DOM - 01/04/2011

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BELO HORIZONTE

PREFEITURA BELO HORIZONTE

Diário Oficial do Município - DOM

Ano XVII • N. 3.797 • R$ 0,80

Belo Horizonte se despede de Breno Pataro

Depoimentos

Breno Pataro

José Alencar

Tiragem: 2.500 • 1º/4/2011

“ Corpo do ex-vice-presidente seguiu em cortejo fúnebre para velório aberto ao público no Palácio da Liberdade e foi cremado no Cemitério Parque Renascer do, enfim, à Praça da Liberdade, onde fica o Palácio da Liberdade. José Alencar morreu na terça-feira, dia 29, aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, em razão de falência múltipla de órgãos. Vinte minutos antes da chegada do corpo do ex-vice-presidente, um avião da Força Aérea Brasileira pousou trazendo a viúva de José Alencar, Marisa Campos Gomes da Silva, além de filhos e netos. A presidente Dilma Rousseff e o expresidente Lula, de quem José Alencar foi vice, estiveram em Belo Horizonte para acompanhar o velório. No início do velório no Palácio da Liberdade, o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor de Oliveira, realizou uma celebração religiosa para os familiares, amigos e autoridades presentes. No Palácio da Liberdade, além da presidente, do ex-presidente e do prefeito Marcio Lacerda, estiveram presentes o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, os senadores Aécio Neves e Clésio Andrade, e o presidente da Assembléia Legislativa

de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, entre outras autoridades. Para garantir a segurança do evento, estiveram envolvidos no cerimônia fúnebre 40 integrantes do Corpo de Bombeiros, médicos e paramédicos, além de 300 agentes da Polícia Militar, Polícia de Trânsito e Guarda Municipal. De acordo com a Política Militar, cerca de cinco mil pessoas compareceram ao velório no Palácio da Liberdade. Já no cemitério, o corpo de José Alencar foi recebido por oito homens, representantes do Exército, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Política Militar de Minas Gerais. No momento em que o caixão foi rebaixado para ser cremado, houve um disparo de 21 tiros de canhão. Segundo o Cerimonial Militar do Exército, normalmente, 21 tiros são disparados na morte de presidentes. Entretanto, como José Alencar foi sepultado como chefe de Estado, essa tradição teve como ser utilizada. O prefeito Marcio Lacerda decretou na quartafeira luto oficial de sete dias pela morte do ex-vice-presidente.

Breno Pataro

Isabel Baldoni

Os mineiros prestaram suas últimas homenagens ao ex-vice-presidente José Alencar, que foi cremado ontem, às 15h, no Parque Renascer Cemitério e Crematório, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A cremação ocorreu depois de José Alencar ser velado durante toda a quarta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, e ontem pela manhã no Palácio da Liberdade, na capital mineira. O corpo do ex-vice-presidente chegou às 9h20 no Aeroporto da Pampulha e, após ser recebido por familiares e por algumas autoridades, recebendo as honras de um chefe de Estado, seguiu em cortejo fúnebre, em carro aberto do Corpo de Bombeiros. O carro que levou o corpo de José Alencar até o Palácio da Liberdade foi o mesmo utilizado para transportar o do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985. O cortejo seguiu pela avenida Santa Rosa até a avenida Antônio Carlos. Já no Centro, passou pela rua dos Caetés e pelas avenidas Afonso Pena, Álvares Cabral e João Pinheiro, chegan-

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Cortejo passou pela Afonso Pena e corpo foi velado no Palácio da Liberdade, onde estavam várias autoridades

José Alencar nos deixou uma bela lição de vida. Ele foi um mineiro capaz de buscar consenso entre os contrários, demonstrando capacidade de ponderação, simplicidade e sabedoria. Ele nunca passou pela academia, mas soube aprender e ensinar ao longo da vida, construindo seu espaço através da humildade e do trabalho. Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte

José Alencar é uma figura plena, que enchia a vida com generosidade e prosa boa. Ele não morreu, vai estar cada vez mais vivo no coração do povo brasileiro. Um homem como José Alencar mostra que o Brasil é um país viável e celebra na sua vida as melhores qualidades do nosso povo. Patrus Ananias, ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

José Alencar deixou um exemplo muito grande não só na sua vida empresarial, bastante vitoriosa, mas, mais do que tudo, na fase final de sua vida, no exemplo ao combate à doença, amor à vida e na dedicação que teve em relação ao seu esforço, coragem e crença em Deus. Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais

Ele foi amigo e companheiro. Um homem empreendedor e com grande força social e que, sem dúvida, irá deixar um legado extraordinário para todos nós, principalmente para as próximas gerações de jovens. E, claro, será um exemplo para aqueles que pretendem seguir a carreira política. Clésio Andrade, senador

Para a família o legado que ele deixa é de fé, perseverança, vontade de viver e acreditar em Deus. O que ele sempre disse é que não tinha medo da morte, mas da desonra. Meu tio pedia a Deus que não deixasse ele ser inútil, pois gostaria de ser útil à família, à nação e ao estado de Minas Gerais que tanto ele amava, enquanto fosse vivo. Rodrigo Guarçoni, sobrinho de José Alencar

Convivi com José Alencar na minha adolescência. Acompanhei a trajetória dele ao longo da vida e vi a criatura maravilhosa e humana que ele se tornou. Vai fazer muita falta para nós. Sou muito fã dele e vou continuar sendo. Maria Isabel Veloso, vizinha de José Alencar em Ubá

Ele foi uma pessoa muito importante para a vida politica do país e também foi um grande empresário, além de um grande político. José Alencar lutou muito contra o câncer e, mesmo jovem, eu acompanhei a vida dele. Ele é um exemplo para mim. Denise Gazzinelli, estudante

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