DOM - 18/05/2011

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PREFEITURA BELO HORIZONTE Ano XVII • N. 3.828 • R$ 0,80

Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 2.500 • 18/5/2011

Desfile marca hoje o

Pioneirismo

Dia Nacional da Luta

Antimanicomial Fotos: Luiza Vianna

Hoje, a partir das 13h, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) realiza um desfile em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A concentração acontecerá na Praça Sete, de onde os integrantes da escola de samba Liberdade Ainda que Tam Tam vão começar o desfile pelas ruas da capital. Com o samba enredo “Histórias da Loucura: Michel Também Contou”, uma referência ao cinquentenário do livro “A História da Loucura na Idade Clássica”, do autor Michel Foucault, os objetivos do desfile são chamar a atenção de toda a população para a luta contra o preconceito às pessoas em sofrimento mental, propor e defender o fim dos hospitais psiquiátricos e a sua substituição por serviços abertos, públicos, de qualidade, que garantam o tratamento em liberdade e os direitos de cidadania a esta clientela, historicamente excluída da sociedade, além de defender a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. Esse é o 14º ano consecutivo que a defesa da luta antimanicomial ganha as ruas da capital. Nos nove Centros de Convivência da capital, é grande a movimentação em torno do desfile. Nos últimos meses, os usuários vêm preparando as fantasias que irão compor o enredo das seis alas da escola de samba. O Liberdade Ainda que Tam Tam vai percorrer as avenidas Afonso Pena, Álvares Cabral, Augusto de Lima e a rua Rio de Janeiro, terminando o desfile no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro na esquina com a rua Tamoios, na Praça Sete. O desfile será acompanhado por três trios elétricos e terá também o apoio da BHTrans e da Polícia Militar, que vão orientar o trânsito. Cerca de duas mil pessoas são esperadas para o desfile. “A loucura não é condição para a exclusão social. A intenção é chamar a atenção da sociedade para a importância do bom convívio entre todos. Eventos assim também contribuem para melhorar a auto estima dos portadores de sofrimento mental”, explica a coordenadora do Programa de Saúde Mental da SMSA, Rosimeire Silva.

BELO HORIZONTE

Concentração será na Praça Sete, onde os integrantes da escola de samba Liberdade Ainda que Tam Tam começam o desfile

Arquivo Público O Arquivo Público de Belo Horizonte comemora 20 anos na sexta-feira, dia 20. Como parte das comemorações, a instituição realiza, entre hoje e sexta-feira, o Seminário de Gestão de Documentos que contará com palestras, mesas-redondas e o workshop “Construção das Ferramentas de Gestão de Documentos: Planos de Classificação”, ministrado pelo professor Renato Tarciso Barbosa de Sousa, da Universidade de Brasília (UNB). No dia do aniversário, será realizado, às 17h30, na sede da Prefeitura (avenida Afonso Pena, 1.212, Centro), o lançamento dos últimos três cadernos do projeto Coleção Histórias de Bairros de Belo Horizonte. O material abrange as regiões Oeste, Norte e Pampulha e foi elaborado por meio de uma parceria entre a Fundação Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal de Educação.

Desde 1991, quando foi criado, o Arquivo Público de Belo Horizonte faz a guarda, a preservação e a difusão do patrimônio documental de órgãos e unidades funcionais públicas municipais, garantindo também a preservação dos documentos privados de interesse público. A instituição reúne documentos textuais, plantas, mapas, projetos arquitetônicos, fotografias, filmes, cartazes, fitas de áudio e vídeo e discos, entre outros. O conjunto documental contém parte significativa do acervo produzido pela Comissão Construtora da Nova Capital de Minas (1894-1898), a legislação municipal impressa (1891-1986), os relatórios anuais de prefeitos, grandes coleções de fotografias (1895 -2000), revistas como Acaiaca, Iara, Alterosa e Belo Horizonte e o arquivo pessoal de Nelson Coelho de Senna, advogado, pesquisador e antropólogo mineiro.

Fotos: Glênio Crampregher

comemora 20 anos de preservação da história de BH

A política de Saúde Mental de Belo Horizonte começou a ser implantada há 17 anos. Pioneira entre as grandes metrópoles brasileiras, o trabalho é marcado pela ousadia no campo da reforma psiquiátrica e segue a lógica antimanicomial, valorizando o cuidado em liberdade e a reinserção social dos pacientes. Em Belo Horizonte existem sete Centros de Referência em Saúde Mental (Cersams) em diferentes regiões, que cobrem toda a cidade. As unidades funcionam 24 horas, oferecendo hospitalidade noturna aos usuários que necessitam de cuidado intensivo em tempo integral, todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados. Essas unidades contam com equipe multiprofissional, formada por terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psiquiatras infantis. Já para os pacientes entre 0 e 18 anos, o atendimento é realizado pelo Centro de Referência em Saúde Mental Infantil (Cersami). Para os usuários de álcool e outras drogas, a capital oferece atendimento especializado no Cersam-ad. A capital ainda conta com 23 residências terapêuticas. O serviço, conhecido por meio da sigla SRT (Serviço Residencial Terapêutico), está localizado nos diversos bairros da cidade e desde 2002 são habitados por portadores de sofrimento mental que foram abandonados nos hospitais psiquiátricos. Atualmente, são atendidas 192 pessoas.


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