DOM - 14/12/2011

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PREFEITURA BELO HORIZONTE Ano XVII • N. 3.967 R$ 0,80

BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 2.500 • 14/12/2011

Personalidades representativas do setor foram homenageadas durante evento Em comemoração aos 18 anos da política de Direitos Humanos em Belo Horizonte e também como parte dos festejos pelos 114 anos da capital, a Prefeitura, por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, ligada à Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, realizou ontem, no auditório JK (avenida Afonso Pena, 1.212, Centro), o 18º Seminário Anual de Direitos Humanos de Belo Horizonte. Neste ano, o seminário colocou em perspectiva os avanços e desafios da política municipal de Direitos Humanos em seus 18 anos de existência e a atuação, a partir do olhar de diversos atores, governamentais e não governamentais, que contribuíram para a construção desta história. Estiveram presentes, além do prefeito Marcio Lacerda, o ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o secretário municipal de Políticas Sociais, Jorge Nahas, o secretário municipal adjunto de Direitos de Cidadania, José Wilson Ricardo, a coordenadora municipal de Direitos Humanos, Eliane Maia de Figueiredo, e o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Emilcio José Lacerda Vilaça, entre outras autoridades.

Homenagens A abertura do seminário foi uma solenidade de reconhecimento de personalidades representativas na luta pela promoção dos Direitos Humanos na capital mineira. Na ocasião, dez pessoas foram congratuladas. O prefeito Marcio Lacerda entregou pessoalmente a placa de reconhecimento a Marília Greco, filha de Helena Greco, a Maria Lúcia Afonso, mãe de Mateus Afonso Medeiros, ex-coordenador de Direitos Humanos da Prefeitura de Belo Horizonte, e por fim, ao ex-ministro Patrus Ananias. Também foram homenageados Afonso Henrique Miranda, Durval Ângelo, Emely Vieira Salazar, Maria Cristina Bove Roletti, Maria do Rosário Caiafa Farias, Miracy Barbosa de Souza Gustin e Nilmário Miranda. Para Patrus, a homenagem traz satisfação e reforça, acima de tudo, o compromisso moral e espiritual de uma luta que vem desde sua adolescência. “Estar entre pessoas tão importantes me faz ter o desejo ainda maior de continuar na luta pelos Direitos Humanos em todos os níveis”, disse. De acordo com o secretário municipal adjunto de Direitos de Cidadania, José Wilson Ricardo, é fundamental homenagear aqueles nomes de referência que trabalharam ou trabalham com Direitos Humanos em Belo Horizonte, in-

Fotos: Isabel Baldoni

Seminário discute avanços e desafios da política municipal de Direitos Humanos

Evento foi marcado por homenagens e por discussões e debates sobre direitos humanos e os dsafios para as políticas do setor

clusive os que já morreram, mas deixaram legados importantes, como a ativista Helena Greco. Após as homenagens, o evento prosseguiu com a conferência “Direitos Humanos e De-

Museu Abílio Barreto mostra modos de viver e morar em Belo Horizonte em nova exposição O Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) inaugurou ontem

a exposição “A casa e a cidade: construção do espaço doméstico,

social e da lembrança em Belo Horizonte”, em evento que faz parte

mocracia no Brasil”, ministrada por Patrus Ananias e coordenada por Eliane Maia de Figueiredo. Na parte da tarde, dois painéis foram apresentados, “As intervenções sociais como possi-

bilidades para acesso à cidadania e à promoção dos direitos humanos”, e “Perspectivas e desafios para uma política de direitos humanos em um contexto de desigualdades”.

das comemorações pelos 114 anos da capital mineira. A exposição aborda a história e os aspectos do cotidiano da capital mineira, desde as ruas e casas do antigo Arraial do Curral del Rei até o aglomerado justaposto da metrópole contemporânea, destacando dois importantes momentos: a década de 1950 e os anos 1990. A mostra tem entrada gratuita e pode ser vista às terças, sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h, e nas quartas e quintas, das 10h às 21h. O museu fica na avenida Prudente de Morais, 202, no bairro Cidade Jardim. Instalada no casarão secular do museu, a exposição apresenta, por meio de vídeos, textos, fotos, plantas, projetos arquitetônicos e mobiliário como cadeiras, camas, eletrodomésticos e quadros, fragmentos e lembranças de casas e da cidade, possibilitando a interpretação do modo como viveram homens e mulheres tanto na vida pública como na doméstica em Belo Horizonte. Para dedicar-se a uma análise mais detida, a exposição elegeu três momentos históricos, as décadas de 1890, 1950 e 1990,

mostrando que, ao longo desses 110 anos, a sociedade transformou os modos de morar e, dialeticamente, foi por eles transformada. Durante a década de 1890, o Arraial do Curral del Rei, embora transformado em um canteiro de obras destinado à construção da nova capital, mantinha algumas das antigas casas de fazenda nas regiões em torno da denominada zona urbana, como a sede da Fazenda do Leitão, hoje Museu Histórico Abílio Barreto. A década de 1950 foi emblemática no que concerne a novos conceitos de expansão urbana e formas de uso do espaço residencial. A verticalização tornou-se realidade e a propagação de edifícios de apartamentos alterou significativamente a paisagem. As casas viram entrar por suas portas inúmeros eletrodomésticos, considerados elementos indispensáveis à nova maneira de morar. Já os anos 1990 apontam o surgimento de paradigmas que intensificam os processos de crescimento da cidade, dos modos de morar aliados ao advento da tecnologia, o que transformou o modo de ser na metrópole.


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