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Ano XXII • N. 5.058 • R$ 0,90

BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 1.550 • 2/6/2016

As vilas beneficiadas pelo programa Vila Viva, realizado pela Prefeitura, por meio da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), têm recebido cada vez mais visitantes interessados em conhecer de perto as intervenções que estão melhorando a vida de milhares de moradores. Em maio, o Aglomerado da Serra foi palco de uma reunião de professores da Inglaterra, que estavam na capital para participar de um workshop. Eles se encontraram para aprender mais sobre o programa e seus resultados. No mesmo mês, uma turma de alunos da Engenharia Civil da Fumec visitou o Vila Viva no Aglomerado Santa Lúcia para ver na prática como são executadas intervenções em terrenos com alta declividade e risco geológico. No Aglomerado da Serra, a apresentação sobre o programa Vila Viva, que engloba obras de saneamento, construção de unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do sistema viário, urbanização de becos e implantação de parques, foi feita pelo coordenador social do Vila Viva Serra, Aderbal de Freitas. Ele fez questão de destacar que essas conquistas só se tornaram possíveis a partir de um estudo aprofundado da realidade de cada vila, com participação direta da comunidade e com o acompanhamento do trabalho social em todas as etapas do processo. “Além de conhecer os principais

problemas da área, é fundamental o trabalho no dia a dia com os moradores”, avaliou. Após a exposição, os professores ingleses tiveram a oportunidade de visitar o mirante da Rua São Vicente, onde é possível ter uma visão privilegiada do empreendimento na Serra. Alguns moradores da Rua F abriram as portas de seus apartamentos para receber o grupo e mostrar as novas moradias. O professor Julio Dávila, diretor da University College London, ficou encantado não só com as obras, mas com resultados como a redução significativa da violência no local. “Os dados são muito impressionantes e mostram que o programa mudou a vida das pessoas. O projeto de habitação popular me chamou a atenção, pois é muito bem feito e estruturado”, disse. Coordenadora do Observatório de Saúde Urbana da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Waleska Caiaffa considerou a atividade enriquecedora para os professores estrangeiros, já que o objetivo do workshop realizado pelo órgão era avaliar projetos para uma cidade sustentável. “A saúde é resultante das condições de vida e do acesso da população aos bens e serviços e o Vila Viva traz a possibilidade de inclusão social e territorial das áreas de vilas e favelas. Esse modelo de intervenção estruturante sempre será referência dentro e fora do Brasil”, elogiou.

Divulgação

Vila Viva se transforma em espaço de aprendizado para alunos e professores

Professores ingleses conheceram de perto as intervenções no Aglomerado da Serra

Intervenção No Aglomerado Santa Lúcia, os alunos tiveram a oportunidade de ter uma aula completa e viram que uma intervenção deste porte envolve muito mais do que engenharia. Embora o foco principal da turma fosse a obra de contenção, o professor Luis Fernando Farah, do curso de Engenharia Civil da Fumec, destacou a importância da Prefeitura trabalhar com uma equipe multidisciplinar, com técnicos sociais, administradores, arquitetos e engenheiros, entre outros. “A visita foi extremamente positiva para a turma. Os alunos conseguiram ver contenções, taludes, implantação de residências e outros aspectos técnicos. Foi um entrelaçamento da teoria da disciplina de Mecânica dos Solos com a prática em uma obra de grande porte”, comentou. Segundo ele, um ponto muito importante foi a percepção da interação da engenharia com a parte social, principalmente no trabalho desenvolvido pela PBH para fazer a transição das famílias que são removidas e no esforço em manter o máximo de moradores em seus locais de origem.

A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH), que fica na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, na Pampulha, promove até domingo, dia 5, diversas atividades relacionadas à Semana Nacional do Alimento Orgânico. O evento, que está em sua sétima edição, começou no último final de semana e tem como tema neste ano as leguminosas. Segundo a bióloga Sâmara Álvares, 2016 foi destacado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional das Leguminosas, exatamente para ressaltar a importância desta família botânica nos aspectos nutricional e ecológico. Entre as atividades, uma exposição na Zooboteca da FZB-BH sobre as leguminosas e o uso da crotalária (leguminosa mais ocorrente no verão) como adubação verde, oficinais de plantar para escolas municipais e palestras sobre o uso de microrganismos eficientes na produção orgânica e a importância das leguminosas e suas características. Na terça, dia 31, foi realizada a primeira oficina de plantar, quando alunos da Escola Municipal Antônio Aleixo, localizada no Barreiro, aprenderam, na prática, como plantar e cultivar uma leguminosa chamada grama-amendoim. “Essa é uma oportunidade importante para falarmos dos benefícios do plantio das leguminosas, tanto para o ser vivo quanto para o meio ambiente”, disse Sâmara. O evento é aberto a todos os visitantes e conta com a participação de funcionários da FZB-BH, além de convidados como uma turma de estudantes de Engenharia Ambiental do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH) e alunos das escolas municipais Anne Frank e Alice Nacif.

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Lorena Vale

FZB-BH promove Semana Nacional do Alimento Orgânico

Primeira oficina de plantar foi realizada na terça-feira e reuniu alunos de escola municipal do Barreiro

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