dando a mão Depois para curá-lo levou-o para um casarão Onde tinha um balcão O homem ofereceu-lhe um galão -Curou-me com um galão, obrigadão!- disse o João Para agradecer, ofereceu-lhe um jantar Foram ao restaurante do camarão. O João ficou muito agradecido Recordou aquele homem do fundo do coração!

Turma: 6.° 5 Aluna: Helena Araújo Disciplina: Português Professora: Idalina Gonçalves

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Os Alunos Fazem... Crescer com valores…. Um destes dias, dei comigo a pensar Amizade e sigo em frente, pois os ami- correr melhor, por mais difíceis que por como será viver no mundo dos adultos… agora que estou a crescer, com tantos pontos de interrogação e alguns obstáculos no meu caminho.

gos que tenho, apesar de serem poucos, sei bem que estão sempre comigo, tanto nas gargalhadas sem fim, como na chuva que me cai dos olhos, confortando-me com as

vezes me pareçam.

tendo o cuidado de respeitar todos quantos se cruzam na minha vida e cumprindo sempre os meus compromissos quer na escola, quer em casa, de forma a agir responsável, honesta e co-

suas palavras ou com o silêncio que, às vezes, diz tanto!

gem para enfrentar os obstáculos, aceitar as adversidades e mudar, sempre que for preciso, para me tornar uma pessoa melhor, ou seja, ”juntar as pedras do caminho para um dia construir

erentemente. A isto chamo Lealdade.

desse Amor todo que me envolve,

Preocupo-me com cada passo que dou,

Quando, no meio

Às vezes estanco na caminhada, tropeçando uma e outra vez em momentos dou por mim a menos fáceis, pois o tempo parece tão percebê-lo e a pouco, para tantas coisas que tenho senti-lo, fico com

Na minha vida e no meu futuro tenho de viver com Prudência, estar atento aos sinais que me rodeiam, mas seguir confiante o meu caminho e ter Cora-

um castelo”. Turma: 5.° 1 Aluno: Francisco Luís, n.° 10 Disciplina: EMRC Professora: Maria José Mendes

de pressa de viver! Nesses instantes agarro Esperança que as coisas possam ser mais fáceis e a minha Audácia, lanço âncoras na

ABC da amizade Amizade é um grande valor! Bonito e de encantar! Coisas vamos partilhar, Dias juntas vamos passar. Estou contigo, Friends forever! Gosto da tua companhia! Harmonia entre todos deve haver. Ir contigo até ao fim, Juntos, amigos, sempre assim! Karaté vamos todos praticar. Lembranças vamos formar, Medos, unidos superar. Nunca irei esquecer-te! O que pode correr mal? Perder-te seria uma pena, Quero estar sempre contigo. Rir, brincar, conviver… Sabias que adoro ser tua amiga? Tu e eu, super amigas! Unidas para sempre! Vamos criar amizades, bora lá! Xadrez e outros jogos vamos jogar. We have the best friendship of the world! Yupi somos amigas há um ano!

Turma: 6.° 5 Aluna: Helena Fernandes Araújo Disciplina: EMRC Professora: Maria José Mendes

Zacarias, Inês, Beatriz… somos amigos? 8


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Os Alunos Fazem... Palestra “Ser Solidário” A Engenheira Cláudia Sá veio à nossa A sua principal intervenção foi apoiar na escola, no dia 29 de novembro, contar área da educação juntamente com ouàs turmas dos 6º1,6º6, 6º7, 6º8 e 6º9 tros voluntários. O local onde se manticomo foi passar um mês em Moçambi- veram foi essencialmente na biblioteca, que a fazer voluntariado. Esta iniciativa onde os alunos vinham para poder ter teve como objetivo assinalar o Pão por ajuda na escola ou até mesmo para ler Deus, tendo como palavra-chave “Ser livros escolares, os quais não tinham Solidário”. possibilidade de tê-los em suas casas. Alguns alunos aprendiam a ler e a esEsta voluntária abdicou de um mês de férias para poder fazer voluntariado em crever e outros aprofundavam os seus Moçambique, numa localidade chamada conhecimentos na área da biologia e da de casa para puderem estar sentados informática. nas aulas. Mais admirados ficámos ao de Molocué, perto da Zambézia. saber que crianças gostavam muito de A nossa convidada contou que tiveram ver as suas fotos, porque essa era a que instalar programas nos computadores para poderem trabalhar, também única maneira de se verem a si própintaram a sala das crianças, reciclaram prios, visto não terem espelhos nas suas disquetes, colando números e o alfabeto casas. para que estas tivessem outra utilidade. Esta atividade foi realizada em interdisContou-nos entre outros, um episódio ciplinaridade com a disciplina de Portuque aconteceu quando a escola caiu. guês e de EMRC. Gostámos muito, Enquanto para os voluntários foi um achamos que foi muito proveitosa porgrande susto e uma grande preocupa- que nos fez refletir e valorizar mais o ção, para os alunos, aquilo não passou que nós temos e também fez-nos pende um episódio sem importância, por- sar no quanto é importante ser-se solique começaram logo a trabalhar e a dário. recolher o material para que a escola ficasse pronta a funcionar. Ficámos muito admirados ao saber que as crianças não tinham livros escolares e que tinham de trazer as suas cadeiras

Turma: 6.º8 Alunos: Tomás Camacho Lídia Perestrelo Fátima Fernandes E Vítor Faria Disciplina: Português Professora: Daniela Sousa

Visita de Estudo Ajuda a Natureza No dia 17 de outubro de 2013, a turma mais tarde serem semeadas no Viveiro horário habitual de aulas. do 8º3 da Escola Básica dos 2º e 3º de Água de Pena. Entre as sementes, os Ciclos do Caniço realizou uma visita de alunos encontraram ainda frutos silvesestudo ao Montado do Pereiro e ao Vi- tres e cogumelos. veiro de Água de Pena.

