DOM - 06/01/2016

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Ano XXII • N. 4.961 • R$ 0,90

Diário Oficial do Município - DOM

PBH intensifica trabalho de combate ao Aedes aegypti

Em 2015, foram realizadas 46 mil ações de pulverização de inseticida e última semana do ano foi marcada por diversos mutirões diálogo e por panfletos com instruções, a população abriu suas portas logo cedo para receber aplicação do UVB em suas casas. A psicóloga Andreísa de Oliveira Santos, de 45 anos, deixou sua casa às 7h, junto com o marido, dois filhos e seus

animais de estimação, para que os ACEs pulverizassem sua casa. “É necessária a parceria entre o poder público o cidadão. Se nós não tentarmos conter o mosquito, poderão até vir outras doenças além da dengue. Percebemos que é necessário apoiar e cada um fazer a sua parte”, disse. O método do UBV Costal substitui o antigo carro do fumacê. Mais eficaz e efetivo, o UBV é um produto aplicado diretamente nas áreas de maior ocorrência e transmissão da doença, como quintais e lotes vagos. A equipe de controle do vetor

Decreto de emergência Na última semana do ano foram realizados mutirões intersetoriais em bairros das regiões, Norte, Venda Nova e Pampulha

Moradores são orientados regularmente pelos profissionais da PBH, que também distribuem panfletos com instruções de combate

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Tiragem: 1.550 • 6/1/2016

Fotos: Leila Porto

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), realiza intenso trabalho para combater os focos do mosquito Aedes aegypti na capital. Em 2015, foram feitas 46 mil ações de pulverização de inseticida com bombas motorizadas. Nesse trabalho é utilizado o Ultra Bate Volume (UBV) Costal, produto químico aplicado pelos agentes de combate a endemias (ACEs). Na última semana do ano foi realizada uma ação em sete quarteirões da região Noroeste, na área de abrangência do Centro de Saúde Santos Anjos, nas ruas Serra Negra, Américo Vespúcio, Itaumi, Mamede Oliveira, Almeida Melo, Coronel Junqueira, Frei Orlando e Catumbi. A operação envolveu 20 pessoas, entre ACEs, coordenadores e motoristas. Segundo a coordenadora dos trabalhos de UBV na região Noroeste, Nancy Rebouças de Leão, são duas etapas de controle do vetor na região. “Na primeira etapa abrimos um raio de bloqueio ao mosquito e na sequência é feito um pente fino, eliminando os possíveis focos nas residências”, explicou. A ideia é que o bloqueio seja feito ao mosquito adulto com o uso do UBV. Segundo Nancy, a segunda etapa é realizada no dia seguinte à aplicação do inseticida, quando a equipe de combate territorial volta à mesma área, orientando os moradores e eliminando os focos do mosquito ainda em forma de larva. De acordo com a coordenadora, o principal aliado no combate à dengue continua sendo a população, que deve ter consciência de não acumular água parada, condição ideal para a proliferação do Aedes aegypti. “Não adianta fazer o controle químico regularmente se são mantidos os criadouros do vetor, ou seja, recipientes que retenham água de chuvas ou qualquer água que sirva de criadouro. É preciso eliminar a água parada”, alertou. Devidamente avisada no dia anterior pelos ACEs, por meio de

BELO HORIZONTE

O decreto16.182, que institui situação de emergência em Belo Horizonte, assinado pelo prefeito Marcio Lacerda, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de quarta-feira, dia 23. Nele, fica criado o Grupo Executivo para Intensificação do Combate ao Aedes aegypti, responsável por conduzir as ações de combate ao mosquito e as articulações entre as várias esferas da administração municipal. O decreto tem validade de 180 dias.

recomenda alguns cuidados à população antes dessa aplicação: evitar a proximidade dos agentes durante esse trabalho, tampar alimentos, afastar animais domésticos dessas áreas e manter portas e janelas abertas. O ideal é que todos se retirem do imóvel durante esse período. O tempo de aplicação do remédio varia de acordo com o tamanho do terreno.

Mutirões intersetoriais Na última semana do ano, três mutirões intersetoriais contra o Aedes aegypti foram realizados em bairros da Pampulha e das regiões Norte e Venda Nova. As ações começaram na área de abrangência do Centro de Saúde Padre Maia. Em

dois dias, foram visitados 1.228 imóveis, sendo que 887 foram vistoriados e 341 estavam fechados. Em 22 imóveis foram encontrados possíveis criadouros, que receberam tratamento. Foram feitas 47 notificações por risco de proliferação do mosquito e o lixo retirado das casas lotou dois caminhões. Os bairros Floramar (Norte) e Lagoa (Venda Nova) também receberem um mutirão, que abrangeu uma região onde moram 27 mil pessoas. As ações foram realizadas durante todo o dia, com o apoio de agentes da Defesa Civil e de demais órgãos e secretarias da Prefeitura. Foi feito um pente fino, de casa em casa, com orientação aos moradores, retirada de inservíveis e distribuição de material educativo.

Ações de pulverização são feitas com o Ultra Bate Volume Costal, produto aplicado nas áreas de maior ocorrência e transmissão da doença

05/01/2016 17:47:20


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