DOM - 16/04/2016

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BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Ano XXII • N. 5.027 • R$ 0,90

Tiragem: 1.550 • 14/4/2016

teriais inservíveis. Mais de 300 imóveis foram tratados com aplicação de larvicidas. Entre os materiais recolhidos, garrafas de vidro (26.500), latas (31.200) e pneus (21.600), além de carcaças de geladeiras e tanques, tambores, vasos de plantas, caixas d’água quebradas, restos de armários e computadores danificados. Aproximadamente 60 mil pessoas foram beneficiadas com as ações. Os mutirões já passaram pelas áreas de abrangência dos centros de saúde São José, Jardim Alvorada, Serrano, Santa Terezinha, Confisco, Ouro Preto, Itamarati, Dom Orione, Padre Maia, Santa Rosa, Santa Amélia e São Francisco. Na semana passada, as ações foram realizadas no bairro São Francisco, quando foram vistoriadas 2.313 residências e estabelecimentos comerciais em 63 quarteirões e 19.370 toneladas de inservíveis foram recolhidos. Geren-

Estudantes repassam informações sobre a dengue no Barreiro

Kátia Gaspar

Com cartazes e faixas nas mãos, mais de cem alunos da Escola Municipal Pedro Aleixo e da Escola Estadual Engenheiro Francisco Bicalho participaram no final de março de uma caminhada de conscientização sobre a dengue. A ação foi feita em conjunto com os centros de saúde Miramar e Barreiro de Cima. Os trabalhos começaram com os alunos nas escolas e, com as informações em mãos, os estudantes se encontraram na Praça José Verano, onde puderam ver as fases do mosquito, entregaram folhetos sobre a dengue para as pessoas e falaram da importância da prevenção da doença. Alunos da Escola Municipal Pedro Aleixo, Ariele e Elias ficaram atentos às informações que os agentes deram e na escola produziram cartazes com tudo o que aprenderam. Eles afirmaram que tomam providências em casa também, como pedir aos pais que verifiquem as caixas d’água, retirem os pratinhos dos vasos de planta e não deixem locais para o mosquito botar os ovos. Uma intervenção cênica realizada pelo grupo de teatro do Centro Cultural Vila Santa Rita abordou a dengue, os casos devidos ao descuido que as pessoas têm com o seu quintal, e também com o ambiente externo, como praças e ruas, onde as pessoas descartam indevidamente materiais que acumulam água. Karina Fonseca, gerente do Centro de Saúde Barreiro de Cima, ressaltou a importância das crianças levarem estes ensinamentos para a casa. “São crianças falando para os adultos. Sabemos que elas cobram, de verdade, uma atitude da família para a prevenção da dengue. Elas são capazes de mudar as atitudes que vão nos ajudar a controlar o mosquito e, consequentemente, a doença”, ressaltou.

Alunos participaram de uma caminhada e se reuniram na Praça José Verano

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Nos 12 primeiros mutirões realizados, além do material recolhido, mais de 300 imóveis receberam aplicação de larvicidas

te do Distrito Sanitário na Pampulha, Cláudia Capistrano ressaltou a importância dos mutirões. “A atividade representa a con-

centração de ações de várias gerências regionais no território. A população tem colaborado e se faz presente, mas o desafio con-

tinua. É importante que o morador faça sua parte e elimine criadouros e focos do mosquito em sua casa”, disse.

Alunos da rede pública e universitários participam de ações de conscientização sobre o combate ao mosquito na região Centro-Sul

Atenta à importância da conscientização sobre os perigos causados pelo mosquito Aedes aegypti, a Regional Centro-Sul organizou em março uma semana de mobilização dos alunos da rede pública de ensino. Na Vila Santa Rita de Cássia, no Morro do Papagaio, a campanha contou com a participação dos alunos da Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Professora Marta Nair e do programa Escola Integrada da Escola Municipal Ulysses Guimarães. Houve também um esquete apresentado pelo Grupo Mobs de Teatro da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, enquanto os pais participaram de uma roda de conversa. Os professores realizaram diversas atividades, como confecção de máscaras e mosquitos com garrafas pet, narração de histórias e dramatizações. “O objetivo foi disseminar informações sobre o mosquito e a criação de bons hábitos de saúde entre os alunos. É alarmante o índice de pessoas infectadas pelo mosquito, por isso é necessário que a população se conscientize e faça a sua parte. A escola é um local de formação e informação”, destacou a vice-diretora da Umei, Denise Fátima Souza. Os alunos de até 5 anos foram os protagonistas da campanha que chamou a atenção de familiares, educadores e moradores. O ponto alto foi a passeata na Vila Santa Rita de Cássia, onde as crianças usaram máscaras e cantaram músicas sobre o mosquito e as doenças transmitidas por ele. Houve também uma apresentação teatral, organizada pelo programa Escola Integrada. A auxiliar administrativa Mara Carvalho considera o público infantil um grande canal para sensibilizar os adultos sobre a importância dos cuidados que devem ser tomados para evitar a proliferação do mosquito. “Neste momento em que a Prefeitura promove ações para a conscientização da população, a campanha é importante para que as crianças assimilem melhor e repassem tudo para os pais”, disse. Victória Emanuelle, de 9 anos, compreendeu bem a mensagem. “Não podemos deixar água parada, pois os mosquitos podem botar seus ovos ali e reproduzir. A pessoa infectada vai para o hospital e corre Alunos da Umei Professora Marta Nair promoveram o risco até de morrer”, alertou a jouma caminhada e diversas atividades vem estudante. Além disso, estudantes do 2º período de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também participaram das atividades, se agregaram à equipe do mutirão na Vila Fazendinha e participaram das vistorias junto aos agentes. Os 12 alunos, que nesse período estudam “Introdução da Atenção Primária e Saúde da Família”, foram acompanhados pelo professor e médico sanitarista Ulysses Panisset. “É importante que eles tenham comprometimento com a população, conhecendo a comunidade na qual alguns deles estão tendo a oportunidade de entrar pela primeira vez. A nossa ideia é que, ao invés de ficarem no ambulatório esperando a população, eles vão até ela para conhecê-la melhor”, afirmou o professor. Gercom Centro-Sul

As nove regiões de Belo Horizonte continuam recebendo os mutirões intersetoriais de combate ao mosquito Aedes aegypti. A cada semana, a ação é realizada em um bairro diferente da capital e o objetivo é recolher recipientes que podem acumular água e se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Participam das atividades representantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Defesa Civil, da Superintendência de Limpeza Urbana e das secretarias regionais. Na Pampulha, os mutirões são sempre realizados nas terças. Sem contar a atual semana, já foram realizados 12 na região. O trabalho integrado entre os diversos setores da Prefeitura, juntamente com o apoio dos moradores, está rendendo ótimos resultados. Até agora foram recolhidas 792 toneladas de ma-

Andréa Moreira

Mutirões intersetoriais já recolheram cerca de 800 toneladas de inservíveis na Pampulha

13/04/2016 18:09:03


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