Turma: 8º3 Alunos: Artur Rodrigues e Joana Rodrigues Organização: Teresa Cabral

Mais tarde, depois de um lanche seguido de um convívio, os alunos foram ao

A turma do 8º3 da Escola Básica dos 2º Viveiro de Água de Pena para entregae 3º Ciclos do Caniço, no passado dia rem as sementes e aprenderem como 17 de outubro foi ao Montado do Perei- se faz a sementeira, a repicagem e a ro. O objetivo da visita de estudo a este propagação vegetativa (por estacaria). local era que os alunos recolhessem Por volta das 14 horas, a turma regressementes do “Cedro da Madeira” para sou à escola, tendo continuado com o 9


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Os Alunos Fazem... O Grande Natal de uma Menina Era uma vez uma menina chamada Ma- Daí para a frente, nunca mais esteve ria Inês que tinha 10 anos e que vivia triste no Natal porque percebeu que os com os seus avós, na Califórnia. pais estavam sempre com ela e não ti-

Turma: 6º. 5 Alunas : Joana nº. 9 e Beatriz nº. 1 Disciplina: EMRC Professora: Maria José Mendes

Todos os Natais, ela lembrava-se que os nha de sentir saudades. seus pais tinham morrido num acidente de avião, na altura do Natal. Ela tentava fingir, mas, na verdade, estava sempre triste. Todos notavam e tinham medo que o que fizessem pudesse prejudicá-la, mas sempre quiseram mudar as coisas. Quando era mais velha, na altura de receber as suas prendas, a sua avó deulhe um álbum de fotografias dos pais. Finalmente, percebeu que não precisava de estar sempre triste porque os seus pais estavam sempre no seu coração.

O que é o Natal? No Natal, as famílias estão reunidas. Há mais cartas e muitas delas são para Pai Natal; há presentes por entregar e por receber; há peru assado a sair do forno; há sobremesas depois da ceia, bolachas de gengibre, chocolates e mais outras guloseimas. No Natal, festeja-se o nascimento do menino Jesus e à sua volta estão os pastores e as ovelhas; os Reis magos; a Nossa Senhora Maria, mãe de Jesus; o São José, pai do menino Jesus e o menino deitado no berço de palha. O Natal há magia, ternura, amor, liberdade, amizade, lealdade, coragem e esperança dentro de nós. No Natal, as pessoas decoram os pinheiros. Uns gostam só das cores que há nesta época, outros gostam de pinheiros coloridos e outros ainda gostam de ver um pinheiro só com uma cor, desde que seja divertida. Também se decoram as árvores com “chupa-chupas”, com bolinhas, com estrelas e com pinhas… Eu adoro o Natal!... Turma: 6.° 5 Aluna: Ana Margarida Araújo Disciplina: EMRC Professora: Maria José Mendes

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Actividades, Atividades, Projetos Projetos ee Clubes Clubes Clube de Xadrez O “clube de xadrez” concluiu as ativida- turma 8.º 5; em segundo lugar ficou o No actual ano des do 2.º período do ano letivo aluno Alexandre Gomes, da turma 6.º 2012/2013 com mais um torneio aberto, 6; e em terceiro lugar ficou o Tiago Andisputado em 7 sessões, com regras das drade, também, da turma 8.º 5. partidas rápidas, no sistema de empareAtividades no 3.º período lhamento Swiss Perfect, com desempate através de três modalidades: Buchholz No 3.º período as atividades iniciaram Mediano; Buchholz e Progressivo. Pela com o professor responsável pelo clube, José Oliveira, a disputar 7 partidas em primeira vez pode contar com a participação de um professor, que infelizmen- simultâneo com os alunos do clube.

letivo, o clube continua a desenvolver as suas atividades às quintas-feiras

balho!

cola, no tabuleiro de xadrez pintado no chão, disputam-se partidas com as peças gigantes!

das 12:25h às 14:10h e às sextas-feiras

das 12:25h às 14:10h no bar dos alunos. Ainda à sexta-feira, no intervalo das 09:40h até às 10:00h, continua a te teve que desistir, por motivos de tra- No final do ano letivo, a 6 de junho rea- jogar-se em grande! No recreio da EsMais uma vez, no momento da inscrição, à entrada para o torneio, todos os participantes receberam um minichocolate.

lizou-se um novo torneio aberto tendo o 1.°, Diogo Abreu do 8º3, ganho uma taça enquanto que os 2.° e 3.° classifi-

O pódio voltou a ser ocupado pelos cados, o aluno Alexandre Gomes, do mesmos três alunos do torneio ant 7º6 e o aluno Diogo Mouro da turma erior. No entanto, desta vez, o Francis- 8º3, respectivamente receberam medaco Molina destronou o Alexandre Gomes lhas. Todos os participantes saborearam só com vitórias. Assim, em primeiro mini-chocolates, guloseima já habitual lugar ficou o aluno Francisco Molina, da neste torneio.

Professor: José Oliveira(Responsável pelo Clube de Xadrez)

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Atividades, Projetos e Clubes Visita Estudo à Casa do Sardinha No dia 8 de julho do presente ano, o da geologia caraterística desgrupo de Ciências Naturais do 2º e 3º ta região. ciclos realizou uma visita de estudo à Casa do Sardinha, localizada na zona mais oriental da Ilha da Madeira. Esta visita contou ainda com a participação

Chegamos à Casa do Sardinha fatigados, mas com uma sensação de bem estar perante uma natureza, que

da Coordenadora do Departamento das sendo árida não deixa de ser línguas, professora São Constantino. bela. O fito desta visita foi o de conhecer um O percurso abriu-nos o apetipouco melhor a flora e geologia desta te, e ali partilhámos as nosregião. sas merendas, finalizando Partimos da escola, por volta das 8 horas e quarenta minutos. Paramos pelo caminho, uns para abastecerem a sua viatura e outros para tomarem o cafezinho da manhã, para que estivessem

com um café, gentilmente, oferecido pelo nosso guia. O regresso ao local de partida foi efetuado de barco, desde o Cais do Sardinha à

bem despertos para apreciar a beleza Marina da Quinta do Lorde e do percurso que se propunham realizar. restante trajeto numa carrinha disponias nossas viaturas, despedimo-nos uns O ponto de encontro com o nosso guia bilizada pela entidade proprietária do dos outros, com a sensação de uma do Parque Natural da Madeira, o senhor barco. Fomos um pouco aventureiros. manhã muito frutuosa, não só a nível Nélson, foi no início do nosso percurso Embora o mar estivesse calmo, é na- dos conhecimentos que adquirimos sopedestre, no fim da estrada regional quela região que se dá o encontro do bre a flora e geologia da região mas 109 (Baía d’Abra no Caniçal). mar do norte com o mar do sul e como também, a nível do bem-estar físico e O dia apresentou-se solarengo, no en- tal, a ondulação é sempre mais acentu- emocional. tanto, o vento que se fazia sentir dificul- ada, o que foi motivo de receio para tava um pouco a caminhada. Todavia, alguns de nós. Este nosso passeio maríAs Docentes: cheios de entusiasmo, lá fomos percor- timo ficará decerto na memória deste grupo de aventureiros, até porque rendo o trilho algo sinuoso, ora de terra aquela foi a viagem inaugural do táxibatida, ora de cascalhos. barco e, como tal terminou com uma Ao longo do percurso, fomos efetuando bebida, amavelmente, oferecida pelo pequenas paragens para observação de dono deste. algumas plantas endémicas (goivo-darocha, massaroco, erva-vaqueira, …) e Chegados ao local onde se encontravam

