PREFEITURA BELO HORIZONTE
BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM
Ano XVII • N. 3.802 • R$ 0,80
Tiragem: 2.500 • 8/4/2011
Parque Municipal
Curtir a natureza, praticar exercícios físicos em um ambiente de ar puro e tranquilidade. Essas e outras alternativas de lazer, cultura e relaxamento são oferecidas pelo Parque Municipal Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, 1.377, Centro), que reabriu os portões na terça-feira, dia 5, e reservou uma programação especial para o fim de semana. O parque foi fechado depois que a queda de uma árvore atingiu e matou uma mulher no dia 12 de janeiro. Durante o tempo em que o parque permaneceu fechado, entre 14 de janeiro e 4 de abril, cerca de 25 profissionais, entre geólogos, engenheiros florestais e biólogos, realizaram uma forçatarefa no local. Eles vistoriaram e catalogaram todas as 3.562 árvores do lugar. Ao todo, 248 foram retiradas por apresentar risco de queda. Cerca de 15% do total teve de ser podada. Amanhã, das 14h às 17h, na Praça da Administração, haverá a Oficina de Xadrez, quando serão ensinadas as técnicas do jogo. No domingo pela manhã, no Coreto, será realizado o Projeto Guernica, uma oficina de artes plásticas para jovens em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Direitos da Cidadania e Políticas Sociais da Prefeitura, pretende, por meio da conscientização e da inclusão social, contribuir para a diminuição da depredação e do vandalismo contra o patrimônio público. No mesmo local, o público contará com o Ponto de Leitura, um encontro cultural que privilegia a leitura de livros, revistas e jornais.
Encontros culturais, brinquedos para as crianças, atividades esportivas e de cidadania são algumas das atrações do local, reaberto durante a semana
Fotos: Isabel Baldoni
reabre e tem opções variada s para o fim de semana
História
Além de equipamentos esportivos, o parque oferece como opções de lazer gratuitas para a população brinquedos, pista de caminhada, quadra poliesportiva e pista de skate. O local também abriga, com tarifa de R$ 1,50, opções de brinquedos eletrônicos como carrossel, roda gigante e pula-pula. Os frequentadores também podem se divertir com os tradicionais burrinhos, o trenzinho e os fotógrafos lambe-lambes. A reabertura do parque vai além da diversão para quem trabalha no local. Roberto Marcos da Silva é fotógrafo lambe-lambe, está
no local há 38 anos e confessou que estava ansioso para ver as portas novamente abertas. “A expectativa para receber muitos visitantes neste final de semana é grande”, garantiu. Segundo ele, trabalhar em um ambiente de ar puro e tranquilidade faz bem à saúde. “Aqui ninguém fica estressado. É ótimo”, reiterou. Cristiano Murta é personal trainer e frequentador assíduo do local. Para ele, a área verde do parque é uma das melhores opções da capital para a prática da caminhada e de exercícios físicos. “A quantidade de árvores do parque faz com que o ambiente seja propício para atividades esportivas”, disse.
Inaugurado no dia 26 de setembro de 1897, antes mesmo do nascimento da nova capital mineira, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi projetado pela comissão construtora encarregada de planejar a cidade. Mesmo localizado na região mais adensada da cidade, o local é um ecossistema representativo, com árvores centenárias e ampla diversidade de espécies. Além disso, é um refúgio para a fauna silvestre, abrigando aproximadamente 50 espécies de aves e outros animais, como gambás e micos. Com uma área de 182 mil metros quadrados de extensa vegetação, o parque contribui para amenizar o clima da região central da cidade.
Os tradicionais fotógrafos lambe-lambes são uma das atrações do parque
Cristiano considera local uma ótima opção para prática de exercícios físicos
Parque tem 182 mil metros quadrados e abriga cerca de 50 espécies de animais
Vistorias e trabalho preventivo De acordo com o presidente da Fundação de Parques Municipais, Luiz Gustavo Fortini, a retirada das árvores durante o período em que o parque esteve fechado, foi um trabalho preventivo. “Essas árvores estavam infestadas por cupins e tinham algumas inadequações, como tamanho ou espécie não apropriadas ao parque, inclinação acentuada e copa irregular ou estavam em estado de envelhecimento”, explicou. Segundo o diretor do parque, Homero Brasil, os troncos e galhos gerados pelos cortes foram reaproveitados pela Associação Municipal de Assistência Social (Amas), pelo setor de compostagem do aterro sanitário e por artesãos que os transformaram em bancos e peças de utilidade para o parque. O próximo passo será o replantio de mudas para substituir as árvores que foram suprimidas. Para isso, junto com o relatório sobre o estado das árvores, foi elaborado um projeto que está em fase de aprovação. Os critérios para a escolha das mudas são árvores de menor porte, nativas, pois são mais resistentes e têm recursos alimentares para fauna.