DOM - 14/06/2011

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PREFEITURA BELO HORIZONTE Ano XVII • N. 3.847 • R$ 0,80

BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 2.500 • 14/6/2011

Venda Nova festeja 300 anos Isabel Baldoni

com inaugurações e entregas de obras

Memorial do Caminho e Umei Itamarati foram inauguradas, Biblioteca Lúcia Casasanta ganha novas instalações e Centro de Saúde Serra Verde é ampliado

Marcio anunciou também a reforma de três escolas, a construção de duas Umeis e a revitalização da avenida Padre Pedro Pinto Divino Advincula

co), que consiste em uma instalação com documentos e a logomarca do aniversário. A exposição é composta pelo mapa do distrito, confeccionado no final do século 19, e a cópia da carta enviada por moradores da região de Venda Nova, no final do século 18 à então rainha de Portugal, D. Maria I, solicitando a construção de uma capela dedicada a Santo Antônio de Lisboa, cujo documento original está guardado na Torre do Tombo, em Portugal. Apresenta ainda fotografias do acervo da Comissão de História de Venda Nova e quadros em óleo sobre tela, pintados com motivos da região. Para a historiadora e gerente do Centro Cultural Venda Nova, Ana Maria Silva, o Memorial do Caminho é uma forma de divulgar e contar a história da região para a comunidade. “Este monumento reúne diversos documentos, desde a doação de sesmaria até processo de emancipação da região, principalmente na década de 60”, contou.

Novas obras Durante as comemorações, o prefeito Marcio Lacerda anunciou novas obras para a região de Venda Nova. As escolas municipais Tancredo Phideas Guimarães (Vila Satélite), Moysés Kalil (bairro Mantiqueira) e Tancredo Neves (bairro Céu Azul) serão reformadas. No Centro de Venda Nova

Isabel Baldoni

Venda Nova completou ontem 300 anos e a data foi celebrada com muitas inaugurações e entregas de obras na região mais antiga de Belo Horizonte. Com a presença do prefeito Marcio Lacerda, Venda Nova foi presenteada com a inauguração do Memorial do Caminho, a entrega das novas instalações da Biblioteca Lúcia Casasanta, a inauguração da Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Itamarati e a entrega das obras de reforma e ampliação do Centro de Saúde Serra Verde. A celebração do tricentenário da região contou também com as presenças da secretária regional Venda Nova, Flávia Mourão, e dos secretários municipais de Políticas Sociais e Serviços Urbanos, Jorge Nahas e Pier Senesi, entre outras autoridades. Mais detalhes sobre as inaugurações e reformas em Venda Nova estão na contracapa deste edição. Para Marcio Lacerda, os 300 anos de Venda Nova representam um grande impulso que o ouro deu ao crescimento e povoamento da região. “Venda Nova é uma riqueza de Belo Horizonte porque tem um povo devoto, trabalhador e generoso que carrega as mais belas tradições mineiras da capital. Além disso, a região tem uma boa qualidade de vida e está em pleno desenvolvimento”, ressaltou. Entre tantos presentes que a região ganhou, um deles é o Memorial do Caminho (rua Érico Veríssimo, 1.428, bairro Rio Bran-

Memorial do Caminho inaugurado ontem vai contar e divulgar a história da região para a comunidade

será construída a Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Casarão e, no bairro São João Batista, a Umei Casa Azul. Os campos Lagoa (bairro Lagoa) e CAC

Venda Nova (bairro Piraúna) receberão reformas. A avenida Padre Pedro Pinto será revitalizada no trecho entre as avenidas Pedro I e Elias Antônio Issa, totalizando,

aproximadamente, 2,6 km. Serão feitos levantamentos topográficos, estudo hidrológico, sondagem, um anteprojeto urbanístico e projetos de infraestrutura urbana.

A origem de Venda Nova

Dom Walmor Oliveira celebrou a missa comemorativa dos 300 anos de Venda Nova

De acordo com a tradição oral, o distrito de Venda Nova começou a ser povoado em 1711 e era pouso de tropeiros que passavam pela região, vindos da Bahia, seguindo o rio São Francisco e, depois, o rio das Velhas, para abastecerem as minas de ouro. A sesmaria que deu origem ao distrito foi doada a Ignácio da Rocha Feyo pelo reino de Portugal em 23 de janeiro de 1711. Sesmarias eram grandes terrenos doados pelo rei de Portugal a quem quisesse explorá-los. O mais antigo documento conhecido sobre Venda Nova é a solicitação de uma licença para funcionamento de uma “venda” em 1781. Esse fato mostra a vocação comercial do distrito. No início do povoamento, as principais atividades eram o comércio, a agricultura e pecuária. Não se tem certeza, apesar das muitas pesquisas, do motivo do nome Venda Nova. Consta da tradição oral que um comerciante construiu uma “venda” maior e mais bem feita e que então os viajantes falavam: “Vamos parar naquela venda nova” e o nome ficou.


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