Teresa Cabral, Conceição Fernandes e São Constantino

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O Canas

Atividades, Projetos e Clubes “Peddy-Paper” No passado dia 16 de outubro, foi orga- visão, tato e audição. Foram criados nizado um peddy-paper para assinalar a postos com provas de olfato e paladar, comemoração do dia da alimentação. Nesta atividade, contamos com a colaboração de vários projetos, no âmbito do projeto “De mãos dadas”. De mãos

adivinhas relativas aos alimentos, um quizz para verificar o conhecimento dos alunos relativamente à alimentação saudável e à importância de a comple-

dadas abraça, designadamente, os pro- mentar com atividades físicas. Além do jetos da “Horta”, do “Saber estar à me- posto dedicado ao exercício, os alunos sa”, da “RBES”, do “Eco-Escolas”, bem foram ainda surpreendidos com uma como o do “Exercício físico”, projetos atividade na horta da nossa escola que estes que contribuem ou complemen- visava que tivessem contacto com a dos alunos. Em relação às restantes tam uma alimentação saudável.

terra. O saber estar à mesa numa refei- equipas, os nossos parabéns pelo vosso ção foi apurado através de um dado, empenho e dedicação nas várias proque as equipas tinham de lançar e sa- vas. Para o ano, há mais! ber responder à questão sorteada. Também contamos com a participação do “Eco-escolas” que colocou os nossos alunos a separar os lixos de acordo com as suas respetivas propriedades. As equipas tiveram uma prestação excelente, dedicando-se verdadeiramente em todos os postos do peddy-paper, regurgitavam alegria, motivação e energia, ao longo de toda a prova. No final da prova, os alunos foram convidados a proceder a uma breve avaliação da atividade. A avaliação realizada é muito positiva sendo por isso uma

atividade a repetir em 2014. Neste âmbito, foram criadas atividades Congratulamos a equipa “Bad girls and diversificadas para os nossos participanGood boy”, da turma 6 do oitavo ano, tes do peddy-paper, alunos do 5.º4, que foi a premiada neste peddy-paper e 8.º5 e 8.º6. Foram apurados os 5 sentidos para a alimentação: paladar, olfato, que, além do certificado da equipa vencedora, também lhe foi oferecido um pequeno lanche saudável no bar

Equipa do Caniço

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O Canas

Atividades, Projetos e Clubes Abertura do Ano Letivo/Jornadas Europeias do Património Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Ca- as Jornadas Europeias do Patriniço associou-se às comemorações das mónio de 2013, o tema PatriJornadas Europeias do Património. mónio / LUGARES. Estas são uma iniciativa anual do Conse- A Escola Básica do 2º e 3º Ciclos lho da Europa e da União Europeia, en- do Caniço, como escola associavolvendo cerca de 50 países, tendo co- da à rede UNESCO, decidiu aceimo objectivo a sensibilização dos cida- tar o desafio proposto e associar dãos para a importância da proteção do -se a esta iniciativa. Deste modo, Património. a abertura solene do ano letivo do Caniço, com o espólio da Casa do teve lugar no dia 20 de setembro às A Direção-Geral do Património Cultural, Povo do Caniço. 19h, junto do Cristo Rei na Ponta do entidade responsável pela coordenação Garajau, elemento de Património edifido evento a nível nacional propõe, para cado da freguesia do Caniço, localizado Equipa da Unesco em plena Reserva Natural Parcial do Garajau. O pôr do sol num dos mais belos lugares da ilha serviu de inspiração à cultura e ao convívio. Na escola realizou-se uma exposição de fotografia, sobre a história e as gentes

Soneto ao Cristo Rei da Ponta do Garajau Estão seus braços abertos e o oceano observando. Erigido em magnífica ponta onde a mente vagueando… São teus medos que se escondem perigando a própria lei. Neste lugar com história, te ergues tu, Cristo Rei! Ó Estátua monumental, tão indiferente ao calhau. O que escondes, hirto e firme, na ponta do Garajau?! De um morgado há memória e de um francês escultor, bem sei. Neste lugar com história, te ergues tu, Cristo Rei. Ó Cristo Rei da Madeira! Do garajau Cristo Rei! Teus olhos são testemunhos dos amores que aí amei. Teus braços o meu abrigo das memórias que chorei. Na Ponta do Garajau, ó Cristo Rei da Madeira! Quem te contempla, te escuta e sua alma estremece … Quem te fala, pode ouvir-te e tua voz não esquece. 20 de setembro de 2013 São Constantino

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O Canas

Atividades, Projetos e Clubes ALUNOS DO CANIÇO no Concurso Literário Gonçalves Zarco No passado dia 20 de setembro de 2013, os alunos, Constança da Silva França do 9º1, Adriana Teixeira, Pedro Damião e Valter Ochôa do 9º3, acompanhados pela professora de Português, Teresa Silva, e a respetiva Delegada de grupo, Conceição Constantino, deslocaram-se à escola Gonçalves Zarco para a cerimónia de lançamento do livro Histórias dos meus Avós. Os alunos participantes no Concurso Literário Gonçalves Zarco tiveram como desafio a criação de um conto que versasse sobre histórias dos tempos dos seus avós. No dia do lançamento, a ansiedade e o nervosismo estavam presentes, mas tudo correu bem e foi com grande orguverno Regional, Dr. Alberto João Jardim, lho que os alunos receberam o tão al- o Secretário da Educação, Dr. Jaime mejado prémio – o livro com o respetivo Freitas, a artista plástica, Guareta Coroconto publicado. moto, o Diretor da editora O Liberal, as Estiveram presentes na entrega dos professoras coordenadoras do projeto, prémios algumas entidades, nomeada- professores, pais e alunos, entre outros. mente, o Presidente do Conselho ExecuEste concurso foi uma ótima oportunitivo da nossa escola, professor Armando dade para mostrar a potencialidade de Morgado, o Presidente do Conselho Exealguns alunos na escrita e, ao mesmo cutivo da escola Gonçalves Zarco, pro- tempo, dar-lhes o ensejo de continuafessor Rui Caetano, o Presidente do Go- rem a escrever.

