Ano XXII • N. 5.055 • R$ 0,90
BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM
Tiragem: 1.550 • 28/5/2016
A passagem do planeta Mercúrio pelo disco solar foi acompanhada por cerca de mil estudantes do Programa Escola Integrada, da Prefeitura de Belo Horizonte. O fenômeno, ocorrido neste mês, foi observado através de telescópios do Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (Ceamig) e do Grupo de Astronomia e Astrofísica da PUC Minas (Gaia), na Praça da Estação, no Centro. Acompanhados por seus professores e monitores, os estudantes participaram também de atividades complementares, como sessões em planetários móveis e leitura do relógio de Sol, projeção e observação do fenômeno no auditório do Museu de Artes e Ofícios (MAO) e bate-papo com astrônomos. Os alunos do Programa Escola Integrada se prepararam com antecedência para observar a passagem de Mercúrio diante do Sol. Desde março, o tema foi explorado nas oficinas e atividades escolares. Vinte e seis escolas municipais levaram seus estudantes ao evento na Praça da Estação. Para a coordenadora do Programa Escola Integrada, Lucilene Alencar, “a observação da passagem de Mercúrio pelo disco solar foi uma oportunidade ímpar para colocar em prática o apren-
Fotos: Adão de Souza
Estudantes da Escola Integrada observam fenômeno astronômico em Belo Horizonte
A Praça da Estação foi o palco para uma grande aula prática de astronomia para cerca de mil alunos do projeto Escola Integrada
dizado acumulado em dois meses de preparação dos alunos”. A aluna Ana Carolina, da
Escola Municipal Padre Marzano Matias, aproveitou cada momento do evento e comemo-
rou. “No escuro do planetário a gente vê os planetas, as estrelas. Contei os minutos para che-
gar ao telescópio e ver de perto o sol, o céu e o pontinho que representa Mercúrio”, disse ela.
PBH envia à Câmara Projeto de Lei para preservar empregos dos agentes de bordo
Os estudantes observaram o trânsito do planeta Mercúrio pelo disco solar através de telescópios, sob a orientação de astronômos
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A Prefeitura de Belo Horizonte encaminhou, na quarta-feira, dia 25, à Câmara Municipal Projeto de Lei (PL) que propõe a garantia de emprego dos 6.800 agentes de bordo que trabalham nas linhas do transporte coletivo da capital. A iniciativa prevê a conciliação entre as novas tecnologias – como a bilhetagem eletrônica – com a manutenção dos postos de trabalho, tendo em vista a atual conjuntura econômica do país. Para isso, o PL altera a Lei nº 8.224/2001. De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, a proposta visa a manter os postos de trabalho neste momento de desaceleração da economia. “É preciso que o poder público dê a sua contribuição para que a transição para a bilhetagem eletrônica se dê de forma harmônica, criando condições para o aperfeiçoamento profissional dos agentes e a preservação dos postos de trabalho”, disse. Segundo o texto do PL, a presença dos agentes de bordo será facultativa apenas em casos específicos, como em veículos das linhas troncais do sistema Move em operação em horário noturno, nos domingos e feriados. E, também, nas linhas turísticas, executivas, nos mini ônibus e nos veículos em operação em horários nos quais a ausência do agente de bordo não cause insegurança ou riscos operacionais. Os critérios para a operação serão definidos por uma comissão paritária formada pela BHTrans, pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Passageiros Urbano, Semi Urbano, Metropolitano, Rodoviário, Intermunicipal, Interestadual, Internacional, Fretamento, Turismo e Escolar de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTRBH). Nas situações em que não houver a presença do agente de bordo, deverão ser disponibilizados mecanismos que facilitem o pagamento das viagens com créditos eletrônicos e a aquisição de cartões e recarga de créditos. As empresas concessionárias dos serviços de transporte público coletivo deverão adotar políticas para reenquadramento dos agentes de bordo cujos postos de trabalho sejam extintos com as novas medidas. As empresas implantarão programas obrigatórios de qualificação e reaproveitamento desses profissionais. O Projeto de Lei é resultado das negociações entre a Prefeitura, a BHTrans, o STTRBH, o SETRA/BH e a Câmara Municipal de Belo Horizonte.
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