BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM
Ano XXI • N. 4.942 • R$ 0,90
Tiragem: 1.550 • 5/12/2015
Iniciativa municipal desenvolve ações voltadas para a democratização dos serviços culturais da cidade a fim de reduzir as desigualdades sociais O Projeto Arena Cultura, da Prefeitura de Belo Horizonte, foi uma das boas práticas destacadas durante a reunião do Bureau Executivo da Rede de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), realizada na sexta, dia 4, na 21ª Conferência do Clima da ONU (COP21), em Paris, na França. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, apresentou a iniciativa municipal que, em 2014, venceu o prêmio internacional da Agenda 21 da Cultura por materializar o conceito contemporâneo de sustentabilidade, que incorpora o compromisso com a cultura, a democracia e a inclusão social. A reunião, realizada na sede da Prefeitura de Paris, contou com as presenças do ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo. O prefeito Marcio Lacerda lembrou que a vitória do projeto belo-horizontino, diante de outros 50 projetos selecionados em todo o mundo, se deu por sua característica multidisciplinar. “As atividades do Arena da Cultura contribuem com a integração dos indivíduos, com a educação, estimula a criatividade e valoriza o patrimônio territorial e cultural
Fotos: Stephania Aleixo
Projeto Arena da Cultura, da PBH, é levado ao COP21 como exemplo de política cultural que incentiva o desenvolvimento sustentável
Projeto Arena da Cultura foi apresentado pelo prefeito Marcio Lacerda durante a reunião do Bureau Executivo da CGLU na Prefeitura de Paris
do município. Dessa forma, conseguimos inserir a política cultural de BH em uma posição estratégica para o desenvolvimento
Encontro do Bureau Executivo da CGLU reuniu mais de 500 representantes de cidades e governos
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sustentável da cidade”, afirmou. Coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, o Arena tem o intuito de alcançar metas de descentralização cultural ao abranger as nove regiões administrativas de Belo Horizonte. Este projeto é composto por um conjunto de ações voltadas para a democratização dos bens e serviços culturais da cidade, a fim de reduzir as desigualdades sociais e regionais. Atualmente, oferece cursos e oficinas em seis linguagens artísticas, como artes visuais, circo, dança, música, teatro e patrimônio cultural. As atividades estão presentes nos 16 centros culturais da capital e nas 34 unidades do BH Cidadania.
O encontro do Bureau Executivo da CGLU foi realizado juntamente com o Conselho Mundial da instituição, principal órgão de decisão política da sigla. Mais de 500 representantes de cidades e governos participaram das atividades, que abordaram questões globais relevantes para a agenda política dos governos locais, como políticas nas áreas de cultura, meio ambiente, saúde e proteção civil. A CGLU está presente em 191 países e conta com uma rede de mais de mil cidades. Belo Horizonte, além de ser um dos membros, compõe a Comissão de Inclusão Social, Democracia Participativa e Di-
Marcio participou da Cúpula do Clima para Líderes Locais com o prefeito de Seul, Park Won-soon, e de Monica Zimmerman, secretária adjunta do Iclei
reitos Humanos e a Comissão de Planejamento Urbano Estratégico da organização.
Líderes locais e mudanças climáticas Ainda dentro da programação da COP21 de sexta-feira, dia 4, o prefeito Marcio Lacerda participou da Cúpula do Clima para Líderes Locais, realizada também na Prefeitura de Paris. O encontro é a maior convocação mundial de prefeitos, governadores e chefes de Estado voltados para questões ambientais, como o aquecimento global. Na reunião, que contou com as presenças dos prefeitos de Paris, Dakar, Istambul, Turquia e Rio de Janeiro, foi destacado o trabalho do Compacto de Prefeitos, principal coalizão de líderes do Executivo, para reduzir as emissões de gases de efeitos estufa. Belo Horizonte e Rio de Janeiro estão entre as cidades que já cumpriram as metas estabelecidas pelo projeto.
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