As Docentes responsáveis pelo evento, São Constantino Teresa Silva

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O Canas

Atividades, Projetos e Clubes “Dia Solidário” No dia 4 de Novembro, foi a estreia do va que se repete na primeira quarta“Dia Solidário” na nossa escola, iniciati- feira de cada mês, com o objetivo de ajudar com bens alimentares de primeira necessidade as famílias que, de momento, estão a passar por algumas dificuldades económicas. É de salientar a boa adesão por parte de toda a comunidade educativa, que, com a sua generosidade, contribuiu para que nove famílias da nossa escola fossem ajudadas. Um grande obrigado das dinamizadoras destas famílias e de outras que virão a do projeto “Educar para a Solidarieda- ser ajudadas! de”, da Associação de Pais e da AssisEquipa do Projeto: tente Social da nossa escola, em nome “Educar para a Solidariedade”

Escola colabora com Banco Alimentar Contra a Fome bilizou-se para a impor- Esta experiência foi muito enriquecedora tância de todo o traba- e, para alguns alunos, foi mesmo o prilho e logística que en- meiro contacto com o voluntariado. volve uma campanha, Houve uma boa adesão por parte das bem como para os prin- pessoas que, além de sentirem moralcipais objetivos do Ban- mente a importância de ajuda ao próxico Alimentar, havendo, mo, viam-se contagiadas pela alegria ainda, espaço para es- estampada no rosto daqueles adolesclarecimento das.

O projeto “Educar para a Solidariedade” juntou-se ao Banco Alimentar Contra a Fome na sua campanha de recolha de alimentos. Alguns alunos, professores e encarregados de educação da nossa

de dúvi- centes desejosos de “querem mudar o mundo” com simples gestos.

No dia 30 de novembro, foi com muito orgulho que os elementos da nossa comunidade educativa se dirigiram ao supermercado “Continente” do “Caniço Shopping”, para em turnos de duas horas, colaborar na campanha.

Equipa do Projeto: “Educar para a Solidariedade”

Escola, quiseram colaborar nesta causa. Para tal, tiveram uma sessão de esclarecimento no dia 26 de novembro com o Dr. Pedro Beja e a Dr.ª Maia, membros desta ONG (Organização Não Governamental) na Madeira. Nesta sessão, sensi16


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Atividades, Projetos e Clubes Uma Manhã a Trabalhar Para o Futuro – Reflorestar a Madeira Ser professor não é apenas durante uma manhã, mas todos os dias em que exercemos a nossa profissão e em que trabalhamos para o futuro. Foi isso que fizemos no passado dia 22 de novembro, mas de uma forma diferente.

mentas, meteram-se os pés ao caminho ção da raiz, ao aconchego da terra e ao com a energia de um dia fora do normal, longe da sala de aula e rodeados por um cenário grandioso: as nossas serras iluminadas por um sol de inverno cheio de luz transparente. À distância

caule do pequeno ser. Uns com mais empenho, outros com menos, todos agarraram na enxada e contribuíram para a colocação de 70 plantas.

za, na pessoa da Doutora Marília, no sentido de proporcionar aos alunos uma local de trabalho e libertos de pesos, situação de aplicação dos seus conheci- organizaram-se as equipas. Assim inicimentos em contexto real. Deste modo, ou-se o processo de plantio, seguindo quarenta alunos das turmas 1 e 2, as orientações de quem sabe do assunto, as Técnicas e, claro, a professora de acompanhados por professores de várias disciplinas, deslocaram-se às serras Ciências. Prestou-se especial atenção ao cuidado a ter na preparação da cama de Santo António e de São Roque com o objetivo de observar os aspetos relacio- para a planta, bem como na manipula-

de reconduzir o grupo ao ponto de partida. Em cada um havia agora o sentimento de dever cumprido numa manhã proveitosa, interessante e muiiiiiiiiiiiiiiiito

Terminada a tarefa, sacudiu-se a terra podia ver-se o percurso sinuoso que Assim, no âmbito do desenvolvimento da roupa, lavaram-se as mãos na levada esperava. A estrada estreita, que serdos conteúdos curriculares da disciplina e abriram-se as mochilas para um penteava pelas montanhas, não desanide Ciências Naturais de 8.º ano, foram aguardado lanche. Entre fotografias, mou o grupo alegre e tagarela. Cerca de estabelecidos contactos com a Direção conversas, histórias e trocas de receitas dois quilómetros depois, chegados ao de Florestas e Conservação da Natureretornou-se ao transporte que haveria

divertida. Equipa Pedagógica 7 Redação: Albertina Freitas Organização: Teresa Cabral

nados com a flora em ambiente natural e contribuir para a florestação das mesmas através de plantio de espécies típicas da flora: urze, uveira da serra e loureiro… Após uma curta viagem de autocarro, interrompida por uma paragem na Casa florestal do Poiso para recolha dos materiais necessários à plantação, bem como das estimadas Técnicas da Direção de Florestas e Conservação da Natureza, chegou-se ao local. Aí todos saíram do transporte e caminharam… Casacos vestidos, mochilas às costas, mãos ocupadas com plantas e ferra17


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Atividades, Projetos e Clubes Reflorestação das serras da Madeira No dia 23 de novembro de 2013, um de teve ainda como finalidade comemo- A atividade foi bem-sucedida, na medida grupo de professores da nossa Escola, rar o Dia Ibérico das Plantas Autócto- em que participaram cerca de 36 pessonomeadamente, dos grupos de Ciências nes.

as e foram implementadas no solo 170

Naturais, Matemática, Música, Educação

plantas de várias espécies da nossa flo-

Física,

resta indígena.

Inglês,

elementos

do

grupo

“Pernas para que vos Quero” e alguns

E como o convívio é indispensável a um bom ambiente entre as pessoas, o grupo desceu até ao Montado do Pereiro e, na cozinha das Giestas, preparou uma

convidados foram até às serras da Madeira, mais precisamente, as de Câmara de Lobos, com o objetivo de contribuír

saborosa refeição, onde esteve presente

para a reflorestação das zonas altas da

a tradicional espetada, as castanhas assadas na brasa e pão caseiro.

nossa ilha. Esta atividade teve o apoio da Direção de Florestas e Conservação

Organização: Teresa Cabral e Helena Rodrigues

da Natureza, na pessoa da Dra. Paula Marília. Estiveram também presentes

Redação: Teresa Cabral, Helena Rodrigues e Lucília Sousa

alguns vigilantes da Natureza. A ativida-

Equipa Multidisciplinar Celebra Dia da Ciência Com Friso Este foi um projeto interdisciplinar do 9º rindo-se no âmbito da comemoração do ra as gerações vindouras. ano das turmas 1, 2 ,3 e 4 (PAC), que Dia Mundial da Ciência. Equipa Pedagógica 9 se baseou na elaboração de um friso Esta foi uma proposta onde a (turmas 9º - PAC) cronológico contendo cientistas/ “descoberta” de grandes génios e persopersonalidades que se destacaram na nalidades artísticas tornou-se numa ciência, tecnologia, sociedade e ambien- aventura para todos os intervenientes, te ao longo dos séculos XIX e XX, inse- envolvendo várias disciplinas curriculares. Tivemos textos em várias línguas estrangeiras e em português, todos eles com formato comum mas tão diferentes e ricos na herança que estas personalidades deixaram pa19


