DOM - 07/11/2015

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BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Ano XXI • N. 4.922 • R$ 0,90

Tiragem: 1.550 • 7/11/2015

Arquivo da Irmandade

mãe. “Apesar de não ter saído a tempo de a minha mamãe usufruir, nós, herdeiros, ao usufruirmos o espaço com sabedoria e saúde, estaremos honrando a memória dela”, disse. Os interessados em colaborar com os trabalhos desenvolvidos pela Guarda podem entrar em contato pelo e-mail isabelcasimira@gmail.com. Em 2014, a Guarda de Moçambique Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário completou 70 anos de existência. Isabel Casimira das Dores Gasparino foi por 30 anos rainha conga de Minas Gerais. No ano passado, ela foi reconhecida pelo prêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte, da Prefeitura, que valoriza a perpetuação de tradições que compõem o patrimônio cultural imaterial da capital mineira. Isabel faleceu em junho de 2015, aos 76 anos de idade.

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Patrimônio

Sede da tradicional Guarda Treze de Maio será reformada

Qualificação do imóvel localizado na bairro Concórdia reforça as ações da Prefeitura voltadas para a cultura popular A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC), está viabilizando a reforma da sede da Guarda de Moçambique Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário, tradicional reinado localizado na Rua Jataí, 1.309, no bairro Concórdia, que realiza uma das principais festas do Rosário na cidade, com participação de milhares de pessoas todos os anos no mês de maio. Foi o local onde nasceu Isabel Casimira das Dores Gasparino, rainha conga de Minas Gerais por 30 anos até a data

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de seu falecimento, em junho de 2015. O terreiro, que está na ativa há mais de 70 anos, vai receber os recursos para a sua restauração por meio do programa Adote um Bem Cultural, da FMC. A guarda vai receber cerca de R$ 250 mil para a sua restauração, valor que será administrado seguindo as normas de um Termo de Compromisso e com a realização de prestação de contas à Diretoria de Patrimônio Cultural da FMC. Durante a cerimônia de assinatura do termo, que ocorreu na reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural, o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira, destacou que a conclusão do processo de adoção é um momento de celebrar o reconhecimento da cultura popular

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religiosidade e ancestralidade que já é desenvolvido. “Esse dinheiro vai ser essencial por ser um pontapé para o projeto de restauração. Também faremos uma campanha na internet para a arrecadação de recursos”, comentou. Ela ressaltou a ancestralidade africana dos negros e relembrou a importância da restauração para sua

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Termo de compromisso foi assinado no último mês e determinou as normas para a restauração

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Ricardo LAF

na cidade. “Essa ação reforça o fortalecimento do olhar da Prefeitura para a cultura popular”, disse. Para Isabel Casimira, filha de Isabel Casimira e atual rainha conga da Guarda, a adoção vai proporcionar a construção de um memorial, além de permitir melhorias que vão contribuir para manter o trabalho de

Espaço recebe milhares de pessoas todos os anos em maio, quando realiza uma das principais festas do Rosário na cidade

As festas e celebrações oriundas da cultura afro-brasileira fazem parte do patrimônio cultural brasileiro. Em Minas Gerais, essas manifestações possuem importância ímpar na formação cultural e na identidade da população. As manifestações provenientes do sincretismo religioso são características do povo mineiro. As festividades realizadas na Irmandade 13 de Maio de Nossa Senhora do Rosário são de extrema relevância regional, pois mobilizam a comunidade do bairro Concórdia e se estendem por toda Belo Horizonte e também por Minas Gerais, visto a abrangência e a importância de sua atuação para várias outras manifestações e instituições.

Adote um Bem

O programa Adote um Bem Cultural, pioneiro em Minas Gerais, é um mecanismo criado pela Prefeitura de Belo Horizonte para incentivar a parceria entre o poder público e a iniciativa privada na restauração, conservação e promoção dos bens culturais sob proteção municipal. Trata-se de um programa de adoção por meio do qual a Fundação Municipal de Cultura incentiva e media ações entre os proprietários dos bens culturais (sejam do poder público ou particular) e a iniciativa privada (pessoa física ou jurídica). A adoção poderá ser voluntária ou por meio de medida compensatória acordada entre o empreendedor e o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH). Tanto os proprietários dos bens culturais quanto empreendedores podem aderir ao programa por meio do preenchimento de formulário e apresentação de documentação na Diretoria de Patrimônio Cultural. Para a efetivação da adoção é então elaborado um plano de trabalho e assinado um termo de compromisso entre as partes.

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