DOM - 06/03/2012

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PREFEITURA BELO HORIZONTE Ano XVIII • N. 4.023 • R$ 0,80

BELO HORIZONTE Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 2.500 • 6/3/2012

BH tem o melhor índice de desempenho do SUS entre cidades com mais de 2 milhões de habitantes Programas e projetos da PBH, como o fornecimento de próteses dentárias e a criação de novos leitos hospitalares, contribuíram para o bom desempenho da capital obteve pontuação máxima. Para atingir esse resultado, a capital investiu no fortalecimento da Saúde Bucal, aumentando o número de equipes de 226 para 307, e a ocupação nos consultórios odontológicos subiu de 50% para 82%. Outro indicador com bom resultado foi a diminuição do percentual de óbitos das internações com uso de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com a nota 9,75. Para reduzir o número de óbitos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) investiu na criação de novos leitos hospitalares e na qualificação da Rede de Atenção Básica. Outra iniciativa de destaque é a cobertura populacional estimada pelas equipes básicas de saúde, com nota 8,97. Em 2011, a população de Belo Horizonte ganhou 11 novas Equipes de Saúde da Família (ESF). Dessa forma, a capital passou a contar com 556 equipes e uma cobertura de 80% da população, o que representa 1,9 milhão de pessoas assistidas pela atenção primária. Com o Programa de Controle da Hanseníase, cujo tratamento é realizado 100%

Belo Horizonte obteve pontuação superior a sete em 10 indicadores do Índice de Desenvolvimento do SUS

pelo SUS, a capital mineira obteve pontuação 8,85. O objetivo do programa é o diagnóstico precoce, tratamento eficaz e investigação de contatos. De acordo com a SMSA, existem atualmente 177 pacientes em tratamento de hanseníase em Belo Horizonte. Desse total, 125 são casos de residentes.

Fotos: Adão de Souza

Belo Horizonte apresentou o melhor índice de desempenho do Sistema Único de Saúde (SUS), entre cidades com população superior a 2 milhões de habitantes, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, entre 2008 e 2010. A capital mineira atingiu 6,4 pontos, ficando a frente de São Paulo (6,21), Salvador (5,39), Brasília (5,29), Fortaleza (5,18) e Rio de Janeiro (4,33). Com o intuito de manter o bom resultado, foi lançada oficialmente ontem, em Belo Horizonte, a Semana Anual de Mobilização da Saúde na Escola, campanha que será realizada até o dia 9 em todo o país. A iniciativa é uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação, por meio do programa Saúde na Escola. A solenidade de lançamento da campanha foi realizada na Escola Municipal Oswaldo Cruz, no bairro Jardim América, e contou com as presenças do prefeito Marcio Lacerda, do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, dos secretários municipais de Saúde, Marcelo Teixeira, e de Educação, Macaé Evaristo, além de alunos e professores. Belo Horizonte obteve pontuação acima de sete em 10 indicadores do Índice de Desenvolvimento do SUS (IDSUS), que faz uma aferição contextualizada do desempenho do SUS, quanto ao acesso às Atenções Ambulatorial e Hospitalar, serviços de Urgência e Emergência e Atenção Básica. O índice apresenta pontuação que varia de zero a dez e é baseado em 24 indicadores de saúde, sendo que 14 quantificam se os usuários tiveram ou não acesso ao serviço e dez apontam a qualidade do atendimento. As maiores pontuações de Belo Horizonte referem-se à Rede Atenção Básica, como o fornecimento de próteses dentárias, que

Márcio Lacerda destacou o aumento do número de avaliações do estado nutricional das crianças

Semana Anual de Mobilização da Saúde na Escola Até sexta-feira, dia 9, o foco de trabalho nas escolas da Rede Municipal de Ensino será a saúde dos alunos. A proposta faz parte da Semana Anual de Mobilização da Saúde na Escola, sob a temática “Prevenção da obesidade na infância e na adolescência”. A ação visa incentivar as boas práticas de saúde para a melhoria do desenvolvimento integral de crianças e jovens no âmbito escolar. De acordo com o secretário Helvécio Magalhães, Belo Horizonte foi escolhida para lançar a campanha pela maior integração entre a Saúde e a Educação e por obter o maior percentual de escolas aderidas ao programa Saúde na Escola. “A nossa meta para quatro anos é reduzir em 5% a obesidade infantil. E essa é a maior iniciativa da Organização Mundial de Saúde”, frisou. Segundo ele, a melhor forma de controlar e prevenir a obesidade é realizar um trabalho de educação alimentar, que deve começar na escola. Diversas atividades estão sendo oferecidas aos estudantes das escolas da Rede Municipal de Ensino, como oficinas, palestras, rodas de conversa, avaliações nutricionais e apresentações de teatro abordando temas relacionados à alimentação saudável e sexualidade. Entre as atividades a serem desenvolvidas, está a avaliação do estado nutricional das crianças e adolescentes, que contém as informações de peso, altura e idade. “Entre 2009 e 2010, os profissionais da saúde examinaram 20 mil crianças em Belo Horizonte, e, em 2011, esse número saltou para 82 mil”, ressaltou Marcio Lacerda ao salientar que é necessário que os pais possam participar da promoção da saúde dos filhos na escola. Segundo o secretário Marcelo Teixeira, o programa Saúde na Escola realiza um trabalho de construção de hábitos saudáveis, com a correção do equilíbrio nutricional, e estimula a prática de atividades físicas.

Programa Saúde na Escola

Por meio do programa Saúde na Escola, alunos da Rede Municipal de Ensino são avaliados por Equipes de Saúde da Família

As avaliações do programa Saúde na Escola na capital são realizadas na Rede Municipal de Ensino com a autorização dos pais durante o horário de aula. Os alunos de seis a 14 anos são avaliados anualmente, de acordo com o recomendado pelo Ministério da Saúde. Esse acompanhamento é feito pelas Equipes de Saúde da Família. Os alunos são encaminhados, se necessário, para o atendimento especializado junto aos nutricionistas e psicólogos das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que conta com vários grupos de orientação alimentar distribuídos pelos nove distritos sanitários.


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