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Atividades, Projetos e Clubes Presença Feminina na Escola Básica do Caniço Nos dias 27 e 28 de novembro, o Espa- comportamentos e atitudes. ço UNESCO da Escola Básica dos 2º e Por todo o mundo, uma em cada três 3º Ciclos do Caniço promoveu uma ação mulheres será sujeita a uma das várias de sensibilização sobre o Dia Internacio- formas de violência. Uma em cada três nal pela Eliminação da Violência Contra raparigas casará antes dos 18 anos e as Mulheres. 12% delas casar-se-ão antes de comEsta ação, promovida em parceria com pletarem 15 anos. 125 milhões de mu-

lência doméstica não é crime. Em Portugal, dados não oficiais dão conta de três dezenas de mulheres assassinadas este ano. Com esta ação de sensibilização, o Espaço UNESCO quis chamar a atenção

para esta violência e para todas as oulheres terão sido sujeitas a mutilação tras, as evidentes e as mais perversas: genital feminina. aquelas que se escondem atrás de uma Todos os dias 20.000 raparigas, com flor. menos de 18 anos, dão à luz no mundo A violência contra as mulheres é principais objetivos alertar os alunos em desenvolvimento e 603 milhões de uma grave violação dos direitos humapara a realidade da violência do namoro mulheres vivem em países onde a vionos. Por este motivo, toda a comunidae os mais velhos levá-los a refletir sobre de, desde jovens a adultos, não se pode esquecer deste combate que permitirá dea Associação Presença Feminina, consistiu num diálogo entre convidadas e alunos do 9º ano, alunos do Noturno e Encarregados de Educação e tinha como

volver a dignidade a milhões de seres humanos.

A Equipa da UNESCO

Desafio Matemático Num circo encontravam-se cinco equili- Os trabalhos deverão ser entregues a bristas. Todos eles tinham o mesmo professores de Matemática da Escola; peso e este era um número inteiro. Prazo limite de entrega: Primeira SemaO equilibrista que estava em cima ainda na de Janeiro segurava um gato. O gato pesava menos de 5 kg. Quanto pesava o gato se o equilibrista que estava em baixo suportava 242 kg?

Critérios de seleção dos trabalhos:

Rigor lógico, clareza de exposição, eleRegulamento do Concurso

gância da resolução e criatividade Os trabalhos serão analisados e, para o vencedor, haverá um prémio-surpresa.

O concurso é destinado a toda a Comunidade Educativa; Nos trabalhos deverão constar os seguintes elementos de identificação:

Grupo de Matemática

Nome, contacto, turma e ano de escolaridade (aluno). 20


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Atividades, Projetos e Clubes Observação Astronómica, “Olhando o céu” Na sexta-feira, dia 22 de novembro, as mação relativa aos astros observados.

professor Ricardo Santos, bem como

professoras do grupo disciplinar de Ciências Físico-Químicas, que lecionam às turmas do 7.º ano, em colaboração com as professoras que lecionam Ciências Naturais organizaram uma observação

Assim, os alunos do sétimo ano, bem como os Encarregados de Educação e familiares que os acompanharam começaram por ver, através do telescópio, o planeta Vénus. Quando este elemento

alguns professores e funcionários. As responsáveis pela organização muito agradecem a disponibilidade e o empenho de todos na organização, dinamização e participação nesta iniciativa.

deixou de ser visível, fez-se um lanche sino, que teve lugar no campo de jogos convívio, no bar dos alunos, com as da Escola, entre as 19:30 e as 23:30 iguarias que todos, antecipadamente, horas. trouxeram e partilharam. Para dinamizar a observação, estas doFindo o lanche, os alunos e os Encarrecentes convidaram o Sr. Fernando Góis, gados de Educação dirigiram-se novaastrónomo da Associação de Astróno- mente ao campo a tempo de visualizar mos Amadores da Madeira, que amavelas constelações de Orion e de Andrómemente aceitou o convite e, de uma forda, as Plêiades, Júpiter e três das suas ma brilhante e entusiasmada, esclare- luas. Os mais resistentes, já muito perto

Estas docentes avaliaram de forma muito positiva o desenrolar da atividade pois, apesar do elevado número de participantes, mais de cento e cinquenta, tudo decorreu conforme previsto e al-

astronómica dirigida a esse nível de en-

ceu todas as dúvidas e transmitiu infor-

da meianoite, ainda puderam observar a Lua. Estiveram presentes neste evento os membros do Conselho Executivo, professor Armando Morgado e o

guns alunos mostram-se muito satisfeitos com o facto de terem tido a possibilidade de estarem em contacto direto com o objeto de estudo da Astronomia, lecionado nas aulas de Ciências FísicoQuímias e de Ciências Naturais. Neste sentido, as docentes julgam que foi uma oportunidade única de incutir nos alunos o gosto pela observação e estudo dos astros. Foi curioso analisar também o debate e a discussão gerada em torno da observação, a partir da explicação dada pelo astrónomo, bem como do conhecimento veiculado pelos alunos com base nas aulas em que estes temas foram tratados.

