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BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM
Tiragem: 2.100 • 5/11/2015
Evento esportivo reuniu 3 mil alunos da Rede Municipal de Educação que praticaram modalidades olímpicas e paralímpicas pouco difundidas no Brasil A Prefeitura de Belo Horizonte e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 promoveram ontem, no Parque das Mangabeiras, o Festival Transforma, que reuniu 3 mil alunos de 74 escolas municipais, integrantes do programa de educação dos Jogos. Eles participaram de um circuito formado por 16 esportes olímpicos e paralímpicos pouco divulgados no Brasil. Sob as diretrizes do Comitê Organizador dos Jogos, a equipe da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel) preparou 16 estações esportivas, que foram percorridas pelos estudantes para experimentação. As modalidades foram divididas em categorias de marca (atletismo), de rebatida (vôlei sentado, tênis de mesa, badminton e badminton paraolímpico), rítmicas-estéticas (ginástica artística e ginástica rítmica), de invasão (basquete em cadeira de rodas, rugby e rugby em cadeira de rodas), de interação com a natureza (hóquei sobre grama), de combate (esgrima, esgrima em cadeira de rodas, judô e taekwondo) e de precisão (tiro com arco). A programação foi completada com estações de esportes radicais, com muro de escalada, bungee jump, skate, slackline e orbital, uma estação de lazer, com
atividades propostas pelo programa Recrear, da Smel, uma estação do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e um palco que recebeu apresentações artísticas dos alunos da Rede Municipal de Educação. Também marcaram presença os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Vinícius e Tom, que estiveram no local com a tocha olímpica. Para a realização do evento, a Prefeitura, por meio das secretarias municipais de Esporte e Lazer e de Educação, e o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 contaram com a parceria de federações esportivas do estado, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da PUC Minas, da Universidade Salgado Oliveira (Universo), do Barroca Tênis Clube e do Minas Tênis Clube, que marcou presença com seus atletas olímpicos, entre eles Geórgia Cattani e Luciano Missoni, do vôlei, João Pedro, do tênis, e Alex Silva, do judô. O jogador de rugby em cadeira de rodas Davi Rodrigues Coimbra de Abreu, de 26 anos, participou dos Jogos Parapan-Americanos deste ano em Toronto, no Canadá, e acha que as possibilidades abertas para um deficiente depois do início da prática esportiva são enormes. Foi o es-
Estações de esportes radicais foram montadas no parque
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Fotos: Mayra Helloá
Parque das Mangabeiras recebe atividades do Festival Transforma
Circuito foi formado por 16 esportes e alunos tiveram a oportunidade de experimentar diversas atividades
porte praticado por Davi que encantou a menina Ana Luisa Nogueira, aluna da Escola Municipal Levindo Lopes, que fica no bairro Santa Efigênia. “Achei muito bacana o esporte paralímpico. As pessoas com deficiência têm que poder praticar esporte como a gente”, afirmou a garota, que também curtiu acompanhar de perto a apresentação de esgrima. Ana Luisa conheceu também Marcos
Melo Júnior, três vezes campeão brasileiro de esgrima em cadeira de rodas.
Transforma
O Transforma é o programa de educação que leva os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para o ambiente das escolas públicas e particulares. Por meio do programa, o Comitê Organizador dos Jogos cria oportunidades
Mascotes dos Jogos 2016, Tom e Jobim, e diversos atletas olímpicos marcaram presença em Belo Horizonte, como Davi Abreu, que pratica rugby em cadeira de rodas
para os estudantes vivenciarem os valores olímpicos e paralímpicos, experimentarem novos esportes e engajarem-se nos Jogos Rio 2016. Em Belo Horizonte, o Transforma é desenvolvido por meio dos programas Escola Integrada e Segundo Tempo. Neste ano, foram desenvolvidas duas ações de capacitação para cerca de 130 professores de educação física do Segundo Tempo e monitores do programa Escola Integrada, para que eles pudessem levar às escolas municipais os conceitos e a prática de modalidades esportivas como badminton, hóquei sobre grama, rugby e goalball. “Belo Horizonte foi a primeira cidade a receber o Transforma, depois do Rio, e também a primeira a receber um festival. A ideia é que esta energia ganhe força e permaneça, mesmo após os Jogos, com novas modalidades sendo praticadas nas escolas e educadores utilizando o esporte e os valores olímpicos como ferramentas para as aulas”, comentou o gerente de Educação dos Jogos Rio 2016, Vanderson Berbat. Para o secretário municipal de Desenvolvimento, Eduardo Bernis, o festival teve como pontos fundamentais o estímulo à prática do esporte e a inclusão do esporte dentro do conceito da escola integrada. “Quando podemos mostrar aos jovens a importância do espírito olímpico criamos um ambiente propício para que, independentemente de se tornarem ou não atletas, eles sejam pessoas de bem”, disse. Já o secretário municipal de Esporte e Lazer, Patrick Drumond, ressaltou a importância do trabalho em equipe para viabilizar aos jovens a vivência esportiva.
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