DOM - 01/03/2016

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Ano XXII • N. 4.997 • R$ 0,90

BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 1.550 • 1º/3/2016

Antes da reforma, o Borboletário mantinha, em média, mil indivíduos de dez espécies de bo rboletas que ocorrem naturalmente na região de Belo Horizonte, como Battus polydamas, Anteos menippe, Dryas iulia, Hamadryas februa, Ascia monuste, Dannaus erippus, Morpho helenor e Heraclides thoas. Com o novo viveiro, a expectativa é que haja um aumento do número de espécies e da quantidade de borboletas e mariposas, podendo chegar a cerca de dois mil indivíduos. Esses números variam naturalmente em decorrência das mudanças de estação e do ciclo específico de cada espécie. De acordo com a bióloga responsável pelo Borboletário, Regina Celi Antunes Nobi, o fato de essas espécies conseguirem completar todo o ciclo de vida dentro do Borboletário é o principal critério para a sua escolha e reprodução na FZB-BH. “Temos

autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para coletar matrizes nas áreas verdes da FZB, dentro do grupo que definimos inicialmente, para permitir o melhoramento genético”, explica.

Suziane Fonseca

Espécies

Público pode conhecer de perto os processos de interação dos animais com as plantas

Serviço O Borboletário da FZB-BH fica aberto ao público para visita livre de terça a domingo e nos feriados, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30. A visitação de grupos organizados ocorre às terças e sextas-feiras em dois turnos, das 9h às 11h e das 14h às 16h. O agendamento deve ser feito por meio do site da Prefeitura de Belo Horizonte, www.pbh.gov. br, acessando o endereço http://agendamentoeletronico.pbh.gov.br.

Educação ambiental O Borboletário da FZB-BH também é um local importante para o desenvolvimento de atividades de conscientização ambiental. De acordo com a bióloga do Serviço de Educação Ambiental da FZB-BH, Gislaine Xavier, o Borboletário é um excelente espaço para trabalhar esse aspecto, porque possibilita aos visitantes não só contemplar as borboletas, mas principalmente conhecer os processos de interação desses animais com as plantas. “É possível discutir com o público o papel e a importância desses seres vivos no equilíbrio dos ecossistemas”, afirma. Contribuindo com o trabalho de educação ambiental, está sendo renovada toda a sinalização do Borboletário, com placas informativas, painéis e exposição de réplicas mostrando as diversas fases da metamorfose das borboletas e mariposas (ovo, lagarta, pupa e adulto). Além disso, o público terá informações importantes por meio de folders e vídeo, materiais que versam sobre as características desses animais, as principais diferenças entre borboletas e mariposas, sua alimentação, comportamento e reprodução.

Viveiro de exposição passou de 100 para 250 metros quadrados e circuito de visitação foi aprimorado Vander Bras

Um dos principais espaços de visitação da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha), o Borboletário foi reaberto ao público no sábado, dia 27, às 9h30. Após passar por uma ampla reforma, que possibilitou sua total remodelação, o local agora oferece ao público mais espaço e conforto para conhecer o ciclo de vida das borboletas e mariposas, descobrir algumas características e curiosidades das espécies e interagir com centenas de borboletas presentes no viveiro de exposição. A reforma do Borboletário foi executada em duas etapas. A primeira incluiu a ampliação do laboratório, a substituição do piso, o revestimento com cerâmica nas paredes e a instalação de dois banheiros. Na segunda etapa, foi feita a ampliação do viveiro de exposição, que passou de 100 para 250 metros quadrados, a construção de uma cascata e de um lago, para proporcionar diferentes microclimas (temperatura e umidade) e mais bem-estar para os animais, além de aprimorar o circuito de visitação, inclusive com a adaptação de uma rampa de acessibilidade. A preparação do espaço para receber as borboletas e mariposas foi feita com todo cuidado e critério. Foram utilizadas mudas de “plantas-alimento” e plantas ornamentais atrativas para as espécies, como camará, sálvia-de-jardim, camarão-azul, falsa-érica, titônia, zínia, miosótis e penta, entre outras, contemplando a alimentação das borboletas e mariposas em todas as fases de desenvolvimento. Também foram

plantadas mudas que compõem um bosque para o repouso dos animais, como embaúba, aldrago, manacá e pariparoba. O plantio dessas mudas foi executado pelos jardineiros do Jardim Botânico e foi observado o detalhamento do projeto paisagístico concebido especialmente para o lugar. Esse projeto foi idealizado pela bióloga da Fundação de Parques Municipais, Margareth Ávila, que levou em consideração as características do local para estabelecer a harmonização dos jardins internos e externos de modo a criar um ambiente totalmente adaptado às necessidades dos animais e à estética do entorno. As borboletas executam suas danças de acasalamento ou voam pelo local em busca das plantas atrativas e ornamentais. Estas, com suas flores e folhas, oferecem a elas alimento, local para a postura de ovos e repouso. Enquanto isso, o público pode se encantar com a proximidade dos animais em um ambiente com elementos naturais.

Espécies conseguem completar todo o ciclo de vida dentro do Borboletário da FZB Vander Bras

Espaço, que também abriga atividades de conscientização ambiental, permite que visitantes interajam com centenas de borboletas

Suziane Fonseca

Borboletário é reaberto ao público com mais conforto e variedade de espécies

Prefeito Marcio Lacerda conferiu as novas instalações do Borboletário

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