O Grupo das Ciências Físico-Químicas

Atividade do Departamento de Ciências Exatas, da Natureza e Tecnologias No dia 4 de dezembro de 2013, o Departamento de Ciências O evento superou as expetativas dos elementos responsáExatas da Natureza e Tecnologias levou a cabo a sua segun- veis. da atividade no presente ano letivo. O evento consistiu num A Coordenadora do Departamento momento de convívio, no bar dos alunos da Escola. Este conTeresa Cabral vívio envolveu, por sua vez, duas situações de partilha: a colaboração, por parte de cada elemento do Departamento, para um cabaz solidário e um lanche convívio, com a colaboração de todos os que puderam e quiseram cooperar. Esta iniciativa visou, antes de mais, facultar um momento de apresentação/conhecimentos dos novos colegas no Departamento, seguido da partilha de ideias e do diálogo descontraído entre todos. No entanto, com este convívio, também se pretendeu que os professores colaborassem na construção de um cabaz solidário. 20


O Canas

Actividades, Projetos e Clubes Retalhos Do Tempo O tempo passou. Continuo a olhar a vador. A noite do Mercado, a euforia de sos vizinhos, fazíamos os nossos deveimensidão do oceano com a mesma admiração de outrora! Agora, o azul do mar, a opulência das ondas trazem-me nostalgias de momentos que vivi tão apressadamente por não ter tempo de

pais e filhos numa correria desenfreada para a compra da fruta fresquinha da época ou de um ou outro brinquedo para colocar no sapatinho dos mais pequeninos. E a Noite de Natal! Aquela era

res escolares, esperávamos uns pelos outros para irmos para a escola, para a catequese, em grupo. Éramos crianças saudáveis e felizes, sem redes de bufets saudáveis, sem computador, sem jogos

os viver tão intensamente quanto que- uma noite perfeitamente mágica! As de consola, sem Barby, “Barriguita” ou ria. Os anos passaram e levaram-me os romagens dos paroquianos, ostentavam telemóvel, algumas já com televisor de sonhos. Agora, o tempo não me dá mais riqueza e abundância nos presentes e apenas duas cores, crianças sem nada que ilusões, perdas e arrependimento pelo que não fiz ou que não pude fazer. Sou resiliente, mas considero de tão maravilhoso aquele tempo! Aquele era o tempo das ínfimas responsabilidades próprias da tenra idade em que o valor da vida é um brinquedo com o qual se brinca diariamente sem nunca cansar… foi o tempo de ter uma bonequinha de trapos, feita com muito carinho pela minha mãe; o tempo de escrever a carta ao Pai Natal, não para pedir uma playsation, um telemóvel ou uma Barby, mas apenas uma peça de roupa ou uns sapatos; o tempo de ter um avental com um bolso, no lado direito, por ocasião do Natal, e onde se guardavam duas castanhas secas, uma noz ou uma laranja que os vizinhos costumavam oferecer aos miúdos; era o tempo de colocar uma peça de fruta na “Lapinha”, um copinho de vinho ou cacau para o Menino Jesus, sim, porque Ele não ia

nas charolas que os homens carregavam aos ombros e em que a magia e a alegria se misturavam aos cânticos de Natal Aquele era o tempo em que o afilhado ia visitar o padrinho e oferecer-lhe a melhor galinha que havia no galinheiro. Era o tempo em que se ensinava às

de nada, mas ricas de afeto, de regras e de sonhos. As nossas mães conheciamse bem e eram amigas. Tempo de confiança e de respeito, aquele tempo. Tempo de partilha e de troca direta em que me habituei a ouvir “Uma mão lava a outra.", "os Homens não se medem aos

estar ali sem comer nem beber! Nunca me passaria pela cabeça que fosse o meu pai o autor da proeza de beber o vinho ou o cacau que nós oferecíamos ao Nosso Menino! Afinal, o Nosso Meni-

crianças que era regra tratar os mais velhos por senhor, que era regra pedir a bênção aos pais, padrinhos, tios, avós, em sinal de cumprimento, saudação. Sou do tempo em que esse ritual ainda

palmos.”, “Sou um Homem de palavra.”, “Quem diz a verdade, não merece castigo.”… Era assim aquele tempo, um tempo de bonança em carinho, respeito e lealdade.

no bebia, sinal de que gostava e queria mais. Também comia, porque a fruta desaparecia… coisas da minha mãezinha. Era assim aquele tempo e aquela quadra em que toda a família se reunia mais vezes do que o costume. O Natal

era feito, beijando a mão direita; depois, com o crescimento, a minha mãe dizia que bastava um beijinho na face acompanhado da entoação “A sua bênção, madrinha, tia, avó….” Aquele era o tempo em que o Senhor Padre, o Se-

Hoje, quem celebra a festa da família? Foi-se o tempo da reunião familiar, esgotaram-se os laços familiares, perderam-se nobres valores pela ânsia em demasia de um certo individualismo e

era a festa da família. A festa da “matança do porco” constituía o primeiro auto de todo aquele magnífico espetáculo que era a comemoração do Nascimento do Menino Jesus, o nosso Sal-

nhor Regedor, a Senhora Professora e a Senhora Parteira eram, sem dúvida, as pessoas mais nobres e respeitadas na freguesia. Que saudade desse tempo! Brincávamos alegres nas casas dos nos-

egoísmo que dilacera o Homem e a sociedade em que vivemos. As crianças não acreditam mais no Pai Natal. O Menino é uma simples figura de barro. Os Reis Magos são pura invenção dos cotas 21


O Canas

Actividades, Projetos e Clubes e o Natal já não acontece sempre que tem que pagar as despesas e os filhos uma criança quer. Os pais, estes cotas, não pediram àqueles cotas para nascer. de mentes retrógradas, envergonham Aconteceu. O mundo virou-se do avesos nossos jovens. so, anda às avessas, quiçá de pernas Não sevem para acompanhar os filhos. para o ar! Ninguém entende ninguém! Fazem conversas ferrugentas. Estão Os filhos governam os progenitores, os bem em casa, esses. Adoram trabalhar governantes descredibilizam-se mutuae para isso servem bem, afinal alguém mente! Anda tudo ao desgoverno, com

receio de naufragar, noutro tempo e noutro mundo, sem nada para governar. E os sonhos!? Esgotaram-se num tempo tão vazio de opções, mas repleto de míseros desvaneios.

A Professora: São Constantino

EMRC dá a conhecer….

Concurso de presépios

Missa do Parto

O grupo de EMRC enaltece a excelente Dando prosseguimento às tradições maparticipação e criatividade dos alunos, deirenses, a nossa Escola marcará prebem como a colaboração dos encarrega- sença na missa do parto a ser celebrada dos de educação, na construção dos na paróquia das Eiras, às 6h do dia 18

Os Professores: Maria José Mendes Paulo Alves e Sónia Serrão

presépios associados ao tema 500 anos de dezembro. da diocese do Funchal. Aos melhores trabalhos serão atribuídos prémios…

Visita ao núcleo histórico do Funchal Os alunos dos 6.º e 7.º anos inscritos em EMRC, pela sua criatividade, empenho e dedicação ao estudo, foram convidados a participar numa visita ao núcleo histórico do Funchal, bem como a apreciar as decorações natalícias e respetivos presépios, a realizar-se no dia 16 de dezembro.

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O Canas

Necessidades Educativas Especiais Dificuldades de Aprendizagem Específicas (DAE) Dislexia, Como Intervir? Dislexia: é uma dificuldade na tratamento médico que a cure. O da de combater a dislexia e de leaprendizagem da leitura. A leitura único trabalho possível é criar situ- var os pais a passarem tempo com destas crianças é lenta e sem ritmo, ações de aprendizagem que levem estes. com leitura parcial das palavras, estas crianças a minimizar os erros/ perdendo a linha que está a ser lida,

dificuldades. Desta forma, verifica-

confundindo a ordem das letras

se que a melhor terapia será um

(quatro em vez de quarto). Consequentemente, estas crianças ao es-

treino que desenvolva todos os sentidos (sensorial e motor).

creverem também cometem erros ortográficos (bata em vez de data) e

Contribuição dos professores

têm dificuldade em elaborar frases  Diversificar estratégias na forma corretamente. de apresentar a matéria, privilegiPais e professores podem suspeitar ando as imagens. da dislexia quando uma criança ativa e inteligente tiver dificuldade  A avaliação deve ser adaptada ao

aluno com dislexia, pois, geralmente, este responde melhor às questões orais. Os sintomas variam de criança paCuriosidades:  Valorizar o que foi aprendido qua- disléxicos famosos - Albert Einstein litativamente é sempre melhor do (cientista), Tom Cruise (ator), Cher que o que foi aprendido quantita- (cantora), Robin Williams (ator), em ler, escrever e soletrar, podendo ela ser boa aluna noutras atividades.

tivamente (destacar as suas habi- Walt Disney (fundador dos estúdios lidades positivas, melhorando a Disney). sua autoestima e a sua confiança).  É necessário ter paciência e en-

tender que pode precisar de mais ra criança, mas os primeiros indícios podem ser:  Demora em aprender a falar, em

tempo para finalizar os trabalhos e testes.

fazer o laço nos atacadores dos Contribuição dos pais/família sapatos, em reconhecer as horas, Os pais podem ainda ajudar os fiem apanhar e pontapear uma bolhos disléxicos na leitura, trocando la, em saltar à corda; algumas impressões sobre a histó Dificuldade em escrever números ria ou fazendo perguntas e respose letras corretamente; tas sobre o conteúdo. Também po Dificuldade em ordenar as letras derão dar apoio, incentivando os do alfabeto, meses do ano e sílasucessos dos seus filhos em vez de bas de palavras compridas; apontarem as suas dificuldades. Os  Dificuldade em distinguir entre dijogos de tabuleiro, principalmente reita e esquerda. os que envolvem conhecimento geA Dislexia é um problema de ordem ral, também são uma forma divertineurológica e, como tal, não existe

O grupo de Educação Especial: Alícia Franco, Patrícia Almeida e Paula Romano.

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O Canas

Na Na Biblioteca Biblioteca Acontece... Acontece... Café da Leitura Café da Leitura é uma atividade ou para requisição para leitura doda responsabilidade da Biblioteca miciliária. que decorre no Bar dos Professores Esta atividade resulta de uma paraté final do ano letivo e tem como ceria entre a nossa Escola e a Biblipúblico-alvo os professores e funci- oteca Pública Regional (que emonários da nossa Escola. Consiste prestou os livros) e tem como objenum conjunto de 59 livros, 19 em tivo criar e promover hábitos de leiLíngua inglesa e 40 em Língua por- tura. tuguesa, à disposição de todos os interessados para leitura no local e/

Aldina Martins (Responsável pela Biblioteca)

A Biblioteca Comemora Dia da Poupança No dia 31 de outubro comemorou- Assim, foi levada a cabo uma ex- Em nome dos docentes envolvidos, se o “Dia da Poupança”. A Bibliote- posição itinerante relativa a este agradece-se a participação de toca levou a cabo iniciativas, que vi- tema com título “Como poupar dos aqueles que assistiram à iniciasaram alertar a comunidade escolar sem perder a cabeça” facultada tiva, fazendo-se votos para que a para a questão da poupança tendo pela Biblioteca Pública Regional. mesma tenha deixado uma marca em conta a sua importância quer Desta forma valorizou-se o aspeto positiva na abordagem deste tema. em termos individuais, quer em ter- informativo, uma vez que eram mos da sua dimensão de sociedade cartazes que tinham esse efeito, como um todo. traduzido em conselhos no âmbito do assunto em questão.

A Equipa da Biblioteca

Outra iniciativa que veio ao encontro da valorização da componente formativa foi a conferência, conduzida pelo professor Luís Saraiva, destinada a alunos do 3.° Ciclo. A esta conferência, que teve lugar no dia 30 de outubro no auditório da Escola, assistiram as turmas 5 e 7 do 8.° ano.

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O Canas

Na Biblioteca Acontece... Outubro: Mês das Bibliotecas Escolares Outubro é o mês das Bibliotecas (BPRM) para que um representanEscolares. A Biblioteca da nossa Es- te viesse à nossa Escola para se cola celebrou a efeméride com uma dar a conhecer melhor a Instituiexposição de informação sobre as ção aos nossos alunos. “A BPRM Bibliotecas escolares e a sua impor- vai à Escola” é o nome da atividatância, fazendo também sugestões de que se desenvolveu na Bibliotede leitura.

ca no dia 5 de novembro, pelas

Para assinalar ainda esta efeméride, efetuou-se um convite à Biblioteca

11:40h e teve como público os alunos do 6.°2. Esta iniciativa dividiu-

Pública

Regional

da

Madeira

se em duas partes: primeiro, a

despertar a curiosidade e o inte-

apresentação da BPRM, do seu

resse em visitar a BPRM.

acervo e serviços; depois, a dinamização de um conto à qual se

Esta foi uma atividade da responsabilidade da Biblioteca e do Baú

seguiu uma atividade lúdica, em que os alunos puderam manusear

de Leitura em parceria com a BPRM.

uma amostra de diversos materiais pertencentes à BPRM (livros, livros

Aldina Martins (Responsável pela Biblioteca)

em braille, DVDs, etc.) de modo a

Balanço à Mostra/Feira dos Talentos 2013 A Mostra/Feira dos Talentos, que decorreu no final do ano letivo anterior e na Noite Cultural, foi bem sucedida e a sua receita atingiu um

educativa, que colocaram à venda por parte dos seus utilizadores! ou ofereceram os seus produtos artesanais, e também àqueles que compraram os produtos.

resultado líquido de 130€ que A Equipa da Biblioteca pretende reverteu a favor da Biblioteca para que esta atividade, que já atingiu a a compra de livros, de material e de 7.ª edição, tenha continuidade. prémios para algumas atividades.

Para tal conta novamente com a

A Equipa da Biblioteca agradece a colaboração de toda a comunidade todos os que contribuíram para educativa. este resultado: alunos, professores, Assim, comece já os seus trabalhos funcionários e toda a comunidade artesanais e traga-os para venda/ mostra à responsabilidade da Equipa da Biblioteca! Tudo em prol de uma Biblioteca mais apetrechada para um maior leque de escolhas A Equipa da Biblioteca

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O Canas

Na Biblioteca Acontece... A Biblioteca agradece a Oferta de Livros A Biblioteca agradece, em nome da Um agradecimento especial à En- ra no PRL. Escola, a enorme oferta de livros fermeira Cristina Pestana, que de Esta campanha mantém-se no prefeita pela Comunidade Educativa, uma só vez ofereceu 99 livros, e à sente ano letivo. sensível ao apelo feito na campanha senhora Isabel Figueira que doou Continuamos a contar com a vossa “Oferece um livro à tua Biblioteca”. 60 livros. colaboração! Chegaram, de facto, muitos livros à O aumento do acervo da Biblioteca Biblioteca (195 livros), alguns no constitui sobretudo uma mais-valia ano letivo anterior, outros neste, para os alunos uma vez que diveroferecidos sobretudo por alunos e sifica e aumenta a oferta perante a pelos pais.

Aldina Martins (Responsável pela Biblioteca)

imensa procura de livros para leitu-

Pão por Deus e Solidariedade Na Biblioteca assinalou-se o Pão por Deus, associado à ideia de Par-

Magda Nunes e Raquel Pereira (Grupo de E.V.). Estes trabalhos

Uma vez mais os docentes decidiram expor estes trabalhos na Bibli-

tilha e de Solidariedade, com a exposição de trabalhos de alunos,

consistiram na elaboração de textos sobre a Solidariedade, na cria-

oteca por esta ser um espaço mais acessível e com mais visibilidade.

resultado de um projeto interdisci-

ção de desenhos e recortes de fru-

plinar: com as docentes Maria José Mendes e Sónia Serrão (Grupo de

tos e na preparação de trabalhos manuais relacionados com a efe-

A Equipa da Biblioteca agradece o

E.M.R.C.); Idalina Barbosa e Daniela Sousa (Grupo de Português), e

méride, com frutos e plantas da época.

trabalho e a colaboração dos alu-

Aldina Martins (Responsável pela Biblioteca)

nos e professores, nesta atividade.

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O Canas

Na Biblioteca Acontece... “Sou Pessoa” Os alunos de 6.º ano de E.M.R.C. fize- muito visitado pelos alunos e porque tem mais entusiasmo ao saberem que ram diversos trabalhos, que deram a estes, quando fazem os trabalhos, sen- os mesmos serão expostos na Biblioteconhecer às turmas e à Escola no início ca. A exposição de trabalhos na Bibliotedo ano letivo 2013/2014. A professora ca, estabelecendo-se parcerias com a Maria José Mendes deu liberdade aos disciplina de E.M.R.C. em atividades alunos para usarem a sua criatividade, com temáticas semelhantes, nomeadarespeitando a temática “Sou pessoa”. Daí resultaram trabalhos muito diversificados: acrósticos dos nomes próprios; textos em que abordam o seu regresso às aulas; citações famosas; desenhos;

mente efemérides, tem sido uma constante muito profícua desde anos anteriores.

A Equipa da Biblioteca

trabalhos em madeira, etc. Todos estes trabalhos reunidos resultaram numa exposição montada na Biblioteca, por ser um local acessível e com muita visibilidade, por ser um espaço

A LAPINHA MADEIRENSE «É com este termo que na Madeira se designam os «presépios», que desde séculos tão generalizados estão entre nós. Julgamo-lo uma palavra peculiar deste arquipélago. Deve ser o diminutivo de «lapa» com o significado de furna, gruta ou cavidade aberta em um rochedo, por analogia ou semelhança com o local do nascimento do Divino Redentor. É possível que em outros tempos conservassem essa analogia ou semelhança, mas, ao presente e na generalidade, as «lapinhas» madeirenses são armadas sobre uma mesa, tendo como centro uma pequena escada de poucos decímetros de altura, de três lanços contíguos, e no topo da qual se coloca a imagem do Menino Jesus. Em todos os degraus da escada e em torno dela estão dispostos os «pastores» e vários objetos de ornato, por vezes bem estranhos e sem próxima afinidade com o resto do presépio. Em obediência às condições do meio, terão algumas características próprias, como sejam as ornamentações com os ramos do arbusto «alegra-campo» e dos fetos «cabrinhas», que lhes imprimem uma feição pitoresca e alegre. Terão uma certa originalidade os chamados «pastores», isto é, pequenas figuras de barro de grosseiro fabrico local, que quási sempre não representam pastores ou zagais mas indivíduos das várias camadas sociais. Ainda são muito vulgares as «lapinhas» com as chamadas «rochinhas», consistindo estas no simulacro de um pequeno trecho de terreno muito acidentado, feito de «socas» de canavieira e que geralmente conserva na base uma pequena «furna» representando o presépio em minúsculas figuras de barro. Existiam, mas hoje são já muito raras, estas mesmas «rochas», talhadas em maiores proporções e em que se viam igrejas, estradas, pequenas povoações etc., embora sem grande harmonia no conjunto, mas oferecendo um certo e original pitoresco.»

Fernando Augusto da Silva, Elucidário Madeirense in Boletim de Dezembro

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ABC DO NATAL A—Azevinho: alguém sabe o que representa? B—Brinquedos: o que sonhamos com eles! C—Carta para o Pai Natal: querido Pai Natal. D—Dormir mal e acordar cedo no dia 25 para abrir as prendas. E—Estrela: que guiou os Reis Magos até Belém. F—Fantasia. G—Galo: Missa do Galo. H—Halo que todos parecemos ter por cima das nossas cabecinhas na época de Natal. I—mensas prendas. J—Jantar de Natal. K—kg de prendas. L—Lembranças. M—Meia-noite. N—Natal. O—Ouro: outra prenda de um Rei Mago. P—Prendas! Prendas! Prendas! Q—Quero o meu presente. R—Reis Magos. S—Sapatinho: onde se guardavam as prendinhas; T—Trenó. U—União entre as pessoas V—Vermelho e Verde: as cores do Natal. W—White Christmas. X—Xiuuuu quero ver o pai natal. I LOVE YOU. Z—ZZZZ vamos dormir para depois as prendas abrir!

Turma: 6.º 4 Aluno: Diogo Henrique Disciplina: EMRC Prof. Maria José Mendes


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